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    Anlise da interoperabilidade aplicada aoprojeto BIM de Estruturas Metlicas

    MARCO ROMEU BAPTISTA DE ALMEIDAOutubro de 2015

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    Tecnologia BIM aplicada ao Projeto de EstruturasMetlicas

    Marco Romeu Baptista de Almeida

    Dissertao submetida para a obteno do grau de Mestre em

    Engenharia Mecnica Ramo de Construes Mecnicas

    Instituto Superior de Engenharia do Porto

    Departamento de Engenharia Mecnica

    15 de outubro de 2015

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    Relatrio da Unidade Curricular de Dissertao/Projeto/Estgio do 2. ano do Mestrado emEngenharia Mecnica

    Candidato: Marco Romeu Baptista de Almeida, N. 1110079, [email protected]

    Orientao Cientfica: Rodrigo Falco Moreira, [email protected]

    Mestrado em Engenharia Mecnica

    Departamento de Engenharia Mecnica

    Instituto Superior de Engenharia do Porto

    15 de outubro de 2015

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    minha namorada e minha Av...

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    Agradecimentos

    Ao longo desta minha caminhada foram vrias as pessoas que me apoiaram. Desta

    forma, deixo aqui, de modo simples, um sincero agradecimento por tudo o que fizeram.

    Ao meu orientador, o Professor Rodrigo Falco Moreira, um agradecimento pela

    disponibilidade demonstrada, pelo interesse no tema e o apoio que manifestou ao longo

    destes meses.

    Ao Professor Joo Poas Martins da FEUP, um sincero agradecimento por todo o apoio,pelas diferentes opinies e ideias a desenvolver e sobretudo pelo seu entusiasmo

    relativamente ao tema abordado.

    minha namorada, pelo apoio incondicional e compreenso nos momentos mais

    difceis deste percurso. Pelo amor e amizade, pelas palavras de motivao e pela

    pacincia que sempre demonstrou.

    Aos meus amigos e colegas de curso, em particular ao Andr, ao Filipe, ao Sandro e carinhosamente apelidada malta do ISEP, que nos ltimos anos deste percurso que

    agora termina foram um apoio essencial.

    Por fim, minha famlia, em especial aos meus pais, por me terem proporcionado uma

    formao acadmica e pela forma como contriburam para a minha formao enquanto

    pessoa, ajudando-me em todos os momentos.

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    ResumoO BIM Building Information Modeling um conceito de controlo e gesto de

    informao desenvolvida, entre diferentes especialidades e intervenientes envolventes,

    durante o ciclo de vida das construes. A utilizao das tecnologias BIM, no ramo daEngenharia Mecnica e Civil, tem sido uma aposta constante, e cada vez mais concisa,

    nos projetos de construo. A justificao para a adoo destas metodologias mais

    eficientes, em substituio dos processos convencionais, prende-se com o facto desses

    processos convencionais, ainda hoje, apresentarem muitas dificuldades e problemas

    associados, por exemplo, falta de comunicao entre os intervenientes e ao ineficiente

    controlo na gesto de projetos.

    O objetivo desta dissertao centra-se na anlise da interoperabilidade de softwares

    BIM, ou seja, na verificao da viabilidade de exportao de dados dos modelos

    produzidos, entre as ferramentas BIM. Para este campo de ao contribuir a anlise da

    passagem de informao, relativa ao modelo de uma Nave Industrial modelada, em

    alguns dos softwares BIM, correntemente mais utilizados.

    O conhecimento adquirido com a modelao do caso de estudo do presente trabalho ir

    permitir identificar algumas lacunas existentes ao nvel da falta de recomendaesprticas que sirvam de orientao na modelao recorrendo a ferramentas informticas

    BIM-compatveis. Assim, a base deste trabalho consiste na criao de uma srie de

    recomendaes ou de um roteiro de modelao em especfico para a disciplina de

    estruturas enquanto rea de aplicao concreta do estudo efetuado.

    Nesse sentido, a proposta deste trabalho de apresentar alguns critrios de modelao

    onde so definidos os elementos a modelar em cada fase do projeto.

    Palavras-Chave:Building Information Modeling (BIM); Anlise de interoperabilidade,

    LOD, Nveis de Desenvolvimento.

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    Abstract

    The concept of BIM Building Information Modeling is a process of monitoring and

    management of all information created and developed, between various specialties and

    engaging stakeholders, during the life cycle of buildings. The use of BIM technologies

    in the field of Mechanical and Civil Engineering, has been a constant focus in

    construction projects, being that, there are many studies that attempt to exploit your

    concept and its potential. The justification for the adoption of these more efficient

    methods, relates to the fact that the conventional processes, still today, present many

    difficulties and problems associated with, for example, the lack communication between

    stakeholders and inefficient control in management of projects.

    The objective of this dissertation focuses on reviewing the interoperability of BIM

    software, i.e. the verification of the data export viability of models produced between

    the BIM tools. For this field of action will contribute to analysis of the passage of

    information on the model of an industrial building modeled in some of BIM software,

    more commonly used.

    The experience gained from the modelling case of study allowed the identification of

    some gaps in modelling rules that guide modelling using computer BIM capable tools.

    So the basis of this work is to create a series of recommendations and a roadmap for

    modelling, specific to the study conducted in structures discipline

    So the basis of this work is to create a series of recommendations and a roadmap for

    modelling, specific to the study conducted in structures discipline.

    Keywords:Building Information Modelling (BIM); Analysis of interoperability, LOD

    Level of Development.

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    Rsum

    Le concept BIM - Building Information Modeling - est un concept qui dvelopp lecontrle et la gestion de l'information entre les diffrentes spcialits et engagement des

    parties prenantes au cours du cycle de vie de la construction. L'utilisation de la

    technologie BIM dans le domaine de la gnie mcanique et civil, ont t un pari

    constant, et de plus en plus concise dans des projets de construction, et, il ya de

    nombreuses tudes qui tentent d'exploiter avec diligence son concept et de son potentiel.

    La justification de l'adoption de ces mthodes plus efficaces, aujourd'hui, prsentent de

    nombreuses difficults et les problmes associs avec, par exemple, le manque decommunication entre les intervenants et inefficace contrle de la gestion de projet.

    L'objectif de cette mise au point de dissertation sur la analyse de l'interoprabilit des

    logiciels BIM, savoir la vrification de la viabilit de l'exportation de donnes de

    modles produits entre les outils BIM. Pour ce champ d'action va contribuer l'analyse

    du passage des informations sur le modle du pavillon industrielle modlise dans

    certains des logiciels BIM, plus communment utilis.

    Les connaissances acquises partir de la modlisation du cas de cette tude de

    recherche a identifi un certain nombre de lacunes en termes de manque pratique pour

    servir de guide dans la modlisation utilisant des outils logiciels BIM-compatible. Ainsi,

    la base de ce travail est de crer une srie de recommandations ou d'un script dans la

    modlisation spcifique la discipline des structures comme un domaine concret

    d'application de l'tude ralise.

    En ce sens, l'objectif de ce document prsente quelques critres de modlisation o les

    lments pour modliser chaque phase du projet sont dfinis.

    Mots-cls

    Building Information Modeling (BIM); Analyse de l'interoprabilit, Lod, de niveau de

    dveloppement

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    ndice

    AGRADECIMENTOS ........................................................ ............................................................ ....... VII

    ABSTRACT .................................................... ............................................................ ............................... X

    RSUM .......................................................... ............................................................ ........................... XII

    NDICE DE FIGURAS ...................................................... ............................................................ ........ XV

    NDICE DE TABELAS ................................................................ ...................................................... XVII

    NOMENCLATURA .................................................. ............................................................ ................XIX

    1. INTRODUO .................................................................... .......................................................... ... 1

    1.1. CONSIDERAES INICIAIS...................................................................................... ...................... 1

    1.2. OBJETIVOS.................................................. ............................................................ ..................... 3

    1.3.

    ORGANIZAO DO RELATRIO.......................................................... .......................................... 4

    2. ESTADO DA ARTE ........................................................................ .................................................. 5

    2.1. INTRODUO................................................................................................ ............................... 5

    2.2. BIM .................................................. ............................................................ ............................... 7

    2.3. FUNCIONALIDADES DO BIM .............................................................. .......................................... 8

    2.4. NORMAS PARA A UTILIZAO DO BIM ............................................................................ .......... 11

    2.4.1 NORMA SINGAPORE BIMGUIDE 2013VERSION 2 .................................................. ................... 13

    2.4.2 NORMANATIONAL BIM STANDARD (NBIMS)EUA .................................................... .......... 13

    2.4.3 NORMA COBIMFINLNDIA.................................................. ................................................. 14

    2.4.4

    NORMA AEC(UK)BIMPROTOCOL.................................................. ........................................ 15

    2.4.5 NORMA GSABIMGUIDESEUA .......................................................................................... 16

    2.4.6 NORMASNORUEGUESAS................................................ ........................................................... 16

    2.4.7 NORMAS CANADIANA AECOOCOMMUNITY............................................................................ 17

    2.4.8 NORMALIZAO EM PORTUGAL.................................................................. .............................. 18

    2.5 INTEROPERABILIDADE........................................................................ ....................................... 19

    2.5.1 BUILDINGSMARTE OPENBIM ................................................................................................. 21

    2.5.2 FORMATO IFC-INDUSTRY FOUNDATION CLASSES........................................................ ........... 21

    2.5.3 FORMATO BCF-BIMCOLLABORATION FORMAT..................................................................... 24

    2.5.4

    FORMATO IFD-INTERNATIONAL FRAMEWORK FOR DICTIONNARIES.......... ............................. 25

    2.5.5 FORMATO IDM-INFORMATION DELIVERY MANUALS.............................................................. 26

    2.5.6 FORMATO COBIE.......................................................... ............................................................ 26

