DIOCESE DE LICHINGA PLANO ESTRATEGICO PASTORAL · CCM Conselho Cristão de Moçambique ESPM Escola...

DIOCESE DE LICHINGA

PLANO ESTRATEGICO PASTORAL 22 de Maio de 2010

ÌNDICE

Prefácio

Abreviações

PARTE 1 - ANÁLISE DA SITUAÇÃO

1.1 Introdução …………………………………………………..…………………………………4

1.2. Evolução da Diocese de Lichinga …………………………………………….…..7

1.3. O Problema……………………………………………………………………….…………..9

1.4. Impacto dos Programas da Diocese……………………………………………10

1.5. Metas Diocesanas de Desenvolvimento/Evolução……………………...13

PARTE 2 - ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

2.1. Visão …………………………………………………..………………………………………..16

2.2. Metas e Objectivos Estratégicos 2010-2014……………………………16-17

2.3. Resultados Esperados ………………………………………………………………..20

PARTE 3 - ÁREAS DE FOCO ESTRATÉGICO

3.1. Tarefas e Responsabilidades………………………………………………………..21

3.2. Desenvolver e Aumentar a Capacidade Institucional ………………23

3.4. Desenvolver e Aumentar a Articulação e Coordenação……………24

3.5. Actividades/Tarefas da Diocese…………………………………………………..25

Plano Estratégico Pastoral da Diocese de Lichinga 2010-2014

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PREFÁCIO

Volvidos 18 anos de reconciliação nacional e convivência pacífica entre os

Moçambicanos, somos pela necessidade de unir esforços para o

desenvolvimento humano que constitui ainda um grande desafio para

alcançar o maior desejo e que por sinal é direito de todos, o de uma vida

melhor.

Este Documento elaborado com aturada e extraordinária participação das

Paroquias, Comissões Diocesanas, projectos, Missionários e Leigos desta

Diocese; com a colaboração das Direcções Provinciais e outros órgãos

relevantes, com o apoio dos nossos doadores, parceiros nacionais e

internacionais serve de guião estratégico para determinar as linhas gerais

da actividade Pastoral na Diocese que se define por – evangelização,

caridade, Justiça e Paz, Saúde e formação da pessoa humana; e pela

transformação radical do aspecto predominantemente sustentado por

doações para uma visão dupla que incorpora a criação da capacidade

para o autosustento, contribuindo assim para o desenvolvimento da nossa

Província.

Tendo em conta os resultados dos esforços do governo com o apoio dos

seus parceiros nacionais e internacionais na luta contra a pobreza, a

convivência pacífica e de reconciliação nacional que se assiste, a

constatação de novos valores de desenvolvimento humano coexistindo com

os valores tradicionais e religiosos, foram os factores determinantes para

a elaboração deste Documento, e o seu êxito será uma homenagem ao

povo do Niassa, cumprindo assim com a missão salvífica da Igreja de

forma a possibilitar a normalização da vida das populações e do

desenvolvimento social e económica das comunidades. Porém e para

efeito, o Plano Estratégico Pastoral deve ser considerada como um

contributo da Diocese aos esforços de Desenvolvimento Nacional.

Dom Elio Greselin”


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ABREVIAÇÕES

CDS Comissão Diocesana de Saúde

ESAM Escolas Secundárias Abertas Moçambicanas

CCM Conselho Cristão de Moçambique

ESPM Escola Secundária Padre Menegon

DPA Direcção Provincial de Agricultura

DPS Direcção Provincial de Saúde

DPMAS Direcção Provincial da Mulher e Acção Social

GP Governo da Província

CDJP Comissão Diocesana de Justiça e Paz

MDG Objectivos do Desenvolvimento do Milénio

SDP Secretariado Diocesano de Pastoral


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PARTE 1: ANÁLISE DA SITUAÇÃO

(onde estamos)

1.2. Introdução

Na actualidade, assiste-se a transformações económicas, sociais e

institucionais e culturais que ultrapassam o paradigma dos preceitos

tradicionais de actuação, e que exigem uma abordagem apoiada numa

gestão estratégica abrangente.

Estas transformações devem-se sobretudo a novos factores que influenciam

directa ou indirectamente a dinâmica social dos povos. Com a assinatura

dos acordos de Roma e consequentemente o fim do conflito armado em

Moçambique, o regresso a zonas de origem após longos anos de abandono,

bem como a constatação ou reafirmação de valores sociais como elementos

essenciais de desenvolvimento humano, constituiu factor impulsionador de

transformações para a sociedade Moçambicana. Estas mudanças sociais

assentam-se em valores de desenvolvimento sustentável como a educação,

saúde, justiça e direitos humanos, que coexistem com os valores

socioculturais promovidos por actores que interagem para o bem comum.

Ao tomar a decisão de elaborar o plano estratégico pastoral, a Diocese de

Lichinga, pretende assumir o método de programação estruturado de

actividades e coordenação que se enquadra no processo de gestão

estratégica. Isto, constitui um apelo a todos os “ parceiros” para uma

interacção contínua na concretização das metas e objectivos deste plano

orientador 2010-2014 que tem como objectivo geral o desenvolvimento

socioeconómico e cultural do povo do Niassa, tendo como horizonte a fé

cristã.


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Criada em 1963, a Diocese de Lichinga, exerce as suas responsabilidades

pastorais sobre uma população que ronda pelos 201 450 cristãos que

formam 919 comunidades, distribuídas pelas 21 paróquias na maior e

menos povoada província de Moçambique, a do Niassa. De acordo com o

resultado do senso populacional de 2007, a província tem 1.178.117

habitantes; dos quais 52% são mulheres e 17.1% são cristãos católicos.

Destacando-se desde o período colonial, as acções pioneiras da Diocese em

iniciativas para o desenvolvimento sócio cultural do Niassa são

mensuráveis pela cobertura territorial, pela aderência do povo do Niassa

aos programas pastorais e sociais e pela abertura e credibilidade com que

seus serviços são acolhidos.

Em 1992, após a assinatura dos acordos de Roma, a diocese relançou suas

actividades nos vários pilares ou áreas de actuação social em apoio ao

processo de paz e reconciliação, dos quais se destacam mas não se limitam

a:

Actividades caritativas em suporte ao processo da reconciliação e

paz após os acordos de Roma, atendendo à demanda do grande

fluxo dos deslocados e refugiados que retornavam a suas zonas de

origem sem o mínimo para a sua subsistência.

Criação de infra-estruturas e implementação de ensino através de

escolas comunitárias para as zonas onde as escolas publicas ainda

não se faziam presentes para o beneficio das comunidades.

Construção e implementação do sistema de saúde comunitária para

cuidados básicos e primários às comunidades nas zonas recônditas e

sem cobertura pelos serviços públicos de saúde.

Implementação de programas de melhoramento do sistema do

ensino através de formação e capacitação de profissionais da

educação.

Implementação de programas de assistência e melhoramento

nutricional de crianças e mães desfavorecidas nas comunidades.


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Programa de assistência e promoção da consciência sobre os

direitos e deveres e o valor da mulher na sociedade, assim como a

promoção da justiça e paz.

Programas de caridade e reinserção social de desfavorecidos,

doentes de HIV SIDA, lepra, assistência e amparo para crianças

órfãs.

Centro de investigação e promoção cultural através da literatura e

Programas de promoção dos direitos da criança através de

escolinhas e centros infantis.

Perante estes feitos, o Niassa conheceu melhorias e crescimento no tocante

a programas pastorais, ensino e qualificação de profissionais de educação,

saúde materno e infantil, assistência nutricional e combate ao elevado

índice de mortalidade infantil, assistência e reinserção de desfavorecidos,

amparo e abrigo a necessitados e crianças órfãs. A evolução nos aspectos

sócio culturais vividos neste momento, criam outros desafios por enfrentar.

Avaliando o impacto das intervenções e programas até a data, a Diocese

assume que este é o momento certo para ajustar os mecanismos e métodos

de abordagem aos desafios no contexto actual.

Na perspectiva pastoral, ao ajuste de metodologia de abordagem vêm

somar-se duas razões estratégicas de maior importância para a Diocese na

actualidade. A mudança do foco predominantemente custeado ou

dependente de doações para um foco duplo, com incidência para

financiamentos externos em apoio ao desenvolvimento do auto sustento.

