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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • NOVEMBRO DE 2015 • ANO 3 • Nº 26 • 15.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Humildade: virtude dos fortes É preciso coragem para fazer diferente Veja página 10 Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br Foto: http://www.freebibleimages.org USE Municipal de Matão realiza Feira do Livro em dezembro e CONRESPI no próximo carnaval. Páginas 8, 10 e 11 Eventos em Matão Acesse nosso site: www.institutocairbarschutel.org Casa da Sopa Iraí Ramos promove a tradicional Campanha de Natal com sacolinhas para crianças. Página 9 Campanha de Natal Eventos em São Carlos e São José do Rio Preto durante o mês de novembro A USE Intermunicipal de São Carlos realiza Feira do Livro Espírita e o C. E. Allan Kardec, de S. José do Rio Preto, promove curso para pais e educadores. Página 11 Coro Frater premiado! Veja no site do Instituto

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • NOVEMBRO DE 2015 • ANO 3 • Nº 26 • 15.000 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Humildade:virtude dos fortes

É preciso coragem para fazer diferenteVeja página 10

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

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USE Municipal de Matão realiza Feira do Livro em dezembro e CONRESPI no próximo carnaval.

Páginas 8, 10 e 11

Eventos em Matão

Acesse nosso site:www.institutocairbarschutel.org

Casa da Sopa Iraí Ramos promove a tradicional Campanha de Natal com sacolinhas para crianças.

Página 9

Campanha de NatalEventos em São Carlos e São José do Rio Preto durante o mês de novembroA USE Intermunicipal de São Carlos realiza Feira do Livro Espírita e o C. E. Allan Kardec, de S. José do Rio Preto, promove curso para pais e educadores.

Página 11

Coro Frater

premiado!

Veja no site

do Instituto

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Novembro de 2015 PÁGINA 2

Editorial

Ajustenecessário

O momento econômico do país, com o aumento de valor na impressão

do TRIBUNA, obriga-nos, ainda que temporariamente, a reduzir o número de páginas, o número de exemplares im-pressos e igualmente ajustar a quantidade enviada aos endere-ços cadastrados, diminuindo o índice de exemplares em sobra, na distribuição do jornal.

São ajustes necessários. Te-mos que enfrentá-los, ainda que não queiramos. Muita gente tem nos ajudado, mas os reajustes grá� cos não nos per-mitem permanecer no patamar em que estávamos. É um recuo temporário que aguardará outro momento favorável.

Parcerias, patrocínios e cola-borações são sempre bem-vin-das, pois nos permitem manter a distribuição gratuita por todo o país. O importante é ver a publicação circulando, inclusive virtualmente. O que solicitamos ao leitor é sua gentileza de fazê-lo circular, especialmente com a iniciativa de entrega de mão em mão. A experiência já mostrou que deixar disponível não adianta. É preciso mesmo entregar pessoalmente.

Agradecemos seu apoio, leitor! r

Entusiasmo em Volta RedondaElevado número de visitantes, organização impecável.

Redaçã[email protected]

Em ambiente de muita harmo-nia e a presença de intenso entusiasmo pelos 17.000

livros expostos na 27ª. edição da FLE Volta Redonda (RJ), utili-zando-se do amplo e confortável espaço, � zeram especial diferença na vida de muitas pessoas e na divulgação do Espiritismo.

Com período superior a 15 dias de permanência na praça, o evento teve pro-gramação especialmente elaborada para trazer mes-mo momentos de encontro com o livro espírita. A movimentação de pesso-as, a exposição colorida e variada de tantos títulos e editoras, os momentos de autógrafos, as palestras e exposições artístico-mu-sicais, os pequenos encon-tros de debates, os plantões dos voluntários, o espaço especial para crianças e mesmo aquele “cantinho” de um bate papo, o mo-mento de descontração com um café ou com os quitutes, fazem do evento um encontro cultural da cidade, com re� exos no país.

Mas não é só. O ambiente de-corado com banners das editoras (que apoiam e participam), as

fotos de vultos expressivos do mo-vimento espírita – especialmente os grandes pioneiros e médiuns ou autores que se � zeram respei-tados pelo exemplo e pelo legado deixado – muito valorizam o ambiente, que é um chamamento vivo ao estudo, além das vibrações suaves que se espalham saudando os visitantes.

A Feira do livro torna-se um grande encontro de fraternida-de, propiciando atendimentos àqueles que buscam orientação e fornecendo fluídos que são

utilizados pelos espíritos que ali encontram fonte fecunda para auxiliar outras pessoas, face ao clima de alegria espontânea, gratidão a Deus e à Doutrina, e, claro, pelo próprio conteúdo dos livros ali expostos para esse en-contro popular. O evento ocorreu de 27/09 a 12/10/15, sob promo-ção do Instituto Yvonne Pereira e

C.E. Seguidores do Cristo, com 17.200 livros expostos, venda de 10.500 exemplares e ocorreu no Memorial Zumbi, conhecido marco da cidade. r

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Novembro de 2015PÁGINA 3

de um núcleo familiar que habita algum tipo de desarmonia. O pro-fessor sente-se obrigado a rever os seus conceitos aprendidos durante a sua formação pedagógica e tor-na-se um “copai” ou uma “comãe”. Na verdade um empreendedor social de almas. Passa a perceber que o pro� ssional de educação é muito mais que um técnico peda-gógico e deve visualizar o aluno como alguém que pensa, possui sentimentos, carenciado e traz as suas próprias experiências vividas em sociedade.

