Disciplina: Técnicas de Pesquisa em Economia ANE029

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Prof. Dr. Admir Antonio Betarelli Junior Departamento de Ciências Econômicas Disciplina: Técnicas de Pesquisa em Economia – ANE029

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Prof. Dr. Admir Antonio Betarelli Junior

Departamento de Ciências Econômicas

Disciplina: Técnicas de Pesquisa em Economia – ANE029

Metodologia Lembrete Cronograma Cuidados gerais e

linguagem Introdução

Etapas do projeto: (NBR 15287:2005)

1. Escolha e delimitação do tema: assunto (área geral) e seleção de uma parte dele.

2. Definição dos objetivos: meta geral e metas parciais da pesquisa.

3. Formulação da pergunta de pesquisa: pergunta a ser respondida.

4. Formulação das hipóteses: Possíveis respostas da pergunta.

5. Justificativa: explicação e argumentação da pesquisa; eventual contribuição.

6. Revisão da Literatura: Base teórica e empírica do pesquisador.

7. Metodologia: o meio de se alcançar as etapas da pesquisa.

8. Orçamento (se necessário)

9. Cronograma de execução: com a distribuição das etapas no tempo.

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linguagem Introdução

Metodologia

As etapas da pesquisa devem ser apresentadas passo a passo, em ordem sequencial. Identificação dos instrumentos e procedimentos a serem adotados na pesquisa. Como? Com quê? Onde? Quanto?

Forma de raciocínio: dedutivo, indutivo ou hipotético-dedutivo.

Pesquisa: Qualitativa, Quantitativa ou Mista; Exploratória, Descritiva, Correlacional ou Causal, Temporalidade, Profundidade e Amplitude.

Técnicas: a previsão de como será feita a coleta, a tabulação e a análise dos dados; os formulários, questionários e roteiros de entrevistas devem ser elaborados previamente.

A metodologia escolhida deve ser seguida fielmente, pois dela depende a possibilidade de réplica à pesquisa.

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Metodologia

Temporalidade:

Transversais Coletam dados num único momento. Seu propósito é descrever variáveis e analisar sua incidência e inter-relação num momento determinado. É como tirar uma “fotografia” de algo que acontece.

Estudos que coletam dados em diferentes pontos do tempo, para realizar inferências sobre a evolução, suas causas e seus efeitos.

São utilizados quando o interesse do pesquisador é analisar mudanças ao longo do tempo de determinadas categorias, conceitos, acontecimentos, variáveis, contextos ou comunidades; ou, ainda, das relações entre estas.

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Metodologia

Exploratórios

Transversais

Correlacionais-causais

Descritivos

• Uma pesquisa para começar a conhecer o modo como um grupo terrorista trabalha.

• Um estudo sobre um novo tipo de epidemia provocada por um vírus desconhecido.

• Censos de população.

• Opiniões dos torcedores de um país sobre o desempenho de sua seleção no Mundial da

Brasil em 2014.

• Uma pesquisa para analisar as razões do “colapso” da bolsa de valores num momento

específico.

• Um estudo para avaliar a relação entre a quantidade de bolsa concedida, a escolaridade dos

pais, a escola de procedência (pública-particular)e a média geral obtida no ensino médio.

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linguagem Introdução

Metodologia

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Metodologia

Longitudinais:

A atenção se concentra na população.

Desenhos de tendência

Amostras diferentes, mesma população

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Metodologia

Longitudinais:

Seu foco são as coortes ou grupos de indivíduos vinculados de alguma maneira ou identificados por uma característica comum, geralmente a idade ou a época.

Amostras diferentes, mesma subpopulação vinculada por algum critério ou característica (coorte)

Desenhos de evolução de grupo (coortes)

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Metodologia

Longitudinais:

Nos desenhos painel os mesmos casos ou participantes são medidos ou observados em todos os tempos ou momentos.

Mesma população ou amostra, exatamente os mesmos casos ou participantes

Desenhos painel

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Metodologia

Orientações gerais sobre as técnicas:

Potencial: Em que se constitui a técnica e quais as suas utilidades?

Justificativa: Por que utilizar a técnica na investigação?

Localização: Onde será aplicada a técnica na investigação?

