DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião
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Shevat / Adar I 5776 1
DINHEIRO EM XEQUECirurgião X
Cirurgião
2 Shevat / Adar I 5776
PRATICIDADE E QUALIDADE PARA TODA SUA FAMÍLIA
Shevat / Adar I 5776 3
4 Shevat / Adar I 5776
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O grande sábio Rabi Yis-
rael Meir Haco-
hen (1838–1933), o Chafets Chayim, alcançou
grande renome graças às suas obras haláchicas
e, principalmente, por seus livros que tratam
da grave transgressão da maledicência (lashon
hará). Seu nome tornou-se conhecido como um
dos maiores tsadikim de sua geração e de todos
os tempos.
Certa vez, quando voltava de carruagem de
uma viagem, o Chafets Chayim fez o cocheiro pa-
rar para um judeu que caminhava pela estrada
e ofereceu-lhe carona.
Depois de agradecer e entrar na carruagem,
o homem começou a conversar com o sábio.
Contou-lhe que estava a caminho de Radin para
conhecer e receber a bênção do grande tsadic,
o Chafets Chayim.
“Não sei por que você está fazendo todo este
esforço”, disse o sábio com humildade. “Não há
nada de especial para ver neste homem. Ele é
igual a qualquer outra pessoa.”
“Como você ousa dizer isso de um dos maio-
res sábios de nossa geração?!”, gritou o sujeito
indignado. De tanta raiva, ainda deu um tapa
na face do Chafets Chayim e saiu furioso da car-
ruagem.
Mais tarde, quando o homem conseguiu fi-
nalmente chegar a Radin e conhecer o grande
sábio, reconheceu o rabi como o homem no qual
ele havia batido. Chorando desesperadamente,
o homem caiu aos pés do Chafets Chayim em
prantos, pedindo perdão.
“Perdão?”, respondeu calmamente o rabi.
“Não há por que pedir perdão! Afinal, você es-
tava apenas defendendo a minha honra. Pelo
contrário; eu devo lhe agradecer por me ensinar
uma grande lição. Até hoje eu sempre soube do
imenso pecado que é menosprezar e falar lashon
hará dos outros. Hoje eu aprendi que também é
errado menosprezar a si mesmo.”
Mais que uma lição sobre lashon hará, esta
pequena história sobre o Chafets Chayim é uma
lição de autoestima.
A autoestima saudável é um fator essencial
para o bem-estar do ser humano. É também
um dos mais importantes fatores para que se
sirva a D’us satisfatoriamente. Existe, no entan-
to, o grande erro de confundir humildade, que
é uma das virtudes mais solicitadas pela Torá,
com baixa autoestima. A elevada autoestima e a
humildade, ao contrário do que muitos pensam,
não são excludentes, mas sim complementares.
A autoestima está relacionada com a capaci-
dade de nos conhecermos plenamente, identifi-
car as virtudes e corrigir nossos vícios. Somente
assim podemos usar nossas qualidades de forma
positiva.
Um indivíduo inteligente, que possui baixa
autoestima e acredita ser tolo, não está sendo
humilde, mas sim se enganando. Esta pessoa
dificilmente poderá usar sua inteligência de ma-
neira construtiva, para estudar a Torá e crescer
espiritualmente. Ao contrário; justificará seus
erros afirmando a si mesma que são frutos de
sua falta de capacidade.
A humildade, por outro lado, implica no co-
nhecimento de que as qualidades que o indiví-
duo possui são uma dádiva Divina. Além disso,
saber que, por mais que nos aperfeiçoemos ou
façamos, estaremos sempre em débito com toda
a Bondade que Ele nos faz.
O maior exemplo de humildade e amor-pró-
prio complementares é o de Moshê Rabênu. A
Torá diz que não houve homem humilde como
Moshê. Ainda assim, Moshê estava ciente de sua
capacidade, pois de que outra forma poderia
liderar o povo por mais de quarenta anos?
O amor-próprio baseia-se no reconhecimen-
to da própria capacidade, do que se pode fazer.
Já o orgulho e a vaidade são os sentimentos de
que se deve ser admirado e exaltado pelo que
se fez.
O Chafets Chayim escreveu grandes obras
porque sabia que era capaz de fazê -lo. Isso
indica uma autoestima saudável. Porém, ao
terminar tais obras, não acreditou que merecia
reconhecimento ou glórias por elas. Julgou que
estava apenas tentando cumprir com sua obri-
gação. Isto sim reflete humildade.
Editorial
6 Shevat / Adar I 5776
Nesta EdiçãoNº 142
Capa:
Essas Crianças Maravilhosas...
Pensando Bem I, pág. 13.
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Expediente
4744Aconteceu “Shevat / Adar I”.
54Infantil “Rabi Yehudá Hanassi e Antonino Pio César”.
Datas & DadosDatas e horários judaicos, parashiyot e haftarot para os meses de Shevat e Adar.
24Leis e Costumes “Leis de Bircat Cohanim”.Rabino I. Dichi
19Variedades IV“Maravilhoso Mundo Animal”.
17Variedades III“Pelo Brooklyn Battery”.Rabino Pessach J. Krohn
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Nossa GenteAcontecimentos que foram destaques na comunidade.
30
39Dinheiro em Xeque “Cirurgião x Cirurgião”.A lei judaica sobre casos monetários polêmicos do dia a dia.
8Variedades I“Eli Cohen e seu Irmão Maurice”.
12Mussar “Humildade”.Rabino Zvi Miller
42Passatempos “Palavras Cruzadas e Ilusão de Ótica”.
13Pensando Bem I“Essas Crianças Maravilhosas...”.Rabino Avraham Dayan
38Pensando Bem II“Pensametos”.
15Variedades II“Interrogado Pela Cheka”.Rabino Pessach J.
Krohn
40VisãoJudaica“A Presença Divina”.Rabino I. Dichi
51De Criança para Criança“O Franco Atirador”. Chayim Walder
8 Shevat / Adar I 5776
Eli Cohen e seu Irmão MauriceEm 18 de maio de 1965, o governo da Síria executou Eliyáhu ben Shaul Cohen, apesar dos protestos de Israel e de vários líderes mundiais. Não lhe foi permitida uma defesa justa em seu julgamento.Eli Cohen foi brutalmente torturado durante os interrogatórios sírios, desafiando todo tipo de direito internacional humanitário. Seu corpo nunca foi devolvido à sua família.Nascido no Egito, Eli Cohen representou uma das tentativas mais memoráveis e ousadas de infiltração israelense na inteligência síria que, na época, controlava as Colinas de Golã e frequentemente bombardeava os colonos israelenses próximos da fronteira.
Variedades I
Eli Cohen
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Eliyáhu ben Shaul Co-
hen trabalhou
como agente do Mossad em Damasco,
Síria, sob o pseudônimo de Kamal Amin
Taabet de 1962 até 1965. Cohen foi ca-
paz de fornecer detalhes consideráveis
sobre questões políticas e militares síri-
as graças a laços estreitos que formou
com as empresas, militares, líderes do
Partido Baath e com o próprio presiden-
te sírio, Amin el Hafiz.
Eli estava a par de segredos da
elite síria, incluindo os de segurança
nacional, e foi considerado a ser no-
meado como vice-ministro da defesa
da Síria. Ele foi o único civil a receber
autorizações a visitas às instalações mi-
litares sírias.
Como resultado de sua influência,
Eli enviou relatórios altamente infor-
mativos para Israel, detalhando o pro-
jeto de desvio de água síria e todos os
postos avançados no Golan, incluindo
armadilhas de tanques destinados a
impedir ataques israelenses.
A influência de Eli sobre funcionári-
os sírios ajudou Israel sobremaneira.
Eli sugeriu que os sírios plantassem ár-
vores no Golan perto de cada uma de
suas bases. Assim, apenas observando
os eucaliptos, Israel sabia exatamente
onde havia fortificações sírias.
Os sírios e seus assessores russos
ficaram alarmados com a inteligência
que estava vazando para fora do país.
Os especialistas em segurança da Rús-
sia altamente vigilante, equipados com
dispositivos de coleta de inteligência
técnica muito sensível, identificaram
a origem das transmissões na capital
síria – a casa de Eli. Um dia, em janeiro
de 1965, membros da inteligência síria
invadiram sua casa no meio de uma
transmissão. A figura líder no arrom-
bamento era o chefe da inteligência
síria, o coronel Ahmed Sudani. Eli foi
pego em flagrante e não havia nada que
pudesse fazer.
Dois anos após sua morte, em ju-
nho de 1967, fazendo uso das informa-
ções fornecidas por Eli Cohen, Israel
capturou as Colinas do Golã em dois
dias como parte da vitória na Guerra
dos Seis Dias.
Variedades I
Maurice Cohen
10 Shevat / Adar I 5776
A História do Irmão, por Maurice
Cohen
Maurice Cohen, trabalhou para o
Mossad em um projeto especial na dé-
cada de 1960. No início, Maurice não
sabia quem estava enviando as mensa-
gens que ele decodificava. Com o pas-
sar do tempo, Maurice começou a sus-
peitar que elas estavam sendo enviados
por seu próprio irmão Eli. Eis a seguir
a incrível história de Maurice Cohen.
Enquanto Eli estava na Síria, eu
servi na unidade de inteligência res-
ponsável por suas atividades. Eu codi-
ficava as transmissões enviadas a ele
e decodificava as que recebíamos de
volta.
No início eu não sabia para quem
eram enviadas as mensagens. Mais
tarde descobri que o destino era Da-
masco, e que nosso agente era meu
próprio irmão, conhecido pelo codino-
me de Kamel Amin Tabet.
Como parte do meu trabalho, eu
tinha todos os códigos secretos usados
na comunicação com ele. Ele e seus
chefes israelenses por vezes enviavam
uma mensagem pessoal no final das
transmissões.
Certo dia, recebi a seguinte men-
sagem no final de uma transmissão:
“Será que Nádia recebeu a máquina
de costura que enviei?”. Não consegui
encontrar os códigos “Nádia” ou “má-
quina de costura” em meus manuais.
Assim, perguntei aos meus coman-
dantes qual era o significado daquelas
palavras. Sua resposta foi que era um
“código ultrassecreto, para o qual eu
não tinha habilitação de segurança”.
Por curiosidade, visitei minha cunha-
da Nádia naquele dia e percebi que ela
de fato tinha recebido uma máquina
de costura enviada por Eli.
Em outra mensagem enviada para
Eli, as últimas palavras foram: “Made-
moiselle Fifi a Commence a Marche”
– Senhorita Fifi começa a andar. Desta
vez, claro, não perguntei nada a meus
comandantes. Mas fui direto para a
casa de minha cunhada, e constatei
que minha sobrinha gordinha Sophie,
filha de meu irmão Eli, estava dando
seus primeiros passos, após tardar
um pouco mais do que a maioria dos
bebês. Isso estava preocupando Eli,
e a mensagem foi enviada a ele para
tranquilizá-lo.
Nesta ocasião, tive certeza de que
o homem por trás das linhas não era
outro senão meu irmão Eli.
Eli entraria em férias para visitar
Israel. Durante estes tempos, mensa-
gens falsas seriam enviadas para o
mesmo destino de sempre, a fim de
enganar o inimigo.
Um dos presentes que Eli trouxe
para sua filha era um par de chinelos.
Eram chinelos de veludo, com borda-
dos dourados, feito na Síria. O tama-
nho dos chinelos estava impresso nas
solas em algarismos arábicos. Fiquei
muito animado e perguntei a Eli onde
ele comprara aqueles lindos chinelos.
Eli respondeu sem hesitar: “Na Galeria
Lafayette em Paris”. Tornei as coisas
um pouco difíceis para Eli e continuei
perguntando se o tamanho dos calça-
dos são escritos em árabe na França.
Ele ficou um pouco inquieto e per-
guntou-me sarcasticamente: “O que é
isso? Um interrogatório? Eu disse que
comprei na França. Talvez sejam im-
portados de algum país árabe!”.
Eli se sentiu desconfortável e ten-
tou mudar de assunto. Ele me per-
guntou se eu tinha comprado uma
linha de telefone para o meu novo
apartamento. Eu tinha me mudado
recentemente e era difícil conseguir
uma linha telefônica naquela época.
“Você trabalha para o serviço postal,
por isso deve ser mais fácil para você
obter uma linha”, ele disse brincan-
do. Ele não sabia que eu estava tra-
balhando secretamente para a inteli-
Rua Baronesa de Itú, 336 Cj. 131 Higienópolis - São Paulo
(11) 3826-0933(Estacionamento com manobrista gratuito)
Variedades I
Shevat / Adar I 5776 11
gência do exército. Eu respondi que já
conseguira uma linha telefônica e que
lhe daria o número. Mas, em vez dis-
so, dei-lhe o número da linha telefôni-
ca de seu apartamento em Damasco.
