DISSERTAÇÃO CORRIGIDA

of 80 /80
i THAÍS MEDEIROS DA SILVA COMPARAÇÃO EX VIVO DA PRECISÃO DE TRÊS LOCALIZADORES APICAIS NA DETECÇÃO DO FORAME APICAL 2012

Embed Size (px)

Transcript of DISSERTAÇÃO CORRIGIDA

  • i

    THAS MEDEIROS DA SILVA

    COMPARAO EX VIVO DA PRECISO DE TRS LOCALIZADORES APICAIS NA DETECO DO

    FORAME APICAL

    2012

  • THAS MEDEIROS DA SILVA

    COMPARAO EX VIVO DA PRECISO DE TRS LOCALIZADORES APICAIS NA DETECO DO FORAME APICAL

    Dissertao apresentada Faculdade de Odontologia da Universidade Estcio de S, visando a obteno do grau de Mestre em Odontologia (Endodontia).

    Orientador:

    Prof. Dr. Flvio Rodrigues Ferreira Alves

    UNIVERSIDADE ESTCIO DE SRIO DE JANEIRO

    2012

    ii

  • DEDICATRIA_______________________________________________________________

    minha me, Marilda Medeiros da Silva,

    Me, obrigada por me apoiar em todos os momentos da minha vida e

    compartilhar as alegrias e tristezas. Voc sempre foi muito dedicada famlia e

    preocupada com nossa felicidade. Quantas vezes me viu chegar em casa

    exausta por ter passado o dia inteiro na faculdade e, com todo carinho, estava

    ali para me acolher. Obrigada por fazer parte da minha caminhada. Amo voc.

    Ao meu pai, Srgio Antnio Alves da Silva,

    Pai muito obrigada, pois graas aos seus esforos, seu trabalho e sua

    dedicao, eu pude buscar a realizao dos meus sonhos. Amo voc.

    minha av (in memorian), Hilda Medeiros Moreira, que me ensinou a ler e

    escrever, e principalmente, me fez entender que o conhecimento uma das

    maiores riquezas que eu posso ter. Infelizmente ela no viveu o suficiente para

    me ver chegar at aqui, mas com certeza est me acompanhando onde quer

    que esteja.

    iii

  • AGRADECIMENTOS_______________________________________________________________

    Ao meu orientador, Flvio Rodrigues Ferreira Alves,

    Professor, foi uma honra t-lo como orientador. Admiro sua simplicidade e

    humildade. Aprecio a igualdade com que trata todas as pessoas e sua

    preocupao com o aprendizado do aluno. Sempre que precisei de ajuda, voc

    estava disponvel. Seus conhecimentos e suas experincias me serviram como

    lies de vida. Muito obrigada por ter me ajudado a chegar at aqui!

    Aos professores, Jos F. Siqueira Jr., Hlio P. Lopes, Isabela N. Ras

    Siqueira, Julio Cezar M. Oliveira, Mnica Aparecida Schultz, Luciana Armada

    Dias, Lcio de Souza Gonalves, Jos Cludio Provenzano e Milton de Uzeda

    pelo apoio na realizao desse trabalho e pela constante disposio para

    ajudar e esclarecer minha dvidas.

    toda a minha famlia, sempre muito unida.

    s minhas colegas de Mestrado, Cnthia Bueno, Juliana Zfoli, Renata

    Soares, Luis Renan de Brito e Joo Paulo Grillo, que compartilharam comigo

    conhecimentos, experincias, alegrias, tristezas e desesperos nas pocas de

    provas. E tambm aos demais integrantes do Mestrado e do Doutorado.

    iv

  • Ao meu amigo Janderson Rodrigues, companheiro das horas boas e

    ruins, que me ajudou muito durante a fase laboratorial desse trabalho. Pessoa

    generosa, sempre de bem com a vida e aluno exemplar.

    Anglica Pedrosa, que sempre me tratou com muito carinho.

    Aos meus companheiros de trabalho do Hospital de Fora Area do

    Galeo, principalmente chefia da Odontologia, na pessoa do Cel Messeder e

    do Cel Thompson e chefia da Endodontia, na pessoa do Cap Rolla, que

    confiaram em mim e possibilitaram a realizao desse sonho.

    v

  • NDICE_______________________________________________________________

    Pg.

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS........................................ vii

    LISTA DE FIGURAS..................................................................... viii

    RESUMO...................................................................................... ix

    ABSTRACT................................................................................... x

    1. INTRODUO......................................................................... 1

    2. REVISO DE LITERATURA.................................................... 4

    3. HIPTESE............................................................................... 24

    4. OBJETIVOS............................................................................. 25

    5. MATERIAIS E MTODOS........................................................ 26

    6. RESULTADOS......................................................................... 33

    7. DISCUSSO............................................................................ 39

    8. CONCLUSO.......................................................................... 48

    9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................... 49

    10. ANEXOS................................................................................. 61

    vi

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS_______________________________________________________________

    ADSP Apex DSP

    CA constrio apical

    CX clorexidina

    DP ZX Dentaport ZX

    ED Elements Diagnostic Unit and Apex Locator

    EDTA cido etilenodiamino tetra-actico

    FA forame apical

    JCD juno cementodentinria

    K Kerr

    K quiloohm

    LAE localizador apical eletrnico

    LAEs localizadores apicais eletrnicos

    MA Mini Apex Locator

    NA Novapex

    NaCl cloreto de sdio

    NaOCl hipoclorito de sdio

    PP ProPex

    PP II ProPex II

    RA A-15 RomiApex A-15

    RA D-30 RomiApex D-30

    TA ZX TriAuto ZX

    ZX Root ZX

    ZX II Root ZX II

    vii

  • LISTA DE FIGURAS_______________________________________________________________

    Pg.

    Figura 1 - Distncia entre a CA e o FA de acordo com a faixa etria.............................................................................................. 5

    Figura 2 - Tipos de CA de acordo com a anatomia da regio....... 7

    Figura 3 - Estruturas morfolgicas que compem o tero apical da raiz............................................................................................ 9

    Figura 4 - Preparo das coroas dentrias....................................... 27

    Figura 5 - Ponta do instrumento endodntico posicionada no FA................................................................................................... 28

    Figura 6 - Verificao da medida com um paqumetro digital........ 29

    Figura 7 - Medio eletrnica de um canal radicular..................... 31

    Figura 8 - Grfico boxplot com as diferenas mdias entre a medio eletrnica e o comprimento real - todos os grupos............................................................................................ 34

    Figura 9 - Grfico boxplot com as diferenas mdias entre a medio eletrnica e o comprimento real - comparando os LAEs.............................................................................................. 35

    Figura 10 - Grfico com as mdias das distncias entre a ponta do instrumento e o FA obtidas com cada LAE............................... 36

    viii

  • RESUMO

    _______________________________________________________________

    Objetivo: O presente estudo comparou a preciso dos localizadores apicais

    eletrnicos ZX II, ZX Mini e RA A-15 na localizao do FA.

    Mtodos: Para atingir o objetivo, 32 dentes humanos permanentes

    unirradiculares, tiveram seu comprimento real determinado pela insero de um

    instrumento endodntico #10, at que sua ponta fosse visualizada na borda

    mais coronal do forame apical, com auxlio de um microscpio estereoscpico

    (magnificao de 16x). Os dentes randomizados foram imersos em alginato e

    as medies eletrnicas foram feitas em duplicata com cada LAE. As mdias

    das mensuraes foram calculadas e comparadas com o comprimento real

    dos dentes.

    Resultados: A diferena mdia entre esses valores foi de 0,50 mm para o ZX

    II, 0,45 mm para o ZX Mini e 0,50 mm para o RA A-15. Com uma tolerncia de

    0,5 mm, os valores de preciso dos LAEs foram de 62,5%, 56,2% e 50%,

    respectivamente. Para uma tolerncia de 1,0 mm, os valores foram de 87,5%,

    96,87% e 87,5%, respectivamente.

    Concluso: Os LAEs testados no diferem quanto a preciso em detectar o

    FA, os trs aparelhos apontam em mdia, 0,49 mm aqum deste ponto.

    Palavras-chave: Localizadores apicais eletrnicos; Root ZX II; Root ZX Mini;

    RomiApex A-15.

    ix

  • ABSTRACT_______________________________________________________________

    Purpose: This study compared the accuracy of the electronic apex locators ZX

    II, ZX Mini e RA A-15 in location of the apical foramen.

    Methods: For this, 32 permanent single-rooted human teeth had their actual

    length determined by inserting a #10 endodontic instrument until its tip was

    visualized in the coronal edge of the apical foramen, with the aid of a

    stereoscopic microscope (magnification of 16x). The teeth randomized were

    immersed in alginate and electronic measurements were performed in duplicate

    with each electronic apex locator. The mean distances were calculated and

    compared with the actual length of the teeth.

    Results: The average difference between these values was 0,50 mm for the ZX

    II, 045 mm for ZX Mini and 0,50 mm for RA A-15. With a tolerance of 0.5 mm,

    the accuracy of the electronic apex locators values were 62.5%, 56.2% and

    50%, respectively. For a tolerance of 1.0 mm, the values were 87.5%, 96.87%

    and 87.5%, respectively.

    Conclusions: The electronic apex locators compared did not differ in accuracy

    in detecting the apical foramen, the three devices show an average 0.49 mm

    below this point.

    Keywords: Electronic apex locators; Root ZX; Root ZX Mini; RomiApex A-15.

    x

  • xi

  • 1. INTRODUO_______________________________________________________________

    Uma das etapas mais importantes durante a terapia endodntica a

    determinao do limite apical de instrumentao e obturao, ou seja, o ponto

    mais apical que os instrumentos e o material obturador devem atingir durante o

    tratamento. A resposta dos tecidos perirradiculares est relacionada com a

    extenso apical dos procedimentos intracanais, e embora seja uma discusso

    baseada em milmetros, ela assume grande importncia, visto que influencia

    diretamente no sucesso da terapia endodntica (LOPES & SIQUEIRA, 2010).

    A anatomia da regio apical crtica para o tratamento endodntico

    e a complexidade do sistema de canais radiculares dificulta as manobras

    teraputicas, prejudicando a limpeza, modelagem, desinfeco e selamento

    apical. Por essas razes, o estudo da morfologia e microbiota dessa regio em

    particular pode trazer importantes consideraes teraputicas, principalmente

    ao que tange ao limite apical de trabalho, varivel que influencia diretamente o

    sucesso da terapia endodntica (ALVES et al., 2005).

    O mtodo radiogrfico tem sido o mais utilizado para determinao

    do comprimento de trabalho desde sua introduo na Odontologia. Porm,

    um mtodo com inmeras limitaes como distores nas imagens,

    superposio de estruturas anatmicas e a impossibilidade de determinar a

    exata localizao da juno cemento dentinria. De acordo com GONALVES

    REAL et al. (2011), o arco zigomtico interfere na qualidade da imagem

    radiogrfica em 20% dos primeiros molares superiores e 42% dos segundos

    molares. Ainda segundo esses autores, a deposio fisiolgica de dentina

    1

  • secundria e cemento causa mudanas na localizao da CA em relao ao

    pice radiogrfico, levando a mensuraes inadequadas do comprimento de

    trabalho e consequentemente, problemas na instrumentao do sistema de

    canais radiculares.