Temporalidade: Quando será aplicada a técnica na investigação?

Prazo: Quanto tempo será necessário à aplicação da técnica na investigação?

Modo: Como será utilizada a técnica na investigação?

Utilidade: A técnica é cientificamente utilizável na investigação?

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Metodologia

Amostra Subgrupo da população do qual os dados são coletados e que deve ser representativo desta.

População Uma população é o conjunto de todos os casos que preenchem uma série de especificações.

Probabilísticas: Tamanho de amostra representativo da população. Seleção de elementos amostrais (casos) de maneira que no início todos tenham a mesma possibilidade de serem escolhidos

Não probabilísticas: Também chamadas de amostras dirigidas, envolvem um procedimento de seleção informal. Selecionam indivíduos ou casos “típicos” sem tentar que sejam representativos de uma população determinada.

Tipos de amostras

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Metodologia

Quando se trata de uma amostra:

Quais serão os critérios de inclusão na amostra?

Como os sujeitos serão selecionados para participar da amostra?

Quais os critérios de inclusão?

• procedimentos de amostragem: não-probabilística (seleção não aleatória; nem sempre permite tratamento estatístico) ou probabilística

Como serão extraídas as informações?

• (e.g., questionários, inventários, testes psicométricos, termômetro)

Quais serão os procedimentos para a coleta de dados?

• Os sujeitos preencherão os próprios questionários ou serão entrevistados?

Haverá tempo limite para a aplicação do questionário?

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Metodologia

Tratamento estatístico: As observações coletadas consistem de "dados brutos". Precisam ser arranjadas, para serem

analisados.

Estatística é um procedimento que permite a análise e interpretação de grande número de dados

Explicitar:

1) se se pretende realizar um experimento.

2) se se exercerá controle sobre determinadas variáveis e quais delas.

3) qual o nível de significância que será exigido.

4) que medidas estatísticas serão utilizadas.

medidas de posição, de dispersão, comparação de frequências, apresentação dos dados (tabelas, gráficos, etc)

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Cronograma

Demonstração da viabilidade temporal da pesquisa no prazo disponível à sua realização. Em suma, escalonamento no tempo de todas as tarefas e fases da pesquisa

Planejamento realista do tempo, de acordo com os objetivos da pesquisa, os prazos de que o estudante dispõe e os prazos do programa ao qual está vinculado.

Etapas mínimas de um Cronograma (e.g.): Revisão da Literatura Preparação da pesquisa de Campo à Coleta de Dados Processo de Coleta de Dados Processo de Análise dos Dados Elaboração do Relatório

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Cronograma

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Cronograma

2015 2016 2016 Trimestre Trimestre Trimestre

ATIVIDADES 3° 4° 1° 2° 3° 4°

I Revisão bibliográfica

II Preparação do projeto monográfico

III Coleta e análise dos dados

IV Elaboração do capitulo metodológico

V Interpretação do resultados

VI Elaboração do capítulo de resultados e conclusões

VII Elaboração da conclusão ou considerações finais

VIII Redação final e apresentação

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Projeto monográfico na UFJF (adaptado)

Elementos textuais

a. Introdução.

b. Objetivo.

c. Justificativa.

d. Referencial teórico e empírico.

e. Metodologia.

f. Cronograma.

Elementos pós-textuais

a. Referências.

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Comunicação

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Texto

O aluno tem dúvidas quanto à melhor maneira de distribuir o conteúdo ao longo da monografia.

O que é importante?

Em que ordem colocar os assuntos? Como utilizar as anotações para melhor

valorizar o texto?

Como dar à monografia algumas fundamentação científica e que não fique parecendo um mero

apanhado de ideias desconexas?

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Texto

A redação das ideias:

No início do processo de pesquisa, anote as ideias em vez de falar sobre elas. Isto é, trabalhe com

as ideias no papel.

Faça vários esboços de uma proposta em vez de tentar polir o primeiro esboço. Não seja um

“pedreiro”, e sim um escritor.

Não edite sua proposta na fase do primeiro esboço, mas:

• 1o. Desenvolva um esboço;

• 2o. Escreva um rascunho e depois modifique e selecione as ideias.

• 3o. Edite e dê polimento a cada sentença.