O aluno por sua vez, sendo aco-lhido em suas di� culdades emocio-nais e bem orientado, passa a trilhar novos caminhos na educação e na vida e torna-se um adulto melhor. A escola de ordem pública ou pri-vada passa a perceber a sua posição social diante de fatores tão adversos e adota o per� l, não de uma unida-de instrutiva, mas de uma unidade educativa, onde prepara a criança ou o jovem para uma nova jornada adulta e madura, aguardando que lá na frente, esses pequenos brasi-leiros se tornem gigantes sociais, onde venham a ser pro� ssionais liberais ou autônomos, técnicos ou empreendedores, não somente da força de trabalho, mas igualmente da própria vida. r

Bessa de Carvalho

A família, o professor, o aluno e a escolaOs anos se passaram e a sociedade cresceu de forma desordenada.

[email protected]

“Preparado somente para ministrar aulas, [o professor] vê-se de repente, lançando mão da sua própria experiência de vida ou busca através da internet, de livros e pessoas mais experientes em gestão familiar, o suporte para lidar com as emoções diversas trazidas pelos alunos.

Educação a distânciaDe qualquer parte do Brasil professores, diretores escolares, coorde-

nadores pedagógicos, estudantes de pedagogia, pais e educadores em geral podem estudar com o IBEM.

É só acessar www.educacaomoral.org, escolher o(s) curso(s) ofere-cidos e fazer sua matrícula.

Os cursos possuem 30 horas/aula e são realizados em 4 semanas. Ao � nal o IBEM faz a entrega do Certi� cado. Matrículas abertas para as turmas do mês de novembro.

VídeosVem aí a IBEMtv.Estamos preparando vídeo-aulas, documentários e entrevistas que

serão disponibilizados através do site e também em canais no YouTube. Fique ligado!

ContatoConheça o trabalho do IBEM em www.educacaomoral.org.Somos uma rede interativa de educadores trabalhando por uma nova

educação.Faça contato através do e-mail [email protected], ou

pelo telefone (21) 3439-0665. Também estamos no Facebook.

Veja o que o IBEM está fazendo

A família é um conjunto de pessoas consanguíneas, que mantém um relacionamen-

to social sob o mesmo espaço físico denominado de lar. Esse conceito de família se encaixa na década de 60, onde família tradicional era com-posta por um pai, uma mãe e seus � lhos, além de muitas vezes abrigar avós, primos e outros de parentela próxima. Nessa época, a estrutura familiar detinha uma força íntima de união onde o objetivo principal era o seu bem-estar.

Os anos se passaram e a socie-dade cresceu de forma desordena-

da permitindo que acontecesse a desestruturação social da família. Muitos fatores colaboram para esse acontecimento, dentre eles pode-se citar a busca pela conquista do espaço igualitário da mulher na sociedade; a migração das famílias provindas dos estados onde a fome e a seca predominam; a formação de bolsões de pobreza dentro das comunidades construídas por estas; a busca de frentes de trabalho com excesso de contingentes levando ao desemprego; a evolução da mídia ao propagar objetivos de consumo inatingíveis; a ausência do “não”

construindo limites, atingindo todas as classes sociais.

Surge uma grande desordem fa-miliar, onde o pai e a mãe se tornam ausentes do lar, em decorrência do labor para proverem o sustento dos seus. Os � lhos, por sua vez, � cam em situação de vulnerabili-dade social ao serem abandonados sozinhos em casa sem o devido acompanhamento de um respon-sável. Aliados a isso, os pais, muitas vezes, se entregam às drogas como forma de fuga da dura realidade em que vivem, e as crianças desde tenra idade, sofrem as consequências de abusos generalizados, espancamen-tos e constrangimentos.

Nos dias de hoje, a composição da família possui uma nova con� -guração e uma nova conceituação, onde, por exemplo, passa a ter dois pais de gênero iguais e os � lhos podem ser consanguíneos ou não. Essa nova organização não inva-lida a estrutura de uma família, muito pelo contrário, fortalece a união da fraternidade e do amor. Mas, como todo esse processo re� ete na escola?

Bem, pode-se dizer que hoje o professor além de ministrar as suas aulas instrutivas, adota � elmente o papel de tutor. Preparado so-mente para ministrar aulas, vê-se de repente, lançando mão da sua própria experiência de vida ou busca através da internet, de livros e pessoas mais experientes em ges-tão familiar, o suporte para lidar com as emoções diversas trazidas pelos alunos. Necessita conviver com crianças e adolescentes agres-sivos, magoados, constrangidos, coagidos e rejeitados procedentes

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Novembro de 2015 PÁGINA 4

Schutel no EACConteúdo de humildade condiz com autor.