Para este fim, compilou-se o presente Plano Estratégico Pastoral 2010-

2014, para proporcionar um quadro estratégico integrado para que sejam

produzidos planos anuais a nível da Diocese, paroquias e comissões com

objectivo de concretizar as mudanças almejadas. O plano está dividido em

três partes:


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PARTE 1 - ANÁLISE DA SITUAÇÃO

A primeira parte apresenta onde está a Diocese actualmente; portanto,

descreve o estado actual bem como o desenvolvimento das actividades da

Diocese ate a data.

PARTE 2 - ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

A segunda parte faz referência à linhas estratégicas que é onde a Diocese

pretende estar em 2014; articulando e sincronizando a visão da Diocese, as

metas, os objectivos e as actividades a serem realizadas para se atingir o

resultado desejado em 2014.

PARTE 3 - ÁREAS DE FOCO ESTRATÉGICO

A área de foco refere-se à Implementação Estratégica do cronograma de

acções de como atingir os resultados desejados. Este capítulo, contem as

execuções que tem como objectivo contribuir para que as estratégias

adoptadas na parte 2 sejam implementadas; contribuindo desta forma na

construção do cenário pretendido para 2014

O Plano orientador, providencia um quadro de trabalho unificado para a

elaboração dos planos anuais ao nível da diocese, paróquias e comissões.

Pelo motivo de ser o primeiro plano estratégico e devido ao volume de

mudanças necessárias, a implementação do plano deverá ser avaliado ao

fim do primeiro ano para se proceder a análise do progresso, reforçar e

reafirmar os compromissos assumidos.


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PARTE I: ANÁLISE DA SITUAÇÃO

Desde o ano de 1963 a quando da criação da Diocese de Lichinga, com a

responsabilidade de tutelar os cristãos católicos na área geográfica que

compreende a actual província do Niassa, a estrutura da diocese e seus

serviços conheceu uma sólida e rápida expansão durante o período colonial.

Porem, tendo em conta as várias fases que Moçambique atravessou, a

Diocese de Lichinga não ficou imune a estes acontecimentos.

Com o fim da guerra de libertação em Moçambique em 1975

(Independência Nacional), parte do seu património passou a ser gerido pelo

Governo, albergando sectores públicos; isto resultante do processo das

nacionalizações (segunda fase).

A terceira fase de que a Diocese de Lichinga não ficou de fora foi a da

guerra civil que o país viveu. Por seu turno, limitou as actividades da

diocese circunscrevendo-se a apenas aos centros urbanos e vilas distritais.

A quarta fase que por seu turno podemos considerar última ou a actual

etapa por considerar, compreende o período pós guerra civil. i.e, depois dos

Acordos de Roma que contou com a activa participação da Igreja Católica.

Com estes acontecimentos, emergiram problemas de carácter funcional na

medida em que a Diocese viu a necessidade de adoptar estratégias que o

permitissem trabalhar diante das condições que cada fase ditava; adoptando

mecanismos de descentralização para permitir uma flexível abordagem e

intervenção em tempo útil, encorajando iniciativas de respostas rápidas aos

problemas sociais através de projectos em resposta à situação de

emergência que Niassa atravessava.

A definição dos problemas assenta nas constatações feitas durante o

exercício da análise da situação efectuado com o envolvimento directo das

comunidades, paróquias, projectos etc; que incluiu a avaliação do impacto

sociocultural e económico das actividades da diocese.


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A base para a definição do problema é o resultado do périplo efectuado

com a finalidade de recolher experiencia e subsídios para o plano. O

périplo iniciou em Cuamba a 14 de Abril de 2010 e terminou em Lichinga

no dia 06 de Maio de 2010. O processo de recolha de dados foi efectuado

com a participação directa das equipas missionárias, Coordenadores de

Projectos, leigos, animadores das áreas e zonas, e algumas Direcções

Provinciais com quem a Diocese mantém parcerias.

1.3. Evolução das actividades da diocese

Parágrafo retirado

Com o fim da guerra civil em 1992, a Diocese de Lichinga no âmbito da

sua missão de Evangelizar, Santificar e Servir; assumiu um papel de relevo

no asseguramento do regresso dos refugiados e apoio aos deslocados

internamente. Através da Caritas e outras áreas sociais, assumiu a

responsabilidade de garantir a sobrevivência de milhares de moçambicanos

durante o período de emergência que se seguiu após o cessar-fogo em

consequência dos acordos de Roma.

Em complemento aos serviços de caridade para com os regressados e não

só, iniciou a implementação de programas de educação e formação nos

diferentes níveis em distritos e comunidades onde os serviços nacionais de

educação não se faziam presente, assim como programas de capacitação e

melhoramento da atuação e qualidade dos profissionais da educação. Ainda

no campo educacional, lançou o programa de alfabetização e formação de

facilitadores de alfabetização com vista à mitigação do índice de

analfabetismo na província.

Dentro da sua intervenção social, assumiu a responsabilidade de levar a

saúde aos que se encontram distantes dos serviços públicos de saúde,

implementando com a ajuda de seus parceiros, projectos comunitários de

saúde nos vários segmentos do território da província do Niassa, a fim de

proporcionar a oportunidade e direito de usufruir de cuidados médicos para


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enumeras populações em áreas não abrangidas pelos serviços nacionais de

saúde.

Com vista a reerguer e reafirmar a vivacidade da igreja católica no Niassa,

a diocese através das suas paróquias e comunidades entrou em actividades

pastorais de evangelização, que visavam reassumir o seu papel na educação

cristã e formação humana para a sociedade, tendo registado de uma forma

clara um aumento sem precedentes do número de fiéis comparado com as

fases que antecederam a assinatura dos Acordos de Roma.

1.4. Impacto dos programas da Diocese

Um dos principais documentos de orientação para o desenvolvimento

social ao nível mundial é o Programa de Desenvolvimento do Milénio

definido pelas Nações Unidas, que estabelece as metas do desenvolvimento

a atingir ate 2015. Os programas de intervenção da diocese contribuem

para as mais abrangentes Metas de Desenvolvimento do Milénio das

Nações Unidas (MDGs).

Incluir abordagens da Doutrina Social da Igreja e Documentos do Sínodo

Africano

Em realce do plano e de uma forma geral os programas da Diocese

contribuem na provisão do acesso universal a educação primária de

qualidade sensível ao género, e ao mesmo tempo promovendo programas

de alfabetização; contribui no melhoramento da situação de saúde da

população criando ou aumentando a possibilidade para o acesso aos

cuidados de saúde primários através de postos de saúde comunitários;

advoga e empenha-se para a redução da insegurança alimentar através de

programas de nutrição e saúde materna nas zonas rurais como aspecto

chave do desenvolvimento social e humano sustentável; promoção de

ambientes favoráveis ao crescimento condigno das crianças através de

programas de escolinhas, centros infantis e orfanatos; promoção da

formação humana através de programas de evangelização; e promoção da

mulher, transparência, justiça e paz.


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Desta forma, o impacto da intervenção para o desenvolvimento sócio

cultural e humano da Diocese de Lichinga, assegura o processo de

consolidação da convivência pacífica, implementando actividades que

levam ao melhoramento sustentável das condições de vida das populações

e formação humana; contribuindo para o cumprimento de 5 das 8metas do

programa do desenvolvimento do milénio, a contar:

Incluir abordagens da Doutrina Social da Igreja e Documentos do Sínodo

Africano

a) Alcançar a Educação Primaria Universal (meta numero 2 dos MDG)

b) Promover os direitos humanos, a igualdade entre os géneros e o

empoderamento de mulheres (meta numero 3 dos MDG)

c) Reduzir a mortalidade infantil (meta numero 4 MDG)

d) Melhorar a saúde materna (meta numero 5 dos MDG)

e) Combate ao HIV/SIDA, malária e outras doenças (meta numero 6

dos MDG)

Os pilares da Doutrina Social da Igreja

Portanto, a Diocese busca os seus programas de intervenção social

interagindo de forma transversal com as estratégias para o desenvolvimento

humano.

Estrutura Executiva e de Coordenação da Diocese de Lichinga

Organograma da Diocese

A execução dos programas diocesanos é presidida pelo Bispo, coordenado

pelo secretariado de pastoral e implementado pelas comissões diocesanas

dos respectivos sectores da área de actividade.