Ele tinha enviado aquele número para
seus chefes muito pouco tempo antes
de sua viagem a Israel.
Eli começou a escrever o número,
mas parou no meio. Seu rosto ficou
vermelho. Sua inquietude ficou evi-
dente por um lapso mínimo de tempo.
Mas ele se acalmou imediatamente e
disse-me que precisava correr ao su-
permercado para comprar alguma coi-
sa antes de fechar.
Eli chamou seus comandantes na
base central e contou-lhes sobre o que
tinha acontecido com grande preocu-
pação. Disseram-lhe que não havia
nada para se preocupar, que deveria
ser uma coincidência. Antes mesmo
de Eli voltar para casa, fui convocado
para a minha base e avisado para não
discutir mais o assunto com Eli e não
revelar aquele segredo para ninguém.
Eu guardei esse segredo no fundo
do meu coração, impossibilitado de
compartilhá-lo com qualquer pessoa,
especialmente minha família. Eu sa-
bia que era uma assunto de segurança
máxima nacional.
Compreendi a postura corajosa
que meu irmão Eli tomou para defen-
der seu povo, colocando-se em peri-
go mortal. Este conhecimento rasgou
meu coração e colocou-me em um di-
lema terrível. Eu sabia perfeitamente
que Eli corria um risco enorme de ser
descoberto pelos sírios. Será que eu
deveria fazer com que a missão de Eli
fosse interrompida para salvar sua
vida e fazer com que voltasse para
sua família? Se fizesse isso, eu salva-
ria meu irmão, mas seria considerado
um traidor por meu povo. Ou eu deve-
ria desconsiderar as informações que
conhecia, outorgar a segurança de Eli
às mãos de D’us, e deixá-lo completar
sua missão para salvar a nossa terra
sagrada da destruição por um inimi-
go corrupto e enlouquecido? Não tive
escolha. Depois de uma longa ponde-
ração, eu sabia que deveria tomar a
segunda opção, a mais dolorosa.
O resultado da minha escolha é
bem conhecido – Eli foi finalmente
capturado e preso em Damasco. Foi
torturado com uma crueldade bár-
bara, muito angustiante de descre-
ver, antes de acontecer o pior. No
entanto, as informações recolhidas
por Eli ajudaram Israel a vencer a
Guerra dos Seis Dias e salvar-se da
destruição.
Eli dirigiu-se para sua morte
como um judeu orgulhoso, com a mi-
lenar oração “Shemá Yisrael” em seus
lábios. Ele pediu perdão a sua família,
e pediu que nos reuníssemos para re-
citar o Cadish para ele e para seu pai
de abençoada memória.
Variedades I
12 Shevat / Adar I 5776
O Talmud (Shabat 86) re-
lata que após
D’us ter dado a Torá a Moshê no Monte Sinai,
o Satan (o representante das forças negativas)
perguntou ao Todo-Poderoso: “Onde está a
Torá?” Ele respondeu: “A Torá está na Terra”.
O Satan desceu e procurou-a na terra e no mar,
mas não conseguiu encontrá-la. Ele voltou aos
Céus novamente e disse ao Todo-Poderoso que
não conseguira encontrar a Torá na Terra.
O Criador lhe disse: “Moshê tem a Torá”.
Ele desceu novamente e perguntou a
Moshê: “Você tem a Torá?” Moshê respondeu:
“Quem sou eu para o Todo-Poderoso me dar
a Torá?”
Depois disso, D’us perguntou a Moshê:
“Por que você está negando a verdade?” Moshê
respondeu: “Todo-Poderoso, o Senhor se deli-
cia com a Torá todos os dias! Como eu poderia
dizer que tenho a Torá?”
D’us, em seguida, declarou: “Já que você
é tão humilde, a Torá será chamada pelo seu
nome”. E, assim, a Torá é chamada de “Torat
Moshê” – a Torá de Moshê – até hoje.
No entanto, essa passagem precisa de
maiores esclarecimentos: se o Todo-Poderoso
deu a Torá a Moshê, como Moshê poderia afir-
mar ao Satan que não a tinha?
Moshê foi o mais humilde homem sobre a
face da Terra. Quando o Satan lhe perguntou
onde estava a Torá, não ocorreu a Moshê de-
clarar que a Torá estava em sua posse. Ele sa-
bia que seu conhecimento da Torá era apenas
uma gota no oceano comparado com o conhe-
cimento infinito e absoluto de D’us. Portanto,
ele respondeu: “Eu não tenho a Torá” – ou seja:
em comparação com o Criador, “eu tenho uma
compreensão meramente superficial da Torá”.
Moshê foi o maior dos nossos profetas, re-
cebendo a Torá diretamente de D’us no Monte
Sinai. Foi o ser humano que melhor entendeu
os ensinamentos contidos na Torá. Ainda as-
sim, não se considerava um mestre da Torá!
Foi por esta humildade que ele teve o mérito de
recebê-la, bem como a razão pela qual o Todo-
-Poderoso a chama de “Torat Moshê”.
A transmissão da Torá não depende de in-
teligência, mas sim de humildade!
Que possamos seguir o caminho humilde
de Moshê, para merecermos a nossa parte na
sagrada Torá!
Baseado no livro Siftê Chayim, escrito pelo Rabino Chayim Shmulevits (Polônia e Israel, 1902–1978)
HumildadeSeu crescimento pessoal depende dos maravilhosos ensinamentos do mussar
Mussar
Rabino Zvi Miller
Shevat / Adar I 5776 13
Ouvi esta história emocionante de um ex-soldado do exército israelense. Não me lembro exatamente o nome do jovem que me relatou os fatos, mas sua história é inesquecível. Dela constatamos que ações aparentemente pequenas podem resultar em consequências gigantescas e duradouras.
Aquele soldado da Tsavá não
conhecia bem o judaís-
mo nem se preocupava em cumprir qualquer
mitsvá. Contudo, quando teve a oportunidade
de conhecer um pouco sobre a Torá e suas re-
comendações, demonstrou grande interesse.
Aos poucos, o jovem passou a praticar al-
gumas mitsvot. O tempo foi passando, ele foi se
aprofundando nos assuntos judaicos e acabou
se tornando um observante fiel das leis da Torá.
Naquela época, o rapaz tinha a intenção
de casar-se com uma jovem que conhecera
na Tsavá. Entretanto, devido ao seu novo es-
tilo de vida, percebeu que já seria impossível
casar-se com aquela moça. Então, ele a chamou
para uma conversa franca e explicou que seria
melhor para os dois que se separassem e pro-
curassem outros companheiros com os quais
pudessem ser felizes.
A moça, entretanto, não se satisfez com as
explicações do rapaz.
– Isso não é justo! – disse ela. – Você
mudou completamente e eu não tive qualquer
chance de entender o porquê dessa sua decisão!
– Você tem razão. – Respondeu o rapaz. –
Por que você não procura conhecer um pouco
do judaísmo? Quem sabe ainda haja uma chan-
ce de nos casarmos e sermos felizes juntos. Há
uma pessoa muito especial em Benê Berac que
poderá ajudar-nos neste sentido. Ela se chama
Rabanit Batsheva Esther Kanievsky. Você po-
deria procurá-la e ouvir o que ela tem a dizer...
Como a jovem não tinha nada a perder,
resolveu aceitar a sugestão. Para não ir sozinha,
ela pediu para uma amiga acompanhá-la até a
casa daquela senhora.
Certa manhã, as duas jovens viajaram para
Benê Berac, em busca da Rabanit Kanievsky.
Chegando na cidade, elas tomaram um
ônibus que passaria em frente à casa do famoso
Essas Crianças Maravilhosas...
Pensando Bem I
Rabino Avraham Dayan
14 Shevat / Adar I 5776
Rabino Chayim Kanievsky Shelita e de
sua esposa.
Depois de alguns minutos no
ônibus, elas resolveram perguntar
para alguém em qual parada deve-
riam descer. Próximo delas havia um
garotinho de kipá e peot e elas lhe
perguntaram se ele conhecia a casa
do Rav Kanievsky.
– Claro que conheço! – exclamou
o menino prontamente. – Vocês podem
descer na próxima parada.
Poucos segundos depois, o ôni-
bus parou e as duas jovens desceram.
Então elas perguntaram novamente
a uma senhora que estava passando
na rua onde era a casa da Rabanit
Kanievsky.
– A Rabanit Kanievsky?! Não é
aqui! Vocês precisam tomar um ônibus
para chegar lá!
As amigas ficaram chateadas com
a situação mas, apesar disso, decidiram
pegar novamente o ônibus. Esperaram
outro ônibus e, com as informações
corretas daquela senhora, finalmente
chegaram na casa da rabanit.
Na porta da humilde casa havia
uma fila de pessoas que esperavam
para ser atendidas. As duas moças
também entraram na fila e ficaram
esperando sua vez.
Pouco depois, apareceu um me-
nino ofegante, procurando por duas jo-
vens da Tsavá entre as demais presen-
tes. Era o mesmo garoto que as amigas
tinham encontrado no primeiro ônibus.
– Puxa! Ainda bem que vocês en-
contraram a casa da rabanit! – disse
o menino para as duas moças. – Logo
depois que eu dei aquela informação,
percebi meu equívoco! Não sei como
eu pude me enganar daquela forma!
– Não tem problema!... Não foi
nada! Agora nós já encontramos o lu-
gar – disse uma das jovens, perceben-
do a preocupação do menino.
– Oh não! Eu causei um grande
transtorno para vocês! Eu vim até aqui
para pedir desculpas por todo o incon-
veniente. Por favor, não levem a mal.
Foi involuntário.
– Tudo bem, tudo bem, garoti-
nho! Nós não estamos zangadas! É
claro que nós o desculpamos – disse-
ram as moças surpresas e até meio
sem jeito.
– Muito obrigado – disse então
o menino. – Mas, apesar disso, eu sei
que também causei um prejuízo mone-
tário, já que vocês tiveram que pegar
o ônibus novamente. Eu ganho uma
mesada dos meus pais e posso repa-
rar este prejuízo. Por favor – disse o
menino esticando a mão com algumas
moedas – queiram aceitar o valor das
passagens do ônibus.
As jovens pegaram as moedas, o
menino pediu desculpas novamente e
saiu apressado.
As moças passaram alguns se-
gundos entreolhando-se e, finalmente,
a companheira daquela que esperava
os conselhos da rabanit disse:
– Eu não sei o que você está pen-
sando sobre tudo isso! Mas eu nunca
tinha presenciado uma situação tão
pura e bonita como essa em toda a
minha vida! Eu vim aqui apenas para
fazer um favor a você. Agora, depois
de ouvir as palavras desse garotinho,
tenho certeza de uma coisa: se é o
judaísmo que faz alguém agir desta
forma, eu quero conhecê-lo melhor!
Pouco depois, as duas moças en-
traram para conversar com a Rabanit
Kanievsky. A partir daquele dia, elas
passaram a se interessar mais e mais
pelo judaísmo autêntico, e tornaram-se
observantes das mitsvot da Torá.
Graças àquele garotinho de Benê
Berac, o rapaz que me contou essa his-
tória pôde se casar e ser feliz ao lado
daquela moça.
Hoje, eles também têm filhos
maravilhosos.
Pensando Bem I
Mauricio Dayan
TEL: 99933-8828/ 3666-0438
AULAS DE BAR-MITZVAH
Dê preferência a quem
colabora com a divulgação dos valores
judaicos
PRESTIGIEDê preferência
a quem colabora com a divulgação dos valores
judaicos
OS ANUNCIANTES DA
LEILÃO DE IMÓVEIS
Sami Raicher|LEILOEIRO OFICIAL JUCESP 930
e-mail: [email protected]
www.raicherleiloes.com.br
Shevat / Adar I 5776 15
Interrogado Pela ChekaEis uma história impressionante contada pelo Rabino Shemuel Dishon, diretor da Yeshivá de Karlin Stolin.Os acontecimentos sucederam-se durante os primeiros anos após a revolução russa e a tomada do poder pelos sanguinários bolcheviques.
No ano de 1917, os comunistas tomaram
o poder na Rússia e começaram sua
tirânica campanha para erradicar o judaísmo
do país.
Naquela época morava na cidade de Minsk
um rabino chamado Shie. Ele jurou que, custasse
o que custasse, continuaria cumprindo as leis da
Torá e ajudando outras pessoas a manterem a
prática do judaísmo.
Após tranquilos quatro anos, o rabino foi
“convidado” a comparecer à Cheka, a polícia
secreta russa criada em dezembro de 1917 por
um decreto de Vladimir Lenin.
O rabino colocou seus negócios em ordem,
despediu-se da família e preparou-se para o pior...
Ao chegar no quartel-general, foi introduzi-
do numa sala onde já o esperava um oficial da
polícia secreta.
