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UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UNASUS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA MODALIDADE A DISTÂNCIA TURMA 3 Atenção Odontológica para escolares de 05 a 14 anos na ESF Anthídio Dias da Silveira no município do Rio de Janeiro – RJ Ana Claudia da Fonseca Zefiro

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UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UNASUS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

MODALIDADE A DISTÂNCIA

TURMA 3

Atenção Odontológica para escolares de 05 a 14 anosna ESF Anthídio Dias da Silveira no município do

Rio de Janeiro – RJ

Ana Claudia da Fonseca Zefiro

Pelotas, 2013

ANA CLAUDIA DA FONSECA ZEFIRO

Atenção Odontológica para escolares (05 a 14 anos) na ESF AnthidioDias da Silveira no município do Rio de Janeiro – RJ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Saúde da Família.

Orientador: Érica Lima Costa de Menezes

Pelotas 2013

DADOS PARA ELABORAÇÃO DA FICHA CATALOGRÁFICAInstituição:Universidade Federal de Pelotas

Faculdade / Instituto:Faculdade de MedicinaTipo de trabalho:( ) TESE ( ) DISSERTAÇÃO (X) TRABALHO ACADÊMICOPrograma ou Curso:Curso de Pós-Graduação Latu Sensu Especialização em Saúde da Família

Área de conhecimento:

Aluno:Ana Claudia da Fonseca ZefiroTítulo:Atenção Odontológica para escolares (05 a 14 anos) na ESF Anthidio Dias da Silveira no município do Rio de Janeiro – RJSubtítulo:

Orientador:Érica Lima Costa de MenezesCo-orientador(es):

Local: Pelotas

Ano: 2013Total de folhas: 82

Palavras-chave: (no máximo 5)Saúde da Família. Atenção Primária à saúde. Saúde Bucal do escolar.

Bibliotecário Responsável(Assinatura e carimbo com CRB)

Banca examinadora:

......................................................................................................

......................................................................................................

......................................................................................................

......................................................................................................

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus e a São Jorge pela força e determinação a

cada desafio e dificuldade encontrados.

À minha família, em especial ao meu marido e meus filhos, que me deram

apoio, estímulo e coragem a cada pensamento no sentido da desistência.

Aos meus colegas e amigos do trabalho pela participação e adesão a essa

jornada.

À unidade e comunidade, da qual faço parte, por serem fonte de inspiração,

favorecendo meu crescimento profissional e pessoal.

E por fim, e não menos importante, a minha orientadora Érica Lima Costa de

Menezes, por seu trabalho incansável, sempre presente a cada dúvida e momento

de ansiedade vividos.

“Onde está vosso tesouro, aí está vosso coração”

Resumo

ZEFIRO, Ana Cláudia da Fonseca. Atenção Odontológica para escolares (05 a 14 anos) na ESF Anthidio Dias da Silveira no município do Rio de Janeiro – RJ. 2013. 84f. Trabalho Acadêmico (Especialização) Programa de Pós- Graduação em Saúde da Família. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

Dentre os tópicos reguladores da atenção à saúde de crianças entre 05 a 14 anos

de idade, o crescimento e o desenvolvimento são eixos referenciais para mensurar a

qualidade do atendimento e cuidado dispensados a esse grupo. A adoção de

medidas para o crescimento e desenvolvimento saudáveis configura um direito da

população e uma obrigação do Estado. A saúde bucal deve, assim, fornecer

instrumentos e fomentar a autonomia dos usuários no controle do processo saúde-

doença, e, a parceria saúde-escola se transforma em um instrumento norteador

desse processo..O contato entre a criança e os serviços de saúde deve ser tratado

como uma oportunidade para otimizar o acompanhamento do crescimento e do

desenvolvimento da criança. Implementar um Projeto de Intervenção buscando a

qualificação das ações de saúde bucal traduz essa oportunidade. Indicadores

demonstraram que a cobertura de saúde deveria ser ampliada, envolvendo ações de

promoção e recuperação da saúde. A priorização do atendimento constituiu uma das

ferramentas para atingir esse fim..Este trabalho tem por finalidade apresentar o

Projeto de Intervenção que foi realizado na ESF Anthidio Dias da Silveira no

município do Rio de Janeiro, no período de março a junho/2013 e teve como objetivo

promover a atenção odontológica para escolares (05 a 14 anos).

Palavras-chave: Saúde da Família. Atenção Primária à saúde. Saúde Bucal do escolar.

Lista de Figuras

Figura 1 - Mapa das 10 áreas programáticas da cidade do Rio de Janeiro ........... 12

Figura 2 - Mapa demonstrativo da divisão da comunidade do Jacaré em 7 áreas

ou equipes: Pontilhão, XV Agosto, Concórdia, Viúva Cláudio, Miguel

Ângelo, Darci Vargas e Fazendinha ...................................................... 14

Figura 3 - Resultados encontrados para o indicador 1 - proporção de escolares

examinados na escola ............................................................................ 43

Figura 4 - Resultados encontrados para o indicador 2 - proporção de crianças

entre 05 e 14 anos com primeira consulta odontológica programática .. 44

Figura 5 - Resultados encontrados para o indicador 3 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com tratamento odontológico concluído .................. 46

Figura 6 - Resultados encontrados para o indicador 4 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com avaliação de risco para saúde bucal ................ 47

Figura 7 - Resultados encontrados para o indicador 5 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre higiene bucal e prevenção de

cárie ........................................................................................................ 48

Figura 8 - Resultados encontrados para o indicador 6 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos que receberam orientação nutricional do

odontológico ............................................................................................ 49

Figura 9 - Resultados encontrados para o indicador 7 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos que participaram da escovação dental

supervisionada ........................................................................................ 50

Figura 10 - Resultados encontrados para o indicador 8 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com registro de saúde bucal atualizado ................... 51

Figura 11 - Resultados encontrados para o indicador 9 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção ao trauma

dentário ................................................................................................... 52

Figura 12 - Resultados encontrados para o indicador 10 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre o uso de chupetas ................ 53

Figura 13 - Resultados encontrados para o indicador 11 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção de gengivites ....... 54

Lista de Quadros

Quadro 1 - Áreas Programáticas e seus respectivos bairros e comunidades ........ 13

Quadro 2 - Demonstrativo dos funcionários da UBS .............................................. 15

Quadro 3 - Demonstrativo da equipe de saúde bucal ............................................. 15

Quadro 4 - Perfil populacional.................................................................................. 18

Quadro 5 - Metas...................................................................................................... 26

Quadro 6 - Metas e detalhamento das ações ......................................................... 31

Quadro 7 - Cronograma do primeiro mês ............................................................... 36

Quadro 8 - Cronograma do segundo mês ............................................................... 37

Quadro 9 - Cronograma do terceiro mês ................................................................ 38

Quadro 10 -Cronograma do quarto mês .................................................................. 39

Quadro 11 -Resultados encontrados para o indicador 1 - proporção de escolares

examinados na escola .......................................................................... 43

Quadro 12 -Resultados encontrados para o indicador 2 - proporção de crianças

entre 05 e 14 anos com primeira consulta odontológica programática 44

Quadro 13 -Resultados encontrados para o indicador 3 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com tratamento odontológico concluído ................ 45

Quadro 14 -Resultados encontrados para o indicador 4 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com avaliação de risco para saúde bucal .............. 47

Quadro 15 -Resultados encontrados para o indicador 5 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre higiene bucal e prevenção

de cárie ................................................................................................. 48

Quadro 16 -Resultados encontrados para o indicador 6 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos que receberam orientação nutricional do

odontológico .......................................................................................... 49

Quadro 17 -Resultados encontrados para o indicador 7 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos que participaram da escovação dental

supervisionada ...................................................................................... 50

Quadro 18 -Resultados encontrados para o indicador 8 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com registro de saúde bucal atualizado ................ 51

Quadro 19 -Resultados encontrados para o indicador 9 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção ao trauma

dentário ................................................................................................. 52

Quadro 20 -Resultados encontrados para o indicador 10 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre o uso de chupetas .............. 53

Quadro 21 -Resultados encontrados para o indicador 11 - proporção de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção de gengivites .... 54

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Área Programática

ASB Auxiliar em Saúde Bucal

CAPS Centros de Atenção Psicossocial

CIEP Centros Integrados de Educação Pública

CSF Clínica Saúde da Família

ESF Estratégia de Saúde da Família

OSS Organização Social em Saúde

PSE Programa Saúde Escola

SUS Sistema Único de Saúde

TEIA Territórios Integrados de Saúde

TRA Tratamento Restaurador Atraumático

TSB Técnico em Saúde Bucal

UBS Unidade Básica de Saúde

UPA Unidades de Pronto Atendimento

UPP Unidade de Polícia Pacificadora

VD Visita Domiciliar

Sumário

1 Análise Situacional ............................................................................................ 12

1.1 Situação da ESF/APS ....................................................................................... 12

1.2 Relatório da Análise Situacional ........................................................................ 16

1.2.1 UBS – CSF ANTHIDIO DIAS DA SILVEIRA .................................................. 16

1.2.2 COMENTÁRIO COMPARATIVO ................................................................... 22

2 Análise Estratégica – Projeto de Intervenção ................................................. 24

2.1 Justificativa ........................................................................................................ 24

2.2 Objetivos e metas .............................................................................................. 25

2.3 Metodologia ....................................................................................................... 27

2.3.1 DETALHAMENTO DAS AÇÕES .................................................................... 29

2.3.2 AVALIAÇÃO DOS INDICADORES ................................................................ 31

2.3.3 LOGÍSTICA .................................................................................................... 34

2.3.4 CRONOGRAMA DAS AÇÕES........................................................................ 35

3 Relatório da Intervenção ................................................................................... 40

4 Avaliação da intervenção .................................................................................. 42

4.1 Resultados da Intervenção ................................................................................ 42

4.2 Discussão .......................................................................................................... 54

4.3 Relatório da intervenção para os gestores ........................................................ 58

4.4 Relatório da Intervenção para a comunidade ................................................... 60

5 Reflexão crítica sobre o processo de aprendizagem ..................................... 62

Referências ............................................................................................................ 64

Anexos ................................................................................................................... 67

1 Análise Situacional

1.1 Situação da ESF/APS

De acordo com estimativas realizadas pelo IBGE (2009), com base nos

dados obtidos através do Censo realizado em 2000, a Cidade do Rio de Janeiro,

possui 6,4 milhões de habitantes. A Rede Municipal de Saúde da Cidade conta com,

aproximadamente, 39 mil servidores e 210 Unidades de Saúde próprias. Deste

universo, 155 unidades possuem serviços de Odontologia e 66 são equipes de

saúde bucal inseridas nas Unidades de Saúde da Família. Há previsões de

instalação de 70 novas Unidade Básica de Saúde (UBS) nos próximos quatro anos.

Visando viabilizar e tornar mais efetiva a interface entre a secretaria de

saúde e suas unidades, a cidade do Rio de Janeiro foi dividida, ainda no início da

década de 90, em dez Áreas Programáticas (APs) (Fig. 1). Cada área programática

possui características próprias e com o intuito de garantir a articulação entre os

referidos serviços e a população das áreas em questão, foram estabelecidos os

Territórios Integrados de Saúde (TEIA). Além de favorecer a articulação e fomentar a

formação de parcerias, esta conformação favorece a formação e consolidação de

vínculos, evitando a fragmentação e as ações pontuais em saúde (BRASIL, 2006).

Figura 1: Mapa das 10 áreas programáticas da cidade do Rio de Janeiro.

13

As TEIAs proporcionam apoio às ações desenvolvidas pelas equipes de

saúde da família e pela rede de atenção básica e contam, ainda, com os Centros de

Atenção Psicossocial (CAPS) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)

(BRASIL, 2006).

O Quadro 1 apresenta a relação de bairros e comunidades classificados nas

Áreas Programáticas do município do Rio de Janeiro.

ÁREA PROGRAMÁTICA BAIRROS E COMUNIDADES

AP 1.0 Benfica, Caju, Catumbi, Centro, Cidade Nova, Estácio, Gamboa, Mangueira, Paquetá, Rio Comprido, Santa Teresa, Santo Cristo, São Cristóvão, Saúde e Vasco da Gama.

AP 2.1 Botafogo, Catete, Copacabana, Cosme Velho, Flamengo, Gávea, Glória, Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon, Leme, Rocinha, São Conrado, Urca e Vidigal.

AP 2.2 Alto da Boa Vista, Andaraí, Grajaú, Maracanã, Praça da Bandeira, Tijuca e Vila Isabel.

AP 3.1 Bonsucesso, Brás de Pina, Complexo do Alemão, Cordovil, Ilha do Governador, Jardim América, Manguinhos, Maré, Olaria, Parada de Lucas, Penha Circular, Penha, Ramos e Vigário Geral.

AP 3.2 Abolição, Água Santa, Cachambi, Del Castilho, Encantado, Engenho da Rainha, Engenho de Dentro, Engenho Novo, Higienópolis, Inhaúma, Jacaré, Jacarezinho, Lins de Vasconcelos, Maria da Graça, Méier, Piedade, Pilares, Riachuelo, Rocha, Sampaio, São Francisco Xavier, Todos os Santos e Tomás Coelho. 

AP 3.3 Acari, Anchieta, Barros Filho, Bento Ribeiro, Campinho, Cascadura, Cavalcanti, Coelho Neto, Colégio, Costa Barros, Engenheiro Leal, Guadalupe, Honório Gurgel, Irajá, Madureira, Marechal Hermes, Oswaldo Cruz, Parque Anchieta, Parque Columbia, Pavuna, Quintino Bocaiuva, Ricardo de Albuquerque, Rocha Miranda, Turiaçu, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila da Penha, Vila Kosmos e Vista Alegre.