Redaçã[email protected]

Bom dia aos meus queridos irmãos! É com enorme ale-gria no meu coração e não

poucas lágrimas dentro de minha alma que eu venho agradecer to-dos os esforços e toda a dedicação daqueles que se reúnem em nome de Jesus e em nome dessa grande celebração do plano espiritual. Eu me sinto grato, nostálgico e feliz em poder presenciar que todos os meus estudos, todos os anos de dedicação à doutrina espírita de Jesus e de Deus deixaram grandes sementes nos corações e que hoje temos os frutos, frutos esses que vão auxiliar a muitos irmãos a passarem por seus sofrimentos com maior auxílio e consolo.

Felizes aqueles que podem abraçar a Doutrina dos espíritos pois ainda no corpo físico pode-rão sentir as mãos do Criador em vossas vidas e o coração iluminado de Jesus. Feliz o irmão que sofre pois poderá utilizar o bálsamo da consciência e o bálsamo da luz para adquirir o bom ânimo, a coragem e a esperança que tanto lhe falta.

Sabemos que hoje a Terra está passando por profundos momentos de transformação, sabemos que as di� culdades que somos chamados a enfrentar não são somente as di� culdades externas e da matéria; somos chamados a lidar com as di� culdades morais, a falta de amor entre as pessoas e o egoísmo daque-les que ainda vibram na matéria.

O mundo e a Terra principal-mente está começando a separar o joio do trigo e os irmãos que abraçarem o conhecimento terão facilidade nas escolhas do caminho. O homem enfrentou provas e ex-

piações profundas e ainda continua enfrentando, porém, sente hoje ele a necessidade de trazer Jesus, o amor para a sua vida. O seu coração clama por fraternidade, por solida-riedade e por grande caridade.

A sua alma precisa de amor. Chegou o tempo em que o homem desenvolveu muito a tecnologia e os conhecimentos, porém, percebe

que sua alma não consegue mais avançar na ausência do amor. Os bons espíritos, os espíritos de luz, acreditam com certeza que haverá uma nova fase em que a família ganhará uma nova concepção, uma nova organização de modelo. Pes-soas, adultos e jovens, que nunca valorizaram a família se encontram neste momento mergulhados em momentos de profunda solidão e de coração amargurado.

Homens e mulheres se movi-mentarão para trazer ao mundo um pouco mais de amor e fazer renascer esta estrutura que é tão abençoada por Deus. Mesmo por-que grandes almas estão progra-

madas para nascer destas famílias. Almas que trabalharão para um futuro melhor; almas que per-mitirão que a Terra passe de um mundo de provas e expiações para o mundo de alegrias e regeneração. A alma pode caminhar na dor para o aprendizado, mas é no amor que ela vivenciará o verdadeiro amor de Jesus. Somos todos � lhos do Pai

com as nossas imperfeições e nos esforçando para sermos melhores. O único caminho do Progresso e da evolução moral será respeitando a lei de amor e a lei de amor nos per-mite gravitar em direção ao nosso Pai Deus. O amor de família, quer sejam famílias constituídas por laços ou não consanguíneos, nos permitirá gravitar bem mais rápido em direção ao nosso Pai Deus.

Estamos todos envolvidos neste dia abençoado pelos fluidos de amor que emanam de todos os irmãos encarnados e desencar-nados. Eu, sinceramente, sei que tudo o que realizei em minha vida foi válido. Reconheço que Deus

me recolheu com grande satisfa-ção e alegria na morada espiritual em que fui acolhido, sei que a lei de colheita é certa e em muitos momentos não compreendemos a extensão de nossas ações caridosas. O plano espiritual me permite ainda hoje continuar trabalhando pelo caminho da cura, do consolo e da bondade.

Eu gostaria de dizer essa ci-dade vai morar eternamente no meu coração, apesar de ter cons-ciência de onde estou, do que fui e do que sou, é com enorme humildade e lágrimas na face, de profunda gratidão, que eu venho nesta manhã ensolarada da mi-nha terra querida, abraçar todos aqueles que se reúnem em meu nome. Muito obrigado por tudo. Que o amor do Mestre Jesus nos abrace em todos os momentos de nossas vidas, que possamos me-diante as maiores dores e desa� os das nossas vidas, nunca desistir de Jesus, nunca desistir do amor e principalmente compartilhar com os nossos irmãos próximos pelas mãos caridosas e o coração bondoso, esse amor que sentimos. A fé é individual de cada irmão, as crenças pouco importam. O que de verdade importa é o amor que cada um sente, a consciên-cia das ações que repousam em sonos leves e os esforços morais que fazemos para sermos sempre melhores do que fomos ontem. Obrigado de coração a todos os irmãos. Cheguei com brilhos de lágrimas nos olhos, mas retorno ao plano com lágrimas na minha alma de saudades profundas de tudo que vivi, de tudo o que plan-tei e a certeza de que tudo, sem exceção, valeu a pena. Um abraço à minha cidade querida!

Cairbar Schutel r

Mensagem psicografada por Maria Cecília Cyrino Moreira no EAC 2015, em Matão (SP), na manhã de 20/09/15, durante a realização da 5ª. edição do Encontro Anual Cairbar Schutel.

Momento de leitura da mensagem de Cairbar Schutel no EAC 2015.

