dizCURSO #14

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O novo Director do DEQ Concurso de Natal

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Edição do dizCURSO que saiu para as bancas do DEQ em Dezembro de 2011!

Transcript of dizCURSO #14

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O novo Director do DEQ

Concurso de Natal

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Caros colegas,

O mês de Setembro de 2008 marcou-me por ter iniciado a

vida de estudante no Departamento de Engenharia Química

(DEQ). Nessa altura, alguns estudantes que já lá estudavam,

querendo receber-me da melhor maneira, disseram-me que,

se assim desejasse, o Departamento poderia ser a minha se-

gunda casa. Apesar de as palavras serem reconfortantes, não

entendi o seu verdadeiro significado. Foi com alegria e surpre-

sa que apreendi esta realidade, vendo, ao longo de mais de

três anos que passaram, a comunidade do DEQ a movimentar

-se para fortalecer a família que nele habita.

No mês de Dezembro, com as festividades que lhe são carac-

terísticas, estes esforços de união intensificam-se. Por um

lado, vai-se ouvindo a palavra mágica “Natal” pelos corredo-

res do DEQ, sempre acompanhada de músicas ou sorrisos.

Por outro, assiste-se à cooperação entre a Direcção do DEQ

e o Núcleo de Estudantes do Departamento de Engenharia

Química (NEDEQ/AAC) para que mais um Jantar de Natal se

realize no dia 15 de Dezembro. O dizCURSO não podia faltar

a esta festa, trazendo a terceira edição do ano lectivo para as

bancas do DEQ agora em Dezembro.

Este jornal de Natal pretende presentear os estudantes de

Engenharia Química com mais um pouco de informação acer-

ca do que se passa no DEQ e fora dele. Começamos por

, com as palavras do novo Presidente

do Departamento, carregadas de sabedoria e experiência.

Depois, fazemos mais uma Viagem às Profundezas do DEQ,

no primeiro capítulo de uma rubrica que promete continuar a

desvendar um importante piso do nosso edifício pouco fre-

quentado pelos alunos. A mostra-nos mais uma das

suas Secções Desportivas e a mais uma Inovação a

ela associada que, certamente, ajudará a comunidade científica

no combate ao cancro. Em resposta à pergunta , o

dizCURSO apresenta hipóteses de complementar a formação:

tomando contacto com a indústria SBM Offshore ou juntan-

do ciência e religião numa perfeita simbiose.

Resta-me desejar que este ano o Pai Natal presenteie toda a

comunidade do DEQ com forças para continuar na luta pela

formação científica, tecnológica e pessoal de excelência!

Saudações Académicas,

Mafalda Cardoso

(Coordenadora do dizCURSO)

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O novo Director do DEQ

,

O Mundo sofre hoje em dia uma mudança vertiginosa a todos os níveis e, frequentemente, o cérebro humano não tem tempo nem ca-

pacidade para compreender e adaptar-se a transformações explosivas que põem em causa tudo, ou quase tudo, o que nos foi transmiti-

do como adquirido e imutável. Na verdade, a evolução das espécies, com a selecção positiva das mais capazes de adaptação aos novos ambientes, ocorreu paulatinamente, dando tempo ao tempo, ao contrário das actuais mudanças a ritmo exponencial, que se tornam

doenças auto-imunes por incapacidade do Homem se adaptar tão depressa a tão profundas modificações de paradigmas, seja a nível de

organização social, seja a nível de organização económica. As consequências deste problema são bem visíveis, levando a que as conquis-

tas tecnológicas não se tenham traduzido, como seria desejável, na melhoria do grau de felicidade dos mais desenvolvidos, nem na quali-

dade de vida da grande maioria da população mundial, vergonhosamente ainda abaixo do limiar mínimo da dignidade.

Tempos difíceis, de desânimo, de hibernação … pensarão uns! Tempos de esperança, de desafios, de sonhos … pensarão outros! Onde

há dificuldades … há oportunidades! Diz o provérbio que “a necessidade aguça o engenho”. A História de Portugal tem confirmações

desta realidade ao mais alto nível que se possa imaginar; basta pensar que 30 anos depois dos Portugueses terem saído da crise de 1383-1385, que só por milagre não aniquilou o nosso País, estávamos a iniciar a epopeia dos descobrimentos, mostrando ao Mundo que o

futuro passava pela globalização à escala planetária. Se relativizarmos os nossos problemas enquanto Nação, quer no tempo quer no

espaço, rapidamente concluímos que eles só têm o tamanho que lhe quisermos dar e, provavelmente, só duram enquanto lhes dermos

autorização para perdurarem. Em jeito de analogia podemos dizer que a Sociedade actual se divide em dois grandes grupos: os que cho-

ram e se lamentam, e os que vendem lenços para os que choram! É preferível fazer parte dos segundos … não só porque se cumpre

uma missão social, mas também, e porque não, porque se pode aproveitar a ocasião para iniciar um negócio!