AP 4.0 Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena.

AP 5.1 Bangu, Campo dos Afonsos, Deodoro, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Padre Miguel, Realengo, Senador Camará e Vila Militar.

AP 5.2 Barra de Guaratiba, Campo Grande, Cosmos, Guaratiba, Inhoaíba, Santíssimo, Senador Vasconcelos e Pedra de Guaratiba.

AP 5.3 Paciência, Santa Cruz e Sepetiba.Quadro 1: Áreas Programáticas e seus respectivos bairros e comunidades.

14

A UBS onde aconteceu a intervenção corresponde a região 3.2 do município

do Rio de Janeiro. Abrange a área do Jacaré e anexos, onde até bem pouco tempo

se afirmava como área de risco, não pacificada, ou seja, a violência fazia parte do

cotidiano das pessoas. O comércio de drogas ilícitas era ostensivo. Usuários de

crack perambulavam pelas ruas e vias cometendo delitos para sustento do vício.

Operações policiais ocorriam constantemente e a troca de tiros entre policiais e

traficantes confirmavam o medo e a insegurança. O processo de pacificação ocorreu

com a entrada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), envolvendo policiamento

ostensivo, acesso livre à comunidade, implementação de serviços sociais. O acesso

dos usuários tornou-se mais livre e seguro.

A comunidade foi dividida em 7 áreas ou equipes: Pontilhão, XV Agosto,

Concórdia, Viúva Cláudio, Miguel Ângelo, Darci Vargas e Fazendinha (Fig. 2).

Aproximadamente cada área apresenta 4.000 pessoas, correspondendo a um total

de 28.000 pessoas em toda a comunidade.

Figura 2: Mapa demonstrativo da divisão da comunidade do Jacaré em 7 áreas ou equipes: Pontilhão, XV Agosto, Concórdia, Viúva Cláudio, Miguel Ângelo, Darci Vargas e Fazendinha.

15

As equipes, de modo geral, são compostas por médico, enfermeiro, dentista,

técnico em enfermagem, auxiliar de enfermagem, técnico de saúde bucal e auxiliar

de saúde bucal. O número de profissionais está representado no Quadro 2.

CATEGORIA PROFISSIONAL QUANTITATIVO EQUIPES (total: 7)GERENTE 1

ACS 42 6 para cada equipe

MÉDICOS 7 1 para cada equipe*

DENTISTA 3 1 para cada 2 equipes**

ENFERMEIRO 7 1 para cada equipe

TEC. ENFERMAGEM 4

AUX. ENFERMAGEM 4

TEC. EM SAUDE BUCAL 3 1 para cada dentista

AUX. EM SAUDE BUCAL 3 1 para cada dentista

NUTRICIONISTA 1 NASF

PSICÓLOGA 1 NASF

FISIOTERAPEUTA 1 NASF

AUX. ADMINISTRATIVO 7 1 para cada equipe

EQUIPE DE RUA 11 ***

Quadro 2: Demonstrativo dos funcionários da UBS.*Há defasagem de médicos, somente 3 continuam trabalhando .** Dentistas fazem acumulação de equipes (2 dentistas acumulam 2 equipes e 1 acumula 3 equipes).*** Equipe de Rua: 1 médico, 2 técnico enfermagem, 1 musicoterapeuta, 1 psicólogo, 6 ACS.

A equipe de saúde bucal está estruturada como demonstrado no Quadro 3.

PROFISSIONAIS EQUIPE

1 dentista / 1 TSB / 1 ASB Equipe Pontilhão e XV Agosto

1 dentista / 1 TSB / 1 ASB Equipe Concórdia e Viúva Claudio

1 dentista / 1 TSB / 1 ASB Equipe Miguel Angelo, Darci e Fazendinha

Quadro 3: Demonstrativo da equipe de saúde bucal.

16

Compõem ainda o quadro de profissionais da Unidade os profissionais da

equipe de rua. Seu atendimento abrange moradores de rua, usuários de drogas,

implementando uma política de atendimento e redução de danos.

Em relação aos atendimentos realizados na UBS, os profissionais médicos

e de enfermagem trabalham em regime de escala e o atendimento é dividido em

consultório, coleta, imunização, triagem e procedimentos.As famílias da comunidade

são assistidas a partir de um cadastramento realizado pelos agentes comunitários

em saúde (ACs). Para o cadastramento é feito uma priorização por meio da

verificação da condição social e inscrição no Bolsa-família. Os mutirões realizados

pelas equipes promovem o levantamento epidemiológico e determinam a prioridade

de atendimento. A partir daí, essas famílias recebem um convite para ingresso na

clinica e inicio de tratamento médico, odontológico

Os exames complementares são requeridos e realizados na Unidade ou nos

serviços de referências. Em relação as atividades educativas, estas são realizadas

em cada equipe com grupos de gestantes, hiperdia, tabagismo, melhor idade e

crianças.

A implantação de uma UBS em uma comunidade que requer muitos

cuidados e carente de acesso aos serviços exige um tempo de atuação maior para

promover ações curativas e, a partir daí, implementar ações preventivas e, assim,

conseguir uma redução e melhoria nos índices de saúde como um todo. “É

necessário romper com antigas formas de trabalhar e de lidar com o processo

saúde-doença na sociedade e da necessidade de instrumentalizar equipes e

profissionais para a consolidação dessas mudanças.” (BRASIL, 2008, p.43).

1.2 Relatório da Análise Situacional

1.2.1 UBS – CSF ANTHIDIO DIAS DA SILVEIRA

A UBS Clinica da Família Anthidio Dias da Silveira está localizada na região

3.2 do município do Rio de Janeiro. O modelo de atenção é Estratégia de Saúde da

Família (ESF), cujo vínculo dos profissionais que atuam na Estratégia é através de

Organização Social em Saúde (OSS). O número de equipes corresponde a sete,

promovendo o atendimento da comunidade do Jacarezinho/RJ.

A estrutura física é satisfatória. A Unidade é uma construção térrea com,

aproximadamente, 2.500 m² de área construída. Todos os consultórios ficam no

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mesmo plano como se fosse um círculo com um jardim central. Este tipo de

construção facilita o deslocamento dos usuários porque não tem degraus ou

obstáculos. Além dos consultórios (9), temos a equipe de saúde bucal que divide o

mesmo espaço físico. São 4 equipos, 1 para cada dentista e um para uso do

Técnico em Saúde Bucal (TSB).

Segundo o artigo “Barreiras arquitetônicas a idosos e portadores de

deficiência física: um estudo epidemiológico da estrutura física das Unidades

Básicas de saúde em 7 estados do Brasil”, as barreiras dificultam o acesso aos

serviços e ações de saúde. Podem ser conceituadas como toda e qualquer

barreira relacionada às construções urbanas ou às edificações, impedindo o

exercício de um direito fundamental do ser humano: o direito de ir e vir” (Siqueira

et al., 2009, p. 40).

“Essa inadequação dos espaços públicos e das edificações alcançam um grupo especial de pessoas: idosos, portadores de deficiência e pessoas com limitações temporárias e são caracterizadas pela presença de degraus, banheiros não adaptados, transporte público inadequado, construções impróprias aos serviços de saúde” (Siqueira et al., 2009, p. 40).

Tal situação fere o principio da acessibilidade na medida em q a mesma é

considerada como a possibilidade e condição de alcance para utilização com

segurança dos espaços e equipamentos, além das edificações (Siqueira et al., 2009)

o princípio da acessibilidade tem amparo legal na Lei 8089/90 (BRASIL, 1990), bem

como em previsão constitucional. A Norma Brasileira 9050 da Associação Brasileira

de Normas Técnicas dispõe que a promoção da acessibilidade otimiza as condições

de mobilidade com autonomia e segurança.

Quando falamos em exclusão dessas barreiras, estas devem abranger

construção de rampas, deslocamento seguro de deficientes visuais, cadeirantes e

outras pessoas portadoras de necessidades especiais.

Além do mais, ao verificarmos que a população brasileira está em plena

mudança de seu perfil e estimando-se que em 2020, 11% corresponda a

população idosa, a garantia de acesso deve ser respeitada.

Estas propostas devem ter foco na oferta de condições que viabilizem o

acesso dessas pessoas na UBS. Muitas Unidades são adaptadas ou até mesmo

as mais novas não apresentam condições ideais ao livre e seguro acesso.

18

Quando falamos em acesso temos que abordar também as vias públicas.

Estas também não oferecem um meio seguro. Degraus, desníveis de calçadas,

buracos, ausências de rampas são exemplos de barreiras que se interpõem

como verdadeiros obstáculos. O princípio da acessibilidade não se cumpre em

sua integralidade, consequentemente, as ações e serviços de saúde não se

efetivam, uma vez que uma grande parcela de usuários não são alcançados.

Por outro lado, estamos falando de UBS que são reguladas por

prefeituras ou OSS e isto envolve limitações que se encontram fora de nosso

alcance. Entretanto, esforços devem ser empreendidos e profissionais e usuários

que estão diretamente envolvidos devem ser parte ativa nessas discussões e

busca da adequação das Unidades , e, garantir que o principio de acessibilidade

possa ser verdadeiramente exercido.

Corresponde as equipes Pontilhão e XV Agosto. Cada equipe apresenta,

aproximadamente, 3.000 pessoas. O Quadro 4 demonstra o perfil populacional.

EQUIPES PONTILHÃO XV DE AGOSTOHomens > 14 anos 923 711Mulheres 10 – 49 anos 1213 624População > 60 anos 295 212Idosos com restrição 29 22Hipertensos 54 159Diabéticos 14 42Tuberculose 8 5Hanseníase 2 0Gestantes 25 31Gestantes com sífilis 5 8Famílias cadastradas 926 971Crianças de 05 - 14 anos 84 91

Quadro 4: Perfil populacional.

Segundo a Portaria 2488/2011, a Atenção Básica é caracterizada como

um conjunto de ações de saúde que abrange a promoção e a proteção de saúde,

a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de

danos e a manutenção da saúde, tendo como objetivo o desenvolvimento de uma

atenção integral, e, assim, promover impacto na situação de saúde das pessoas

(BRASIL, 2011c).

A Atenção Básica apresenta como fundamentos o território adstrito,

acesso universal e contínuo, adscrição da clientela desenvolvendo vínculo,

19

integralidade de ações e a participação dos usuários de forma a ampliar sua

autonomia.

Segundo o Decreto 7508/2011, as funções da Atenção Básica, dentro da

estrutura de saúde pública, apresentam como características o fato de ser base,

ter caráter resolutivo, a coordenação do cuidado e a ordenação das Redes

(BRASIL, 2011b).

A organização do processo de trabalho das equipes se insere neste

contexto e assume papel primordial e essencial para o desenvolvimento

adequado da ações/serviços de saúde. Assim, dentre as atribuições comuns a

todos os profissionais envolvidos, a participação no processo de territorialização

e mapeamento das áreas de atuação é requisito fundamental á função de todos.

No entanto, em minha Unidade isto é atribuição específica da enfermagem e dos

ACS. Tal situação gera transtornos, uma vez que quando há mudanças em

relação às micro-áreas, essas alterações afetam o planejamento terapêutico dos

usuários já que, consequentemente, implica em mudanças de médicos, dentistas,

enfermeiros e todos já apresentam suas agendas fechadas. A participação de

todos os profissionais neste processo poderia minimizar tais agravos.

Em relação às atribuições específicas de cada categoria profissional, os

ACS são responsáveis pelo cadastramento das famílias bem como pelo registro

adequado das ações. O enfermeiro, por sua vez, é responsável pela equipe,

desenvolvendo ações educativas e consultas de enfermagem.

Os médicos prestam atendimento clínico, visitas domiciliares e participam

das atividades educativas. A demanda espontânea é dividida entre médicos e

enfermeiros.

Os dentistas trabalham com a demanda programada e espontânea. Há

excesso de pacientes, mas não há insatisfação por parte dos usuários.

O cuidado domiciliar é previsto e realizado. No entanto a periodicidade é

comprometida. A violência existe e as operações policiais são uma realidade, e,

neste caso, as visitas são interrompidas.

É grande o índice de abandono ao tratamento. A conscientização da

necessidade de tratamento ainda é pequena, como também a adesão ao

tratamento já iniciado.

20

A participação multiprofissional é essencial em todas essas questões. Há,

dessa forma, necessidade de maior integração entre os membros das equipes e

das equipes entre si.

A Atenção Básica além de ser uma das principais portas de entrada do

Sistema Único de Saúde (SUS), apresenta como finalidade a postura de se

constituir e de se manter como “porta aberta”, articulando-se, de maneira

complementar, às necessidades dos usuários (BRASIL, 2011a).

Devido a grande proximidade com o cotidiano das pessoas, a UBS tem a

possibilidade de exercitar o vínculo com os usuários, e, a partir daí estender o

cuidado. O acolhimento, dessa forma, se insere como forma de inclusão desses

usuários; como atitude diante do cuidado e como processo de (re)organização do

processo de trabalho em equipe (BRASIL, 2011a).

Esse processo de trabalho tem que ser devidamente discutido e dividido

por todos os profissionais e por todas as equipes constituintes da UBS para,

assim, confirmar o caráter estratégico da Atenção (BRASIL, 2011a).

As equipes tem que estar abertas e receptivas a cada situação, já que as

demandas são construídas individualmente, não apresentando um caráter

imutável. Dessa forma, o processo de acolhimento requer um conjunto articulado

de ações que envolve todos os profissionais da UBS, os gestores e os próprios

usuários (BRASIL, 2011a).

