DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA FICUS BENJAMINA EM ÁREA URBANA CENTRAL DO MUNICÍPIO DE JUREMA-PE

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1 UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO Campus Garanhuns Curso de Licenciatura em Geografia DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA FÍCUS BENJAMINA EM ÁREA URBANA CENTRAL DO MUNICÍPIO DE JUREMA/PE Anderson Silva Almeida Diogo Rai de Moura José Welligton dos Santos Noé Penedo de Andrade Phelipe José dos Santos RESUMO A motivação da pesquisa foi a distribuição espacial da espécie da árvore Ficus benjamina, na zona urbana central do município de Jurema/PE. A Ficus localizada nesta área em cota média de 720 metros de altitude é uma espécie utilizada na urbanização da cidade. Para a visualização da ocorrência dos indivíduos foram utilizadas ferramentas como foto via satélite e software Google Earth 6.2 ® . O estudo foi desenvolvido em uma área de 32 km², usando método de amostragem sistemática através de transectos e coleta de informações geográficas de todos os indivíduos da espécie. Foram identificados 35 exemplares na área, onde 31,4% são jovens, além da ausência de mudas. As ações de gestão que envolve a urbanização com a Ficus em determinados locais devem ser baseadas em conhecimentos da espécie, pois seu crescimento é rápido e pode causar danos estruturais à moradias, pavimentações etc. Palavras-chave: Ficus benjamina, zona urbana central, urbanização, distribuição espacial. 1 INTRODUÇÃO A arborização das vias públicas consiste em trazer para as cidades, mesmo que simbolicamente, um pouco do ambiente natural e do verde das matas, com a finalidade de satisfazer as necessidades mínimas do ser humano, o qual não se sente bem sob as condições de vida presentes nas cidades modernas, muitas vezes com intenso calor ou ares secos. Contudo, arborizar uma cidade não significa apenas cultivar espécies vegetais aleatoriamente ou por simples modismos, sendo o adequado conhecimento das características e das condições do ambiente, um pré-requisito imprescindível ao sucesso da arborização.

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO Campus Garanhuns

Curso de Licenciatura em Geografia

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA FÍCUS BENJAMINA EM ÁREA

URBANA CENTRAL DO MUNICÍPIO DE JUREMA/PE

Anderson Silva Almeida Diogo Rai de Moura

José Welligton dos Santos Noé Penedo de Andrade Phelipe José dos Santos

RESUMO A motivação da pesquisa foi a distribuição espacial da espécie da árvore Ficus benjamina, na zona urbana central do município de Jurema/PE. A Ficus localizada nesta área em cota média de 720 metros de altitude é uma espécie utilizada na urbanização da cidade. Para a visualização da ocorrência dos indivíduos foram utilizadas ferramentas como foto via satélite e software Google Earth 6.2®. O estudo foi desenvolvido em uma área de 32 km², usando método de amostragem sistemática através de transectos e coleta de informações geográficas de todos os indivíduos da espécie. Foram identificados 35 exemplares na área, onde 31,4% são jovens, além da ausência de mudas. As ações de gestão que envolve a urbanização com a Ficus em determinados locais devem ser baseadas em conhecimentos da espécie, pois seu crescimento é rápido e pode causar danos estruturais à moradias, pavimentações etc. Palavras-chave: Ficus benjamina, zona urbana central, urbanização, distribuição espacial.

1 INTRODUÇÃO

A arborização das vias públicas consiste em trazer para as cidades, mesmo que simbolicamente, um pouco do ambiente natural e do verde das matas, com a finalidade de satisfazer as necessidades mínimas do ser humano, o qual não se sente bem sob as condições de vida presentes nas cidades modernas, muitas vezes com intenso calor ou ares secos.

Contudo, arborizar uma cidade não significa apenas cultivar espécies vegetais aleatoriamente ou por simples modismos, sendo o adequado conhecimento das características e das condições do ambiente, um pré-requisito imprescindível ao sucesso da arborização.

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Um dos grandes vilões da arborização urbana mal planejada é o plantio de Fícus benjamina, árvore muito procurada pela sua beleza, mas que esconde uma realidade nada agradável para as estruturas urbanas. Com o desenvolvimento da árvore, as raízes agressivas acabam provocando grandes danos às estruturas, muros, edificações, calçadas e tubulações subterrâneas, e comumente racham vasos e pavimentos. Requer maior demanda de podas e remoções e aumenta o risco de queda de pessoas por causa de suas raízes. O seu plantio já é proibido em diversas cidades do país.

Nativa da Ásia e melhorada por viveiristas da Holanda, é produzida aos milhões em Holambra/SP, com baixíssimo custo. Quando plantada no solo, fora do vaso, suas raízes agressivas destroem galerias pluviais, de esgoto, fiações enterradas, fundações e o que mais houver pela frente, causando um grande problema nas edificações das cidades e prejuízos públicos e particulares incalculáveis.