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Texto

Legibilidade do manuscrito:

Use termos consistentes durante toda a proposta. Cuidado com os sinônimos.

Considere como as ideias de diferentes tipos orientam um leitor.

Coerência na escrita: significa que as ideias se vinculam e fluem logicamente de uma

sentença para a outra e de um parágrafo para o outro. (Veja a discussão e exemplo de

Creswell(2010, p.112.113)).

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Texto

O estilo do texto científico

a) ausência de pronomes pessoais e uso do sujeito indeterminado

Descobrimos neste trabalho que... Descobriu-se neste trabalho que...

Verifiquei que... Verificou-se que...

Nós pudemos observar... Pode-se observar...

Temos / Tenho Tem-se

Obtive / Obtivemos Obteve-se

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Texto

O estilo do texto científico

b) Adjetivação modesta e técnica

Crise catastrófica Crise acentuada

Situação econômica maravilhosa Situação econômica adequada

Procedimentos burros Procedimentos inadequados

Funcionamento débil Funcionamento ineficiente

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Texto

O estilo do texto científico

c) Concisão: "Das palavras, as mais simples; das mais simples, as menores."

Como podemos ver, as citações são elementos absolutamente comuns, normais e frequentes nos textos acadêmicos e científicos, mas, não obstante isso, a esmagadora maioria dos erros cometidos pelos que escrevem certamente referem-se a este elemento tão presente nas monografias, quer sejam elas de doutoramento, de mestrado ou até mesmo em trabalhos de conclusão de curso de graduação e de pós-graduação.

Exemplo de Concisão:

Embora as citações sejam elementos frequentes em textos científicos a maioria dos erros deve-se a elas.

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Texto

O estilo do texto científico

d) Texto técnico e sem diálogo com o leitor

As empresas fazem largo uso dessas ferramentas. Mas como podemos descobrir quais as mais eficientes? O leitor deve compreender, antes de tudo, a dificuldade que temos em encontrar informações acerca disso no mercado. Então, como fazer? As empresas fazem uso acentuado dessas ferramentas. Embora o acesso às informações de mercado sejam restritas, é necessário buscar informações acerca da eficiência das mesmas.

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Texto

O estilo do texto científico

d) A voz, o tempo verbal e os “excessos” Orientações: eliminar palavras desnecessárias, não utilizar a voz passiva, reduzir os adjetivos, reduzir o excesso de citações (+diretas), reduzir o uso de itálicos e os comentários entre parênteses. Diretrizes gerais: 1. Use o máximo possível a voz ativa. “Se o sujeito age, a voz é ativa. Se o sujeito é objeto da ação, a voz é

passiva”.

2. Use o tempo presente para trazer vigor ao estudo, especialmente na introdução. O tempo passado seria apropriado para a revisão teórica e empírica. Para as outras partes de um projeto de pesquisa, procure aplicar o tempo futuro. Na monografia, use o tempo presente para discutir os resultados e apresentar as conclusões.

3. Revise para cortas os EXCESSOS, que são palavras adicionais desnecessárias.

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Qualificação do parágrafo

As empresas brasileiras têm enfrentado enormes problemas em função da grande crise econômica pela qual passa nosso país, tendo assumido uma atitude preventiva e cautelosa no que se refere aos investimentos, notadamente no setor de treinamento, que costuma ser o primeiro a sentir os cortes em crises deste porte.

Um parágrafo bastante comum...

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Qualificação do parágrafo

As empresas brasileiras têm enfrentado enormes problemas em função da grande crise econômica pela qual passa nosso país, tendo assumido uma atitude preventiva e cautelosa no que se refere aos investimentos, notadamente no setor de treinamento, que costuma ser o primeiro a sentir os cortes em crises deste porte.

Que empresas? Que problemas?

Que crise? Em

quais setores?

Em relação a quais

departamentos?