O acolhimento é uma prática que deve estar presente em todas as

relações de cuidado, configurando-se como uma forma de inclusão dos usuários

(BRASIL, 2011a, p.21).

Na unidade o mecanismo de desenvolvimento se dá pela equipe de

acolhimento do dia.Em relação a saúde bucal, a demanda livre é intermediada pelos

ACSs. Além disso, a cada dia um agente é escalado na função do “posso ajudar?”

otimizando o processo.

O acompanhamento pré-natal busca promover análise e terapêutica

necessária visando manter, restabelecer e acompanhar a saúde do bebê e da

mãe. Dessa forma, toda uma linha de cuidado deve ser implementada, e, a

Atenção Básica tem um papel primordial nesse sentido. O acompanhamento

gestacional promovido deve ser amplo, envolvendo enfermagem, médicos e a

saúde bucal (Costa et al., 2005).

21

A prevenção do câncer do colo de útero e de mama também constituem

protocolos imprescindíveis à manutenção da saúde da vida. Cabe ao poder

público organizar e constituir programas voltados a esse fim. As ações de que

visam à prevenção do câncer de colo uterino e de mama, em minha UBS, são

realizadas ações através das consultas e dos grupos e a enfermagem é a equipe

responsável.

Doenças como diabetes e hipertensão, nestes últimos anos, tornaram-se

prevalentes em nossa população. Muitas pessoas desconhecem que são

acometidas, e, dessa forma, nenhum tratamento é implementado resultando em

aumento do número de óbitos por tais doenças. Além do mais o número de

crianças com tais patologias também tem aumentado, resultante de uma infância

rica em influências como consumo de gorduras, sal, carboidratos em excesso.

Assim, a inclusão da diabetes e da hipertensão no elenco das ações

programáticas é de vital importância (BRASIL, 2006).

Da mesma forma, as ações voltadas aos idosos constituem premissas a

serem alcançadas pelos profissionais da ESF. Objetivos e estratégias devem ser

traçados a fim de possibilitar o acesso e a implementação de condutas que visem

a prevenção, tratamento e recuperação da situação de saúde, particularmente

em relação a diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.

Segundo o Caderno da Atenção Básica nº 11 – Saúde da Criança – cada

contato entre a criança e os serviços de saúde deve ser tratado como uma

oportunidade para a análise integrada e preditiva de sua saúde e o

acompanhamento do crescimento da criança constitui o eixo central desse

atendimento (BRASIL, 2007).

O acompanhamento do crescimento constitui o pilar principal dessa

análise e os dados obtidos permitem acompanhar devidamente o

desenvolvimento da criança e verificar qualquer variante de padrão de

normalidade.

A saúde bucal deve estar inserida nesse acompanhamento à saúde da

criança, buscando abordar um enfoque familiar, uma vez que o aprendizado se

dá também por meio da observação do comportamento dos pais (BRASIL, 2008,

p.53)

Ações curativas são necessárias , mas a busca deve abranger mudanças de

comportamento, conhecimento de hábitos de higiene adequados, implementação de

22

palestras envolvendo temas como nutrição, gengivite e cárie, disseminação de

idéias e formação  de condutas. Assim, a definição do foco de intervenção se

justifica.

Indicadores demonstraram que a cobertura de saúde da criança deveria

ser ampliada, envolvendo ações de promoção e recuperação da saúde. A

priorização do atendimento constitui uma das ferramentas para atingir esse fim.

1.2.2 Comentário Comparativo

A ESF configura um instrumento para reorganizar e fortalecer o SUS, uma

vez que é a “porta” de entrada do Sistema Único de Saúde.Seus princípios como

adscrição de clientela, territorialização, diagnóstico da situação de saúde,

planejamento baseado na realidade local, vinculação com as famílias assistidas,

promovem um rompimento com o comportamento estático e mostram uma atitude

pró-ativa das equipes de saúde frente as comunidades (BRASIL, 2008).

A vinculação da clientela a uma equipe multiprofissional favorece ainda mais

a formação desse vínculo, e, isso reflete na prestação de serviços, em que essas

ações de saúde devem ser voltadas ao atendimento das necessidades reais dessa

população. A ESF é, assim, um instrumento de fortalecimento do SUS, onde a

implantação desse modelo promove benefícios ao cidadão, a família, a sociedade

como um todo.

Dessa forma, a qualificação das equipes é essencial. Nesse contexto entra o

Curso de Especialização em Saúde da Família, em que segundo o Projeto

Pedagógico, “promove foco na formação de equipes com capacidade técnica,

eficientes em relação ao planejamento e a gestão e competentes para a formação

de vínculo com a população assistida” (Projeto Pedagógico UFPel /2013, p.01)

A efetivação das ações de saúde depende, fundamentalmente, de uma

sólida política de educação permanente, capaz de produzir profissionais com

habilidades e competências que lhes permitam compreender e atuar no SUS com

competência técnica, espírito crítico e compromisso políticas. As expectativas,

assim, procuram suporte nesses ideais. Fazer um curso que me permita entender e

enfrentar toda a problemática que envolve as ações de saúde. Estas, necessitam do

entrosamento de uma equipe multidisciplinar para assim estabelecer com

propriedade os pontos essenciais ao adequado funcionamento do serviço

23

Trabalhar em uma UBS, e mais precisamente em uma UBS em que o índice

de violência e carência é muito alto requer um jogo de cintura constante. Partilhar o

dia a dia, os medos, a insegurança e as dúvidas permitem uma re-análise da

situação, e, dessa forma, novas propostas surgem como também um novo olhar

sobre essa realidade.

Quando do inicio dessa trajetória, um perfil de um profissional se

estabelecia. No transcorrer da caminhada esse perfil foi sofrendo alterações, e, hoje,

um profissional cidadão se formou.

2 Análise Estratégica – Projeto de Intervenção

2.1 Justificativa

Os indicadores utilizados na UBS relatam que constam 175 crianças em

minha área de abrangência. Desse total, ocorreram 54 atendimentos em primeira

consulta programática. Assim, ampliar o atendimento é uma premissa fundamental.

Neste contexto, essa ampliação requer uma análise mais precisa da situação de fato

para que melhores índices possam ser alcançados a partir da execução de ações

educativas e atendimento clínico.

Dentre os tópicos reguladores da atenção à saúde de crianças de 05 a 14

anos, o crescimento e o desenvolvimento são eixos referenciais para mensurar a

qualidade do atendimento e cuidado dispensados a esse grupo. Adotar medidas

para o crescimento e desenvolvimento saudáveis, significa garantir um direito da

população e cumprir uma obrigação do Estado. Nesse contexto, a educação em

saúde bucal deve fornecer instrumentos para fortalecer a autonomia dos usuários no

controle do processo saúde-doença e na condução dos seus hábitos (BRASIL,

2007a).

A proposta não se detém em apenas ofertar um plano de tratamento, mas

sim, estabelecer um meio que promova esclarecimento da importância de se manter

a saúde oral. Dentro dessa proposta, uma terapêutica indicada é o Tratamento

Restaurador Atraumático (TRA). É uma técnica reconhecida e incentivada pela OMS

desde 1994, que vem beneficiando milhares de pessoas pelo mundo. A estratégia

abrange a prevenção, a promoção e a educação em saúde dentro de uma proposta

mínima de intervenção e máxima preservação. O objetivo é implementar um

processo de busca ativa e identificação da população submetida aos fatores de

risco, favorecendo o enfrentamento da doença cárie em estágio precoce,

aumentando a acessibilidade ao tratamento odontológico. A vantagem diz respeito a

uma abordagem biológica, um atendimento humanizado, sem dor ou trauma, baixo

custo com desempenho clínico satisfatório, comparável aos demais materiais

restauradores, dispensa do uso de equipamentos odontológicos, podendo ser

realizado em visitas domiciliares e espaços comunitários, bem como em escolas.

Não se trata apenas em ofertar um plano de tratamento, mas a localização

da UBS em uma comunidade até então desassistida, permite a viabilização dessa

idéia. O acesso à saúde bucal é limitado, ainda mais em relação a essas crianças. A

25

parceria saúde/escola se transforma em um instrumento norteador do projeto.

Propor grupos educativos, levantamento epidemiológico e a implementação da

Técnica do TRA é objetivo deste trabalho.

A clínica Saúde da Família Anthidio Dias da Silveira apresenta fluxo de

atendimento intenso e uma elevada incidência da doença cárie. O desconhecimento

de seu mecanismo é uma realidade. A cultura de que “dente que dói deve ser

extraído” ainda persiste A ausência de um programa de atenção á saúde da criança

na unidade fez com que a implantação de um projeto destinado a esse grupo

específico fosse de extrema relevância e a saúde bucal deve estar inserida

qualificando o atendimento. Dessa forma, a parceria escola/UBS mostra-se como

alternativa para que haja reversão desse quadro.

2.2 Objetivos e Metas

Objetivo geral

Qualificar as ações de saúde bucal para crianças de 05 a 14 anos na Clínica

da Família Anthidio Dias da Silveira (equipes Pontilhão e XV Agosto) no município

do Rio de Janeiro-RJ no período de março-junho 2013.

Objetivos específicos

Ampliar a cobertura da ação à saúde bucal.

Melhorar a adesão ao programa de atendimento em saúde bucal.

Melhorar a qualidade do atendimento em saúde bucal da criança.

Melhorar registros das informações sobre crianças de 05 a 14 anos.

Mapear as crianças da área de abrangência com risco para problemas

de saúde bucal.

Promover a saúde bucal.

Realizar ações de promoção à saúde e prevenção de doenças bucais

nas famílias das crianças.

As metas pactuadas estão dispostas em consonância com os objetivos

(Quadro 5).

26

OBJETIVO METAS

OBJETIVO 1Ampliação da cobertura de

atenção à saúde bucal.

Ampliar a cobertura de primeira, consulta odontológica programática para 70% das crianças de 05 a 14 anos da área de abrangência.Captar 50% das crianças da área de abrangência sem atenção à saúde na UBS ou em outro serviço (promover atendimento de mais 60 crianças).Realizar visitas domiciliares em 100% das crianças acamadas ou com problemas de mobilidade física.

OBJETIVO 2Melhorar a adesão ao programa de atendimento em saúde bucal.

Fazer busca ativa em 100% das crianças faltosas às consultas.

OBJETIVO 3Melhorar a qualidade do

atendimento em saúde bucalda criança.

Capacitar 100% dos profissionais da equipe para o atendimento integral em saúde da criança.Realizar exame bucal adequado em 100% das crianças inseridas no projeto (corresponde a um total de 70% das crianças da área de abrangência).Garantir a realização de exames complementares para 50% das crianças.Garantir atendimento especializado para 50% das crianças.

OBJETIVO 4Melhorar registros das

informações sobre criançasde 05 a 14 anos.

Manter registro atualizado em planilha e/ou prontuário de 100% das crianças cadastradas.

OBJETIVO 5Mapear as crianças da área de

abrangência com risco para problemas de saúde bucal.

Identificar e acompanhar 70% das crianças com acúmulo de fatores de risco em saúde bucal.

Garantir exame de rastreamento para cárie dentária em 70% das crianças cadastradas no programa.

OBJETIVO 6Promover a saúde bucal.

Fornecer orientações sobre higiene bucal para 70% crianças e seus responsáveis.Fornecer orientações sobre cárie dentária para 70% crianças e seus responsáveis.Fornecer orientações nutricionais para 70% crianças e seus responsáveis.Promover ações educativas e preventivas em saúde bucal das crianças na comunidade com regularidade (semanal, quinzenal ou mensal) – SAÚDE BUCAL NA ESCOLA. Estas ações incluem desde orientações sobre higiene bucal com escovação supervisionada, orientações sobre etiologia da cárie dentária até ações preventivas para grupos de risco, como aplicação tópica e coletiva de fluoretos.

OBJETIVO 7Realizar ações de promoção à saúde e prevenção de doenças

bucais nas famílias das crianças.

Realizar ações de promoção à saúde e prevenção de doenças bucais em 100% das famílias das crianças.Avaliar a situação de risco e vulnerabilidade das famílias das crianças.

Quadro 5: Metas.

27

2.3 Metodologia

Este projeto foi estruturado para ser desenvolvido no período de 04 meses

(março a junho/2013) na Unidade Básica de Saúde (UBS): Clínica da Família

Anthidio Dias da Silveira – AP 3.2/RJ. Participaram da intervenção as crianças

pertencentes à área de abrangência. Será utilizado o protocolo de Saúde Bucal

MS/2008 (BRASIL, 2008).

Para ampliar a cobertura de atenção à saúde bucal das crianças, buscando

a meta de 70% das crianças da área de abrangência, no eixo de organização e

gestão do serviço, foi providenciado o cadastramento da população de crianças da

área adstrita que não estão devidamente cadastradas e foi priorizado o seu

atendimento.

A priorização do atendimento foi feita de tal forma em que o agendamento foi

realizado de forma ágil e fácil, e a equipe de saúde bucal e agentes comunitários

previamente capacitados, promoveram a inclusão dessas crianças no atendimento,

ou seja, agentes comunitários exerceram o papel de estímulo e convocaram para as

consultas, bem como efetuaram a regularização dos cadastramentos e a equipe de

Saúde Bucal atuou de forma clínica e educativa visando otimizar o atendimento.

No eixo de monitoramento e avaliação foi monitorado o número de crianças

cadastradas na unidade de saúde e a proporção de crianças cadastradas pela

equipe que tiveram acesso a atendimento odontológico. Neste caso, foram

encontrados cadastrados 175 crianças (escolares) na faixa de 05 a 14 anos (equipes

Pontilhão e XV Agosto), não houve registros disponíveis acerca da proporção de

crianças atendidas na Saúde Bucal. As Visitas Domiciliares (VDS) adquirem aqui

papel primordial neste contexto, configurando-se como meio a alcançar um número

maior de crianças.