A administração de programas é caracterizada por um governo central que

delega acções executivas as comissões correspondentes e outros sectores

existentes sob coordenação do Secretariado Diocesano de Pastoral, em

conjunto com a maior intervenção a nível local das paróquias. O

Secretariado Diocesano de Pastoral foi originalmente criado para ter uma

forte responsabilidade de planificação e coordenação por parte da direcção


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máxima da Diocese, e a execução ficando a cargo das comissões. Todavia,

durante as últimas décadas e em adequação às várias fases vividas, os

mecanismos de implementação de acções mudaram para um paradigma

baseado em projectos que respondessem a situações locais. As

responsabilidades de concepção de projectos, planeamento, coordenação e

de gestão operacionais ficaram a cargo das Paroquias, Comissões e

Projectos. A intervenção superior da Diocese consistia em anuir,

endossando as propostas de projectos após a sua análise.

Financiamento das acções diocesanas

A insuficiência de recursos financeiros para programas de benevolência,

despertou iniciativas para o autosustento há alguns anos atrás. Nesta

vertente, um programa foi concebido pela diocese de forma a criar uma

capacidade financeira interna para suportar a execução dos seus programas,

visando sair gradualmente da dependência total de doações.

A ideia culminou com a implementação da pastoral do dízimo, criação de

uma das melhores oficinas mecânicas em Lichinga, a reactivação da

Carpintaria diocesana que tem uma capacidade de produção industrial, a

criação de um centro polivalente com quartos e salas de reuniões, a criação

de uma escola de condução. Porém, a operacionalização destas infra-

estruturas não atingiu os resultados esperados (geração de receitas);

mantendo assim a Diocese a continuar sob forte dependência externa para

financiamentos de programas e para o próprio funcionamento das

paróquias.

Numa visão global da situação económica mundial, acredita-se que o nível

de financiamento dos doadores poderá reduzir gradualmente nos próximos

anos, mas a diocese de Lichinga dispõe de um forte potencial para auto

sustento e financiamento de seus programas tomando em consideração que:

Dispõe de uma escola de Condução credível e que facilmente pode

se tornar num referencial da condução em Niassa.


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Dispõe de uma oficina mecânica que já foi grande referência ao

nível provincial, representando a concessionária Nissan no Niassa.

É proprietária de uma Industria de serração completamente

operacional, para além de um conjunto de carpintarias operacionais

junto a algumas paróquias.

Dispõe do centro polivalente com grande potencial de se tornar

num grande atractivo na indústria hoteleira.

Dispõe de Um Centro de Produção Reprográfica em Lichinga e

Um Centro de Formação de Profissionais da Educação em Cuamba

que podem ser mais rentabilizados.

A estas infra-estruturas juntam-se as iniciativas locais ao nível das

paróquias para a promoção de pequenos projectos de geração de rendas

(moageiras, criação de animais de pequena e grande espécies, cantinas,

pequenas padarias e machambas).

Principais parceiros da Diocese na implementação dos programas

No exercício de suas funções, constituem parceiros de implementação as

Direcções Provinciais de Educação, Saúde, Mulher e Acção Social,

Agricultura, Justiça; e abrange algumas Organizações Não-governamentais

Nacionais e Internacionais que actuam em projectos e programas sociais ao

nível do Niassa.

1.5. Avaliação do Programa de Acção da Diocese

Êxitos

Os programas de intervenção da Diocese contribuíram para que se

atingissem progressos significativos no desenvolvimento e implementação

de programas eficientes e eficazes que reflectem as reais abordagens e

responsabilidades para soluções dos problemas sociais da população no

Niassa; tais como:


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Incremento dos programas de evangelização, litúrgicas e

caquécticos que reflecte as actuais necessidades da vida cristã.

Criação de centros nutricionais em apoio aos serviços de saúde

materno infantil.

Criação dos serviços de caridade do centro de solidariedade para o

apoio, reabilitação e reinserção de desfavorecidos.

Criação de escolas comunitárias, projectos de formação profissional

e alfabetização, projectos de formação e capacitação de

profissionais de educação;

Programas de promoção da Justiça e paz, formação e promoção da

mulher dentro da componente dos direitos humanos.

Programas de advocacia em prol dos cuidados de infância, criando

escolinhas, centros infantis e orfanatos.

A criação de um centro de investigação cultural e de produção da

literatura em língua Macua-Xirima, que constitui não só um

mecanismo fundamental para programas de formação pastoral, mas

também pode impulsionar programas de alfabetização.

Criação dos postos de saúde comunitários que ajudam grande parte

das populações em zonas não abrangidas pelos serviços.

Problemas identificados

Importa realçar que dentro dos êxitos mencionados no ponto anterior,

existem outras iniciativas e diligências significativas que não foram

conformemente bem sucedidas; por outro lado, os êxitos nos pontos

listados poderiam ter sido maiores, facto que leva a diocese a recapitular

sobre o que foi e como foi feito até ao momento; de modo a melhorar

sistematicamente a forma de actuação para o futuro.

De uma forma geral, os problemas que afectam a diocese resumem-se em

lacunas na máquina administrativa da instituição, ou seja os sistemas ou


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métodos de administração existentes são demasiadamente simplificados e

não correspondem ao tamanho da instituição e/ou à

produtividade/qualidade que se deseja.

Nesta óptica, verificam-se:

A ausência de um corpo executivo com os respectivos deveres

funcionais para assumir a função de coordenação executiva numa

instituição com a dimensão da Diocese,

A falta de definição clara das linhas de subordinação de projectos,

linhas de interacção e deveres funcionais das comissões diocesanas.

A simplificação do sistema de gestão das infra-estruturas de

rendimento,

Falta de processos e procedimentos de gestão e de produção,

Fraca visibilidade da real capacidade de rendimento de algumas

infra-estruturas, o que e dificulta o bom funcionamento de outras.

Ausência de um mecanismo padrão para programação, monitoria e

acompanhamento de actividades anuais, para obtenção de dados

estatísticos do progresso pastoral ao nível da Diocese.

Inexistência de material litúrgico em línguas locais.

Desafios

A Diocese assume como fundamental a criação de condições para o seu

auto sustento e de seus programas. No quadro hierárquico das prioridades

destaca-se a necessidade de reactivar a pastoral orgânica, a regularização

do património da diocese, harmonização do processo de planeamento e

implementação de mecanismos de monitoria, avaliação e acompanhamento.

Estes aspectos, constituem a alavanca para empreender-se a dinâmica

pretendida no quadro de mudanças estratégicas.

Do ponto de vista estratégico, os desafios vindouros no âmbito do plano

pastoral, podem ser agrupados nas seguintes áreas:


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Dinamização de uma pastoral activa a nível das comunidades,

paroquias e Diocese.

Infra-estruturas e património da Diocese de Lichinga

Mecanismos e capacidade institucional de gestão e coordenação

Implementação do quadro de planeamento coordenado e de

prestação de contas para reflectir as responsabilidades ao nível das

comissões diocesanas;

Rentabilização de infra-estruturas de rendimento.

PARTE 2 : ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

(Onde pretendemos estar em 2014)

2.1. Visão

Uma igreja formada por cristãos engajados nas comunidades de Fé e

de vivência fraterna, comprometidos na defesa da vida em todos os

níveis, da Paz, da Justiça e da Fraternidade, alimentados pela palavra

de Deus e da Igreja, manifestando assim a presença amorosa de Deus

no meio do povo.

2.2. Missão

A missão da Igreja é de ser protagonista no anúncio do Evangelho em

vista da defesa e promoção da Vida, da Saúde, da Justiça, da Educação

e dos Direitos Humanos, criando assim uma cultura do Amor, Respeito

e Liberdade, por isso organiza e desenvolve programas sociais,

caritativos e de desenvolvimento comunitário para a construção do

Reino de Deus.

2.3. Metas e Objectivos Estratégicos 2010-2014

Metas

O cumprimento da missão e o alcance da visão, desdobram-se em cinco

metas ou linhas estratégicas que se seguem:


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Meta 1

Registo, regularização do património da diocese, assim

como a revisão dos regulamentos ou acordos para o seu uso

e aproveitamento.

Indicadores Todo o património regularizado e com títulos de

propriedades actualizados

Meta 2

Organizar um amplo programa de pastoral coordenado e

abrangente a todas as pessoas com destaque a promoção da

mulher e da criança, para garantir a continuidade da missão

salvífica de Cristo.

Indicadores Melhoramento da capacidade de coordenar e interacção na

programação e implementação da pastoral

Meta 3 Desencadear um processo de auto sustentabilidade das

comunidades cristas, das paróquias e da Diocese, para

melhor atender e desenvolver as pastorais sociais e

caritativas, garantindo a sustentabilidade a partir de

recursos próprios.

Indicadores Aumento gradual de receitas internas, custeando as

despesas do funcionamento básico.