Como é uma árvore que cresce em qualquer solo e clima brasileiro, por ser extremamente rústica, já existe até em cidades ribeirinhas no meio da floresta amazônica, mesmo com tantas belas árvores nativas à disposição.

Não há dúvidas de que é uma árvore belíssima, entretanto devido a sua popularidade, o fícus vem sendo implantado em locais impróprios, como em calçadas, ruas e próximo a muros e construções. O fícus é uma árvore para ser plantada em parques ou fazendas, longe de construções, pois trata-se de uma espécie inconveniente para arborização de ruas e avenidas pelo excessivo vigor do sistema radicular.

Com isso, o desenvolvimento e aplicação de ferramentas adequadas à gestão ambiental e ao controle de espécies utilizadas para urbanização é de grande importância, no entanto, poucas pesquisas são realizadas nessa área.

2 OBJETIVO O objetivo do presente trabalho é o diagnóstico da distribuição espacial da espécie Ficus benjamina na urbanização da área central do município de Jurema/PE. Os resultados são importantes para auxiliar na quantificação dos indivíduos e na hipótese de risco à pavimentação, casas, muros etc, de Ficus no local analisado.

3 ÁREA DE ESTUDO

A área de pesquisa está localizada na zona urbana central do município de

Jurema, PE, Brasil (Figura 1). A sede do município tem uma altitude aproximada de 723 metros e coordenadas geográficas de 08°43’05” de latitude sul e 36°08’09” de longitude oeste.

Com uma área de 146,4 km², representando 0,15% do Estado de Pernambuco, está inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. A vegetação desta unidade é formada

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por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes (CPRM/PRODEEM, 2005).

4 DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

As figueiras são plantas, geralmente árvores, do gênero Ficus (um dos

maiores do Reino Vegetal), da família Moraceae. A família das Moráceas compreende mais de 60 gêneros e 1500 espécies de árvores, arbustos e trepadeiras, das quais o gênero Ficus possui mais de 1000 espécies. São geralmente plantas robustas com um sistema radicular potente (MÜLLER, J.J.V, 2000).

A Fícus benjamina chamada, popularmente, fícus, fícus-benjamim, figueira-benjamim, figueira-chorão ou, simplesmente, figueira é originária da China, Índia, Filipinas, Indonésia e Sudeste Asiático. É comum vê-las em vasos, com porte baixo e copa podada, mas plantada ao ar livre e na terra, podem crescer de forma enérgica até formar árvores muito altas, com cerca de 30 metros, de copa grande e densa (Figura 2). A Fícus também é capaz de criar raízes para “ir em busca de água” e romper as canalizações, pavimentos, floreiras e até os alicerces das casas com facilidade. Portanto, é uma espécie a evitar próximo das habitações.

A Fícus benjamina adapta-se bem a planta de interior e é muito conhecida, difundida e preferida pela sua resistência e beleza. Os seus ramos pendentes e a folhagem densa dão-lhe um aspecto muito atraente e por isso tem grande procura como planta ornamental. As folhas são ovaladas e tem a orla ligeiramente ondulada, de cores que vão do verde escuro até verde acinzentado, com manchas mais claras, na subespécie “variegata” (Figura 3).

Figura 1. Mapa da localização do município de Jurema no Estado de Pernambuco. Fonte: IBGE adaptado, 2010.

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Por fornecer alimentos a animais dispersores de sementes, têm importância na preservação das vegetações nativas tropicais e subtropicais. Pode possuir frutos pequenos, de cor verde, tipo figo, que ficam vermelhos ao amadurecer (Figura 4). As suas principais pragas são: pulgões, cochonilhas e ácaros.

Atualmente encontra-se disseminada em todos os continentes, com exceção da Antártica, especialmente em regiões de clima Equatorial, Subtropical, Tropical, Tropical de altitude e Tropical úmido.

Figura 3. Detalhe da folha da subespécie Fícus benjamina variegata. Fonte: Anderson Almeida, 2012.

Figura 2. Indivíduo adulto de Fícus em área urbana. Fonte: Anderson Almeida, 2012.

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4.1 Morfologia

As figueiras são plantas lenhosas, com caule de forma irregular ou escultural, com raizes adventícias e superficiais (Figura 5). As folhas são alternas, usualmente providas de látex. Nas extremidades dos galhos ocorrem estípulas. As flores são diminutas, unissexuais, reunidas em inflorescências especiais denominadas sicónios, que consistem em um receptáculo fechado, com as flores inseridas no lado de dentro, e um orifício de saída no ápice, ou ostíolo. Os frutos são aquênios que amadurecem dentro do próprio sicónio, formando, por consequência, uma infrutescência.

