Disciplina: Eletromagnetismo Especialização em Engenharia de Redes de Telecomunicações Prof. Dr....
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Disciplina:Eletromagnetismo
Especialização em Engenharia de Redes de Telecomunicações
Prof. Dr. Ronaldo Oliveira dos Santos
27/04/23 1
Sumário
1 - Espectro Eletromagnético2 - Faixas de Frequências e os Principais Serviços oferecidos nestas faixas.3 - Movimento Ondulatório4 - Fenômenos Associados a Propagação de Ondas Eletromagnéticas.5 - Parâmetros Constitutivos 6 - Classificação dos Meios materiais7 - Eletrostática 8 - Magnetostática 9 - Aplicações.
27/04/23 2
1 - O Espectro Eletromagnético
Fig. 1 – O espectro eletromagnético.
27/04/23 3
2 - Faixas e bandas de Frequências O espectro de frequências utilizado é dividido em faixas ou
bandas e cujas características e designações internacionais são apresentadas a seguir.
Sigla Designação FaixaULF Freqüência ultra baixa 300 – 3000 HzVLF Freqüência muito baixa 3 – 30 KHzLF Freqüência baixa 30 – 300 KHzMF Freqüência média 300 – 3000 KHzHF Freqüência alta 3 – 30 MHz
VHF Freqüência muito alta 30 – 300 MHzUHF Freqüência ultra alta 300 – 3000 MHzSHF Freqüência super alta 3 – 30 GHzEHF Freqüência extremamente alta 30 – 300 GHz
Fig. 2 – Faixas e bandas de frequências.
27/04/23 4
2.1 - Principais serviços oferecidos O WIMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Access/Interoperabilidade Mundial para Acesso de Micro-ondas) é uma tecnologia wireless desenvolvida para oferecer acesso banda larga a distâncias típicas de 6 a 9 Km. Uma das principais aplicações do WIMAX é a oferta de acessos banda larga a Internet, como alternativa ao ADSL. Ele foi desenvolvido visando aplicações fixas, nômades, portáteis e móveis. Frequências disponíveis para Wimax no Brasil Faixa Regulamentação Freqüências (MHZ) Comentário
2,6 GHz Res. 429 (13/02/06) 2500-2530(FDD) 2570-2620 (TDD)2620-2650 (FDD)
Compartilhada com o MMDS
3,5 GHz Res. 416 (14/10/05) 3400 a 3600 em licitação
5 GHz Res. 506 (01/07/08) 5150-53505470-5725 Não precisa de licença
27/04/23 5
Wi-Fi Uma Wireless LAN (WLAN) é uma rede local sem fio padronizada pelo IEEE 802.11. É conhecida também pelo nome de Wi-Fi, abreviatura de “wireless fidelity” (fidelidade sem fios) é marca registrada pertencente à Wireless Ethernet Compatibility Alliance (WECA). Aplicações principais•Redes locais internas de escritórios e residências, substituindo ou complementando redes que utilizam cabos coaxiais. Frequências disponíveis para Wi-fi no Brasil
Freqüências Técnica de Modulação Taxa de Dados
802.11b2400-2483,5 MHz
DSSS até 11 Mbit/s**802.11g DSSS, OFDM até 54 Mbit/s
802.11a5150-5350 MHz5470-5725 MHz*5725-5850 MHz
OFDM até 54 Mbit/s
DSSS (Direct Sequence Spread Spectrum) é a sequência direta de espalhamento do espectro.
2.1 - Principais serviços oferecidos
27/04/23 6
Frequências de 3G no Brasil A Anatel alocou as frequências de 1900/2100 MHz para implantação da 3G no Brasil. Não existe, no entanto, impedimento para se utilizar outras faixas de frequências para 3G. Vivo, Telemig e Claro implantaram suas redes 3G em 850 MHz.
Subfaixa (MHz)Largura de Banda
(MHz)
Transmissão da
Estação Móvel ERB
F 15+15 1920-1935 2.110-2.125G 10+10 1.935-1.945 2.125-2.135H 10+10 1.945-1.955 2.135-2.145I 10+10 1.955-1.965 2.145-2.155J 10=10 1.965-1.975 2.155-2.165
Subfaixa de Extensão 55
1.885-1.890*1.890-1.895*
2.1 - Principais serviços oferecidos
27/04/23 7
Frequências de 4G no Brasil A melhor faixa de frequência para a implantação de 4G é a de 700 MHz, liberada com o fim da transição da TV Aberta analógica para a digital. No Brasil isto deve ocorrer em 2016. A Anatel destinou para o 4G (Res. 544 de 11/08/2010) a faixa de frequências de 2.500 MHz a 2.690 MHz anteriormente destinada ao MMDS.