Meta 4 Desenvolver processos e procedimentos para gestão das

unidades produtivas, coordenação de serviços pastorais e de

caridade, e desenvolver a capacidade de gestão dos

respectivos gestores/coordenadores para salvaguardar a

aplicação racionalizada e a rentabilidade dos meios e

recursos.

Indicadores Implementação total de processos e procedimentos para

gestão e produção; melhoramento da gestão e produção

Meta 5 Desenvolver carteiras de projectos com sustentabilidade e

previsões de continuidade com pouca ou sem ajuda

financeira externa, ou com estratégias de saída.

Indicadores Redução de projectos em risco de paralisação por falta de

continuidade de financiamentos externos


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Metas – Objectivos – Principais Tarefas

Meta 1

Registo e regularização de todo o património da diocese,

assim como a regulamentação ou revisão dos regulamentos e

ou acordos para o seu funcionamento

Objectivo 1.1 Rever o estado do património da Diocese.

Indicadores Documentação apresentando o estado do património

da Diocese

Objectivo 1.2

Actualizar a lista do património da Diocese com vista a

sua regularização.

Indicadores Todo património Regularizado

Objectivo 1.3

Eliminar as ambiguidades ou actualizar os

regulamentos, memorandos de entendimento, acordos

de parcerias para a utilização dos meios e património

da diocese em parceria.

Indicadores Cópias dos acordos ou memorandos de entendimentos

distribuído ate ao nível dos utentes

Objectivo 1.4

Desenvolver uma advocacia contínua junto dos

parceiros ao nível da província e distritos para

promover a boa convivência e conjugação de esforços

para o bem comum.

Indicadores Melhoramento e aumento da frequência de consultas e

intercâmbio

Objectivo 1.5 Planificar o uso e aproveitamento das infra-estruturas

da diocese de acordo com as suas capacidades.

Indicadores Melhoramento gradual do uso e aproveitamento do

património e infra-estruturas existentes.

Objectivo 1.6

Criar um banco de dados para o registo e gestão do

património e actividades da diocese

Indicadores Existência de um banco de dados operacional


19

Principais Tarefas

Efectuar o levantamento de toda a propriedade ou património da

Diocese.

Organizar um banco de dados para assegurar a gestão do mesmo e

facilitar o planeamento de actividades.

Averiguar o estado e a legalidade do património.

Proceder a regularização das inconformidades.

Rever os acordos de parcerias, propor ajustamentos ao contexto actual e

propor mecanismos de acompanhamento da implementação dos

mesmos.

Promover contacto regular a todos os níveis para facilitar a interacção e

coordenação com o Governo e as Direcções Provinciais, agências de

assistência humanitária, Governos e Delegações Distritais com o

objectivo de:

o Maximizar as actividades de assistência socioeconómicas às

comunidades

o Partilhar informações para racionalizar os esforços e recursos

para o benefício da comunidade.

o Coordenar e estabelecer prioridades em apoio ao

desenvolvimento da comunidade.

o Minimizar a sobreposição de acções e projectos dos diferentes

actores.

Meta 2

Organizar um amplo programa de pastoral coordenado e abrangente a todas

as pessoas com destaque a promoção da mulher e da criança, para garantir

a continuidade da missão salvífica de Cristo.

Desenvolver estratégias para o fortalecimento dos


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Objectivo 2.1 programas de pastoral.

Indicadores Planos de intervenção trienal das comissões

diocesanas

Objectivo 2.2 Promover a coordenação de formações regionalmente

para catequistas e programar reciclagens de modo a

salvaguardar a coesão.

Indicadores Redução de formações singulares e aumento do

número de formações coordenadas regionalmente

Objectivo 2.3 Qualificar a formação dos agentes da coordenação

pastoral, dos animadores de comunidades, dos líderes

de grupos e núcleos eclesiais.

Indicadores Melhoria das intervenções dos agentes de pastoral.

Objectivo 2.4

Produção e distribuição de material de evangelização e

litúrgico.

Indicadores Aumento de material de evangelização.

Produção de materiais em línguas locais.

Objectivo 2.5

Promover a pastoral de caridade para fortalecer o

espírito de fraternidade e apoio às pessoas necessitadas.

Indicadores Aumento quantitativo e qualitativo em ofertórios.

A melhoria da qualidade de vida nas comunidades.

A redução da mortalidade infantil.

Objectivo 2.6

Promover intercâmbios e trocas de experiencias entre

animadores das diferentes comunidades e ou paroquias.

Indicadores

Número de encontros para troca de experiências.

Melhoria das intervenções dos agentes de pastoral.

Principais Tarefas

Fazer a reflexão sobre as metodologias e desenvolver um plano de

acção para revitalizar a pastoral de vocações tendo em conta o contexto

actual, o nível e tipos de tentações para a juventude na actualidade.

Sincronizar ou uniformizar a formação de catequistas e implementar o

sistema de refrescamentos ou reciclagens para garantir a coesão na


21

implementação de planos de catequeses

Fazer a reflexão e análise das tendências da juventude e desenhar

programas juvenis que atraiam mais jovens para igreja.

Preparar material de sensibilização e realizar reuniões periódicas para

evocar e realçar os benefícios do dízimo para as comunidades.

Formação das lideranças sobre a pastoral do dízimo, e sua importância

para a vida das comunidades, paróquias e Diocese.

Fazer a introdução gradual de programas de promoção de caridade com

base em temas mais concretos da comunidade para melhor cultivar a

virtude de caridade.

««««««««««««««INTERRUPÇÃO««««««««««««««««««

Meta 3:

Desencadear um processo de auto sustentabilidade das comunidades

cristas, das paróquias e da Diocese, para melhor atender e desenvolver as

pastorais sociais e caritativas, garantindo a sustentabilidade a partir de

recursos próprios.

Objectivo 3.1

Avaliar a pertinência e fazer estudo de viabilidade para

a mobilização, recuperação e operacionalização da

infra-estrutura geradora de rendimentos já existente.

Indicadores Planos fiáveis de recuperação e de gestão das infra-

estruturas de rendimento

Objectivo 3.2

Identificar, fazer estudos de viabilidade e preparar

planos de negócio para novas áreas de investimento no

quadro dos programas de auto sustentabilidade.

Indicadores Relatórios dos estudos de viabilidade e planos de

implementação para cada projecto de rendimento e

autosustento

Garantir a sustentabilidade da diocese e reduzir a


22

Objectivo 3.3 dependência para a manutenção e implementação de

programas internos.

Indicadores Aumento de rendimento das infra-estruturas que geram

receita

Objectivo 3.4

Desenvolver programas de capacitação para as equipas

de execução e implementação dos projectos de

rendimento.

Indicadores Aumento da capacidade e competências do pessoal

técnico ligado aos projectos de rendimentos

Principais Tarefas

Levantamento e avaliação das condições das infra-estruturas de

rendimentos para os novos desafios de geração de rendas, estudo e

avaliação do mercado.

Estudo e avaliação das implicações e requisitos das novas ideias para

projectos de auto sustentabilidade.

Elaborar planos de reestruturação e operacionalização de infra-

estruturas de rendimento já existentes.

Preparar planos de negócio para as novas áreas ou ideias de

investimentos para o auto sustento da diocese.

Tornar a Diocese num parceiro estratégico das direcções provinciais e

distritais

Meta 4:

Desenvolver processos e procedimentos para gestão das unidades

produtivas, e desenvolver a capacidade de gestão dos respectivos

gestores/coordenador para salvaguardar a aplicação racionalizada dos

meios e recursos.


23

Objectivo 4.1

Produzir processos e procedimentos de gestão das

unidades de produção de rendimentos, incluindo os

mecanismos e métodos de produção.

Indicadores Melhoramento dos mecanismos de gestão e de

produção

Objectivo 4.2

Produzir ou rever os termos de referência ou deveres

funcionais dos funcionários/trabalhadores em todos

sectores produtivos e de apoio.

Indicadores Deveres funcionais e fluxogramas de funcionamento e

responsabilidades para todos os funcionários.

Objectivo 4.3

Efectuar a análise das necessidades de treinamento e

capacitação com base nos deveres funcionais.

Indicadores Plano de formação e capacitação que reflecte as

lacunas existentes

Objectivo 4.4

Implementar programas de capacitação para reforçar o

nível de performance e de gestão.