    2.5.7 FORMATO SDNF(STEEL DETAILINGNEUTRAL FORMAT) ......................................................... 27

    2.5.8 FORMATO CIS/2(CIMSTEEL INTEGRATION STANDARDS)................................................ ......... 27

    2.5.9 UNICLASS E OMNICLASS.......................................................... .................................................. 28

    2.5.10 FORMATO CITYGML-CITY GEOGRAPHY MARKUP LANGUAGE........................................... 28

    2.5.11 FORMATO GBXML-GREEN BUILDING XML ........................................................................ 29

    2.5.12 FORMATO LANDXML .............................................................................. ............................. 30

    2.5.13 FORMATO PDFE 3DPDF .................................................................................... ................... 30

    2.5.14 PROGRAMAO E PLUGINS.................................................. ................................................. 31

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    2.6 LOD(LEVEL OF DEVELOPMENT)NVEIS DE DESENVOLVIMENTO........................................... 32

    3 MODELO CASO DE ESTUDO .................................................... ................................................. 36

    3.1 INTRODUO................................................................................................ ............................. 36

    3.2 ESTUDO DO MODELO NO ADVANCE STEEL.................................................... ............................. 38

    3.3 ADVANCE STEEL /ROBOT ANALYSIS (LOD400) ............................................................ .......... 39

    3.4 ADVANCE STEEL /ROBOT ANALYSIS (LOD300) ............................................................ .......... 42

    3.5 MODELAO DO MODELO EM CAD .................................................... ....................................... 45

    3.6 INTEROPERABILIDADE DO MODELO EM CADCOM O AS2016 .................................................... 46

    3.6.1 INTEROPERABILIDADE DO MODELO EM AS2016COM O RSA2016 ........................................... 46

    3.6.2 INTEROPERABILIDADE DO MODELO EM RSA2016COM O AS2016 ........................................... 54

    3.7 DESENVOLVIMENTO DO MODELO NO TEKLA21 ...................................................................... 56

    3.8 LISTAGEM DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS...................................................... .................... 60

    4. CONSIDERAES FINAIS ............................................................................ .............................. 63

    4.1 CONCLUSES.......................................................................................................... ................... 63

    4.2 DESENVOLVIMENTOS FUTUROS................................................................................................. 65

    REFERNCIAS DOCUMENTAIS .................................................................................... .................... 66

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    ndice de Figuras

    Figura 1 BIM Building Information Modeling ....................................................................... 6

    Figura 2 Nveis do BIM ............................................................................................................. 7

    Figura 3 Dimenses do BIM .................................................................................................... 10

    Figura 4 Lifecycle Building Information Canadian AECOO Community [25] ....................... 18

    Figura 5 Formatos de Interoperabilidade ................................................................................. 20

    Figura 6 IFC viso geral por especialidades e softwares ......................................................... 22

    Figura 7 Interoperabilidade IFC ............................................................................................... 23

    Figura 8 Evoluo do IFC ........................................................................................................ 23

    Figura 9 Interao 3D IFC BIM ............................................................................................ 24

    Figura 10 BCF BIM Collaboration Format .............................................................................. 25

    Figura 11 Aparncia de um arquivo Cobie (aecmag.com, imagem) ........................................ 27

    Figura 12 CityGML .................................................................................................................. 29

    Figura 13 gbXML .................................................................................................................... 29

    Figura 14 Interoperabilidade com PDF 2D e 3D ..................................................................... 31

    Figura 15 LOD's ....................................................................................................................... 32

    Figura 16 LOD 300 .................................................................................................................. 33

    Figura 17 LOD 350 .................................................................................................................. 34

    Figura 18 LOD 400 .................................................................................................................. 34

    Figura 19 Representao grfica dos nveis de LOD ............................................................... 35

    Figura 20 Fluxo de trabalho AS 2016 vs RSA 2016 ................................................................ 36

    Figura 21 AS 2016 Vista geral do modelo ............................................................................ 38

    Figura 22 AS2016 Vista dos prticos e travamentos ............................................................ 38

    Figura 23 AS 2016 Vista das ligaes .................................................................................. 39

    Figura 24 RSA 2016 Vista geral do Modelo Importado. ...................................................... 41

    Figura 25 Advance Steel 2016 Viso geral do Modelo em LOD 300................................... 42

    Figura 26 Advance Steel Viso parcial dos elementos ......................................................... 42

    Figura 27 Advance Steel 2016 Elementos de ligao ........................................................... 43

    Figura 28 RSA 2016 Viso geral do modelo LOD 300 ........................................................ 43

    Figura 29 Viso parcial dos elementos .................................................................................... 44

    Figura 30 RSA 2016 Elementos de ligao........................................................................... 44

    Figura 31 Fluxo de trabalho Autocad, AS 2016, RSA 2016 ................................................. 45

    Figura 32 AutoCad 2016 Linhas de eixo............................................................................... 46

    Figura 33 Advance Steel 2016 Somente perfis ..................................................................... 46

    Figura 34 Modelo Robot .......................................................................................................... 47

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    Figura 35 Pormenor Robot Structure Analysis ........................................................................ 47

    Figura 36 Pormenor da orientao do UCS no Advance Steel ................................................ 48

    Figura 37 Pormenor da orientao do UCS no RSA ................................................................ 49

    Figura 38 Pormenor da orientao do UCS no Advance Steel ................................................ 49

    Figura 39 Pormenor da orientao do UCS no RSA ................................................................ 50

    Figura 40 Pormenor das cartelas realizadas no RSA aps importao do Advance Steel ....... 51

    Figura 41 Exemplo na indefinio das cartelas. ....................................................................... 51

    Figura 42 Aplicao de materias existentes do RSA no Modelo importado. ........................... 52

    Figura 43 Outro exemplo na indefinio das cartelas .............................................................. 52

    Figura 44 Informao de elementos de viga aps a importao. ............................................. 53

    Figura 45 Concluso do Modelo no RSA 2016 ....................................................................... 54

    Figura 46 Modelo importado RSA 2016 para AS 2016 ........................................................... 54

    Figura 47 Elementos descentrados aps importao ................................................................ 55

    Figura 48 Reposicionamento dos elementos nos eixos ............................................................ 55

    Figura 49 Macro paramtrica ................................................................................................... 56

    Figura 50 Fluxo de trabalho Tekla vs. RSA 2016 .................................................................... 56

    Figura 51 Modelo realizado no Tekla ...................................................................................... 57

    Figura 52 Pormenor dos elementos .......................................................................................... 57

    Figura 53 Modelo importado do Tekla 21 para o RSA 2016 no formato STP ........................ 58

    Figura 54 Pormenor da aplicao de cartela no RSA ............................................................... 59

    Figura 55 Modelo importado do RSA 2016 para o Tekla no formato .SDNF ......................... 60

    Figura 56 Modelo importado do RSA 2016 para o Tekla no formato .STP ............................ 60

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    ndice de Tabelas

    Tabela 1 - Adoo das tecnologias BIM ......................................................................................... 12

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    Nomenclatura

    AEC Arquitetura, Engenharia e Construo

    AIA The American Institute of Architects

    BCA Building Construction Authority

    BIM Building Information Modeling

    BPM Building Product Model

    bSa buildingSMART alliance

    CAD Computer Aided Design

    SBM Statsbygg Building Modelling

    AISC American Institute of Steel Construction

    COBie Construction Operations Building Information Exchange

    EUA Estados Unidos da Amrica

    AECOO Architecture, Engineering, Construction, Owners and Operations

    GSA General Services Administration

    IDM Information Delivery Manuals

    IPQ Instituto Portugus da QualidadeGTBIM Grupo de trabalho BIM

    IFC Industry Foundation Classes

    APMEP Associao Portuguesa dos Mercados Pblicos

    BCF BIM Collaboration Format

    LOD Level of Development

    MDV Model View Definitions

    MEP Mechanical, Electrical and Plumbing

    NBIMS National BIM Standard

    NIBS National Intituite of Building Sciences

    CityGML City Geography Markup Language

    XML eXtensible Markup Language

    PDF Portable Document Format

    IFD International Framework for Dictionnaries

    PBS Public Buildings Service

    UK United Kingdom

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    1.

    Introduo

    1.1.

    Consideraes iniciais

    As ferramentas digitais j esto amplamente presentes nos comrcios da construo. No

    projeto, por exemplo, os arquitetos trabalham durante muito tempo com a representao

    em softwares 3D, os escritrios de engenharia tm aplicaes de negcios cada vez mais

    poderosas para integrar um nmero crescente de parmetros nas fases de projeto de

    engenharia. As prprias mdias empresas esto equipadas com computadores e

    smartphones, desmaterializando assim a informao e o intercmbio com os seus

    parceiros. Os gestores de patrimnio (gestor BIM), tm software sob medida que tm

    como funo dar resposta s necessidades que surgem, nomeadamente ao nvel da

    assistncia tcnica e manuteno.

    O modelo digital a grande inovao no setor digital. Com ele temos tido um impacto

    potencial sobre todos os comrcios. um avatar virtual, o qual contm ambas as

    propriedades geomtricas e informaes sobre a natureza de todos os objetos utilizados

    (composio, propriedades, etc.). Esta ferramenta est prestes a mudar profundamente

    todo o processo de construo. O conceito BIM ("Building Information Modeling") est

    a tornar-se o mtodo de trabalho com base na colaborao em torno de um modelo

    digital. Este modelo enriquecido com os contributos dos vrios intervenientes sobre otrabalho, desde a conceo construo, e receo no fim de vida. Permite, assim, que

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    todas as partes envolventes contenham uma melhor representao, antecipao,

    otimizao e escolha, durante a vida da estrutura. [17]

    As grandes companhias (Empresas, Arquitetos, Engenharia, Engenharia Industrial)

    usam cada vez mais esta nova ferramenta, que gradualmente se tornou,

    internacionalmente, inserida nos grandes projetos. Por outro lado, as pequenas empresas

    ainda a usam pouco, exceo de alguns pioneiros que esto convencidos da sua

    relevncia, nomeadamente em projetos atuais. Estas primeiras experincias so vistas

    com grande agrado e todos os seus utilizadores no pensam usar outra ferramenta. Na

    opinio de todos os especialistas, estas ferramentas acrescem potenciais ganhos muito

    significativos, tanto em produtividade (reduo de tempo e custos) bem como melhora a

    qualidade dos projetos. Estes proveitos so esperados em novas construes assimcomo, na renovao de edifcios e gesto patrimonial durante a vida til da estrutura.