O novo Director do DEQ, recém-eleito, saúda todos os estudantes que frequentam o Departamento de Engenharia Química da U.C.,

reconhecendo que sois vós a primeira grande razão de ser da nossa existência enquanto departamento universitário. Aceitar este cargo na conjuntura actual, e com o grau de incerteza do momento, é uma decisão que oscila entre o desafio e a loucura. No entanto, coloco-

me do vosso lado e ao vosso lado para, em conjunto, ganharmos ânimo, confiança e coragem para resistirmos às intempéries, para defi-

nirmos um rumo de progresso pessoal e nacional, e para encetarmos desde já a rota nesse sentido.

O primeiro apelo que vos dirijo é para a vossa auto-ajuda. Sejam bons para vós próprios! Em todas as condições e circunstâncias da

vossa vida sigam sempre os princípios do rigor, da competência, do trabalho, da honestidade, do empenho e da dedicação; se assim o

fizerem terão, com certeza, garantido o sucesso e a felicidade, esta última como um estado de espírito que deve ser inerente e associa-

do à alegria de viver. Aproveitem os anos do curso também para se divertirem, para conviver, para tirar lições das experiências da vida.

No entanto, e por muito importantes que sejam (e na verdade são mesmo!) as “soft skills”, não se esqueçam da necessária e indispensá-vel solidez das “hard skills” relativas ao curso que estão a frequentar. A concorrência é hoje à escala mundial e é muito feroz! A selec-

ção dos graduados será natural e muito rápida (tendo como comparação o período de uma vida!). Reparem que 1% de Chineses inteli-

gentes, inovadores, ricos ou famosos … representa muito mais que toda a população portuguesa! O mesmo pode ser dito para os India-

nos … e depois, noutra escala, para os Brasileiros, Russos, etc, etc. Organizem o vosso tempo para não faltarem aos vossos compromis-

sos e tirarem proveito do que é posto à vossa disposição. Quando se inscrevem numa Unidade Curricular fazem um contrato com o

professor, cujo balanço final só tem significado se não houver batota pelo meio, e se o resultado do jogo não estiver manchado por fal-

tas de comparência. A ausência aos treinos não prepara certamente o atleta para a maratona! Uma falha numa sessão presencial pode

ser insubstituível. Um período de contacto pessoal pode valer por uma palavra, por uma ideia, por uma história que foi contada. E isso pode ser simplesmente uma luz que se acende ou uma pedra basilar, determinante, quem sabe, de decisões importantes da vossa vida.

Sejam activos, participantes, presentes…e não tentem auto-enganar-se. A vossa boa preparação técnica e humana é o sonho do novo

Director do DEQ.

O segundo apelo que vos deixo passa pela incorporação do voluntariado no vosso quotidiano. Refiro-me, naturalmente, ao voluntariado

consciente e responsável, e não ao voluntarismo gratuito e ostensivo. Estamos numa época em que os recursos financeiros das institui-

ções estão abaixo do mínimo admissível, e daí não valer muito a pena pensar em projectos colectivos que envolvam custos elevados. No

entanto, nem tudo o que pode e deve ser feito em prol do benefício comum precisa, necessariamente, do aval da “Troika”, nossa agiota.

A época do Estado paternalista, do subsídio fácil, de pagar para não trabalhar ou produzir … é uma aberração do passado! Temos de ser imaginativos, inovadores, empreendedores na nossa capacidade de realização. O Mundo só muda para melhor e, consequentemente,

também a nossa vida, se nos dispusermos a participar activamente na mudança, arregaçando as mangas e metendo mãos à obra! Mesmo

que de início não venham benefícios económicos, outros certamente vêm mais depressa (como sejam benfeitorias para uso colectivo,

assim como a mudança da nossa forma de estar na sociedade) e, posteriormente, até mesmo os benefícios económicos começarão a

aparecer, pois que ganhar dinheiro não é incompatível com fazer o bem. O DEQ convida-vos, se assim o entenderem, para participarem

mais activamente na gestão do nosso Departamento e do nosso curso, contribuindo para uma melhor imagem que queremos transmitir,

quer ao exterior, quer a quem cá passa. Quando passamos algum tempo da nossa vida, de uma forma voluntária e altruísta, a contribuir

para manter as instalações limpas, a organizar eventos, a diligenciar para a redução do consumo de água e energia, a facilitar o funciona-mento dos serviços, a ser embaixadores do DEQ no exterior, … creiam que o DEQ entra mais fundo nas vossas vidas, é sentido e pre-

servado de outra forma, e terão mais orgulho em ostentar a imagem de marca que lhe está associada, também porque contribuíram

para o seu prestígio.