Indicadores Melhoria da performance dos funcionários

capacitados

Objectivo 4.5

Implementar mecanismos de monitoria e avaliação do

progresso para permitir a rápida identificação de

inconformidades

Indicadores Regularidade dos relatórios de progresso mensal das

actividades

Principais Tarefas

Concepção e documentação dos processos de gestão e produção

Definição clara dos papéis e responsabilidades de cada membro

integrante ou funcionário para evitar sobreposições e lacunas.

Avaliação das reais capacidades e insuficiências do pessoal afecto aos

serviços e projectos.

Identificação de programas de treinamento ou capacitação para suprir


24

as lacunas identificadas; ou identificar pessoas com melhores

capacidades para as funções.

Implementação de programas de capacitação do staff para manter uma

capacidade institucional sustentável

Definição e implementação de mecanismos de monitoria e avaliação do

funcionamento do sistema de gestão e de produção.

Implementar sistema de avaliação individual da performance.

Meta 5:

Desenvolver carteiras de projectos com sustentabilidade e previsões de

continuidade com pouca ou sem ajuda financeira externa, ou com

estratégias de saída.

Objectivo 5.1

Empreender esforços para não haver conformismo

diante de financiamento externo.

Indicadores Promover iniciativas para gerar receitas

Objectivo 5.2

Responder às necessidades humanitárias com apoio

externo articulado com mecanismos internos para

continuidade

Indicadores Maior co-participação nos financiamentos de projectos

Objectivo 5.3

Garantir a coesão dos esforços para o desenvolvimento

social através de auscultações e coordenação de

iniciativas.

Indicadores Maior interacção com os parceiros provinciais na

concepção e implementação de projectos.

Objectivo 5.4 Garantir a observância e conformidade com o factor

custo e beneficio nos projectos.

Indicadores Concepção de projectos com maior impacto e menos

custos

Garantir a execução de projectos em conformidade


25

Objectivo 5.5 com as melhores práticas de implementação

Indicadores

Maior rendimento dos projectos

Principais Tarefas

Desenvolver esforços para financiamento interno mesmo diante de

garantias doações externas

Usar financiamentos externos como alicerces de programas e

iniciativas sustentáveis localmente na solução dos problemas.

Proceder consultas e auscultação das entidades e organizações com

envolvimento directo ou indirecto nas actividades sociais para

melhor:

o Definir prioridades, mecanismos e melhores práticas para

uma intervenção com sucesso;

o Planeamento e coordenação de projectos e trabalhos no

âmbito de apoio ao desenvolvimento social das

comunidades;

o Coordenar a execução das prioridades no quadro das

necessidades sociais das comunidades.

Direccionar os esforços de busca de financiamentos para a

sustentabilidade.

2.3. Resultados Esperados

Até 2014, a Diocese tenha estabelecido um programa de

funcionamento coordenado e com uma capacidade de autosustento

dos programas de carácter pastoral; e com capacidade de

participação de 10% em projectos sociais e de caridade

A diocese tenha actualizado e regularizado o património;

rentabilizando as infra-estruturas geradoras de renda.


26

Implementação coordenada dos planos pastorais, apresentação

sintonizada dos projectos e dentro das modalidades definidas pela

diocese

Impulsionar o processo de planeamento coordenado na elaboração e

execução de iniciativas para a área social.

Ter os mecanismos de gestão e acompanhamento para os vários

órgãos e sectores da diocese documentados

Ter um banco de dados para o registo e gestão de dados actualizado

e completo para trabalhos de planeamento, reportagem e estatísticas

Implementação de projectos com perspectivas claras de

continuidade ou com plano de saída

Aumento significativo da capacidade de gerar receita internamente

capazes de sustentar o exercício de actividades pastorais, sociais e

de caridade.

PARTE 3: ÁREAS DE FOCO ESTRATÉGICO (Como pretendemos alcançar a nossa visão)

A parte 3, identifica a trajectória da diocese a partir do estado actual

(conforme define a Parte 1) em direcção ao ponto onde deseja estar em

2014 (conforme descreve a Parte 2). Resumidamente, apresenta as áreas

chaves ou a listagem de programas de intervenção que consubstanciam as

linhas estratégicas de desenvolvimento:

Papéis e Responsabilidades dos órgãos/sectores da diocese

Desenvolver e Aumentar a Capacidade Institucional de Gerar

Receitas


27

Desenvolver a Advocacia e Aumentar a Coordenação e Consulta

para Planeamento de projectos

Reforço do Plano Pastoral:

o Formação

o Evangelização

o Dizimo

o Caridade

Os resultados esperados a curto e longo prazo são reflectidos no fim de

cada secção de formas a orientar os objectivos dos Planos Anuais.

Papéis e Responsabilidades dos Órgãos Executivos

De acordo com o Diretório Diocesano de Pastoral, a diocese tem a missão,

o papel de unificar as acções dos sectores através do planeamento,

coordenação e controlo institucional. Para o funcionamento devido, a

Diocese criou comissões de especialidade, algumas de carácter

permanentes e outros de carácter temporária ou em função das

necessidades para facilitar e revitalizar o cumprimento dos programas

pastorais. Nesta óptica, para a implementação do plano estratégico urge a

necessidade de se adequar a estrutura executiva da seguinte forma:

O secretariado diocesano de pastoral já existente será dotado de

meios técnicos e espaço físico para o seu funcionamento. Para um

exercício pleno de suas responsabilidades, o secretariado será

coordenado por um membro sénior da Diocese com disponibilidade

e responsabilidade primária para esta função; onde os outros

membros executivos representando as comissões existentes para

permitir um acompanhamento significativo e adequado dos

programas, garantirão o a execução de funções coordenativas dos

trabalhos e servirão de ponto focal de cada área de especialidade.

Para mais detalhes ver o anexo 1;


28

Efectuar-se à actualização dos deveres funcionais das comissões

criadas, rever os sectores, actividades, projectos, e ajustar a sua

interdependência com as comissões para permitir a execução e

monitoria de programas.

Para melhor coordenação das actividades e programas ao nível

local, será feita a descentralização da responsabilidade de

coordenação e planeamento para as paróquias; devendo a paroquia

reportar ao SDP o desenrolar de todas as actividades das diferentes

comissões que decorem na sua área de jurisdição.

Realização de sessões plenárias ou de Coordenação com

regularidade, envolvendo as comissões;

O desenvolvimento de um Quadro Pastoral de Planeamento e a elaboração

de relatórios de progresso, basear-se-á nos mecanismos acima citados, no

sentido de optimizar os recursos para as tarefas, aclarar as

responsabilidades e, assegurar a interacção entre os diferentes sectores. A

observância do mecanismo acima referido, também proporciona a execução

combinada de tarefas e responsabilidades dos diferentes programas

pastorais facilitando a articulação, coordenação e cooperação entre os

mesmos. O Anexo 2, é um modelo do Quadro de Planeamento e

Elaboração Relatórios, incluindo os papéis e responsabilidades.

A Criação e desenvolvimento das linhas de articulação e o uso das metas

definidas no plano estratégico como base para planeamento anual de

actividades, combinado com o processo de acompanhamento e elaboração

de relatórios permitirá, a Diocese gerir as demais situações ou

inconformidades.


29

Resultados a Curto – Prazo

Desenvolvimento e implementação de um Quadro pastoral de

Planeamento e Elaboração de Relatório de Progresso dos programas

Ligação/Interacção das diferentes Comissões, sectores, projectos ou

ministérios relevantes facilitando a visualização do impacto que a

intervenção dos programas pastorais e projectos tem no

desenvolvimento social

Eliminação de processos repetidos, sobreposição de tarefas e

facilitação de alocação de fundos.

Resultados a Longo – Prazo:

Existência de um Quadro Pastoral de planeamento e Elaboração de

Relatório de progresso das actividades da pastoral

Optimização no uso de meios e recursos para a execução de planos

e projectos pastorais

Início da Coordenação ou gestão executiva do programa diocesano

Desenvolvimento e Melhoria da Capacidade Institucional

A acção e os programas da diocese de Lichinga são de tamanha

importância que lhes são confiadas responsabilidades de resgatar aos

valores e princípios morais da sociedade Moçambicana. No entanto, o

cumprimento desta missão deverá continuar por tempo indeterminado,

tendo em mente que o compromisso dos doadores não é eterno. Entretanto,


30

é nossa pretensão que todos os sectores e comissões Diocesanas sejam

financiados, capacitadas e equipadas para desempenharem o seu papel com

meios próprios.