    Assim, buscando maior confiabilidade e preciso na determinao

    da localizao do FA surgiram as tcnicas eletrnicas, alvos constantes de

    estudos e avanos na Endodontia. A ideia inicial de utilizar corrente eltrica

    para estabelecer o comprimento de trabalho surgiu em 1918 (CLUSTER), o

    desenvolvimento dos LAEs s foi possvel pois a resistncia eltrica entre o

    ligamento periodontal e a mucosa oral constante (6,5 K). As duas

    primeiras geraes de LAEs eram sensveis ao contedo do canal

    radicular e aos irrigantes utilizados durante o tratamento, visando corrigir

    esse problema, em 1989 surgiram os aparelhos de terceira gerao.

    Baseados no mtodo da diferena entre impedncias, estes LAEs no

    eram afetados pelos eletrlitos e seus resultados clnicos eram

    aceitveis. Em 1991, KOBAYASHI et al. criaram o ratio method,

    aumentando a preciso das medies feitas com os LAEs, surgem assim

    os aparelhos de quarta gerao, utilizados atualmente.

    Desde ento, o emprego dos LAEs se difundiu na prtica

    clnica, tanto de especialistas quanto de clnicos gerais. A cada dia, um

    aparelho novo surge no mercado, porm a literatura cientfica no

    acompanha a velocidade de tais lanamentos. A principal dificuldade

    enfrentada pelos clnicos e pelos pesquisadores a falta de uma

    2

  • informao clara da parte dos fabricantes, em relao a quais estruturas

    anatmicas seus aparelhos so capazes de localizar (CA ou FA).

    Atualmente, carecemos de estudos que comprovem a segurana e

    preciso desses novos aparelhos.

    3

  • 2. REVISO DE LITERATURA_______________________________________________________________

    Em seu trabalho clssico publicado em 1955, KUTTLER analisou a

    anatomia dos pices radiculares, avaliando sua forma, direo e dimetro,

    localizao do FA, seu tamanho e a espessura de cemento apical utilizando a

    microscopia tica. A amostra foi composta por 268 dentes, sendo 95%

    extrados de cadveres. Alguns dentes possuam cries superficiais, mas

    nenhum possua leso perirradicular. Foram utilizados apenas dentes cuja

    idade do cadver no momento da sua morte era conhecida. Baseado na idade,

    o autor dividiu a amostra em dois grupos: Grupo I - dentes de indivduos entre

    18 e 25 anos; grupo II - dentes de indivduos com mais de 55 anos. O autor

    encontrou no grupo I uma distncia mdia entre o centro do FA e a parte mais

    estreita do canal radicular de 524 m, e no grupo II, 659 m. Alm disso, a

    distncia entre o vrtice radicular e o centro do FA era de 495 m nos jovens e

    de 607 m nos idosos (Figura 1).

    O estudo anteriormente citado tambm demonstrou que o ponto de

    juno entre o canal dentinrio e o canal cementrio nem sempre est

    detectvel. Em 57% da amostra do grupo I e em 74% do grupo II esse ponto de

    unio era preciso e visivelmente distinguvel num aumento de 21 vezes. Em

    31% da amostra do grupo I e 56% do grupo II, um aumento de 56 vezes foi

    necessrio para a visualizao da JCD. Em 6% dos cortes histolgicos feitos

    no grupo I e em 4% do grupo II, o ponto de unio entre o canal dentinrio e o

    cementrio existia, mas sua localizao era confusa, no sendo possvel sua

    4

  • determinao. A JCD no foi passvel de deteco em 6% da amostra do grupo

    I e em 4% do grupo II (KUTTLER, 1955).

    Em 1956, GREEN realizou um estudo dos pices radiculares de 400

    dentes anteriores, tanto maxilares quanto mandibulares. O autor utilizou o

    microscpio estereomicroscpico objetivando a visualizao de variaes na

    morfologia da regio. Entre outras variaes anatmicas, o autor analisou a

    distncia entre o FA e o pice dentrio. A distncia encontrada nos incisivos

    mandibulares foi de 0,20 mm e nos outros dentes a medida foi de 0,30 mm.

    CHAPMAN (1969) realizou um estudo microscpico sobre a regio

    apical de dentes anteriores humanos extrados. No houve registro sobre a

    idade dos pacientes e a amostra foi dividida em dentes maxilares e

    mandibulares. Nos dentes maxilares, a distncia mdia entre o pice radicular

    e o FA foi de 0,36 mm e de 0,34 mm nos dentes mandibulares. O autor notou

    que a maioria das CA (92,5%) estavam localizadas entre 0,50 e 1,00 mm do

    pice radicular.

    Em 1972, BURCH & HULEN analisaram a relao entre o FA e o

    pice anatmico de razes dentrias. Os autores concluram que em 92,4% da

    amostra, a distncia mdia entre essas estruturas anatmicas foi de 0,59 mm.

    No ano de 1984, DUMMER et al., mensuraram as distncias entre o

    pice e o FA e entre o pice e a CA. A amostra foi constituda de 270 dentes

    permanentes humanos extrados, todos apresentando pice completamente

    formado. A idade dos indivduos no foi registrada. Como resultado, aps a

    anlise microscpica, os autores encontraram uma distncia mdia de 0,38 mm

    entre o pice dentrio e o FA. Entre a CA e o FA a distncia mdia foi de 0,51

    5

  • mm. Logo, a distncia mdia entre a CA e o pice dentrio foi de 0,89 mm.

    Alm das mensuraes realizadas pelos autores, foram encontrados quatro

    tipos distintos de CA nesse estudo, que foram classificadas como: tipo A: a

    tradicional constrio; tipo B: constrio afunilada com a poro mais estreita

    do canal muito prxima do pice radicular; tipo C: com mais de uma constrio

    e tipo D: quando a constrio seguida por uma poro estreita e paralela do

    canal (Figura 2). A forma predominante foi a do tipo A, seguida pelos tipos B, C

    e D. Segundo os autores, impossvel estabelecer a posio da CA durante o

    tratamento endodntico, mas o uso de mtodos combinados como a

    radiografia periapical e o LAE, pode aumentar a taxa de sucesso na etapa da

    medio do comprimento de trabalho.

    6

    Figura 2 - Tipos de CA de acordo com a anatomia da regio

    Fonte: Revista Brasileira de Odontologia, vol. 62, pg. 174, 2005.

  • STEIN & CORCORAN (1990) analisaram atravs de imagens

    digitalizadas, a anatomia da regio apical e suas mudanas histolgicas com a

    idade. Eles utilizaram 87 dentes com polpas vitais e 24 com polpas

    necrosadas, perfazendo um total de 111 dentes. Os autores avaliaram a

    distncia entre a JCD e a abertura foraminal e encontraram uma mdia de 0,72

    mm em pacientes de todas as idades e 0,82 mm em pacientes com mais de 55

    anos.

    MIZUTANI et al. (1992) estudaram a anatomia da poro apical de

    dentes anteriores da maxila, utilizando cortes histolgicos horizontais. A

    amostra total foi composta por 90 dentes, sendo 30 incisivos centrais, 30

    incisivos laterais e 30 caninos. As distncias mdias encontradas entre o pice

    radicular e a CA foram de 0,86 mm nos incisivos centrais, 0,82 mm nos laterais

    e 1,01 mm nos caninos.

    Em 1995, GUTIERREZ & AGUAYO analisaram, por meio da

    microscopia eletrnica, pices radiculares com o objetivo de avaliar o nmero

    de foraminas presentes. A amostra utilizada foi de 140 dentes, 70 maxilares e

    70 mandibulares. Os autores encontraram uma variao de 1 a 16 aberturas

    foraminais por espcie, dependendo do tipo de dente. O distanciamento

    dessas aberturas ao pice ou vrtice radicular variou de 0,2 mm a 3,8 mm. Eles

    afirmam, assim como DUMMER et al. (1984) e WU et al. (1992) , que no h

    como estabelecer clinicamente a posio da CA durante a terapia endodntica,

    uma vez que a abertura foraminal est localizada antes do pice radicular mas

    7

  • em distncias variadas. Sua posio seria apenas estimada e a ocorrncia de

    sobreinstrumentao um acontecimento comum.

    Em 2009, MARTOS et al. realizaram um estudo laboratorial e

    encontraram a CA localizada de 0,5 a 0,75 mm coronariamente a abertura

    foraminal, e a uma distncia mdia de 0,69 mm do pice anatmico. O mesmo

    estudo encontrou maiores distncias nos dentes posteriores (0,82 mm),

    enquanto dentes anteriores apresentaram menores distncias (0,39 mm).

    A anatomia a base da cincia e a arte da cura. O canal radicular

    formado pelo canal dentinrio e pelo canal cementrio. Ambos tm o perfil de

    cone, unidos pelos vrtices truncados. O canal dentinrio apresenta maiores

    dimenses do que o cementrio. O canal dentinrio cnico com conicidade

    pouco acentuada, tendo o menor dimetro voltado para o pice radicular,

    sendo formado pelas paredes dentinrias que se estendem da embocadura

    at a JCD. O canal cementrio acentuadamente cnico e curto, estendendo-

    se da JCD at o FA. Do ponto de vista clnico, o comprimento do canal

    cementrio corresponde distncia existente entre a CA e o FA (KUTTLER,

    1955) (Figura 3).

    8

  • Do ponto de vista biolgico, necessrio que o preparo qumico e

    mecnico atinja toda a extenso do canal radicular, visto que bactrias podem

    estar localizadas prximas ou mesmo no FA. Do ponto de vista mecnico, dada

    a anatomia da regio apical da raiz, necessria a confeco de um batente

    apical que proporcione o travamento do material obturador, impedindo seu

    extravasamento para os tecidos perirradiculares (ALVES et al., 2005).

    Tradicionalmente na cincia endodntica, a CA tem sido considerada

    o ponto ideal para o trmino do preparo qumico e mecnico e obturao dos

    canais radiculares, por ser uma regio de estreitamento natural do canal

    radicular, alm de a provvel localizao da JCD (GROVE, 1931; SCHILDER,

    1967; PINEDA & KUTTLER, 1972; RICUCCI & LANGELAND, 1998; WU et al.,

    1992). Porm, a localizao dessa juno varivel e nem sempre ela pode

    ser detectada clinicamente. Em determinados casos, essa juno nem sempre

    representa o dimetro mais constrito do canal e alm disso, a CA nem sempre

    9

    Figura 3 - Estruturas morfolgicas que compem o tero apical da raiz

    Fonte: Revista Brasileira de Odontologia, Vol. 62, pg 172, 2005.

  • est presente (BAUGH & WALLACE, 2005). Outra constatao de grande

    importncia teraputica que a distncia entre a JCD e o FA varia, em geral,

    de 0,5 a 1mm em indivduos de diferentes idades. A localizao do FA no

    coincide, em mais de 60% dos casos, com o pice radicular, sendo que a

    distncia entre essas estruturas varia de 0 a 3 mm (KUTTLER, 1955; DUMMER

    et al., 1984; WU et al., 1992). Diante do exposto, verificamos que

    praticamente impossvel estabelecer com preciso a localizao do FA,

    baseando-se no pice radiogrfico.

    Uma vez que a CA nem sempre est presente, um outro ponto de

    referncia que o endodontista poderia utilizar para a determinao do

    comprimento de trabalho seria o FA (WU et al., 1992). Entretanto, localiz-lo

    clinicamente ou atravs de radiografias periapicais um desafio, j que sua

    posio varivel e na maioria das vezes no coincide com a pice radicular.

    DUMMER et al. (1984) encontraram uma distncia de 0,36 mm entre o FA e o

    pice radicular analisando dentes anteriores. Ainda de acordo com KUTTLER

    (1955), a distncia entre o pice radicular e o FA aumenta conforme o indivduo

    envelhece, devido a deposio fisiolgica de cemento na regio apical. Em

    indivduos entre 18 e 55 anos, essa distncia em mdia 0,48 mm e em

    indivduos com mais de 55 anos, essa distncia mdia sobe para 0,60 mm.