A todos os melhores votos de felizes festas de Natal e de um ano novo com capacidade imaginativa que não envergonhe os nossos ilus-

tres antepassados.

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Viagem às Profundezas do DEQ

Capítulo I

Foi na sala B17, no Departamento de

Engenharia Química (DEQ), que o

dizCURSO foi recebido pela investigado-

ra Andrea Bierhalz. Orientada pelo pro-

fessor Hermínio Sousa e pela professora

Mara Braga, o projecto de doutoramen-

t o d a A n d r e a i n t i t u l a - s e

«Desenvolvimento e caracterização de

filmes activos de alginato contendo nata-

micina e estudo do seu potencial para

aplicação em alimentos». Dos 4 anos de

duração que este projecto tem, apenas 6

meses são passados em Coimbra, a fim

de usar os equipamentos presentes no

DEQ, nomeadamente a tecnologia su-

percrítica. O restante tempo é desenvol-

vido na Universidade Estadual de Campi-

nas em São Paulo, Brasil.

sua aplicação directa. Como toda a ino-

vação traz barreiras, as principais dificul-

dades neste projecto são: conseguir

obter um filme biodegradável com as

qualidades de um filme de origem petro-

química e conseguir que haja uma liber-

tação controlada do conservante para o

produto, o que exige muitos testes.

Questionada sobre a aprendizagem obti-

da neste projecto, a Andrea admite que

ganhou muitos conhecimentos, principal-

mente sobre fenómenos de transferência

de massa e termodinâmica, que aplica

nos estudos de tecnologia supercrítica.

Quanto a realização pessoal, a mesma

diz: “Até ao momento sinto-me satisfeita

com o trabalho que desenvolvi, no en-

tanto, só me sentirei realizada quando o

trabalho estiver acabado e com resulta-

do positivo”.

Esta é uma amostra da investigação que

se faz no DEQ, caracterizada de interes-

se e qualidade. Na próxima edição, apre-

sentar-te-emos um outro projecto, tam-

bém ele muito interessante. Fica atento à

próxima edição. Bons estudos!

O principal objectivo do projecto é ob-

ter um filme biodegradável de alginato

(polímero natural extraído de algas) com

actividade antimicrobiana para aplicação

em embalagens de alimentos. Para isso, é

necessário obter um filme transparente

com propriedades mecânicas adequadas

e incorporar o antimicrobiano natamici-

na aos filmes sem prejudicar as suas ca-

racterísticas. Actualmente, o projecto

está na fase de estudo dos diferentes

métodos de incorporação do antimicro-

biano aos filmes. Um destes métodos é a

impregnação com fluidos supercríticos,

utilizada para substâncias com baixa solu-

bilidade em água, como é o caso da nata-

micina. O propósito final é usar este

filme em embalagens de queijos, pois a

natamicina é um antimicrobiano específi-

co para este alimento. Com isto, não

será necessário adicionar conservantes

ao alimento, pois o conservante vai estar

no filme e vai ser libertado de forma

controlada para a superfície do alimento,

através de fenómenos de transferência

de massa.

Existem já outros estudos sobre esta

temática, mas diferem nos materiais usa-

dos na constituição do filme. Esses estu-

dos, em que são usados materiais não-

biodegradáveis, baseiam-se, essencial-

mente, na obtenção do filme e não na

rubrica

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Conhecer….

… a Secção de Bilhar da AAC

Em 2008 foi criada a pro-secção de Bilhar.

Passado um ano, tinha já mostrado que

merecia ser uma Secção como as outras 25.

Esta recente Secção surgiu, como nos expli-

ca Ricardo Salgado, actual presidente da

Secção de Bilhar, pela vontade de um grupo

que já jogava bilhar federado no ISEC, de

representar a Associção Académica de

Coimbra (AAC). Quanto aos objectivos, diz

Ricardo Salgado: “O nosso grande objectivo

era dar espaço para que quem gosta de

jogar bilhar o pudesse fazer na sua casa, a

AAC, e, ao mesmo tempo, criar a possibili-

dade de haver bilhar no desporto universi-

tário”.

Ricardo Salgado relata que, apesar de a

Secção de Bilhar ser recente, este desporto

já era praticado na Academia nos anos oi-

tenta: “no edifício da AAC houve uma sala,

onde hoje está a Papelaria, que era a Sala dos Bilhares da AAC, onde se realizavam as

provas de formas perfeitamente amadoras e

oficiosas”. Anteriormente a este período, o

bilhar foi abandonado por se considerar um

desporto elitista, sendo recuperado nesta

época, quando se tornou um desporto do

povo.