    [17]

    Internacionalmente, os esforos para desenvolver o BIM esto a tornar-se mais

    numerosos. A Unio Europeia mudou recentemente as orientaes para os contratos

    pblicos de forma a incentivar os Estados membros a usar ferramentas digitais. Este

    contexto favorvel para acelerar a sua distribuio. [17]

    Apesar destes modelos de informao possurem vrias vantagens, a sua implementao

    no universal dado que s possvel retirar o mximo proveito destes softwares se

    grande parte dos profissionais da construo os utilizarem.

    A adoo desta tecnologia torna-se um passo relevante para o futuro visto que tem uma

    importncia significativa no setor da construo, permitindo visualizar e prevenir erros

    que possam ocorrer durante a elaborao de uma obra.

    No entanto, apesar da emergente utilizao destes processos, no existem neste

    momento normas ou regras de boas prticas para a sua implementao em Portugal.

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    1.2. Objetivos

    A presente dissertao pretende explorar o interface entre ferramentas de desenho

    paramtrico (BIM), especialmente vocacionadas para o projeto de estruturas metlicas,

    com ferramentas de anlise estrutural baseadas no mtodo de elementos finitos.

    So bem conhecidas as dificuldades que surgem quando se tenta emparelhar aplicaes

    desenvolvidas por fabricantes distintos, o que pode comprometer a eficincia do

    processo de projeto. Pretende-se desenvolver metodologias que permitam contornar as

    dificuldades que surgirem no caso de estudo definido.

    O presente caso de estudo desta dissertao baseado numa Nave Industrial modelada

    no software Advance Steel 2015 Autodesk (software BIM) , contendo um elevado graude detalhe de preparao, nomeadamente toda a informao necessria para a execuo

    de toda a documentao complementar, listagens de materiais, desenhos tcnicos entre

    outros. Este Modelo de elevado rigor de informao, algo que exigido aquando a

    realizao de num projeto de estruturas metlicas, foi desenvolvido e gentilmente

    cedido pela empresa Lopes & Gomes.

    A metodologia aplicada no caso de estudo consistiu no aproveitamento da estrutura

    metlica fornecida pela empresa Lopes & Gomes por forma a interagir com outro

    software de anlise de elementos finitos que neste caso ser o software Robot Structural

    Analysis da Autodesk, por forma a verificar as dificuldades inerentes na

    interoperabilidade entre os mesmos.

    Assim sendo, o principal objetivo fomentar a sensibilizao da utilizao da

    tecnologia BIM para melhorias de sucesso no futuro da construo de estruturas

    metlicas, aumentando a viabilidade e alargando os horizontes, as metas e objetivos daconstruo de estruturas metlicas.

    Para tal objetivo, contribuir o uso do software Advance Steel (Autodesk, 2016)

    (ferramenta BIM), Robot Structure Analysis (Autodesk, 2016) assim como do software

    Tekla Structures, na modelao e interoperabilidade entre softwares.

    Este trabalho pretende ser um contributo para o desenvolvimento de um potencial

    documento, porventura semelhante aos que j se encontram redigidos noutros pases,onde se incluam algumas regras de modelao.

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    1.3. Organizao do relatrio

    A estrutura da dissertao desenvolvida feita em 4 captulos.

    O primeiro capitulo a presente introduo onde se pretende fazer um enquadramento

    geral do tema a desenvolver e onde so referidos os objetivos a atingir.

    No segundo captulo apresenta-se o BIM Building Information Modeling

    realizado o Estado de Arte relativo ao tema. Seguidamente, foi efetuada uma abordagem

    dos desenvolvimentos que tm sido levados a cabo em diversos pases para a

    implementao de processos BIM no setor da arquitetura, engenharia e construo,

    sendo apresentadas uma srie de normas ou diretrizes que tm por objetivo introduzir

    alguma coerncia no setor quando os seus intervenientes decidam realizar os seus

    projetos utilizando processos BIM, assim como, a apresentao de alguns dos formatos

    BIM utilizados atualmente.

    O terceiro captulo faz referncia ao Processo de Interoperabilidade do software

    Advance Steel; Robot Structure Analysis; Tekla Structures iniciado o

    desenvolvimento do caso de estudo atravs de um modelo de estrutura metlica pr

    concebido no software Advance Steel.

    O quarto captulo o ltimo da presente dissertao onde se apresenta uma sntese do

    trabalho desenvolvido, referindo as principais concluses e possveis desenvolvimentos

    futuros a realizar como forma de continuao do trabalho desenvolvido nesta

    dissertao.

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    5

    2.

    Estado da arte

    2.1. Introduo

    Durante longa data era muito frequente a presena de erros graves na execuo de um

    certo projeto, resultado da ineficaz comunicao entre os vrios participantes nessas

    obras. Para que se diminuam esses problemas necessrio melhorar a comunicao

    entre especialistas e a partilha de informao.

    Como tentativa de resposta a este problema surge o BIM. O BIM (Building Information

    Modeling) uma tecnologia que permite aos seus utilizadores acederem e

    acrescentarem informaes relevantes sobre o processo de construo. Representa uma

    nova maneira de representao, dentro dos sistemas CAD, porque permite no s a

    visualizao em 3D, mas tambm a gesto de informao durante todo o ciclo de vidade um edifcio.

    O contexto econmico e financeiro atual, adaptado com as intensas e contnuas

    evolues tecnolgicas, conduz as empresas de construo a fortes transformaes a

    nvel organizacional num intuito de uma gesto mais eficaz e minuciosa. A gesto de

    informao fivel e atualizada fulcral para o desempenho global das empresas. A

    essencial finalidade da implementao de um sistema de informao para a construo

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    garantir nveis de desempenho acrescidos e um aumento da produtividade no setor da

    construo.

    Atualmente, os trabalhos de construo atravessam uma tendncia crescente para

    serem cada vez mais abrangentes, complexos e mecanizados. Ao mesmo tempo a

    informao produzida na construo aumenta em quantidade e exigncia, obrigando a

    maiores cuidados na qualidade das peas e sua organizao [3].

    Figura 1 BIM Building Information Modeling

    O processo da construo constitudo por atividades que direcionam para o

    manuseamento da informao. A informao do processo construtivo essencial para ocorreto desenvolvimento do projeto representada em desenhos, memrias descritivas,

    contratos, cadernos de encargos, etc.. A indstria da construo uma engenharia

    munida de muitos documentos como suporte da atividade. Hoje em dia, os documentos

    de suporte da construo so elaborados e usados em formato digital, o que facilita a

    gesto documental da informao.

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    2.2. BIM

    O BIM ("Building Information Modelling") um mtodo de trabalho baseado na

    colaborao em torno de um modelo digital. Num processo de projeto BIM, cadautilizador usa esse modelo de construo, originalmente projetado pelo arquiteto, e

    desenha informaes que ele precisa para o seu trabalho. Por sua vez, alimenta-se o

    modelo com novas informaes por forma a chegar-se ao objeto de construo final,

    perfeitamente representado virtualmente. O Modelo Digital atualizado durante toda a

    vida da estrutura, desde a conceo construo, da entrega at sua desconstruo. O

    proprietrio do edifcio, portanto, tem um avatar virtual da obra, poderosa ferramenta de

    gesto e otimizao em toda a vida do edifcio. [17]

    O BIM ideal, como mtodo de compartilha e alimentado por todas as especialidades

    num s modelo, uma viso idealizada que poder tornar-se realista dentro de vrios

    anos. Por agora, este levanta muitas questes ainda sem resposta, nomeadamente em

    termos da responsabilidade legal das diversas partes interessadas. Na realidade, a

    transio para o BIM deve ser feita passo a passo. [17]

    Figura 2 Nveis do BIM

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    Existem trs nveis de BIM:

    O BIM Nvel 1 a modelao de um modelo digital que partilhado num nico sentido

    num instante de tempo t.

    BIM Nvel 2 corresponde a uma colaborao com base no modelo digital com um

    intercmbio bilateral entre arquiteto, escritrios de design e empresas. O modelo deve

    ser a base de exportao, mas tambm integrar informaes dos utilizadores (tcnicos).

    Esta colaborao pode comear gradualmente com um ou dois utilizadores e, com o

    decorrer dos projetos e maturidade dos mesmos, sero acrescentados novos utilizadores,

    incorporando assim mais partes interessadas.

    BIM Nvel 3corresponde utilizao de um modelo digital e sua repartio, atravs

    de uma rede para os vrios utilizadores, que se pode ligar a qualquer momento ao

    modelo.

    Este processo de engenharia "concorrente" levanta a questo da elaborao e

    atualizao do modelo digital. A "Gesto BIM" torna-se uma caracterstica central do

    projeto BIM. O "gerente BIM" no um novo negcio, mas sim uma nova funo, que

    pode ser fornecida por diversas partes interessadas do domnio do trabalho. [17]

    O formato IFC (Industry Foundation Classes) o modelo de dados usado em modelos

    digitais. Ele permite descrever objetos (paredes, janelas, espaos, mensagens, etc.), suas

    caractersticas e seus relacionamentos. A IFC parte do padro STEP internacional ou

    "Standard for Exchange of Product Data" (ISO 10303). Desde maro de 2013, a IFC so

    rotulados ISO 16739. A IFC visam assegurar a interoperabilidade dos comrcios de

    software BIM. [17]

    2.3. Funcionalidades do BIM

    O BIM uma revoluo, que afeta todo o ciclo de vida de um edifcio a partir do incio

    das fases de planeamento das etapas, atravs das fases de conceo, construo, bem

    como da gesto e manuteno. Esta ltima fase provavelmente a mais importante

    porque se observa o custo global de um edifcio durante a sua vida til, que representa

    entre 75 e 80%. Da a necessidade de se mudar para um tipo de processo BIM por forma

    a minimizar os custos da produo assim como o da manuteno dos edifciosindependentemente da sua dimenso. [20]

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    O BIM combina trs termos-chave: Preciso, Reutilizao e Acessibilidade.