Subfaixa (MHz)Largura de Banda
(MHz)
Transmissão da
Estação Móvel ERB
P 10+10 2.500-2.510 2.620-2.630
W 20+20 2.510-2.530 2.630-2.650
V1 10+10 2.530-2.540 2.650-2.660
V2 10+10 2.540-2.550 2.660-2.670
X 20+20 2.550-2.570 2.670-2.690
T 15 2.570-2.585*
U 35 2.585-2.620*
2.1 - Principais serviços oferecidos
27/04/23 8
TV Digital: A TV aberta (terrestre) transmitida para os televisores existentes em 90% das residências brasileiras utiliza canais analógicos com largura de banda de 6 MHz. Na TV Digital a transmissão do áudio e do vídeo passa a ser feita através de sinais digitais que, codificados, permitem um uso mais eficiente do espectro eletromagnético, devido ao aumento da taxa de transmissão de dados na banda de freqüências disponível. É possível desta forma transmitir:Som e imagem de melhor qualidade viabilizando a Televisão de Alta Definição (HDTV). A resolução da imagem na TV analógica que é de 400 x 400 pixels poderá ser de até 1920 x 1080 pixels. Mais canais (até 4) na mesma faixa de freqüências utilizada por um canal analógico. A TV digital apresenta algumas funcionalidades que permitem uma interatividade entre o telespectador e a emissora possibilitando: O acesso à informações adicionais como por exemplo o menu de programação. A interação do usuário com a emissora, através de um canal de retorno via linha telefônica por exemplo, possibilitando a este votar ou fazer compras.
2.1 - Principais serviços oferecidos
27/04/23 9
TV Digital em Belém/PA
EntidadeCanal Atual Freq (MHz) Portaria MC
Consignação Fundação de Telecomunicações do Pará - -
Rádio Guajara Ltda - -TVSBT Canal 5 de Belém S/A 26 542-548 492 (06/08/2009)Televisão Liberal Ltda 21 512-518 494 (10/08/2009)Rádio e Televisão Marajoara Ltda 22 518-524 493 (06/08/2009)Sistema Clube do Pará de Comunicação 35 598-602 494 (10/08/2009)
Fundação Nazaré de Comunicação 20 506-512 978 (30/11/2009)
2.1 - Principais serviços oferecidos
27/04/23 10
500 505 510 515 520 525 530
-75
-70
-65
-60
-55
-50
-45
-40
-35
Sinal digital da TV Liberal (C21)
523.83 MHz519.28 MHz
Recor News (C22)
518.14 MHz512.17 MHzA
mpl
itude
(dB
m)
Frequency (MHZ)
Fig.3 – Parte do espectro de sinal de TV , analisado na cidade de Belém.
2.1 - Principais serviços oferecidos
27/04/23 11
Enlaces Rádio A tabela a seguir apresenta as frequências disponíveis no Brasil para implantação de enlaces rádio digitais ponto a ponto, juntamente com as capacidades permitidas e regulamentação aplicável. (Clique na Norma ou Resolução para detalhes).
