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FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2009/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2009/2º DIREITO - PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 16 referem-se a ele. UM APÓLOGO Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: - Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? - Deixe-me, senhora. - Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. - Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. - Mas você é orgulhosa. - Decerto que sou. - Mas por quê? - É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? - Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? - Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... - Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando... - Também os batedores vão adiante do imperador. - Você é imperador? - Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante: vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: - Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic- plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: - Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela, e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! (Machado de Assis: Contos. 18 ed. São Paulo.Ática, 1954 p. 89)

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DIREITO - PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA

Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 16 referem-se a ele.

UM APÓLOGO

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: - Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? - Deixe-me, senhora. - Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. - Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

- Mas você é orgulhosa. - Decerto que sou. - Mas por quê? - É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa

ama, quem é que os cose, senão eu? - Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? - Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... - Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

- Também os batedores vão adiante do imperador. - Você é imperador? - Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel

subalterno, indo adiante: vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou

da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: - Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela, e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

(Machado de Assis: Contos. 18 ed. São Paulo.Ática, 1954 p. 89)

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1) FMC – 2009/2° Pode-se constatar, no diálogo entre a agulha e a linha, uma relação de a) opressão do mais forte sobre o mais fraco. b) amor e ódio entre os elementos do processo de comunicação. c) desigualdade na obtenção de recompensas. d) êxito e fracasso marcados pelo egoísmo desenfreado. 2) FMC – 2009/2° É possível inferir que, no texto, o autor a) evidencia traços de analogia entre a agulha e o professor de

melancolia. b) vale-se do uso da agulha e da linha apenas em sentido literal. c) assume uma postura paternalista ao referir-se ao alfinete. d) repudia a impassibilidade da agulha diante da arrogância da

linha.

Para responder às questões 3 e 4, analise as afirmativas apresentadas.

3) FMC – 2009/2° I) O texto, em nível mais profundo, suscita a possibilidade de uma

leitura em que se efetiva a transferência de situações do contexto real para o metafórico.

II) No processo de comunicação estabelecido entre agulha/linha,

constata-se que o autor assume um posicionamento radical na sua argumentação e parcial nos critérios de julgamento.

a) Apenas II está correta. b) Apenas I está correta. c) I e II estão corretas. d) I e II estão incorretas.

4) FMC – 2009/2° I) O final do apólogo, que se relaciona com as ideias recorrentes

desenvolvidas pelo autor, sugere que, nem sempre, os indivíduos usufruem do prestígio de seu trabalho.

II) O encadeamento de pressupostos adquire importância no texto

e dá consistência ao raciocínio argumentativo do “Apólogo”. a) Apenas II está correta. b) I e II estão incorretas. c) Apenas I está correta. d) I e II estão corretas. 5) FMC – 2009/2° Assinale o fragmento que, se contextualizado, sugere a personificação da agulha e/ou da linha. a) “... eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos

babados...” b) “Você fura o pano, nada mais...” c) “Por que está você com esse ar, toda cheia de si...” d) Chegou a costureira... pegou da agulha, pegou da linha, enfiou

alinha na agulha, e entrou a coser.” 6) FMC – 2009/2° O uso de pólos antagônicos a) permeia o texto com a presença de uma voz sarcástica e

pessimista. b) direciona a fala dos protagonistas para o inverossímil. c) reforça o desempenho dialógico da agulha e da linha. d) funciona como motivo condutor da desordem argumentativa do

“Apólogo”.

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7) FMC – 2009/2° No texto, a agulha e a linha só NÃO

a) fazem a apologia do estereótipo da frustração profissional. b) atuam de forma persuasiva. c) estabelecem conjeturas e confrontos. d) levantam objeções. 8) FMC – 2009/2° Uma postura crítica e até mesmo moralizadora foi exemplificada, no texto, pela fala

a) da costureira. b) da linha. c) da agulha. d) do alfinete. 9) FMC – 2009/2° A leitura do texto permite identificar equidade entre a postura de

a) linha/alfinete. b) agulha/professor de melancolia. c) costureira/professor de melancolia. d) alfinete/costureira. 10) FMC – 2009/2° No fragmento “... a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:...”, o vocábulo grifado, sem perda de sentido, pode ser substituído por

a) vingar. b) criticar. c) menosprezar. d) escarnecer.

11) FMC – 2009/2° Leia o fragmento abaixo e assinale a opção que identifique o recurso estilístico nele utilizado: “E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” a) onomatopéia. b) metonímia. c) catacrese. d) pleonasmo. 12) FMC – 2009/2° Observe o fragmento: “Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se.” Em nível morfossintático, é INCORRETO afirmar que a) o termo “a noite” é responsável pela flexão verbal. b) a expressão “do baile” modifica o termo “noite”. c) o uso da vírgula infringe os padrões da língua culta porque

separa orações ligadas pelo conetivo “e”. d) a ênclise poderia ser substituída pela próclise em “vestiu-se”. 13) FMC – 2009/2° Considere os fragmentos abaixo e assinale aquele em que ocorra a presença de construção expletiva, recurso recorrente no texto. a) “Você ignora que quem os cose sou eu...” b) “Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.” c) “Eu é que furo o pano, vou adiante...” d) “Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.”

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14) FMC – 2009/2°

Leia o fragmento:

“ – Você é imperador? - Não digo isso.”

Sobre ele, é CORRETO afirmar que

a) o vocábulo “isso” retoma uma ideia anteriormente expressa. b) as formas verbais “e” e “digo” funcionam como núcleo do

predicado. c) o vocábulo “imperador” exerce a função de predicativo. d) os predicados classificam-se como verbo-nominal e verbal,

respectivamente. 15) FMC – 2009/2°

Observe o seguinte trecho:

“E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali... a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:...”.

NÃO está presente entre as orações do fragmento a relação de

a) adição. b) finalidade. c) temporalidade. d) comparação. 16) FMC – 2009/2°

Em relação ao fragmento “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si...”, está INCORRETA a função identificada para o termo em:

a) “você” – substantiva b) “toda” - adjetiva c) “esse” – adjetiva d) “mundo” - substantiva

Instrução: Responda às questões de 17 a 20 com base nas obras São Bernardo, de Graciliano Ramos, e Auto da compadecida, de Ariano Suassuna. 17) FMC – 2009/2º Assinale a alternativa INCORRETA sobre o romance de Graciliano Ramos: a) O léxico do texto, repleto de expressões populares, reflete, em

vários momentos, a condição rude do narrador. b) A trajetória do protagonista, narrada de forma impessoal, revela

a vitória do materialismo sobre a humanização. c) O título do romance está diretamente relacionado com um dos

temas da obra, o senso de propriedade. d) Ao longo do relato, a subjetividade do protagonista-narrador

interfere na objetividade da narrativa.

18) FMC – 2009/2º

A metalinguagem é um procedimento que pode ser constatado na seguinte passagem do romance de Graciliano Ramos:

As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem. Se não quiserem, pouco se perde. Não pretendo bancar o escritor. (Capítulo 2)

Assinale o trecho em que tal recurso ocorra de forma metafórica: a) Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas – e a

folha permanece meio escrita, como estava na véspera. b) Dois capítulos perdidos. Talvez não fosse mau aproveitar os do

Gondim, depois de expurgados. c) Achei a propriedade em cacos: mato, lama e potó como os

diabos. d) Ora vejam. Se eu possuísse metade da instrução de Madalena,

encoivarava isto brincando.