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A morte não é nada...Espiritismo é chave de entendimento na questão.

Alexandre Fontes da [email protected]

O dia de � nados é um feriado de católico. Acredita-se que o costume de orar pe-

los mortos tenha se iniciado com os cristãos do século II. Embora desde o século XI, alguns papas incentiva-ram a comunidade católica a dedicar um dia por ano de orações pelos mortos, a data de 2 de novembro foi escolhida no século XIII para � car próxima à data da Festa de Todos os Santos, em que a honra de todos os santos e mártires é celebrada.

Na internet, encontramos um poema sobre a morte muito bonito e consolador. Embora atribuído a Santo Agostinho, alguns acreditam que sua autoria é do poeta e � lósofo francês Charles Peguy1. Abaixo, transcrevemos o poema conforme divulgado em um site2:

A morte não é nada.Eu somente passeipara o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.O que eu era para vocês,eu continuarei sendo.

Me deem o nomeque vocês sempre me deram,falem comigocomo vocês sempre � zeram.

Vocês continuam vivendono mundo das criaturas,eu estou vivendono mundo do Criador.

Não utilizem um tom soleneou triste, continuem a rirdaquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciadocomo sempre foi,sem ênfase de nenhum tipo.Sem nenhum traço de sombraou tristeza.

A vida signi� ca tudoo que ela sempre signi� cou,o � o não foi cortado.Porque eu estaria forade seus pensamentos,agora que estou apenas forade suas vistas?

Eu não estou longe,apenas estoudo outro lado do Caminho...

Você que aí � cou, siga em frente,a vida continua, linda e belacomo sempre foi.

Embora divulgado nos meios católicos, o poema acima carrega implícito muitos conceitos espí-ritas. Analisemos alguns trechos:

“A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Cami-nho.” Isso é exatamente o que o Espiritismo comprova através das comunicações mediúnicas e do perispírito (questões 150a e 152 do Livro dos Espíritos (LE)).

“Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.” A nossa individualidade se conserva após a morte do corpo (questão 150 do LE).

“Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre � zeram.” Após a morte, o Espírito mantém a recordação dos fatos e pessoas de sua vida (ques-tões 297, 304, 306, 320 do LE).

“Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo

no mundo do Criador.” O mundo espírita “preexiste e sobrevive a tudo” (questão 84 do LE).

“A vida signi� ca tudo o que ela sempre signi� cou, o � o não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensa-mentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?” Os Espíritos nunca se esquecem daqueles com os quais manteve afeição sincera (questões 320, 457, 459 do LE), e se preocu-pam conosco e com nossos padeci-mentos (questões 486 e 488 do LE).

“Você que aí � cou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como

sempre foi.” O Espiritismo, na fei-ção de Consolador prometido, nos mostra que a morte é apenas uma passagem para a vida espiritual e que nos reencontraremos no futuro (questão 934 do LE). É importante, porém, manter o equilíbrio para não perturbar o recém desencarnado com nossas tristezas (questões 936).

Com a ajuda do Espiritismo, vemos como uma poema simples pode conter enorme valor consola-dor para uma data que, geralmente, é lembrada com tristeza. Não foi a toa que os Espíritos disseram que o Espiritismo fornece a chave para o entendimento da vida e das verdades espirituais (questão 628 do LE). r

1 . h t t p : / / w w w. r o l l a n d g s m i t h .com/2015/09/082. http://pensador.uol.com.br/frase/ODY3NDIy/

O mal de agora pode ser simplesmente um véu de sombra ocultando o bem de amanhã.

-o-o-A alegria que proporcionas a uma criança

pode criar nela a inspiração do bem para a vida inteira.

-o-o-Em qualquer circunstância, pensa em Deus.

Mesmo que hajas caído no mais profundo abismo, crê no bem e espera por Deus, porque Deus te levantará. r

Lembrando Chico

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Novembro de 2015 PÁGINA 6

Um dos aspectos da formação doutrináriaDirigentes nem sempre estão atentos.

Cláudio Bueno da [email protected]

Os que estudam e traba-lham na casa espírita nem sempre são estimu-

lados e convidados a se integra-rem no trabalho de divulgação da doutrina, de união dos espíritas e uni� cação do movimento. Mui-tos dirigentes, ocupados com as tarefas internas e por conta, às vezes, da própria desinformação, deixam escapar a oportunidade de fornecer aos companheiros esclarecimentos e noções sobre o movimento, como um dos as-pectos da formação doutrinária do colaborador.

Será muito produtivo se os participantes de cursos regu-lares de Espiritismo tomarem contato com orientações, ainda que básicas, sobre a estrutura, a organização, a atuação e as fina-lidades do movimento espírita da sua cidade, do seu estado e do seu país, além das matérias de estudo doutrinário que todo curso tem. E conhecerem, tam-bém, o trabalho desenvolvido por órgãos espíritas internacionais, como forma de dimensionar a expansão que as ideias espíritas

tomam hoje, e cada vez mais, no mundo.

