"Diversão é a alma do negócio"
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SALVADOR, SÁBADO,14 DE SETEMBRO DE 2013 4e5
Diversãoé a almado negócioBoas ideias fazem comque os sonhos demeninos e meninasvirem realidade
Fernando Vivas / Ag. A TARDE
PAULA MORAIS
Não precisa ser adulto para abrir o próprio negócio.O americano Moziah Bridges, 11, só usou linha de costura,agulha e muita criatividade. Em 2011, ele fundou uma loja degravatas-borboleta chamada Mo’s Bows Memphis, que járendeu mais de R$ 60 mil para seus pequenos bolsos. Dariapara comprar 400 mil agulhas.
O americano aprendeu a costurar com a avó e passou afabricar as próprias peças. “Eu não achavagravatas-borboletas divertidas e legais nas lojas. Então,um dia, resolvi fazer as minhas”.
Hoje, Moziah disse ter realizado um sonho e jápensa no futuro. “Quem sabe um dia eu começoa vender também mochilas, roupas e bonésfeitos por mim? Acharia legal”.
Lucro conscienteOs irmãos Guilherme, 10, eGustavo Costa, 9, aindanão têm uma empresaigual à de Moziah. Masnão deixam de ganharalguns trocados com osprodutos que fabricam.
Álbum de fotos,porta-CDs e jarros sãoalgumas das peças. Todasfeitas com materialreciclável.
Guilherme contou que ocusto de cada produto saipor menos de R$ 3.“Calculamos quantogastamos e colocamosnosso valor em cima dogasto. Aí, dá para teralgum lucro”.
Eles fizeram uma bonecacom rolo e papel crepom.O custo saiu por R$ 0,75 ea venda saiu por R$ 2.Tiveram um lucro deR$ 1,25. Gustavo explicoupara onde vai o dinheiro.“A gente divide: uma parte
Aprender e empreenderTodos os anos, o ColégioVersailles tem uma feiraempreendedora. Issosignifica o momento que dápara conhecer de perto omundo dos negócios.
O primeiro passo é sabero tema, que este ano é“Jovens: o que queremosser”. Depois, cada série temuma ação: cuidar do cartãode crédito, da comunicaçãoou da escolha dos produtospara agradar à clientela.
Depois é a vez de cadaum escolher a função dentroda sua turma. As opções sãofinanças, arte e produção.Bruno Camillo, 12, escolheuprodução e explicou queaprendeu a lidar compessoas diferentes.“Precisamos entender do
[Como começar a serum empreendedor]
IDEIAS. Comece a pensarsobre o que fazer: umlanche, um brinquedo ouuma arte, por exemplo
EspíritodesafiadorO professor da FundaçãoDom Cabral e criador daPedagogia Empreendedora,Fernando Dolabela, disse quetoda criança podeempreender, pois sãocriativas e desafiadoras.“Empreendedorismo significacolocar um sonho em prática.É criar algo novo”.
Fernando disse que não éerrado vender um produto,desde que você faça porprazer e sem dor. “Qualquermenino ou menina pode tero próprio dinheiro, mas nãodeve deixar de estudar porconta do trabalho”.
Para Luciana Barreto,gerente-executiva daassociação educativa JuniorAchievement, oempreendedorismo surge deoportunidades. “É mais doque abrir um próprio negócio.É nunca desistir do que vocêquer alcançar”.
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HORA DE FAZER. Quaismateriais vão ser usadospara fazer o produto, comoele vai ser apresentadopara as pessoas e o queele traz de diferente dosque já existem
CALCULE CUSTOS ELUCROS. Quanto vocêgastou com os materiais equanto você deseja receberde volta? Mas, cuidadocom os exageros. Penseconsciente para não perdera clientela
ECONOMIZE. É importantenão gastar todo o dinheirodas vendas, porque assimvocê pode comprar novosmateriais, criar novamentee crescer o negócio
NÃO DESISTA. Comeceoutra vez, se o negócio nãodeu certo. Fazer boas açõescom seu produto éimportante. Usar materiaisrecicláveis é uma dica: vocêeconomiza e ainda ajuda omeio ambiente
FONTE: LUCIANA BARRETO/ JUNIORACHIEVEMENT
que as pessoas gostam paraque nossos produtos sejamcomprados”.
O pessoal das finançasajuda a calcular os custoscom a compra de materiaisque serão usados na feira.A turma das artes produzeventos de dança e teatropara ser mais umaalternativa deentretenimento.
Raul Spinassé / Ag. A TARDE
Alunos do Versailles participam de aulas sobre empreendedorismo
Os irmãos Guilherme e Gustavo com os objetos que fazem para vender aos familiares
fica no cofrinho paracomprar novos materiais ea outra vai para o nossodia a dia”.
NÃO É SÓ VENDER
O final de tudo é no teatro.Cada turma compete com asmelhores ideias paraapresentar no último dia.Milena Cristina, 11, disse queé uma competição saudável.“Não é uma competiçãoentre as pessoas, mas entreos produtos. Todos os anosvemos ideias novas”.
Ana Paula Azevedo, 12,falou que com a FeiraEmpreendedora aprendeumais do que as vendas.“Você descobre comoorganizar sua própria vida”.
CRIATIVIDADE
Quase todo final desemana eles montam umabanca e chamam aclientela. Gustavo contouque eles tambémreaproveitam o que podiaser apenas lixo. “Minhamãe não gosta mais deum colar, então, a gentepega e refaz ele. Ficabonito e pronto para outrapessoa usar”.
No início, os irmãospediram dinheiro aos paispara ajudar na compra dosmateriais. Mas devolveramquando começaram areceber o deles. Guilhermedisse que cada produção éum desafio. “O nossopróximo objetivo é criarum sofá feito de garrafasplásticas”.