Seu interrogador cumprimentou-o cordial-
mente em yídish e estendeu a mão espalmada
em direção a uma cadeira:
– Rabino Shie! Gostaria de sentar-se?
“Não era assim que esse tipo de interrogató-
rio era descrito pelas pessoas que tinham conse-
guido sobreviver a ele!”, pensou o rabino sozinho.
Vendo que o rabino estava gelado pela inde-
cisão, o interrogador disse-lhe:
– Por favor, sente-se rabino – e logo depois
O emblema ao lado é do ano de 1922, da polícia secreta russa “Cheka”, escudo e espada de Lenin, dirigida por “Felix de Ferro”, o ca-marada Felix Dzerzhinsky.
A primeira polícia secreta soviética – Comissão Extraordinária de Combate à Contra-Revolução e Sabotagem – fazia uso de terrorismo, tortura, assassinato e espionagem. Tinha sua própria unidade especial de elite militar e campos de concentração. Era totalmente separada da polícia criminal (MVD) e da inteligência militar (GRU). Espionava a todos e respondia apenas ao líder do Partido Bolchevique.
Em 1921, as Tropas Para a Defesa Interna da República (um ramo da Cheka) somavam 200.000 integrantes.
A Terrível Cheka
Variedades II
16 Shevat / Adar I 5776
Almoço executivotodos os dias!
Almoço executivotodos os dias!
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:DOMINGO A QUINTA 12h às 22h
SEXTA-FEIRA 12h ÀS 15h
Sob rigorosa supervisão doRabino Y. D. Horowitz Shlita
Alameda Barros, 782Tel: 3668.5424/3315.9400
A Esquina Israelenseem Higienópolis
perguntou: – Rabino Shie, quem sabe o
senhor e sua família gostariam de emi-
grar para Israel?
O rabino ficou indeciso por um ins-
tante. Mas se dissesse “sim” poderia
ser considerado um cidadão “desleal”.
– Não! – respondeu.
Percebendo que assim não chega-
ria a lugar algum, o interrogador foi
até um arquivo, puxou uma pasta com
quase vinte centímetros de espessura e
colocou-a em frente ao rabino.
– Rabino Shie, esta é a sua ficha –
disse o homem. – Nela tudo está deta-
lhado: cada mitsvá, cada criança que o
senhor ensinou, cada Berit Milá que o
senhor realizou...
O rabino olhou para o arquivo e
tremeu.
– Rabino Shie – continuou o inter-
rogador – nos últimos quatro anos, fe-
lizmente, eu fui designado a cuidar do
seu caso. Fui eu quem protegi e cuidei
do senhor. Agora eu estou sendo pro-
movido e, tenho certeza, não haverá
forma alguma de que as coisas conti-
nuem boas para o seu lado com uma
ficha como esta. O melhor que posso
fazer pelo senhor é ajudá-lo, e à sua
família, a emigrar para Israel.
O rabino não conseguia entender a
situação. Poderia até ser uma cilada do
governo para comprometê-lo.
– Vejo que o senhor não está me
reconhecendo – disse o interrogador,
revelando seu nome em seguida.
Imediatamente o rabino ficou cho-
cado. Aquele homem era, nada mais
nada menos que o filho de um grande
rabino que morrera muito jovem.
– Quero que saiba por que venho
protegendo o senhor todo este tempo
– continuou o interrogador. – Depois
que meu pai morreu, tudo ficou muito
difícil para minha família. Uma certa
sexta-feira, antes de começar o Sha-
bat, minha mãe foi correndo para sua
casa comigo no colo. Ela lhe implorou:
“Rabino Shie, que faremos? Não temos
nada em nossa casa para comer!” O
senhor estava vestido com seu longo
casaco preto de Shabat, usava um belo
relógio de ouro e uma corrente, tam-
bém de ouro. Sem hesitar por um ins-
tante sequer, o senhor esticou o braço,
pegou o relógio, deu-o a minha mãe
e disse: “Pegue isto!” Durante muitos
meses vivemos com o dinheiro que con-
seguimos com a venda daquele relógio.
Eu nunca me esqueci disso!”
* * *
Depois de contar essa história, o
Rabino Dishon concluiu: “Não pense
que quando você auxilia alguém, está
apenas ajudando tal pessoa. Na reali-
dade, está ajudando a si mesmo!”
Meor Hashabat Semanal
A Família SterenfeldA Família Sterenfeld
Deseja muito sucesso,paz e alegrias
a todos os amigos da Kehilat
Mekor Haim
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Variedades II
Shevat / Adar I 5776 17
Pelo Brooklyn BatteryMuitas vezes, todos os judeus são julgados pelas ações de um único judeu. Portanto, quando um judeu faz um kidush Hashem – santifica o nome de D’us – isso reflete sobre todo o povo. Analogamente se, tragicamente, faz um chilul Hashem – profana o nome de D’us – isso reflete miseravelmente sobre toda a congregação de Israel. Portanto, ser judeu não é apenas um privilégio, mas uma responsabilidade.
Um dos colegas de Reuven dirigiu-se a
ele e disse que o rabino supervisor
da yeshivá, o “mashguíach”, pediu-lhe que o
convidasse para uma conversa em seu escritório.
Ele empalideceu um pouco.
Há alguns anos atrás, a senhora Chaya
Kleinbart, moradora de Boro Park, NY, estava
grávida, esperando seu sexto filho. Quando o
trabalho de parto começou numa certa manhã,
ela disse ao seu marido, Yidel, que tinham de
correr para o hospital Monte Sinai, em Manhat-
tan, para ter o nenê.
“Agora é a hora de maior tráfego! Como che-
garemos a tempo?”, Yidel perguntou ansioso.
“Não se preocupe, chegaremos lá!”, sua esposa
assegurou-lhe, um pouco nervosa.
Dirigir pelas ruas de Boro Park foi tranquilo,
mas a avenida para Manhattan estava aterro-
rizante: as ruas estavam entupidas de tantos
carros. A cada minuto que passava, aumentava
o medo de Yidel de que não chegariam ao hos-
pital a tempo.
O caminho mais rápido para Manhattan era
através do túnel Brooklyn Battery, mas as filas de
carros que se espremiam em direção ao túnel pa-
reciam não ter fim. Desesperado, Yidel entrou na
Variedades III
18 Shevat / Adar I 5776
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faixa reservada aos ônibus e táxis e di-
rigiu rapidamente – um carro solitário
em meio a todos os táxis amarelos e
ônibus. Quando chegou na cabine do
pedágio, Yidel passou reto sem pagar
a tarifa.
Logo que saiu do outro lado do
túnel, um policial, notificado sobre o
“crime” de Yidel pelas autoridades lo-
cais, abordou o carro.
– O que está acontecendo aqui? –
perguntou o oficial.
– Minha esposa está em trabalho
de parto! Nós estamos correndo para
o hospital para ter o bebê! – exclamou
Yidel afobado.
– Por que você não nos chamou?!
– gritou o policial. – Nós os teríamos
escoltado até lá. Vá logo! Prossiga!
Yidel retomou sua corrida e eles
conseguiram chegar ao hospital Monte
Sinai a tempo. O nenê nasceu pouco
depois.
Naquela noite, Yidel voltou para
Boro Park, de Manhattan, pelo túnel
Brooklyn Battery. Quando chegou na
cabine do pedágio, entregou dois bilhe-
tes para o funcionário.
– Por que dois bilhetes? – pergun-
tou o coletor.
– Eu passei aqui de manhã e estava
correndo...
Antes que Yidel pudesse terminar
a frase, o funcionário do pedágio falou
excitadamente:
– Oh! O que sua esposa teve? Meni-
no ou menina?
Yidel ficou impressionado.
– Como você sabe? – perguntou sur-
preso ao coletor.
– Nossos colegas nos disseram que
um rapaz como você certamente volta-
ria para pagar o pedágio! – respondeu
o funcionário.
Os encarregados da cabine de
pedágio e o guarda viram Yidel ape-
nas por alguns momentos. Mesmo as-
sim, estavam confiantes em fazer uma
análise deste tipo. A volta de Yidel para
pagar o pedágio foi um notável kidush
Hashem!
Entretanto, existem heróis des-
conhecidos e que não foram mencio-
nados nesta história: os maravilhosos
judeus que, em ocasiões anteriores,
agiram nobremente para causar tão
boa impressão dos judeus cumpri-
dores da Torá e das mitsvot aos en-
carregados do pedágio e do trânsito.
A admirável atitude do Sr. Yidel Kle-
inbart meramente reforçou aquilo que
os funcionários já acreditavam: que os
judeus que cumprem a Torá podem ser
apontados como pessoas honradas e
confiáveis.
do livro “Echoes of the Maggid” do Rabino Pessach J. Krohn. Publicado com permissão da
Mesorah Publications.
Jacob Freilich e Famíliadesejam paz
e prosperidade para todaa kehilá!
Edmond Khafif e família
Congratulam-se com a kehilá
pela passagem da festa de
Shavuot desejam muita
paz e saúde
para todo
Am Yisrael!
Variedades III
Albert Chouekee família
Parabenizam a
Congregação Mekor Haim
pelo belíssimo trabalho de
divulgação da nossa
sagrada Torá
Sra. Rina Hamoui deseja paz, saúde
e muitas alegrias
para toda a
comunidade
Variedades IV
MUNDOANIMAL
A intervenção diretA de um Autor do universo pode ser constAtAdA nA imensidão dAs gAláxiAs, nA perfeição do corpo humAno, nA mArAvilhosA
diversidAde dA botânicA e nA observAção do extrAordinário e impressionAnte
estranho... Macaco Narigudo! Esse
é o nome (aliás bastante sugestivo) do estranho “modelo” ao lado.Estranho e raro, ele vive na Ásia e seu grande nariz pode atingir até 7cm – e quanto maior, melhor! Os machos emitem sons através deste “instrumento” um tanto quanto inusitado para chamar a atenção.
forte A formiga Saúva
tem mandíbulas poderosíssimas, capazes de cortar e transportar folhas até 50 vezes mais pesadas que seu próprio corpo. Apenas para fins comparativos, seria o mesmo que um homem levantar um caminhão!Isso faz dela um dos insetos mais fortes do mundo.
carona Na imagem ao lado,
uma cena rara e surpeendente. Através da lente do fotográfo Phoo Chan é possível vermos o momento em que o corajoso corvo se aproxima e pousa tranquilamente em cima de uma águia-real. O mais supreendepente é que a ave de rapina não pareceu se incomodar nem um pouco em dar “carona” ao corvo.
Coraj
oso! Este pequeno prodígio é
um dos poucos animais capazes de enfrentar uma cobra-rei. Além de sua imensa habilidade para escapar dos botes da serpente, o “mangusto” ainda conta com mais uma arma a seu favor: é imune ao veneno da maioria das cobras.Tantas vantagens faz dele um verdadeiro exterminador de serpentes!
22
sorte A sequência de fotos traz um fato
no mínimo curioso. Depois de devorar sua presa, a leoa percebe a presença de um filhote de babuino tentando escapar da morte iminente. Inutilmente, ele tentava escalar uma árvore. Cuidadosamente, a leoa pega o babuíno sem que ele se machuque. Ela então o carrega pela boca e, num gesto de proteção, coloca-o entre suas patas. Depois de algum tempo, com a distração da leoa, o líder do grupo dos babuínos consegue recuperar o pequeno sobrevivente.
SURPRES
A! Essa veio direto da
Austrália! Angus James estava no meio de uma pescaria quando fisgou o peixe da foto. Na hora de libertá-lo, um susto: havia um sapo dentro de sua boca!O pequeno anfíbio, provavelmente muito grato, conseguiu fugir do que parecia a morte certa.
GULO
SO, eu?! A foto ao lado é o
registro da gulodice de um cormorão, também conhecido como corvo-marinho ou biguá.Pertencente à mesma ordem dos pelicanos, o cormorão já foi utilizado inclusive como ferramenta para a pesca artesanal no Japão e na China, assim como os falcões eram treinados a caçar pelos europeus.Mas e quanto ao nosso amigo, será que conseguiu dar conta desse peixão?
24 Shevat / Adar I 5776
Rabino Isaac Dichi
Leis de Bircat Cohanim
O “Sêfer Hachinuch” explica
que um dos funda-
mentos da mitsvá de Bircat Cohanim é que o
Todo-Poderoso quis abençoar Seu povo por meio
de Seus servidores (os cohanim) que estão sem-
pre presentes na casa de D’us, o Bêt Hamicdash.
Com o preceito de abençoar o Povo de Israel,
os cohanim cumprem três mitsvot “assê” (faça),
e assim D’us os abençoa igualmente, conforme
consta (Bamidbar 6:27): “Vaani avarechem – e
Eu os abençoarei”.
Quão errados estão os cohanim que saem da
sinagoga no momento de Bircat Cohanim e com
isto perdem a mitsvá e a bênção de D’us!