O monitoramento dessas crianças foi efetuado através de registros em

prontuário clínico (da própria UBS), ficha espelho e ficha própria do mutirão TRA. A

partir daí, os dados levantados foram lançados em Planilha de coleta de dados

(UFPEL). A periodicidade foi semanal, uma vez que as reuniões de grupo e de

equipe também foram realizadas da mesma forma.

No eixo de engajamento público atividades educativas foram trabalhadas

promovendo incentivo e informação à comunidade. Foi trabalhado o

acompanhamento dos agentes de saúde em relação a essas crianças, de forma que

28

foram capazes de identificar os principais problemas encontrados pelas famílias para

realizar as consultas odontológicas.

Os ACS envolvidos no projeto foram previamente capacitados, ou seja, em

sala de reunião própria da UBS, foi apresentado o projeto, objetivos e metas, bem

como embasamento pelo Caderno de Atenção Básica – Saúde Bucal 2008 (BRASIL,

2008). A partir daí, semanalmente, houve reunião com toda a equipe para

levantamento de dúvidas e acerto das ações a serem desenvolvidas.

A qualificação da prática clinica também implicou em capacitação prévia da

equipe, envolvendo orientações em relação ao acolhimento, instruções e conduta

técnica, mantendo uma educação permanente. A equipe foi reunida semanalmente

para elucidação de dúvidas, treinamento, leituras de artigos e discussão de casos

clínicos.

Assim, a partir dos objetivos estipulados, as ações previstas envolveram:

Ampliar a cobertura da ação bucal:

A ampliação da cobertura foi feita a partir da análise da micro-área de cada

ACS, foi efetuado o cadastramento das famílias não cadastradas na UBS e captação

das crianças para atendimento. As vds efetuadas pela equipe de saúde bucal

constituíram ferramentas indispensáveis nesta questão. A priorização no

atendimento foi feita constituindo um sistema ágil de agendamento e inclusão

dessas crianças no grupo (disponibilização de um dia na agenda)

Melhorar a adesão ao programa de atendimento em saúde bucal:

Melhorar a adesão implica em monitorar a periodicidade das consultas, fazer

busca ativa dos faltosos e qualificar a equipe nesse ponto.

Melhorar a qualidade do atendimento em saúde bucal da criança:

Envolve em capacitação dos profissionais, realização de exames bucais

adequados, garantia de realização de exames complementares e atendimento

especializado conforme a especificidade de cada caso.

Melhorar registros das informações:

Manter registros fidedignos e atualizados. Capacitar a equipe também entra

aqui como requisito fundamental. A capacitação implica em esclarecimentos sobre o

preenchimento correto das fichas e prontuários, a necessidade do cadastramento

das famílias. Será utilizado recursos audiovisuais, modelos e leitura dinâmica.

Mapear as crianças da área de abrangência com risco para problemas

de saúde bucal:

29

Analisar e classificar as famílias da área de abrangência a partir do

preenchimento pelos ACS da ficha de risco social, realização de levantamento

epidemiológico. A ficha de risco social é um instrumento solicitado aos ACS para,

dessa forma, permitir o conhecimento das famílias da área de abrangência e

promover um trabalho que realmente permita alcançar a comunidade, verificando a

vulnerabilidade social das famílias em questão. A partir daí, levantamentos

epidemiológicos foram realizados pela equipe de saúde bucal. Esse mapeamento

envolveu identificar e acompanhar as crianças com acúmulo de fatores de risco em

saúde bucal, bem como garantir o exame de rastreamento em cárie dentária.

Promover a saúde bucal:

Essa promoção de saúde implica também em ações educativas e

preventivas na comunidade com regularidade. Envolve realização de grupos

educativos promovendo palestras, teatro de fantoches, pintura, artesanato como

também atividades de escovação supervisionada e aplicação tópica de flúor. Cada

semana um tema foi abordado: higiene bucal, cárie, nutrição, trauma dentário e

gengivite.

Realizar ações de promoção à saúde e prevenção de problemas bucais

nas famílias das crianças:

Palestras voltadas para as famílias, difundindo a idéia de que a família é

formadora de opinião e de hábitos, sendo, portanto, o alicerce fundamental nessa

proposta. A avaliação da situação de risco e vulnerabilidade social das famílias

também é um fator importante a ser considerado quando da estruturação dessas

ações.

2.3.1 DETALHAMENTO DAS AÇÕES

No Quadro 6 verifica-se a correlação entre as ações estipuladas e as metas

pactuadas.

METAS AÇÕESMETA 1 Ação 1 - promover ações educativas e preventivas em

30

Promover ações educativas e preventivas em saúde bucal na

escola.

saúde bucal das crianças na comunidade com regularidade mensal – SAÚDE BUCAL NA ESCOLA:a) organizar agenda de atendimento de forma a possibilitar atividades educativas em grupo;b) promover orientações sobre higiene bucal com escovação supervisionada;c) promover ações preventivas como aplicação tópica e coletiva de fluoretos.

META 2Ampliar a cobertura de primeira

consulta odontológica para 70%

das crianças de 05 a 14 anos de idade.

Ação 1 - monitorar o número de crianças cadastradas na UBS:a) organizar acolhimento à criança e familiar na unidade de saúde;b) cadastrar na UBS crianças da área de abrangência de 05 a 14 anos de idade;c) organizar agenda de saúde bucal para atendimento da criança.

META 3Avaliar número de crianças entre

05 a 14 anos com tratamento odontológico concluído.

Ação 1 - monitorar número de crianças que fizeram a primeira consulta odontológica programática com tratamento odontológico concluído:a) verificar fichas clínicas.

META 4Identificar e acompanhar 70% das crianças com avaliação de

risco em saúde bucal.

Ação 1 - monitorar periodicamente as crianças de alto risco identificadas na área de abrangência:a) priorizar atendimento de crianças de alto risco.Ação 2 - monitorar o número de crianças com risco para problemas de saúde bucal:a) garantir junto ao gestor o oferecimento de serviços terapêuticos onde os casos identificados possam ser tratados.

META 5Fornecer orientações sobre

higiene bucal e prevenção da cárie para 70% das crianças

entre 05 a 14 anos.

Ação 1 - monitorar as atividades educativas individuais:a) organizar tempo médio de consultas com a finalidade de garantir orientações em nível individual;b) fornecer orientações sobre cárie dentária para 70% das crianças e seus responsáveis.

META 6Fornecer orientações

nutricionais para 70% das crianças entre 05 a 14 anos.

Ação 1 - monitorar as orientações nutricionais:a) organizar a agenda do serviço de nutrição para atendimento das crianças.

META 7Avaliar o número de crianças

entre 05 a 14 anos que participaram da escovação

dental supervisionada.

Ação 1 - monitorar as atividades educativas na unidade:a) orientar as crianças e seus familiares sobre a importância da higiene bucal e informar como realizá-la de maneira adequada, discutindo estratégias para sua adoção;b) organizar agenda de atendimento de forma a possibilitar atividades educativas em grupo.Ação 2 - capacitar equipe para oferecer orientações de higiene bucal.

META 8Manter registro atualizado em

planilha e\ou prontuário de 100% das crianças cadastradas

Ação 1 - monitorar o registro de todas as crianças cadastradas:a) implantar planilha de saúde bucal e ficha para acompanhamento das crianças cadastradas;b) pactuar com a equipe o registro.

META 9Avaliar número de crianças entre

05 a 14 anos com orientação

Ação 1 - monitorar as atividades educativas individuais:a) organizar tempo médio de consultas com a finalidade de garantir orientações em nível individual.

31

sobre prevenção ao trauma dentário.META 10

Avaliar número de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre o uso de chupetas.

Ação 1 - monitorar o número de crianças com risco para problemas de saúde bucal:a) garantir junto ao gestor o oferecimento de serviços terapêuticos onde os casos identificados possam ser tratados.

META 11Avaliar número de crianças

entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção de

gengivites.

Ação 1 - monitorar as atividades educativas individuais:a) organizar tempo médio de consultas com a finalidade de garantir orientações em nível individual.

Quadro 6: Metas e detalhamento das ações.

2.3.2 INDICADORES

META 1: promover ações educativas e preventivas em saúde bucal na

escola.

INDICADOR 1: proporção de escolares examinados na escola.

Numerador: número total de escolares que foram examinados na escola.

Denominador: número total de escolares da escola..

META 2: ampliar a cobertura de primeira consulta odontológica para 70%

das crianças de 05 a 14 anos de idade.

INDICADOR 2: proporção de crianças entre 05 e 14 anos com primeira

consulta odontológica.

Numerador: número total de crianças residentes na área entre 05 e 14 anos

que fizeram a primeira consulta odontológica programática na UBS.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

da UBS na faixa etária de 05 a 14 anos.

META 3: avaliar número de crianças entre 05 a 14 anos de idade com

tratamento odontológico concluído.

INDICADOR 3: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com tratamento

odontológico concluído.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

com tratamento odontológico concluído.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

32

META 4: Identificar e acompanhar 70% das crianças com avaliação de risco

em saúde bucal.

INDICADOR 4: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com avaliação de

risco para saúde bucal.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

com avaliação de risco para saúde bucal.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

META 5: Fornecer orientações sobre higiene bucal e prevenção da cárie

para 70% das crianças entre 05 a 14 anos.

INDICADOR 5: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre higiene bucal e prevenção da cárie.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

com orientação sobre higiene bucal e prevenção da cárie.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

META 6: Fornecer orientações nutricionais para 70% das crianças entre 05 a

14 anos.

INDICADOR 6: proporção de crianças entre 05 a 14 anos que receberam

orientações nutricionais do odontólogo.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

que receberam orientações nutricionais do odontólogo.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

META 7: Avaliar número de crianças entre 05 a 14 anos que participaram da

escovação dental supervisionada.

33

INDICADOR 7: proporção de crianças entre 05 a 14 anos que participaram

da escovação dental supervisionada.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

que participaram da escovação dental supervisionada.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

META 8: Manter 100% dos registros em Saúde Bucal atualizados das

crianças entre 05 a 14 anos.

INDICADOR 8: proporção das crianças entre 05 a 14 anos com registro de

saúde bucal atualizados.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

com registro de saúde bucal atualizados.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

META 9: Avaliar número de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre prevenção ao trauma dentário.

INDICADOR 9: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre prevenção ao trauma dentário.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

que receberam orientação sobre prevenção ao trauma dentário.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

META 10: Avaliar número de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre o uso de chupetas.

INDICADOR 10: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre o uso de chupetas.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

que receberam orientação sobre o uso de chupetas.

34

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

META 11: Avaliar número de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre prevenção de gengivites.

INDICADOR 11: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre prevenção de gengivites.

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 05 a 14 anos

que receberam orientação sobre prevenção de gengivites.

Denominador: número total de crianças residentes na área de abrangência

entre 05 a 14 anos que fizeram a primeira consulta odontológica programática na

UBS.

2.3.3 LOGÍSTICA

O Projeto de Intervenção proposto: Saúde Bucal de Escolares terá como

Protocolo adotado o Caderno de Saúde Bucal/2007 do MS (BRASIL, 2008 ). As

informações serão registradas na ficha de atendimento disponível pelo Município do

Rio de Janeiro. O acompanhamento mensal da intervenção será utilizado a planilha

eletrônica de coleta de dados também utilizada pelo Município.

A organização do registro do Projeto será efetuado em livro próprio,

específico do programa. As frequências, os procedimentos realizados, as condutas,

o dia a dia será ali registrado.

Dentre as ações estipuladas na planilha, para viabilização das mesmas

algumas medidas serão adotadas:

a) a equipe será capacitada para atendimento desse grupo específico. O

Caderno de Saúde Bucal será a base;

b) reuniões para capacitação serão realizadas semanalmente, 1 hora antes

de terminar o expediente. Essas reuniões serão utilizadas para

esclarecimento e exposição de dúvidas;

c) o acolhimento será realizado pela Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e TSB,

a partir dos encaminhamentos do Programa Saúde na Escola (PSE);

d) o acolhimento de intercorrências agudas não implicará em alteração de

agenda. Há priorização de atendimento;

35

e) ajuste na agenda será necessário para atendimento clínico dessas

crianças: Meio expediente semanal para atendimento;

f) grupos semanais serão realizados na UBS. A frequência será

contabilizada em cartão específico de controle entregue ao responsável

do menor. A presença dos responsáveis também é necessária, pois

atividades educativas serão destinadas a família;

g) essas atividades educativas abrangerão palestras, brincadeiras,

artesanato, escovação supervisionada;

h) o esclarecimento a comunidade é de suma importância. O ACS tem

papel de promover isso. O ACS também fará buscas ativas de pacientes

faltosos;

i) um encontro mensal será destinado a implementação do Projeto TRA. O

levantamento epidemiológico já foi devidamente realizado em encontros

anteriores;

j) visitas as escolas constantes na área de abrangência serão marcadas

para divulgação do projeto;

k) ao final de cada mês, as informações coletadas serão consolidadas em

planilha eletrônica.

2.3.4 CRONOGRAMA

O cronograma estipulado na implementação do projeto obedeceu a seguinte

ordem apresentada no Quadro 7.