Existem múltiplas variantes do bilhar prati-

cadas na Secção: o snooker e o pool nas

suas diversas modalidades. Outra variante, a

carambola, não é praticada, principalmente

pelo custo que as mesas de carambola apre-

sentam.

Embora exista uma vertente de competição,

a primeira meta da Secção é que esta “seja

um espaço de convívio e de prática de des-

porto para a AAC e os seus sócios”. A

competição surge para que essa missão seja

levada de uma forma séria e com responsa-

bilidade, conseguindo o reconhecimento da

Secção e da própria AAC, sendo a tentativa

de títulos vista como uma obrigação para

com a Académica. Assim, é possível tornar

o bilhar “um desporto sério. O bilhar está

Todavia adianta que “fizemos todas as dili-

gências no sentido de ficarmos na alta, ficar

mais próximo da AAC, ficar próximo do

Pólo I”, nomeadamente, foram feitas tenta-

tivas de ficar no Centro Cultural Dom Di-

nis, reanimando este espaço que, outrora,

era associado ao divertimento dos estudan-

tes. Actualmente, sente que o espaço da

Secção tem boas condições, que é propício

à actividade e que o afastamento físico aos

estudantes pode ser colmatado por novos

meios, como o facebook.

Quanto aos sócios, estes rondam os 100,

sendo igualmente de ambos os sexos. Ricar-

do Salgado diz até que a AAC é o primeiro

clube nacional a ter duas equipas femininas

de bilhar. Em termos de área de estudo,

uma grande parte dos sócios pertence à

FCTUC, nomeadamente ao Polo II.

Em termos pessoais, Ricardo Salgado afirma que paixão e a dedicação são os motivos de

abraçar o bilhar, sendo este um praticante

das diversas modalidades.

Para os interessados, a Secção encontra-se

disponível para receber os sócios da AAC,

dispondo de um bar e de música ambiente.

Mas Ricardo Salgado reitera “isto não é um

bar”. Este diz, ainda, que o espaço é propí-

cio para o estudo.

Se és um interessado por este desporto,

não percas a oportunidade de conhecer

esta Secção!

demasiado associado ao café, ao tabaco, ao

consumo de álcool e tudo mais, e nós, atra-

vés da competição e da seriedade, quere-

mos demonstrar que não”.

A Secção está presente nas provas de:

“pool português, em Campeonatos Nacio-

nais; pool por excelência, em Campeonatos

Nacionais Feminino e Masculino; american

pool, em Campeonatos Nacionais e snoo-

ker inglês, em Campeonatos Nacionais. Em

tudo jogamos por equipas e individual. Te-

mos várias equipas em competição: em pool

feminino, duas equipas em competição; em

pool português, três equipas em competi-

ção; em snooker, duas equipas em competi-

ção e, em american pool, uma só equipa”.

Conseguindo já alguns títulos distritais, o

objectivo nesta etapa é conseguir estar nas

fases finais nacionais, objectivo esse conse-

guido nestes últimos anos. Nesta etapa, a Secção tem por gosto a formação dos seus

atletas e espera vir a conseguir os títulos

com os atletas, estudantes, que dela fizerem

parte. A equipa „orgulho‟ da Secção é uma

equipa de pool português federada, com-

posta apenas por alunos da UC. A Secção

dispõe de atletas que estão classificados

entre os melhores, alguns competindo em

provas internacionais.

Contudo, a Secção de Bilhar não se limita a

participar em competições federadas, orga-

nizando vários torneios universitários, pre-

tendendo, em conjunto com a Federação

Académica do Desporto Universitário

(FADU), organizar o 1º Campeonato Euro-

peu de Bilhar Universitário.

A Secção de Bilhar encontra-se no Estádio

Cidade de Coimbra. Ricardo Salgado reafir-

ma o carácter lúdico da Secção, onde o

bilhar também e praticado como uma forma

de divertimento, não só pelos sócios da

Secção, mas também por parte dos estu-

dantes em geral, que “jogam aqui o

„bilharzinho‟ deles, a um preço mais

„académico‟ ”. Ricardo Salgado afirma que

não é um obstáculo o afastamento da sede

do edifício da AAC e do meio universitário.

rubrica

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Complemento à formação no DEQ

SBM Offshore

A Engenharia Química é um curso que

abrange inúmeras áreas de estudo e,

como tal, é necessário conhecer um

pouco de todas, para que, no futuro,

sejamos aceites em qualquer tipo de

indústria. Por outro lado, é importante

para o estudante ter algum contacto

directo com algumas indústrias, de

modo a ter conhecimento do que é na

realidade ser Engenheiro Químico.