    Na prtica, difcil localizar tanto a CA quanto o FA. Para SIQUEIRA

    (2011), praticamente impossvel identificar o FA em radiografias quando

    existe um desvio dessa estrutura anatmica na direo vestibular ou lingual.

    Ainda nos dias atuais, o pice radiogrfico utilizado como ponto de

    referncia para a determinao do comprimento de trabalho, porquanto essa

    10

  • uma estrutura anatmica usualmente visvel nas radiografias. Durante a

    odontometria, o trmino do pice radiogrfico identificado e o comprimento

    de trabalho determinado numa distncia entre 0,5 e 1mm aqum desse ponto

    de referncia. No entanto, o que temos apenas uma estimativa da possvel

    localizao da JCD (KUTTLER, 1955; DUMMER et al., 1984; WU et al., 1992).

    importante ressaltar que, quando utilizamos exclusivamente radiografias para

    a determinao do comprimento de trabalho, a possibilidade de ocorrncia de

    sobreinstrumentao ou subinstrumentao deve ser considerada. No primeiro

    caso, o instrumento endodntico pode estar alm do FA e aqum do pice

    radiogrfico, uma vez que o desvio do FA em relao ao pice radicular

    comum (KUTTLER, 1955). Essa situao pode no ser identificada

    radiograficamente e comprometer o sucesso da terapia endodntica. A

    subinstrumentao pode ocorrer, uma vez que apenas determinamos um ponto

    aqum do pice radiogrfico, sem precisar a localizao do FA. O canal

    principal do sistema pode no estar sendo instrumentado completamente, e

    caso a infeco esteja ausente, o sucesso pode ser alcanado. Porm, se

    estivermos diante de um canal infectado, ele deve ser idealmente

    instrumentado em sua totalidade, uma vez que micro-organismos podem estar

    bem prximos ou at mesmo no prprio FA, sendo sua persistncia, a principal

    causa do insucesso dos tratamentos (SIQUEIRA, 2011).

    A anlise radiogrfica tem sido utilizada amplamente para obteno do

    comprimento de trabalho durante a terapia endodntica, porm esse mtodo

    possui limitaes (GUISE et al., 2010). Dentre elas, temos como as mais

    importantes, o fornecimento de imagens bidimensionais a partir de objetos

    11

  • tridimensionais e a sobreposio de estruturas anatmicas como o arco

    zigomtico . Outros mtodos tem sido propostos, como sensibilidade ttil e a

    tcnica do cone de papel absorvente, mas eles so imprecisos, empricos e

    portanto, desaconselhados (TAMSE et al., 1980).

    Para GONALVES REAL et al. (2011), devido as variaes na anatomia

    do tero apical das razes dentrias, a interpretao radiogrfica

    exclusivamente no confivel para estabelecer o comprimento de trabalho e

    a determinao eletrnica necessria. Inmeras publicaes tem apoiado

    essa ideia, demonstrando que dispositivos atuais de quarta gerao podem

    determinar com preciso a localizao do FA, independente do status pulpar e

    presena de umidade (GORDON & CHANDLER, 2004; NEKOOFAR et al.,

    2006; SIQUEIRA, 2011).

    Em 1918, CLUSTER idealizou o uso de corrente eltrica para medir

    o comprimento do canal radicular. O autor utilizou um miliampermetro

    acoplado a uma fonte de corrente contnua e dois eletrodos, sendo um

    acoplado prximo ao dente alvo da medio e outro inserido no canal radicular,

    que deveria estar totalmente seco. Em 1942, SUZUKI descobriu que em ces,

    a resistncia eltrica entre o ligamento periodontal e a mucosa oral registrava

    um valor constante de aproximadamente 6,5 K. Aps esse relato, SUNADA

    (1962) desenvolveu uma srie de experimentos em humanos e descobriu que

    a resistncia eltrica entre a membrana mucosa e o ligamento periodontal

    tambm era constante, independente da idade do paciente ou do dente

    avaliado. SUNADA (1962) utilizou uma placa de metal conectada ao plo

    negativo de um resistmetro e um instrumento endodntico conectado ao plo

    12

  • positivo e quando esse instrumento atingia o ligamento periodontal, o aparelho

    registrava o valor constante de 6,5 K. HUANG em 1987, afirmou que esse

    princpio no biolgico, e sim fsico. Ele demonstrou que tubos de vidro

    proporcionam leituras equivalentes as obtidas em dentes com canais de

    mesmo calibre.

    Os primeiros aparelhos que surgiram utilizavam corrente eltrica

    contnua de frequncia nica, e com isso, mediam a resistncia eltrica entre o

    ligamento periodontal e a mucosa oral. Quando o aparelho registrava uma

    resistncia no valor de 6,5 K, ele acusava que a ponta do instrumento

    endodntico estava em contato com o ligamento periodontal. Nos anos

    seguintes, alguns estudos mostraram que a preciso das medies feitas por

    esses aparelhos na presena de fluidos como o NaOCl, exsudato inflamatrio e

    sangue era muito baixa e esses aparelhos tambm precisavam ser calibrados.

    Se a calibrao fosse realizada de maneira incorreta diminua ainda mais a

    preciso. Alm disso, os pacientes relatavam dor durante a medio,

    provavelmente pela necrose celular causada pela passagem de corrente

    eltrica de alta voltagem (ONEIL, 1974; USHIYAMA, 1983).

    Em 1965 surgiu uma nova gerao de aparelhos, objetivando corrigir

    os problemas da primeira gerao. Esses aparelhos passaram a utilizar

    corrente alternada de frequncia nica e consequentemente, passaram a

    mensurar a impedncia entre o ligamento periodontal e a mucosa oral (KIM &

    LEE, 2004). Esses localizadores identificam a CA como o ponto com o menor

    valor de impedncia (HASEGAWA et al., 1986; KIM & LEE, 2004). Mesmo com

    a mudana no princpio de funcionamento, os LAEs de segunda gerao

    13

  • continuaram com medies imprecisas em presena de fluidos, necessidade

    de calibragem e, dificuldade de operao devido a necessidade de utilizar uma

    fita isolante no eletrodo que conectava a lima (ONEIL, 1974; USHIYAMA,

    1983).

    Os LAEs de terceira gerao, introduzidos por volta do ano de 1989,

    passaram a utilizar corrente alternada a partir de duas ou mais frequncias.

    Eles possuam microprocessadores que calculavam a diferena entre as

    impedncias fornecidas por cada corrente alternada e traduziam esse valor

    como posio do instrumento endodntico no canal radicular (GORDON &

    CHANDLER, 2004). Com essa mudana, a nica deficincia apresentada por

    esses aparelhos era a necessidade de calibragem (TSELNIK et al., 2005).

    Em 1991, KOBAYASHI et al., criaram o chamado ratio method, ou

    seja, os valores de impedncia obtidos de cada frequncia passaram a ser

    divididos e no mais subtrados como na gerao anterior. A partir desse ano

    surgem os LAEs de quarta gerao, os quais realizam medies confiveis em

    presena de eletrlitos, tecido pulpar e no necessitam de calibrao

    (ELAYOUTI et al., 2009). De acordo com SUNADA (1962) a leitura da diferena

    de potencial eltrico dos tecidos propicia a execuo das medies eletrnicas.

    A parede dentinria do canal radicular exibe uma baixa condutividade eltrica,

    e a medida que se aproxima do tero apical, a camada de tecido dentinrio

    torna-se menos espessa, diminuindo sua capacidade de isolamento eltrico,

    diminuindo consequentemente sua impedncia (USHIYAMA, 1983). LAEs que

    utilizam o mtodo da frequncia, baseiam-se na diminuio da espessura

    14

  • dentinria que ocorre no tero final do canal radicular. As paredes do canal

    radicular possuem uma impedncia maior que o FA.

    De acordo com RAMOS & BRAMANTE (2005), o quociente ou a

    diferena calculados a partir de valores de frequncias variadas mantm-se

    constantes, quando a ponta do instrumento est distante do FA, aumentando

    consideravelmente quando se aproxima da CA. Segundo KOBAYASHI &

    SUDA (1994) ao indicar a posio do FA (alm da CA) o aparelho estar

    obtendo valores acima dos valores encontrados anteriormente a esse ponto.

    Com o objetivo de avaliar a preciso dos LAEs de quarta gerao,

    vrios estudos in vivo e ex vivo foram realizados. Em 2005, TSELNIK et al.

    realizaram um estudo in vivo comparando a preciso dos LAEs ZX (J Morita,

    Califrnia, Estados Unidos da Amrica) e ED (Sybron Endo, Califrnia, Estados

    Unidos da Amrica). A amostra foi constituda por 36 dentes com vitalidade

    pulpar indicados para exodontia por motivos ortodnticos. A preciso dos

    localizadores em determinar a posio da CA foi de 75% para os dois

    aparelhos avaliados, com tolerncia de 0,50 mm. GOLDBERG et al. (2005)

    avaliaram ex vivo a preciso de trs LAEs em determinar o comprimento do

    canal radicular em casos de retratamento. Os autores utilizaram o PP

    (Dentsply-Maillefer, Ballaiguess, Sua), NA (Forum Technologies, Rishon Le-

    Zion, Israel) e ZX (J Morita, Califrnia, Estados Unidos da Amrica). Eles

    encontraram como resultado 80%, 85% e 95% de preciso, respectivamente,

    com tolerncia de 0,5 mm. Entretanto, no houve diferena significante entre

    os aparelhos.

    15

  • BALDI (2005) avaliou a influncia do dimetro do FA e do

    instrumento endodntico nas medies dos LAEs ZX e NA, utilizando como

    ponto de referncia a distncia de 0,5 mm indicada no display dos aparelhos.

    Foram utilizados 40 incisivos inferiores, divididos em 4 grupos de acordo com o

    dimetro do forame apical (100, 200, 300 e 400 m). Os resultados mostraram

    uma maior preciso nas medies feitas pelo ZX. Dentes com FA de menor

    dimetro apresentaram uma medio mais precisa e o emprego de

    instrumentos de D0= 0,10 mm nos dentes com FA de maior dimetro

    possibilitou uma maior preciso quando comparado ao uso de instrumentos

    com dimetros coincidentes ao do FA, no caso do ZX. Para o NA, essa

    correlao s foi observada a partir de um instrumento de D0=0,40 mm.

    No ano de 2006, FAN et al. avaliaram a preciso dos LAEs ZX, PP e

    NEZ (Amadent, Nova Jersey, Estados Unidos da Amrica) em tubos de vidro

    simulando canais radiculares. Foram utilizados 48 tubos divididos em: tubos

    secos, preenchidos com NaCl 0,9%, gua oxigenada 3%, NaCl 2,5% e EDTA

    17%. Para avaliar a acurcia foram utilizadas tolerncias de 0,5 mm e 1,0 mm.

    Nos tubos secos, a preciso do ZX variou de 75 a 91,7%, considerando 0,5

    mm de tolerncia, e 100% considerando tolerncia de 1,0 mm. Para os outros

    LAEs, todas as medies ficaram dentro da variao de 0,5 mm. Os autores

    concluram que tanto o PP quanto o NEZ foram mais precisos do que o ZX sob

    as condies em que o estudo foi realizado.

    No ano de 2006, CUNHA DASSUNO et al. realizaram uma

    pesquisa, ex vivo, sobre a preciso dos LAEs ZX e NA em localizar o FA.