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Qualificação do parágrafo

Segundo dados do Banco Central do Brasil (2009) em seis dos oito trimestres dos anos de 2008 e 2009 houve uma retração do PIB brasileiro entre 1,5% e 2,3%, o que, para alguns autores (p. ex., KRAUSE, 2001; SILVEIRA, 2005) pode configurar uma "crise econômica". Nesse mesmo período, em pesquisa exploratória realizada junto a gestores de recursos humanos nas empresas do setor industrial da região sudeste do país, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (2009) relatou uma intenção de cortes com gastos em treinamento de pessoal da ordem de 27,8%, para o ano de 2010. É possível hipotetizar, portanto, que a retração econômica tenha levado a uma diminuição na previsão de investimentos nessa área.

Um parágrafo acadêmico...

Texto científico é construído com base em argumentos fundamentados em teorias, fatos consolidados e dados.

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Linguagem científica

É um exercício de argumentação escrito com "as palavras do autor", todavia fortalecido por evidências empíricas retiradas de teorias, conceitos e dados próprios ou de outros autores, devidamente citados no corpo do texto.

Ou seja, não há espaço para a enunciação de juízos de valor, que possuem caráter opinativo ou especulativo.

A opinião nada mais é do que uma afirmação sem bases teóricas ou empíricas. Trata-se, portanto, de especulação.

O texto científico

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Linguagem científica

Para 2 públicos: comunidade científica e público externo. Escolher termos apropriados:

a. Impessoalidade.

b. Objetividade (Ɇ impressões subjetivas).

• Subjetiva: a sala estava suja; Objetiva: o entrevistado, enquanto falava, deixou cair cinzas do cigarro no chão. Viam-se restos de cigarros apagados e fragmentados de papel no chão.

c. Modéstia e cortesia:

não se deve insinuar que outros estudos estejam cobertos de erros e incorreções. O próprio trabalho, por mais perfeito que esteja, nem sempre está isento de erros.

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Linguagem científica

É objetiva, precisa, isenta de qualquer ambiguidade, modéstia e apresenta cortesia.

É informativa e técnica, de ordem racional, firmada em dados concretos, a partir dos quais analisa, compara e sintetiza, argumenta, induz ou deduz e conclui.

Baseada em argumentos fundamentados em teorias, fatos consolidados e dados.

É acadêmica, didática e clara.

Lembre-se: “ninguém pode exprimir em termos claros uma ideia ainda confusa em sua mente.”

Para haver clareza de expressão, é necessário que primeiramente haja clareza de ideias.

Termos mais adequados às ideias (Ɇ sentido figurado).

Deve-se traduzir teoremas, formulas, equações e conceitos em textos descritivos, explicativos e informativos simples e compreensíveis.

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Linguagem científica

Exigências Deformações

Impessoal Pessoal

Objetivo Subjetivo, ambíguo

Modesta e cortês Arrogante, dogmática

Informativa Persuasiva, expressiva

Clara e distinta Confusa, equívoca

Própria ou concreta Figurada

Técnica Comum

Frases simples e curtas Frases longas e complexas.

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Linguagem científica

Analise o parágrafo abaixo, escrito supostamente em um texto científico.

Observamos que alguns municípios brasileiros enfrentam grandes problemas em função da enorme crise de água que passa nosso país. Diante disso, por exemplo, em alguns municípios, como no Estado de São Paulo, os indivíduos já adotam uma atitude cautelosa e preventiva em relação ao uso desse recurso natural, o que é muito bom para amenizar uma crise desse porte, bem como de servir como exemplo para as demais cidades brasileiras. Entretanto, o que nós e os órgãos públicos poderíamos fazer para atenuar efetivamente essa crise que estende para todo o território nacional?

A correção da conjugação verbal e adjetivação são necessárias, porém não suficiente para

atender a objetividade de um texto científico; e encurtar algumas frases não é suficiente

para atender plenamente a forma de linguagem científica.

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linguagem Introdução

Linguagem científica

Abreviaturas e siglas : ABNT (NBR 10522:1988).

Não se inventa abreviaturas => são consagradas pelos usos e costumes ou normalizadas desde a origem.

Alguns tipos Descrição

ap. Apud (segundo, em)

Cf. Conforme

Ibid. Ibidem (no mesmo lugar)

Id. Idem (o mesmo, do mesmo autor)

Op. Cit. Opus citatium ( na obra citada)

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linguagem Introdução

Linguagem científica

Regras para siglas:

De até 3 letras (UD, ONU, CIA, BC) utilize apenas letras maiúsculas e sem pontuação entre as letras.

