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Disciplina: Gerência da Manutenção Prof. Fernando Porto Planos de Manutenção, Custos e Substituição de Equipamentos

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Disciplina:Gerência da Manutenção

Prof. Fernando Porto

Planos de Manutenção, Custos e Substituição de Equipamentos

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PLANOS DE MANUTENÇÃO

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Planejamento da Preventiva

• Esse programa se pagará pela redução da freqüência e dos tempos de parada não programada de equipamentos e pela queda dos custos de produção que essas paralisações acarretam.

• A possibilidade de programação das paradas de cada equipamento, decorrente da utilização desse método, permite um melhor planejamento de seu uso por parte da produção e o remanejamento dos equipamentos auxiliares, cujo trabalho também não será paralisado.

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• O processo é, porém, dinâmico. Seus resultados devem ser continuamente avaliados; a manutenção preventiva deve ser flexível para poder ser eficiente.

• A execução de um programa de Manutenção Preventiva, na prática, pode ir desde programas exaustivos que cubram cada item do equipamento, com substituição programada de peças e formação de kits para execução desses serviços nas revisões, até simples programas de lubrificação acompanhados de um exame superficial dos sistemas principais e da medição de alguns parâmetros físicos.

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Planos de Manutenção Preventiva

Até chegarmos a este ponto, passamos pelas seguintes etapas preparatórias à implantação de um programa de Manutenção Preventiva:• conhecimento das limitações do equipamento;• conhecimento e análise dos métodos de manutenção,

para definição da política de manutenção da empresa;• planejamento e estimativas de custo e utilização, visando

à definição do grau de sofisticação do sistema a ser implantado.

• A fase seguinte é a do detalhamento do Programa de Manutenção Preventiva.

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• O detalhamento do Programa de Manutenção Preventiva, é a elaboração de documentos que contenham os procedimentos técnicos aprovados, ou Planos de Manutenção Preventiva.

• Esses planos, específicos para cada grupo de equipamentos de mesma marca e modelo, correspondem a um conjunto de formulários, um para cada revisão periódica, nos quais constarão todos os serviços a serem executados no equipamento e as demais informações técnicas relevantes.

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• O critério de estabelecimento da periodicidade das revisões se baseia nos limites de serviço recomendados pelos fabricantes do equipamento, fabricantes dos componentes ou fornecedores dos materiais e, principalmente, em dados obtidos no campo, nos equipamentos da empresa.

• Esta última fonte de dados é muito importante por levar em conta certas peculiaridades como:

• nível de qualidade da mão-de-obra de operação em relação àquele tomado como padrão pelo fabricante;

• características dos locais onde os equipamentos estão sendo utilizados;

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• maior ou menor severidade de utilização;• qualidade da manutenção executada pela empresa

em relação à considerada como padrão pelo fabricante.

• A análise estatística de intervalos entre ocorrências similares de manutenção corretiva, as inspeções, a vida útil de componentes e falhas repetidas de itens não programados permitirão a reavaliação das estimativas iniciais dos fabricantes e fornecedores, de modo a se chegar a um conjunto de planos que resulte em um mínimo de paradas não programadas, alta produtividade e custo otimizado.

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• Os planos de manutenção preventiva devem ser objetivos e de fácil compreensão, exigindo as vezes que as diretrizes dos fabricantes sejam adaptadas e transformadas em planos da própria empresa, que atendam a suas peculiaridades.

• Após a execução de cada revisão, deverá ser lançada observação a respeito no histórico de cada equipamento, juntamente com as anormalidades observadas e as ações corretivas executadas.

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CUSTOS DE PROPRIEDADE E MANUTENÇÃO

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Tipos de Custos

• Existe a necessidade empresarial de efetuar o lançamento dos custos à débito dos respectivos centros de resultado e a débito dos equipamentos, para análises individuais e de grupos de equipamentos similares.

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Tipos de custos:

1. Custos de propriedade, compreendendo depreciação e juros sobre capital

2. Custos de manutenção, compreendendo mão-de-obra de manutenção, materiais e serviços prestados por terceiros.

3. Custos de operação, considerados como débitos diretos de cada frente de trabalho (mão-de-obra de operação, combustíveis, etc.)

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Repasse dos Custos

• Para o débito dos custos, existem diversas metodologias de repasse, cada qual com sua gama de vantagens e inconvenientes.