    "Preciso". Todos os modelos digitais, para cada uma das especialidades, fornecem

    informaes precisas que podem ento ser reexploradas para reduzir os custos de

    manuteno num projeto, por exemplo.

    "Reutilizao". Criar um modelo digital permite uma otimizao da construo e uma

    melhoria na gesto de custos, no um fim em si mesmo. Os dados tambm podem ser

    alimentados de volta por forma a otimizar a vida plena do edifcio.

    "Acessibilidade". O BIM um processo digital desenvolvido tendo em conta a

    atualidade, nomeadamente com a existncia da nuvem, permitindo o acesso e uma

    explorao de dados de construo em qualquer lugar e a qualquer hora.

    BIM num processo colaborativo

    "BIM no uma ferramenta de banco de dados ou um software especial, acima de

    tudo um processo, uma forma de colaborar entre todas as partes interessadas no

    projeto. Que trar a otimizao em qualquer ponto de vista ". Com esta colaboraomultidisciplinar, somos capazes de melhorar de forma consistente o desempenho do

    edifcio. Quem diz a cooperao tambm diz a capacidade de trocar informao entre

    todos os intervenientes na forma interopervel do projeto, com formatos abertos. A

    interoperabilidade uma noo para manter sempre em mente. [20]

    BIM num campo de ao mltipla

    "BIM no restritivo". Na fase de projeto, permite a criao de modelos de edifcios de

    formas complexas e multiplica as variaes em torno de um nico projeto. BIM tambm

    permite que o arquiteto possa transferir facilmente o modelo digital contendo suas

    informaes para outros softwares. Por outro lado, diversos estudos BIM so mais

    direcionados para a comunicao. Na verdade, ele permite apresentar claramente o

    progresso de um projeto de gesto ou futuros usurios de um projeto de edifcio. [20]

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    Os objetivos BIM so:

    Permitir que as equipas projetem, visualizem, simulem e colaborem mais

    facilmente em todo o ciclo de vida do projeto.

    Que esta tecnologia torne mais fcil a realizao dos objetivos de um projeto e

    da empresa.

    Suporte 3D Assistncia

    Projeto de simulaes 4D

    Domnio Controlo de Gesto de Custos com a simulao 5D

    Servios de aprendizagem da tecnologia BIM. um processo que envolve a

    criao e utilizao de um modelo 3D inteligente, que permite tomar melhores

    decises sobre um projeto e sobre a comunicao. Os nossos objetivos iro

    tornar as nossas informaes mais percetveis e proporcionar uma mais valia em

    cada fase do processo. A EQUIPA. [21]

    As dimenses do BIM

    Figura 3 Dimenses do BIM

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    2.4. Normas para a utilizao do BIM

    No mbito deste trabalho no se recorreu a qualquer tipo de norma em especfico apesar

    da existncia de diversas normas internacionais, como iremos ver a seguir. Sendo um

    trabalho de interoperabilidade entre somente dois softwares podemos considerar umaviso BIM mais micro neste trabalho, em comparao com um modelo BIM na sua

    integra englobando as diversas especialidades de uma construo.

    necessrio que a regulamentao do BIM seja obrigatria para que a sua

    implementao total seja uma realidade. Por isso surgiu a necessidade de desenvolver

    normas e guias de boas prticas. Estes documentos contm especificaes tcnicas e

    critrios precisos que devem ser desenvolvidos pelos utilizadores de forma consciente

    condizendo com uma regra, diretriz ou definio. [1]

    Um relatrio da Universidade de Newcastle na Austrlia refere que a maioria dos pases

    industrializados esto bem informados sobre as tecnologias e processos BIM e tm

    vindo a promover o seu uso. [3]

    No decorrer dos ltimos anos, as organizaes governamentais de vrios pases de todo

    o mundo aperceberam-se do potencial do BIM, bem como dos benefcios que a sua

    prtica pode refletir no seu setor construtivo. [24]

    Para tornar possvel o uso deste novo modelo diversas organizaes, sediadas em vrios

    pases, elaboraram normas/diretrizes. O AIA descreveu iniciativas que confluem numa

    tabela no sentido de se apresentarem as normas estabelecidas para uso do BIM a nvel

    mundial. Na Tabela 1 apresentada uma adaptao dessa tabela onde aparecem listadas

    as organizaes e pases que tm como principal meta regulamentar os seus processos

    de modelao. Aps uma anlise cuidada da mesma a perceo que resulta a de que aadoo das tecnologias BIM est em linha de corrida em vrios pontos do globo

    terrestre e que, atualmente, so realizados vrios esforos e vrias campanhas com o

    intuito de normalizar a sua prtica. [1]

    Bem na linha da frente temos os Estados Unidos como grande motor deste movimento

    que, sendo uma grande potncia econmica, so sede de diversas organizaes e

    universidades que tm vindo a publicar normas/diretrizes sendo que, nem todas se

    encontram aqui enumeradas. J na Europa, o principal motor de arranque encontra-se na

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    regio escandinava com principal destaque para a Finlndia e Noruega que desde o

    princpio tm vindo a mostrar o seu enorme interesse em tornar o uso BIM como padro

    na realizao de inmeros processos. A par destes pases europeus, tambm o Reino

    Unido tem revelado um enorme potencial na implementao do BIM. [3]

    Tabela 1 - Adoo das tecnologias BIM

    Singapura foi um dos primeiros pases a avanar com um programa de implementao

    BIM (Aguiar Costa, n.d.) e j apresenta vrias regras para a utilizao de BIM a nvel

    do setor pblico [2].

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    2.4.1 Norma Singapore BIM Guide 2013 Version 2

    Singapore BIM guide, desenvolvido por Singapura, foi um dos primeiros pases a

    avanar com um programa de implementao BIM a nvel nacional (os primeiros

    desenvolvimentos comearam em 1999, atravs do programa Corenet) e estabeleceucomo meta a adoo BIM obrigatria em 2015;

    O responsvel pelo desenvolvimento do Singapore BIM Guide 2013 a Building and

    Construction Authority (BCA). Em 2013 a Building and Construction Authority (BCA)

    desenvolveu o guia BIM 2013. Este guia procura delinear os diversos usos,

    procedimentos e profissionais que esto envolvidos em projetos de construo com

    aplicao do BIM e encontra- se dividido em trs captulos. [8]

    1. Introduo;

    2. Especificaes BIM (what);

    3. Modelao e processo de colaborao (how)

    2.4.2

    Norma National BIm Standard (NBIMS) EUA

    De um projeto de colaborao do National Institute of Building Sciences com a

    buildingSMART aliance resulta o NBIMS. Esta norma procura fornecer a estrutura

    necessria e um quadro base de suporte ao processo colaborativo BIM, atendendo s

    necessidades dos desenvolvedores de software BIM, bem como aos diversos

    profissionais da indstria AEC (NBIMS, 2013). Neste momento a ltima verso

    disponvel para consulta da NBIMS a verso 2. Esta norma est dividida em cinco

    captulos [7]:

    1. mbito;

    2. Normas de referncia;

    3. Termos e definies;

    4. Normas de troca de informao;

    5.

    Documentos prticos;

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    2.4.3 Norma COBIM Finlndia

    National Common BIM requirements (COBIM), guideline publicada em 2007 pela

    organizao pblica Senaatti Properties finlandesa. Desde 2001 que esta entidade

    desenvolve projetos piloto que culminaram numa crescente generalizao do BIM anvel nacional; [1]

    A publicao Common BIM Requirements, mais conhecida por COBIM, foi

    primeiramente publicada em 2007 pela organizao pblica Senaatti Properties

    finlandesa. Surgiu na Finlndia como forma de resposta rpida adoo do BIM neste

    pas. O mbito da criao destes documentos foi a sua utilizao como apndices para

    os documentos de adjudicao e contratos dirigidos a todos os intervenientes no

    processo construtivo durante todo o ciclo de vida da obra. [8]

    A norma COBIM est dividida em 13 sries onde se tenta regulamentar as atividades

    necessria para a realizao de um modelo BIM, sendo elas:

    1. Requisitos gerais BIM;

    2. Modelar de uma situao inicial;

    3.

    Projeto de arquitetura;

    4. Projeto de MEP;

    5. Projeto de estruturas;

    6. Garantia de qualidade;

    7. Extrao de quantidades;

    8. Uso de modelos para a visualizao;

    9. Uso de modelos para a anlise MEP;

    10.Anlise energtica;

    11.Gesto de um projeto BIM;

    12.Uso de modelos na gesto de edifcios;

    13.Uso de modelos na construo.

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    2.4.4 Norma AEC (UK) BIM Protocol

    PAS1192-2 Specification for information management using BIM e tambm o AEC

    (UK) BIM protocol, impulsionados pelo Cabinet Office britnico, responsvel pelas

    metas estratgicas entretanto estabelecidas de utilizao BIM obrigatria a partir de2016;

    O governo do Reino Unido, em contraste com a maioria dos pases, tem em curso um

    programa legislativo com o objetivo de tornar obrigatria a utilizao de BIM nas obras

    pblicas. possvel ler-se no documento Govermment Construction Stratagy que at

    2016 para obras com custo superior a 5M o governo vai exigir BIM 3D totalmente

    colaborativo. Como resposta a esta exigncia a AEC (UK) BIM Standand Committee

    lanou at data a norma AEC (UK) BIM Protocol, a AEC (UK) BIM Protocol para o

    Autodesk Revit e Bentley (Jorge Silva, 2013), com o objetivo de melhorar os processos

    de produo, gesto e partilha de informao de projeto. [9]

    A mais recente verso do AEC (UK) BIM Protocol foi publicada em 2012 e conta com

    os 11 captulos a seguir mencionados:

    1. Introduo;

    2. Melhores prticas;

    3. Plano de execuo do projeto BIM;

    4. Trabalho colaborativo em BIM;

    5. Interoperabilidade;

    6.