Figura 5. As grandes raízes superficiais de um indivíduo adulto de Fícus. Fonte: Accardo Filho, 2004.

Figura 4. Detalhe dos frutos vermelhos maduros.

Fonte: Anderson Almeida, 2012.

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4.2 Ecologia As figueiras possuem um dos sistemas de reprodução mais curiosos da

natureza. Suas flores, encerradas nos sicónios, não têm contato direto com o ambiente externo, de forma que o pólen não pode ser transferido de uma planta a outra espontaneamente.

Há uma série de espécies de vespas polinizadoras minúsculas que se aproveitam da proteção do sicónio para depositar seus ovos. Elas procuram sicónios cujas flores femininas estejam maduras, e depositam seus ovos em seus ovários. As larvas, ao eclodirem, se alimentam dos tecidos internos do sicónio. Quando atingem a fase adulta, os machos fecundam as fêmeas e, mais tarde, morrem, sem saírem dos figos, pois somente as vespas femininas são aladas. As fêmeas então procuram sair pelo ostíolo, passando pelas paredes internas do sicónio. Neste momento as flores masculinas estão maduras, de modo que as fêmeas são impregnadas de pólen, antes destas abandonarem os figos. As fêmeas então repetirão o ciclo de vida, procurando um sicónio com flores femininas para depositar seus ovos, e ao mesmo tempo fertilizar as flores femininas maduras com o pólen trazido do sicónio onde nasceram. As sementes, necessárias à propagação das figueiras, serão formadas a partir das flores polinizadas.

Quanto ao tipo de reprodução, existem dois tipos de figueiras, as monóicas e as dióicas:

As monóicas produzem figos com flores masculinas e femininas de estilete curto e longo. Nas flores femininas de estilete curto, crescem as larvas das vespas, e nas femininas de estilete longo, são formadas as sementes;

As dióicas se apresentam com dois tipos de plantas: as masculinas e as femininas. As plantas masculinas produzem figos que contêm as flores femininas de estile curto, onde as vespas machos e fêmeas crescem, e as flores masculinas, de onde é coletado o pólen.

5 MATERIAL E MÉTODOS

Diante da necessidade de quantificar e identificar, utilizando geotecnologias para produzir informações espaciais, foi desenvolvido a seguinte pesquisa, a fim de conhecer a distribuição espacial da espécie Fícus benjamina, na urbanização da zona central do município.

Para o desenvolvimento da pesquisa utilizou-se como ferramenta uma foto via satélite MapLink/Tele Atlas® GeoEye®, ano 2010, da empresa Google, Inc.

A Fotogrametria permite executar medições precisas utilizando de fotografias métricas, onde pode-se determinar a forma, dimensões e posição dos objetos contidos numa fotografia, através de medidas efetuadas sobre a mesma. Assim, através desta ferramenta de sensoriamento remoto é possível visualizar a distribuição espacial da Fícus benjamina, na área de estudo.

A pesquisa foi desenvolvida na zona urbana central da cidade (Figura 6). Na foto via satélite, a praça central, conhecida como N. Sra. da Conceição, é bem visível, mostrando o desenvolvimento da cidade praticamente ao seu entorno.

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A análise da foto possibilitou a seleção do método mais adequado para as condições de acesso do perímetro. Utilizou-se a amostragem sistemática na coleta dos dados, empregando transectos a cada 37 metros, em uma área demarcada de 32 km², a partir da rua de acesso ao centro, próximo a Praça da Bandeira, no sentido à Praça Mª Anunciada (Figura 7).

Em cada transecto foram obtidos os dados de todos os indivíduos de Fícus, sendo classificados de acordo com a altura em: plântula, jovem e adulto (Tabela 1). Foram dimensionados os diâmetros ao nível do caule e ao nível da copa, além do georreferenciamento dos indivíduos utilizando o GPS Samsung Star®.

Fonte: Joyce Helena Sanches, 2007.

INDIVÍDUOS ALTURA

Plântula Da semente até 0,5 m

Jovem De 0,5 m até 2 m

Adulto De 2 m em diante

Tabela 1. Classificação dos indivíduos de Fícus.

Figura 6. Foto via satélite do município com a área de estudo em destaque. Fonte: Google, Inc., 2010.

Figura 7. Transectos empregados na área para a coleta dos dados. Fonte: Google, Inc., 2010.

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Concomitantemente, também foram georreferenciados todos os indivíduos não inseridos nos transectos. Nesta fase, não foi coletado nenhum atributo do indivíduo, classificados de acordo com a Tabela 1.

Para processamento dos dados utilizou-se como ferramenta o software Google Earth 6.2®. Desta maneira, foi possível visualizar a distribuição espacial dos indivíduos na área urbana estudada.