• A seguir será detalhado o repasse dos custos de propriedade e manutenção para os centros de resultado.

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• Critérios mais comuns:

A. Repasse das despesas diretamente ao usuário.

B. Repasse por rateio.C. Débito de um valor teórico (aluguel interno).

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A. Repasse das despesas diretamente ao usuário

Todas as despesas específicas de cada equipamento são debitadas no centro de resultado em que o mesmo está lotado.

Vantagem:• simplicidade, possibilidade de utilizar a

estrutura contábil da empresa.

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• Custos internos já estariam alocados (materiais, salários) e os valores de depreciação, serviços externos e outros seriam debitados diretamente ou através de um controle central.

Desvantagens:• Existe a possibilidade de reduzir despesas

simplesmente deixando de executar algumas atividades de manutenção – uma postura suicida!

• Por isso, esta metodologia somente deve ser usada em estruturas empresariais pequenas e conscientizadas (ou c/ boa fiscalização interna).

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B. Repasse por rateio

• Toda a despesa é centralizada, com débito a contas globais. No fim de cada mês, as despesas seriam repassadas aos centros de resultado por um rateio proporcional, por exemplo, pelo valor de reposição total dos equipamentos lotados em cada área, ou pelos custos estimados de propriedade e manutenção.

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Vantagem: • Sistema simples de aplicação para empresas

pequenas e médias.

Desvantagem:• É necessário definir com cuidado uma

sistemática de alocação dos custos aos equipamentos disponíveis, para não onerar excessivamente algumas obras em detrimento de outras.

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C. Aluguel Interno

• Toda a despesa é centralizada, com débito a contas globais. No fim de cada mês, as despesas seriam repassadas aos centros de resultado como se estes estivessem prestando serviço à empresa, cobrando por material fabricado, m3 transportado, ou m2

de pista finalizado, etc.• Deve-se tomar cuidado com comparações

com preços de mercado!

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Manutenção: Repasse dos Custos

• O sistema mais comum no tratamento do custo de manutenção é o cálculo de uma taxa horária ou mensal a ser aplicada sobre o valor de reposição.

• Esta taxa é calculada em função do custo total de manutenção no período considerado, em razão da hora trabalhada em relação à vida útil técnica.

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Custos por Equipamento

• Além do débito aos centros de resultado, necessário para determinar a lucratividade de cada unidade, é preciso levar os custos a débito de cada equipamento, para:

1. comparação, 2. análise econômica, 3. determinação do custo histórico e 4. verificação do ponto de substituição.

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1. Custos de Propriedade

Depreciação• Em muitos casos, é possível obter no

mercado o valor de revenda do equipamento usado, o que permite conhecer com precisão a perda real de valor de um equipamento em um dado período.

• A forma mais simples de tratar a depreciação é a linear, onde a perda por período é constante.

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• Neste caso, a perda de valor por período, Vp, seria:

• VU é vida útil, VR o valor de reposição (valor atualizado do bem), vr o valor residual técnico pré-estabelecido.

• Se VU for em meses, a taxa mensal de decaimento será Vp/(VR-vr) ou aproximadamente Vp/VR

VU

vrVRVp

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0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

0 20 40 60 80 100 120 140

VP

VP

Vp

VU

$

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• Entretanto, a desvalorização é mais acentuada no início da vida útil, de modo que a fórmula linear não reflete a realidade.

• O correto seria uma taxa de decaimento que fosse diminuindo com o tempo.

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• O que se faz normalmente é estimar um decaimento tal que, embora mais elevado no início, ao meio da vida útil seja o mesmo que a taxa do método linear.

• Em uma função linear, iniciaríamos com uma taxa 2(Vp/VR), que iria decrescer a cada mês até chegar a (Vp/VR) quando em VU/2. Naturalmente ao final da vida útil, a perda por período será Vp = vr/VU.

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• Assim:

• Por exemplo, se VR = $240.000; vr = $24.000; VU = 120 meses, teremos para o mês 10:

VUm

VUvrVRVp 1..2

3300120101.

12024000240000.2

Vp

Valor no mês m

VU em meses

Mês de operação do equipamento: m =1, 2, 3...

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• No período posterior à vida útil, é prática comum considerar vr = 0 e debitar somente os juros de capital.

• Existem outras metodologias, tais como a chamada “soma dos anos”, onde a perda de valor por período é calculada por meio de uma fração cujo denominador é a soma dos números naturais correspondentes aos anos de vida útil e cujo numerador será a vida útil restante ao início do período analisado!