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19) FMC – 2009/2º

O título da obra de Ariano Suassuna NÃO está corretamente explicado em: a) O termo “auto” integra o conjunto ordenado das peças de um

processo que a divindade articula contra os humanos. b) O vocábulo “auto” prende-se à modalidade de representação

teatral, de caráter popular e religioso, típica da Idade Média. c) A expressão “compadecida” relaciona-se com a Virgem Maria,

aquela que tem compaixão pelos que sofrem. d) As palavras “auto” e “compadecida” remetem ao episódio

nuclear da peça, em que Nossa Senhora terá misericórdia dos mortais.

20) FMC – 2009/2º

As seguintes passagens de Auto da compadecida referem-se ao episódio do julgamento, EXCETO: a) A carne implica todas essas coisas turvas e mesquinhas. Quase

tudo o que eles faziam era por medo. Eu conheço isso, porque convivi com os homens: começam com medo, coitados, e terminam por fazer o que não presta, quase sem querer. É medo.

b) Eu sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que não vou.

c) Vergonha é uma mulher casada na igreja se oferecer desse jeito. Aliás já tinha ouvido falar que a senhora enganava seu marido com todo mundo.

d) O caso é duro. Compreendo as circunstâncias em que João viveu, mas isso também tem um limite. Afinal de contas, o mandamento existe e foi transgredido. Acho que não posso salvá-lo.

PROVA DE HISTÓRIA 21) FMC – 2009/2º Leia o texto a seguir, no qual o autor analisa a chamada revolução científica do século XVII.

“A preocupação de Kepler é principalmente uma: ele pretende demonstrar não só que este sistema de planetas, num dos quais nos encontramos nós homens, acha-se no lugar principal do Universo, ao redor do coração do Universo que é o Sol, mas também, em particular, que nós homens nos encontramos naquele globo que se destina inteiramente à criatura racional mais importante e mais nobre entre as corpóreas.”

(ROSSI, Paolo. A ciência e a filosofia dos modernos: Aspectos da revolução científica. São Paulo: Edusp, 1992. p.235-236.)

A partir da leitura acima e de seus conhecimentos históricos, assinale a opção CORRETA:

a) Não só em Kepler como em Newton e Bacon, percebe-se uma tendência metodológica sob a influência do pensamento aristotélico que se baseia na observação máxima da natureza.

b) O movimento analisado teve como uma de suas preocupações a

criação de métodos de explicação racional dos fenômenos da natureza.

c) A percepção de Kepler da Terra como local privilegiado do

Universo demonstra sua profunda relação com a mentalidade que o antecede, na qual predominava o geocentrismo.

d) A paralisia intelectual do século XVII, marcado pelo pensamento

barroco e pela crise do Antigo Regime, é quebrada pelas teses de Kepler e seus contemporâneos, que apontam para uma ciência radicalmente racionalista.

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22) FMC – 2009/2º

Leia o texto.

“Quando as embarcações de Colombo aportaram na América, de fato não a ‘descobriram’, pois muita gente já vivia em nosso continente. O que de fato ocorreu foi a integração da América ao continente europeu ou, mais exatamente, à sociedade mercantil.”

(PINSKI, J. et alli. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 1991. p. 11.)

Identifique, entre as opções abaixo, aquela que NÃO confirme a tese dos autores do texto:

a) As ditas altas culturas do continente americano influenciaram o

desenvolvimento científico europeu em todos os aspectos. b) As riquezas extraídas por meio da colonização permitiram a

acumulação primitiva de capitais na Europa ocidental. c) A instalação do “exclusivo metropolitano” levou à organização

da produção americana nos moldes da economia européia da época.

d) O fato de já haver “muita gente... em nosso continente” não

evitou que a mentalidade européia aqui se instalasse por meio de mecanismos diversos de dominação.

23) FMC – 2009/2º

Observe como Jacob Gorender analisa a condição do escravo na América colonial.

“Na sua condição de propriedade, o escravo é uma coisa, um bem objetivo. Lembrando Aristóteles, consideramos nossa propriedade o que está fora de nós e nos pertence. Nosso corpo, nossas aptidões intelectuais, nossa subjetividade não entram no conceito de nossa propriedade. Mas o escravo, sendo uma propriedade, também possui corpo, aptidões intelectuais, subjetividade — é, em suma, um ser humano. Perderá ele o ser humano ao se tornar propriedade, ao se coisificar?”

GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1992. P. 63.

A partir da reflexão proposta pelo autor e de seus conhecimentos históricos, assinale a opção CORRETA sobre a escravidão negra colonial: a) Ser considerado pelos senhores como animal de trabalho

retirava do escravo qualquer humanidade, o que sufocava, até mesmo, suas heranças culturais.

b) Quando punido por um crime, o escravo ficava submetido à

legislação comum, o que lhe permitia ascender ao status de humanidade, apesar de sofrer punições mais severas que os homens livres.

c) A coisificação dos negros escravizados pode ser comprovada

pelo fato de serem batizados com nomes cristãos, sendo-lhes negada a existência de uma alma.

d) A resistência quilombola permitiu aos escravos, tornados livres à

força, a reconstrução de seus padrões culturais e sua humanização.

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24) FMC – 2009/2º

Para o historiador Eric J. Hobsbawm, o período de 1789 a 1848 foi marcado por uma “dupla revolução”, a Francesa e a Industrial Inglesa.

Quanto a essas revoluções, é CORRETO afirmar que

a) estabeleceram novas relações de trabalho, nas quais os homens

poderiam usufruir de suas aptidões escolhendo livremente sua forma de sobrevivência.

b) possibilitaram, por meio da elevação do status dos homens a

cidadãos, a consolidação dos princípios burgueses de igualdade socioeconômica.

c) promoveram transformações mais técnicas que sociais, ao

subordinar o capital ao trabalho, sepultando a herança das relações feudais de produção.

d) superaram os resquícios do feudalismo por meio de

transformações econômicas, sociais e políticas, possibilitando o triunfo do capitalismo liberal.

25) FMC – 2009/2º Tempos após a independência brasileira, assim os portugueses parodiavam nosso hino:

Cabra gente brasileira,

Descendente de macaco,

Que trocou a cruz de Cristo

Pelos ramos de tabaco.

A rivalidade entre brasileiros e portugueses não se restringiu a competições poéticas, como demonstra a resistência de fiéis lusitanos em algumas províncias, durante o processo de emancipação e as disputas políticas ao longo do Primeiro Reinado.

Trata-se de demonstrações desses atritos durante a fase de consolidação da independência brasileira, EXCETO

a) as divergências entre o Partido Brasileiro e o Partido Português

em relação à autonomia das províncias. b) as disputas ocorridas na Assembléia Constituinte sobre a forma

que a monarquia brasileira deveria assumir. c) a reação dos brasileiros natos à permanência de portugueses

nos setores economicamente mais importantes da Nação. d) a dificuldade no estabelecimento de critérios de definição dos

brasileiros eleitores.