CRONOGRAMA DO PRIMEIRO MÊSSEMANAS AÇÕES E TAREFAS

SEMANA 1

Ação 1 - capacitar os profissionais da equipe para o atendimento integral em saúde da criança (incluindo o atendimento de crianças portadoras de necessidades especiais):a) tarefa 1: reunir com os profissionais da equipe para determinar o dia para realização da capacitação;b) tarefa 2: reservar a sala (auditório da clínica);c) tarefa 3: preparar a aula (exposição do Projeto de Intervenção), dinâmica da capacitação e material gráfico a ser entregue;d) tarefa 4: separar fichas de registros a serem utilizadas e promover treinamento de seu preenchimento.Ação 2 - reunir com a equipe para apresentação do projeto de intervenção:a) tarefa 1: apresentação do projeto de intervenção;b) tarefa 2: leitura e distribuição do Manual do MS – Saúde Bucal e da criança.

36

Ação 3 - organizar rotina de trabalho:a) tarefa 1: organização da agenda de cada membro da equipe;b) tarefa 2: organização da agenda do CD para possibilitar atendimento prioritário das crianças;c) tarefa 3: organização de vds de cada membro da equipe;d) tarefa 4: avaliar nº de crianças cadastradas.Ação 4 - visitar escola para agendar atividade educativa:a) tarefa 1: visitar escola para determinar cronograma de atividades (mensal).

SEMANA 2

Ação 1 - capacitar os profissionais da equipe abordando os temas: higiene bucal, cárie, fluorose, trauma dentário, nutrição, gengivite:a) tarefa 1: promover capacitação da equipe (sala de reuniões).Ação 2 - realização de vds pela equipe de saúde bucal para captar famílias para cadastramento:a) tarefa 1: realização de vd às famílias das crianças de 05 a 14 anos;b) tarefa 2: realização de cadastramento das famílias não cadastradas;Ação 3 - promover agendamento das crianças:a) tarefa 1: fazer agendamento (quinta-feira manhã);b) tarefa 2: entrega de convites aos ACS com as consultas agendadas pela equipe de saúde bucal.Ação 4 - manter atendimento:a) tarefa 1: garantir atendimento à demanda espontânea e programada.

SEMANA 3

Ação 1 - promover atendimento às crianças agendadas:a) tarefa 1: atendimento clínico das crianças agendadasAção 2 - educação em saúde: grupo:a) tarefa 1: grupo (local: auditório da clínica) – tema: higiene bucal – atividades: palestra, teatro de fantoches;b) tarefa 2: promover escovação dental supervisionada.Ação 3 - organizar lista dos faltosos:a) tarefa 1: verificar faltosos;b) tarefa 2: organizar lista de faltosos;c) tarefa 3: agendar busca ativa (equipe de saúde bucal).Ação 4 - manter atendimento:a) tarefa 1: garantir atendimento à demanda espontânea e programada.

SEMANA 4

Ação 1 - promover atendimento das crianças agendadas:a) tarefa 1: atendimento clínico das crianças agendadas.Ação 2 - trabalho educativo na escola (dois turnos):a) tarefa 1: fazer palestra. Tema: A importância da higiene oral;b) tarefa 2: promover instrução de higiene oral (IHO);c) tarefa 3: fazer escovação dental supervisionada;d) tarefa 4: aplicação tópica de flúor.Ação 3 - realizar busca ativa das crianças que faltaram à consulta (equipe de saúde bucal):a) tarefa 1: fazer busca ativa dos faltosos durante VD;b) tarefa 2: fazer novo agendamento de consultas após a busca ativa.Ação 4 - reunião de equipe:a) tarefa 1: reunir equipe para organização das atividades realizadas durante o mês e elucidação de dúvidas.

Quadro 7: Cronograma do primeiro mês.O cronograma estipulado na implementação do projeto obedeceu a seguinte

ordem apresentada no Quadro 8.

37

CRONOGRAMA DO SEGUNDO MÊSSEMANAS AÇÕES E TAREFAS

SEMANA 1

Ação 1 - promover atendimento das crianças agendadas:a) tarefa 1: garantir atendimento clínico das crianças agendadas.

Ação 2 - educação em saúde: grupo:a) tarefa 1: grupo. Tema: cárie – atividades: palestra, pintura de desenhos e confecção de cartaz.Ação 3 - manter atendimento à demanda espontânea e programada:a) tarefa 1: garantir manutenção do atendimento.Ação 4 - organizar lista dos faltosos:a) tarefa 1: verificar faltosos;b) tarefa 2: organizar lista de faltosos;c) tarefa 3: agendar busca ativa.

SEMANA 2

Ação 1 - promover atendimento das crianças agendadas:a) tarefa 1: garantir atendimento clínico das crianças agendadas.Ação 2 - realizar busca ativa:a) tarefa 1: fazer busca ativa (equipe de saúde bucal).Ação 3 - manter atendimento:a) tarefa 1: garantir atendimento à demanda espontânea e programada.Ação 4 - educação em saúde: grupo:a) tarefa 1: grupo. Tema: fluorose – atividades: palestra, teatro de fantoches, artesanato;b) tarefa 2: evidenciação de placa e escovação supervisionada.

SEMANA 3

Ação 1 - manter atendimento das crianças agendadas:a) tarefa 1: atendimento clínico das crianças agendadas.

Ação 2 - organizar lista dos faltosos:a) tarefa 1: verificar faltosos;b) tarefa 2: organizar lista de faltosos;c) tarefa 3: agendar busca ativa.Ação 3 - Educação em saúde: grupo:a) tarefa 1: grupo. Tema gengivite – atividades: palestra, dinâmica de grupo;b) tarefa 2: escovação supervisionada.

Ação 4 - garantir atendimento à demanda espontânea e programada:a) tarefa 1: manter atendimento.

SEMANA 4

Ação 1 - manter atendimento das crianças agendadas:a) tarefa 1: garantir atendimento clínico das crianças agendadas.Ação 2 - realizar busca ativa:a) tarefa 1: fazer busca ativa das crianças faltosas (equipe de saúde bucal).Ação 3 - primeira reunião de equipe para promover avaliação da intervenção:a) tarefa 1: reunir equipe para avaliar intervenção;b) tarefa 2: detalhar em ata;c) tarefa 3: verificar falhas;d) tarefa 4: organizar agenda e revisar cronograma da intervenção;e) tarefa 5: verificar registros.

Quadro 8: Cronograma do segundo mês.

O cronograma estipulado na implementação do projeto obedeceu a seguinte

ordem apresentada no Quadro 9.

CRONOGRAMA DO TERCEIRO MÊSSEMANAS AÇÕES E TAREFAS

38

SEMANA 1

Ação 1 - manter atendimento às crianças agendadas:a) tarefa 1: garantir atendimento clínico das crianças agendadas.

Ação 2 - educação em saúde: grupo:a) tarefa 1: grupo. Tema: trauma dentário – atividades: palestra, discussão de casos, teatro.Ação 3 - organizar lista de faltosos:a) tarefa 1: verificar faltosos;b) tarefa 2: organizar lista dos faltosos;c) tarefa 3; agendar busca ativa.Ação 4 - manter atendimento:a) tarefa 1: garantir atendimento à demanda espontânea e programada.

SEMANA 2

Ação 1 - manter atendimento ás crianças agendadas:a) tarefa 1: garantir atendimento clínico ás crianças agendadas.Ação 2 - busca ativa:a) tarefa 1: fazer busca ativa durante vd (equipe de saúde bucal).Ação 3 - educação em saúde: grupo:a) tarefa 1: grupo. Tema: nutrição - atividades: palestra, pintura, artesanato.Ação 4 - manter atendimento:a) tarefa 1: garantir atendimento à demanda espontânea e programada.Ação 5 - organizar lista dos faltosos:a) tarefa 1: verificar faltosos;b) tarefa 2; organizar lista de faltosos;c) tarefa 3: agendar busca ativa.

SEMANA 3

Ação 1 - manter atendimento às crianças agendadas:a) tarefa 1: manter atendimento clínico às crianças agendadas.Ação 2 - busca ativa:a) tarefa 1: fazer busca ativa durante vd (equipe de saúde bucal).Ação 3 - atividade educativa na escola:a) tarefa 1: visita á escola para atividade educativa;b) tarefa 2: palestra;c) tarefa 3: instrução de higiene oral;d) tarefa 4: escovação supervisionada;e) tarefa 5: aplicação tópica de flúor;f) tarefa 6: distribuição de kit odontológico.

SEMANA 4

Ação 1 - manter atendimento ás crianças agendadas:a) tarefa 1: manter atendimento clínico ás crianças agendadas.Ação 2 - organizar lista de faltosos:a) tarefa 1: verificar faltosos;b) tarefa 2: organizar lista de faltosos;c) tarefa 3: agendar busca ativa.Ação 3 - Fazer relatório da atividade educativa na escola:a) tarefa 1: fazer relatório;b) tarefa 2: organizar fotos.

Quadro 9: Cronograma do terceiro mês.

O cronograma estipulado na implementação do projeto obedeceu a seguinte

ordem apresentada no Quadro 10.

CRONOGRAMA DO QUARTO MÊSSEMANAS AÇÕES E TAREFAS

39

SEMANA 1

Ação 1 - manter atendimento ás crianças agendadas:a) tarefa 1: manter atendimento clínico às crianças agendadas.Ação 2 - busca ativa:a) tarefa 1: fazer busca ativa (equipe de saúde bucal);b) tarefa 2: fazer agendamento após busca ativa.Ação 3 - educação em saúde: grupo:a) tarefa 1: grupo com os responsáveis das crianças;b) tarefa 2: palestra evidenciando a importância da família na formação de hábitos e conduta.

SEMANA 2

Ação 1 - manter atendimento ás crianças agendadas:a) tarefa 1: manter atendimento clínico às crianças agendadas.Ação 2 - busca ativa:a) tarefa 1: fazer busca ativa (equipe de saúde bucal).Ação 3 - reunião de equipe:a) tarefa 1: reunir equipe para verificar andamento das ações.Ação 4 - educação em saúde: grupo:a) tarefa 1: grupo: atividades recreativas.

SEMANA 3

Ação 1 - reunião com equipe para iniciar o trabalho de avaliação do Projeto:a) tarefa 1: reunir equipe;b) tarefa 2: verificar registros;c) tarefa 3: identificar falhas;d) tarefa 4: propor correções.Ação 2 - manter atendimento:a) tarefa 1: garantir atendimento á demanda espontânea e programada.Ação 3 - manter atendimento às crianças agendadas:a) tarefa 1: manter atendimento clínico às crianças agendadas.

SEMANA 4Ação 1 - manter atendimento às crianças agendadas:tarefa 1: manter atendimento clínico às crianças agendadas.Ação 2 - reunião de equipe:tarefa 1: reunir equipe para avaliação do projeto de intervenção.

Quadro 10: Cronograma do quarto mês.

3 Relatório da IntervençãoO presente projeto procurou abordar a qualificação das ações de saúde

bucal em crianças de 05 a 14 anos. Essas crianças pertencem a Comunidade do

Jacarezinho no município do Rio de janeiro, e, tendo como área de abrangência as

equipes XV de Agosto e Pontilhão. A escola visitada pertencia à área de

abrangência correspondente: Centros Integrados de Educação Pública (CIEP)

Vinicius de Moraes.

O inicio da intervenção deu-se no dia 25/03/2013, tendo terminado no dia

12/07/2013. Foram quatro meses de erros e acertos. Tratava-se de um projeto

inovador, inédito dentro da Unidade, e, por isso mesmo, passível de tantos desafios.

A abordagem inicial foi definir o quantitativo, ou seja, o número de crianças dentro

dessa faixa etária pertencentes à área de abrangência e o percentual a ser atingido

com a implantação do Projeto. Os indicadores utilizados pela UBS demonstraram

um total de 175 crianças dentro desse perfil e pactou-se a meta de 70% para ao

atendimento, ou seja, 123 crianças, conforme planilha elaborada.

A partir da apresentação do Projeto aos Gestores e à equipe, capacitações

foram realizadas buscando alcançar uma qualificação técnica ideal em conformidade

com os objetivos traçados para a intervenção. Temas como higiene bucal, gengivite,

cárie, fluorose, trauma dentário, nutrição e desenvolvimento foram discutidos devido

a sua extrema importância dentro de um quadro epidemiológico.

A apresentação desses temas para a equipe foi o ponto de partida para a

concretização dos objetivos e metas da intervenção. O grande desafio, entretanto,

foi a implementação desse projeto inovador e promover a adequação da agenda de

todos os membros da equipe.

As atividades de grupo converteram-se, entretanto, no grande ponto positivo

dessa empreitada. A discussão ampla envolvendo também membros das famílias foi

de extrema relevância para o alto índice de adesão por parte da comunidade. Temas

como mal-oclusão, uso de chupetas e a interrelação com a enfermagem/médico

ainda precisam ser mais trabalhados.

A coleta de dados apresentou grande dificuldade na avaliação do projeto,

tanto no início quanto na avaliação final. A falta de tempo hábil para essa atividade

considero o grande determinante desse obstáculo. Claro que esse tempo há que ser

trabalhado para otimizar essa avaliação.

41

Dentre as ações desenvolvidas, o indicador relativo ao uso de chupetas,

apesar de ter sido trabalhado, não ofertou a amplitude necessária à sua importância.

Requer, por conseguinte, discussões mais amplas nas atividades educativas,

durante as consultas e promover uma interrelação maior com a

enfermagem/médicos. Buscar a integralidade no atendimento é a meta.

Discutir as mal-oclusões advindas do uso contínuo da chupeta/dedo é de

extrema relevância e deve ser abordado como merece.

A sistematização dos dados da intervenção, com fechamento de planilhas e

cálculo dos indicadores configurou um capitulo à parte em todo o processo. A

dificuldade esbarrou na falta de tempo hábil, outros compromissos assumidos frente

à UBS e questões pessoais. Dúvidas relativas a própria realização dos cálculos foi

um dos pontos, no entanto apesar dos obstáculos as tarefas foram cumpridas.