A berachá
Yevarechechá Ad-nay - Que teus bens sejam
abençoados [Rashi].
Veyishmerecha - E protegidos dos ladrões –
que não levem teus bens. Um ser humano que
presenteia seu próximo não tem condições de
preservar o presente dado para que não seja
roubado, porém D’us dá e protege [Rashi].
Yaer Ad-nay panav elecha - Que te mostre o
Criador Sua face sorridente [Rashi].
Que descubra teus olhos com a luz de Sua
Face para que possas olhar as maravilhas de
Sua Torá e de Seus atos e conseguir as tuas ne-
cessidades com Sua bênção [Seforno].
Vichuneca - Dê para ti simpatia [Rashi].
Vemos o quanto é importante cair em graça
aos olhos de D’us e dos homens.
Yissá Ad-nay panav elecha - Conterá Seu
nervosismo de ti [Rashi].
Para o mundo vindouro, como consta: “Tsa-
dikim yoshevim venehenim miziv Hashechiná
– Os justos estarão no Mundo Vindouro apro-
veitando do esplendor da Divindade” [Seforno].
Veyassem lechá shalom - E te colocará a paz
– o descanso do “shalom” para o Mundo Vindou-
ro, que é a eternidade sem punição, merecido
por cada indivíduo íntegro [Seforno].
Quando fazer Bircat Cohanim
Conforme o costume dos sefaradim, os coha-
nim fazem Bircat Cohanim na tefilá de Shachrit
diariamente, mesmo na diáspora. Nos dias que
há Tefilat Mussaf, os cohanim voltam a fazer
Bircat Cohanim em Mussaf.
Os ashkenazim, na diáspora, só fazem Bircat
Cohanim na oração de Mussaf dos yamim tovim
e do Yom Kipur. Em relação a Simchat Torá, há
quem a faz em Mussaf (e neste caso devem cui-
dar em não ingerir bebidas alcoólicas) e outros
costumam fazer em Shachrit.
Os próximos quatro parágrafos referem-se
apenas aos sefaradim:
Nos dias de jejum, como Tsom Guedalyá (3
de tishri), Assará Betevet, Taanit Ester e 17 de
Tamuz, os cohanim fazem Bircat Cohanim na
tefilá de Shachrit e na tefilá de Minchá, quando
esta for realizada próxima do pôr do sol.
No Yom Kipur os cohanim fazem Bircat Co-
hanim nas orações de Shachrit, Mussaf e Neilá.
Nos casos de taanit (jejum), que Bircat Co-
hanim é realizada em Minchá, próximo ao pôr
Leis e Costumes
Shevat / Adar I 5776 25
do sol, e na oração de Neilá em Yom
Kipur, a bênção deverá ser feita antes
do pôr do sol. Portanto, deve-se marcar
o início destas orações com antecedên-
cia, a fim de que haja tempo hábil para
os cohanim recitarem a berachá antes
do pôr do sol.
Em Tish’á Beav faz-se Bircat Co-
hanim somente na oração de Minchá,
e não como nos outros jejuns – quando
se faz também em Shachrit.
Procedimento
Os cohanim deverão fazer netilat
yadáyim sem berachá antes de Bircat
Cohanim, mesmo que já a fizeram ao
acordar. Um levi deve despejar a água
da netilá.
Durante a Chazará (a repetição da
Amidá), quando o chazan chegar ao
trecho de Retsê (ou antes), os cohanim
deverão deslocar-se de seu lugar em
direção ao duchan (local da bênção,
geralmente em frente ao hechal) já de
mãos lavadas para Bircat Cohanim.
Caso não tenham se deslocado logo
quando o chazan começou a dizer Ret-
sê, poderão ainda fazê-lo antes que o
chazan recite a palavra “modim”, para
chegarem ao duchan antes de o chazan
concluir a berachá de Hatov Shimchá
Ulchá Naê Lehodot e se posicionarem
de frente ao aron hacôdesh para a be-
rachá.
Se por acaso não se deslocaram do
lugar no início de Retsê, ou pelo menos
antes de o chazan pronunciar a palavra
modim, não poderão mais fazer Bircat
Cohanim nesta oração. Neste caso, o
cohen deve sair do recinto da sinagoga
antes que o chazan chame “cohanim”.
Antes de posicionarem-se em fren-
te ao aron hacôdesh, deverão tirar os
sapatos, tênis ou sandálias, com ou sem
cadarço, e nem mesmo deverão calçar
chinelos. Devem, porém, manter as
meias, pois não deverão fazer Bircat
Cohanim com os pés nus.
Devem cuidar em não deixar os sa-
patos à vista em respeito à sinagoga.
Se, para tirar os sapatos, necessi-
tam usar as mãos, devem tirá-los antes
da netilat yadáyim, pois toda vez que
se toca nos sapatos é necessário lavar
as mãos sem berachá.
Quando o chazan estiver recitando
a Chazará, ao chegar em Modim, todos
devem levantar-se e curvar-se para re-
citar o trecho Modim Derabanan com-
pleto (conforme consta nos sidurim ao
lado ou abaixo do trecho de Modim na
Amidá).
Quando os cohanim terminarem de
recitar o Modim Derabanan, devem di-
zer: “Yehi ratson milefanecha Ad-nay
El-hênu, shetehê berachá zu shetsivi-
tánu levarech et amechá Yisrael, be-
rachá shelemá velô yihyê báh michshol
veavon meatá vead olam [Sidur Tefilat
Yesharim pág. 101, Sidur Tefilat Yaacov
pág. 102] – Que seja Tua vontade, óh
Todo-Poderoso, nosso D’us, que esta
berachá que nos ordenaste em aben-
çoar Teu povo, o Povo de Israel, seja
uma berachá íntegra, que não haja nela
nenhum obstáculo e nenhum pecado de
agora e para sempre.”
Os cohanim devem procurar con-
cluí-la ao mesmo tempo que o chazan
concluir Hatov Shimchá, para que o
“amen” do público refira-se também
para o Yehi Ratson deles. Evidentemen-
te, os cohanim também devem respon-
der amen sobre a berachá de Hatov
Shimchá do chazan.
Os cohanim devem se colocar de
frente ao hechal e de costas para o pú-
blico, e esperar até que o chazan termi-
ne a berachá de Hatov Shimchá Ulcha
Naê Lehodot. Então o chazan deve di-
zer a palavra “cohanim”, conclamando
os cohanim para que comecem a recitar
a berachá.
Se for apenas um cohen que estiver
fazendo Bircat Cohanim, o chazan não
deve dizer “cohanim”, e o cohen deve
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26 Shevat / Adar I 5776
iniciar a bênção por si só.
Depois de ouvirem a palavra co-
hanim, pronunciada pelo chazan, os
cohanim recitam a seguinte berachá:
“Baruch Atá Ad-nay El-hênu Mêlech
haolam asher kideshánu bicdusha-
tô shel Aharon vetsivánu levarech et
amô Yisrael beahavá – A Fonte das
bênçãos és Tu, Eterno nosso D’us, Rei
do Universo, que nos santificaste com
a santidade de Aharon e nos ordenaste
abençoar o Povo de Israel com amor.”
Ao se aproximarem do fim da berachá
(antes da palavra beahavá), devem se
virar para o público pela direita, fican-
do de frente para eles.
Quando o público ouvir o nome de
D’us na berachá, deve responder “ba-
ruch Hu uvaruch Shemô”, e assim que
os cohanim concluírem a berachá, o
público deve responder amen.
Depois do término da berachá, o
chazan começa a ditar aos cohanim
palavra por palavra desde “yevareche-
chá” até “shalom”. Os cohanim deverão
proferir em voz alta e clara a bênção e
os versículos ditados pelo chazan.
Ao ouvirem a última palavra de
cada versículo – veyishmerecha, vichu-
neca e shalom – pronunciada pelos co-
hanim, o público deve responder amen.
Quando os cohanim terminarem de
recitar o nome de Hashem (as três ve-
zes), o público deve responder baruch
Hu uvaruch Shemô. O chazan, entre-
tanto, não deve responder baruch Hu
uvaruch Shemô nem amen após a reci-
tação dos cohanim.
O chazan não poderá conclamar os
cohanim dizendo “cohanim” enquanto
o público não tiver terminado de res-
ponder amen pela berachá de Hatov
Shimchá Ulchá Naê Lehodot. Por sua
vez, os cohanim não podem dar início
à berachá de Levarech et Amô Israel
Beahavá enquanto o chazan não ter-
minar de dizer cohanim. Igualmente, o
chazan não poderá começar a ditar o
texto aos cohanim enquanto o público
não terminar de responder amen após
a berachá de Levarech et Amô Israel
Beahavá.
Sempre deverá haver uma pausa
entre o que o chazan diz e o que os
cohanim repetem, e entre o amen ou
baruch Hu uvaruch Shemô do público
para o que o chazan for recitar, respei-
tando-se a fala de cada um.
Os cohanim deverão fazer Bir-
cat Cohanim com as mãos erguidas
na altura dos ombros. A mão direita
deverá estar um pouco mais elevada
que a esquerda. As mãos devem estar
espalmadas com o dorso para cima e
os dedos devem formar cinco espaços.
Conforme a Cabalá, as mãos devem
estar erguidas acima dos ombros, e a
direita um pouco mais elevada que a
esquerda.
Assim que o chazan começar a
recitar Sim Shalom (depois de Bircat
Cohanim), os cohanim devem voltar a
virar pela direita, ainda com os bra-
ços erguidos, até que fiquem de frente
para o hechal. Podem então abaixar
as mãos e devem recitar o trecho: “Ri-
bon Haolamim, assínu má shegazarta
alênu. Assê Atá má shehivtachtánu.
Hashkifa mimeon kodshechá min
hashamáyim uvarech et amechá et
Yisrael – Óh, Dono do Universo! Fize-
mos conforme nos ordenaste. Faze Tu
o que nos prometeste. Olha dos Céus
e abençoa o Povo de Israel.” Este tre-
cho deve ser prolongado para coincidir
com o chazan terminando a berachá
de Hamevarech et Amô Yisrael Basha-
lom, a fim de que todos respondam
amen pelas duas recitações ao mesmo
tempo. Evidentemente, os cohanim
também devem responder amen so-
bre a berachá de Hamevarech et Amô
Yisrael Bashalom.
Os cohanim não podem se deslocar
para voltar aos seus assentos até que
o público termine de responder amen
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Shevat / Adar I 5776 27
sobre a berachá de Hamevarech et Amô
Israel Bashalom.
Posicionamento do público
Quando os cohanim estiverem pro-
ferindo Bircat Cohanim, o público deve-
rá estar atento, ficar de pé e virado de
frente para os cohanim, mas não olhar
para eles. Não se deve ficar de costas
para os cohanim ou conversar no de-
correr da bênção.
As pessoas não devem se posicionar
atrás dos cohanim, mesmo que lateral-
mente, pois neste local não estarão in-
cluídas na bênção. Porém, os que estive-
rem na mesma linha (180°) ou para fren-
te, em qualquer lugar, ficam incluídos.
Casos especiais
No caso de um cohen que chegar
na sinagoga atrasado e ainda não tiver
rezado, se o público já estiver avançado
na tefilá, poderá assim mesmo fazer
Bircat Cohanim.
Todo cohen que proferir Bircat
Cohanim estará cumprindo uma mits-
vat assê da Torá (um dos 248 precei-
tos “faça”) como consta em Bamidbar
(6:23): “Cô tevarechu et Benê Yisrael –
Assim abençoareis aos filhos de Israel.”
Se um cohen já proferiu uma vez
Bircat Cohanim no dia, mesmo que o
chamem outra vez, não estará transgre-
dindo a mitsvá caso não vá. Mas se qui-
ser fazê-la outra vez, nada o impede, e
estará cumprindo novamente a mitsvá.
Caso o cohen estiver na sinagoga
quando o chazan chamar cohanim, ou
mesmo se lhe disseram algo como “vá
lavar as mãos”, e este, não tendo outros
impedimentos (no caso de qualquer
impedimento deverá sair da sinagoga
nesta hora), não subir para efetuar a
berachá dos cohanim, estará transgre-
dindo uma mitsvá da Torá.
Se por motivo de força maior, como
fraqueza, o cohen não puder fazer Bir-
cat Cohanim, deverá estar fora do recin-
to da sinagoga antes do chazan chegar
em Retsê para que ninguém o aponte
como inapto para fazer Bircat Cohanim.
Ao sair, deverá permanecer fora até o
término da bênção dos cohanim.
Quando o chazan for um cohen
Quando houver outros cohanim na
sinagoga e o chazan também for cohen,
a priori, não deverá fazer Bircat Coha-
nim. O público não deverá dizer a ele
que faça a berachá ou lave as mãos, e se
disserem deverá fazer Bircat Cohanim.