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26) FMC – 2009/2º

Leia o texto.

“Como a lei da gravitação universal de Newton, a Teoria da Evolução teve conseqüências revolucionárias na área científica [...] Alguns pensadores sociais aplicaram as conclusões darwinianas à ordem social, produzindo teorias que as transferiram à explicação dos problemas sociais. As expressões ‘luta pela sobrevivência’ e ‘sobrevivência do mais capaz’ foram tomadas de Darwin para apoiar a defesa que faziam do individualismo econômico.”

(CAMPOS, Flávio de; MIRANDA, Renan Garcia. Oficina de História. São Paulo: Moderna, 1999. p.360)

O darwinismo social, tese corrente entre europeus do século XIX, buscava justificar

a) o colonialismo clássico ainda vigente na África portuguesa. b) o liberalismo e a lei de livre concorrência. c) o imperialismo sobre a África e a Ásia. d) as disputas entre os grupos econômicos europeus responsáveis

pela primeira crise do capitalismo.

27) FMC – 2009/2º

Analise as afirmações abaixo, em que se trata do fenômeno político brasileiro conhecido como populismo.

I- Hegemonia das massas populares nos setores produtivos em associação aos industriais.

II- Inclusão de setores populares no processo político e aparente identificação entre Estado e Presidente da República.

III- Apresentação, por parte do Estado, de um discurso nacionalista, a fim de angariar apoio para um pretenso projeto de desenvolvimento nacional.

É(são) correta(s) somente a(s) afirmativa(s)

a) II e III. b) I e II. c) I e III. d) III.

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28) FMC – 2009/2º

Entre os casos dos diversos países africanos que conquistaram sua independência após a Segunda Guerra, talvez seja um dos mais emblemáticos o do Congo, que resultou da interferência externa e persistência da miséria e violência. Patrice Lumumba, líder do processo de independência e primeiro chefe de Estado, foi assassinado um mês após sua posse, em um golpe apoiado pelas antigas potências econômicas, tendo os EUA à frente. Entre as causas do golpe que vitimou Lumumba e jogou o Congo em uma longa e sangrenta ditadura de 32 anos, NÃO é correto citar a) a busca do apoio soviético por parte de Patrice Lumumba, já que

as hostilidades do Ocidente surgiram antes mesmo de sua posse como presidente do Congo.

b) as disputas internas pelo controle do Estado entre antigas tribos

congolesas que tinham no imperialismo sua sustentação. c) o projeto de nacionalização das imensas riquezas do subsolo

congolês, até então exploradas por países estrangeiros. d) o interesse de Lumumba em estabelecer um conjunto de ações

coletivas entre os países africanos recém-libertos para uma independência que ultrapassasse os limites políticos.

29) FMC – 2009/2º

Entre os dias 17 e 19 de abril do corrente ano, ocorreu, em Trinidad e Tobago, a Cúpula das Américas, iniciativa do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que buscava, em 1994, iniciar um processo de integração das economias americanas.

No encontro de agora, a ausência cubana dominou os debates, superando a discussão econômica, porque

a) a presença cubana criaria um desconforto à representação brasileira, considerando que nosso atual governo vem atuando como mediador entre governos latino-americanos e norte-americanos em suas divergências.

b) a Cúpula das Américas segue uma série de recomendações da

Organização dos Estados Americanos (OEA), instituição da qual o atual governo cubano foi desligado em 1962.

c) Cuba se recusa a participar de quaisquer encontros em que se

dê a presença americana, já que a potência do norte apresenta uma série de exigências incompatíveis com a atual realidade cubana.

d) a onda de governos progressistas na América Latina busca

integrar Cuba aos debates do continente, alegando nossas identidades e denunciando o embargo imposto pelos EUA, que se mostra anacrônico na conjuntura atual.

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30) FMC – 2009/2º Leia abaixo reproduções de manchetes de jornais quando da instalação do regime autoritário militar no Brasil, em 1964.

“Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus inimigos...”

“Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais...”

(O Globo. Rio de Janeiro, 2 de abril de 1964.)

“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade [...] Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas...”

(Editorial do Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 1º de abril de 1964.)

Considerando-se as opiniões expressas pelos jornais e a conjuntura da época, só NÃO se pode afirmar: a) A clara opção do governo Goulart em atender às demandas dos

setores revolucionários nacionais precipitou a tomada do poder pelos militares.

b) Diversos setores da sociedade apoiaram, pelo menos no

primeiro momento, a ação dos golpistas. c) A ação dos setores militares respondeu a um sentimento de

indignação de alguns grupos quanto aos rumos do governo João Goulart.

d) O entendimento da grande imprensa de que os rumos tomados

pelo presidente Goulart afetariam seus interesses ocasionou o apoio declarado ao golpe de março de 1964.

PROVA DE GEOGRAFIA 31) FMC – 2009/2º Em dezembro de 2005, o líder cocalero Evo Morales venceu, com maioria absoluta e apoio político e financeiro do venezuelano Hugo Chávez, as eleições presidenciais bolivianas, tornando-se o primeiro presidente de origem indígena do país. Quando ele assumiu o poder em 22 de janeiro de 2006, a plataforma política do partido que o representa (MAS - Movimento ao Socialismo) passou a ser discutida nacionalmente e no exterior, colocando em tensão países e investidores diversos em relação ao "risco-país" que a Bolívia passaria a representar, na economia global. Como forte opositor à erradicação do cultivo da coca, defendida pelos Estados Unidos, Evo Morales diverge, frontalmente, do sistema socioeconômico capitalista, que é a força motriz da globalização econômica. Entre os pontos mais polêmicos da plataforma política desenvolvida por Morales, é CORRETO destacar a) o suporte político e administrativo ao cultivo da folha de coca e

a ampliação do comércio de cocaína para a Venezuela. b) a nacionalização de indústrias estratégicas e dos recursos

naturais (hidrocarbonetos). c) a redução dos impostos para a classe média e o subsídio de

saúde e educação para toda a população. d) a redução gradativa dos preços de produtos básicos de consumo

da grande população.

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32) FMC – 2009/2º “Nas relações internacionais de hoje parece haver um jogo de xadrez global em três níveis. No tabuleiro superior está o poder militar, ocupado, sem competidores, pelos Estados Unidos; no tabuleiro intermediário fica o poder econômico, compartilhado pelos Estados Unidos, Europa, China (...) e Japão; no tabuleiro inferior estão as diversas outras relações internacionais (sociedade civil, grandes e médias empresas, traficantes, pacifistas, terroristas etc.). A potência dominante tem de olhar os três tabuleiros com muita atenção, pois dos tabuleiros inferiores podem vir lances inesperados que abalem o poder da potência imperial, como ocorreu com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.”

PORTELA, Fernando e RUA, João. "Estados Unidos". São Paulo: Ática, 2006.