    Foram utilizados 40 dentes humanos extrados e os resultados mostraram uma

    16

  • preciso de 89,7% para o ZX e 82,1% para o NA (tolerncia de 0,5 mm), sem

    diferena significativa entre os aparelhos. Os autores concluram que os dois

    LAEs podem ser utilizados com segurana na localizao do FA.

    Em 2006, PLOTINO et al. compararam a preciso dos LAEs ZX, ED

    e PP. Utilizaram 40 dentes humanos unirradiculares extrados. Os resultados

    apontaram uma porcentagem de acerto de 97,37% para o ZX, 95,28% para o

    ED e 100% para o PP, considerando uma tolerncia de 0,5 mm. Os autores

    concluram que os trs aparelhos so capazes de determinar o comprimento do

    canal radicular com preciso.

    CUNHA DASSUNO et al. (2007), compararam ex vivo a preciso

    dos LAEs MA (Sybron Endo, Califrnia, Estados Unidos da Amrica) e ZX II (J

    Morita, Califrnia, Estados Unidos da Amrica). A amostra foi composta por 39

    dentes humanos extrados e o resultado mostrou uma preciso de 97,44% do

    ZX II e de 100% para o MA. Os autores no mencionam a anlise estatstica no

    trabalho.

    BALDI et al. (2007), compararam diferentes meios utilizados para

    imerso dos dentes e obteno das medidas com os LAEs. Os autores

    obtiveram inicialmente o comprimento real dos dentes, introduzindo um

    instrumento tipo K de D0= 0,15 mm at a visualizao da ponta no FA. Em

    seguida, os dentes foram colocados em tubos de plstico, preenchidos com os

    diferentes meios (gar 1%, gelatina, alginato, soluo salina e esponja para

    arranjos florais embebidas em soluo salina) e as medies foram realizadas

    com o LAE ZX. O meio que apresentou os melhores resultados foi o alginato e

    17

  • os piores resultados foram obtidos com a esponja de arranjos florais embebida

    em soluo salina.

    No ano de 2007, BERNARDES et al., utilizaram 40 dentes humanos

    unirradiculares extrados para avaliar a preciso dos LAEs ZX, ED e RA D-30

    (Romidam, Kiryat Ono, Israel). Para obteno do comprimento real os autores

    visualizaram a ponta de um instrumento tipo K de D0= 0,10 mm no FA,

    auxiliados por um microscpio com aumento de 8x. Os dentes foram colocados

    em tubos plsticos contendo alginato e as medies foram realizadas com os

    aparelhos calibrados em 1,0 mm aqum do FA. Os resultados mostraram que o

    ZX teve uma preciso de 97,5%, o ED 95% e o RA D-30 foi preciso em 92,5%

    dos casos.

    EBRAHIM et al. (2007), analisaram os efeitos de solues

    irrigadoras na preciso do LAE DP ZX (J Morita, Califrnia, Estados Unidos da

    Amrica). As substncias utilizadas foram o NaOCl 0,5% e 2,5%, EDTA 15%,

    CX 0,8% e RC Prep. Os autores concluram que o DP ZX foi utilizando o

    NaOCl 0,5% ou 2,5% como irrigante. J na presena de CX 0,8% e RC Prep,

    as medies s foram precisas quando os intrumentos endodnticos utilizados

    eram de grande calibre.

    Em 2008, KIM et al. realizaram um estudo in vivo comparando a

    preciso do uso exclusivo do ZX para determinar a localizao da constrio

    apical, e a combinao desse LAE com o mtodo radiogrfico. A amostra foi

    composta por 25 pr-molares e o comprimento de trabalho inicial foi obtido

    utilizando o LAE. Em seguida, os instrumentos endodnticos foram fixados na

    posio referida e foram realizadas tomadas radiogrficas. As radiografias

    18

  • foram interpretadas e quando houve necessidade, a medida inicial foi ajustada.

    Os dentes foram extrados e a posio da ponta do instrumento em relao a

    CA foi analisada. Os resultados apontaram que o ZX detectou a CA em 84%

    com tolerncia de 0,5 mm, enquanto a combinao dos mtodos resultou numa

    preciso de 96%.

    BRISEO-MARROQUN et al., em 2008, analisaram a influncia do

    calibre do instrumento endodntico utilizado durante a medio eletrnica dos

    aparelhos EA (SybronEndo, Califrnia, Estados Unidos da Amrica), JoyPex II

    (Hager & Werke, Duisburg, Alemanha), RayPex 5 (VDW, Munique, Alemanha) e

    PP II (Dentsply Maillefer, Baillagues, Switzerland). Os calibres dos instrumentos

    testados foram 0,08, 0,10 e 0,15 mm, e os resultados indicaram no haver

    diferena significativa entre esses utilizados na localizao do FA.

    No ano de 2009, ELAYOUTI et al. avaliaram in vivo a consistncia

    dos LAEs ZX e RayPex 5. Uma medio consistente foi definida pelos autores

    como a permanncia estvel da escala de barras do visor dos aparelhos por 5

    segundos. Na mdia, os LAEs realizaram medies consistentes em 85% dos

    casos, sendo que o ZX mostrou ser superior ao RayPex 5. Os autores

    observaram que a inconsistncia das medies estavam associadas a

    obliterao parcial ou total do canal radicular.

    PASCON et al. (2009), compararam ex vivo a preciso dos LAEs

    DP ZX, RayPex 5 e ED. Razes dentrias foram inseridas em alginato e todas

    as medies feitas com instrumento endodntico K de D0= 0,15 mm aps

    irrigao com NaOCl 1%. Utilizando uma tolerncia de 0,5 mm, a preciso foi

    de 39% para o DP ZX, 31% para o RayPex 5 e 37% para o ED. Quando a

    19

  • tolerncia foi de 1,0mm, os valores aumentaram para 90%, 82% e 73%,

    respectivamente. O ED mostrou-se menos preciso do que os outros dois

    aparelhos.

    CAMARGO et al. (2009), analisaram a influncia do alargamento

    cervical na preciso dos LAEs ZX, ED, MA e ADSP (Septodont, Cedex,Frana).

    Antes de realizar o alargamento cervical, as medies consideradas precisas

    foram de 50% para o ZX, 47,5% para o ED, 50% para o MA e 45% para o

    ADSP. Aps o preparo cervical, as medies precisas foram de 75%, 55%, 75%

    e 60%, respectivamente. O ZX e o MA tiveram o ndice de preciso aumentado

    significativamente aps a realizao do alargamento cervical.

    VERSIANI et al. (2009), compararam ex vivo a preciso do ZX II em

    detectar a CA usando as marcaes 0.5 e 1.0 no visor do aparelho. A

    amostra total foi de 70 dentes humanos unirradiculares, que foram imersos em

    alginato e irrigados com soluo de NaOCl a 1%. Aps obteno da medio

    eletrnica, os instrumentos endodnticos foram fixados em posio e as razes

    analisadas em microscpio estereoscpico. Os resultados indicaram que a

    preciso do ZX II foi de 90,5% para a marcao 0.5 e 83,78% para a

    marcao 1.0.

    Em 2009, SIU et al. compararam in vivo a preciso dos LAEs ZX II,

    Apex NGR XRF (Medic NRG, Tel Aviv, Israel) e o MA em identificarem a CA,

    utilizando instrumentos rotatrios de nquel-titnio. A amostra foi composta por

    28 dentes, e os instumentos utilizados foram ProFile taper 0,04 mm de D0=

    0,40 mm ao D0= 0,20 mm, na tcnica crown-down. Houve um grupo controle

    formado por 4 dentes, no qual as medies foram realizadas com instrumentos

    20

  • manuais. O instrumento que alcanou o comprimento de trabalho foi fixado

    com cimento de ionmero de vidro, e em seguida o dente foi extrado. Houve

    um desgaste lateral dos 4 mm apicais, expondo o instrumento. Foram feitas

    fotografias com aumentos de 15 e 30 vezes, projetadas com aumentos de 360

    e 720 para avaliao. Os valores de preciso com tolerncia de 0,5 mm foram

    de 50% para o ZX II, 46,43% para o Apex NGR XRF e 39,29% para o MA.

    No ano de 2009, DUH realizou um estudo, ex vivo, sobre a preciso

    dos LAEs ZX, S ZX, TA ZX e DP ZX, todos fabricados pela empresa J Morita,

    utilizando uma amostra de 45 dentes humanos extrados. Os resultados

    mostraram que a ponta da lima estava localizada, em mdia, de 0,10 a 0,19

    mm apicalmente indicao fornecida pela srie de LAEs ZX. A preciso

    destes LAEs em determinar a localizao da CA variou entre 90,48% e 97,62%

    e no houve diferena significante entre os aparelhos avaliados. Os autores

    concluram que a srie ZX de LAEs pode determinar com preciso a

    localizao da CA.

    GUISE et al., no ano de 2010 realizaram um estudo ex vivo

    comparando a preciso, em localizar o FA, dos LAEs ZX II, ED e PAL

    (Brasseler USA, Savannah, Estados Unidos da Amrica). A amostra analisada

    foi de 40 dentes humanos extrados, imersos em gelatina. O estudo encontrou

    uma preciso de 95% para o ZX II, 95% para o PAL e 90% para o ED,

    utilizando uma tolerncia de 0,5mm. No houve diferena significante entre os

    aparelhos.

    Ainda em 2010, CUNHA D`ASSUNO et al. compararam ex vivo a

    preciso dos localizadores apicais ZX II, MA e NA em localizar a CA. A amostra

    21

  • foi de 31 dentes unirradiculares, colocados em um modelo experimental

    composto por um anel ajustvel para fixao do dente e um micrmetro digital

    (instrumento de medida linear, utilizado quanto a medio requer uma preciso

    acima da possibilitada com um paqumetro , sua resoluo est entre 0,01 mm

    e 0,001mm) conectado ao instrumento endodntico. Em 13 das 31 medies

    feitas pelo ZX II a ponta do instrumento estava na CA, e em nenhum caso dos

    outros dois LAEs a ponta do instrumento estava na CA. Os autores concluram

    que o ZX II foi significativamente mais preciso na localizao da CA.

    DING et al. (2010) realizaram um estudo ex vivo comparando os

    LAEs ZX, RP 5 e ED na preciso em determinar a localizao do forame menor

    (CA), e de que maneira a morfologia tanto da CA quanto do FA poderiam

    influenciar nos resultados. Foram utilizados 365 dentes humanos permanentes

    extrados, com raiz nica e canais retos. Aps as anlises, os autores

    concluram que quando a marcao da CA atingida, o instrumento

    endodntico conectado ao ZX est mais prximo do FA do que nos outros dois

    aparelhos. Alm disso, a morfologia da CA e a localizao do FA influenciam na

    preciso dos LAEs testados.

    Em 2011, JUNG et al. compararam a confiabilidade das marcaes

    0.5 e APEX nas medies para a localizao do FA, feitas pelos LAEs ZX e

    i-Root (S-Dent, Seoul, Coria). Foram utilizados 104 pr-molares humanos

    unirradiculares, extrados e embebidos em um modelo experimental de

    alginato. Os autores concluram que no h diferena significante entre a

    confiabilidade das marcaes 0.5 e APEX para localizao do FA nos dois

    LAEs testados. Para os autores, mais importante saber onde o instrumento

    22

  • endodntico est localizado em cada marcao do que qual marcao escolher

    para obteno do comprimento de trabalho.

    23

  • 3. HIPTESE_______________________________________________________________

    Existe diferena significante entre os LAEs ZX II, ZX Mini e RA A-15 na

    localizao do FA.