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Por exemplo, seja uma vida útil de 5 anos.

• Soma dos números naturais: 1+2+3+4+5 = 15• Depreciação no 1º ano: 5/15• Depreciação no 2º ano: 4/15• Depreciação no 3º ano: 3/15• Depreciação no 4º ano: 2/15• Depreciação no 5º ano: 1/15

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• Outro sistema empregado é um no qual é cobrado um mínimo de horas trabalhadas mensal (N), mais uma parcela correspondente às horas efetivamente trabalhadas (h):

VUvrVRhNCM

2

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• Exemplo: N = 100 horas/mês; h = 110 ou 90 horas/mês; VU = 10.000 horas; VR = $240.000; vr = $24.000. Teremos

• $2.268 em 110 horas: $20,62/h

• $2.052 em 90 horas: $22,80/h

226810000

240002400002

110100110

CM

205210000

240002400002

9010090

CM

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• Como o custo horário será menor quanto maior o número de horas trabalhadas, a aplicação deste método constitui também um estímulo à produtividade e boa utilização dos equipamentos.

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2. Custos de Manutenção

• O custo de manutenção é composto por:a) Mão-de-obra (salários e encargos sociais)b) Materiaisc) Serviços de terceirosd) Equipamentos de oficinae) Despesas gerais de oficina• Não são considerados a amortização e o

custo financeiro das edificações, fazem parte do imobilizado da empresa.

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1.a. Custo de Mão-de-obra

• Composto de salários e encargos sociais.• A maneira mais simples de considerar os salários

seria custear as horas apropriadas pelo salário do funcionário que executou o reparo.

• Desvantagem: haverá custos diferentes para uma mesma tarefa, impedindo comparações de despesas.

• É necessário o emprego de valores padrão de custo horário de mão-de-obra para evitar a distorção.

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• A mão-de-obra é dividida em faixas salariais e são estabelecidos valores médios para cada faixa (oficiais qualificados, oficiais e ajudantes, por exemplo).

• Os valores médios são estimados pela média aritmética dos salários de todos os funcionários enquadrados em cada grupo, ou através de custos históricos, ou ainda através de valores de mercado.

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• Assim, basta apropriar a chapa dos funcionários (com respectivo enquadramento de faixa) e as horas efetivamente trabalhadas em cada O.S. para calcular o custo desta O.S.

• Custos indiretos de mão-de-obra (administração e supervisão) deverão ser rateados proporcionalmente às horas trabalhadas de cada O.S.

• O custo dos encargos é estimado similarmente.

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1.b. Custo de Materiais

• Custo referente ao total de peças e materiais aplicados nos equipamentos reparados.

• Despesas com ferramentas não fazem parte deste custo, são custos patrimoniais.

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1.c. Custo de Terceiros

• Estes custos podem ser:• Debitados diretamente à O.S. que lhe deu

origem.• No caso de serviços contratados que

atendam à oficina, seus custos devem ser rateados proporcionalmente.

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1.d. Custo de Equipt. de Oficina

• Os custos de propriedade e de manutenção dos equipamentos de oficina (equipamentos de movimentação de carga, veículos, etc.) deverá ser repassado às OS.

• Os custos operacionais (p.ex. combustíveis) são custos gerais de oficina.

• O custo é calculado similarmente aos de custos de propriedade já apresentados, e rateado proporcionalmente por horas trabalhadas nas OS., ou através de aluguel interno.

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1.e. Despesas Gerais de Oficina

• Mão-de-obra de serviços gerais (limpeza, etc.)• Materiais consumidos para a própria oficina

(fabricação de dispositivos, bancadas, etc.)• Materiais empregados em pequena quantidade em

grande quantidade de equipamentos (tinta, lixa, chapas, perfilados, etc.). Devem ser sempre lançados nas O.S. para evitar distorcer custos de cada equipamento.

• Despesas de operação dos equipamentos de oficina.

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Sistemas de Custeio

• Nos slides anteriores, foram apresentados os componentes do custo de manutenção e apresentadas algumas alternativas para a estimativa de cada um deles.

• Agora, serão detalhados sistemas completos de custeio de manutenção.

• O objetivo é estimar o custo unitário dos equipamentos e/ou das gerências, uma importante ferramenta gerencial através da comparação entre custos médios.