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre relações internacionais, assinale a opção INCORRETA: a) Para se destacarem no jogo do tabuleiro intermediário, os

Estados Unidos têm levado a ampliação da OTAN para o Leste europeu, desequilibrando as forças entre as tradicionais potências européias, como Rússia e Alemanha.

b) Uma estratégia atual, no âmbito militar, do governo

norte-americano para disputar o jogo no tabuleiro intermediário é a ampliação do comércio de armas para países com governos aliados.

c) No tabuleiro inferior, estão as tentativas de intervenção dos

Estados Unidos nos processos políticos eleitorais de diversos países e regiões, visando a favorecer os representantes mais afinados com os interesses nacionalistas.

d) Uma das ações do governo norte-americano, em território

estrangeiro, que visam a impedir a ação dos agentes identificados como pertencentes ao tabuleiro inferior são as intervenções diretas no Afeganistão e no Iraque.

33) FMC – 2009/2º Em relação à crise de governabilidade na Colômbia, ligada a fatores paramilitares e/ou econômicos dos narcotraficantes, é INCORRETA a seguinte afirmação: a) A divisão político-administrativa criada pelo Estado é substituída

por zonas produtoras de drogas, divididas de acordo com os interesses da máfia e da guerrilha, onde as leis, a autoridade e até mesmo a moeda nacional não têm validade.

b) A influência política e um eficiente esquema de informação dos

narcotraficantes fragmentam, geograficamente, os países produtores, constituindo encraves políticos e militares e, em alguns casos, estabelecendo territórios livres ocupados por grupos guerrilheiros.

c) O financiamento à narcoguerrilha e ao terrorismo nacional,

efetuado por grupos terroristas internacionais, como a Al-Qaeda, cria uma rede de suborno e corrupção que atravessa todo o Estado, particularmente as agências estatais encarregadas de seu controle e repressão.

d) O Estado de direito, além de perder o controle sobre a

economia, perde também hegemonia, legitimidade e autoridade, com a presença de narcotraficantes financiando campanhas para senadores e deputados e a existência de golpes de Estado.

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34) FMC – 2009/2º Analise o cartaz abaixo e a reportagem que o acompanha.

Segundo o líder do partido político responsável pelo cartaz acima, "os imigrantes que estão cá por bem têm consciência de que aquilo não é com eles. (...) Quem deverá ser expulso? Os marginais, os ilegais, os indigentes. Os que vêm para cá viver de subsídios. (...) Somos contra a nacionalidade dada burocraticamente. Portugal é para os portugueses".

Adaptado de Diário de Notícias. Lisboa, quinta-feira, 29 mar. 2007.

A partir da leitura da reportagem, identifique a alternativa que aponte indicadores demográficos da Europa ocidental da atualidade que se contraponham à política de expulsão de estrangeiros de Portugal proposta pela reportagem: a) A diminuição das taxas de natalidade e a redução da taxa de

crescimento populacional (a perda de população absoluta). b) O aumento das taxas de fertilidade e uma maior expectativa de

vida (envelhecimento absoluto). c) A repatriação dos grupos africanos e uma menor expectativa de

vida entre a população jovem periférica dos grandes centros portugueses.

d) A legalização automática dos imigrantes empresários e a

elevação da quantidade de casamentos entre imigrantes e europeus.

35) FMC – 2009/2º Reflita sobre o cartaz abaixo, do Greenpeace.

Identifique a alternativa que apresenta uma proposta para minimizar o problema denunciado pela ONG: a) Substituição da utilização intensiva do carvão vegetal pelo uso

do carvão mineral e/ou petróleo. b) Utilização de transporte marítimo coletivo ou o

compartilhamento, por pessoas conhecidas, de lanchas que usem o biodiesel.

c) Elaboração de estudos sobre as indústrias mais poluidoras da

região amazônica. d) Execução de projetos de redução das queimadas na região.

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36) FMC – 2009/2º A figura a seguir simboliza o fenômeno conhecido como efeito estufa, provocado pelo calor proveniente do Sol, refletido pela Terra na atmosfera e retido por uma capa de gases. Sabe-se que, apesar de natural, o efeito tem-se intensificado pela ação humana com a queima de combustíveis fósseis, desmatamento, dentre outros.

Os cientistas que analisam o fenômeno argumentam que ele tem provocado a) a diminuição do nível dos oceanos do planeta. b) a elevação da temperatura média da Terra. c) o aumento do número de habitantes da Terra. d) o declínio das fontes alternativas de energia do planeta.

37) FMC – 2009/2º As chuvas ácidas são um fenômeno atmosférico causado, em escala local e regional, pela emissão de poluentes das indústrias, dos meios de transporte e de outras fontes de combustão. Com base nessas informações e em seus conhecimentos, assinale a opção CORRETA: a) O Brasil está isento da ocorrência de chuvas ácidas, em razão

da regularidade de suas precipitações, que propiciam a limpeza da atmosfera. Além disso, as constantes inversões térmicas evitam a concentração dos gases causadores desse problema.

b) A chuva ácida ocorre somente nas regiões polares, devido à

concentração de gases de clorofluorcarbonados, que aumentam a quantidade de ácidos nos vapores de água em suspensão.

c) As chuvas ácidas provocam o aquecimento das águas, o que,

consequentemente, causa a diminuição das superfícies aquosas disponíveis para o abastecimento e saneamento da população mundial.

d) Nas zonas poluídas onde ocorrem as chuvas exageradamente

ácidas, a acidez é agravada pela presença do trióxido de enxofre e do dióxido de nitrogênio, o que vem destruindo importantes monumentos históricos.

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38) FMC – 2009/2º

O processo de urbanização no Brasil, extremamente rápido e desigual, trouxe grandes comprometimentos, por vezes até calamitosos, à qualidade ambiental das cidades brasileiras.

Sobre a problemática ambiental urbana, analise as afirmativas:

I- A falta de tratamento dos esgotos sanitários, nas cidades, em parte lançados "in natura" no solo, vem causando danos irreparáveis às reservas de água potável, comprometendo usos múltiplos da água.

II- Apesar de consideradas um fenômeno natural, as enchentes são provocadas pelo homem, pois elas devastam as cidades devido às alterações empreendidas pelo ser humano na natureza. A retirada das coberturas vegetais, a utilização de materiais impermeáveis no solo, o depósito indevido de lixo nas ruas e outras atitudes humanas colaboram para a proporção do problema.

III- A poluição gerada nas cidades é liberada de várias formas, podendo ser originada por meio de lixo depositado em locais impróprios, radiações, ruídos, substâncias químicas, agentes contaminadores e outros.

IV- A eliminação do lixo gerado pelas pessoas dos grandes centros é feita principalmente por meio de aterros sanitários, que são grandes áreas de terra que servem como depósito para os vários tipos de lixo. A utilização dos aterros tem-se mostrado eficaz em relação ao material inorgânico que ali é depositado, pois acelera o processo de decomposição.

V- Nas grandes cidades, a poluição atmosférica circunscreve-se às vias de trânsito rápido, daí a existência de placas educativas nas avenidas e rodovias urbanas, advertindo sobre o perigo de doenças respiratórias.

São verdadeiras as afirmativas a) I, II e III apenas. b) II, III e IV apenas. c) I, II, III e V apenas. d) I, II, III, IV e V.