A Diocese de Lichinga é uma instituição com capacidade reconhecida a

todos os níveis para a intervenção na formação humana, pela importância

do seu papel na sociedade, e pelo facto de possuir infra-estruturas de

rendimento capazes de suportar seus programas; a Capacidade de gestão e

de coordenação deverá passar por um programa de revitalização para

adequa-lo aos princípios mais actuais de gestão. Para a capacitação em

Gestão deverá implementar-se um sistema simplificado na qual solicita se

serviços de formadores para deslocarem se ao encontro dos beneficiários

(Lichinga) com vista a reforça a sua capacidade, de modos a responder as

necessidades actuais.

O plano estratégico pastoral, prevê também reforçar a capacidade de gestão

para a oficina mecânica, Escola de condução, serração/carpintaria e o

centro polivalente. Essas unidades de produção formarão o núcleo primário

da capacidade interna para gerar renda a médio e longo prazo; razão pela

qual, a sua reactivação é fundamental. De igual modo, está previsto o apoio

a iniciativas locais para o autosustento para o reforço da capacidade do

autosustento da diocese de formas a cumprir com o seu mandato de sem

dependência total de doações.

Este plano estratégico prevê um papel de grande relevância para as

paróquias no que se refere a coordenação e a prestação de relatórios. As

Paroquias farão a ligação com o secretariado diocesano de pastoral para

efectuar a prestação de relatórios dos sectores e comissões que funcionam

na sua área de jurisdição.


31

Resultados a Curto -Prazo:

Capacitação e desenvolvimento dos Gestores e técnicos do

secretariado diocesano de pastoral de acordo com a avaliação das

necessidades de formação

Capacitação e desenvolvimento dos Gestores e técnicos das

unidades de produção

Carpintaria, Escola de Condução, Oficina mecânica, Centro

Polivalente, financiados e equipados para assumir as suas

responsabilidades como unidades industriais.

Planos anuais de trabalho desenvolvidos para cada sector ou área de

serviço

Resultados a Longo -Prazo

Coesão no funcionamento efectivo de todas as unidades da Diocese

Desenvolvimento e Melhoria do Planeamento e Coordenação A Diocese definiu mecanismos de orientação para planeamento e modelo

de execução do topo para a base e, da base ao topo para a ligação entre o

nível central (Diocese) e local (Paroquias), com o propósito de conformar e

sincronizar as capacidades e experiencias existentes. As 21 paroquias, têm

a responsabilidade de coordenar e, de elaborar planos de trabalho

detalhados, envolvendo as comissões representadas na sua zona de

jurisdição de formas a conceber e implementarem os planos de trabalho

vinculados à visão estratégica.

Do ponto de vista estratégico, existem duas condições importantes para


32

efectivamente implementar o modelo supracitado: Primeira – refere-se ao

exercício de enquadramento dos projectos ou actividades frutos de

iniciativas desenhadas localmente, nas respectivas comissões de

especialidade como procedimento básico de funcionamento. A Segunda

condição, diz respeito às políticas e procedimentos para uma coordenação

efectiva entre o nível central (Diocese) e local (Paroquias). Este aspecto

está reflectido no Quadro Pastoral de Planeamento e Elaboração de

Relatório.

Resultados a Curto -Prazo

Desenvolvimento da capacidade institucional em planeamento

coordenado

Desenvolvimento do Processo de Planeamento coordenado e

sincronizado com partilha de dados.

Definição de estratégias anuais para a orientação do processo anual

de planificação.

Melhoramento dos planos anuais e o mecanismo de controlo e

monitoria

Resultados a Longo – Prazo

Quadro Pastoral Planeamento e Elaboração de Relatórios de

Progresso, absorvido e entendido, facilitando a articulação e

cooperação eficaz e eficiente entre os vários sectores, paroquias e

projectos no ciclo do planeamento, elaboração de relatórios e

coordenação

Pastoral e Formação humana


33

Pastoral

A parte 2 do plano descreve dos objectivos das actividades da pastoral,

como se seguem:

Estes objectivos são alcançáveis com base na actual capacidade pastoral,

com apenas arranjos de carácter coordenativos.

Os Planos de trabalho anuais detalhados, serão coordenados ao nível das

paróquias ou comissões, combinando os recursos gerados localmente e os

doados para financiar projectos específicos. No âmbito da implementação

dos mesmos, definir-se-á tarefas prioritárias com base nas estratégias

anuais definidas pela diocese, necessidades das paróquias e comunidades,

dos projectos e da disponibilidade de fundos para execução. A Diocese

apoiará a elaboração destes planos, bem como a monitorização progressiva.

No entanto, um dos pontos fundamentais do plano estratégico é,

direccionar as actividades de modo a enaltecer a identidade e valores da

diocese. Logo, é conveniente que a componente da evangelização, seja

parte integrante de qualquer projecto social. Para alcançar este ponto, o

Secretariado Diocesano de Pastoral deverá desenvolver e implementar um

programa para a incorporação de valores Diocesanos nos seus projectos e

programas de intervenção em geral e, em particular nas instituições de

ensino pertencentes à Diocese; isto de modo a assegurar a validação da

ética e valores da diocese.

Para o processo de acompanhamento da pastoral, o SDP desenvolverá um

programa de visitas e briefings às principais comissões e projectos. As

áreas focais para a realização de actividades da pastoral, inicialmente serão

para ajustar e responder as necessidades dos projectos de formação e

pastoral, nomeadamente: pastoral de vocações, evangelização. A Diocese,

envidará esforços para institucionalizar a organização regional de

programas de formação, e trabalhará em estreita coordenação com as

paróquias de formas a coordenar e apoiar na gestão dos programas

formativos.


34

A instituição confronta-se com dois desafios significativos, no que

concerne a sincronização de programas de formações. O primeiro, é a

realização de um levantamento das necessidades de formação pastoral,

tipos de formação. A segunda, é a conciliação das necessidades formativas

das paróquias, criar programas e capacidades regionais. Actualmente as

formações são programadas e executadas localmente sem obedecer um

mecanismo de controlo centralizado; facto que dificulta o processo de

definição de prioridades e controlo estatístico para a diocese.

Existem duas soluções ou abordagens para este problema: A primeira, é

efectuar-se levantamentos anuais, fazer a programação de formações na

base dos respectivos levantamentos e propostas das paróquias tomando em

consideração a capacidade (especificamente em recursos financeiros,

humanos e materiais). Neste contexto, para o SDP caberá a monitorização

do levantamento dos inquéritos temáticos em conformidade com as

necessidades e metas estratégicas estabelecidas pela diocese. A segunda, é

a definição centralmente em função das metas do plano estratégico, o que

são as necessidades, temas e prioridades para formação, produzir

programas anuais e solicitar a apresentação das listas de candidatos por

parte das paroquias.


Planos anuais de formação Pastoral e evangelização desenvolvidos

Coordenação e articulação entre as paróquias, Comissões

Diocesanas e principais ministérios por formas a garantirem uma

formação integrada e um intercâmbio assegurado

Institucionalizada a validação de programa de formação de

animadores, catequistas e outros servos….

Concretização do intercâmbio, troca de experiências e formação

continua


35


Padrão único para formação de Catequistas e animadores para o

exercício de suas funções

Plano de formação centralizado com execução descentralizada,

maior impacto e controlável.

Controlo de dados estatístico de formações e aumento da

capacidade formativa

Centro de Investigação

Uma componente de muito valor no processo de evangelização e formação

humana é a língua! O centro de investigação constitui um ganho não só no

contexto evangélico, mas sim do ponto de vista estratégico educacional;

pode ser a resposta já a muito procurada para acelerar o processo de

alfabetização. O processo de alfabetização na língua oficial constitui um

esforço duplicado, na medida em que o alfabetizado procura similar os

sinais da escrita recorrendo a uma língua que em certos casos pouco

domina.

De modo a secundar a estratégia de evangelização e da formação humana, a

investigação linguística não deve circunscrever-se apenas nas línguas

Macua e Xirimi; a Diocese precisa dotar o centro de meios e recursos para

ampliar a cobertura linguística, atendendo e considerando que a Diocese

tem a cobertura territorial que abrange os povos falantes de Ayao e Nhanja.

Resultados Esperados

Produção de material de evangelização, formação caquéctico,

bíblico e didáctico para o benefício das comunidades e crescimento

da diocese.