Com vista a dar esse toque de realida-

de, no próximo dia 17 de Dezembro

de 2011, virá ao Departamento de

Engenharia Química (DEQ/FCTUC) o

Engenheiro David Vaz da empresa SBM

Offshore, uma empresa da indústria

petrolífera sedeada na Holanda.

O Núcleo de Estudantes do Departa-

mento de Engenharia Química

(NEDEQ/AAC) foi contactado por este

Engenheiro para esta oportunidade e,

como é óbvio, achou logo a ideia fan-

tástica, contactando, a posteriori, a di-

recção do DEQ/FCTUC, que, com

muito agrado, nos facilitou a tarefa da

organização desta vinda.

O Engenheiro David, antigo aluno do

DEQ/FCTUC e antigo elemento do

NEDEQ/AAC (mais precisamente no

cargo de Tesoureiro), virá cá falar um

pouco da sua experência profissional e

do que é a SBM Offshore, empresa

onde labora diariamente.

Sabemos que já estás de férias, mas

tenta ficar mais um dia e conhece a vida

profissional de um Engenheiro Químico

que saiu do nosso Departamento, algo

que poderá ser uma mais valia para a

tua formação!

Inovações na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

No âmbito das Inovações na Faculdade de

Ciências e Tecnologias da Universidade de

Coimbra (FCTUC), esta edição do

dizCURSO tem como especial noticia uma

equipa de investigadores internacionais, a

qual integra o português Paulo Gameiro,

ligado à FCTUC, que descobriu como se

alimentam as células cancerígenas quando

falta oxigénio, abrindo assim novas pers-

pectivas ao tratamento do cancro.

“Esta descoberta revela-se importante

para desenvolver terapias contra células

cancerígenas que experienciem falta de

oxigénio (tal como no interior do tumor)

e que, ainda assim, crescem descontrola-

damente”, explicou o investigador.

A divulgação da descoberta foi feita na

revista científica Nature, em resultado de

dois anos e meio de investigação com

culturas de células, que terá como próxi-

mo passo o aprofundamento das pesquisas

in vivo nos próprios tumores.

As células em ambiente de baixo teor de

oxigénio (hipóxia) utilizam um aminoácido,

a glutamina, como nutriente para poder

produzir gordura, fenómeno fundamental

para o crescimento celular. Segundo Paulo

Gameiro, foi observado na investigação

que aquele aminoácido, em condições de

baixo teor de oxigénio, era consumido

através de uma via metabólica, passando a

ser o nutriente principal para as células

cancerígenas, substituindo a glucose

(açúcar).

“Um dilema na biologia do cancro, e que

motivou este estudo, era o de saber que

mecanismos são escolhidos pelas células

cancerígenas que lhes permitem respon-

der à falta de nutrientes e continuar a

proliferar, mesmo em condições de falta

de oxigénio”, observou o investigador.

Paulo Gameiro, ligado à FCTUC, partici-

pou neste estudo, nos Estados Unidos da

América, no âmbito de uma bolsa de Dou-

toramento financiada pela Fundação para a

Ciência e Tecnologia. O investigador este-

ve ainda envolvido em dois laboratórios

em Cambridge/Boston, nos Estados Uni-

dos da América: o laboratório do profes-

sor Stephanopoulos, no Massachusetts

Institute of Technology (MIT), e o labora-

tório do professor Iliopoulos, no Massa-

chusetts General Hospital-Cancer Center,

em Boston.

Page 7: dizCURSO #14

Artigo de opinião

O mundo da Engenharia

O mundo da Engenharia é um mundo

surpreendente.

Ninguém terá dúvidas que os primeiros

Engenheiros surgiram assim que foram

expostas ao Homem dificuldades de

execução de algumas actividades, cujas

respostas, algumas muito criativas,

brotavam directamente do seu cére-

bro, da sua capacidade para pensar.

Penso, porém, que a engenharia, de

forma mais abrangente, estaria ligada

também à observação que o Homem

foi realizando acerca de métodos muito

mais antigos que ele próprio. Na verda-

de, antes dos nossos ancestrais recla-

marem o seu espaço, já existiam maca-

cos que utilizavam técnicas e utensílios

exteriores à sua essência inata para

conseguir comida, já existiam castores

que construíam autênticas barragens

para reter águas, aves com grande vi-

são técnica e artística na construção de

ninhos, ... Um sem número de referên-

cias que construíram as bases funda-

mentais daquilo que hoje se considera

o pensar e agir como engenheiro. Cla-

ro que estas considerações são somen-

te um exercício banal de como foi,

como é, e como será, mas, no meu

entender, é aqui que está o núcleo do

que nós somos hoje, a base daquilo

para que estudamos e trabalhamos

todos os dias.

A engenharia, na verdade, confunde-se

com aquilo que a sociedade é em si

mesma. Determina o seu rumo, pois é

de acordo com as suas respostas que

esta avança para um novo ciclo, ou se

mantém presa à necessidade de inven-

tar algo inexistente.