39) FMC – 2009/2º Observe a figura a seguir:

Sobre a divisão regional apresentada, é CORRETO afirmar: a) A influência dos recursos naturais sobre as atividades

econômicas explica por que as áreas da Amazônia e do Nordeste coincidem com os limites da floresta equatorial e do Polígono das Secas. Além disso, quase um quarto da população vive na miséria, enquanto uma pequena parcela detém parte das riquezas.

b) A Amazônia possui a estrutura produtiva mais diversificada das três regiões, pois suas atividades de extração mineral e vegetal exploram grandes províncias mineralógicas e uma floresta com alta biodiversidade. Além disso, ela contribui muito com a migração para outras regiões.

c) A Amazônia prolonga-se a leste, dominando o oeste do Maranhão, e ao sul, englobando grande parte do Mato Grosso. A região possui baixa densidade demográfica e nela predominam aspectos naturais, floresta densa e heterogênea, clima quente e úmido, rios extensos e caudalosos.

d) O Nordeste corresponde a quase 19% do território brasileiro. Região pouco povoada, foi desbravada nos séculos XVII e XVIII pelos bandeirantes, que procuravam pedras e metais preciosos. Desde a década de 1980, a região atrai migrantes por oferecer grande quantidade de terras desabitadas e a serem exploradas.

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40) FMC – 2009/2º Sabe-se que os parques públicos, nas grandes cidades, funcionam como importantes locais de lazer, dentre outros motivos, pela qualidade de suas condições microclimáticas: em geral, pode-se encontrar ali um ar mais úmido e com temperaturas mais amenas em relação ao resto da cidade. O esquema gráfico a seguir representa a variação de temperaturas do ar em certa hora do dia.

Esse fenômeno climático, típico das grandes cidades, é conhecido como a) chuva ácida - cuja formação é consequência do fenômeno da

inversão térmica, que determina uma retenção de ar quente próximo à superfície. É comum no inverno, quando uma camada de ar frio se situa muito embaixo na atmosfera, bem próximo da área central.

b) ilha de calor – que, constituindo uma redoma climática sobre a

cidade, faz com que as temperaturas das áreas centrais e de maior circulação de veículos, além das áreas industriais, sejam maiores do que as das áreas mais arborizadas.

c) efeito estufa - processo artificial que se intensificou nas últimas

décadas e entre cujas possíveis consequências estão o derretimento das calotas polares, os eventos de precipitação mais intensos e o aumento da temperatura nos grandes centros urbanos, principalmente nas áreas centrais.

d) smog fotoquímico - fenômeno que faz com que um nevoeiro

paire constantemente sobre as áreas centrais das cidades, especialmente quando estas estão cercadas por áreas de relevo mais elevadas, como ocorre em São Paulo e na Cidade do México, causando irritação na vista da população e intensificando os problemas respiratórios.

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PROVA DE LÍNGUA ESPANHOLA Instrucciones: Lea atentamente el texto siguiente y después conteste a las preguntas. “...Cuando comemos mucho o gastamos mucho dinero con la tarjeta de crédito, o hacemos una mala inversión, es probable que se deba a que hemos escuchado a nuestro cerebro emocional, cuando deberíamos haber pensado racionalmente. Cuando nuestras emociones están fuera de control, el resultado puede ser tan devastador como cuando no sentimos ninguna emoción. Recientemente, psicólogos y neurólogos han identificado una larga lista de deficiencias emocionales que nos hacen frecuentemente cometer errores. Consideremos el error conocido como el terror a la pérdida, identificado por los psicólogos Daniel Kahneman y Amos Tversky. Los expertos notaron que, cuando a una persona le proponían echar una moneda a la suerte (para adivinar cara o cruz) en la que podría perder US$20, la persona exigía que si ganaba, la recompensasen con US$40. El dolor ante la pérdida era aproximadamente dos veces más potente que el placer generado por la ganancia. Es más, nuestras decisiones parecen estar determinadas por estos sentimientos. Como dijeron Kahneman y Tversky, "en la toma de decisiones las pérdidas dominan más nuestro pensamiento que las ganancias". El terror a la pérdida es reconocido ahora como un prejuicio importante, con múltiples implicaciones. Nuestro deseo de evitar todo lo que esté relacionado con perder moldea muchas veces nuestra conducta, impulsándonos a cometer tonterías...”

Fuente: (Jonah Lehrer para BBC Ciencia, miércoles 25 febrero 2009.)

41) FMC – 2009/2º Si partimos de un punto de vista opuesto a la del autor podemos concluir que a) gastamos mucho dinero impulsados por la emoción. b) cuando comemos mucho actúa nuestro lado emocional. c) nuestro deseo de evitar todo lo que esté relacionado con ganar

nos impulsa a cometer tonterías. d) gastamos mucho dinero y comemos mucho impulsados por la

emoción. 42) FMC – 2009/2º Si el autor tomara como punto de partida lo contrario a lo expuesto en el texto, se concluiría que hacemos una mala inversión por

a) un impulso emocional. b) falta de un buen cálculo. c) un impulso irracional d) un pensar racional. 43) FMC – 2009/2º De acuerdo al texto cuando nuestras emociones están fuera de control, es como

a) no sentir ninguna emoción. b) perder completamente el control. c) sentirse excesivamente emocionado. d) perder todos los sentimientos.

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44) FMC – 2009/2º Lea las afirmaciones: I- Cometemos errores por falta de cálculos. II- Cometemos errores por deficiencias emocionales. III- Cometemos errores por pensar irracionalmente. ¿Cuál(es) de las afirmaciones es(son) verdadera(s)? a) Solo I. b) Solo III. c) Solo I y II. d) Solo II y III. 45) FMC – 2009/2º Lea el trecho: “Nuestras decisiones parecen estar determinadas por estos sentimientos” (párrafo 6) Esto quiere decir que nuestras decisiones están determinadas por a) la razón. b) el dolor. c) la motivación. d) el impulso.

46) FMC – 2009/2º Complete los espacios con V (verdadero) o F (falso), según el texto: ( )Hacemos una buena inversión cuando escuchamos nuestro

lado emocional. ( )Hacemos una mala inversión por indecisión. ( )Cometemos errores por causa de nuestras deficiencias

emocionales. ( )Es más intenso el placer generado por la ganancia ante el dolor

de la pérdida. Marque la alternativa que apunta la secuencia CORRECTA: a) V – F – F - V b) F – F – V - F c) V – F – V - F d) V – V – F - V 47) FMC – 2009/2º Lea a siguiente frase: “Consideremos el error conocido como el terror a la pérdida” (párrafo 4) ¿Cuál es el sentido expresado en la frase?

a) La pérdida es el resultado del error. b) El error es consecuencia de la pérdida. c) La pérdida es un error. d) El error es el resultado del terror a la pérdida.

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48) FMC – 2009/2º Considere el siguiente fragmento: “Los expertos notaron que, cuando a una persona le proponían echar una moneda a la suerte…” (párrafo 5) Con respecto a ella podemos afirmar que a) “le” se refiere al sujeto del verbo “echar”. b) “expertos” es el sujeto del verbo proponer”. c) “le” desempeña una función enfática al referirse al objeto

indirecto “una persona”. d) el sujeto del verbo “notar” es “una persona”. 49) FMC – 2009/2º Lea el trecho: "En la toma de decisiones las pérdidas dominan más nuestro pensamiento que las ganancias". (párrafo 6) El sentido que la expresión posee en ese contexto es que dominan en nuestro pensamiento

a) las pérdidas. b) las ganancias. c) el raciocinio. d) nuestras decisiones. 50) FMC – 2009/2º Lo contrario del término “prejuicio” (párrafo 7) es a) reflexión. b) arbitrariedad. c) manía. d) convencionalismo.