Se muitos dos cursos exis-tentes abordam princípios rela-cionados a doutrinas orientais,

a pesquisas fenomenológicas da Parapsicologia, por exemplo, e outras abordagens importantes para o conhecimento do “aluno”, por que não reservar um capítulo às informações do movimento espírita? Há programas que já contemplam esse tema, mas ele é ainda negligenciado em muitas casas espíritas. Essa medida esti-mularia muitos companheiros a ingressarem, num futuro próxi-mo, nos órgãos de coordenação

do movimento, tendo já estudado os elementos da fraternidade, do respeito e da união, impor-tantes na sua formação doutri-nária e necessários no convívio com irmãos de outros grupos e regiões.

A proposta é que o colaborador, principalmente o iniciante, veja com naturalidade esse assunto e evite pensar que a prática espírita se exerça somente dentro da casa onde atua. É oportuno que ele saiba que as instituições também se relacionam, através dos homens, e têm o compromisso de divulgar no meio social, as ideias que o Espiritismo traz. É fundamental que ele conheça a existência de

órgãos diretivos que coordenam a atuação dessas instituições, no sentido de uni-las e fortalecê-las, cada vez mais, no cumprimento das suas tarefas.

“A necessidade de um órgão coordenador está na razão direta da própria necessidade de uma diretriz coletiva”, enfatizou Allan Kardec, em Obras Póstumas, capítulo refe-rente à “Comissão Central”.

Dessa forma, o “estudante”, já no primeiro contato com a Doutrina, saberia que a atuação espírita transcende as paredes do centro que frequenta e, lá fora, se expande em participação co-ordenada, da qual o “seu centro” também toma parte. r

“Muitos dirigentes (...) deixam escapar a oportunidade de fornecer aos companheiros esclarecimentos e noções sobre o movimento, como um dos aspectos da formação doutrinária do colaborador.

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Novembro de 2015PÁGINA 7

Marcas do PassadoHá predisposição para desapegos e desinteresse pessoal?

Guaraci de Lima [email protected]

Há quanto tempo estamos na condição humana? Boa pergunta para os que

já se sentem Espíritos em evo-lução. Despertar para este fato é notável, pois que a grande parcela dos homens encontra-se ainda adormecida como nos dizem Stanilav Gro� e Joanna de An-gelis. Questionamento que tem base quando o raciocínio lógico a� ora em nós levando-nos a nos entendermos como Espíritos a caminho de Deus. A Antropologia e a Arqueologia tentam decifrar o mistério. Contudo, a todo momen-to deparam-se com novas desco-bertas. Vejamos o “Homo Naledi” descoberto recentemente numa região da África do Sul denomi-nada “Berço da Humanidade”. Pesquisadores admitem que esses hominídeos viveram entre 100 mil há 4 milhões de anos. É fascinante e abre grandes perspectivas para um futuro onde a ciência aliada à espiritualidade contribuirão para o conhecimento de� nitivo do ho-mem sobre suas origens na Terra.

Isto posto, outra pergunta:- E o que � zemos nesse tem-

po? Da irracionalidade ao estágio atual de consciência livre houve

um tempo considerável e ações oportunas que nos capacitaram a vivermos em sociedades or-ganizadas. Grandes pensadores,

num passado nem tão distante, estudaram os grupos sociais e suas interações a partir da saída dos estágios primitivos da hu-manidade até o atual. Filhos da Terra ou egressos de outros orbes somos nós em busca de superio-res conquistas. O Espiritismo e

o Evangelho de Jesus são roteiro seguro para entrever dimensões onde distintivos do belo e do bom assumem proporções impensadas pela mente humana. Conquistar o Universo faz parte do nosso rotei-ro de trabalho e ações, instituído por Deus a todos seus � lhos. Bom pensarmos assim. Dignificante para os que aos poucos vão dei-xando seus berços materiais para as expansões espirituais.

Trabalho árduo, contudo pro-fícuo. Em nossos inconscientes há profundas marcas dos nossos passados. Às vezes emergem, co-lorindo ou não a consciência inda pequena e frágil que sente suas ações. Assim, demora-se em ques-tões relativas ao certo e ao errado. Ao que se deve ou não fazer. Ao isto ou aquilo, na feliz concepção de Cecília Meireles. O futuro está no instante seguinte daí que o que decido tem consequências quase imediatas. Haverá um tempo em que as puri� cações espirituais nos colocarão num ambiente de paz e concórdia, harmonia e equilíbrio.

Vejamos a questão 895 de O Livro dos Espíritos: “À parte os defeitos e os vícios sobre os quais ninguém se enganaria, qual é o

indício da imperfeição”? Res-posta: “O interesse pessoal. As qualidades morais são geralmente como a douração de um objeto de cobre, que não resiste à pedra de toque. Um homem pode possuir qualidades reais que o fazem para o mundo um homem de bem; mas essas qualidades, embora representem um progresso, não suportam em geral a certas provas e basta ferir a tecla do interesse pessoal para se descobrir o fundo. O verdadeiro desinteresse é de fato tão raro na Terra que se pode admirá-lo como a um fenômeno, quando ele se apresenta. O apega às coisas materiais é um indício notório de inferioridade, pois quanto mais o homem se apega aos bens desse mundo, menos compreende seu destino. Pelo de-sinteresse, ao contrário, ele prova que vê o futuro de um ponto de vista mais elevado”.