    24

  • 25

  • 4. OBJETIVOS_______________________________________________________________

    O presente estudo tem por finalidade comparar a preciso de trs LAEs,

    de quarta gerao, na localizao do FA: ZX II, ZX Mini e RA A-15.

    26

  • 5. MATERIAIS E MTODOS_______________________________________________________________

    A amostra inicial foi composta por 40 dentes humanos unirradiculares

    obtidos no Banco de Dentes da Faculdade de Odontologia da Universidade

    Estcio de S (Av. Alfredo Baltazar da Silveira, 580, cobertura, Recreio dos

    Bandeirantes, Rio de Janeiro-RJ, Brasil). Os dentes foram armazenados em

    soluo de formol a 10% at a sua utilizao.

    Aps serem retirados do formol e lavados em gua corrente, os dentes

    foram radiografados nos sentidos vestbulo-lingual e msio-distal para

    descartar a presena de mais de um canal radicular. Nessa etapa, 1 dente foi

    excludo. As razes dos 39 dentes restantes foram analisadas em microscpio

    estereoscpico Leica DFC 295 (Hessen, Wetzlar, Alemanha), em diferentes

    aumentos, visando descartar a presena de fraturas, mais de um FA, sinais de

    reabsoro externa e pices incompletamente formados. Nessa etapa, 2

    dentes foram excludos pois apresentavam mais de um FA.

    Para acesso aos canais radiculares, as coroas dos 37 dentes restantes

    foram seccionadas com discos diamantados acoplados em pea reta e motor

    eltrico. Primeiramente foi feita uma seco horizontal na metade da altura

    coronria com o objetivo aplainar e fornecer um ponto de referncia estvel

    para todas as medies, em seguida, foi feita uma seco frontal do plat

    coronrio at a juno amelocementria. Uma terceira seco foi realizada

    horizontalmente, ao nvel da juno amelocementria at o encontro da

    segunda seco, expondo o orifcio de entrada do canal radicular (Figura 4).

    27

  • Os canais radiculares foram alargados no tero cervical com o uso de

    brocas de Gates-Glidden #4, #3, #2 no comprimento passivo sequencialmente,

    e a irrigao foi realizada com 1 ml de soluo de NaOCl a 2,5% para remoo

    de debris, antes do uso de cada instrumento. A patncia do FA foi verificada

    com o auxlio de um instrumento endodntico C+ (Dentsply Maillefer,

    Ballaigues, Switzerland), de ao inoxidvel, com 25 mm de comprimento e de

    dimetro D0 = 0,10 mm. Nessa etapa, 5 dentes foram excludos pois seus

    forames apicais no estavam patentes.

    Na sequncia, os dentes foram imersos em soluo de NaOCl a 2,5%

    por 2 horas, objetivando dissolver a polpa radicular remanescente. Em seguida,

    eles foram numerados aleatoriamente.

    28

    Figura 4 - Preparo das coroas dentrias

  • Para obteno dos comprimentos reais, utilizamos o microscpio

    estereoscpico Leica DFC 295, nas seguintes condies: magnificao de 16x,

    iluminao direta I e magnificao de zoom 1. Em cada dente, um instrumento

    endodntico C+ de ao inoxidvel com 25 mm de comprimento e dimetro em

    D0 = 0,10 mm, avanou no interior do canal radicular at que sua ponta fosse

    visualizada na borda mais coronal do FA (Figura 5).

    Nesse momento, dois stops de silicone foram ajustados no plat

    coronrio e o instrumento endodntico foi removido. Um paqumetro digital

    (Digimess, So Paulo, Brasil) foi utilizado para medir a distncia entre os stops

    de silicone e a ponta do instrumento (Figura 6). Essa distncia foi a registrada

    29

    Figura 5 - Ponta do instrumento endodntico posicionada no FA

  • como o comprimento real do dente. Um mesmo operador realizou todas as

    mensuraes e para cada dente utilizamos um novo instrumento endodntico.

    Em outro momento, cada 4 razes dentrias foram inseridas em

    recipientes de vidro com 7,0 mm de dimetro e 5,0 mm de altura, preenchidos

    com alginato fresco Avagel (Dentsply, Petrpolis-RJ, Brasil), previamente

    manipulado de acordo com as instrues do fabricante. O alginato serve como

    meio condutor de corrente eltrica, simulando o ligamento periodontal. Alm

    das razes, o clip labial do LAE tambm foi imerso no alginato. Cada conjunto

    de dentes foi testado com cada LAE, o que ocorreu dentro de um intervalo de 2

    horas, perodo que o alginato permanece suficientemente mido. Antes das

    30

    Figura 6 - Verificao da medida com um paqumetro digital

  • mensuraes eletrnicas, os canais radiculares foram irrigados com 1 ml de

    soluo de NaOCl 2,5% e uma cnula metlica (Nevoni, So Paulo, Brasil),

    acoplada a uma bomba de suco a vcuo porttil foi utilizada para a

    aspirao, removendo o excesso de soluo irrigadora, mantendo soluo

    apenas no canal radicular.

    As medies com os LAEs testados, foram feitas por um nico operador,

    especialista em Endodontia, com experincia clnica prvia com os trs

    aparelhos testados. Nessa fase, foram utilizados instrumentos endodnticos do

    mesmo tipo citado anteriormente, acoplados ao LAE atravs do clip designado

    para o instrumento. Utilizamos um instrumento novo para cada dente, todos

    com duplo stop de silicone. Os LAEs foram utilizados conforme as instrues

    dos fabricantes para detectar o FA. Para o ZX II e ZX Mini, o ponto de trmino

    utilizado foi a expresso APEX piscando simultaneamente a primeira barra

    vermelha no visor do aparelho (Figura 7), juntamente com a produo de um

    som slido contnuo. Para o RA A-15, o ponto de trmino foi a marca 0.0 no

    visor do aparelho, juntamente com a produo de um som slido contnuo. A

    medida s foi considerada vlida aps ficar estvel no ponto referido por, no

    mnimo, 5 segundos. Os stops de silicone foram ento ajustados no ponto de

    referncia, com auxlio de uma pina clnica, o instrumento removido e a

    distncia entre a ponta da lima e os stops de silicone medida com o paqumetro

    digital. Aps o ajuste dos stops de silicone no plat coronrio, o instrumento era

    removido e novamente inserido, acoplado ao respectivo clip, para verificar a

    manuteno da medida. Nos casos de alteraes, todo o procedimento era

    repetido, quantas vezes fosse necessrio. Para cada dente, as medies foram

    31

  • feitas em duplicata com cada LAE, a mdia das duas mensuraes foi

    calculada e todos os valores foram registrados em tabelas de Excel (software)

    (anexo V).

    Para verificar a discrepncia entre as medies dos LAEs, as diferenas

    entre o comprimento real e a mdia das medies eletrnicas obtidas de cada

    dente, para cada LAE, foram submetidas ao teste de varincia ANOVA. A

    preciso dos LAEs testados foi comparada em dois nveis de tolerncia (0,5

    mm e 1,0 mm), utilizando as diferenas entre o comprimento real e a mdia das

    medies eletrnicas obtidas de cada dente. Os resultados foram submetidos

    ao Qui-quadrado com correo de Yates, com nvel de significncia

    estabelecido em 5%, utilizando o software SPSS (IBM World Trade

    Corporation).

    32

    Figura 7 - Medio eletrnica de um canal radicular

  • 6. RESULTADOS_______________________________________________________________

    Na anlise global dos dados, considerando as 96 medidas, pode-se

    verificar que a ponta do instrumento endodntico estava em mdia, 0,49 mm

    aqum do FA. Os valores da mediana, mnimo, mximo e desvio padro foram

    de -0,44 mm, -1,43 mm,0,57 mm e 0,36 mm, respectivamente. O grfico tipo

    boxplot (Figura 8) representa a distribuio do nosso conjunto de dados, a

    caixa propriamente dita, contm 50% dos dados analisados, o limite superior

    da caixa representa o percentual de 75% dos dados e o limite inferior

    representa o percentual de 25%. A distncia entre esses dois quartis

    conhecida como distncia inter-quartil e a linha na caixa representa a mediana

    dos dados. Podemos verificar que a distncia entre a linha mediana no

    equidistante dos extremos, mostrando que nossos dados so assimtricos. Os

    extremos do grfico representariam os valores mnimo e mximo, porm

    verificamos a presena de outliers (pontos fora do grfico que representam

    medies que se destacaram da mdia). Valores negativos indicam uma

    posio do instrumento endodntico aqum do FA, enquanto valores positivos

    indicam uma posio alm desta estrutura.

    Analisando cada LAE separadamente temos os seguintes dados: para o

    ZX II, os valores de mdia, desvio padro, mediana, mnimo e mximo foram

    de -0,51 mm, 0,33 mm, -0,44 mm, -1,15 mm e 0,25 mm, respectivamente.

    Analisando o ZX Mini obtivemos os valores -0,45 mm, 0,34 mm, -0,40 mm,

    -1,19 mm e 0,12 mm, respectivamente. Para as medies realizadas com o RA

    33

  • A-15 os valores foram de -0,51 mm, 0,41 mm, -0,49 mm, -1,43 mm e 0,57 mm,

    respectivamente.

    Para as medies realizadas com o RA A-15 os valores foram de -0,51

    mm, 0,41 mm, -0,49 mm, -1,43 mm e 0,57 mm, respectivamente. O grfico

    boxplot abaixo (Figura 9), representa a distribuio do nosso conjunto de

    dados, ilustrando a discrepncia entre os LAEs, representando a frequncia

    acumulada da distncia (em milmetros) entre o FA e os valores obtidos com

    cada LAE (n=32). Os pontos fora do grfico representam os outliers, que

    ocorreram apenas com as medies do LAE RA A-15.

    34

    Figura 8 - Grfico boxplot da anlise global

  • A anlise estatstica das diferenas entre os comprimentos reais e as

    mdias das medies eletrnicas obtidas com cada LAE no evidenciou

    diferena significante entre os aparelhos (p= 0,772) (Tabela 1).

    35

    Figura 9 - Grfico boxplot comparando os LAEs

  • Adotando-se uma tolerncia de 0,5 mm, a preciso do ZX II, ZX Mini e

    RA A-15 em localizar o FA foi de 62,5%, 56,2% e 50%, respectivamente (Tabela

    Figura 10 - Grfico com as mdias das distncias entre a ponta do instrumento e o FA obtidas com cada LAE

    36

    LAE Mdia (mm) Desvio padro (mm)

    ZX II -0,51 0,33

    ZX Mini -0,46 0,34

    RA -0,51 0,41

    Total -0,48 0,36

    Tabela 1 - Mdias das diferenas entre as medies eletrnicas e as medidas reais

    -1,00

    -0,89

    -0,78

    -0,67

    -0,56

    -0,44

    -0,33

    -0,22

    -0,11

    0

    ZX II ZX Mini RA A-15

    -0,51-0,45

    -0,51

    Dis

    tnc

    ia a

    o fo

    ram

    e ap

    ical

    (mm

    )

  • 2). O teste qui-quadrado mostrou no haver diferena significante entre os

    LAEs, neste nvel de tolerncia (p= 0,60).

    LAE Acerto Erro

    ZX II 62,5% 37,5%

    ZX Mini 56,2% 43,8%

    RA 50,0% 50,0%

    Considerando uma tolerncia de 1,0 mm, a preciso foi de 87,5%,

    96,87% e 87,5%, respectivamente (Tabela 3). O teste qui-quadrado, com

    correo de Yates, neste caso, tambm mostrou no haver diferena

    significante entre os LAEs (p= 0,60).