Quando o chazan for um cohen,
um membro yisrael deve ditar para os
cohanim.
Se ele for o único cohen presente,
para que a congregação não fique sem
Bircat Cohanim, deverá proceder da
seguinte maneira:
Quando chegar em Retsê deverá se
deslocar um pouco do seu lugar (para o
lado se for fazer lá mesmo Bircat Coha-
nim ou em direção ao duchan se for até
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28 Shevat / Adar I 5776
lá para fazer Bircat Cohanim) e seguir
no texto até hatov shimchá Ulchá naê
lehodot.
Se todo o público estiver posiciona-
do atrás dele, deve fazer Bircat Coha-
nim daquele lugar mesmo. Se há muitas
pessoas na sinagoga e ficarão atrás dele
quando virar-se para o público, deve
subir ao duchan e de lá fazer Bircat
Cohanim.
Já que é o único cohen, deve come-
çar sozinho a berachá sem ser concla-
mado com a palavra cohen.
Um membro yisrael deve ditar
para ele. Depois de recitar tudo, deve
voltar ao seu lugar de chazan e concluir
a Chazará (sim shalom...).
Cohen menor de idade
O cohen com idade inferior ao bar
mitsvá pode fazer Bircat Cohanim para
aprender a mitsvá, desde que saiba o
procedimento correto, o que acontece
a partir dos 9 anos aproximadamente.
Para tanto, é necessário que na sina-
goga haja outro cohen que já tenha bar
mitsvá fazendo Bircat Cohanim.
Quando completar 13 anos, um jo-
vem cohen pode fazer Bircat Cohanim
mesmo sozinho, apesar de ainda não
estar casado.
Cohen casado em proibição
O cohen que estiver casado com
uma mulher com as quais é proibido
ao cohen casar-se:
Guerushá – divorciada (mesmo
com guet),
chalutsá – uma viúva que fez cha-
litsá para não precisar fazer ibun (ca-
sar com o cunhado quando o marido
faleceu sem deixar filhos),
chalalá (filha de um cohen casado
com uma mulher divorciada ou chalutsá),
não judia,
ou outras mulheres proibidas pela
Torá ao cohen, não poderá fazer Bircat
Cohanim. Esta proibição mantém-se
até que se separe dela e faça uma pro-
messa pública que não mais se casará
com mulheres que lhe são proibidas.
O filho de um casamento de um
cohen com uma das mulheres que lhe
são proibidas, como guerushá, chalalá,
zoná, chalutsá, denomina-se “chalal” e
não tem nenhum relacionamento com a
kehuná (sacerdócio), portanto não pode
fazer Bircat Cohanim.
O cohen que se impurificou propo-
sitadamente com um morto que não é
um dos sete parentes descritos na Torá,
deverá comparecer perante um tribu-
nal rabínico e receber sobre si que não
mais se impurificará. Não poderá fazer
Bircat Cohanim enquanto não fizer isto.
Cohen em luto
Durante os sete dias de luto o cohen
não deve fazer Bircat Cohanim, e antes
de o chazan chegar a Retsê deverá sair
do recinto. O cohen ashkenazi deverá,
após os sete dias de luto, perguntar a
seu rabino como é o costume do lugar
que frequenta em relação a um cohen
enlutado após os sete dias.
Ausência de cohen
Nas orações que se faz Bircat Co-
hanim, se não houver um cohen pre-
sente na sinagoga, o chazan dirá o tex-
to: El-hênu Vel-hê avotênu barechênu
baberachá... como consta nos sidurim.
Nesta oportunidade, quando o chazan
pronunciar as palavras que terminam
os versículos (veyishmerecha, vichune-
ca e shalom) o público deve responder
“ken yehi ratson”.
Sonhos
Quem sonhou algo que possa ser
ruim, quando os cohanim estiverem
proferindo as palavras yevareche-
chá, etc. deve dizer o texto: Ribonô
Shel Olam ani Shelchá vechalomotay
Shelchá... conforme consta nos sidu-
rim (“Tefilat Yaacov” pág. 103, “Benê
Tsiyon” pág. 72, “Shaarê Tsiyon” pág.
73, “Chazon Ovadyá” pág. 120) e deve
procurar concluir este texto junto com
os cohanim, de maneira que quando
todos responderem amen (inclusive ele)
após Bircat Cohanim, coincida com o
término do seu pedido.
Do livro “Vaani Tefilá”
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Dr. Michel KalanskyCardiologista - Clínico Geral
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Shevat / Adar I 5776
Nossa GenteNascimentos
No Berit Milá do filho de Moshe Kacowicz
No Berit Milá dos gêmeos do R. Meir Koschland
Fotos: Shlomo G
oldfarb
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• Mazal tov pelo berit milá para as famílias: R. Avraham Nowosiolski, Arie Kahn, Avraham Michanie, Henry Hefetz, Isaac Dayan, Marcel Fain-tuch, Marcelo Sussyn, Mordechai Matityahu Sobel, Meir Koschland, Moshe Kacowicz, Raymond Aboulafia e Rony Chalom.• Mazal tov pelo nascimento da filhinha para as famílias: Alexander Friedman, Claudio Ejzenbaum, Dan Harari, David Dichi, Jairo Shnaider, Mauricio Grabarz e Uri Baroukh.
Shevat / Adar I 5776 31
Nossa Gente
No Berit Milá do filho de Raymond Aboulafia
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32 Shevat / Adar I 5776
Nossa Gente
No Berit Milá dos filhos de Rony Chalom
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Shevat / Adar I 5776 33
Nossa Gente
No Pidyon Haben do filho de Raymond Aboulafia
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34 Shevat / Adar I 5776
Nossa Gente
No Berit Milá do filho do R. Avraham Nowosiolski
No Pidyon Haben do filho de Moshe Kacowicz Fotos: Shlomo G
oldfarb
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Nossa Gente
Bar Mitsvá
No bar mitsvá de Yossef Michanie
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• Mazal tov aos jovens benê mitsvá: Gabriel Guindi, Ishai Michanie, Isaac S. Hazan, Issochor Dov Golovaty, Itzchak Aharon Granatowicz, Natan Kriger, Sony Jamous e Yossef Michanie.
36 Shevat / Adar I 5776
Nossa Gente
No bar mitsvá de Gabriel Guindi
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Shevat / Adar I 5776 37
• Mazal tov pelos noivados para as famílias: Michaan e Hazan (Rafael e Alessandra), Avi e Nathali (Freilich e Grynszpan), Dabaah e Szajnbok (Eliel e Yentel).• Mazal tov pelos casamentos para as famílias: Rosenbaum e Beer (Moishe e Chaye), Athias e Cohen (Mendy e Lea), Pluznik, Linker e Wajchenberg (Richard e Amanda), Hakim e Soued (Alberto e Nathalie), Levin e Laskowsky (Shlomo e Sara Beila), Horn e Korich (Ovadia e Daniella), Battat e Kattan (Reuven e Mazal), Candi, Chammah e Hamoui (Mauricio e Lara), Arazi e Kachani (Mike e Gabriela), Aben Athar e Bentes (Salomão e Esther), Saal e Tawil (David Uriel e Tsipora), Gandelman, Aker e Mandelbaum (Ariel e Liora), Beinisch e Sarue (Mayer e Adriana), Nigri, Marx e Triginelli (Bruno e Marina), Labkowsky e Begun (Zalmy e Etty), Pasternak e Dyekman (Levi e Esty), Spiro e Rosen-berg (Avraham Yeshayáhu Menachem e Chana Shayndel), Bergel, Lustig e Sancovschi (Michel e Rosane), Hamadani e Megrich (Jacques e Tathiana), Marcos e Szymonowicz (Freddy e Luana), Waissmann e Rosemberg (André e Karen), Morsel e Stern (Moishe e Dina), Rubinsztajn e Shaul (Moishe Aron e Nechama Bracha), Waitzberg e Landsman (Chaim Yehuda e Yocheved Shifra), Berkowitz e Grunberger (Moishe Arya e Brocha Faiga), Nigri, Marx e Triginelli (Bruno e Marina), Kramer e Sobel (Avi e Reizy), Adler e Mintz (Binyamin Beinish e Gila Chava).
Nossa Gente
No noivado de Chaim Yehuda Waitzberg com Yocheved Landasman em Israel
No noivado de Eliel Dabaah e Yentel Szajnbok
Siyum Massêchet Sotáh do grupo que estuda o Daf Yomi
Fotos: Shlomo G
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Casamentos
38 Shevat / Adar I 5776
PensamentosChame de verdadeiro lutador
somente quem sabe lutar consigo mesmo.
Não perca as pequenas alegrias aguardando uma grande felicidade.
Aprendendo a perder aprendemos a ganhar.
A única forma de vencer uma discussão é evitá-la.
Quem vence a si mesmo é o maior vitorioso.
Quem sabe perder ganha sempre.
A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.
Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam.
Se você acreditar que uma coisa é impossível, você a tornará impossível.
Pensando Bem II
Shevat / Adar I 5776 39
Dinheiro em Xeque
Aconteceu
com Efráyim, que tinha um problema
cardíaco e precisava realizar uma de-
licada operação de coração.
Seu médico lhe disse que ali mes-
mo, no país em que residiam, havia óti-
mos médicos especialistas neste tipo de
cirurgia. Apesar de não realizarem este
tipo de operação com frequência, estes
médicos teriam uma margem de 95%
de sucesso no procedimento. O médi-
co de Efráyim explicou também que,
no exterior, havia um especialista que
realizava este tipo de operação prati-
camente todos os dias, com a mesma
margem de 95% de sucesso.
O médico concluiu explicando a
Efráyim que, caso ele optasse por re-
alizar a cirurgia no exterior, a viagem
não lhe seria prejudicial.
Efráyim foi perguntar ao seu rabi-
no se valia a pena viajar ao exterior
para realizar a operação com o grande
especialista do exterior, apesar de as
chances de sucesso serem parecidas
com a dos médicos de seu país.
O veredicto
Esta pergunta foi feita ao grande
possec da geração, Rav Yossef Shalom
Elyashiv zt”l – sogro do Rabino Yitschac
Zilberstein shelita. O sábio respondeu
que, obviamente, deveria-se dar pre-
ferência ao médico do exterior, já que
ele estava mais acostumado a realizar
aquele tipo de cirurgia.
Este mesmo conceito é citado pela
Guemará em relação aos chazanim. A
Guemará (Taanit 15a) explica que deve-
mos colocar diante do “amud” – o local
onde o chazan reza na sinagoga – uma
pessoa idosa e acostumada. Sobre isso,
Rashi explica que deve ser uma pessoa
acostumada a rezar, que tenha as ora-
ções “na ponta da língua” e que, por
isso, não cometerá erros.
Aprendemos desta passagem, por-
tanto, o conceito de que alguém acos-
tumado com uma situação tem menor
probabilidade de errar.
Além disso, também consta nos co-
mentários dos Tossafot (San’hedrin 5a)
que não suspeitamos de que quem está
acostumado com as leis errará numa lei.
Portanto, no caso da cirurgia de co-
ração de Efráyim, seria melhor ele dar
preferência ao médico do exterior, com
maior experiência no assunto.
Do semanário “Guefilte-mail” ([email protected]).
Traduzido de aula ministrada pelo Rav Hagaon Yitschac Zilberstein Shelita
Os esclarecimentos dos casos estudados no Shulchan Aruch Chôshen Mishpat são facil-
mente mal-entendidos. Qualquer detalhe omitido ou acrescentado pode alterar a
sentença para o outro extremo. Estas respostas não devem ser utilizadas na
prática sem o parecer de um rabino com grande experiência no assunto.
Cirurgião X
CirurgiãoTodas as dúvidas e divergências monetárias de nossos dias podem ser encontradas em nossos livros sagrados!
40 Shevat / Adar I 5776
O Mishcan – o Tabernáculo – foi santuário
construído pelo Povo de Israel no deserto.
Esse foi o lugar escolhido por D’us para concen-
trar Sua Presença – a Shechiná. Futuramente,
em Êrets Yisrael, o Rei Shelomô construiu outro
santuário no lugar deste, que foi chamado de
Bêt Hamicdash.
Conforme ordena a Torá, o Tabernáculo de-
veria ser construído no deserto com oferendas
voluntárias do Povo de Israel.
A Parashat Terumá inicia com a seguinte
passagem sobre as oferendas para a construção
do Tabernáculo: “Daber el Benê Yisrael veyikchu
Li terumá – Fala aos Filhos de Israel e separem
para Mim uma oferenda”. O midrash relata que
este versículo está associado a outro versículo
do livro de Mishlê (4:2): “Ki lêcach tov natáti
lachem Torati al taazôvu – Que um presente bom
Eu lhes dei, a Minha Torá não abandonem”. Ou
seja: o midrash associa a mitsvá de donativos
para o Mishcan, o Tabernáculo, com a impor-
tância de estudar e cumprir os mandamentos
da Torá.