Há importante roteiro a ser seguindo: desapego aos bens ma-teriais e desinteresse pessoal. Há predisposição para segui-lo? Eis a pergunta. Resume o que queremos enquanto homens e sociedades que necessitam crescer para en-tender o Universo. r

“O Espiritismo e o Evangelho de Jesus são roteiro seguro para entrever dimensões onde distintivos do belo e do bom assumem proporções impensadas pela mente humana. Conquistar o Universo faz parte do nosso roteiro de trabalho e ações, instituído por Deus a todos seus filhos. Bom pensarmos assim.

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Novembro de 2015 PÁGINA 8

CONRESPI une o movimento espíritaTradicional evento anual paulista movimenta aproximadamente 50 cidades.

Orson Peter [email protected]

Nosso entrevistado, Ed-mir Garcia, é natural de Bebedouro, no in-

terior paulista, onde também reside. Espírita desde a infância, ex-bancário, é professor de His-tória/Geogra� a/Geopolítica e pós-graduado em Psicopedago-gia. Presidente do Centro Espí-rita “Do Calvário ao Céu”, na mesma cidade, também preside as USEs Bebedouro e Regional Ribeirão Preto. Edmir apresenta uma visão geral sobre a CON-RESPI, evento anual que tem os méritos de unir as cidades e instituições espíritas, além do espaço para participantes de to-das as idades. A íntegra da entre-vista está publicada pela revista

eletrônica o consolador e pode ser encontrada no portal www.oconsolador.com.br (edição 415, de 24/05/15)

1 - O que é, quando e como surgiu a CONRESPI?

A Conrespi é a Confraterniza-ção Regional Espírita que acontece no período do carnaval, com ati-vidades para toda a família. Ela surgiu em 1983, reunindo apro-ximadamente 350 pessoas em um memorável encontro na cidade de Ribeirão Preto. (...)

2 - Quantas edições já foram realizadas e em quantas cidades? Qual a região abrangida?

Em 2015 aconteceu a 33ª edição da Conrespi. Esse evento é realizado em sistema de rodí-zio entre as cidades das 8 Intermunici-pais (Araraquara, Barretos, Bebedouro, Jaboticabal, Matão, Ribeirão Preto, São Carlos e São Joa-quim da Barra) que compõem a USE Re-gional de Ribeirão Preto. Essa região abrange aproxima-damente 50 cidades. (...)

3 - Nas experi-ências anuais, qual o traço marcante?

(...) sem dúvida, o ponto alto da Conrespi é a CONFRATER-NIZAÇÃO entre seus

participantes. A média de participan-tes da Conrespi é de 300 pessoas.

(...)

6 - Há espaços para jovens e crianças?

Sim. A Conrespi recebe partici-pantes de todas as idades, por isso, temos programação específ ica para as crianças (Conrespinha) e para os jovens (Conrespi Juvenil) .(...)

(...)

9 - Há uma sequencia lógica de cidades sedes? Qual a próxima e data?

Existe um rodízio entre as cidades das 8 Intermunicipais. Em 2015 ocorreu em São Carlos, em 2016 acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de feve-reiro na cidade de Matão e em 2017 deverá ocorrer em Barretos.

10 - Algo mais que gostaria de acrescentar?

Temos a convicção que eventos como a Conrespi são de fundamental importância para o intercâmbio ne-cessário do movimento espírita.

Por ser uma construção coletiva temos a oportunidade de vivenciar a uni� cação como nos orienta a doutri-na espírita, ou seja, sem personalismos

e com a harmonia que deve marcar todas as atividades no nosso movi-mento. (...) r

16 – segunda – 20h - São José dos Campos

Sérgio 12 9 8845 167817 – terça – 20h- São José do

Rio PretoRicardo 17 9 9132 814518 – quarta – 20h – Catan-

duvaRoberto 17 9 9105 500619 – quinta – 20h – Descal-

vadoManoel 19 9945 305220 – sexta – 19 às 22h (se-

minário c/inscrição) – Ribeirão Preto

Elidia 16 3610-1120 (horário comercial)

21 – sábado – 20h – JundiaíWalter 11 9 8294 511122 – domingo – 09 às 13h

(seminário c/inscrição) – ArarasAna Paula 19 3543 3212

(horário comercial)

Roteiro de Divaldo Franco em novembro no estado de São Paulo

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Novembro de 2015PÁGINA 9

Tempo de perseverarLeis Divinas não se harmonizam com privilégios ou subterfúgios.

Artur [email protected]

É inegável que a modernida-de trouxe consigo grandes benefícios para a Huma-

nidade. Hoje, temos acesso a pessoas, informações e produtos de maneira quase instantânea. Distâncias e tempos foram vir-tualmente eliminados. Essa nova realidade, contudo, tem também os seus contratempos.