PROVA DE LÍNGUA INGLESA Instruction: Read, please, the text below. Then, answer the questions on it.

EX-TRASH CATCHER (MAINLY PIECES OF PAPER AND ALIKE) KEEPS A LIBRARY WITH 22 THOUSAND BOOKS.

Vanilda among her books.

Alex de Jesus / O Tempo / Folha Imagem

In 1998, Vanilda de Jesus Pereira, from Minas Gerais State,

underwent a brain stroke. Thus, she got unable to regain her job as a nanny, and set off to pick up pieces of paper around the streets. Yet, one kind of the items that she used to pick up was inappropriate for recycling: the books she happened to find along her way. Today her collection mounts to about 22 thousand different titles, available at Graça Rios Library, the one that she herself opened at Paquetá Slum, in Belo Horizonte. Early in life, Vanilda showed a special interest in literature, although she had only attended the sixth grade. Her illiterate father undervalued reading, once his major goal, concerning female people, was that they should be able to cook and be a good wife. In 1977, at the age of 14 years old, the girl started working, taking care of children. One day, she failed to do one of her tasks. Then, her boss, the house owner she worked for, caught her with

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an open book: “Where would you like to get to by reading?”, she stormed. Next, Vanilda got fired. With the money she had managed to save, she purchased the “misunderstanding” book – Escrava Isaura. “I wanted to finish to read it, “uai”…” Fifteen days later, her ex-boss’s cousin hired her. Besides getting a new job, she was allowed to attend their library. “Here you can read anything”, she was told there.

From every payment, she got more and more books, which she maintained underneath her bed. As time went by, she needed more room for her new acquisitions. Instead of getting rid of them, she rented a shanty to keep them. In the year 2002, her “library” was discovered by a media worker. It was when she became aware of her own library. She was told how to catalogue her books by Graça Rios, a writer. (“My library is named so, after my wish to honor her, when still alive”). Thereafter, she began to be given donations from different sources.

Nowadays, the ex-trash gatherer, ex-housekeeper, and ex-nanny provides food, remedial lessons and pre-entrance exam classes to 130 kids and youngsters; she also teaches illiterate grown-ups, and keeps a room open to those who want to take computer lessons or sowing ones. “Nothing had been arranged. I carried on doing what was possible”, she points out. Her struggle went beyond the slum limits. Counting on some voluntary workers’ assistance, she takes lunch to the sick people’s caretakers who are in state health units. “Lots of them come from the country or small towns with hardly any money, and such food is pretty important to them”. In order to get funds to continue volunteering, she holds six different social gatherings per year, such as dinner parties and fashion shows. That initiative was one of the 15 finals to the Vivaleitura 2008 award. Even though she doesn’t regard herself as a winner, Vanilda rejoices in being acknowledged as such. She sometimes feels it odd, when some people can’t realize her generosity. “Is it why I’m only a poor individual who has got a low level cultural background that I’m unable to assist others?” And she finishes our talk by firmly quoting Madre Teresa de Calcutá: “There isn’t such a poor one that hasn’t got anything to give his fellow man, and nor a rich one that needs nothing.”

Reprinted by TAM Magazine – Brasil Almanaque de Cultura Popular, February / 2009

41) FMC – 2009/2º In the year 1998, Vanilda de Jesus Pereira ________________ a brain trouble. a) came through b) came out c) came off d) came down 42) FMC – 2009/2º In the text, the character in focus a) attended the local library to borrow nice books. b) didn’t care about the books she saw around, as a trash catcher. c) underestimates what she has done. d) guesses it has been worth facing up to what she still carries on

doing. 43) FMC – 2009/2º It mustn’t be stated about Vanilda that a) within a fortnight she could find a better occupation. b) her first boss got pretty mad at her, when she caught her

reading in daily hours. c) Escrava Isaura may have fostered her to go ahead in life. d) it took her long to begin her first job.

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44) FMC – 2009/2º As time went by, Vanilda felt an inner appeal to a) sell old books at low prices. b) deal with something else other than books. c) refuse any sort of donation. d) be taught computer lessons.

45) FMC – 2009/2º Next, Vanilda got fired. The underlined word suggests an idea of a) conclusion. b) lateness. c) time. d) opposition. 46) FMC – 2009/2º Before meeting a media worker, Vanilda a) had already arranged her future career. b) tried to get rid of all her books. c) wasn’t still conscious that she had a library of her own. d) had her books catalogued by a writer, Graça Rios. 47) FMC – 2009/2º What saying below matches the ex-trash gatherer best? a) Where there is a will, there is a way. b) Charity begins at home. c) A stitch in time saves nine. d) Crime doesn’t pay off.

48) FMC – 2009/2º “… and nor a rich one that needs nothing”. In the sentence above, the underscored word means a) people who struggle for life. b) only those who can save a lot. c) quite a few people. d) any human being. 49) FMC – 2009/2º All the statements below are untrue, concerning such reading passage, EXCEPT a) She keeps a high standard of living. b) Vanilda doesn’t surrender herself to problems easily. c) She only spends her cash on her own needs. d) She never thinks of herself. 50) FMC – 2009/2º “Thus, she got unable to regain her job as a nanny…” The sentence above conveys an idea of a) conclusion. b) purpose. c) concession. d) addition.

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REDAÇÃO Leia, atentamente, o trecho a seguir: “O medo da solidão e do desamparo sempre foi maior do que a vontade – presente em todos nós - de viver de acordo com nossas convicções. Isto, na prática, significa uma enorme tendência para a submissão aos regulamentos próprios de uma sociedade, coisa que até há muito pouco tempo não era nem mesmo questionada e determinava uma brutal e ilógica tendência homogeneizadora dos modos de viver. Tendência ilógica porque nós somos criaturas essencialmente diferentes umas das outras (...) se somos todos diferentes (isto me parece uma verdade indiscutível, visível mesmo a olho nu), não há por que tenhamos que viver do mesmo modo.”

(Flávio Gikovate, Folha de São Paulo) Tomando o trecho acima como ponto de partida, elabore um TEXTO DISSERTATIVO em que você se posicione sobre as ideias nele contidas e apresente, de forma coerente e bem fundamentada, uma avaliação crítica a respeito do assunto abordado.

Observações:

• Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas. • Dê um título a ele. • Faça a redação a tinta.

RASCUNHO

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ADMINISTRAÇÃO E CONTÁBEIS PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E

LITERATURA BRASILEIRA Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 16 referem-se a ele.