36

Educação

A Comissão Diocesana de Educação na sua missão educativa, preza por

uma promoção e desenvolvimento do sector ao nível da província. Jogando

um papel de relevo no sector educativo, contribui para uma das

componentes principais do programa de desenvolvimento do milénio com a

sigla MDG. A promoção continua para a redução do nível de analfabetismo

entre crianças e adultos junto das comunidades desprovidas de escolas

públicas; assim como a melhoraria da qualidade do ensino através de

aperfeiçoamento dos programas escolares e de formação de profissionais da

educação constitui a agenda primária deste sector. No âmbito da

implementação de programas de educação e actividades relacionadas, a

CDE tem uma avaliação positiva, primeiro pela classificação geral do

impacto de seus programas, segundo pelo resultado do trabalho de

consciencialização das comunidades sobre a importância e necessidade de

aderir à educação, e em terceiro pelas responsabilidades confiadas a este

sector pelo fórum de educação na província.

Atendendo ao crescimento dos serviços públicos de educação registado nos

últimos anos, a CDE redireccionará o foco da sua abordagem inicialmente

virada para o estabelecimento de escolas comunitárias em locais sem

escolas públicas; para a estratégia de consolidação da sua doutrina

educacional (Qualidade no Ensino), e para a introdução de novas classes e

programas, no sentido de possibilitar a continuidade com os estudos para o

elevado número de finalistas do primeiro ciclo fruto da expansão dos

serviços públicos de educação.

Este redireccionamento será implementado de forma a continuar a

responder as necessidades de contribuir continuamente para o crescimento

das próprias comunidades, no sentido de empreenderem as suas próprias

iniciativas de combate à pobreza através de melhoramento do ensino

comunitário. O actual desafio para a CDE é manter e continuar a leccionar

as classes já introduzidas pelo sistema público nas áreas onde coabitam

escolas comunitárias com as públicas.

Para melhor ultrapassar este desafio, deverá promover mais diálogo


37

demonstrativo com os encarregados para realçar a importância da qualidade

no ensino, assim como mostrar as vantagens de seus educandos

frequentarem escolas com ensino de qualidade.

Estas sessões podem ser incorporadas no plano normal de reuniões de

consulta com os encarregados; devendo apenas produzir uma apresentação

padrão com os valores e princípios da Diocese. Importa referir que é

importante agendar-se a primeira sessão sempre no inicio do ano lectivo

Do ponto de vista estratégico, a CDE deverá manter e melhorar a

interacção com o DPE (seu principal parceiro) de formas a manter-se

actualizado sobre os planos e identificar atempadamente as potenciais

tendências que poderão ter um impacto nos programas da CDE; e

identificar tendências de riscos emergentes, para planear apropriadamente

os mecanismos para soluções.


O foco do programa da CDE, redireccionado para a Qualidade no

Ensino e a introdução de novas classes e programas

Reforçado o processo de consultas e diálogo com encarregados e

alunos/ estudantes

Advocacia e acompanhamento contínuo dos planos de

desenvolvimento escolar do ensino público.


Contribuir para o cumprimento da meta nr ---- do programa do

desenvolvimento do milénio

Contribuir para a redução do nível de analfabetismo

Contribuir para o desenvolvimento do Niassa e da região norte


38

AUTOSUSTENTO

Com a tendente redução de financiamentos, a adopção de estratégias para

geração de rendimentos constitui plano de primeira necessidade de forma a

manter a diocese funcional, assim como para o financiamento dos

programas de carácter caritativas.

Do ponto de vista estratégico, a maneira de garantir a auto sustentabilidade

é assegurar que os sectores de produção de receitas tenham uma boa gestão

e que satisfaçam as necessidades do cliente, melhor que a concorrência. Por

isso, a formulação de um plano para o autosustento deve ter início numa

visão comercial; devendo primeiro determinar os produtos a oferecer a que

segmentos de mercado.

A principal decisão consiste na selecção das necessidades que vai satisfazer

e, em função disso, os produtos ou serviços que vai oferecer aos clientes.

Uma vez definidos os produtos, é necessário analisar a concorrência para

identificar as áreas de superioridade ou inferioridade relativa; Assim, em

função da análise dos clientes e da concorrência, por um lado, e das

competências próprias por outro, a diocese deverá gerir de uma forma

estratégica a venda de produtos ou serviços.

A reactivação do processo de geração de renda consistirá em 3 passos

importantes para a efectivação da estratégia. O Primeiro passo

compreende a realização de um estudo de viabilidade para avaliar o

mercado para cada serviço que a diocese pretende oferecer, avaliar

necessidades (qualificações, formações, meios técnicos, etc.) em função do

desafio que o mercado impõe para cada objecto social. O Segundo passo

consiste em produzir processos para a gestão dos empreendimentos e a

documentação dos procedimentos de produção de modo a criar

mecanismos de controlo efectivo e de prestação de contas. O Terceiro

passo consiste em implementar ou operacionalizar as áreas de produção

seguindo a observância do primeiro e segundo pressuposto.


39


Reestruturar e reequipar se necessário as áreas de produção já

existentes.

Operacionalizar as infra-estruturas de rendimento existentes

Iniciar novos projectos de rendimento com dados e estudos de

rendimentos

Redução gradual da dependência externa


Redução significativa da dependência de financiamentos externos

Auto-suficiência em recursos financeiros para custear despesas de

diocese e programas sociais e de caridade.

Saúde

Com apoio de doadores internacionais e parceiros nacionais, a Diocese

providencia a milhares de populações do Niassa, cuidados médicos através

de postos de saúde comunitários, apoio e acompanhamento a doentes

vivendo com o HIV/SIDA, doentes de Lepra, assim como cuidados

nutricionais a crianças e mães em centros nutricionais. Estes serviços

constituem um grande empenho em prol do cumprimento das metas

declaradas pelas NU para o desenvolvimento do milénio. A Diocese levará

avante o seu programa de saúde, e apoio aos que padecem de doenças

crónicas debilitantes.

Tutelado pela Comissão CDS, o programa Diocesano de saúde garante a

continuidade de cuidados médicos sendo determinado dentro do sistema


40

dos centros de saúde comunitários; os cuidados de apoio para os que

padecem de doenças crónicas (HIV, Lepra, etc..) serão articulados e

coordenados dentro de subprogramas e projectos específicos. Este

mecanismo abrange também os cuidados nutricionais. Neste contexto, a

CDS deverá ao elaborar os planos anuais, incorporar a componente

nutricional.

Do ponto de vista estratégico, a administração de comidas enriquecidas

pelos centros nutricionais não constitui um trabalho abonatório pelo facto

de não abordar a causa, entrando num ciclo de funcionamento vicioso. Por

outro lado, de acordo com o relatório da Monitoria da Situação de

Segurança Alimentar e Nutricional em Moçambique a província de Niassa

consta na lista das 4 províncias que registaram melhores resultados em

termos de colheitas.

Diante desta realidade, a CDS atesta como estratégia para mitigar a

situação da nutrição, a formação das comunidades sobre a matéria básica

nutricional. Constituído por 2 componentes, o primeiro que aborda o

cultivo de culturas nutritivas; e o segundo aborda a confecção das comidas

enriquecidas.

Para o melhoramento e desenvolvimento dos serviços de saúde comunitário

ou criação de novos serviços neste âmbito, a CDS empreenderá uma maior

advocacia junto da DPS de formas a haver sintonia e um clima harmonioso

na programação de projectos de intervenção.

Resultados a Curto -Prazo

Plano de acção para os postos de saúde comunitários

Programa de assistência a portadores de doenças crónicas

Intercâmbio contínuo com o DPS estabelecido

Estabelecido, o mecanismo de acompanhamento e elaboração de

relatórios regular

Capacitadas as comunidades sobre o cultivo e a confeição de

comidas enriquecidas


41

Resultados a Longo -Prazo

Revisão das necessidades na área da saúde e combinação de

estratégias e recursos para a assistência às comunidades

Estabilizada a problemática da desnutrição

Advocacia

Desde 1975, altura da Independência de Moçambique as relações entre o

Governo e a Igreja Católica não estiveram no ponto desejado. Porem, nos

últimos anos os esforços empreendidos pelo Governo tem dado passos

significativos para o restabelecimento de relações no nível desejado.

Para a realização deste plano estratégico, a Diocese prevê engajar-se mais

em consultas para a coordenação de estratégias de modo a evitar

desperdício de esforços e recursos na implementação de projectos e

programas sócio económicos e culturais. Atendendo e considerando que

varias ferramentas e documentos legislativos, orientadores e estratégicos

com finalidade de promover o desenvolvimento de Moçambique e de

Niassa em particular estão disponíveis no Governo da Província; a diocese

ao mais alto nível e ao nível de suas comissões e paróquias, trabalhará em

estrita colaboração com as direcções provinciais e distritais para o bem

comum.