    Segregao de dados;

    7. Mtodos de Modelao;

    8. Estrutura das pastas e conveno de identificao;

    9. Estilos de apresentao;

    10.Recursos;

    11.Anexos.

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    2.4.5 Norma GSA BIM GUIDES EUA

    National Building Information Modelling Standards, desenvolvidos pelo National

    Institute of Building Science, representam o culminar de inmeras iniciativas BIM

    americanas que se iniciaram em 2003 com o National 3D-4D-BIM program da GeneralService Administration (GSA). [28]

    Da compilao de vrias contribuies lanadas por diferentes entidades, (privadas,

    governamentais ou universidades), tm surgido as normas BIM dos EUA. A GSA

    responsvel pela construo e manuteno de todos os edifcios federais nos Estados

    Unidos tendo em 2003 estabelecido como meta imediata o programa National 3D-4D-

    BIM. [1]

    A 15 de Maio de 2007 a General Services Administration (GSA) tornou pblica a

    primeira verso do GSA BIM Guide com o ttulo GSA Building Information Modeling

    Guide Series. Esta primeira srie um texto introdutrio que serve de suporte e

    arranque comum para as tecnologias BIM em aplicaes gerais (GSA, 2007). Desde

    ento a GSA tem vindo a publicar mais sries de guias e neste momento j esto

    disponveis as seguintes [28]:

    Series 01 3D - 4D - BIM Overview;

    Series 02 Spatial Program Validation;

    Series 03 - 3D Laser Scanning;

    Series 04 - 4D Phasing;

    Series 05 - Energy Performance and Operations.

    Series 06 - Circulation and Security Validation;

    Series 07 - Building Elements;

    Series 08 - Facility Management.

    2.4.6 Normas Norueguesas

    Statsbygg BIM manual, desenvolvido pela Statsbygg, uma agncia governamental

    norueguesa que desde 2011 usa o BIM para todos os seus projetos.

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    A SBM tem como objetivo descrever os requisitos de informao no que diz respeito

    aos projetos BIM de um modo muito detalhado. Foi construdo na IDM

    buildingSMART, e foi desenvolvido para fornecer uma estrutura clara para os processos

    de comunicao dos seus projetos. [34]

    SBM foi desenvolvido especificamente para a indstria da construo e consiste em:

    Na descrio genrica das necessidades e requisitos BIM de domnio

    especficos. Ele descreve os requisitos para o BIM independente do projeto,

    fase, disciplina, etc. [23]

    Uma descrio das ferramentas de modelagem para garantir a qualidade e a

    prtica na fase do projeto (por exemplo, verificao de consistncia, a deteo de

    conflitos, de segurana e de trnsito, etc.)

    A descrio de requisitos adicionais no BIM, que podem ser necessrios durante

    o projeto.

    Uma lista de classificaes para espaos tcnicos, entidades mecnicas, eltricas,

    entidades e fases do projeto, disciplinas e os objetivos dos participantes.

    2.4.7 Normas Canadiana AECOO Community

    Para liderar a transformao de uma comunidade com melhor desempenho a AECOO

    canadense pretende a implementao de processos colaborativos, de entrega do projeto

    com base no BIM e no seu ciclo de vida.

    Para a canadense necessrio uma transformao clara na Arquitetura, Engenharia,

    Construo, Proprietrios e Operaes. AECOO uma comunidade cujo intuito

    melhorar o seu desempenho e contribuir mais eficazmente para a sociedade, para o

    desenvolvimento ambiental e econmico do Canad. A canadense (BSC) de

    buildingSMART Internacional (BSI) e o conselho do Instituto de BIM no Canad (IBC)

    acreditam firmemente que essa transformao deve ser apoiada por mais abordagens

    colaborativas para a entrega do projeto com base em Building Information Modeling

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    (BIM) ferramentas, tecnologias e processos que esto alinhados com outras iniciativas

    semelhantes em curso em todo o mundo.[30]

    Figura 4 Lifecycle Building Information Canadian AECOO Community [25]

    2.4.8 Normalizao em Portugal

    Em Portugal, o processo de normalizao est a dar os primeiros passos. O Instituto

    Portugus da Qualidade (IPQ) est representado no grupo de trabalho da Comisso de

    Normalizao Europeia para o desenvolvimento da norma BIM europeia, garantindo-se

    assim uma convergncia entre os esforos nacionais e europeus. Algumas iniciativas

    esto tambm a ser dinamizadas para gerar o conhecimento de base necessrio ao

    desenvolvimento de um documento de mbito nacional de valor indiscutvel. [27]

    Algumas iniciativas como o grupo de trabalho BIM (GTBIM) da Plataforma Portuguesa

    Tecnolgica da Construo (PTPC) e o BIMfrum representam um contributo valioso

    para as dinmicas de normalizao, auscultando a indstria e gerando uma viso

    integrada, que ser considerada numa estratgia bottom-up e que permitir atingir um

    mais rpido consenso. Outras iniciativas, como a Comisso BIM da APMEP(Associao Portuguesa dos Mercados Pblicos), esto tambm a contribuir ativamente,

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    especialmente no que diz respeito participao numa rede BIM europeia de entidades

    pblicas e ao trabalho de integrao do BIM nos processos de contratao pblica que,

    alis, recebe especial ateno nas novas diretivas europeias da contratao pblica. [27]

    A normalizao BIM em Portugal deve ser encarada como uma oportunidade de

    reorganizao da indstria e otimizao dos processos e fluxos de informao que lhe

    esto inerentes. A sua correta implementao permitir, de forma inequvoca, potenciar

    sinergias entre os diversos agentes e abrir espaos de inovao importantes para o

    aumento da competitividade no mercado global. [27]

    So ainda de referir alguns outros pases que j possuem normas e guidelines BIM

    como a Dinamarca, a Holanda, Coreia do Sul, Hong Kong, Austrlia, etc. [27]

    2.5 Interoperabilidade

    Interoperabilidade a capacidade de troca de informaes estruturada entre diferentes

    aplicaes BIM, idealmente sem verificao manual para garantir a confiabilidade.

    Como no possvel pedir todas as partes intervenientes no projeto usando as mesmas

    aplicaes, os dados devem ser trocados tambm. [29]

    O problema da troca de informaes vista como a principal dificuldade atual vivida

    pelos usurios do BIM. Se h uma rea onde BIM ainda tem espao para o

    desenvolvimento, este o nico. Na verdade algumas aplicaes, a partir do mesmo

    desenvolvedor de softwares,no conseguem trocar dados diretamente sem dificuldade.

    [29]

    Ferramentas BIM especficas para uma tarefa, como a energia ou os clculos estticos,

    quantidades de extrao ou visualizaes devem ser capazes de recuperar os dados

    diretamente a partir de um modelo digital 3D criado por outro software e evitar uma

    recuperao manual. Esta recuperao manual no apenas um desperdcio de tempo,

    mas tambm uma fonte de erros. [29]

    Para o CAD, o formato de intercmbio principal a DXF e, at certo ponto, o DWG.

    No entanto, o BIM requer um formato de intercmbio que tambm pode transferir os

    atributos e outros parmetros do modelo digital 3D. Atualmente, os principais formatos

    de troca de dados BIM so IFC e XML. A interoperabilidade tambm conseguida

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    atravs da API (Interface de Programao), ento ligaes diretas incorporados em

    aplicaes. [29]

    A interoperabilidade um dos pontos mais importantes a considerar ao avaliar um

    software BIM antes da compra.

    Formatos de interoperabilidade:

    OpenBIM buildingSMART

    IFC

    Formato BCF

    SDNF

    CIS/2

    IFD Format

    IDM Format

    Cobie Format

    Uniclass e OmniClass

    Formato CityGML

    GbXML

    LandXML

    Formato PDF e 3DPDF

    Programao e plugins

    Figura 5 Formatos de Interoperabilidade

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    21

    Apesar da existncia de diversos tipos de formatos de interoperabilidade podemos

    separ-los em dois grupos. Os formatos claramente BIM, tais como: (.SDNF, CIS/2,

    IFC, IFD, IDM, BCF, Cobie format).

    E os que no so em rigor formatos BIM, podem ser enquadrados em fluxos de trabalho

    BIM tais com: (Uniclass e Omniclass, CityGML, GbXML, Formato PDF e 3DPDF).

    Assim no sendo formatos exclusivamente BIM so utilizados em fluxos de trabalho no

    contexto BIM, pelo que importante conhece-los tambm.