    LAE Acerto Erro

    ZX II 87,5% 12,5%

    ZX Mini 96,9% 3,1%

    RA 87,5% 12,5%

    Comparando a mdia dos valores, com a medida em milmetros,

    utilizando duas casas decimais, no houve qualquer coincidncia entre o

    37

    Tabela 2 - Percentual de casos de acerto e erro de mensurao, considerando a mdia das trs medies e uma tolerncia de 0,5 mm

    Tabela 3 - Percentual de casos de acerto e erro de mensurao, considerando a mdia das trs medies e uma tolerncia de 1,0 mm

  • comprimento real e as mdias das medies dos LAEs. Porm, considerando a

    mdia em milmetros com apenas uma casa decimal, ocorreram duas

    coincidncias, uma com o ZX II e uma com o ZX Mini. Comparando cada

    medio eletrnica separadamente com os comprimentos reais, utilizando duas

    casas decimais, ocorreu apenas uma coincidncia com o ZX Mini. Utilizando

    somente uma casa decimal, ocorreram cinco coincidncias com o ZX II, duas

    para o ZX Mini e quatro para o RA A-15.

    38

  • 7. DISCUSSO_______________________________________________________________

    Os LAEs de quarta gerao escolhidos para nosso estudo foram o ZX II,

    ZX mini e RA A-15 (Romidam, Kiryat Ono, Israel), pois alm se serem

    relativamente novos no mercado, a literatura cientfica carece de comparaes

    entre esses aparelhos. Vale ressaltar que, de acordo com o fabricante, o LAE

    ZX II funciona com o mesmo mtodo da razo que o original ZX. Teoricamente,

    resultados encontrados com o uso do ZX podem ser comparados com os

    resultados encontrados com o ZX II.

    Nossa amostra inicial foi composta por 40 dentes humanos

    permanentes, unirradiculares e com polpas vitais, aproximadamente a mesma

    amostra utilizada por ELAYOUTI et al. (2009), TSELNIK et al. (2005),

    CAMARGO et al. (2009) e DUH (2009). A escolha de dentes vitais importante

    pois eles apresentam a morfologia apical preservada. Os dentes foram

    armazenados em soluo de formol a 10% at a utilizao, assim como fizeram

    CARNEIRO et al. (2006). Aps remoo da soluo de formol a 10%, os dentes

    foram lavados em gua corrente e mergulhados em soluo de NaOCl a 2,5%

    para dissoluo da matria orgnica aderida s razes, conforme indicado por

    vrios autores (PAGAVINO et al., 1998; CUNHA D`ASSUNO et al., 2007;

    KIM et al., 2008; GONALVES REAL et al., 2011). Aps nova lavagem em

    gua corrente, radiografias foram feitas nos sentidos msio-distal e vestbulo-

    lingual com o objetivo de verificar a presena de mais de um canal radicular,

    reabsores externas ou internas e fraturas radiculares, calcificaes, seguindo

    recomendaes da literatura (TSELNIK et al., 2005; CUNHA D`ASSUNO et

    39

  • al., 2007; CAMARGO et al., 2009; DUH, 2009). Esses fatores fizeram parte dos

    critrios de excluso, uma vez que poderiam causar interferncias (fugas

    eltricas) nas medies feitas pelos LAEs.

    Houve inicialmente um aplainamento das coroas dos dentes atravs de

    discos diamantados, objetivando criar um nico ponto de referncia para todas

    as medies e uma maior estabilidade para o stop de silicone, assim como foi

    feito em outros experimentos (WU et al., 1992; CZERW et al., 1995; JENKIS et

    al., 2001; ELAYOUTI et al., 2009; BALDI et al., 2005; CAMARGO et al., 2009).

    A determinao dos comprimentos reais foi feita com um instrumento

    endodntico tipo C+ (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Switzerland) D0=10,

    visualizando sua ponta na altura do FA com o auxlio de um microscpio, assim

    como fizeram ELAYOUTI et al. (2009); THOMAS et al. (2003); BALDI (2005);

    TSELNIK et al. (2005); TOSUN et al. (2008); PASCON et al. (2009);

    CAMARGO et al. (2009); DING et al. (2010). O microscpio possibilitou

    determinar com exatido a posio do instrumento em relao ao FA. Em todos

    os instrumentos endodnticos foram utilizados dois stops de silicone, assim

    como GUISE et al. (2010), objetivando diminuir as chances de movimentao

    durante as medies. A distncia entre a ponta do instrumento endodntico e

    os stops de silicone foi medida com o auxlio de um paqumetro digital, assim

    como foi feito nos experimentos de CUNHA D`ASSUNO et al. (2006), DUH

    (2009), SIU et al. (2009), JUNG et al. (2011). O uso do paqumetro digital

    possibilitou maior preciso, pois forneceu as distncias em centsimos de

    milmetros, o que no seria possvel com o uso de rgua milimetrada.

    40

  • De acordo com IBARROLA et al. (1999), JENKINS et al. (2001), TINAZ

    et al. (2002) e CAMARGO et al. (2009), neste tipo de estudo, a dilatao prvia

    do tero cervical do canal radicular elimina interferncias e possibilita medies

    mais acuradas dos LAEs. No nosso estudo, essa dilatao foi feita com brocas

    de Gates-Glidden, assim como fizeram KIM et al. (2008), SIU et al. (2009),

    GONALVES REAL et al. (2011), DING et al. (2010) e JUNG et al. (2011).

    Para JENKINS et al. (2001), nenhuma soluo irrigadora causa

    interferncia nas leituras dos localizadores apicais. Ainda de acordo com TINAZ

    et al. (2002) e MEARES & STEIMAN (2002), o NaOCl, seja qual for a

    concentrao, no interfere na preciso dos LAEs. Nesse experimento,

    utilizamos soluo de NaOCl 2,5% na irrigao dos canais radiculares, assim

    como fizeram outros autores (GOLDBERG et al., 2005; CUNHA D`ASSUNO

    et al., 2006; CUNHA D`ASSUNO et al., 2007).

    O modelo experimental utilizado nesse estudo foi semelhante ao usado

    por outros autores (KOBAYASHI & SUDA, 1994; CUNHA D`ASSUNO et al.,

    2007; GUISE et al., 2010). Optamos pelo uso de potes redondos de vidro com

    7,0 cm de dimetro e 5,0 cm de altura preenchidos com alginato. A escolha

    desse material de preenchimento deveu-se aos resultados excelentes

    encontrados por estudos em que ele foi utilizado (PAGAVINO et al., 1998;

    BERNARDES et al., 2007; HERRERA et al., 2007; CUNHA D`ASSUNO et

    al., 2007; TOSUN et al., 2008; CAMARGO et al., 2009; VERSIANI et al., 2009;

    GUISE et al., 2010; JUNG et al., 2011), com destaque para o experimento de

    BALDI et al. (2007), no qual foram comparados diferentes meios utilizados para

    embeber os dentes (gelatina, gar 1%, soluo salina, esponja para arranjos

    41

  • florais e alginato). Limitamos em quatro o nmero de dentes colocados em

    cada pote de vidro para que as medies fossem feitas em um perodo mximo

    de 2 horas para cada grupo, uma vez que o alginato desidrata e isso poderia

    interferir nas leituras eletrnicas (CUNHA D`ASSUNO et al., 2006; CUNHA

    D`ASSUNO et al., 2007). De acordo com MEARES & STEIMAN (2002), as

    vantagens do mtodo experimental escolhido seriam simplicidade, baixo custo,

    facilidade de uso e possibilidade de testar uma amostra grande em um curto

    espao de tempo, o que no poderia ter sido alcanado em um estudo in vivo.

    Como desvantagem temos a impossibilidade de simular todas as condies in

    vivo.

    No presente estudo, apenas um operador com experincia no uso dos

    LAEs avaliados realizou as medies eletrnicas com todos os aparelhos.

    Somente foi considerada vlida a medio estvel por no mnimo, 5 segundos,

    seguindo a metodologia de outos trabalhos (PLOTINO et al., 2006; CUNHA

    D`ASSUNO et al., 2007). As medies eletrnicas foram realizadas em

    duplicata e apenas a mdia foi utilizada na anlise estatstica.

    Em relao aos LAEs utilizados, todos tm seu princpio de

    funcionamento baseado na mensurao da impedncia a partir de correntes

    alternadas com duas ou mais frequncias (quarta gerao). Segundo RAMOS

    & BRAMANTE (2005), esses aparelhos detectam a diminuio na espessura

    de dentina que ocorre no tero apical do canal radicular. Assim, o princpio de

    funcionamento desses aparelhos est relacionado ao fato de que as paredes

    do canal radicular possuem uma impedncia maior do que o FA. De acordo

    com alguns autores, (ILZUKA et al., 1987; RAMOS & BRAMANTE, 2005) as

    42

  • paredes do canal radicular apresentam baixa condutividade eltrica, que

    diminui a medida que se aproxima do tero apical, pois a dentina torna-se

    menos espessa.

    Analisando os vrios estudos existentes comparando a preciso dos

    LAEs, verificamos uma grande variao nos resultados de preciso,

    provavelmente devido a grande diversidade dos protocolos utilizados

    principalmente em relao ao ponto de referncia apical utilizado (JCD, CA,

    FA) (MEARES & STEIMAN, 2002; NEKOOFAR et al., 2006; PASCON et al.,

    2009) (Anexo VII).

    Em pormenores, verificou-se que alguns autores utilizaram o ponto de

    referncia APEX ou 0.0, objetivando localizar o FA (PAGAVINO et al., 1998;

    WEIGER et al., 1999; LEE et al., 2002; MEARES & STEIMAN, 2002;

    GOLDBERG et al., 2005; TSELNIK et al., 2005; EBRAHIM et al., 2006; BALDI

    et al., 2007), enquanto outros utilizaram os pontos de referncia 0.5 ou 1.0,

    objetivando localizar a CA (VAJRABHAYA & TEPMONGKOL, 1997; PAGAVINO

    et al., 1998; ELAYOUTI et al., 2009; MEARES & STEIMAN, 2002; BALDI, 2005;

    BERNARDES et al., 2007). A segunda escolha parece coerente, a partir do

    momento que a instrumentao e obturao do canal radicular devem se limitar

    a JCD ou CA (RICUCCI & LANGELAND, 1998; ESE, 2006), localizadas de

    0,5 a 1,0 mm aqum do FA. Porm, como foi dito anteriormente, a JCD e a CA

    raramente coincidem e a CA est na maioria das vezes, coronal a JCD. Alm

    disso, a exata localizao da JCD e da CA variam em relao ao FA e ao pice

    anatmico (KUTTLER, 1955). No h como garantir que no momento em que o

    display dos localizadores apicais marcam 0.5 ou 1.0, o instrumento

    43

  • endodntico est localizado na CA, apenas podemos supor que a ponta do

    instrumento endodntico est localizada aqum do FA (NEKOOFAR et al.,

    2006). Para MAYEDA et al. (1993), os LAEs so capazes apenas de detectar o

    FA. OUNSI & NAAMAN (1999), confirmaram a afirmao anterior, concluindo

    que se a marcao 0.5 do ZX for utilizada como referncia, mais de 50% das

    medies ficam alm da variao clinicamente aceitvel de 0,5mm. Os autores

    desencorajam o uso do ponto de referncia 0.5 sugerido pelo fabricante, e

    propem o uso do ponto de referncia APEX. Para JUNG et al. (2011), o

    ponto de referncia APEX dos localizadores apicais ZX e i-Root representam

    com fidelidade a localizao do FA, enquanto o 0,5 apenas representa um

    ponto 0,26mm e 0,29mm aqum do FA, respectivamente.