Freq.(GHz) Faixa (MHz) Taxa(Mbit/s) Regulamentação
0,4 406,10-413,05 423,05-430,0 0,064 -0,32 Res. 169
ver res 395 05/10/99
0,4 413,05-423,05440-450 2,4,2x2,8,4x2 Norma 07/97 04/06/97
1,5 1473,75-14521503,25-1517 2 Res. 198 16/12/99
2 2025-21102200-2290 21x2, 34 e 51 Res. 240 29/11/00
4 3800-4200 140 e 155 Res. 103 26/02/995 4400-5000 140 e 155 Res. 104 25/02/996 5925-6425 140 e 155 Res. 105 26/02/996 6430-7110 34, 51 e 2x34 Res 504 * 14/05/087 7425-7725 2 a 155 Norma 01/95 18/05/95
8 7725-79258025-8275 140 e 155 Res. 310 19/09/02
8,5 8275-8500 2 a 51 Res. 106 25/02/9911 10700-11700 140 e 155 Norma 16/94 06/05/9415 14500-15350 2 a 17 Res. 129 26/05/99
18 17700-1814019260-19700 8x2 a 155 Norma 15/96 22/10/96
18 18580-1882018920-19160 2 a 8 Norma 04/91 22/10/91
23 21200-2155022400-22750 2 a 155 Norma 17/94
Norma 27/9418/08/9416/12/94
23 21800-2240023000-23600 2 a 155 Norma 03/92 05/01/93
25-3125350-2835029100-2925031000-31300
34 a 155 Res. 342 16/07/03
38 37000-39500 2 a 155 Res. 374 15/07/04
* Revogou a Res. 346 de 29/07/03
27/04/23 12
Outros Serviços Freqüências que não precisam autorização São as freqüências para equipamentos de Radiocomunicação Restrita definidas em: Regulamento sobre Equip. de Radiocomunicação de Radiação Restrita. Wi-Fi, Rádio Spread Spectrum utilizam as seguintes faixas de frequências: 902-907,5; 915-928; 2400-2483,5; 5725-5850 MHz. Dica As normas e resoluções que regulamentam a utilização destas faixas de freqüências podem ser consultadas na seção de radiofreqüência do site da Anatel. Elas estão disponíveis em um sistema interativo denominado Plano de Destinação de Faixas de Freqüências (PDFF). http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=214781&assuntoPublicacao=null&caminhoRel=Cidadao&filtro=1&documentoPath=214781.pdf
27/04/23 13
3 - Movimento Ondulatório
Ondas e partículas são dois grandes conceitos da física. Estes conceitos são bastantes diferentes. Partícula sugere uma pequena concetração de matéria capaz de transmitir energia. Onda sugere o oposto, ou seja, uma grande distribuição de energia no espaço por onde ela passa.
Tipos de Ondas: Ondas Mecânicas (governadas pelas leis de Newton e necessitam de meio material
para se propagarem) Ondas eletromagnéticas (governadas pelas equações de Maxwell. Não precisam de
meio material para a sua propagação)
27/04/23 14
Aplicação: Propagação de ondas eletromagnéticas
Fig. 3 – Propagação de ondas eletromagnéticas.
27/04/23 15
3 - Movimento Ondulatório
)(),( tkxsenytxy m
Deslocamento Fase
Termo Oscilatório
Amplitude
Número de onda Frequência angular
Fig. 4 – Nomes de grandezas para uma onda senoidal transversal.
27/04/23 16
0 100 200 300 400 500 600 700 800-1
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
Am
plitu
de
Ângulo (graus)
3 - Movimento Ondulatório
O comprimento de onda de uma onda é a distância entre repetições da Forma de onda.
Fig. 5 – Definição de comprimento de onda.
//
v fC f
27/04/23 17
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
x 10-3
-1
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
Am
plitu
de
Tempo (segundos)
T
3 - Movimento Ondulatório
Fig. 6 – Definição de período.
O período da onda é o tempo necessário para que um determinadoPonto da onda realize uma oscilação completa.
Tf 1
Relação entre f e T
27/04/23 18
3 - Movimento Ondulatório
Outras relações importantes
;
;2
;2
fTk
v
T
k
Problema: Uma onda que se propaga ao longo de uma corda é descrita por:
As constantes numéricas estão no SI, Calcule a amplitude da onda, o Comprimento de onda, o período e a frequência desta onda.
)72,21,72(00327,0),( txsentxy
27/04/23 19
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
Difração: Fenômeno físico que ocorre quando uma onda é limitada no seu avanço por uma abertura ou obstáculo com dimensões da ordem de grandeza do comprimento de onda.
Fig. 7 – Faixas e bandas de frequências.
27/04/23 20
Interferência: Fenômeno associado a sobreposição de ondas eletromagnéticas de mesmo comprimento de onda.
- O principal efeito decorrente da interferência é a degradação do sinal (redução do seu nível/qualidade)
Fig. 9 – Sinais digitais de um ponto de acesso da marca D-link.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 21
Interferência: Fenômeno associado a sobrposição de ondas eletromagnéticas de mesmo comprimento de onda.
- O principal efeito decorrente da interferência é a degradação do sinal (redução do seu nível/qualidade)
Fig. 10 – (a) Interferência de sinais digitais em canais adjacente.(b) Sinal de blootooh.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 22
Ondas estacionárias: Se duas ondas senoidais de mesma amplitude e mesmo comprimento de onda se propagam em sentidos opostos ao longo de uma corda esticada, a interferência de uma com a outra produz uma onda estacionária.