    2.5.1 BuildingSMART e OpenBIM

    BuildingSMART compatvel com o IFC e BIM. Criado em 1994 sob o nome de

    Aliana da Indstria Interoperabilty (alterado em 1997 para Aliana Internacional para a

    Interoperabilidade), a organizao foi o de fornecer indstria da construo os

    benefcios da interoperabilidade entre software e objetos inteligente. Ele foi renomeado

    em 2005 buildingSMART. [11]

    Atualmente buildingSMART cria e promove a adoo de padres tais como:

    internationnaux OpenBIM IFC, IFD, IDM e BCF. [11]

    2.5.2 Formato IFC - Industry Foundation Classes

    IFC, Industry Foundation Classes, um formato que foi desenvolvido por

    buildingSMART. um formato orientado a objetos que facilita a troca de dados entre o

    software BIM. Ele foi projetado para todos os tipos de dados e isso durante o tempo devida de um edifcio, a partir de estudos preliminares para a demolio, atravs do

    design, planeamento, construo e utilizao. [12]

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    Figura 6 IFC viso geral por especialidades e softwares

    Esta aventura teve incio nos Estados Unidos, em 1995. Est a ser considerada por uma

    dzia de empresas do setor de construo para melhorar a comunicao entre o

    software. Vrios anos sero necessrios para definir uma forma de facilitar o comrcio

    entre as aplicaes utilizadas pelos profissionais da construo (arquitetos, escritrios

    de design, clientes, empresa...). Ser uma linguagem comum: o IFC. [13]

    O IFC , provavelmente, o OpenBIM mais conhecido e mais utilizado. No entanto, eles

    esto ainda em desenvolvimento, mas a complexidade dos dados que podem ser

    trocados aumenta a cada nova verso. A IFC pode representar objetos de geometria e a

    relao com outros objetos, propriedades, meta dos dados necessrios para gerir as

    informaes e as informaes no-grficas. [12]

    Atualmente IFC o nico suficientemente desenvolvido para abrir formatos BIM. Este

    formato tornou-se o padro mundial e agora um padro ISO (16739: 2013). As

    principais aplicaes BIM so capazes de importar e exportar o IFC. [12]

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    Como se pode constatar atravs da sua definio, o modelo BIM poder ser uma

    ferramenta que ir impulsionar a indstria da construo civil no que toca integrao,

    interoperabilidade e colaborao [4].

    Figura 7 Interoperabilidade IFC

    Os aperfeioamentos baseiam-se no aumento da variedade de informao comportada e

    na otimizao das vrias funcionalidades j suportadas pelo formato. Como exemplo, na

    verso IFC 2x2 possvel transferir modelos estruturais e aps sucessivas e regulares

    atualizaes encontra-se hoje na verso 2x4 lanada no princpio do ano 2012, que

    permite transferir a armadura modelada em elementos estruturais, atravs do IFC. [5].

    Figura 8 Evoluo do IFC

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    O BuildingSMART responsvel pela criao e manuteno desta lista. No entanto,

    devido instabilidade do desenvolvimento de software e progresso da indstria AEC,

    possvel que, por vezes, alguma da informao seja ultrapassada.

    Figura 9 Interao 3D IFC BIM

    Para beneficiar das contribuies desta tecnologia, necessrio aprovar a importao de

    software e ferramentas de certificao e exportao de IFC e acompanhar a evoluo

    das revises IFC. [5]

    2.5.3

    Formato BCF - BIM Collaboration FormatO formato BCF foi introduzido na sequncia de uma ideia de mensagens de

    comunicao separado Tekla e Solibri, que descrevem problemas descobertos no

    modelo digital do prprio modelo. [32].

    Na verdade antes do formato BCF, os usurios que queriam discutir os problemas de

    intercmbio de dados, detetando conflitos ou pedidos de alteraes no modelo,

    enviavam o modelo completo. O recetor do modelo comparava com a verso anterior a

    fim de verificar efetivamente todas as alteraes. [32].

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    Figura 10 BCF BIM Collaboration Format

    O formato BCF permite tambm anexar mais comentrios, uma pequena parte do

    modelo BIM e pontos de vista. BuildingSMART agora cuida de formato BCF. [32]

    2.5.4

    Formato IFD - International Framework for Dictionnaries

    O IFD (International Framework for Dictionnaries) uma espcie de lngua comum

    para os aplicativos que incluem textos com propriedades trocadas.

    Enquanto o IFC define um padro de troca de informaes, principalmente geomtrica

    entre software, eles no definem todas as propriedades que so texto. Tomemos por

    exemplo a ocupao de um, (componente IfcSpace), e que uma parte ser definida pelo

    arquiteto como "cozinha". Um engenheiro de estruturas, ao receber o modelo do

    arquiteto, deve saber o uso da pea a fim de calcular a sua estrutura. O seu software de

    clculo provavelmente no inclui "cozinha" muito menos se o idioma no for o mesmo.

    [14]

    Os DFIs esto a trabalhar com a IFC para que todos os conceitos e caractersticas sejam

    entendidos em todas as lnguas. [14]

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    2.5.5 Formato IDM - Information Delivery Manuals

    O IDM (Information Delivery Manuals) fornece uma referncia comum no processo de

    troca de dados BIM. Para colher os benefcios do intercmbio de dados do BIM, a

    informao deve estar disponvel para todos no momento e formato adequados. Os IDCso geralmente representados por um processo de mapeamento. [14]

    2.5.6 Formato COBie

    O Cobie um formato de troca com base nas definies da IFC que incide sobre a

    transmisso de informao predominantemente no-grficos do edifcio. Ele contm

    todas as informaes necessrias a usar na manuteno da estrutura. Cobie, que pode ser

    comparado a uma folha de Excel gigante, pode ser trocada entre o XML e outros

    formatos de Excel. [14]

    Em primeiro lugar muitos tm demonstrado alguma renitncia na escolha deste formato

    de troca de BIM Nvel 2, na medida em que questionam o porqu de se ter tanto

    trabalho num modelo 3D, que contm informaes estruturadas, para converter naquilo

    que parece afinal nada mais do que uma tabela do Excel? Alm disso, o Cobie notransmite os dados no geomtricos da mesma maneira que o IFC. bom lembrar, no

    entanto, que 80% dos dados de um modelo so no geomtricos. [14]

    Um projeto de dimenso modesta ir conter cerca de 600.000 linhas. Um projeto mais

    complexo, como um hospital, pode facilmente conter mais de um milho de linhas, bem

    acima dos limites do Excel. Atualmente a ocorrncia de 1% de erros durante a

    converso do formato Cobie considerado normal. [14]

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    Figura 11 Aparncia de um arquivo Cobie (aecmag.com, imagem)

    Os fornecedores de software esto a trabalhar no sentido de desenvolver plugins de

    importao / exportao Cobie que funcionem de forma satisfatria para o mercado do

    Reino Unido. O Cobie e o IFC so totalmente dependentes deste sucesso se quisermos

    garantir a fiabilidade destes formatos nos intercmbios.[14]

    2.5.7 Formato SDNF (Steel Detailing Neutral Format)

    O formato SDNF Verso 3.0 um formato padro para a troca de elementos de ao

    (perfis, chapas, etc.). O SDNF oferece um mtodo neutro no sistema para a importao

    e exportao de dados do modelo estrutural. Este processo bidirecional permite a

    importao e exportao de arquivos SDNF de modelos estruturais. [31]

    2.5.8 Formato CIS/2 (CIMSteel Integration Standards)

    um formato de arquivo de intercmbio eletrnico de dados para informaes do

    projeto de ao estrutural. CIS/2 facilita a troca de dados atravs de programas

    aparentemente autnomos, como a anlise estrutural, sistemas de CAD e detalhe,

    permitindo-lhes comunicar uns com os outros. Ao fornecer um formato de dados neutro,

    CIS/2 permite a troca de dados entre uma variedade de tipos de programa, contanto que

    estes programas tm tradutores escritos para interpretar os dados CIS/2 neutros em

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    formato nativo dos programas. CIS/2 recomendada pela AISC como o formato para

    troca de dados entre softwares CAD relacionados com estruturas metlicas. [10]

    2.5.9 Uniclass e Omniclass

    Sistemas de classificao OminClass e Uniclass so utilizados na indstria da

    construo. OmniClass usado nos EUA e Uniclass utilizado no Reino Unido. Estes

    dois sistemas de classificao so baseados na norma ISO 12006-2. BIM que usa

    informaes estruturadas e precisas de sistema de classificao para facilitar o

    intercmbio de dados. [14]

    O Reino Unido lanou recentemente o novo sistema Uniclass chamado Uniclass2 para

    melhor responder ao impulso de BIM. Isso apesar do facto de muitos terem sido

    incitados a aderir ao sistema americano. [14]

    Uniclass2 pode preencher automaticamente certas categorias de formato Cobie-UK-

    2012, a verso britnica do Cobie. [14]

    2.5.10 Formato CityGML - City Geography Markup Language

    O formato CityGML (City Geography Markup Language) um formato de

    representao, armazenamento e intercmbio de modelos 3D de cidades e paisagens

    com base em XML. Ele define os principais objetos topogrficos em cidades de acordo

    com sua aparncia e geometria e topologia.

    O tamanho CityGML vai alm de grficos simples e visualizao 3D de informaes.

    possvel usar modelos virtuais 3D para anlise e simulaes para a gesto complexa,

    para minerao de dados, gesto de desastres, a demanda de energia , etc. [34]

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    Figura 12 CityGML

    Muitos softwares AEC incluem agora este formato que usado para insero de

    informao geogrfica em BIM. O formato CityGML um formato padro aberto e

    pode ser usado gratuitamente. [14]

    2.5.11 Formato gbXML - Green Building XML

    O gbXML ou Green Building XML utilizado para facilitar a transferncia das

    propriedades de um edifcio armazenadas num modelo 3D BIM para as aplicaes de

    clculos de energia.