UM APÓLOGO

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: - Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? - Deixe-me, senhora. - Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. - Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

- Mas você é orgulhosa. - Decerto que sou. - Mas por quê? - É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa

ama, quem é que os cose, senão eu? - Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? - Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... - Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

- Também os batedores vão adiante do imperador. - Você é imperador? - Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel

subalterno, indo adiante: vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma

baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: - Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela, e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

(Machado de Assis: Contos. 18 ed. São Paulo.Ática, 1954 p. 89)

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51) FMC – 2009/2° Pode-se constatar, no diálogo entre a agulha e a linha, uma relação de a) opressão do mais forte sobre o mais fraco. b) amor e ódio entre os elementos do processo de comunicação. c) desigualdade na obtenção de recompensas. d) êxito e fracasso marcados pelo egoísmo desenfreado. 52) FMC – 2009/2° É possível inferir que, no texto, o autor a) evidencia traços de analogia entre a agulha e o professor de

melancolia. b) vale-se do uso da agulha e da linha apenas em sentido literal. c) assume uma postura paternalista ao referir-se ao alfinete. d) repudia a impassibilidade da agulha diante da arrogância da

linha.

Para responder às questões 3 e 4, analise as afirmativas apresentadas.

53) FMC – 2009/2° III) O texto, em nível mais profundo, suscita a possibilidade de uma

leitura em que se efetiva a transferência de situações do contexto real para o metafórico.

IV) No processo de comunicação estabelecido entre agulha/linha,

constata-se que o autor assume um posicionamento radical na sua argumentação e parcial nos critérios de julgamento.

a) Apenas II está correta. b) Apenas I está correta. c) I e II estão corretas.

d) I e II estão incorretas. 54) FMC – 2009/2° III) O final do apólogo, que se relaciona com as ideias recorrentes

desenvolvidas pelo autor, sugere que, nem sempre, os indivíduos usufruem do prestígio de seu trabalho.

IV) O encadeamento de pressupostos adquire importância no texto

e dá consistência ao raciocínio argumentativo do “Apólogo”. a) Apenas II está correta. b) I e II estão incorretas. c) Apenas I está correta. d) I e II estão corretas. 55) FMC – 2009/2° Assinale o fragmento que, se contextualizado, sugere a personificação da agulha e/ou da linha. a) “... eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos

babados...” b) “Você fura o pano, nada mais...” c) “Por que está você com esse ar, toda cheia de si...” d) Chegou a costureira... pegou da agulha, pegou da linha, enfiou

alinha na agulha, e entrou a coser.” 56) FMC – 2009/2° O uso de pólos antagônicos a) permeia o texto com a presença de uma voz sarcástica e

pessimista. b) direciona a fala dos protagonistas para o inverossímil. c) reforça o desempenho dialógico da agulha e da linha. d) funciona como motivo condutor da desordem argumentativa do

“Apólogo”.

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57) FMC – 2009/2° No texto, a agulha e a linha só NÃO

a) fazem a apologia do estereótipo da frustração profissional. b) atuam de forma persuasiva. c) estabelecem conjeturas e confrontos. d) levantam objeções. 58) FMC – 2009/2° Uma postura crítica e até mesmo moralizadora foi exemplificada, no texto, pela fala

a) da costureira. b) da linha. c) da agulha. d) do alfinete. 59) FMC – 2009/2° A leitura do texto permite identificar equidade entre a postura de

a) linha/alfinete. b) agulha/professor de melancolia. c) costureira/professor de melancolia. d) alfinete/costureira. 60) FMC – 2009/2° No fragmento “... a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:...”, o vocábulo grifado, sem perda de sentido, pode ser substituído por

a) vingar. b) criticar. c) menosprezar.

d) escarnecer. 61) FMC – 2009/2° Leia o fragmento abaixo e assinale a opção que identifique o recurso estilístico nele utilizado: “E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” a) onomatopéia. b) metonímia. c) catacrese. d) pleonasmo. 62) FMC – 2009/2° Observe o fragmento: “Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se.” Em nível morfossintático, é INCORRETO afirmar que a) o termo “a noite” é responsável pela flexão verbal. b) a expressão “do baile” modifica o termo “noite”. c) o uso da vírgula infringe os padrões da língua culta porque

separa orações ligadas pelo conetivo “e”. d) a ênclise poderia ser substituída pela próclise em “vestiu-se”. 63) FMC – 2009/2° Considere os fragmentos abaixo e assinale aquele em que ocorra a presença de construção expletiva, recurso recorrente no texto. a) “Você ignora que quem os cose sou eu...” b) “Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.” c) “Eu é que furo o pano, vou adiante...” d) “Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.”

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64) FMC – 2009/2°

Leia o fragmento:

“ – Você é imperador? - Não digo isso.”

Sobre ele, é CORRETO afirmar que

a) o vocábulo “isso” retoma uma ideia anteriormente expressa. b) as formas verbais “e” e “digo” funcionam como núcleo do

predicado. c) o vocábulo “imperador” exerce a função de predicativo. d) os predicados classificam-se como verbo-nominal e verbal,

respectivamente. 65) FMC – 2009/2°

Observe o seguinte trecho:

“E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali... a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:...”.

NÃO está presente entre as orações do fragmento a relação de

a) adição. b) finalidade. c) temporalidade. d) comparação. 66) FMC – 2009/2°

Em relação ao fragmento “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si...”, está INCORRETA a função identificada para o termo em:

a) “você” – substantiva b) “toda” - adjetiva c) “esse” – adjetiva d) “mundo” - substantiva

Instrução: Responda às questões de 17 a 20 com base nas obras São Bernardo, de Graciliano Ramos, e Auto da compadecida, de Ariano Suassuna. 67) FMC – 2009/2º Assinale a alternativa INCORRETA sobre o romance de Graciliano Ramos: e) O léxico do texto, repleto de expressões populares, reflete, em

vários momentos, a condição rude do narrador. f) A trajetória do protagonista, narrada de forma impessoal, revela

a vitória do materialismo sobre a humanização. g) O título do romance está diretamente relacionado com um dos

temas da obra, o senso de propriedade. h) Ao longo do relato, a subjetividade do protagonista-narrador

interfere na objetividade da narrativa.

68) FMC – 2009/2º

A metalinguagem é um procedimento que pode ser constatado na seguinte passagem do romance de Graciliano Ramos:

As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem. Se não quiserem, pouco se perde. Não pretendo bancar o escritor. (Capítulo 2)

Assinale o trecho em que tal recurso ocorra de forma metafórica: e) Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas – e a

folha permanece meio escrita, como estava na véspera. f) Dois capítulos perdidos. Talvez não fosse mau aproveitar os do

Gondim, depois de expurgados. g) Achei a propriedade em cacos: mato, lama e potó como os

diabos. h) Ora vejam. Se eu possuísse metade da instrução de Madalena,

encoivarava isto brincando.

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69) FMC – 2009/2º

O título da obra de Ariano Suassuna NÃO está corretamente explicado em: e) O termo “auto” integra o conjunto ordenado das peças de um

processo que a divindade articula contra os humanos. f) O vocábulo “auto” prende-se à modalidade de representação

teatral, de caráter popular e religioso, típica da Idade Média. g) A expressão “compadecida” relaciona-se com a Virgem Maria,

aquela que tem compaixão pelos que sofrem. h) As palavras “auto” e “compadecida” remetem ao episódio

nuclear da peça, em que Nossa Senhora terá misericórdia dos mortais.