O midrash traz uma parábola para explicar
essa associação – entre a construção do Mishcan
e o estudo da Torá – e o fato de que o Povo de
Israel, a Torá e D’us são inseparáveis:
“Havia um rei que possuía uma filha única.
Como a uma princesa é apropriado um nobre
marido, um outro rei se ofereceu para casar-se
com ela. Após o casamento, seu pai se dirigiu
ao genro, dizendo: ‘Você acaba de casar-se com
a minha única filha, mas eu não posso aceitar
separar-me dela. Por outro lado, também não
posso negar que você a leve consigo. Portan-
to, peço que, em cada lugar que vocês estejam,
reservem para mim um aposento para que Eu
possa estar junto a ela.’”
Da mesma forma que o rei não podia se
separar da sua filha, assim também, D’us não
pode se separar da Torá, pois ela é “chochmat
Elokim”, parte da sabedoria Divina. Sendo as-
sim, D’us pediu ao Povo de Israel que construísse
um “aposento” para Ele na Terra – o Mishcan.
Essa é, portanto, a relação entre os dois ver-
sículos citados, entre a construção do Mishcan e o
estudo da Torá. D’us entregou a Torá para o Povo
de Israel, para que a estudassem, e pediu para
eles construírem um lugar onde a Presença Divina
pudesse estar concentrada – próximo da Torá.
A Presença DivinaNossos sábios ensinam que, desde o dia em que foi destruído o Bêt Hamicdash, o Todo-Poderoso só possui “quatro amot de halachá”. Ou seja, o único local que D’us escolhe para centralizar a Sua Presença é o lugar onde se estuda a Torá. Entre todos os locais do mundo, a Shechiná – a Presença Divina – escolhe os centros de estudo de Torá.
Visão Judaica
Rabino I. Dichi
Shevat / Adar I 5776 41
O Ramban (Nachmânides) também
explica a relação entre o estudo da Torá
e a Presença Divina. Além disso, ele
relaciona esses conceitos com o nível
espiritual do Povo de Israel e com a sua
redenção.
No seu prefácio do “Sêfer She-
mot”, o Ramban escreve que mesmo
depois de terem saído do Egito, os
Filhos de Israel ainda não estavam
livres. A galut – o exílio – deles só
terminaria na oportunidade que esti-
vessem em seu devido lugar, quando
alcançassem o nível espiritual de seus
antepassados.
Quando os Filhos de Israel saíram
do Egito, apesar de terem sido fisica-
mente libertos, ainda estavam no exí-
lio e ainda não tinham alcançado uma
elevação espiritual. Ao chegarem no
Monte Sinai e construírem o Mishcan, o
Tabernáculo, a Presença Divina pairou
sobre o povo. Só então eles atingiram
o nível espiritual dos seus ancestrais e
puderam ser denominados “gueulim”
– redimidos.
A gueulá (redenção) é alcançada,
portanto, quando o nível espiritual do
povo é elevado. Isso acontece com o es-
tudo da Torá. Quanto maior a presença
da Shechiná, a Presença Divina, mais
completa a redenção.
Rabi Chayim de Volodjin também
comenta a relação entre o estudo da
Torá e a Presença Divina. Em seu li-
vro “Nêfesh Hachayim” ele escreve
que aprendemos da passagem da Torá
(Shemot 25:8) que trata do Micdash,
o Santuário (o Tabernáculo também é
chamado de “Micdash”) que o homem
tem a possibilidade de se transformar
em um santuário, um “minimicdash”.
Com isso, ele pode receber a Presença
Divina.
Nesse versículo citado, consta: “Ve-
assu Li micdash veshachanti betocham
– E Me farão um santuário e morarei
neles”. Para explicar que D’us estaria
no Santuário, deveria constar na Torá
“e morarei nele”. O fato de constar
“e morarei neles” é uma referência a
cada judeu. A intenção da Torá é que
os yehudim devem fazer um Santuário
para D’us e Ele estará presente “neles”
– em todos os yehudim.
Quando o judeu se autopurifica es-
tudando a Torá e cumprindo as mits-
vot, torna-se um recipiente que contém
a Presença Divina. Assim, cada ato bom
que o yehudi realiza é como um tijolo
acrescentado em seu “santuário” in-
terior.
D’us escolheu o Povo de Israel para
outorgar a Torá e, portanto, cabe a nós
– da mesma forma que àquele genro
do rei – “reservar um lugar” para que
o Rei dos reis sempre esteja conosco.
Isto somente é possível através do es-
tudo da Torá.
Visão Judaica
42 Shevat / Adar I 5776
Passatempos
PersuadiuAdam
Casou-seCom Milcá
Capitalda Turquia
Sigla doestado deRondônia
14ª letra doalfabeto
Moeda corrente
na Indonésia
Um dosmeses do
ano
Ministro deEstado, na
China
A 24ª partedo dia
Símbolo donúmero 1
em romano
Um dosfilhos
De Yaacov
Símbolo dehora
Partedo
avião
Come-se noSêder dePêssach
Peça usadapara tapar
gargalode garrafas
e outrosfrascos
Capital da Letônia
Montamosem Sucot
Sufixodiminutivo
Símboloquímico
de carbono
Sobremesadoce
Símboloquímicode iodo
Aquilo quese exprime
por palavras
Símbolo de segundo
Sobrinho deAvraham
Recita-seem Purim
a “Meguilat”(?)
Um dosfilhos
de Yaacov
Cheias de(sufixo)
Rabi Meirde Lublin
1558-1616
Símb. químicode Nitrogênio
Capital doPeru
Um doslivros
da Torá
Símbolo químicode tório
Sigla doestado
do Ceará
Recita-seem
Shavuota
“Meguilat(?)”
Uma dasparashiyot
da Torá
Segmento dereta orientado
Rabi Yaacov ben Rabi Meir (1100-1171).Sábio com memória fenomenal e mente
brilhante. Tornou-se o líder da comunidadejudaica francesa após o falecimento de seu avôRashi. Suas palestras na yeshivá formaram a base dos comentários do Talmud conhecidos
como “Tossafot”. Muitos dos “tossafistas” foramseus alunos. Homem muito rico, trabalhou no
ramo de vinhos, diamantes e das finanças:
P A RRC U Z DA VL A S
SA A
Shevat / Adar I 5776 43
PersuadiuA
dam
Casou-se
Com
Milcá
Capital
da Turquia
Sigla do
estado deR
ondônia
14ª letra doalfabeto
Moeda
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Um
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Ministro de
Estado, naC
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A 24ª partedo dia
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bolo donúm
ero 1em
romano
Um
dosfilhos
De Yaacov
Sím
bolo dehora
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Peça usada
para tapargargalo
de garrafase outrosfrascos
Capital da Letônia
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da Torá
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Rabi Yaacov ben R
abi Meir (1100-1171).
Sábio com m
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brilhante. Tornou-se o líder da comunidade
judaica francesa após o falecimento de seu avô
Rashi. Suas palestras na yeshivá form
aram a
base dos comentários do Talm
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o “Tossafot”
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Ilusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de ÓticaQuantos pontos pretos há no quadro abaixo?
ILUSÃO DE ÓTICAILUSÃO DE ÓTICAILUSÃO DE ÓTICA
Passatempos
44 Shevat / Adar I 5776
Aconteceu
ShevatDia 29Yortsait do Rav Natan Tsvi Finkel, o Saba de Slabodka (5687/1927).
Dia 25Yortsait do Rav Yisrael Lipkin de Salant, mais conhecido como Rav Yirael Salanter, fundador do movimento Mussar (5643/1883).
Dia 4Yortsait do Rav Yisrael Abuchatsira, o Baba Sali (5744/1984).
Dia 1 .................................• Após serem advertidos por
Moshê Rabênu, os egípcios foram atingidos pela pra-ga de arbê – gafanhotos (2449/1312 a.e.c.).
• Hashem permitiu que Moshê Rabênu visse a Terra de Israel do alto de uma monta-nha (2489/1272 a.e.c.).
• De acordo com uma opi-nião, neste dia faleceram Shaul Hamêlech e seus filhos duzrante uma guerra em Guilboa (2883/878 a.e.c.).
• Yortsait do Maharam Sheik (5639/1878).
Dia 2 .................................• Yortsait de Asher, filho de
Yaacov Avínu, conforme algu-mas fontes (2320/1441 a.e.c.).
• Yortsait do Rav Meshu-lam Zussia de Anipoli (5560/1800).
Dia 3 .................................• Jerônimo José Ramos, um
mercador português, foi o último judeu conhecido a ser queimado vivo por praticar o judaísmo às escondidas (5515/1755).
• Yortsait de Rabi Yos-sef, admor de Amshinov (5639/1878).
Dia 5 .................................• Yortsait do Sefat Emet,
Rav Yehudá Aryê Leib de Gür(5665/1905).
• O exército russo liberou os 2.819 sobreviventes de Aus-chwitz (5705/1945).
Dia 9 .................................• Yortsait do Ran, Rabênu
Nissim (5136/1376).
• Yortsait do Rav Netan’el Chabuba de Damasco, autor do livro Corban Netan’el (5677/1917).
Dia 10 ...............................• Yortsait do Maharam Padua,
Rabi Meir ben Yitschac (5325/1565).
• Yortsait do Rav Shalom Mizrahi Didya Sharabi, o Rashash (5537/1777).
• Yortsait do Rav Yitschac Aizik Sher, rosh yeshivá de Slobodka (5711/1952).
Dia 15 ...............................• Tu Bishvat, Rosh Hashaná
Lailanot.
• Yortsait do Rav Chayim Mordechay Marguliot, autor do livro Shaarê Teshuvá (5583/1823).
Dia 16 ...............................• Yortsait do Rav Yoná Navon,
Rav do Chidá, autor do livro Nechpá Bakêssef (5497/1737).
Dia 17 ...............................• Purim de Saragossa. Para
instigar a ira do rei contra os judeus, um apóstata disse
a ele que, quando os judeus retiram os Sifrê Torá em honra do rei, os rolos da Torá não estão de fato dentro das caixas. Naquela noite, Eli-yáhu Hanavi apareceu para o shamash e instruiu-o a reco-locar os rolos da Torá dentro das caixas. No dia seguinte, quando o rei percebeu que a informação era falsa, ele ordenou que matassem o apóstata (5180/1420).
• Yortsait do Rav Chayim Fala-gi, autor de 72 livros sagra-dos (5628/1868).
Dia 19 ...............................• Os residentes de Basel,
Suíça, construíram uma casa de madeira, forçaram todos os judeus da cidade a entrar nela e queimaram-nos vivos (5109/1349).
• Yortsait do Rav Shemuel
de Slonim, o Divrê Shemuel (5676/1916).
Dia 21 ...............................• Yortsait do Rav Moshê
Galanti, o Rishon Letsiyon (5449/1689).
Dia 22 ...............................• Yortsait do Rebe de Kotsk
(5619/1859).
• Yortsait do Rav Yehuda Ariyê Leib Eiger de Lublin, o Torat Emet (5648/1888).
Dia 23 ...............................• Taanit tsadikim em memória
dos 40.000 binyaminitas mortos no incidente de Pilêguesh Baguiv’á.
• Os nazistas enviaram o primeiro transporte de judeus poloneses para campos de concentração (5701/1941).
Dia 26 ...............................• Yortsait do Rav David Halevi,
autor do livro Turê Zahav (5427/1667).
Dia 30 ...............................• Rosh chôdesh adar. Misheni-
chnás adar marbim bes-simchá – quando entra adar, acrescenta-se em alegrias.
Shevat / Adar I 5776 4545
Dia 13Yortsait do Rav Eliyáhu Eliêzer Des-ler, autor da obra Michtav Meeliyáhu (5714/1953).
AdarDia 13Yortsait do Rav Moshê Feinstein (adar II), autor da obra Igrot Moshê (5746/1986).
Dia 17Yortsait do Rav Shim’on Sofer, o Michtav Sofer, filho do Chatam Sofer (5643/1883).
Dia 1 .................................• Na época do Bêt Hamicdash,
neste dia começava-se a anunciar sobre a mitsvá de pagar machatsit hashêkel (vide início de Massêchet Shecalim).
• Yortsait do Rav Avraham Ibn Ezra (4924/1164 outros: 1194).
• Yortsait do Shach, Rav Shabe-tay Katz Hacohen, autor do comentário Siftê Cohen no Shulchan Aruch (5422/1662).