    O formato agora suportado pelos principais fornecedores de BIM e anlise de energia

    software e, portanto, tornou-se o padro da indstria. [33]

    Figura 13 gbXML

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    Graas a gbXML, possvel transferir dados entre aplicaes, para evitar a transferncia

    manual de dados, bem como riscos de erro. [14]

    2.5.12 Formato LandXML

    O LandXML um formato de troca de dados ASCII baseado, como o prprio nome

    indica, o XML. Ele usado na engenharia civil e geotcnica para transmitir dados,

    como redes rodovirias, rea de terra, etc. [35]

    A maioria dos softwares de infra-estrutura suporta a importao / exportao deste

    formato. [35]

    2.5.13 Formato PDFe 3DPDF

    BIM oferece novas possibilidades. A capacidade de projetar e compartilhar dados em

    3D entre as diferentes partes interessadas no projeto oferecem uma srie de vantagens.No entanto, enquanto as ferramentas de coordenao e deteo de conflitos

    generalizam, a comunicao entre todas as partes interessadas, muitas vezes

    descentralizadas, continua a ser um desafio. [14]

    Na verdade, com o BIM, as decises tomadas por todos os intervenientes so

    necessrias que aconteam rapidamente e numa fase inicial do projeto, mas nem todos

    tm as ferramentas necessrias para a modelagem e visualizao. Todos os membros

    das equipas de projeto e os clientes devem sempre ter acesso aos documentos

    primordiais. O acompanhamento e atualizao destes documentos so essenciais. [14]

    Ento como garantir que todos os parceiros tenham acesso a todas as informaes,

    mesmo no possuindo um software BIM? Uma soluo pode ser a de utilizar um

    formato mais comum e usado por todos e por um longo perodo de tempo, o PDF. [14]

    O PDF 2D pode ser usado para transmitir, para colaborar e extrair partes do desenho

    digital em todas as fases da vida de uma estrutura. [14]

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    O PDF 3D permite compartilhar com o BIM aqueles que no tm nenhuma soluo

    vista. Com o software PDF 3D atual pode-se cortar o modelo, adicionar comentrios e

    at copiar e colar algumas partes para outro arquivo PDF. [14]

    Bluebeam Revu, como uma soluo, permite aos participantes compartilhar e colaborar

    em tempo real, remotamente, em PDF e arquivos PDF 3D. [14]

    Figura 14 Interoperabilidade com PDF 2D e 3D

    2.5.14 Programao e Plugins

    A interoperabilidade por vezes feita atravs de programao. Cada vez mais empresas

    enfrentam os seus problemas de interoperabilidade entre diferentes softwares que a

    utilizam ao agendar rotinas mais ou menos complexas para obter o seu caminho. COM

    (Component Object Model) API (Application Programming Interface) SDK (Software

    Development Kit) usado para preencher as lacunas atuais em troca de dados. [14]

    Estas abordagens so particularmente adequados para grandes quantidades de dados ou

    quando um grande nmero de interaes fornecida e os resultados devem ser trocados

    entre aplicaes que no so compatveis. No incomum para as empresas trabalharem

    com 5-10 softwares diferentes num projeto. [14]

    A programao visual Dynamo para Revit e Rhino / Grasshopper parece ter cada vez

    mais adeptos e o seu desenvolvimento bastante estvel, principalmente pelos usurios

    Dynamo e Open Source. [14]

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    Alguns editores tambm oferecem ligaes diretas entre aplicaes como plugins para

    instalar num dos aplicativos. Esses plugins so usados para converter os dados no

    apenas uma vez, em oposio ao uso de formatos de troca, de tal forma que os IFCS

    requerem duas converses, uma entre um aplicativo e exportar o IFC, outra entre a IFC

    e as questes de execuo. [14]

    2.6 LOD (Level of development) Nveis de Desenvolvimento

    O LOD um acrnimo Level of developpment. Este um nvel de detalhe para definir

    os objetos e as informaes anexas, necessrios modelao e BIM colaborativo

    durante as fases de projeto.

    Existem vrios nveis: 100 - 200 - 300 - 350 - 400 - 500

    Figura 15 LOD's

    O nvel de detalhe do modelo depende da fase do projeto em que voc est localizado.

    Internacionalmente diferentes nveis de detalhes (LOD - Ingls chamado nvel de

    detalhe) foram aprovados [16]:

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    LOD 100: Os elementos do modelo podem ser representados por um smbolo ou

    genericamente, sem qualquer informao anexada. As informaes contidas nos itens

    podem vir de outros elementos. Pode ser comparada com a fase de esboo. (Programa

    Preliminar, Conceptual)

    LOD 200: O elemento do modelo graficamente representado no modelo como um

    sistema genrico, objeto ou montagem com quantidades aproximadas, tamanho, forma,

    localizao e orientao. Informaes no grficas tambm podem ser conectadas ao

    elemento de modelo. (Geometria aproximada)

    LOD 300: O elemento do modelo graficamente representado no modelo como um

    sistema especfico, objeto ou o conjunto em termos de quantidade, tamanho, forma,

    localizao e orientao. Informaes no-grficas tambm podem ser conectadas ao

    elemento de modelo. J pode ser utilizado para anlise. (Geometria precisa)

    Figura 16 LOD 300

    LOD 350: O elemento do modelo graficamente representado no modelo como um

    sistema especfico, objeto ou montagem em termos de quantidade, tamanho, forma,

    orientao e interfaces com outros sistemas construtivos. Informaes no-grficas

    tambm podem ser conectadas ao elemento de modelo.

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    Figura 17 LOD 350

    LOD 400: O elemento do modelo graficamente representado no modelo como um

    sistema especfico, objeto ou o conjunto em termos de tamanho, forma, localizao,

    quantidade e orientao com detalhe, fabricao, montagem, instalao e informao.

    Informaes no-grficas tambm podem ser conectadas ao elemento de modelo. Pode

    ser comparado com a fase de execuo. (Fabricao)

    Figura 18 LOD 400

    LOD 500: O prottipo alcana um nvel de representao realista. Este nvel deve ativar

    a atualizao do modelo digital para ser coerente com o que foi alcanado. (Telas finais)

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    O elemento do modelo uma representao de campo verificada em termos de

    tamanho, forma, localizao, quantidade e orientao. Informaes no-grficas

    tambm podem ser ligadas a elementos do modelo.

    As necessidades que esto estabelecidas relativamente aos LOD das diferentes

    disciplinas de projeto pretendem estabelecer um ponto de partida seguro.

    compreensvel que para um programa preliminar o LOD exigido seja baixo uma vez que

    ainda no existem certezas claras. Contudo, para que o planeamento possa ser

    desenvolvido com base construo, isto , modelo para projeto de execuo,

    imprescindvel uma modelao de nvel mdio/alto de desenvolvimento. [16]

    O seguinte quadro expe uma relao em que se tem em conta a etapa de projeto e o

    LOD correspondente.

    Figura 19 Representao grfica dos nveis de LOD

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    3

    Modelo caso de estudo

    3.1

    Introduo

    O caso de estudo da presente dissertao incide sobre a modelao numa ferramenta

    BIM da estrutura metlica de uma nave industrial de grandes dimenses. Neste captulo

    aborda-se o estudo aos programas de modelao BIM selecionados, Advance Steel 2016

    (AS 2016) e Robot Structural Analysis 2016 (RSA 2016). Aps a anlise da

    interoperabilidade dos mesmos ir ser criado um conjunto de recomendaes.

    Figura 20 Fluxo de trabalho AS 2016 vs RSA 2016

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    O objetivo, ao longo deste captulo, centra-se na anlise e na capacidade de troca de

    informao entre as especialidades, evidenciando o estudo da aplicao do BIM no

    projeto de estruturas metlicas, com a enumerao e descrio de algumas capacidades

    destes softwares para a realizao da interoperabilidade do um respetivo projeto.

    Neste trabalho, os objetivos no incluram a comparao das capacidades e

    caractersticas do Advance Steel e o Robot Structural Analysis com outras plataformas

    BIM existentes no mercado tais como: Inventor, Etabs, Sap2000, CypeCAd entre

    outros. Neste captulo, evidencia-se uma elevada parte das capacidades e limitaes

    para as aplicaes informticas escolhidas e tambm comuns a outras aplicaes BIM.

    Com este caso de estudo pretende-se avaliar a interoperabilidade entre um software de

    modelao de estruturas metlicas no mbito da preparao de obra com um software de

    anlise de elementos finitos e vice-versa. Desta forma, procura-se entender as

    incompatibilidades existentes entre dois softwares de tecnologia BIM, assim como

    clarificar a aplicao imediata de um workflow baseado em BIM ao projeto dirio de

    uma estrutura metlica no mbito de uma indstria de metalomecnica.

    Sendo uma estrutura utilizada diariamente na indstria da metalomecnica (Nave

    Industrial), existe no mercado um grande nmero de conceitos de Naves Industriais dasmais diversificadas, no entanto, optou-se por dar incio com um exemplo convencional.

    Assim sendo, decidiu-se no escolher uma estrutura demasiado simples cujos testes

    poderiam ocorrer de uma forma mais adequada, transmitindo assim a ideia errada.

    Possivelmente iramos ter concluses mais favorveis quando comparadas com as

    obtidas no presente trabalho mas que na prtica iriam perder significado por ser

    basicamente uma estrutura terica.

    Importa referir que a modelao utilizada no mbito deste trabalho teve por base o

    projeto de execuo fornecido pela empresa Lopes & Gomes como modelo de teste na

    interao BIM, modelo realizado no software Advance Steel, partindo assim deste para

    a iniciao da interoperabilidade entre softwares BIM.

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    3.2 Estudo do modelo no Advance Steel

    De forma a possibilitar a utilizao destes softwares de diferentes especialidades, o

    Modelo foi desenvolvido em primeiro lugar no Advance Steel e transferido, atravs de

    formato SDNF, para o Robot Structure Analysis.

    No software Advance Steel foi realizado o detalhe do Modelo que se considerou

    adequado com vista realizao dos ensaios no software da Robot Structure Analysis.

    De forma resumida apresentam-se seguidamente as partes constituintes do modelo.

    Figura 21 AS 2016 Vista geral do modelo

    Relativamente aos componentes integrados no Modelo, o nvel de detalhe desenvolvido

    varia entre o LOD 300 e o LOD 400. Neste Modelo foram introduzidos diversos tipos

    de acessrios de ligao, ligaes simples assim como aplicao de macros

    paramtricas.

    Figura 22 AS2016 Vista dos prticos e travamentos

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    Enumerao do nvel de detalhe visvel na figura do modelo acima: perfis, chapas,

    cutelos de reforo.

    Figura 23 AS 2016 Vista das ligaes

    Na seguinte figura podemos visualizar um nvel de detalhe mais minucioso contendo os

    seguintes elementos de ligao: parafusos, porcas e anilhas.