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• Exemplos:• Um maior investimento em equipamentos de

oficina deve corresponder uma maior carga de trabalho, ou seja, um custo unitário coerente.

• Um custo de despesas gerais anormalmente alto pode significar deficiência na alocação das despesas de material nas OS., pelo pessoal da oficina.

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• São de emprego comum no mercado dois sistemas de estimativa de custos unitários, os aqui denominados “sistema simples” ou “prático”, e o “sistema normal” ou “completo”.

• O “sistema simples” oferece resultados rapidamente, com razoável aproximação, e é ideal para pequenos parques de equipamento.

• O “sistema normal” oferece resultados mais precisos, e é endereçado para parques maiores.

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1. Sistema Simples

• Critérios:• Mão-de-obra direta: custo horário calculado

pela média de todos os salários.• Mão-de-obra indireta: será estimado um

fator que, multiplicado pelo custo de MO direto, resultará neste. O fator é estimado dividindo-se a folha de pagamento da MO indireta pela folha da MO direta.

• Encargos sociais: similar à MO indireta.

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• Materiais: lançamento nas OS. o custo dos materiais efetivamente utilizados.

• Serviços de terceiros: similar Materiais.• Equipamentos de oficina: custo horário

calculado dividindo-se 2% do valor de reposição dos equipamentos a serviço da manutenção pelo total de horas apropriadas nas OS.

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• Despesas gerais de oficina: custo horário calculado dividindo-se o valor total das OS. oficina de manutenção pelo total de horas apropriadas nas OS.

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1. Sistema Simples - Exemplo

Folha de pagamento total:• MO direta: 16 func. sendo R$1.250 o salário médio; horas

apropriadas: 970 h• MO indireta (2 func.): R$1.000 / mês• Taxa de encargos sociais: 80%• Taxa de eqptos. oficina: 2%; valor reposição R$17.550• Custo mensal da oficina: R$800Ordem de Serviço:• Horas apropriadas pela manutenção: 20h• Despesa de material: R$2.460• Serviços de terceiros: R$1.480

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• MO direta: R$1250• MO direta: (16 x 1250) / (970) = R$20,61/h• Encargos sociais: 0,80 x 20,61 = R$16,49/h• MO indireta: 1.000/(16 x 1250) =

R$0,05/R$MOD• Custo horário MO + encargos + MO indireta:

(20,61 + 0,05x20,61) + 16,49 = R$38,14/h

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• Eqptos. oficina: (0,02x17.550) / (970) = R$0,36/h

• Custo de despesas gerais: 800 / (970) = R$0,82/h

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Custo da OS:• MO: 20h x R$38,14/h = R$762,80• Eqptos. de oficina: 20h x R$0,36/h = R$7,20• Despesas gerais: 20h x R$0,82/h = R$16,40• Materiais: R$2.460• Serviços Terceiros: R$1.480

• TOTAL: R$4.726,40

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2. Sistema Normal

• Critérios:• Mão-de-obra direta: folha de pagamento

dividida por função. Usar salário médio por função.

• Mão-de-obra indireta: será estimado um fator que, multiplicado pelo custo de MO direto, resultará neste. O fator é estimado dividindo-se a folha de pagamento da MO indireta pela folha da MO direta.

• Encargos sociais: similar à MO indireta.

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• Materiais: lançamento nas OS. o custo dos materiais efetivamente utilizados.

• Serviços de terceiros: similar Materiais.• Equipamentos de oficina: custo de

propriedade estimado como mostrado anteriormente, e rateio feito proporcionalmente às horas apropriadas ou custo material de cada OS.

• Despesas gerais de oficina: custo horário calculado dividindo-se o valor total das OS. oficina de manutenção pelo total de horas apropriadas nas OS.

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2. Sistema Normal - Exemplo

Folha de pagamento total:• MO direta: Grupo A (6 func.), R$12.000/mês, 400h

apropriadas; Grupo B (10 func.), R$8.000/mês; 570h apropriadas

• MO indireta (2 func.): R$1.000/mês• Taxa de encargos sociais: 80%• Taxa de eqptos. oficina: 2%; valor reposição R$17.550• Custo mensal da oficina: R$800Ordem de Serviço:• Horas apropriadas de manutenção: 20h (8h grA; 12h grB)• Despesa de material: R$2.460• Serviços de terceiros: R$1.480