Zygmunt Bauman, ilustre so-ciólogo polonês criador do con-ceito de “modernidade líquida” e um dos mais influentes pen-sadores da atualidade, afirmou em recente visita ao Brasil: “Se demoramos mais de um minuto para acessar a internet quando ligamos o computador, ficamos furiosos. Um minuto só! Nosso limiar de paciência diminuiu. (...) Outra coisa é a persistên-cia. Conseguir algo contém em si um número de fracassos que faz com que você perca tempo e tenha que recomeçar do zero. E isso é muito complicado. Não é fácil manter essa persistência nesse ambiente com tanto ru-ído e tantas informações que

fluem ao mesmo tempo de todos os lados.”1

O ser “urbano” e globalizado da atualidade vai, cada vez mais, perdendo contato com os ciclos e processos naturais de desenvolvi-

mento presentes em cada aspecto da Natureza, passando a acreditar que todos os mecanismos da vida são regidos pela mesma velocidade do mundo em que está inserido. Em termos de conquistas espi-rituais, no entanto, o processo é muito diverso, como nos adverte o benfeitor Emmanuel: “Não te creias capaz de trair o espírito de

sequência que rege todas as forças e todas as tarefas da natureza.”2

É por alimentarem a ilusão de que as aparentes facilidades da modernidade estarão também presentes na busca pelos valores eternos que muitos se frustram e acabam desistindo ante os pri-meiros obstáculos encontrados, perdendo preciosas oportuni-dades de crescimento espiritual. Tudo que traga consigo algum tipo de dificuldade ou exija uma maior cota de sacrifício e de tempo para ser alcançado é então descartado, tido como inconve-niente, valorizando-se assim, na maioria das vezes, as conquis-tas transitórias em detrimento das imperecíveis.

Disse-nos, porém, o Mestre: “quem perseverar até ao � m, esse será salvo.”3 O termo utilizado pelo evangelista, traduzido no texto como “perseverar”, está vinculado à palavra grega hypo-moné, de significação ampla, à qual também se podem relacionar, além da perseverança, a resistên-cia, a � rmeza e a paciência. Por

essa razão, ora é traduzida nos evangelhos como perseverança, ora como paciência. Fica assim evidenciada a profunda ligação entre estas duas virtudes, de� -nidas por Jesus como essenciais para a “salvação”, isto é, para a redenção espiritual do ser. Com-plementa ainda Emmanuel: “O tempo não respeita as edi� cações que não ajudou a fazer.”4 Sem o concurso do tempo, secundado pela perseverança e pela paciên-cia, não existem edi� cações reais para o Espírito.

As Leis Divinas não se har-monizam com privilégios ou subterfúgios. A questão é de vontade e esforço pessoal, de saber perseverar, com paciên-cia, até à conquista dos valores imortais. Para todo aquele, pois, que se propõe a seguir as pegadas imperecíveis do Divino Mestre, ecoam, pelos séculos afora, as sublimes palavras: “Com a vossa perseverança adquiram as vos-sas almas.”5 r

1. ALFANO, Bruno. ‘Há uma crise de aten-ção’. O Globo, Rio de Janeiro, 12 set. 2015. Educação. Disponível em: <http://oglo-bo.globo.com/sociedade/educacao/ha-uma-crise-de-atencao-17476629>. Acesso em: 01 out. 2015.2. XAVIER, Francisco Cândido. Irmão. Cap. 8.3. Mateus, 24:13.4. XAVIER, Francisco Cândido. Palavras de Vida Eterna. Cap. 77.5. Lucas, 21:19.

“O ser “urbano” e globalizado da atualidade vai, cada vez mais, perdendo contato com os ciclos e processos naturais de desenvolvimento presentes em cada aspecto da Natureza (...).

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Novembro de 2015 PÁGINA 10

A virtude dos fortesÉ preciso coragem para fazer diferente. E ser humilde é fazer diferente.

Andres Gustavo [email protected]

A frase “Sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que não possu-

ís, como se trouxésseis um vestu-ário para ocultar as deformidades do vosso corpo.”, de Lacordaire (O Evangelho Segundo o Espiri-tismo, cap. VII, item XI), chama a atenção.

A� nal, o progresso moral do ser demanda, como é cediço, muito tempo e muito esforço, através dos quais o homem vai amealhando novas experiências, conhecimentos e virtudes, que, por extensão, fazem nele emer-gir as forças interiores da alma. Contudo, à medida que o homem dá mais importância aos bens ter-renais do que aos espirituais – os únicos que lhe podem assegurar a verdadeira felicidade – apega-se ao exterior, tira Deus do centro e coloca-se no lugar d’Ele.

Há, neste sentido, uma inte-ressante frase do Espírito Paulo de Tarso, inserta na quarta parte, cap. II, pergunta n.º 1009 de O Livros dos Espíritos: “Gravitar para a unidade divina, esse é o objetivo da Humanidade”. Gra-vitar, em sentido estrito, significa

girar em torno. Nesta perspec-tiva, a bem de nosso progresso, devemos deixar Deus no centro. Para isso, porém, é necessário que sejamos humildes.

Quando o orgulho sobressai em nossas atitudes, � camos presos às nossas próprias limitações e in-capazes, portanto, de avançar para as conquistas superiores. Na socie-dade terrena atual viceja, de modo geral, o culto ao materialismo, disso

resultando numa completa inversão de valores. Neste diapasão, adverte Joanna de Ângelis1 que

“Há uma confusão muito gran-de entre os valores éticos que al-çam os indivíduos aos patamares da grandeza moral e aqueles que degradam, que vendem sensações soezes, como se a existência hu-mana devesse estar sempre num circo, dando prosseguimento inde� nido ao burlesco, ao cínico, ao despudor...”