    3.3 Advance Steel / Robot Analysis (LOD 400)

    Aps a verificao do modelo completo, e com um nvel de detalhe e informao

    avanado para a produo ou em linguagem BIM com um nvel de LOD 400, foi

    realizado um primeiro ensaio de interoperabilidade entre softwares AS 2016 e RSA

    2016.

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    Importa lembrar as extenses passveis de serem utilizadas na exportao de elementos

    BIM no Advance Steel 2016, os formatos de exportao so os seguintes:

    DWG; STD; DXF; IFC. 2x3; CIS/2; SDNF; GTC; PSS; KISS; DSTV;

    Apesar do vasto nmero de extenses disponveis no Advance Steel 2016 para a

    interao com outros softwares, existe a necessidade de verificar as extenses que so

    aceites para o software em estudo que no nosso caso o Robot Structure Analysis, que

    permite importar um conjunto de extenses tais como:

    RTD; STR; DO4; STD; STP (DSTV) (CIS/2); DXF; DWG; IGS; S (SSDNF) for

    version 1, 2 e 3; S2K; SAP 2000; ANF; SAT; SAT; NEU; RDX; IFC (versions 2.x, 2.x2

    only).

    Importa referir que alguns destes formatos no so propriamente BIM mas sim formatos

    que possibilitam a passagem de informao bastante mais reduzida, assim como a

    existncia de formatos mais especficos para equipamentos de controlo de Comando

    Numrico Computorizado.

    No primeiro ensaio de interoperabilidade utilizou-se o formato IFC sendo um dos mais

    sonantes no conceito BIM. Aps algumas tentativas verificou-se que a

    interoperabilidade entre o AS 2016 e o RSA 2016 na linguagem IFC de insucesso,

    pelo facto dos tipos de linguagem IFC no serem recprocos. Como podemos verificar a

    seguir no AS 2016 a linguagem IFC 2x3 e no RSA 2016 IFC 2x2. Conclui-se

    assim que no existe interoperabilidade possvel de ser realizada na linguagem IFC.

    Na segunda tentativa de interoperabilidade recorreu-se ao formato STP mais conhecido

    como CIS/2. Aps alguns ensaios verificou-se que a interoperabilidade entre o AS 2016

    e o RSA 2016 na linguagem STP de insucesso. Neste caso, no foi possvel obter

    qualquer tipo de informao.

    No terceiro ensaio de interoperabilidade utilizou-se o formato STD. Aps a verificao

    da interoperabilidade entre AS 2016 e RSA 2016 foram questionados os materiais

    correspondentes importados no RSA 2016. No entanto, aps a seleo dos mesmos na

    biblioteca do RSA, certos materiais foram reconhecidos, outros no. Obteve-se assim

    um nvel de interoperabilidade bastante diminuto em comparao com o Modelo inicial.

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    No quarto ensaio de interoperabilidade usou-se o formato SDNF onde por fim se

    verificou a interao entre ambos os softwares, obtendo-se assim uma viso geral do

    modelo a analisar no RSA. Podemos dizer que se realizou a importao com algum

    rigor conforme podemos verificar na imagem abaixo.

    Figura 24 RSA 2016 Vista geral do Modelo Importado.

    No entanto, podemos visualizar a quantidade de informao desperdiada nainteroperabilidade entre softwares, tais como: macros, perfis, chapas, cutelos de reforo,

    parafusos, porcas e anilhas etc. Contudo, os elementos de perfis principais (prticos)

    encontram-se visualmente posicionados nos respetivos lugares, assim como, com os

    devidos perfis criados inicialmente no Advance Steel.

    Para se analisar o Modelo com maior detalhe no decorrer dos testes foi diminudo o

    nmero de LODs existentes no Modelo inicial e em todas as linguagem passveis de

    interagirem com o RSA 2016, reduzindo-se a quantidade de informao de um nmero

    de LOD 400 para um nmero de LOD 300, suprimindo-se assim, nesta fase, todas as

    macros paramtricas existentes no Modelo, desde ligaes aparafusadas e perfis de

    classe 4 existentes no mesmo, at chegarmos ao nmero de definio LOD 200

    contendo somente perfis.

    Desta forma, verificou-se o nvel de informao possvel de ser interagido entre os

    softwares, tendo em conta o tipo de extenso (linguagem) e o grau de definio doModelo.

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    3.4 Advance Steel / Robot Analysis (LOD 300)

    O primeiro aspeto neste novo nvel de definio LOD a falta integral de todos os

    elementos realizados atravs de macros paramtricas, ligaes aparafusadas, assim

    como a remoo dos perfis de revestimento da Nave. No entanto, acrescentaram-senovos elementos do Advance Steel por forma a verificar a interoperabilidade dos

    mesmos, tais como: aplicao de lajes e escadas metlicas.

    Figura 25 Advance Steel 2016 Viso geral do Modelo em LOD 300

    Nas figuras seguintes pode-se verificar o nvel de detalhe existente neste novo teste deinteroperabilidade, contendo um certo grau de definio, onde se verificam somente

    elementos de viga e de chapa.

    Figura 26 Advance Steel Viso parcial dos elementos

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    Figura 27 Advance Steel 2016 Elementos de ligao

    Depois da exportao do Modelo para o RSA 2016 na extenso SDNF podemos

    constatar que, apesar da diminuio do nvel de informao, existem diversos elementos

    em falta quando comparados com o modelo importado do Advance Steel 2016, tais

    como: chapas, perfis tubulares e certos perfis que apresentam uma dimenso final

    incompleta, alm de outros elementos em falta que iremos ver de seguida.

    Figura 28 RSA 2016 Viso geral do modelo LOD 300

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    Aps a anlise mais detalhada do modelo, podemos verificar as modificaes existentes

    ao nvel da cartela do prtico que passou a conter um elemento de viga reto e deslocado

    em relao ao seu ponto de origem.

    Figura 29 Viso parcial dos elementos

    A cada ampliao do detalhe vamos verificando outras incompatibilidades existentes na

    importao, tal como o pilar de suporte das asnas que se encontra rodado 90 em relao

    ao modelo inicial.

    Figura 30 RSA 2016 Elementos de ligao

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    Aps a interoperabilidade entre softwares com um grau de detalhe LOD 300 pouco

    satisfatrio, foi realizada uma reduo do nmero de LOD para 200, mantendo-se assim

    o mesmo grau de insatisfao para prosseguir com este mtodo para uma anlise no

    RSA 2016. Desta forma, foi necessrio alterar o procedimento utilizado na

    interoperabilidade entre softwares para que esta se torne satisfatria.

    3.5

    Modelao do modelo em CAD

    Atualmente realizou-se um teste de interoperabilidade no qual, a partir de um modelo

    com um nvel de detalhe elevado, se tentou interagir com outro software, por forma a

    verificar o nvel mximo de informao passvel de ser transferido com sucesso. Dado o

    grau pouco satisfatrio dos ensaios anteriores, iremos iniciar o Modelo atravs de uma

    modelao CAD e com um nvel de LOD 100, de forma a poder-se verificar, de uma

    forma exponencial, a quantidade de informao possvel de se importar com preciso.

    Figura 31 Fluxo de trabalho Autocad, AS 2016, RSA 2016

    Deste modo iniciou-se o Modelo em Cad 3D a partir de elementos de linha que no

    contm qualquer tipo de informao ou inteligncia associada. Os elementos de linha

    correspondem s linhas de eixo, posicionadas exatamente nos mesmos locais no Modelo

    inicial.

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    Desenho do modelo 3D em CAD:

    Figura 32 AutoCad 2016 Linhas de eixo

    3.6 Interoperabilidade do modelo em CAD com o AS2016

    Aps a concluso do Modelo em CAD foi importado em formato DWG para o AS

    2016. Verificou-se que apresentava a devida informao realizada no software CAD,

    contendo as mesmas distncias e posicionamentos definidos. Desta forma, procedeu-se

    definio de cada elemento de linha correspondente a um determinado tipo de perfil

    paramtrico, obtendo-se assim, um acrscimo substancial de informao no modelo

    possibilitando assim a passagem de um nvel de LOD 100 para LOD 300.

    Figura 33 Advance Steel 2016 Somente perfis

    3.6.1 Interoperabilidade do modelo em AS 2016 com o RSA 2016

    Aps a importao do Modelo do AS 2016 para o RSA 2016 atravs da extenso

    SDNF, possvel verificar que todos os elementos importados se encontram visveis,

    assim como contendo os mesmos tipos de perfis inicialmente definidos.

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    Figura 34 Modelo Robot

    Todavia, aps a ampliao do modelo, podemos verificar que os pilares dos prticos se

    encontram rodados 90 em relao ao estilo inicialmente aplicado, algo que j se tinha

    verificado no primeiro ensaio realizado (ver ponto 3.3). Mais adiante iremos tentar

    perceber como resolver este tipo de situao, quanto modelao dos pilares nos

    prticos no Advance Steel.

    Outro dos aspetos que podemos verificar no RSA 2016 surge aquando da aplicao de

    cartelas no modelo, constatando-se a existncia de incompatibilidade ou

    impossibilidade da criao das cartelas no RSA de um modelo importado no formatoSDNF. Como podemos verificar na figura 36, a cartela toma uma geometria em forma

    de caixas. Mais frente iremos ver como resolver este tipo de situao na modelao

    das cartelas no RSA 2016.

    Figura 35 Pormenor Robot Structure Analysis

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    Foram realizados uma srie de ensaios no AS 2016 por forma a verificar-se o porqu da

    rotao dos pilares no ato da importao.

    Para simplificar o estudo da rotao a 90 do pilar foi realizado um Modelo menos

    complexo, visto que, neste momento, o importante seria descobrir este pequeno detalhe

    na importao de elementos.

    Uma das principais atenes neste estudo foi a orientao do eixo de coordenadas

    global do Modelo e local do elemento.

    Como podemos verificar na figura 37, no Modelo realizado inicialmente o nosso e