Apesar de tantos desafios, a meta foi mais do que superada, alcançando-se

um percentual em torno de 88%.

Meta pactuada: 70%

Meta alcançada: 87,64%

Meta de atendimentos pactuada: 123

Meta atingida: 154

Escolares examinados na própria escola: 414 (participando de palestras,

escovação supervisionada e distribuição de kits odontológicos)

4 Avaliação da intervenção

4.1 Resultados da Intervenção

Projeto inédito na unidade em que o público alvo trata-se de crianças de 05

a 14 anos pertecentes às equipes Pontilhão e XV Agosto (175 crianças) na

comunidade do Jacarezinho/RJ. Não havia qualquer protocolo de atendimento em

relação a esse grupo, sendo essas crianças atendidas conforme a marcação de

consultas de suas famílias. A priorização no atendimento fez com que o fluxo

otimizasse e o acesso se tornasse mais viável e garantido.

Durante os meses da implantação da intervenção os indicadores mostraram

os seguintes resultados demonstrados a seguir.

Indicador 1 - proporção de escolares examinados na escola.

A escola visitada é o CIEP Vinicius de Moraes pertence à área adstrita. O

total de alunos corresponde a 580 e as turmas foram visitadas, uma por uma, em

que palestras foram desenvolvidas de acordo com a faixa etária apresentada pelos

alunos. Modelos foram utilizados, distribuição de kits odontológicos, levantamento

epidemiológico e escovação supervisionada, tanto em sala de aula como em

ambiente coletivo como a quadra de esportes em que foi utilizado o escovário móvel.

Não foi possível promover a cobertura de todos os alunos em virtude de fatores

como o calendário não disponível pela direção alegando outras tarefas que

impediam o prosseguimento das atividades. Ficou acordado a continuação no

próximo semestre. Promover ações de saúde em âmbito escolar permitiu ter acesso

a grupos de crianças em que as visitas domiciliares não alcançaram. É a situação de

varias mães e pais que saem para trabalhar cedo deixando seus filhos na escola.

Assim, esta atividade contribuiu para promover a qualificação da atenção e cuidado.

O levantamento epidemiológico realizado permitiu ampliar o conhecimento acerca da

realidade de saúde bucal dessas crianças, e, isso proporcionou o entendimento de

que esta atividade deve ser mantida e monitorada (Quadro 11 e Figura 3).

43

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador1

Proporção de escolares examinados na escola

17,9%

37,1% 53,8% 71,4

%

Numerador: Número total de escolares que foram examinados na própria escola 104 215 312 414

Denominador: Número total de escolares da escola x 580 580 580 580

Quadro 11: Resultados encontrados para o indicador 1 - proporção de escolares examinados na escola.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

20.0%

40.0%

60.0%

80.0%

Proporção de escolares examinados na escola

Figura 3: Resultados encontrados para o indicador 1 - proporção de escolares examinados na escola.

Indicador 2 - proporção de crianças entre 05 e 14 anos com primeira

consulta odontológica programática.

O número de crianças com primeira consulta odontológica programática foi

de 154. A meta atingida foi de 88%.

Meta superada devido a adesão da comunidade e ao trabalho de divulgação

promovido por toda a equipe. A manutenção periódica dos grupos educativos,

alcançando não só o público alvo, como a família por inteiro, justifica a participação

de crianças com idades menores do que aquelas alvo da intervenção. Essa

interrelação de toda a família foi o alicerce fundamental para o sucesso da

44

intervenção,e, consequentemente garantiu que os resultados fossem crescentes a

cada mês. Essa interação família- equipe de saúde consolidou, a elevação da meta

pactuada confirmando a hipótese de que a família é formadora de hábitos e

condutas e deve ser inserida em sua plenitude nas ações desenvolvidas na unidade.

A realização da 1ª consulta odontológica programática permitiu, ainda, verificar a

situação clinica apresentada em cada criança e dessa forma foi possível determinar

a priorização do atendimento. Essa priorização no atendimento promoveu a

qualificação e otimização do serviço (Quadro 12 e Figura 4).

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador2

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com primeira consulta odontológica

32,0% 54,3% 72,6% 88,0%

Número total de crianças residentes na área entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência da UBS na faixa etária de 5 a 14 anos

175 175 175 175

Quadro 12: Resultados encontrados para o indicador 2 - proporção de crianças entre 05 e 14 anos com primeira consulta odontológica programática.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

10.0%20.0%30.0%40.0%50.0%60.0%70.0%80.0%90.0%

100.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com primeira consulta odontológica

Figura 4: Resultados encontrados para o indicador 2 - proporção de crianças entre 05 e 14 anos com primeira consulta odontológica programática.

45

Indicador 3: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com tratamento

odontológico concluído.

A partir das primeiras consultas programáticas em que um plano de

tratamento foi devidamente estipulado, e, reforçado com as famílias a importância da

presença às consultas, a conclusão do tratamento aconteceu de forma harmônica e

gradual. A utilização da técnica do TRA otimizou os resultados obtidos na medida

em que a comunidade percebeu a adesão das crianças ao tratamento e a

resolutividade proporcionada pelo mesmo. Essa resolutividade característica da

técnica permitiu a conclusão de vários casos que estavam inseridos dentro dos

parâmetros indicados para sua utilização (Quadro 13 e Figura 5) .

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador3

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com tratamento odontológico concluído

60,7% 64,2% 98,4% 96,8%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos com tratamento odontológico concluído

34 61 125 149

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 13: Resultados encontrados para o indicador 3 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com tratamento odontológico concluído.

46

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

20.0%

40.0%

60.0%

80.0%

100.0%

120.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com tratamento odontológico concluído

Figura 5: Resultados encontrados para o indicador 3 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com tratamento odontológico concluído.

Indicador 4: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com avaliação de

risco para saúde bucal.

Programa inédito na Unidade, em que as crianças somente eram atendidas

à nível de procedimentos de urgência/emergência ou inseridas de acordo com a

participação das famílias em mutirão para aguardar agendamento. A implementação

do Projeto permitiu o registro adequado em Saúde bucal e o início do conhecimento

estatístico desse grupo. A inserção, agora, é automática, sendo prioridade no

atendimento. A avaliação de risco para saúde bucal permitiu o conhecimento

adequado da situação clinica apresentada, e, consequentemente, promoveu a

necessidade de se determinar a priorização no atendimento, onde os casos mais

urgentes eram agendados prontamente para implementação de adequada conduta

terapêutica. Essa priorização permitiu uma organização sistemática do serviço

dividindo o cuidado em atendimento clinico e atividades de promoção e manutenção

de saúde (Quadro 14 e Figura 6).

47

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador4

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com avaliação de risco para saúde bucal

60,7% 64,2% 100,0% 76,0%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos com avaliação de risco para saúde bucal em dia

34 61 127 117

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 14: Resultados encontrados para o indicador 4 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com avaliação de risco para saúde bucal.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

20.0%

40.0%

60.0%

80.0%

100.0%

120.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com avaliação de risco para saúde bucal

Figura 6: Resultados encontrados para o indicador 4 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com avaliação de risco para saúde bucal.

Indicador 5: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre higiene bucal e prevenção de cárie.

As orientações sobre higiene bucal e prevenção da cárie foram práticas

constantes em todas as consultas e reuniões de grupo. Previamente às consultas, o

TSB e ASB convidavam as crianças ao escovário da Unidade e reforçavam as

orientações sobre higiene bucal. Estas orientações eram estendidas aos

responsáveis acompanhantes. A disseminação de idéias permitiu a evolução

constante a cada mês (Quadro 15 e Figura 7).

48

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador5

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com orientac ̧ão sobre higiene bucal e prevenc ̧ão de cárie

60,7% 88,4% 77,2% 76,0%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos com orientac ̧ão sobre higiene bucal e prevenc ̧ão de cárie

34 84 98 117

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 15: Resultados encontrados para o indicador 5 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação sobre higiene bucal e prevenção de cárie.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

10.0%20.0%30.0%40.0%50.0%60.0%70.0%80.0%90.0%

100.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com orientação sobre higiene bucal e prevenção de

cárie

Figura 7: Resultados encontrados para o indicador 5 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação sobre higiene bucal e prevenção de cárie.

Indicador 6: proporção de crianças entre 05 a 14 anos que receberam

orientação nutricional do odontológico.

As orientações nutricionais eram fornecidas pela equipe de sáude bucal. A

interação com o NASF(nutricionista) permitiu o enriquecimento desse conteúdo. A

partir daí, viabilizou-se a idéia da criação de uma oficina de alimentação saudável

para as crianças. A promissora adesão ao tratamento justifica o comportamento

demonstrado pelo gráfico (Quadro 16 e Figura 8).

49

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador6

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos que receberam orientac ̧ão nutricional do odontólogo

60,7% 64,2% 77,2% 76,0%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos que receberam orientação nutricional da equipe de saúde bucal

34 61 98 117

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 16: Resultados encontrados para o indicador 6 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos que receberam orientação nutricional do odontológico.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

10.0%20.0%30.0%40.0%50.0%60.0%70.0%80.0%90.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos que receberam orientação nutricional do odontólogo

Figura 8: Resultados encontrados para o indicador 6 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos que receberam orientação nutricional do odontológico.

Indicador 7: proporção de crianças entre 05 a 14 anos que participaram da

escovação dental supervisionada.

A atividade de escovação dental supervisionada foi realizada em cada

consulta. Tal procedimento também acontecia após as reuniões dos grupos

educativos. A adesão ao tratamento e a ampliação ao atendimento permitiu o

número crescente a cada mês da intervenção (Quadro 17 e Figura 9).

50

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador7

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos que participaram da escovação dental supervisionada

60,7% 64,2% 77,2% 76,0%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos que participaram da escovação dental supervisionada

34 61 98 117

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 17: Resultados encontrados para o indicador 7 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos que participaram da escovação dental supervisionada.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

10.0%20.0%30.0%40.0%50.0%60.0%70.0%80.0%90.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos que par-ticiparam da escovação dental supervisionada

Figura 9: Resultados encontrados para o indicador 7 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos que participaram da escovação dental supervisionada.

Indicador 8: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com registro de

saúde bucal atualizado.

Todos os atendimentos foram devidamente registrados em prontuário clínico

disponível na Unidade e prontuário eletrônico (vita care). A partir da capacitação

inicial da equipe, o conhecimento de sua importância foi o grande fator responsável

pelos números alcançados. Conhecer a comunidade e os pacientes participantes fez

com que a ampliação da oferta de atendimento de tornasse realidade. O trabalho em

51

equipe pressupõe organização e sistematização dos dados, e, o serviço de saúde

deve estar atento a este preceito (Quadro 18 e Figura 10).

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador8

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com registro de saúde bucal atualizado

60,7% 64,2% 77,2% 76,0%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos com registro de saúde bucal atualizado

34 61 98 117

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 18: Resultados encontrados para o indicador 8 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com registro de saúde bucal atualizado.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

10.0%20.0%30.0%40.0%50.0%60.0%70.0%80.0%90.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com reg-istro de saúde bucal atualizado

Figura 10: Resultados encontrados para o indicador 8 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com registro de saúde bucal atualizado.

Indicador 9: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre prevenção ao trauma dentário.

A orientação sobre a prevenção ao trauma dentário ocorreu de forma

constante ao longo das consultas programáticas. A ampliação do atendimento

permitiu a divulgação a um número maior de crianças e famílias (Quadro 19 e Figura

11).

52

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador9

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com orientação sobre prevenção ao trauma dentário

60,7% 64,2% 77,2% 76,0%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos que receberam orientação sobre prevenção ao trauma dentário

34 61 98 117

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 19: Resultados encontrados para o indicador 9 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção ao trauma dentário.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

10.0%20.0%30.0%40.0%50.0%60.0%70.0%80.0%90.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com orientação sobre prevenção ao trauma dentário

Figura 11: Resultados encontrados para o indicador 9 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção ao trauma dentário.

Indicador 10: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre o uso de chupetas.

O uso de chupetas e o desconhecimento das consequências advindas do

seu uso prolongado converte-se em orientação durante as consultas e grupos

educativos. Apesar dos resultados crescentes verificados, há que se promover uma

melhor qualidade no desenvolvimento desse tema, abrangendo outros grupos como

gestantes e puerperais (Quadro 20 e Figura 12).

53

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador

10

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com orientação sobre uso de chupetas

60,7% 64,2% 77,2% 76,0%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos que receberam orientação sobre uso de chupetas

34 61 98 117

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 20: Resultados encontrados para o indicador 10 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação sobre o uso de chupetas.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

10.0%20.0%30.0%40.0%50.0%60.0%70.0%80.0%90.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com orientação sobre uso de chupetas

Figura 12: Resultados encontrados para o indicador 10 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação sobre o uso de chupetas.

Indicador 11: proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação

sobre prevenção de gengivites.

Todas as atividades educativas foram realizadas em auditório da clínica,

utilizando-se recursos audiovisuais, atividades lúdicas, etc. Durante atendimento

clinico a equipe técnica também procurava reforçar as informações promovidas. As

ações de promoção de saúde a cada consulta justificam os índices alcançados

(Quadro 21 e Figura 13).