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1-2
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
Tensao
Onda incidente
Onda reflectida
Envelope
x
Fig. 7 – Onda estacionária gerada ela interferência entre duas ondas..
tsenkxytxy
tkxsenytkxsenytxytxytxytxy
m
mm
cos2),(
)()(),(),(),(),(
'
1
21'
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 23
Ressonância: É a tendência de um sistema a oscilar em máxima amplitude em certas frequências.
Exemplo: Para manter o sistema massa-mola vibrando você precisa injetar energia balançando a mão. Se não fizer isso, o sistema amortece e pára. E então você nota uma coisa curiosa. Balançando a mão devagar, com baixa frequência, a amplitude do sistema se mantém mas é sempre pequena. Na figura ao lado, fo é a frequência natural do sistema, isto é, a frequência com a qual ele "gosta" de vibrar. A frequência do movimento de sua mão é f, que é menor que fo. O gráfico mostra que a amplitude, nesse caso, é pequena.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 24
Aumentando gradualmente a freqüência do balançado da mão você nota que a amplitude do movimento da massa vai aumentando rapidamente. Observe que a amplitude do movimento de sua mão é sempre a mesma, quem vai aumentando é apenas a freqüência. Com um pouco de prática você logo descobre uma freqüência certa f do movimento de sua mão para a qual a amplitude do movimento da massa é máxima. Essa freqüência é exatamente a freqüência natural do sistema, isto é, f = fo.
o movimento de sua mão e o movimento do sistema massa-mola entraram em ressonância.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 25
Exemplos de Ressonância.
Fig. 8 – Perda de retorno para uma antena monopolo. Fig. 9 – Ponte de Tacoma.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
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Reflexão: É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de propagação com mesmo ângulo da onda incidente.
Fig. 10 – Reflexão de um raio.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 27
Fig. 11 – Antena utilizada no sistema de comunicação por tropodifusão.
Exemplo de Reflexão: Sistema de Comunicação por tropo difusão. É um sistema rádio na faixa de 900 MHz a 2GHz, usado para efetuar o enlace entre pontos distantes de 100 até cerca de 400 quilômetros, valendo-se da reflexão das ondas no alto da troposfera
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 28
Refração: Fenômeno associado a variação da velocidade da onda quando esta passa de um meio para outro.
Ionosfera
Superfície da terra
Dois saltos
Um salto
Antena Transmissora Antena Receptora
80 Km
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 29
Dispersão: O índice de refração para qualquer onda depende do comprimento de onda. Quando um feixe luminoso é formado por raios de luz de diferentes comprimentos de onda o ângulo de refração é diferente fazendo com que haja o espalhamento do raio incidente.
Fenômeno causado pela refração do raios que ocorre em virtude tendo como consequência a separação de uma onda em várias componentes espectrais de diferentes freqüências. Este efeito limita a utilização de fibras multimodos em longa distância.
Fig. 12 – Dispersão cromática.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 30
Polarização: A polarização de uma onda eletromagnética que sai de uma antena é definida como o plano no qual se encontra o campo elétrico.
Fig. 12 – Polarização do campo elétrico.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 31
As figuras animadas mostram uma onda com polarização linear vertical/Horizontal, mostrando apenas o vetor do campo elétrico (o magnético está sempre presente e a 90 graus físicos):
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 32
A combinação de duas ondas linearmente polarizadas, uma vertical e outra horizontal, e eletricamente em fase, resulta em uma onda linearmente polarizada inclinada, como pode ser visto nas figuras animadas seguintes:
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 33
A combinação de duas ondas linearmente polarizadas, uma vertical e outra horizontal, de mesma amplitude e eletricamente defasadas de 90 graus,resulta em uma onda circularmente polarizada.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 34
Skin depth – Profundidade de penetração.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
0.07
Freq (Hz)
Pro
fund
idad
e de
Pen
etra
ção
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
x 104
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
1.8
2
2.2x 10
-3
Freq (Hz)
Pro
fund
idad
e de
Pen
etra
ção
Fig. 13 – Profundidade de penetração do campo elétrico.
1f
27/04/23 35
Efeito Capacitivo: Similar ao que ocorre em um capacitor, a energia fica armazenada entre os barramentos dos cabos, sendo que, neste caso, deve haver fluxo de corrente em um dos cabos.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
b
a r a
D
a
Plano de terra
h
War ( =1)rFita
Dielétrico
r
Plano de terra
H
(a) Linha coaxial (b) Linha e dois condutores (c) Único condutor sobre plano de terra
(d) Linha de microfita
27/04/23 36
Efeito Indutivo: Similar ao que ocorre em um indutor, a energia é transferida de um condutor para o outro através de acoplamento magnético.