70) FMC – 2009/2º

As seguintes passagens de Auto da compadecida referem-se ao episódio do julgamento, EXCETO: e) A carne implica todas essas coisas turvas e mesquinhas. Quase

tudo o que eles faziam era por medo. Eu conheço isso, porque convivi com os homens: começam com medo, coitados, e terminam por fazer o que não presta, quase sem querer. É medo.

f) Eu sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que não vou.

g) Vergonha é uma mulher casada na igreja se oferecer desse jeito. Aliás já tinha ouvido falar que a senhora enganava seu marido com todo mundo.

h) O caso é duro. Compreendo as circunstâncias em que João viveu, mas isso também tem um limite. Afinal de contas, o mandamento existe e foi transgredido. Acho que não posso salvá-lo.

PROVA DE MATEMÁTICA 71) FMC – 2009/2º

O valor da expressão M = , quando x = e y = ,

equivale a a) 0,845 b) 0,625 c) 1 d) 0,5 72) FMC – 2009/2º Uma empresa avalia os salários de seus empregados e verifica que a média salarial corresponde a R$870,00. No entanto, é observado que 10% desses empregados têm média salarial de R$6.000,00. Com base nessas informações, pode-se dizer que a média salarial dos outros empregados vale a) R$250,00. b) R$300,00. c) R$400,00. d) R$350,00.

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73) FMC – 2009/2º Dois números inteiros e positivos a e b são tais que a soma de seus quadrados (a2 + b2) vale 117 e o seu produto (a.b), 54. Então, o valor do quadrado da diferença desses números (a – b)2 é igual a a) 9 b) 10 c) 8 d) 12 74) FMC – 2009/2º O gráfico da função quadrática definida por f(x) = x2 + mx + (m+3), com m ∈ R e m < 0, tem um único ponto em comum com o eixo das abscissas. Assim, o valor de y que essa função associa, quando se tem x = 3, é equivalente a a) 5 b) 3 c) 2 d) 4

75) FMC – 2009/2º Em uma lanchonete, o copo de suco natural com 300 ml custa R$2,40. Para se manter um valor proporcional em cada litro de suco produzido, o copo de 500 ml deve ser vendido por a) R$3,80 b) R$4,00 c) R$4,20 d) R$4,50 76) FMC – 2009/2º Leia o texto a seguir: “O som que faz a cabeça da moçada pode ameaçar a saúde dos ouvidos.(...) A intensidade ideal para se escutar músicas em MP3 ou iPod vai de 70 a 75 decibéis.(...) A estimativa, no entanto, é de que jovens usem MP3 com intensidades superiores a 90 decibéis”.

Fonte: Internet Com base nas informações dadas, pode-se dizer que a diferença, em percentual, entre o limite máximo de intensidade não prejudicial à saúde dos ouvidos e o mínimo utilizado pelos jovens é de a) 25% b) 15% c) 20% d) 30%

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77) FMC – 2009/2º Uma prova de matemática é constituída de dez questões do tipo múltipla escolha, tendo cada questão quatro alternativas distintas. Se todas as dez questões forem respondidas ao acaso, o número de maneiras distintas de se preencher o gabarito será igual a a) 40 b) 104 c) 410 d) 16 78) FMC – 2009/2º Na figura abaixo, o quadrado tem lado medindo 4 cm. M e N são, respectivamente, os pontos médios dos lados AB e AD desse quadrado.

Então, a área da faixa pintada, em cm2, é igual a a) 6 b) 16 c) 9 d) 12 Instrução: Para responder às questões 29 e 30, leia o texto.

A

N

D C

B M

BRASIL GASTA COM “SPREAD” 2,5 VEZES O ORÇAMENTO DA SAÚDE

“Em 2008, os brasileiros gastaram R$134,5 bilhões em ‘spread’ bancário - diferença entre a taxa paga pelo banco e a que é aplicada em empréstimos a consumidores. O valor é duas vezes e meia o orçamento do Ministério da Saúde no período. Segundo estudo feito pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), as pessoas físicas foram responsáveis por R$85,4 bilhões do total”. Fonte: Folha Online

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79) FMC – 2009/2º Com base no texto acima, é CORRETO afirmar: a) O orçamento da saúde gira em torno de R$53,8 bilhões. b) O “spread” bancário contribui para a escassez de recursos da

saúde no país. c) As pessoas jurídicas do Brasil contribuem com mais de 50% do

“spread” total. d) O total de recursos destinados à saúde é insuficiente para cuidar

da população brasileira. 80) FMC – 2009/2º Comparando-se apenas os valores do orçamento do Ministério da Saúde e o da contribuição das pessoas físicas no total calculado para o “spread”, pode-se afirmar que o primeiro equivale a aproximadamente a) 57% do segundo. b) 50% do segundo. c) 43% do segundo. d) 63% do segundo.

REDAÇÃO Leia, atentamente, o trecho a seguir: “O medo da solidão e do desamparo sempre foi maior do que a vontade – presente em todos nós - de viver de acordo com nossas convicções. Isto, na prática, significa uma enorme tendência para a submissão aos regulamentos próprios de uma sociedade, coisa que até há muito pouco tempo não era nem mesmo questionada e determinava uma brutal e ilógica tendência homogeneizadora dos modos de viver. Tendência ilógica porque nós somos criaturas essencialmente diferentes umas das outras (...) se somos todos diferentes (isto me parece uma verdade indiscutível, visível mesmo a olho nu), não há por que tenhamos que viver do mesmo modo.”

(Flávio Gikovate, Folha de São Paulo) Tomando o trecho acima como ponto de partida, elabore um TEXTO DISSERTATIVO em que você se posicione sobre as ideias nele contidas e apresente, de forma coerente e bem fundamentada, uma avaliação crítica a respeito do assunto abordado. Observações:

• Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas. • Dê um título a ele. • Faça a redação a tinta.

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RASCUNHO

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GABARITO OFICIAL PROVA DIA 11/06/2009 CURSOS: ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Língua Portuguesa e Literatura Brasileira Matemática 01 C 11 A 21 C 02 A 12 C 22 B 03 B 13 C 23 A 04 D 14 A 24 D 05 C 15 D 25 B 06 C 16 ANULADA 26 C 07 A 17 B 27 C 08 D 18 D 28 A 09 B 19 A 29 A 10 D 20 C 30 D

GABARITO OFICIAL PROVA DIA 11/06/2009

CURSOS: DIREITO Língua Portuguesa e Literatura Brasileira

História Geografia Espanhol Inglês

01 C 11 A 21 B 31 B 41 C 51 A 02 A 12 C 22 A 32 C 42 D 52 D 03 B 13 C 23 B 33 C 43 A 53 D 04 D 14 A 24 D 34 A 44 D 54 B 05 C 15 D 25 C 35 D 45 B 55 C 06 C 16 anulada 26 C 36 B 46 B 56 C 07 A 17 B 27 A 37 D 47 D 57 A 08 D 18 D 28 B 38 A 48 C 58 D 09 B 19 A 29 D 39 C 49 A 59 B 10 D 20 C 30 A 40 B 50 A 60 A