• Neste dia um padre, que discutira com um muleteiro turco alguns dias antes, desa-pareceu na Síria. A comuni-dade judaica de Damasco foi responsabilizada, ocasionan-do a prisão do Rabino da ci-dade, Rav Yaacov Antebi, dos sete anciãos da comunidade, e de mais cinco correligioná-rios. Quatro dos prisioneiros faleceram devido às torturas. Quinze mil judeus norte-ame-ricamos protestaram em seis cidades americanas. Final-mente, Sir Moses Montefiore intercedeu e os prisioneiros foram libertados (5601/1840).
Dia 2 .................................• Yortsait do Rav Yisrael Alter,
Admor de Gür (5737/1977).
• Yortsait do Rav Moshê (ben Yehuda) Schwab, autor da obra Maarchê Lev (5739/1979).
• Yortsait do Rav Yossef Dov (Berel) Soloveitchik de Brisk, Rosh Yeshivat Brisk em
Yerushaláyim, filho do Griz – Rav Yitschak Zev Soloveitchik (5741/1981).
Dia 3 .................................• A construção do Segundo Bêt
Hamicdash foi completada, conforme Ezrá 6:15 (3413/348 a.e.c.).
• Yortsait do Rav Mordechay Yafe, o Levush (5372/1612).
Dia 4 .................................• Yortsait do amorá Rav Achay
bar Rav Huna (4266/506).
• O corpo de Rabi Meir de Ro-tenburgo foi liberado para ser enterrado 14 anos após seu falecimento (5067/1307).
Dia 6 .................................• Yortsait do Rav Avraham An-
tebi, rosh rabanê Aram Tsobá em Yerushaláyim (5727/1967).
Dia 7 .................................• Nascimento e Yortsait de
Moshê Rabênu (2488/1273 a.e.c.).
• O man parou de cair no de-serto (2488/1273 a.e.c.).
• Primeiro auto da fé na Espa-nha, em Sevilha (5241/1481).
• A Inquisição queimou 1.000 judeus na fogueira, Hy”d (5246/1486).
Dia 8 .................................• Yortsait do Rav Yossef
Hachassid ben Rav Chayim, conhecido como o Chassid Yaabets (5253/1493).
Dia 9 .................................• Taanit Tsadikim (Meguilat
Taanit; Orach Chaim 480: 2), marcando a primeira con-trovérsia entre as academias talmúdicas de Bêt Shamai e Bêt Hilel.
• Yortsait do Rabênu Yehudá Hechassid (ou dia 12), autor do Sêfer Chassidim e de sua famosa tsavaá que recomen-da, entre muitas outras orien-tações, não cortar o cabelo em Rosh Chôdesh (4977/1217).
Dia 11 ...............................• Yortsait do Chidá, Rav
Chayim Yossef David Azulai (5566/1806).
• Yortsait do Rav Avraham Bor-nstein de Sochotsov, autor de Avnê Nêzer (5670/1910).
Dia 12 ...............................• Dia mencionado como yom
tov em Meguilat Taanit. Loleinus e Papus, dois irmãos justos, foram assassinados al kidush Hashem pelo impera-dor romano Tureinus (Taanit 18b). Imediatamente após este incidente o imperador foi morto por uma legião do exército romano. Assim, as comunidades judaicas foram salvas, o que levou à declara-ção de um yom tov, poste-riormente cancelado quando outros dois irmãos, Shemayá e Achiyá, que eram grandes homens, foram mortos neste dia.
• Final da renovação do Se-gundo Templo Sagrado por
Herodes (3751/11 a.e.c.). Yortsait do Rav Moshê Pardo, fundador e diretor da insti-tuição Or Hachayim em Benê Berak (5756/1996).
• Com a ajuda da inteligên-cia iraniana, o Hezbolá bombardeou a embaixada israelense em Buenos Aires, matando 29 e ferindo mais de 200 pessoas, Hy”d (adar II 5752/1992).
Dia 13 ...............................• Taanit Ester.
• Os filhos de Haman são en-forcados.
• Yortsait do Rav Yisrael ben Rav Yossef Isserles, pai do Remá (5628/1868).
Dia 14 ...............................• Purim.
Dia 15 ...............................• Shushan Purim.
Dia 16 ...............................• Côresh, rei da Pérsia, deu
permissão para a construção do Segundo Bêt Hamicdash (3390/371 a.e.c.).
Aconteceu
46 Shevat / Adar I 5776
Dia 17 ...............................• Yortsait do Pachad Yitschac
de Boyan (5677/1917).
Dia 18 ...............................• Yortsait do Rav Yechezkel Le-
vinstein, mashguíach de Ye-shivat Ponevitch (5734/1974).
• Yortsait do Rav Yossef Chayim Sonnenfeld, rabino chefe da comunidade ash-kenazi de Yerushaláyim, autor da obra Salmat Chayim (5692/1932).
Dia 20 ...............................• A oração de Choni Hamea-
guel por chuva é atendida. Os judeus de Frankfurt celebram Purim por causa da execução do arquean-tisemita Vicent Fettmilch (5376/1616).
• Yortsait do Rav Meir ben Yaacov, o Maharam Shif (5393/1633).
• Yortsait do Bach, Rav Yoel Sirkish (5401/1641).
• Yortsait do Rav Shelomô Zalman Auerbach, Rosh Ye-shivá de Col Torá, Jerusalém (5755/1995).
Dia 21 ...............................
• Morte de Nevuchatnetsar, o perverso imperador babilô-nico que destruiu o Primeiro Templo Sagrado.
• Purim de Narbonne, o mais antigo Purim particular que se tem registro, comemoran-do a salvação da comunidade de uma horda antisemita (4996/1236).
• Yortsait do Rav Elimêlech Lipman de Lizansk, autor de Nôam Elimêlech (5566/1806).
• Yortsait do Rav Shelomô Yossef Zevin, autor da Enciclopédia Talmúdica (5738/1978).
Dia 22 ...............................• Yortsait do Rav Yechiel Michel
Epstein, autor do Aruch Hashulchan (5668/1908).
Dia 23 ...............................• Yortsait do Rav Yitschac Meir
Alter, o Chidushê Harim de Gür (5626/1866).
Dia 25 ...............................• O rei da França ordena a
detenção para resgate de todos os judeus em Paris que comparecerem a ser-viços religiosos no Shabat (4941/1181).
• Yortsait do Rav Yitschac Abu-chatsira, Baba Chaki (adar II 5730/1970).
Dia 27 ...............................• O Rei Yehoyakim é retirado
da prisão, conforme Mela-chim II 25:27.
• O Rei Chizkiyáhu, último rei de Yehudá, faleceu em cati-veiro na Babilônia (3365/396 a.e.c.).
• Yortsait do Rav Yossef Shaul Natansohn, rav de Lvov e autor de Teshuvot Shoel Umeshiv (5635/1875).
• Yortsait do Rav Ezrá Eli Hacohen Tawil, av bêt din em Alepo, autor do livro Et Sofer (5690/1930).
Dia 28 ...............................• Judeus do Cairo escapam de
um massacre e comemoram com uma celebração de Purim (5284/1524).
Dia 29 ...............................• Napoleão captura a cidade de
Yafo (5559/1799).
• Yortsait do Rav Yaacov Ka-minetski, rosh Yeshivat Torá Vadáat (5746/1986).
• Yortsait Admor de Ratzfert, Rav Yoel ben Yaacov Shlomo Beer, que faleceu na cidade de São Paulo.
Aconteceu
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GRUPO
Shevat / Adar I 5776 47
Shevat 11 de Janeiro de 2016 a 09 de Fevereiro de 2016
5776
ROSH CHÔDESHSegunda-feira, 11 de janeiro.Não se fala Tachanun no dia eem Minchá da véspera.Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.Acrescenta-se Halel Bedilug em Shachrit. Acrescenta-se a oração de Mussaf.
TU BISHVATAno novo das árvores.
Segunda-feira, 25 de janeiro.Não se recita Tachanun no dia e em
Minchá da véspera.No dia quinze do mês de shevat
comemora-se ano novo agrícola. Costuma-se fazer uma
refeição com diversos tipos de frutas neste dia.
BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUAInício (conforme costume sefaradi): Sábado, 16 de janeiro, às 20h39m (em São Paulo, no horário de verão).Final: Manhã de domingo, 24 de janeiro, até as 6h39m (em São Paulo, no horário de verão).
Datas & Dados
48 Shevat / Adar I 5776
Adar I 10 de fevereiro de 2016 a 10 de Março de 2016
5776
ROSH CHÔDESHTerça e quarta-feira, dias 9 e 10 de fevereiro.Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.Acrescenta-se o Halel Bedilug em Shachrit.Acrescenta-se a oração de Mussaf.
BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA
Início (conforme costume sefaradi): segunda-feira, dia 15 de fevereiro,
a partir das 4h47m (em São Paulo).Final: noite de segunda-feira, 22 de fevereiro,
até as 22h09m (em São Paulo). PURIM CATANSHUSHAN PURIM CATANTerça e quarta-feira, 23 e 24 de fevereiro.Não se recita Tachanun no dia e em Minchá da véspera.
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Datas & Dados
Shevat / Adar I 5776 49
HORÁRIO DE ACENDER AS VELAS DE SHABAT EM SÃO PAULO
Já considerando o horário de verão
15 de janeiro - 19h39m22 de janeiro - 19h38m29 de janeiro - 19h36m05 de fevereiro - 19h33m12 de fevereiro - 19h29m
19 de fevereiro - 19h24m26 de fevereiro - 18h18m04 de março - 18h13m11 de março - 18h07m18 de março - 18h00m
PARASHAT HASHAVUA 16 de janeiro - Parashat: Bô Haftará: Hadavar Asher Diber Hashem23 de janeiro - Parashat: Beshalach Haftará: Vatáshar Devorá (sefaradim)30 de janeiro - Parashat: Yitrô Haftará: Bishnat Mot Hamêlech06 de fevereiro - Parashat: Mishpatim Haftará: Hadavar Asher Hayá El Yirmeyáhu13 de fevereiro - Parashat: Terumá Haftará:Vashem Natan Chochmá Lishlomô20 de fevereiro - Parashat: Tetsavê Haftará: Atá Ven Adam27 de fevereiro - Parashat: Ki Tissá Haftará: Vayishlach Ach´av (sefaradim)05 de março - Parashat: Vayakhel (Shecalim) Haftará: Vayichrot Yehoyadá (sefaradim)12 de março - Parashat: Pecudê Haftará: Vayáas Chirom19 de março - Parashat: Vayicrá (Zachor) Haftará: Vayômer Shemuel El Shaul
HORÁRIO DAS TEFILOT Shachrit - De segunda a sexta-feira-20 min. antes do nascer do Sol (vatikim), 06h20m (Midrash Shelomô Khafif), 06h50m (Zechut Avot) e 07h15m (Ôhel Moshê).Aos sábados - 08h15m (principal), 08h20m (Zechut Avot), 08h40m (infanto-juvenil) e 08h45m (ashkenazim).Aos domingos e feriados - 20 min. antes do nascer do Sol, 07h30m e 08h30m.Minchá - De domingo a quinta - 18h35m e 19h00m durante o horário de verão. Ou 15min. antes do pôr do sol no horário normalArvit - De domingo a quinta - 19h15m (durante o horário de verão), 10min. após o pôr do sol (durante o horário normal) e 20h00m.