4 - Fenômenos Associados à Propagação da onda.
27/04/23 37
5 - Parâmetros Constitutivos - Permissividade
Permissividade ( ): A permissividade é uma constante física que descreve como um campo elétrico afeta e é afetado por um meio. A permissividade do vácuo é F/m.
A permissiividade de um material é usualmente dada com relação à do vácuo, denominando-se permissividade relativa, (também chamada constante dielétrica em alguns casos). A permissividade absoluta se calcula multiplicando a permissividade relativa pela do vácuo:
0 r
128,85 10
27/04/23 38
Material εr
vácuo 1
ar 1,0006
alumínio 8,1 - 9,5
esteatita (MgO-SiO2) 5,5 - 7,2
mica 5,4 - 8,7
óleo 4,6
papel 4 - 6
papel parafinado 2,5
plástico 3
polistireno 2,5 - 2,6
porcelana 6,0
pyrex 5,1
Vidro 3,8 – 14,5
Madeira (seca) 1,4 – 2,9
Fig. 13 Tabela de valores da constante dielétrica Relativa.
5 - Parâmetros Constitutivos - Permissividade
27/04/23 39
Rigidez Dielétrica: A Rigidez Dielétrica corresponde ao maior valor do campo elétrico aplicado a um isolante sem que ele se torne um condutor. Essa rigidez varia de um material para outro. No caso do ar, sua rigidez dielétrica vale cerca de 3 x 106 N/C, assim, quando um campo elétrico no ar ultrapassar esse valor, ele deixa de ser isolante e torna-se condutor.
Fig. 14 – Descarga atmosférica.
5 - Parâmetros Constitutivos - Permissividade
27/04/23 40
Condutividade elétrica (σ) é usada para especificar o caráter elétrico de um material. Ela é simplesmente o recíproco da resistividade, ou seja, inversamente proporcionais e é indicativa da facilidade com a qual um material é capaz de conduzir uma corrente elétrica.
Os materias podem ser classificados de acordo com o valor da sua condutividade.
11 1
Isolante Semicondutor Condutor
1
(resistividade)
5 - Parâmetros Constitutivos - Condutividade
27/04/23 41
Fig. 15 - Tabela de valores da resistividade.
5 - Parâmetros Constitutivos - Permissividade
27/04/23 42
6 – Classificação dos Meios materiais.
Meio Homogêneos – São materiais que não veriam a permissividade e condutividade na região que estão sendo consideradas. Quando a permissividade (condutividade) depende das coordenadas espaciais eles são ditos heterogêneos. Exemplo: A atmosfera é um exemplo típicos de meio heterogêneo. Sua permissividade varia com a altitude.
Meios Isotrópicos – São materiais onde D e E estão na mesma direção. Caso contrário os meios são anisotrópicos. Exemplos de meios anisotrópicos: Materiais cristalinos e plasma magnetizado
São exemplos de meios anisotrópicos.
27/04/23 43
x xxx xy xz
y yz yy yz y
zx zy zzz z
D ED E
D E
Meio linear: Um material é dito linear se D varia linearmente com E. Caso contrário ele é não linear.
6 – Classificação dos Meios materiais.
27/04/23 44
7 - Eletrostática
27/04/23 45
Carga elétrica é uma propriedade física fundamental que determina as interações eletromagnéticas.
8 - Magnetostática
27/04/23 46
Caracteriação dos meios de propagação de ondas eletromagnéticas. (condutividade/resistividade)
Valores para simulação. Os valores abaixo serão simulados pelo método FDTD1D.
Vidro
Madeira
Metal
105 r
85,2 r
1r
1010
155 1010
8105,3
Residência: Parede Externa epsr=5 e sig=0.02.
27/04/23 47
9.1 - Blindagem9.2 – Aterramento9.3 – Laudo Radiométrico
9 - Aplicações
27/04/23 48
9.1 - Blindagem
9.1.1 – INTRODUÇÃO:
- O cabeamento estruturado tem como objetivo unificar a infraestrutura de cabeamento para os diversos sistemas e serviços de telecomunicações em edifícios comerciais. - O meio físico escolhido foi o cabo de pares trançados (cabos balanceados) sem blindagem, de 4 pares.
27/04/23 49
-Os cabos UTP são encontrados em
praticamente 100% das instalações de
cabeamento estruturado.
- Em 2007 os cabos blindados não
alcançavam 2% de participação no mercado.