Mais de 3 letras (Unesco, Unicef, Petrobrás, Senac) use letra maiúscula na inicial e minúsculas nas demais.

Escreva em maiúsculas todas as siglas que precisam ser pronunciadas letra a letra (BNDES, FGTS, DNER).

Exceção em algumas siglas consagradas: CNPq e UnB.

Quando for necessário plurais a partir de siglas, acrescente no final (TVs, CDBs).

A 1º referência no texto: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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linguagem Introdução

Introdução: conceitos e requisitos

O leitor quer saber do que se trata. Prepara o terreno para todo o estudo.

A introdução estabelece a questão ou o interesse que conduz à pesquisa, ao comunicar informações sobre um problema.

Precisa suscitar o interesse no leitor, situar o estudo dentro do contexto mais amplo da literatura e atinigr um público específico.

Tudo isso é realizado em uma seção concisa, de poucas páginas. Portanto, as introduções são desafiadoras tanto de escrever quanto de entender.

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Introdução: conceitos e requisitos

Logo, são apresentados:

A definição e delimitação do assunto;

Os estudos que têm abordado o problema

As deficiências nos estudos (se existir)

A indicação do problema, dos objetivos, da hipótese e justificativa.

A indicação da metodologia de trabalho a ser seguida;

A importância do estudo para determinados públicos

A estrutura interna do trabalho, com a indicação de como estão distribuídos e organizados seus argumentos.

São exigências fundamentais na prática.

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Introdução: conceitos e requisitos

Requisitos Passos Descrição

a) Anunciar o

assunto...

1. Ideia geral. Definir o tema consiste em anunciar sua ideia geral e precisa. “escolher bem

os termos de definição”.

2. Delimitar. Indicar o aspecto específico que será focalizado.

Por vezes, o assunto é anunciado e delimitado sob forma de problema de

pesquisa. Levanta-se, nesse caso, 1 ou + hipóteses que serão demonstradas

posteriormente.

3. Situar.

Quando se busca delimitar, a necessidade de situá-lo no tempo e no espaço, na

discussão teórica ou na prática. Consiste em indicar os pressupostos

indispensáveis à sua compreensão.

4. Importância Para despertar o interesse do leitor. Se ela for demonstrada, a justificativa da

escolha fica fácil.

5. Metodologia. Indicar: documentação, dados utilizados e metodologia empregada.

b)... e como será desenvolvido Anunciar, com ênfase e clareza, o plano adotado para o desenvolvimento.

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Introdução: conceitos e requisitos Conforme a legislação brasileira (lei 10. 893/04), a navegação de cabotagem é aquela realizada

entre os portos e terminais brasileiros, utilizando exclusivamente a via marítima ou a via marítima e

as interiores (Figura 4.5). No Brasil, essa modalidade de transporte é regulada pela Agência

Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Um aspecto relevante na regulação exercida pela

ANTAQ é a política protecionista adotada para as embarcações de bandeira brasileira (EBNs), as

quais têm o direito de reserva exclusiva para atuar no mercado de cabotagem brasileiro (Lei n°

9.432, de 1997).

No mercado de cabotagem, a política protecionista se associa a uma política econômica voltada

para a construção naval, que visa a garantir a demanda para ambos os setores. As empresas que

atuam no mercado de cabotagem contam com um sistema de tributação negativa, pelo qual

recebem recursos públicos para seus investimentos através do Fundo de Marinha Mercante (FMM).

Esses recursos se originam de uma alíquota de 10% sobre o valor do frete de cabotagem, também

conhecida como “Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM)”.

Os recursos arrecadados com o AFRMM neste mercado são depositados em contas das

empresas de navegação e somente podem ser usados para serviços de reparo e conversões de

embarcações ou financiamento da construção de novas embarcações. A própria ANTAQ (2009)

aponta que essa incidência do AFRMM é gravame imposto pelo poder público, uma vez que

propicia uma desvantagem econômica à cabotagem quando comparada com o modal rodoviário.

Uma alternativa proposta pela própria agência seria eliminar o AFRMM nas operações de

cabotagem, mas mantê-lo nas importações como forma de subsídio cruzado ao setor.