6 RESULTADOS

A partir da análise dos dados observou-se que:

a) Nenhum exemplar da espécie Fícus benjamina classificado como plântula foi encontrado nos transectos analisados;

b) Foram encontrados exemplares da espécie em 8 transectos, do total de 10; c) Foram identificados 35 indivíduos: 11 jovens e 24 adultos; d) Foram identificados 3 indivíduos da espécie Fícus benjamina variegata

(Fícus-variegado), do total de 35; e) Os indivíduos jovens apresentaram: altura média de 1,6 m, diâmetro médio do

caule de 0,06 m e diâmetro médio da copa de 0,94 m (Figura 8); f) Os indivíduos adultos apresentaram: altura média de 3,8 m, diâmetro médio

do caule de 0,39 m e diâmetro médio da copa de 3,81 m; g) Foram identificados 5 indivíduos localizados fora da área amostral definida

pelos transectos (Figura 9).

Na Figura 9 pode-se observar uma questão preocupante: um razoável número de indivíduos (19) próximos às moradias, fator que pode gerar futuros danos estruturais as mesmas, devido ao crescimento rápido e a busca de água e nutrientes pelas suas fortes e grandes raízes.

No levantamento de campo também foram observados alguns indivíduos jovens de Fícus benjamina com a finalidade de ornamentação das praças públicas.

Figura 8. Indivíduo jovem de Fícus em área de praça pública. Fonte: Anderson Almeida, 2012.

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7 CONCLUSÃO

Diante do exposto, conclui-se que na área estudada, a espécie encontra-se em razoável quantidade. Contudo em determinadas ruas há uma grande utilização da mesma para ornamentação. Um dos fatores de preocupação é que a resistência da espécie pode representar uma ameaça à conservação e estrutura de habitações e pavimentação do local. Esse problema pode ser de dimensões tais que levou alguns municípios do Brasil a erradicar os exemplares existentes e a proibir a sua plantação.

Algumas recomendações a cerca dos problemas de Fícus são:

a) Nas cercas-vivas é recomendável manter grande distância de construções e tubulações;

b) Manter a planta vigiada quanto ao crescimento das raízes; c) Fornecer água q.b. e pulverizar com regularidade, assim a planta não tem

necessidade de criar raízes extensas; d) Podar regularmente, não deixando que sua altura se desenvolva demasiado; e) Manter afastada de outras espécies, pois sua copa frondosa impede o

crescimento de qualquer outra planta dentro do perímetro de sua sombra; f) Manuseá-la com cuidado, pois sua seiva, leitosa e resinosa é venenosa e

pegajosa, mancha os tecidos e pode provocar irritação da pele e reações alérgicas: comichão nos olhos e na pele, tosse e dificuldades respiratórias. Sob uma análise mais antropocêntrica da utilização em áreas urbanas,

podemos dizer que a espécie apresenta três fatores positivos: alimento animais, como aves, símios, morcegos, além de peixes e insetos; aspectos estéticos, como folhas brilhantes e delicadas; sombreamento local, através de sua copa densa. Estas condições ligadas principalmente a fatores culturais e ornamentais relacionados ao uso em áreas urbanas, próximos a habitações, poderão dificultar

Figura 9. Distribuição espacial dos 35 indivíduos na área de estudo. Fonte: Google, Inc., 2010.

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iniciativas de manejo da espécie que impliquem na retirada dos indivíduos após a comprovação de seu poder destrutivo. Assim, o monitoramento do desenvolvimento da espécie é indicado para que se assegure que a Fícus não causará danos as áreas utilizadas.

8 REFERÊNCIAS BIRA PLANTAS. Plantas e características: Ficus benjamina ou figueira-chorão. Disponível em: <http://biraplantas.blogspot.com.br/2010/04/ficus-benjamina-ou-figueira-chorao.html> Acesso em: Maio/2012. CAZOMBANDO. Arborização com a espécie fícus prejudica prédios históricos de São Luís. Disponível em: <http://cazombando.blogspot.com.br/2011/07/arborizacao-com-especie-ficus-prejudica.html> Acesso em: Maio/2012. MASCARENHAS, João de Castro; et al. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea: diagnóstico do município de Jurema, estado de Pernambuco. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005. 11 p. MÜLLER. JJV. 2000. A demanda em substrato sob o ponto de vista dos usuários: na olericultura. In: KÄMPF, AN; FERMINO, MH (eds). Substrato para plantas: A base da produção vegetal em recipientes. Porto Alegre: Gênesis. 312p. PAISAGISMO DIGITAL. Fícus benjamina. Disponível em: http://www.paisagismodigital.com/port/item.aspx?id=100355-Ficus-benjamina Acesso em: Maio/2012. WIKIPÉDIA. Figueira. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Figueira> Acesso em: Maio/2012.