- Com o avanço tecnológico das aplicações de
altas velocidades em redes locais, os sistemas
blindados passam a ser não somente mais
seguros como necessários. Ex: Ethernet à 10
GB/s que apresentam melhor desempenho
quando implementado em sistemas categoria
6A com cabos F/UTP.
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9.1.2 – CONSIDERAÇÕES SOBRE ACOPLAMENTO ENTRE CIRCUITOS
- O acoplamento entre circuitos de alimentação elétrica e cabos de
telecomunicações pode acontecer devido a um ou mais dos seguintes fatores:
♦♦ acoplamento condutivo
♦♦ acoplamento capacitivo (devido a campos elétricos)
♦♦ acoplamento indutivo (devido a campos magnéticos)
♦♦ acoplamento eletromagnético (devido à combinação de campos elétricos e
magnéticos)
- Dos mecanismos de acoplamento citados, os que contribuem especialmente para a
interferência eletromagnética são o acoplamento capacitivo e o acoplamento indutivo
combinados.
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Acoplamento Condutivo: O acoplamento condutivo ocorre quando dois circuitos ou canais têm um ramo comum, conforme mostra a figura seguinte:
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Fig. - Acoplamento condutivo.
OBS: Sendo o circuito 1 de alimentação elétrica e o circuito 2 um canal detelecomunicações, normalmente uma corrente parasita acoplada ao circuito 1devido a sinais que se propagam pelo circuito 2 não tem potência suficientepara causar interferência importante no circuito de alimentação elétrica. Noentanto, o efeito oposto pode ser significativo, uma vez que os circuitos dealimentação elétrica podem introduzir correntes com potências suficientes paracausar problemas de transmissão de sinais nos canais de telecomunicações, emsua maioria implementados com cabos UTP.Na prática, o acoplamento condutivo ocorre com certa frequência entre doiscanais ou circuitos que usam a terra como condutor elétrico (modo comum).Embora esse tipo de acoplamento seja bastante comum e importante do pontode vista de interferência causada por circuitos de alimentação elétrica sobreos canais de telecomunicações, o acoplamento condutivo não é parte dosmecanismos de interferência eletromagnética.
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Acoplamento Capacitivo: O acoplamento capacitivo ou acoplamento por campos elétricos ocorre entre cabos de alimentação elétrica e cabos de telecomunicações instalados paralelamente ao longo de um percurso em um dado encaminhamento. Quanto maior o percurso de carregamento paralelo, maior o efeito do acoplamento capacitivo.
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Acoplamento Indutivo: O acoplamento indutivo ocorre devido à indutância mútua entre dois ou mais canais, conforme apresenta a figura seguinte..
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Fig. - Acoplamento indutivo.
OBS: Quando uma corrente flui em um circuito (interferente) terminado com uma
impedância de carga (uma placa de rede ou uma porta de switch, por exemplo), ela
produz um fluxo magnético que é proporcional a essa corrente. O fluxo magnético
induz uma tensão de ruído (Vruído) no circuito interferido que vai gerar uma corrente
de modo comum neste que também será responsável pela introdução de ruído
adicional no circuito interferido. O acoplamento indutivo ou magnético é o principal
responsável pelo acoplamento de diafonia entre dois canais. A geometria dos
condutores do cabo usado para a transmissão de sinais, bem como o arranjo
geométrico entre dois canais no espaço, é fator importante no que diz respeito ao
valor da indutância mútua entre eles e, consequentemente, do nível de interferência.
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Acoplamento Eletromagnético: São os efeitos combinados dos campos elétrico (provenientes de acoplamentos capacitivos) e magnético (provenientes de acoplamentos indutivos). Esses efeitos são responsáveis pela interferência de diafonia (crosstalk) entre pares adjacentes em cabos de telecomunicações.
- A redução dos efeitos da interferência eletromagnética (EMI, Electromagnetic
Interference) em sistemas de cabeamento de cobre pode ser obtida pela aplicação
de uma ou mais das seguintes técnicas:
♦♦ Blindagem
♦♦ Balanceamento
♦♦ Aterramento
♦♦ Filtragem
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- A técnica de balanceamento (que se obtém quando os condutores são trançados
em pares e fontes de transmissão de sinais simétricas são usadas) é uma das
técnicas para melhorar a resposta do cabo do ponto de vista de EMI. Assim, para
suprimir (ou reduzir) os efeitos da interferência eletromagnética na transmissão
de dados e voz, os cabos de pares são trançados e/ou envolvidos em uma
blindagem. A combinação de ambas as técnicas, balanceamento e blindagem,
oferece uma solução mais eficiente.
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