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• MO direta, grupo A: 12.000/400 = R$ /h• MO direta, grupo B: 8.000/570 = R$ /h• MO indireta: 1.000/(12000 + 8000) =

R$ /R$MOD• Custo horário MO + encargos + MO indireta,

grupo A : ... + ...x... + 0,80x... = R$ /h• Custo horário MO + encargos + MO indireta,

grupo B : ... + ...x... + 0,80x... = R$ /h

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• MO direta, grupo A: 12.000/400 = R$30/h• MO direta, grupo B: 8.000/570 = R$14,04/h• MO indireta: 1.000/(12000 + 8000) =

R$0,05/R$MOD• Custo horário MO + encargos + MO indireta,

grupo A : 30 + 0,05x30 + 0,80x30 = R$55,50/h• Custo horário MO + encargos + MO indireta,

grupo B : 14,04 + 0,05x 14,04 + 0,80x 14,04 = R$25,97/h

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• Eqptos. oficina: (2%x...) / (...+...) = R$ /h• Custo de despesas gerais: ... / (...+...) = R$ /h

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• Eqptos. oficina: (0,02x17.550) / (400+570) = R$0,36/h

• Custo de despesas gerais: 800 / (400+570) = R$0,82/h

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Custo da Ordem de Serviço:• MO grpA: ...h x R$.../h = R$• MO grpB: ...h x R$.../h = R$• Eptos de oficina: ...h x R$.../h = R$• Despesas gerais: ...h x R$.../h = R$• Materiais: R$...• Serviços Terceiros: R$...

• TOTAL: R$ ...

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Custo da Ordem de Serviço:• MO grpA: 8h x R$55,50/h = R$444,00• MO grpB: 12h x R$25,97/h = R$311,64• Eptos de oficina: 20h x R$0,36/h = R$7,20• Despesas gerais: 20h x R$0,82/h = R$16,40• Materiais: R$2.460• Serviços Terceiros: R$1.480

• TOTAL: R$4.719,24

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ANÁLISE DE PONTO DE SUBSTITUIÇÃO

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Análise de Ponto de Substituição

• Um importante fator a considerar na avaliação do desempenho de um determinado equipamento é seu custo operacional.

• Para tal, é necessário uma base de dados apoiada por um sistema atualizado de coleta, consolidação e tratamento dos custos envolvidos.

• Existem diversos métodos para estimar vida útil de equipamentos partindo do ponto de vista econômico. Os que serão aqui apresentados envolvem somente os custos de manutenção.

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1. Método da Média Anual

• Os métodos usuais para determinação da vida útil econômica envolvem os custos de manutenção e a depreciação técnica (desvalorização real do bem, com base em valores de mercado).

• Para o cálculo do ponto econômico de substituição, toma-se como padrão o custo médio anual (média anual dos custos de depreciação e manutenção).

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-

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

- 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00

R$ m

il/an

o

anos

custo propriedade custo manutenção custo anual (m+p)custo médio total

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• O ponto mínimo da curva do custo médio anual será o ponto de intersecção entre as curvas de custo anual e de custo médio anual.

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-

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

- 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00

R$ m

il/an

o

anos

custo propriedade custo manutenção custo anual (m+p)custo médio total

Ponto de substituição

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5.5.1. Exemplo

• Seja os dados abaixo:

anos custo propriedade custo manutenção

0 16,0 2,0 1 9,9 3,5 2 5,7 5,0 3 3,0 6,5 4 1,5 7,9 5 0,8 9,5 6 0,6 11,0 7 0,4 12,5 8 0,3 14,1

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• Calcule o custo anual somando custo propriedade e de manutenção:

anos custo propriedade

custo manutenção

Custo anual (m+p)

0 16,0 2,0 1 9,9 3,5 2 5,7 5,0 3 3,0 6,5 4 1,5 7,9 5 0,8 9,5 6 0,6 11,0 7 0,4 12,5 8 0,3 14,1

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• Calcule o médio anual:

anos custo propriedade

custo manutenção

Custo anual (m+p)

Custo médio anual

0 16,0 2,0 1 9,9 3,5 2 5,7 5,0 3 3,0 6,5 4 1,5 7,9 5 0,8 9,5 6 0,6 11,0 7 0,4 12,5 8 0,3 14,1

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• Gerenciamento e Manutenção de Equipamentos Móveis

• Norwil Veloso• Ed. Sobratema.

• ISBN 978-65-61111-01-4