54

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Indicador

11

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com orientação sobre prevenção de gengivites

60,7% 64,2% 77,2% 76%

Numerador: número de crianças da área de abrangência entre 5 e 14 anos que receberam orientação sobre prevenção de gengivites

34 61 98 117

Denominador: Número total de crianças residentes na área de abrangência entre 5 e 14 anos que fizeram a primeira consulta programática em saúde bucal na UBS

56 95 127 154

Quadro 21: Resultados encontrados para o indicador 11 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção de gengivites.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 40.0%

10.0%20.0%30.0%40.0%50.0%60.0%70.0%80.0%90.0%

Proporção de crianças entre 5 e 14 anos com ori-entação sobre prevenção de gengivites

Figura 13: Resultados encontrados para o indicador 11 - proporção de crianças entre 05 a 14 anos com orientação sobre prevenção de gengivites.

4.2 Discussão

Conforme determina o Caderno de Atenção Básica nº 17/2008 (BRASIL,

20080, em relação às crianças de 05 a 14 anos, o crescimento e o desenvolvimento

são eixos referenciais para mensurar a qualidade do atendimento e a oferta de

cuidados para esse grupo. Nesse sentido, a educação em saúde bucal deve

fomentar a autonomia dos usuários no controle do processo saúde-doença e na

condução dos seus hábitos. Tal disposição está em consonância com o Caderno de

Atenção Básica nº 11/2007 (BRASIL, 2007) que afirma que o crescimento e o

55

desenvolvimento são pilares para a avaliação de todas as atividades de atenção à

criança e ao adolescente sob os aspectos biológico, afetivo, psíquico e social.

Acrescenta, ainda, que o crescimento sofre influências de fatores intrínsecos

(genéticos) e de fatores extrínsecos (alimentação, saúde e higiene), o que corrobora

e justifica o presente estudo.

Segundo estimativas realizadas pelo IBGE (2009), a cidade do Rio de

Janeiro, possui cerca de 6,4 milhões de habitantes, contando com aproximadamente

210 unidades de saúde, sendo que dentre estas, 155 unidades apresentam serviços

de odontologia.

O fluxo no atendimento de crianças (escolares) é intenso e a incidência da

cárie é elevada. Dados fornecidos pelo IBGE (2009), demonstram que no Brasil 27%

das crianças apresentam pelo menos um dente decíduo cariado, e, na dentição

permanente, quase 70% das crianças de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes

apresentam um dente permanente com experiência de cárie. Os indicadores

utilizados pela UBS demonstram que na área adstrita constam 175 crianças de 05 a

14 anos e a adesão e ampliação no atendimento é uma premissa fundamental. Essa

afirmativa encontra amparo no Caderno de Atenção Básica nº 17/2008 (BRASIL,

2008) ao dispor que a atenção prestada nos serviços de Atenção Básica devem se

ocupar das patologias mais prevalentes na comunidade, e, assim, devem estar

organizados para intervir e controlar. Essa intervenção deve enfocar uma

abordagem coletiva envolvendo ações de vigilância, de promoção à saúde, ações

educativas e preventivas, bem como acesso à escova e dentifrício fluoretado, e

ainda, promover um enfoque individual, ofertando diagnóstico, tratamento e garantia

à manutenção. Essa ampliação pressupõe a execução de atividades educativas e

atendimento clínico. A proposta, ainda, objetiva não somente ofertar um plano de

tratamento, mas também estabelecer como recurso terapêutico o TRA.

Desde 1994 constituiu-se como técnica incentivada pela OMS, abrangendo

prevenção, promoção e educação em saúde com mínima intervenção e máxima

preservação. Além disso, não requer materiais caros, podendo ser aplicada em

ambiente clínico como em outros espaços (como escolas).

Silva e Mendes (2009) declaram, ainda, que representa um tratamento com

grande abrangência social, constituindo-se eficaz medida restauradora em Saúde

Pública em consonância com Garben et al. (2008) e Monse et al. (2012)

56

Os objetivos traçados em correspondência com as metas pactuadas

permitiram fornecer o direcionamento necessário para os resultados obtidos. A

elevação da meta pactuada em relação à ampliação do atendimento ocorreu em

virtude da otimização das atividades e adesão da equipe e da comunidade. A meta

pactuada foi de 70%. Entretanto, no decorrer da intervenção, a meta alcançada girou

em torno de 88%. Esse percentual corresponde a um total de 154 atendimentos em

primeira consulta odontológica programática, confrontando com a a meta de 123

atendimentos pactuados. Em relação aos escolares examinados na própria escola, o

número alcançado foi de 414 escolares, apresentando a escola um total de 580

alunos. Assim, há uma diferença de 166 alunos não participantes. As atividades

desenvolvidas abrangeram palestras, escovação supervisionada, levantamento

epidemiológico e distribuição de kits odontológicos.

Atualmente os esforços na melhoria das condições de saúde bucal vem

sendo (voltados para a área da educação, buscando motivar alunos e professores a

compreenderem a importância em educar em saúde, a fim de efetivar a prevenção

como questão principal de saúde coletiva (TOMITA et al., 2001; SANTOS et al.,

2003; CAMPOS e GARCIA, 2004; GARBIN et al., 2009). Desse modo, muda-se o

foco de campanhas e projetos que buscam promover o conhecimento nessa área

relacionando os cuidados com a saúde apenas ao tratamento de doenças, e passa-

se a enfatizar o trabalho educativo para o autocuidado, considerando o importante

papel que a escola deve assumir no educação para a saúde, tal como é orientado

pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997/1998).

Pesquisas revelam a efetividade da ação dos profissionais ligados à saúde

bucal na motivação de pacientes, alunos, professores e pais (TOASSI, PETRY,

2002; GITIRANA et al., 2003; POMARICO et al., 2003; LOPES, SILVA et al., 2005;

FRAZÃO, MARQUES, 2006; CAMPOS et al., 2008; VASEL, 2008; BOTTAN et al.,

2010). Entretanto, as informações essenciais de saúde, especialmente quando

envolvem crianças em idade escolar, não devem ficar restritas somente aos

profissionais da área, mesmo que estes sejam vistas coma as detentores de

conhecimentos referentes à prevenção e cuidados com a saúde bucal.

Considerando a importância do ambiente escolar no estabelecimento de

hábitos relacionados a saúde bucal e à necessidade do envolvimento de pais e

professores nesse processo, torna-se imperiosa a imediata discussão sobre como a

57

escola e seus professores desenvolvem práticas educativas visando à educação em

saúde.

Se considerarmos que as práticas para uma boa saúde são educativas, o

ambiente escolar deve ser um parceiro na realização dessas práticas.

As atividades de grupo abordando temas importantes dentro de um perfil

epidemiológico permitiram o entrosamento necessário equipe/comunidade. Esse

entrosamento fez com que o projeto fluísse praticamente de forma automática, em

que os próprios participantes divulgassem os eventos e a procura se intensificasse.

Assim, a adesão das famílias permitiu a adesão das crianças às nossas propostas e

vice-versa.

A família é responsável pela formação de hábitos e a interação

família/equipe é fonte propagadora de saúde. Assim dispõe o Caderno de Atenção

Básica nº 17/2008 (BRASIL, 2008) ao determinar que o enfoque familiar é

importante uma vez que o aprendizado se dá por meio da observação do

comportamento dos pais.

Há, ainda, ajustes a serem realizados como melhor adequação à rotina da

unidade. Diversos eventos são desenvolvidos de forma concomitante e há

necessidade de agendar todas essas atividades no auditório para que um evento

não interfira no outro.

Como a intervenção abrangeu 2 equipes, o objetivo seguinte é estender às

demais equipes da Unidade para que outras equipes de saúde bucal possam

participar e mais crianças possam ser atendidas. Estender ações educativas aos

espaços comunitários é outra proposta que está sendo trabalhada e desenvolvida,

como também a participação multidisciplinar visando a atenção em saúde da criança

como um todo, buscando, assim, integralidade da assistência. Conforme preceitua o

Caderno de Atenção Básica nº 17/2008 (BRASIL, 2008) dispondo que as ações de

saúde bucal devem estar integradas às demais ações de saúde da Unidade e os

profissionais capacitados para atuar de forma multiprofissional e interdisciplinar.

O fluxo no atendimento para serviços especializados, por sua vez, esbarram

no entrave do próprio sistema. Fato este que não permite a conclusão devida no

plano de tratamento estipulado.

A manutenção no atendimento configura-se de extrema importância para

proporcionar o acesso em saúde para todos, e, o acesso deve ser garantido

conforme determina preceito constitucional. Assim, os serviços de saúde necessitam

58

sofrer uma reestruturação segundo os preceitos do SUS para assumir uma nova

postura diante da população, responsabilizando-se pelo enfrentamento dos

problemas existentes.

4.3 Relatório da intervenção para os gestores

Encaminhado; Gerente da Unidade Malka Souza de Oliveira.

Objetivo: implantação de projeto de intervenção: “Qualificação das ações de

saúde bucal para crianças de 05 a 14 anos na clinica da família Anthidio Dias da

Silveira, no município do RJ”.

O projeto teve inicio em abril/2013 e término em junho/2013 para fins de

avaliação junto a UFPEL.

O foco da intervenção foi qualificar ações de saúde bucal envolvendo

crianças de 05 a 14 anos (equipes Pontilhão e XV Agosto), abrangendo

cadastramento de famílias, atividades educativas, atendimento clínico,

implementação de hábitos de higiene e o devido monitoramento desse grupo,

tratando aqui de projeto inovador na Unidade. A proposta incluía, ainda, visita à

escola pertencente à área adstrita para execução de atividades educativas e

levantamento epidemiológico. A implementação do em regime de mutirão otimizou

os resultados obtidos.

A equipe participante foi devidamente capacitada previamente ao início da

intervenção, e durante todo o período reuniões foram realizadas visando detectar

falhas e conduzir procedimentos corretos.

A capacitação envolveu leituras do Manual do Ministério da Saúde e de

Saúde da Criança, artigos científicos, exposição de casos clínicos, compreensão dos

protocolos e treinamento para preenchimento de fichas e registros e

captação/cadastramento de famílias. Durante esse período foi disponibilizado pela

gerência o auditório da clínica, sistema audiovisual, fichas clínicas e materiais

gráficos visando a implantação do projeto e treinamento da equipe.

Todo o período da intervenção, o auditório foi disponibilizado para atividades

educativas e recreativas. As visitas à escola, no entanto, esbarram em alguns

problemas como o calendário escolar. Requer, assim, estipulação de uma alternativa

para o prosseguimento da intervenção em âmbito escolar (realizando palestras,

levantamento epidemiológico, Instrução de higiene oral e escovação

59

supervisionada). Há que se buscar a integração saúde-escola fazendo com que a

atenção em saúde seja ampliada cada vez mais.

Ao final do segundo mês de intervenção um relatório parcial foi elaborado

levantando dados estatísticos iniciais. Ao término, um relatório final foi executado

detalhando dados conclusivos. O objetivo futuro, entretanto, é estender esse projeto

às demais equipes da Unidade e ampliar o atendimento.

Dessa forma, permitiu-se verificar, que a partir das metas pactuadas

objetivos foram traçados buscando ampliar o atendimento, promover ações

educativas na escola e na Unidade, orientar equipe e comunidade em relação a

temas importantes como cárie, gengivite, trauma dentário, nutrição e mal-oclusões,

instituir e promover atividades voltadas para a importância da higiene oral e

desenvolver condutas para manter registros atualizados.

Observou-se que os números obtidos foram crescentes a cada mês em

relação a cada meta pactuada. O indicador 2, por exemplo, relativo a proporção de

crianças com primeira consulta odontológica programática, iniciou o primeiro mês

atingindo 32% das crianças, ou seja, 57 consultas realizadas, chegando ao quarto

mês a 88% de primeira consulta odontológica programáticas, ultrapassando a meta

de 70%.

Resultados semelhantes demonstraram o indicador 3 (tratamento

odontológico concluído) em que, no primeiro mês, foi atingido 60,7% dos

atendimentos iniciados, apresentando no segundo mês uma elevação para 64,2% e

73 e 77% no terceiro e quarto mês respectivamente.

As orientações fornecidas em relação aos indicadores 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e

11 mantiveram-se em constante elevação. Iniciando com um percentual de 59% e

alcançando 77% ao término da intervenção.

O indicador 1 (escolares examinados na escola) atingiu o percentual de

71,4% ao longo dos quatro meses de intervenção, ou seja, não alcançando o total

de alunos. Adequações em relação ao calendário escolar, disponibilização de

horários são alguns dos itens a serem trabalhados e ajustados no decorrer do ano.

A partir do exposto constata-se que a realização do projeto de intervenção

ocorreu com sucesso, a adesão da comunidade e da equipe foi uma realidade e a

manutenção do projeto se impõe para cumprir a promoção e a integralidade da

assistência.

60

4.4 Relatório da Intervenção para a comunidade

Encaminhado: Associação de Moradores do Jacaré.

O Projeto de Intervenção teve como objetivo o cadastramento, atendimento

e monitora mento de crianças de 05 a 14 anos e suas famílias nas ações de saúde

bucal.

Como conduta inédita junto a Unidade, a eleição desse grupo específico

para atendimento ocorreu em virtude do grande índice de cárie e a falta de atenção

em saúde a essa população.

A partir do cadastramento e agendamento das crianças, atividades

educativas e atendimentos foram realizados, promovendo, assim, melhorias

significativas na qualidade de saúde bucal dos participantes. A inserção da família

no grupo confirmou a adesão da comunidade ao projeto.

Essa parceria família/unidade de saúde deve ser confirmada e reafirmada. A

educação em saúde deve se configurar como um ato contínuo, buscando, assim,

diminuição das estatísticas de cárie e outros problemas. A família é o ponto central a

ser trabalhado nesse sentido. É formadora de hábitos e opiniões e o conhecimento é

um bem de valor inestimável. Conhecer para resolver. O conhecimento é poder!