E aqui, mais uma vez, somos nós os

elos de ligação, uma ligação que une as

pessoas e as coisas numa simbiose não

perfeita entre o ser e o haver.

É na indústria que residem as maiores

virtudes e conquistas da nossa capaci-

dade de pensar, tudo o que é externo à

Natureza em si (a nossa verdadeira

casa) existe porque foi pensado e cria-

do pelas nossas mãos. Mas não nos

esqueçamos nunca que há sempre con-

sequências, pois o equilíbrio é caracte-

rística inata do Universo, nas pequenas

e nas grandes coisas. Na engenharia, tal

como na Natureza, o equilíbrio é uma

palavra fundamental, que designa algo

ainda mais fundamental: a parte boa e a

parte má da questão anulam-se.

O quer que seja, qualquer que seja a

situação, com quem quer que seja,

onde há equilíbrio existe paz, existe

tempo para parar e reflectir.

No fundo, apenas precisamos de saber

quem somos, o que queremos, para

onde vamos e deixarmo-nos surpreen-

der por este mundo fascinante em

constante mutação que nos rodeia.

Que façamos jus aos engenheiros do

passado, deixando a nossa marca aos

engenheiros do futuro.

Page 8: dizCURSO #14

Unindo a ciência e a religião

SPES

Fundado no ano 2000, o SPES foi criado

de forma a levar “de uma forma jovem e

actual a vivência de Cristo aos estudan-

tes”, após se ter verificado que a falta de

tempo acabava por levar os estudantes a

afastarem-se da religião.

Ao contrário do que se possa pensar, a

afluência de jovens estudantes a esta co-

munidade católica encontra-se em cons-

tante desenvolvimento. Neste momento,

encontram-se cerca de 150 estudantes

envolvidos, que se distribuem por 11

organismos: SPES_Base, SPES_Secundá-

rio, SPES_+, SPES_Tech, SPES_Saúde,

SPES_Coro, SPES_Shlester, SPES_Ima-

gem, SPES_Voluntariado, SPES_XL,

SPES_Ições. Estes organismos foram cria-

dos de forma a ir de encontro às áreas

dos estudantes e aos seus interesses. O

SPES_Tech é o organismo do pastoral

direccionado para os estudantes da Facul-

dade de Ciências e Tecnologia e ISEC, no

qual conseguimos estabelecer relações

interessantes entre a Ciência e a Religião.

Em relação ao afastamento dos jovens à

igreja, Carlos Cardoso justifica este facto:

“A ideia que vamos partilhando prende-se

muito com o facto de a formação que

vamos tendo, catequese, ainda se encon-

trar muito “presa” às exigências e ao

método do passado. Naturalmente, todos

nos vamos aproximando da objectividade

das nossas áreas de saber, porque a for-

ma como nos são apresentados os conte-

údos evolui com o tempo e há sempre

uma actualização cativante e que permite

ter os estudantes próximos. Na cateque-

se, infelizmente, não é assim, e a igreja é

muitas vezes vista como uma coisa

“chata”, abstracta ou de pouco interesse.

Cabe a quem não vê as coisas desta for-

ma ir “actualizando” os estudantes, de

forma a cativar e mostrar o quão impor-

tante a religião pode ser na vida, quer

académica, quer com os amigos, quer

com a família, em suma, na Vida.”.

É neste sentido que o SPES quer dinami-

zar a Igreja, de uma forma inovadora e

actualizada. Desta forma, são desenvolvi-

das diversas actividades, sendo que “cada

equipa do SPES desenvolve actividades

específicas em função do seu „público-

alvo‟, uma vez que, apesar de sermos

todos estudantes, temos áreas de interes-

se distintas”.

Carlos partilhou um pouco da sua experi-

ência pessoal com o dizCURSO: “A en-

trada neste grupo motivou em mim uma

mudança, uma visão diferente da religião,

mais explicada, mais actual, mais jovem…

No fundo, uma visão mais interessante e

cativante que acabou por me

„prender‟ (…) e que proporcionou na

minha vida um leque de momentos –

risos, palhaçadas, partilhas concretas de

problemas actuais, partilhas mais profun-

das de assuntos da vida e da religião –

que me preencheram de uma forma incrí-

vel.”.

Foi neste sentido que decidi juntar-me ao

SPES_Tech, e tenho a dizer que têm sido

bastante interessante. Por exemplo, no

passado dia 30 de Novembro, desenvol-

vemos uma actividade nocturna, intitulada

“O céu visto de Coimbra”, que juntou as

temáticas da ciência e religião e mostrou

de que forma uma pessoa ligada à ciência

pode ser crente sem se abstrair da religi-

ão.