Resultado: Maior interacção nos programas de desenvolvimento social e

cultural, desenvolvimento sustentável da província.

Banco de Dados


42

A evolução tecnológica nos dias de hoje, condiciona de certa forma o

modus operandi na actualidade. A capacidade de uma instituição para gerir

e tomar decisões em tempo útil é condicionada à velocidade de acesso à

informação. Por este motivo, as tecnologias de informação tornaram se

indispensáveis no domínio do funcionamento de instituições, não só como

maquinas de escrever, mas sim como repositórios de grandes volumes de

informações de fácil consulta. Um dos passos importantes a ter em atenção

para o melhor funcionamento da Diocese, e fácil implementação do plano

estratégico pastoral é a criação de um banco de dados. Esta ferramenta

básicas, ajudará todas as Comissões Diocesanas a programarem melhor

suas actividades, dando lhes a possibilidade de reavaliarem as reais

necessidades das mesmas e prever a combinação de serviços e medir o

progresso das suas intervenções.


Armazenamento estruturado de dados

Facilidade de acesso e partilha de dados entre as diferentes

comissões e sectores

Alimentar o processo de planeamento.


Monitoria e avaliação do desempenho dos programas

Auditorias internas para avaliar grau de implementação

Estudos e análises estatísticas

Produção de relatórios


43

Implementação do Plano Estratégico 2010-2014

O Plano Estratégico, garante formas para que todas actividades decorrentes

no âmbito da Diocese procurem alcançar a visão, metas e objectivos

definidos. O mesmo proporciona um quadro de orientações para elaboração

de planos de trabalhos anuais (central e local) com regularidade, possibilita

a integração das actividades das Comissões Diocesanas nas estratégias

provinciais de desenvolvimento, promovendo o desenvolvimento social das

comunidades.

No âmbito da implementação do plano estratégico, várias actividades

deverão ser desenvolvidas, conforme reflecte o mesmo. Alguns exemplos

importantes são:

Cooperação da Diocese com as direcções provinciais relevantes e

doadores, de formas a iniciar o processo que assegura a inclusão da

componente estratégica do governo para o desenvolvimento da

província. Este processo implica a identificação dos projectos do

governo para a reconstrução e desenvolvimento social, para

rentabilizar os esforços para o bem comum.

Serão elaborados os planos de trabalho anuais a nível de cada

paróquia, em coordenação com as Comissões Diocesanas ao nível

local e submetidos à Diocese. Os referidos planos, basear-se-ão nas

metas traçadas, bem como nas actividades pastorais do ciclo

corrente; e que os mesmos constituirão as bases para elaboração de

relatórios e monitorização de maneira a medir o progresso anual

em prol dos objectivos e metas estratégicas;

O Quadro Pastoral de Elaboração de relatório e Planeamento será

usado para coordenar as actividades da diocese;

A primeira revisão do plano está prevista para acontecer 12 meses após

entrada em vigor, e tem como objectivo avaliar o progresso e reafirmação

as orientações dadas.


44

ANEXOS:

A. Quadro Pastoral de Elaboração de Relatório e Planeamento

B. Ciclo de coordenação das actividades

C. Quadro de Implementação do Plano Estratégico Pastoral

ANEXO A

Quadro Pastoral de Planeamento

O propósito principal do Plano Estratégico Pastoral 2010-2014 é de

proporcionar um quadro integrado para todas actividades e programas da

Diocese de Lichinga. Igualmente é fundamental, a criação de um quadro

pastoral para o planeamento e elaboração de relatório da seguinte maneira:

Parte 1: Fases da componente de planeamento

Parte 2: Fases da componente de elaboração de relatório

Parte 3: Modelo de implementação do plano

Parte 4: Prazo anual para o planeamento e elaboração de relatórios

Parte 1:

Fases da componente de planeamento

1º Criação e manutenção de um banco de dados, como principal

ferramenta a administração e para elaboração de todos planos da

Diocese:

o Registo de todos os programas de intervenção;

o Disponibilidade de dados em tempo útil;

2º Elaboração de planos de trabalho anuais pelas Comissões

Diocesanas, Paroquias, projectos etc..


45

o Definição das metas anuais para orientar o processo de

preparação de planos anuais;

o Interacção das Comissões com as Paroquias e Secretariado

de Pastoral, de formas a determinar e coordenar as

implicações e necessidades para as actividades e projectos;

3º Elaboração do plano anual pastoral da Diocese reflectindo os

planos de todos os sectores e projectos.

4º Repetir anualmente o ciclo a partir do segundo ponto.

5º Revisão do Plano Estratégico Pastoral depois dos primeiros 12

meses, e repetir o processo num intervalo bienal para avaliar o

progresso e reafirmar as orientações dadas

8º Elaboração de Novo Plano Estratégico Pastoral em 2014

Parte 2:

Fases da componente de elaboração de relatório

Criação de um sistema padrão para elaboração de relatórios de

progresso:

o Criação de sistema de codificação para cada actividade

para permitir a gestão de informação referente a cada

actividade;

o O Secretariado Diocesano de Pastoral, faz a monitorização

e informa regularmente ao Bispo sobre o progresso das

actividades.

Publicação do relatório anual sobre a assistência e actividades da

Diocese ao nível da província.

Avaliação de tempo em tempo do impacto social das acções da

Diocese


46

Modelo de Implementação do Plano Estratégico

Plano Estratégico 2010-2014

Plano de Trabalho Anual da Diocese

Planos Trabalho Anual(Paroquias)

Evangelizacoa

Educacao

Saude

Justica e Paz

CaridadeOutros

Resultados e Relatórios

Banco de

Dados

Planos Reconstrução

&Desenvolvimento

Do GP

Annex A

Quadro de Planeamento Pastoral da Diocese e Elaboração de Relatórios

Datas Actividades Responsável Obser

vações

01/11 Preparação de orientações

para o planeamento e a

apresentação da estratégia ou

meta para o ano

Secretariado Diocesano de

Pastoral

11-12 Preparação dos planos anuais

ao nível da base

Comissões, Paroquias, projectos,

instituições de rendimento

01/1 Elaboração do Plano anual da

Diocese

Secretariado Diocesano de

Pastoral

Mensal Elaboração de relatórios de

Progresso periódicos

Comissões, Paroquias, projectos,

instituições de rendimento

Trime

stral

Avaliação do progresso

periodicamente

Secretariado de pastoral

Revisão trimestral ou

semestral dos planos anuais


47

Anexo B

Ciclo de coordenação e reportagem

Anexo C

Implementação do Plano Estratégico Iniciativas de Implementação

2010 2011 2012 1013 2014

Património e

propriedade

Levantamento da

situação do património

já existente e proceder a

regularização

Proceder a revisão regularmente dos

acordos para o uso e aproveitamento

por terceiros, e regularizar novo

património no acto da aquisição

Programas da

Pastoral

Rever e conceber mecanismos

de evangelização de acordo com

o grupo alvo

Produzir, reproduzir

material evangelização

Desenvolver planos e

mecanismos para

implementar

formações regionais

Implementação de formações

regionais, Intercâmbios e trocas de

experiencias entre animadores.

Elaboração e implementação das actividades pastorais

Promoção da pastoral de dizimo e de caridade para fortalecer

o espírito de caridade e apoio às pessoas necessitadas


48

Programas de

Autosustento

Estudo de

viabilidade para

rentabilizar infra-

estruturas de renda

existentes

Aquisição de

recursos/ meios

recomendados

pelo estudo de

viabilidade

Implementação

da estratégia para

o autosustento

Elaboração de

processos e

procedimentos de

gestão e de produção

Implantação dos processos e

procedimentos de gestão e de

produção

Implementar

programas de

capacitação para as

equipas de execução

Implementação do sistema de

avaliação da performance para todo

Staff

Reciclagens periódicas

Estudo de viabilidade e implementação de novas iniciativas

de rendimento

Carteiras de

Projectos

Análise da

sustentabilidade

de projectos na

elaboração

Desenhar estratégia de saída para os

projectos sem hipótese de continuidade

fora de doações

Definir e implementar gradualmente os

mecanismos internos para sustentação

dos projectos exequíveis com esforços

internos

DIOCESE DE LICHINGA PLANO ESTRATEGICO PASTORAL · CCM Conselho Cristão de Moçambique ESPM Escola...

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