    Estudos que avaliaram a reprodutibilidade das medies feitas por

    diferentes marcas comerciais de LAEs apontam um resultado baixo quando

    utilizamos as marcaes 0.5 ou 1.0 como pontos de referncia, variaes na

    anatomia apical so apontadas como a principal causa. J a utilizao da

    marcao APEX ou 0.0, mostram ndice de reprodutibilidade maiores

    (PONCE & VILAR FERNANDEZ, 2003; HOER & ATTIN, 2004; OLSON et al.,

    2008). Para NEKOOFAR et al. (2006), absolutamente necessrio que a ponta

    do instrumento endodntico alcance o ligamento periodontal para que a

    medio seja precisa.

    Considerando o funcionamento dos LAEs, a falta de consenso sobre

    qual indicao no display a mais confivel, e o fato de que a CA um stio de

    configurao varivel, escolhemos o FA (ponto de referncia APEX ou 0.0)

    para realizao desse estudo.

    44

  • No presente estudo no encontramos diferena significante entre os

    valores de preciso dos trs LAEs, independente da tolerncia considerada

    (0,5 mm ou 1,0 mm). Alm disso, sem considerar as duas tolerncias, tambm

    no foi verificada diferena entre os aparelhos.

    Para MILETIC et al. (2011), a medio eletrnica feita por um LAE pode

    ser reproduzida por outro aparelho similar, no mesmo canal radicular e sob as

    mesmas condies clnicas.

    Assim como ocorreu nos experimentos de PASCON et al. (2009) e

    VASCONCELOS et al. (2010), os resultados do nosso estudo, quanto

    preciso dos LAEs, variaram claramente quando modificamos a margem de

    tolerncia. Considerando tolerncias de 0,5 mm e 1,0 mm, a variao foi de

    62,5% para 87,5% nas medies com o ZX II, de 56,2% para 96,87% com o ZX

    Mini e de 50% para 87,5% com o RA, respectivamente.

    As mensuraes que ultrapassaram o FA ocorreram em apenas 3,12%

    das amostras com o ZX II e com o RA, j com o ZX Mini, nenhuma medio

    ultrapassou o FA. Esses dados nos mostram que o uso dos LAEs em questo

    previnem a ocorrncia de sobreinstrumentao, mesmo utilizando o FA como

    ponto de referncia. Outros autores encontraram casos de medies

    eletrnicas alm do FA variando entre 2,6% e 30% (ELAYOUTI et al., 2009;

    CUNHA D`ASSUNO et al., 2006; PASCON et al., 2009; VASCONCELOS et

    al. 2010).

    Considerando que de acordo com os fabricantes dos LAEs em questo

    (J Morita; Romidan Ltd.), mltiplos fatores podem afetar as leituras dos LAEs e

    as dificuldades existentes em reproduzir laboratorialmente todas as variveis

    45

  • que podem estar presentes em um estudo in vivo, nosso trabalho observou um

    resultado de preciso para o ZX II um pouco abaixo da mdia encontrada em

    outros estudos, considerando uma tolerncia de 0,5 mm, ou seja, 62,5%.

    Todavia, GOLDBERG et al. (2005) encontraram uma preciso semelhante a do

    nosso estudo, 62,7% para o ZX. SIU et al. (2009) relataram uma preciso de

    50% para o ZX II. FAN et al. (2006) encontraram em canais secos, uma

    preciso de 75% para o ZX. TSELNIK et al., em 2005, encontraram 75% de

    preciso para o ZX. PASCON et al. (2009) encontraram uma preciso de 39%

    utilizando o DP ZX, dispositivo com a mesma tecnologia do ZX II (Anexo VII).

    No nosso estudo, a preciso do ZX Mini foi de 56,2% com tolerncia de

    0,5 mm e de 96,87% com tolerncia de 1,0 mm. Dos trs LAEs avaliados, esse

    foi o que apresentou a maior variao de preciso quando modificamos a

    tolerncia.

    Quanto ao LAE RA A-15, apenas um trabalho foi encontrado na literatura

    (MILETIC et al., 2011). Porm, estes autores no avaliaram a preciso do

    aparelho, mas compararam a reprodutibilidade entre o RA A-15, o DP ZX e o

    RP 5. Os autores concluram que, considerando uma tolerncia de 1,0 mm,

    todos os trs LAEs so capazes de reproduzir fiel e continuamente os

    resultados obtidos desde o primeiro teste.

    De acordo com os dados obtidos, no presente estudo, das diferenas

    entre as medies eletrnicas e os comprimentos reais, verificamos que todos

    os trs LAEs testados no apontam o FA. Todos os aparelhos se aproximaram

    (mdia dos valores) de 0,5 mm desse ponto de referncia, provvel localizao

    da CA, segundo KUTTLER (1955). Esse resultado pode ser explicado pelo

    46

  • princpio de funcionamento dos LAEs de quarta gerao, como j foi dito

    anteriormente, esses aparelhos detectam a diminuio na espessura de

    dentina que ocorre no tero apical e identificam a CA como o ponto de menor

    impedncia, pois nesse local que a dentina apresenta a menor espessura.

    Variaes nos nossos resultados podem ter sido influenciadas pela

    diferena nos princpios de trabalho e/ou nas diferenas no display dos

    aparelhos. Os LAEs da srie ZX (ZX II e ZX Mini) possuem o mesmo display,

    mas diferem do display apresentado pelo LAE RA A-15. Objetivando evitar

    ambiguidades, aumentar a segurana e a preciso, os fabricantes precisam

    definir com clareza qual ponto de referncia no seu aparelho destina-se a

    localizar o FA e a CA.

    Todos os LAEs geram leituras inconsistentes ou no confiveis (FRANK

    & TORABINEJAD, 1993; SHABAHANG et al., 1996; GOLDBERG et al., 2005;

    WRBAS et al., 2007), portanto, assim como KIM et al. (2008), recomendamos a

    associao dos mtodos eletrnico e radiogrfico com o objetivo de aumentar

    a preciso na determinao do comprimento de trabalho durante a terapia

    endodntica.

    47

  • 8. CONCLUSO_______________________________________________________________

    Os LAEs testados no diferem quanto a preciso em detectar o FA, os

    trs aparelhos apontam em mdia, 0,49 mm aqum deste ponto.

    48

  • 9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS_______________________________________________________________

    Alves FRF, Siqueira JF, Lopes HP (2005). O tero apical da raiz: caractersticas

    morfolgicas, microbiota e consideraes teraputicas. Rev Bras Odont 62:

    172-176.

    Baldi JV. Influncia do dimetro do forame apical e do calibre do instrumento

    endodntico nas leituras odontomtricas proporcionadas por dois aparelhos

    localizadores apicais [tese]. Bauru (SP): Faculdade de Odontologia de Bauru,

    Universidade de So Paulo; 2005.

    Baldi JV, Victorino FR, Bernardes RA, Moraes IG, Bramante CM, Garcia RB et

    al (2007). Influence of embedding media on the assessment of electronic apex

    locators. J Endod 33: 476-479.

    Baugh D, Wallace J (2005). The role of apical instrumentation in root canal

    treatment: A review of the literature. J Endod 31: 333-340.

    Bernardes RA, Duarte MAH, Vasconcelos BC, Moraes IG, Bernardineli N,

    Garcia RB et al (2007). Evaluation of precision of lenght determination with 3

    electronic apex locators: Root ZX, Elements Diagnostic Unit and Apex Locator

    and RomiApex D-30. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Oral Endod

    104: e91-94.

    49

  • Briseo-Marroqun B, Frajilich S, Goldberg F, Willershausen B (2008). Influence

    os instrument size on the accuracy of different apex locators: an in vitro study. J

    Endod 34: 698-702.

    Burch JG, Hulen S (1972). The relationship of the apical formen to the

    anatomic apex of the tooth root. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 34: 356-358.

    Camargo EJ, Ordinola-Zapata R, Medeiros PL, Bramante CM, Bernardineli N,

    Garcia RB et al (2009). Influence of preflaring on the accuracy of lenght

    determination with four electronic apex locators. J Endod 35: 1300-1302.

    Carneiro E, Bramante CM, Picoli F, Letra A, da Silva Neto UX, Menezes R

    (2006). Accuracy of root length determination using Tri Auto ZX and ProTaper

    instruments: an in vitro study. J Endod 32: 142-144.

    Chapman CE (1969). A microscopic study of the apical region of human anterior

    teeth. J Br Endodont Soc 3: 52-58.

    Cluster LE (1918). Exact method of locating the apical foramen. J Natl Dent

    Assoc 5: 815-819.

    Cunha DAssuno FL, Albuquerque DS, Ferreira LC (2006). The ability of two

    apex locators to locate the apical formen: an in vitro study. J Endod 32:

    560-562.

    Cunha DAssuno FL, Albuquerque DS, Salazar-Silva JR, Ferreira LC,

    Bezerra PM (2007). The accuracy of root canal measurements using the Mini

    50

  • Apex Locator and Root ZX II: an evaluation in vitro (2007). Oral Surg Oral Med

    Oral Pathol Oral Radiol Oral Endod 104: e50-e53.

    Cunha D`Assuno FL, Albuquerque DA, Salazar-Silva JR, dos Santos VC,

    Sousa JC (2010). Ex vivo evaluation of the accuracy and coefficient of

    repeatability of three electronic apex locators using a simple mouting model: a

    preliminary report. Int Endod J 43: 269-279.

    Czerw RJ, Fulkerson MS, Donnely JC (1995). In vitro evaluation of the accuracy

    of several electronic apex locators. J Endod 21: 572-575.

    Ding J, Gutmann J, Fan B, Lu Y, Chen H (2010). Investigation of apex locators

    and related morphological factors. J Endod 36: 1399-1403.

    Duh B (2009). In vitro evaluation of the accuracy of Root ZX series electronic

    apex locators. J Dent Sci 4: 75-80.

    Dummer PMH, McGinn JH, Ress DG (1984). The position and topography of

    the apical canal constriction and apical foramen. Int Endod J 17: 192-198.

    Ebrahim AK, Wadachi R, Suda H (2007). An in vitro evaluation of the accuracy

    of Dentaport ZX apex locator in enlarged root canals. Aus Dent J 52: 193-197.

    ElAyout A, Dima E, Ohmer J (2009). Consistency of apex locator function: a

    clinical study. J Endod 35: 179-181.

    51

  • ESE (2006). Quality guidelines for endodontic treatment: consensus report of

    the European Society of Endodontology. Int Endod J 39: 921-930.

    Fan W, Fan B, Gutmann JL, Bian Z, Fan MW (2006). Evaluation of the accuracy

    of three electronic apex locators using glass tubules. Int Endod J 39: 127-135.

    Frank AL, Torabinejad M (1993). An in vivo evaluation of Endex electronic apex

    locator. J Endod 19: 177-179.

    Goldberg F, Marroqun BB, Frajlich S, Dreyer C (2005). In vitro evaluation of the

    ability of three apex locators to determine the working length during retreatment.

    J Endod 31: 676-678.

    Gonalves Real D, Davidowicz H, Moura-Netto C, Zenkner CLL, Pagliarin CML,

    Barletta FB, Moura AAM (2011). Accuracy of working lenght determination using

    3 electronic apex locators and direct digital radiography. Oral Surg Oral Med

    Oral Pathol Oral Radiol Oral Endod 111: e44-e49.

    Gordon & Chandler (2004). Electronic apex locators. Int Endod J 32: 425-437.

    Green D (1956). Stereomicroscopic study of 400 root apices of maxillary and

    mandibular anterior teeth. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 9: 1224-1232.