É nesse mote de pesquisa que originam duas principais motivações de estudo para esse trabalho.

Primeiro, analisar os efeitos econômicos da política tarifária proposta pela ANTAQ no atual regime

concorrencial do mercado. Essa política altera a estrutura de preços relativos na economia e,

consequentemente, há uma realocação dos recursos nas interdependências setoriais no Brasil. A

distribuição e intensidade destes efeitos no sistema produtivo dependem das relações diretas e

indiretas relacionadas ao uso do transporte de cabotagem no Brasil. E segundo, averiguar os efeitos

dessa política tarifária considerando características distintas do sistema produtivo brasileiro: quando

ele é composto majoritariamente por setores “diferenciados” ou por setores “homogêneos”. Esse

trabalho procura responder a um problema aplicado para a economia brasileira:

Quais seriam os impactos projetados da política de redução do AFRMM em 2013 nas operações

domésticas de cabotagem até 2025 para o atual regime concorrencial e quando diferentes

hipóteses são atribuídas para alguns setores do sistema produtivo?

A hipótese levantada neste trabalho é que essa política pode induzir um crescimento da atividade

econômica em relação à trajetória tendencial da economia, porém, comprometendo, em certa

medida, a atividade de cabotagem. Essa preocupação tem sido recorrente no debate dessa política,

principalmente sobre os possíveis efeitos negativos sobre os investimentos, receitas e taxa de

retorno das empresas de cabotagem. Entretanto, uma segunda hipótese também é considerada.

Quando o sistema produtivo é composto simultaneamente por setores “diferenciados” e

“homogêneos”, os efeitos negativos sobre as atividades dos dois modais de transporte podem ser

menores, uma vez que nessa “economia heterogênea” os custos podem ser mais rígidos às

variações e a expansão da atividade econômica pode ser relativamente maior.

O tratamento deste problema requer uma metodologia que considere de maneira sistemática às

relações intersetoriais, assim como o detalhamento dos serviços de transporte e os fenômenos de

retornos crescentes de escala e competição imperfeita. Diante disto, este trabalho utiliza o modelo

BIM-T (Brazilian Imperfect Market and Transport), um modelo de equilíbrio geral computável (EGC)

dinâmico capaz de lidar com algumas formas de imperfeições de mercado, como retornos

crescentes de escala e competição imperfeita, em muitos setores da economia.

Além deste capítulo introdutório, esta pesquisa se organiza em mais 4 capítulos. Esses demais

capítulos contemplam objetivos específicos. O capítulo 2 apresenta a estrutura teórica e as

principais características do modelo BIM-T. Trata-se de um modelo EGC dinâmico recursivo com

economias de escala e concorrência imperfeita O capítulo 3 descreve todos os procedimentos

realizados na preparação da base de dados do modelo. As estratégias adotadas, hipóteses

assumidas, cálculos realizados e fontes utilizadas para a desagregação dos serviços de transporte

estão detalhados neste capítulo. Por sua vez, o capítulo 4 detalha as estratégias adotadas para as

simulações e os valores dos choques da política. Os resultados das simulações são avaliados no

âmbito macroeconômico e setorial. Por fim, no capítulo 5 são tecidas as considerações finais desta

pesquisa, salientando as contribuições, os resultados conclusivos das duas aplicações, limitações

metodológicas e sugestões para possíveis avanços, aplicações e extensões desse trabalho.

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linguagem Introdução

Exercícios:

Individual (entrega para o dia 19/01/2016)

1) Discurra sobre a metodologia da sua pesquisa.

2) Elabore e liste os itens necessários de um cronograma prévio para o seu projeto final.

3) Elabore uma introdução na mesma estrutura apresentada em aula de no máximo duas páginas.

Observação: essa lista de exercícios é especial e vale 8 pontos no computa do total de avaliações.

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linguagem Introdução

APPOLINÁRIO, F. Metodologia da Ciência: Filosofia e Prática da Pesquisa. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. (cap.4)

CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A.; da SILVA, R. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. (cap.5)

CRESWELL, J.W. Projeto de pesquisa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. (Cap.4-5).

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, M. P. B. Metodologia de Pesquisa. 5 ed. Porto Alegre: Penso, 2013. (Cap.7-8).

Referências