Em assim sendo, a falta de resistências morais dá azo a que permaneçamos, não raramente, adstr itos a comportamentos impostos por indivíduos que se consideram heróis da atua-lidade. Ante isso, cumpre-nos citar novamente o pensamento da Benfeitora Espiritual acima mencionada2:

“O heroísmo não se expressa através da vilania, da deformidade, do grotesco, mas sim, em decor-rência da coragem e da envergadu-ra que caracterizam os espíritos fortes, humanos e digni� cadores da sociedade.

“[...] Todo e qualquer investi-mento aplicado na transformação dos recursos espirituais para melhor e do esforço contínuo em favor da promoção da socie-dade, constitui ato de heroísmo. Não apenas aqueles que tornam os seus realizadores conhecidos e comentados pelo grupo so-cial, mas especialmente quando passam ignorados, constituindo admirável empreendimento inte-rior em benefício da harmonia.” (grifos nossos)

Desta forma, inferimos que é ato de coragem lutar contra toda essa onda de materialismo e in-sensatez que grassam em nosso planeta nestes turbulentos dias. Para tal, é preciso ter coragem para fazer diferente. E ser humilde é fazer diferente, pois a humildade é panaceia contra os males origina-dos pe las suscetibilidades do amor-próprio. Eis porque consideramos a humildade como sendo a virtude dos fortes. r

1. Jesus e Vida, p. 176.2. Ob. cit., p. 177.

É a Confraternização Regional Espírita, em 2016.Data: 07 a 09 de fevereiro (durante o carnaval)Tema central: O Homem de bem. Programação completa será di-

vulgada brevementeLocal: Escolas COC. – Promoção: USE Matão. Informações: [email protected] entrevista sobre a CONRESPI na página 8

Matão (SP) sedia a 34ª CONRESPI

“Quando o orgulho sobressai em nossas atitudes, ficamos presos às nossas próprias limitações e incapazes, portanto, de avançar para as conquistas superiores. Na sociedade terrena atual viceja, de modo geral, o culto ao materialismo, disso resultando numa completa inversão de valores.

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Novembro de 2015PÁGINA 11

Benfeitores e BênçãosNunca falta auxilio.

Vladimir Polí[email protected]

Esperar dos outros o que nos cabe fazer não é procedimen-to correto.

Quem sabe dos problemas é quem está dentro deles. Porém, buscar apoio e orientação quando as dúvidas surgem é uma medida razoável aos que usam o bom senso.

Em qualquer situação, no en-tanto, a decisão caberá sempre ao responsável. Andar com as próprias pernas e pensar é sinal de indepen-dência, de maturidade.

Seja você mesmo em qualquer momento de sua vida. Enfrente os problemas com a cabeça erguida e apoio na fé, como sustentação nos momentos de crise.

A espiritualidade lembra que para os vôos de grandes alturas,

há necessidade de asas fortes, equivalendo dizer que primeiro é preciso se fortalecer interior-mente para poder tomar decisões de importância na vida, ao invés de esperar que outras pessoas o façam, permitindo a interferência naquilo que nos compete.

Embora Jesus esteja no leme do mundo, a direção e o rumo de nossa embarcação depende de nós, por direito e dever.

Emmanuel, mentor espiritual que acompanhou Chico Xavier por 75 anos, ofereceu a mensagem “Benfeitores e bênçãos’ (constante do livro “Estude e Viva”), que fala claramente do compromisso in-dividual e da responsabilidade de cada um:

“Confiemos nos benfeitores e nas bênçãos que nos enriquecem os dias, sem, no entanto, esque-cer as próprias obrigações, no aproveitamento do amparo que nos ofertam.

Pais abnegados da Terra, que nos propiciam o ensejo da reen-carnação, por muito que façam servidores de nossa felicidade, não nos retiram da experiência de que somos carecedores.

Mestres que nos arrancam às sombras da ignorância, por muito carinho nos dediquem, não nos isentam do aprendizado.

Amigos que nos reconfortam na travessia dos momentos amargos, por mais nos estimem, não nos carregam a luta íntima.

Cientistas que nos refazem as forças, nos dias de enfermidade, por mais que nos amem, não usam por nós a medicação que as circunstân-cias nos aconselham.

Instrutores da alma que nos orientam a viagem de elevação, por muito nos protejam, não nos suprimem o suor da subida moral.

Ninguém vive sem a cooperação dos outros.

Encontramo-nos, porém, à frente do amor de que todos somos necessitados, assim como o vegetal, diante do apoio da Natureza.

A planta não se cria sem ar, não medra sem sol, não dispensa o auxílio da terra e não prospera sem água, mas deve produzir por si mesma.

Assim também, no reino do espírito.

Todos temos problemas, re-clamando o concurso alheio, mas ninguém pode forjar a solução do esforço para o bem que depende exclusivamente de nós”. r

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