    Grove CJ (1931). The value of the dentinocemental junction in pulp canal

    surgery. J Dent Res 11: 466-468.

    Guise GM, Goodell GG, Imamura GM (2010). J Endod 36: 279-281.

    52

  • Hasegawa K, Iitsuka M, Nihei M, Ohashi M (1986). A new method and

    apparatus for measuring root canal length. J Nihon Univ Sch Dent 28: 117-128.

    Herrera M, balos C, Planas AJ, Llamas R (2007). Influence of apical

    constriction diameter on Root ZX apex locator precision. J Endod 33: 995-998.

    Hoer D, Attin T (2004). The accuracy of electronic working length determination.

    Int Endod J 37: 125-131.

    Huang L (1987). An experimental study of the principle of electronic root canal

    measurement. J Endod 13: 60-64.

    Ibarrola JL, Chapman BL, Howard JH, Knowles KI, Ludlow MO (1999). Effect of

    preflaring on Root ZX apex locators. J Endod 25: 625-626.

    Ilzuka H, Hasegawa K, Takei M, Kato Y, Nihei M, Ohashi M (1987). A study on

    electric method for measuring root canal length. J Nihon Univ Sch Dent 29:

    278-286.

    J Morita Corp. Root ZX operation instructions. Kyoto, Japan, 2004.

    J Morita Corp. Root ZX Mini operation instructions. Kyoto, Japan, 2011.

    Jenkins JA, Walker WA, Schindler WG, Flores CM (2001). An in vivo evaluation

    of the accuracy of the Root ZX in the presence of various irrigants. J Endod 27:

    209-211.

    53

  • Jung I, Yoon B, Lee S, Lee S (2011). Comparison of the reliability of 0.5 and

    APEX mark measurements in two frequency-based electronic apex locators. J

    Endod 37: 49-52.

    Kim E, Lee SJ (2004). Electronic apex locator. Dent Clin North Am 48: 35-54.

    Kim E, Marmo M, Lee SJ, Oh NS, Kim IK (2008). An in vivo comparison of

    working length determination by only Root ZX apex locator versus combination

    Root ZX apex locator with radiographs using a new impression technique. Oral

    Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Oral Endod 105: e79-83.

    Kobayashi C, Matoba K, Suda H, Sunada I (1991). New practical model of the

    division method electronic root canal length measuring device. J Jpn Endodon

    Assoc 12: 143-148.

    Kobayashi C, Suda H (1994). New electronic canal measuring device based on

    ratio method. J Endod 20: 111-114.

    Kuttler Y (1955). Microscopic investigation of root apexes. J Am Dent Assoc 50:

    544-552.

    Lee SJ, Nam KC, Kim YJ, Kim DW (2002). Clinical accuracy of a new apex

    locator with an automatic compensation circuit. J Endod 28: 706-709.

    Lopes HP, Siqueira Jr JF (2010). Endodontia: biologia e tcnica. 3 ed. Rio de

    Janeiro: Guanabara Koogan, p. 951.

    54

  • Mayeda DL, Simon JHS, Aimar DF, Finley K (1993). In vivo measurement

    accuracy in vital and necrotic canals with the Endex apex locator. J Endod 19:

    545-548.

    Martos J, Ferrer-Luque CM, Gonzlez-Rodrgues MP, Castro LA (2009).

    Topographical evaluation of the major apical foramen in permanent human

    teeth. Int Endod J 42: 329-334.

    Meares WA, Steiman HR (2002). The influence of sodium hypoclorite irrigation

    on the accuracy of the Root ZX electronic apex locator. J Endod 28: 595-598.

    Miletic V, Beljic-Ivanovic K, Ivanovic V (2011). Clinical reproducibility of three

    electronic apex locators. Int Endod J 44: 769-776.

    Mizutani T, Ohno N, Nakamura H (1992). Anatomical study of the root apex in

    the maxillary anterior teeth. J Endod 18: 344-347.

    Nekoofar MH, Ghandi MM, Hayes SJ et al (2006). The fundamental operating

    principles of electronic root canal lenght measurement devices. Int Endod J 39:

    595-609.

    Olson DG, Roberts S, Joyce AP, Collins DE, McPherson JC III (2008).

    Unevenness of the apical constriction in human maxillary central incisors. J

    Endod 34: 157-159.

    ONeill LJ (1974). A clinical evaluation of electronic root canal measurement.

    Oral Surg 38: 469-73.

    55

  • Ounsi HF, Naaman A (1999). In vitro evaluation of reliability of the Root ZX

    electronic apex locator. Int Endod J 32: 20-23.

    Pagavino G, Pace R, Baccetti T (1998). A SEM study of in vivo accuracy of the

    Root ZX electronic apex locator. J Endod 24: 438-441.

    Pascon EA, Marrelli M, Congi O, Ciancio R, Miceli F, Versiani MA (2009). An in

    vivo comparison of working lenght determination of two frequency-based

    electronic apex locators. Int Endod J 42: 1026-1031.

    Pilot TF, Pitts DL (1997). Determination of impedance changes at varying

    frequencies in relation to root canal file position and irrigant. J Endod 12:

    719-724.

    Pineda F, Kuttler Y (1972). Mesiodistal and buccolingual roentgenographic

    investigation of 7,275 root canals. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 33: 101-110.

    Plotino G, Grande NM, Brigante L, Lesti B, Somma F (2006). Int Endod J 39:

    408-414.

    Ponce EH, Vilar Fernandez JA (2003). The cemento-dentino-canal junction, the

    apical foramen, and the apical constriction: evaluation by optical microscopy. J

    Endod 29: 214-219.

    Ramos CAS, Bramante CM (2005). Odontometria: fundamentos e tcnicas.

    So Paulo: Livraria Santos Editora, p. 130.

    56

  • Ricucci D, Langeland K (1998). Apical limit of root canal instrumentation and

    obturation. Int Endod J 31: 394-409.

    Romidan Ltd. RomiApex A-15 user manual. Kiryat Ono, Israel, 2010.

    Schilder H (1967). Filling root canals in three dimensions. Dent Clin North Am

    11: 723-744.

    Shabahang S, Goon WWY, Gluskin AH (1996). An in vivo evaluation of Root ZX

    electronic apex locator. J Endod 22: 616-618.

    Silva TM, Alves FRF (2011). Localizadores apicais na determinao do

    comprimento de trabalho: a evoluo atravs das geraes. Rev Bras Odont

    68: 180-185.

    Siu C, Marshall JG, Baumgartner C (2009). An in vivo comparison of the Root

    ZX II, the Apex NRG XRF, and Mini Apex Locator by using rotary nickel-titanium

    files. J Endod 35: 962-965.

    Stein TJ, Corcoran JF (1990). Anatomy of the root apex and its histologic

    changes with age. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 96: 238-242.

    Sunada I (1962). New method for mensuring the length of the root canals. J

    Dent Res 41: 375-387.

    Siqueira JF (2011). Treatment of endodontic infections. London: Quintessence

    Publishing, p. 403.

    57

  • Suzuki K (1942). Experimental study on iontophoresis. J Jap Stomatol 16: 411.

    Tamse A, Kaffe I, Fishel D (1980). Zygomatic arch interference with correct

    radiographic diagnosis in maxillary molar endodontics. Oral Surg Oral Med Oral

    Pathol 50: 563-566.

    Thomas AS, Hartwell GR, Moon PC (2003). The accuracy of the Root ZX

    electronic apex locator using stainless-steel and nickel-titanium files. J Endod

    29: 662-663.

    Tinaz AC, Alaam T, Topuz (2002). A simple model to demonstrate the

    electronic apex locating device. J Endod 28: 160-162.

    Tosun G, Erdemir A, Eldeniz AU, Sermet U, Sener Y (2008). Accuracy of two

    electronic apex locators in primary teeth with and without apical resorption: a

    laboratory study. Int Endod J 41: 436-441.

    Tselnik M, Baumgartner C, Marshall JG (2005). An evaluation of Root ZX and

    Elements Diagnostic Apex Locators. J Endod 31: 507-509.

    Ushiyama J (1983). New principle and method for measuring the root canal

    length. J Endod 9: 97-104.

    Vasconcelos BC, Macedo TV, Menezes AJT, Pinheiro-Junior EC, Vivacqua-

    Gomes N, Bernardes RA, Duarte MAH (2010). An ex vivo comparison of root

    canal length determination by three electronic apex locators at positions short of

    58

  • the apical foramen. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 23:

    180-182.

    Versiani MA, Santana BP, Caram CM, Pascon EA, Souza CJA, Biffi JCG

    (2009). Ex vivo comparison of the accuracy of Root ZX II in detecting apical

    constriction using different meters reading. Oral Surg Oral Med Oral Pathol

    Oral Radiol Oral Endod 108: e41-45.

    Weiger R, John C, Geigle H, Lst C (1999). An in vivo comparison of two

    modern apex locators. J Endod 25: 765-768.

    Wrbas KT, Ziegler AA, Altenburger MJ, Schirrmeister JF (2007). In vivo

    comparison of working length determination with two electronic apex locators.

    Int Endod J 40: 133-138.

    Wu M, Wesselink PR, Walton RE (1992). Apical terminus location of root canal

    treatment procedures. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Oral Endod

    89: 99-103.

    59

  • 10. ANEXOS_______________________________________________________________

    Anexo I - Submisso do estudo ao Comit de tica em Pesquisa (CEP)

    60

  • Anexo II - Foto do LAE ZX II

    Fonte: www.jmorita.com

    61

  • Anexo III - Foto do LAE ZX Mini

    Fonte: www.jmorita.com

    62

  • Anexo IV - Foto do LAE RA A-15

    Fonte: www.romidan.com/htmls/home.aspx

    63

  • Anexo V Tabela com os comprimentos reais, medies eletrnicas e mdias

    obtidas com cada LAE

    64

  • Anexo VII - Tabela com estudos comparando a preciso de LAEs

    ESTUDO/ANO LAEs PRECISES PONTO DE REFERNCIA TOLERNCIADIFERNA

    SIGNIFICANTE

    Presente estudo (2012)

    ZX II 62%

    Forame apical 0,5 mm NoPresente estudo (2012)ZX Mini 56% Forame apical 0,5 mm NoPresente estudo (2012)

    RA A-15

    50%

    Forame apical 0,5 mm No

    Pagavino et al. (1998)

    ZX 83% Forame apical 0,5 mm -

    Goldberg et al. (2005)

    ZX 95%

    Constrio apical 0,5 mm NoGoldberg et al. (2005) NA 85% Constrio apical 0,5 mm NoGoldberg et al.

    (2005)

    PP 80%

    Constrio apical 0,5 mm No

    Tselnik et al. (2005)ZX 75%

    Constrio apical 0,5 mm NoTselnik et al. (2005)ED 75%

    Constrio apical 0,5 mm No

    Cunha D`Assuno (2006)

    ZX 90%Forame apical 0,5 mm NoCunha D`Assuno (2006) NA 82%Forame apical 0,5 mm No

    Kim et al. (2008) ZX 84% Constrio apical 0,5 mm -

    Duh (2009)

    ZX

    90% a 98% Constrio apical 0,5 mm NoDuh (2009)S ZX

    90% a 98% Constrio apical 0,5 mm NoDuh (2009)TA ZX

    90% a 98% Constrio apical 0,5 mm NoDuh (2009)

    DP ZX

    90% a 98% Constrio apical 0,5 mm No

    Siu et al. (2009)

    ZX II 50%

    Constrio apical 0,5 mm NoSiu et al. (2009) MA