Neste sentido, se te quiseres juntar a

nós, podes encontrar-nos às quartas-

feiras, pelas 19.30h, no 1º andar do Justiça

e Paz!

Page 9: dizCURSO #14

Contigo e com o Curso: actividades com o teu Núcleo!

O Natal é uma festa da família e, como o Departamento de Engenha-

ria Química (DEQ) é praticamente a segunda casa para os seus Alu-

nos (não esquecendo que também o é para os seus Docentes, Investi-

gadores e Funcionários), o NEDEQ, a par com o DEQ, não poderia

deixar de realizar, mais uma vez, o jantar de Natal para toda a sua

comunidade. Este jantar contará com a actuação da QUANTUNNA,

haverá karaoke e ainda alguns jogos de sabedoria para quem pretender participar. Quem qui-

ser, poderá ainda trazer pessoas que não pertençam ao DEQ. Os preços estarão afixados

pelo Departamento e serão de apenas 3€ para os estudantes.

Não faltes a este jantar! A animação será garantida!!!

15 de Dezembro: Jantar de Natal

17 de Dezembro

Palestra SBM Offshore

Sabe mais so-

bre esta Pales-

tra imperdível

na página 6

desta edição

do dizCURSO!

O Pelouro do Desporto pretende inovar, manter a pró-actividade e o convívio entre os estudantes.

Por isso, este ano lectivo, apresenta um novo torneiro desportivo: o Torneio de Snooker.

O NEDEQ está a fazer esforços para que, como em todas as actividades desportivas e culturais, haja o

apoio da Queima das Fitas. Se isto for possível, para além de proporcionar umas belas “tacadas”, este

torneio poderá proporcionar uma bela Queima das Fitas 2012 aos seus participantes, que se habilitari-

am a ganhar Bilhetes Gerais para a mais emblemática Queima das Fitas do país!

Torneio de Snooker

Os regulamentos pedagógicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e da Univer-

sidade de Coimbra estão disponíveis para todos os alunos, mas muitos não se mostram interessados em conhecer os seus

direitos, o que algumas vezes os prejudica, pois poderiam tirar partido desse conhecimento.

Desse modo, com o apoio do Conselho-Geral, o NEDEQ irá organizar uma sessão de esclarecimento para que os alunos

conheçam melhor os regulamentos e como podem tirar vantagens deles.

Todos temos deveres, mas também temos direitos! Vem conhecê-los!

Regulamentos: Sabe os teus direitos!

Page 10: dizCURSO #14

O NEDEQ felicita o Anselmo Nunes, o Diogo Figueiredo, o Miguel Martins e o Tiago Nunes pela sua criatividade, desejando que se divirtam

bastante no Jantar de Natal do DEQ!

Concurso de Natal

Primeiro que tudo, dizer que muitas das prendinhas que por ai se dão, e que nós já todos recebemos, uns mais outros menos (uns comem mais

sopa que outros), são pois, produto da Engenharia Química. Como é óbvio, o plástico, de que são feitos vários brinquedos e br inqueditos, foi

criação da Engenharia Química, assim como as árvores de natal artificiais e outros efeitos natalícios. Quem tem lucrado muito com estes efeitos e

brinquedinhos é a malta as lojas orientais, de vulgo “chinês”. Claro que o facto de nós portugueses estarmos em crise quase desde que nos lem-

bramos e de nos terem cortado o subsídio de natal fomenta bastante a procura do mais barato, mas pronto, como somos um povo de brandos

costumes e habituados a comer e calar e apertar, calar-me-ei também e vou aproveitar a onda do espírito natalício para dar relevância ao facto de

que o Natal é sim uma época para estar com os que mais gostamos, sejam eles do DEQ, da nossa terra ou chineses, mais do que receber a maior

quantidade possível de presentes. Portanto DEQuianos aproveitem bem a época natalícia porque em Janeiro já sabem o que vos espera!

15 de Dezembro de 2011, 21:00h. A «família DEQ» está reunida no bar do departamento para mais um animado Jantar de Natal do DEQ.

- Ó chefe, essa comidinha sai ou não sai ? – perguntou o João, que já demonstrava uma estranha impaciência ao baloiçar freneticamente a sua

perna direita.

No entanto, não foi preciso resposta, já que os rojões começaram a ser servidos para satisfação de todos.

Quinze minutos se passaram e o Pedro ainda mal tinha provado a comida, o Tiago já comia com as mãos para ser mais rápido, um caloiro já se

tinha precipitado de uma forma fugaz até à casa-de-banho, o Rui já se encontrava na esplanada a apanhar umas brisas nocturnas e o Ricardo já

tinha duas garrafas de vinho escondidas debaixo da mesa.