A unidade de saúde deve ser fonte acolhedora de todas as famílias e a

implementação de ações programáticas deve ser um exercício constante dentro do

serviço.

O projeto de intervenção já promoveu a implantação do grupo de crianças

(05 a 14 anos) dentro da Unidade, com reuniões semanais e visitas à escola

(mensal). Esse projeto abrange as crianças pertencentes às equipes Pontilhão e XV

Agosto. Busca-se, agora, estender esse projeto às demais equipes da unidade e

também promover a inclusão do atendimento na puericultura.

Durante os quatro meses estipulados para a implementação e execução do

Projeto de Intervenção, os resultados demonstraram que 154 crianças fizeram a

primeira consulta odontológica programática. Desse total, 120 concluíram o

tratamento.

Essas 120 crianças tiveram acesso ao plano de tratamento instituído,

registros atualizados, orientações sobre prevenção da cárie, gengivite, trauma

dentário, uso de chupetas, orientações nutricionais e participaram das atividades de

escovação dental supervisionada.

61

A comunidade, assim, deve participar ativamente. Opinando, frequentando

as reuniões, divulgando a idéia. São questões de extrema relevância e que estão

dentro do domínio de exercício de todos.

5 Reflexão crítica sobre o processo de aprendizagemIniciar um projeto de intervenção foi um desafio e tanto. Ainda mais em

minha Unidade. Há pouco tempo, a comunidade do Jacarezinho ainda convivia com

tiros, operações policiais e medo. A entrada da UPP fez com que essa realidade

mudasse, no entanto, a atenção em saúde precisava recuperar anos de omissão e

ausência de atendimentos para essa comunidade tão carente.

A partir da escolha do foco de intervenção (crianças de 05 a 14 anos) e

anuência dos gestores, o projeto teve seu início. É claro que a escolha da equipe

para trabalhar neste projeto foi um dos pontos cruciais para o êxito de nossa

proposta. Acolher tal idéia implicava em aumentar e muito nossa carga de trabalho

já tão intensa.

Ajustes dentro do projeto pareciam não ter fim (e eu acho que mais ajustem

ainda virão...), mas dia após dia, cada etapa configurava uma vitória e as falhas

eram convertidas em incentivos para propiciar melhoras em nossas atitudes e

condutas.

Ás vezes o excesso de trabalho dificultava e muito o desenvolvimento

adequado do trabalho, mas, de repente percebi que o projeto fluía. Percebi também

que estava adquirindo “vida própria”, e, isso tornava nosso papel de maior

responsabilidade ainda.

A cada mês o número de atendimentos sofreu alterações. Alterações

positivas buscando a meta de 70% . Entretanto, a meta foi superada,alcançando o

percentual de 88% de atendimentos.

A integração equipe/comunidade promoveu a adesão ao tratamento e fez

com que a superação fosse realidade. Após o término do prazo previsto essa

procura de atendimentos foi mantida. A disseminação das idéias e ideais

propagaram. A comunidade atendeu ao chamado.

As atividades educativas foram mantidas e ampliadas. Um novo horário de grupo foi

instituído para atender essa demanda. A idéia de estender a proposta às demais

equipes está se consolidando e a integralidade da assistência está sendo

perseguida.

Percebi, além disso, que cada passo dado no curso forneceu o preparo

necessário para a implantação e desenvolvimento do projeto. Cada tarefa, cada

leitura, cada dúvida (e foram muitas!) eram como degraus a serem alçados para a

63

execução do objetivo final: fazer a diferença em uma Unidade de Saúde. Ou seja, ao

terminar a intervenção percebi também que o processo de aprendizagem foi iniciado

no primeiro dia do curso de especialização e esse processo não termina com a

apresentação do TCC, ele está apenas começando...

Obrigada a todos vocês!!!!!

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 1994.

BOTTAN, E.R.; KETZER, J.C.; OLIVEIRA, L.K.; TAMES, S.A.F.; CAMPOS, L.; FARIAS, M.M.G.A. Educação em saúde bucal: perspectivas de integração entre professores do ensino fundamental e cirurgiões-dentista em um município do Vale do Itajaí (SC). Salusvita, v.29, p.7-16, 2010.

BRASIL. Decreto nº 7508/2011, de 28 de junho de 2011. Dispõe sobre organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2011b.

BRASIL. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://salaimprensa.ibge.gov.br>. Acesso em: 27 de dez. de 2009.

BRASIL. Lei º 8089/1990, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 1990.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretariai da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: 1°, 2°, 3° e 4° ciclos. Brasília: MEC/SEF; 1997/1998.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Carta dos direitos dos usuários da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007b.

BRASIL. Portaria nº 2488/2011, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2011c.

65

BRASIL. Portaria no 648/2006, de 28 de março de 2006. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2006.

CAMPOS, J.A.D.B.; GARCIA, P.P.N.S. Comparação do conhecimento sobre cárie dental e higiene bucal entre professores de escolas de ensino fundamental. Ciênc Odontol Bras, v.7, p.58-65, 2004.

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LOPES e SILVA, M.A.S.; LORIGGIO, A.H.A.F.; SILVA, C.M. da; BUENO, O.L.; CANDELÁRIA, L.F.A. Avaliação da efetividade de higiene bucal em pacientes motivados. Revista Biociênc, v.11, p.47-53, 2005.

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66

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Anexos

68

ANEXO A – Indicadores de Saúde Bucal

MÊS 1

Número do

escolar

Nomedo

escolar

Idade do

escolar na

primeira consult

a

O escolar está com

tratamento odontológico concluído?

O escolar

está com avaliaçã

o de risco

para a saúde

bucal em dia?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre higiene bucal e

prevenção de

cárie?

O escolar/familiar recebeu

orientação

nutricional da

equipe de saúde bucal

O escolar participou da atividade de escovação

dental supervisionada

?

O escolar está com

registro de saúde bucal

atualizado?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

prevenção ao

trauma dentário?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre uso de

chupetas?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

prevenção de

gengivites?

1 Alessandro F. 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

2 Alexandre T. 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1

3 Amanda Victória 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

4 Ana Carolina R. 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

5 Crystiano Elias C. 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

6 Dayelli T. 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 Diogo Nunes 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

8 Douglas Ramos 12 1 1 1 1 1 1 1 1 1

9 Eduarda Gabriela 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

10 Elizangela Soares 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

11 Eric Ribeiro 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

12 Gleyce Kelly C 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

13 Graciele Esteves 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

14 Guilherme Bandeira 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

15 Ismael Raissam 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

16 Jefferson Silva 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

17 Jhonata Santos 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

18 João Victor A. 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

19 Jonathan T. 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

20 Julio Cezar V. 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

21 Daniele Cabral 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

22 Evelyn Sabrina Jesus 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

23 Vitoria Jesus da Cruz 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

24 Jenifer Christine Santiago 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0

25 Maria Luiza Viturino 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0

26 Andressa Vitoria Anjos 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

27 Thiago Figueiredo 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0

28 Wallace Alexandre 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

69

29 Marcely Maldonado 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1

30 Alex Juno 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1

31 Lucas Maldonado 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0

32 Atila Figueiredo 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

33 Dyana Grazielle 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0

34 Sara Paloma 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0

35 Maxwel Silva 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

36 Matheus da Silva 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0

37 Diogo Gabriel 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0

38 Anne Caroline 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0

39 Emanuelle Vitoria 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0

40 Emilly Vitoria 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0

41 Gabriela Ferreira 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

42 Vitor Fraga 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0

43 Fabricio Ferreira 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0

44 Davi da Silva 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0

45 Bryan Alves 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

46 Daniel Augusto 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0

47 Jonatha Silva 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1

48 Gabriel Barreto 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1

49 Caroline de Azevedo 14 1 1 1 1 1 1 1 1 1

50 João Pedro Ramos 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

51 Brenda Vitoria 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

52 Mariana Moura 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

53 Kethleen Feliciana 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

54 Rayane Alves 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

55 Kethlyn Christine 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

56 Vitoria Cabral 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

57 Wagner Emanuel 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Legenda: 0 - Não1 - Sim

MÊS 2

70

Número do

escolar

Nomedo

escolar

Idade do escolar

na primeira consulta

O escolar está com

tratamento odontológico concluído?

O escolar está com avaliação de risco para a saúde

bucal em dia?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

higiene bucal e

prevenção de cárie?

O escolar/familiar recebeu

orientação nutricional da equipe de saúde

bucal

O escolar participou da atividade de escovação

dental supervisionada

?

O escolar está com

registro de saúde bucal

atualizado?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

prevenção ao trauma dentário?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre uso

de chupetas?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

prevenção de

gengivites?

1 Dayeli T 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

2 Eric ribeiro 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

3 Graciele Esteves 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 Ismael Raissam 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

5 Jhonata Santos 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

6 Jenifer Santiago 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

7 Maria Luiza Viturini 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

8 Thiago Figueiredo 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

9 Dayana Graziele 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

10 Matheus daSilva 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11 Maxwel Silva 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

12 Diogo Gabriel 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

13 Anne Caroline 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

14 Emanuele Vitoria 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

15 Emily Vitoria 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

16 Gabriela Ferreira 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

17 Vitor Fraga 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

18 Fabricio Ferreira 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

19 Davi daSilva 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

20 Bryan Alves 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

21 Daniel Augusto 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

22 Rebeca Cristina 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

23 Felipe Gabriel 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

24 Isabela Oliveira 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

25 João Vitor Schmit 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

26 Jean Lucas 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

27 Lorrany Vitoria 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0

28 Vinicius Gabriel 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0

29 Edilson Lucas 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0

30 Kethyllyn Vitoria 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

31 Andrey Moreira 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0

71

32 Renato deSouza 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

33 Julya Gomes 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

34 Kaio Tansi 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

35 Mirela Batista 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0

36 Mayra Nogueira 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

37 Cleiton Felipe 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

38 Matheus Cunha 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

39 Sara Paloma 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Legenda: 0 - Não1 - Sim

MÊS 3

72

Número do

escolar

Nomedo

escolar

Idade do escolar na primeira consulta

O escolar está com

tratamento odontológico concluído?

O escolar está com avaliação de risco para a saúde

bucal em dia?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

higiene bucal e

prevenção de cárie?

O escolar/familiar recebeu

orientação nutricional da equipe de saúde

bucal

O escolar participou da atividade de escovação

dental supervisionada

?

O escolar está com

registro de saúde bucal

atualizado?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

prevenção ao trauma dentário?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre uso

de chupetas?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

prevenção de

gengivites?

73

1 Graciele Esteves 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

2 Ismael Raissam 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

3 Maxwell Silva 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

4 Matheus daSilva 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

5 Jean Lucas 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

6 Lorrany Vitoria 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

7 Vinicius Gabriel 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

8 Edilson Lucas 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

9 Andrey Moreira 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1

10 Julya Gomes 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

11 Kaio Tansi 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

12 Mirela Batista 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

13 Lavinia Carvalho 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1

14 Yasmin Suellen 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

15 Nathan Carvalho 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1

16 Gabriel Alves 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

17 Dinei daMata 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1

18 Alexandre Liberatore 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

19 Tauane Schimith 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

20 Victoria Lifsitch 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

21 Arthur Ryan 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

22 Matheus Ivaldo 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

23 Camile Vitoria 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

24 Sophia Duarte 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

25 Ryan Guilherme 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

26 Julia Vitoria 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

27 Isabela Vanino 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

28 Carlos Daniel 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

29 Mariany Porciano 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

30 Anny Karoline 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

31 Kamilly Victoria 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

32 Raissa deOliveira 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Legenda: 0 - Não1 - Sim

74

MÊS 4

Número do

escolar

Nomedo

escolar

Idade do escolar na primeira consulta

O escolar está com

tratamento odontológic

o concluído?

O escolar está com avaliação de risco para a saúde

bucal em dia?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

higiene bucal e

prevenção de cárie?

O escolar/familiar recebeu

orientação nutricional da equipe de saúde

bucal

O escolar participou da atividade de escovação

dental supervisionada

?

O escolar está com

registro de saúde bucal

atualizado?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

prevenção ao trauma dentário?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre uso

de chupetas?

O escolar/familiar recebeu

orientação sobre

prevenção de

gengivites?

1 Isaque deSouza 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

2 Thaina deSouza 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

75

3 Natalie Camile 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

4 Jean deJesus 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

5 Simon Hugo 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

6 Andrezza Silva 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1

7 Carolyne Eduarda 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

8 Wesley Henrique 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

9 João Gabriel 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

10 Maria Eduarda 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

11 Gabriela Rosa 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1

12 Gabriela Vilhardo 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

13 Alison Barbosa 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

14 Geovan deJesus 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

15 Vitor Feliciano 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1

16 Brenda Vitoria 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

17 Kerolyn Gleidy 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0

18 Kaua Gabriel 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1

19Kaua Alessandro

9 1 1 1 1 1 1 1 1 1

20 Vitoria Aparecida 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1

21 Camila Lourenço 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1

22 Agatha Santos 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1

23 Thayane Vicente 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0

24 Robert Marlon 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1

25 Carlos Jose 12 1 1 1 1 1 1 1 1 1

26 Kamilly Costa 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

27 Lucas Cardoso 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Legenda: 0 - Não1 - Sim

ANEXO B – Documento do Comitê de Ética

76

ANEXO C – Fotos

77

Atividade educativa de grupo reforçando a importância da higiene oral

Atividade recreativa; Bailinho dançante

78

Crianças do grupo participando das aulas de dança

Atividade recreativa e lanchinho

79

Festejando aniversários

80

ANEXO D – FICHAS E PRONTUÁRIOS

81

82

83