- MÃOS AO ALTO, ISTO É UM ASSALTO! – exclamou um individuo encapuçado, todo vestido de negro, com umas sapatilhas verde alface e

com uma arma com cerca de quarenta centímetros em punho.

As reacções foram várias: a Cláudia desmaiou, o Rui pegou logo em duas bolas dos matrecos, o chefe do bar abriu a gaveta das facas, a Margarida

soltou uma gargalhada que seguramente foi ouvida na Transilvânia, os caloiros animaram-se ainda mais pois pensaram que se tratava de mais uma

praxe original e o Tiago levantou, finalmente, uma sobrancelha, parou de comer e começou a lamber dedo a dedo enquanto aguardava novas

movimentações.

- Senhor ladrão, essa arma é de plástico e costuma-se usar no carnaval para pregarmos partidas com água – exclamou a Mafalda num tom de in-

credulidade.

- Parece menina, mas é feita de material topo de gama e está carregada com ácido fluorídrico.

Nisto, dispara contra um cartaz que estava afixado e, para além de se desfazer todo, a própria parede ficou com um buraco do tamanho de uma

cabeça de um elefante. Ouviu-se um enorme BRUUAAHHH na sala.

- Quero imediatamente todos os chocolates que trouxeram para a sobremesa dentro deste saco – vociferou entre dentes o indivíduo, atirando

um saco amarelo torrado para o centro da sala, onde rapidamente foram colocados todos os seis ou sete chocolates trazidos pelo pessoal.

- Boa noite e obrigado. – agradeceu o individuo. Pegou no saco e saiu do DEQ.

Os responsáveis pelo jantar fecharam as portas todas à chave e prosseguiram com o jantar… Sem chocolates para sobremesa.

Nota1: Os nomes foram atribuídos aos personagens de uma forma completamente aleatória de modo a que o leitor se possa enquadrar

numa das personagens

Nota2: Não coloque ácido fluorídrico nas suas armas de brincar lá de casa. Se possível, evite mesmo o contacto com este ácido e, se por moti-

vos profissionais, tiver de o manusear, não se esqueça de aplicar todas as normas de segurança apreendidas ao longo do curso.

É Natal! Que época festiva esta, época de amor, alegria, sorrisos, presentes - sendo os últimos de menor importância. Sim, de menor importância,

pois não há presente mais valioso que o nosso amor. Um simples sorriso vale muito mais do que alguma vez o dinheiro pode comprar.

Vivemos tempos conturbados, tempos de “crise”, austeridade para aqui, austeridade para ali, imposto sobre isto, imposto sobre aquilo... É o prato

do dia, mas não deixemos que estes acontecimentos nos entristeçam, temos de sorrir e ser fortes e acreditar que apesar de todas as coisas más

da vida, há sempre coisas boas por detrás. Assim sendo, eu espero que esta época Natalícia nos inunde de amor, que nos una, que nos fortaleça e

que nos faça capazes de ultrapassar todas as dificuldades.

Este será o primeiro Natal desde que entrei em Engenharia Química, com a intenção de construir o meu futuro, mas a apercebi-me que tudo isto

vai muito para além do meu futuro, contribuindo também para o futuro de todos nós. E cada dia que passa, tenho mais vontade de ir ao Departa-

mento de Engenharia Química, trabalhar para concretizar este futuro e partilhá-lo com todos os que me receberam de braços abertos, nesta nova

fase da minha vida. Bom Natal a todos!

O Pai Natal está a chegar outra vez para espalhar felicidade e alimentar os nossos sonhos. É certo que os tempos que se vivem são autênticas

colunas de destilação a trabalhar em refluxo total, onde o destilado é a satisfação social. Porém, todos nós ansiamos por uma prenda no sapati-

nho. Até mesmo o DEQ espera que o Pai Natal lhe traga algum calor, tal como todos os estudantes de EQ esperam obter aprovação a todas as

cadeiras no final do semestre. Nas férias que se avizinham, aproveitamos a presença da família para passar um bom serão e, claro está, rever mais

uma vez o épico filme do «Sozinho em casa». Mas, como tudo o que é bom passa rápido demais, depressa chegam as doze badaladas do ano no-

vo. Fazemos dessa noite a mais longa e melhor de todas porque logo a seguir a ela vêm os exames. E agora não importa se um dos teus desejos

da passagem de ano era ter sorte nos exames porque, ou estudaste enquanto estavas no conforto das férias ou no ano seguinte aí estás tu a dizer

que, desta vez, a cadeira XPTA fica feita. Desejo-vos umas boas férias com algum estudo à mistura.

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Preencher as casas vazias usando números de 1 a 9, de forma a que não haja repetições em nenhuma linha, coluna ou quadrado.

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Estamos a recrutar pessoas com

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