Próximas Comemorações Judaicas
Jejum Taanit Ester (11/adar/5777) 09/mar/17 Quinta
10/fev/17Tu Bishvat (15/shevat/5777) Sexta
Purim (14/adar II /5776)
Shushan Purim (15/adar II /5776)
24/mar/16
25/mar/16
22/abr/16
23/abr/16
29/abr/16
30/abr/16
1ª noite de Pêssach (15/nissan/5776)
2ª noite de Pêssach (16/nissan/5776)
7º dia de Pêssach (21/nissan/5776)
8º dia de Pêssach (22/nissan/5776)
Quinta
Sexta
Sexta
Sábado
Sexta
Sábado
12/jun/16
13/jun/16
24/jul/16
1º dia de Shavuot (6/sivan/5776)
2º dia de Shavuot (7/sivan/5776)
Jejum 17 de Tamuz (18/tamuz/5776)
Domingo
Segunda
Domingo
14/ago/16Jejum Tish’á Beav (10/av/5776) Domingo
Segunda
Segunda
Segunda
Terça
Terça
Terça
Domingo
Domingo
Domingo
Quarta
Quarta
1º dia de Rosh Hashaná (1/tishri/5777)
2º dia de Rosh Hashaná (2/tishri/5777)
Jejum Tsom Guedalyá (3/tishri/5777)
Yom Kipur (10/tishri/5777)
1º dia de Sucot (15/tishri/5777)
2º dia de Sucot (16/tishri/5777)
Hoshaná Rabá (21/tishri/5777)
Shemini Atsêret (22/tishri/5777)
Simchat Torá (23/tishri/5777)
3/out/16
4/out/16
5/out/16
17/out/16
12/out/16
18/out/16
23/out/16
24/out/16
25/out/16
25/dez/16
8/jan/17
1º dia de Chanucá (25/kislev/5777)
Jejum Assará Betevet (10/tevet/5777)
MINCHÁ DE ÊREV SHABATJá considerado o horário de verão
Shir Hashirim será recitado 15 minutos antes de Minchá durante o horário de verão
MINCHÁ DE SHABATJá considerado o horário de verão
16 de janeiro - 19h10m23 de janeiro - 19h10m30 de janeiro - 19h10m06 de fevereiro - 19h05m13 de fevereiro - 19h00m20 de fevereiro - 18h55m27 de fevereiro - 17h50m05 de março - 17h45m12 de março - 17h40m19 de março - 17h35m
15 de janeiro - 19h35m22 de janeiro - 19h35m29 de janeiro - 19h35m05 de fevereiro - 19h35m12 de fevereiro - 19h29m19 de fevereiro - 19h24m26 de fevereiro - 18h18m04 de março - 18h13m11 de março - 18h07m18 de março - 18h00m
Datas & Dados
50 Shevat / Adar I 5776
TABELA DE HORÁRIOS SHEVAT / ADAR I 5776ACRESCENTAR UMA HORA DURANTE O HORÁRIO DE VERÃO
Datas & Dados
São Paulo
Dia Zeman Tefilin
Nets Hachamá (nasc. Sol)
Alot Hashá-
charChatsot
Sof Zeman Keriat Shemá Sof Zeman Amidá Sof Zem. Mussaf Pêleg Haminchá Shekiá (pôr-
do-sol)
Minchá Guedolá de alot
a tsetdo nets à shekiá
de alot a tset
do nets à shekiá
de alot a tset (72m)
de alot a tset
do nets à shekiá
do nets à shekiá
de alot a tset
Jan
eiro
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Feve
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Shevat / Adar I 5776 51
“O Franco Atirador”Chayim Walder
Meu nome é Ruvi.Eu estudo na quinta série.Eu me considero um menino como todos os outros. Não sou especialmente
aplicado, mas as minhas notas são razoavelmente boas.Eu não tinha a chance de ser conhecido por toda a escola, mas graças aos
“gogos”, agora todos me conhecem.Para quem ainda não sabe, um “gogo” é um caroço de damasco, com o qual as
crianças brincam aqui em Israel. Em Jerusalém chamam os gogos de “adjuim”, e em Chaifa – eu não sei.
Já na segunda série, quando eu vi a tumultuada feira de gogos no pátio da escola, onde cada aluno segurava uma caixa com buracos e gritava: “Quem quer atirar?”, quis conhecer as regras do jogo.
De Criança Para Criança
52 Shevat / Adar I 5776
Um menino, que tinha uma bela caixa, me explicou: “Se você acertar o buraco grande, você ganha quatro gogos. Se você acertar o buraco um pouco menor, ganha dez!...”.
“E esse?”, perguntei, apontando para um pequeno buraco, do tamanho de um gogo. “Esse aí você nunca conseguirá acertar!”, disse o menino com desdém. “É um buraco para campeões! Acertando um gogo dentro desse buraco, ganha--se cem gogos!”
Pedi a ele que me emprestasse um gogo para eu tentar. Ele concordou gentilmente, mas sugeriu que eu mirasse com muito cuidado no buraco maior, porque eu era um iniciante.
Afastei-me um pouco da caixa, mirei no buraco pequeno e... Zap! O gogo entrou justinho para dentro da caixa!
Fez-se silêncio.O menino ficou parado, atônito.Então eu lhe disse: “O gogo era seu! Eu não mereço nada.” O menino respi-
rou aliviado.Logo na minha estreia, fiquei famoso. Passaram a me chamar de “o fran-
co-atirador”.De fato, parece que eu tenho olhos especiais para mirar e arremessar.
Graças aos meus tiros certeiros, consegui ajuntar a cada ano uma quantida-de grande de gogos. Mas depois de um tempo, percebi que os gogos não são importantes. “Isso não passa de uma brincadeira de criança”, pensei. Porém, mesmo assim continuei a brincar.
Vocês sabem por quê? Porque por meio deste jogo dá para analisar o ca-ráter das crianças que estão jogando.
Se eu acerto na caixa de um menino que se irrita e joga os gogos para mim com raiva, eu passo a saber que aquele menino é aborrecido e tem um caráter que não é agradável.
Se um menino sorri e diz: “Você está me deixando pobre, franco-atirador”, eu sei que ele sabe perder honradamente – mesmo que lhe doa perder.
Sei também quem são os meninos que falam a verdade, quando eles con-fessam: “A caixa se mexeu um pouco na hora que você atirou, portanto você merece o gogo de volta.” Normalmente eu deixo o gogo com eles e ainda lhes dou mais um por sua honestidade.
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Por outro lado, há meninos que não são sinceros e culpam o atirador, di-zendo: “Você se aproximou demais”, e inventam toda sorte de desculpas, só para não terem que pagar o que devem. Certa vez eu disse a um desses me-ninos: “Se você não mudar seu caráter, quando crescer as pessoas não vão ter confiança em você, porque os gogos para nós são o mesmo que o dinheiro para os adultos. Se um menino não é justo no ‘comércio’ de gogos, ele também não será honesto quando crescer.”
Até hoje eu costumo brincar de gogos. Os meninos sabem que eu nunca minto e que eles podem confiar na minha palavra. Às vezes eu sirvo de juiz.
Para terminar, contarei a vocês um caso que me aconteceu esta semana.Eu estava passando pelo corredor da escola, quando de repente vi dois meninos
– um da sétima série e outro da terceira. Os dois tinham uma caixa, porém todos preferiam atirar na caixa do menino da sétima série, que era forte e “berrador”. Ele tinha um grande monte de gogos, enquanto o menino pequeno estava sentado num canto, dirigindo olhares suplicantes para que viessem atirar na sua caixa. Eu tinha um saquinho com uns cem gogos. Aproximei-me do delicado menino da terceira série e comecei a atirar na direção da caixa. Fingi estar mirando, mas na verdade eu nem olhava, porque eu queria que o menino lucrasse o máximo de gogos.
Eu joguei uns cinquenta gogos. Enquanto isso, todos os meninos da escola se juntaram para ver pelo menos uma vez o franco-atirador perder. Eu não me importei. Continuei a jogar os gogos na caixa do feliz menino. No final, sobrou só um gogo na minha mão.
Aí me dirigi para a caixa do outro menino, onde todos atiravam e ninguém acertava.
Mirei bem no buraco pequeno, com meu último gogo. Todos prenderam a respiração. Fez-se silêncio. Mirei mais um pouco e, adivinhem! Acertei exata-mente no buraco pequeno de cem!
No final eu devolvi todos os gogos para ele. Porque para mim os gogos são apenas um jogo. Eu só queria que todos aprendessem a considerar outros meninos. Além disso, que soubessem que podemos ceder mesmo a quem não merece. Esse foi meu verdadeiro prazer!
Tradução de Guila Koschland WajnrytPermissões exclusivas para a Nascente
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Rabi Yehudá Hanassi e Antonino Pio CésarUma das épocas mais terríveis para o Povo de Israel foi a dos anos que se seguiram à destruição do Segundo Templo. O malvado imperador romano, Adriano César, dominou Israel com braço de ferro, perseguindo os sábios da Torá e expedindo terríveis decretos contra o povo judeu.
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Um dos decretos romanos
desta época era a proi-
bição de que qualquer judeu fizesse
berit milá em seus filhos. Os judeus,
no entanto, como em tantas outras
oportunidades, preferiam enfrentar
a ira romana a transgredir o manda-
mento da Torá de fazer o berit milá.
Entre estes, estava Raban Shimon
ben Gamliel.
No mesmo dia em que Rabi Akivá,
um dos maiores mestres do povo de
Israel, era cruelmente assassinado por
ensinar Torá e morria santificando o
nome de D’us, nascia o filho de Raban
Shimon ben Gamliel.
Raban Shimon ben Gamliel era
nessa época o nassi – o príncipe – de
Israel. Raban Gamliel, seu pai, também
havia sido nassi, assim como o pai dele
e seu avô. A ascendência de Raban
Shimon ben Gamliel podia ser descrita
até o rei David.
Quando seu filho nasceu, Raban
Shimon ben Gamliel não hesitou em
fazer nele o berit milá, mesmo saben-
do que estaria colocando sua própria
vida em risco. Apesar do perigo, a
cerimônia do berit milá foi realizada
com grande alegria. O pequeno menino
recebeu o nome de Yehudá.
Os romanos, porém, tinham seus
espiões espalhados por toda parte.
Assim, a notícia de que Raban Shimon
ben Gamliel, um dos maiores sábios de
Israel, tinha desrespeitado o decreto
do imperador romano, logo chegou
aos ouvidos do governador romano
em Israel.
O governador romano mandou que
Raban Shimon ben Gamliel fosse leva-
do imediatamente ao seu palácio, junto
com seu filho. Lá, verificou com seus
próprios olhos que o pequeno bebê ha-
via sido circuncidado. Ao comprovar o
crime, sua fúria não teve limites.
A princípio, pensou em mandar
matar o sábio judeu com seu filho
em praça pública, para que todos os
outros judeus soubessem o que acon-
teceria com quem ousasse desafiar
as leis romanas. Depois, porém, teve
uma ideia melhor. Levaria a família
de Raban Shimon ben Gamliel pesso-
almente para Roma, onde o próprio
César os julgaria e determinaria seu
castigo.
Assim, Raban Shimon ben Gamliel
viu-se obrigado a fazer a longa viagem
de Israel a Roma junto com sua mulher
e o pequeno bebê. O governador da ci-
dade também fez a longa viagem para
ter a oportunidade de, ele mesmo, pre-
senciar a condenação do sábio judeu.
Os judeus conheciam muito bem
a perversidade do César Adriano e
temiam pela vida de Raban Shimon
ben Gamliel e de sua família. Assim, os
judeus em Israel reuniram-se em pre-
ces para que o Todo-Poderoso salvasse
o nassi.
Quando Raban Shimon ben Gamliel
chegou a Roma era noite. Como sua
audiência com o imperador só acon-
teceria no dia seguinte pela manhã,
Raban Shimon ben Gamliel resolveu
procurar um antigo conhecido seu ro-
mano, chamado Asverus, para passar
a noite em sua casa.
Asverus fazia parte de uma das fa-
mílias mais importantes de Roma. Ele
não era judeu, mas respeitava e admi-
rava os sábios de Israel, ajudando-os
quando possível.
O romano recebeu Raban Shimon
ben Gamliel em sua casa com alegria e
satisfação. Quando o sábio judeu, po-
rém, contou o motivo que o trouxera
a Roma com sua esposa e o pequeno
bebê, o coração de Asverus se encheu
de pesar e preocupação pelo futuro
do amigo. Mesmo com toda sua in-
fluência e poder nos altos círculos de
Roma, Asverus sabia que ninguém se-
ria capaz de proteger o sábio da fúria
de Adriano.
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Os dois passaram a noite tentando
encontrar uma forma de salvar o bebê
das garras do César, mas as possibi-
lidades eram pequenas, senão nulas.
Finalmente, a esposa de Asverus, que
era uma mulher piedosa e amiga da
esposa de Raban Shimon ben Gamliel,
sugeriu um plano um tanto arriscado,
mas simples. Com a ajuda de D’us, ele
poderia dar certo.
Asverus também havia ganha-
do um filho no mesmo dia em que
nascera o pequeno Yehudá, filho de
Raban Shimon ben Gamliel. A mulher
do romano resolveu trocar os bebês:
seu pequeno filho, Antonino Pio, pelo
bebê judeu. Por terem poucos dias de
vida, os dois bebês eram parecidos, e
também tinham aproximadamente o
mesmo tamanho. A diferença, porém,
era que o bebê romano não fora cir-
cuncidado.
Assim, no meio da noite, sem que
ninguém percebesse, as mães troca-
ram os bebês. Pela manhã, quando
Raban Shimon ben Gamliel despediu-
-se de Asverus, sua esposa carregava
nos braços o pequeno Antonino, filho
de Asverus
Naquele dia, Raban Shimon ben
Gamliel, sua esposa e a pequena
criança foram levados à presença do
Imperador Romano. Quando entra-
ram na sala do trono, encontraram o
governador de Israel, que havia feito
a acusação, esperando-os ao lado do
poderoso César. Além destes, havia na
sala também muitas outras pessoas:
ministros, senadores e notáveis de
Roma, que faziam parte da corte do
imperador e estavam curiosos para
saber qual seria o destino do sábio
judeu.
– Poderoso César! – começou a
falar o governador, dirigindo-se a
Adriano. – Este judeu, um príncipe
de seu povo, ousou desafiar as leis de
Roma. Apesar de conhecer o decreto
do imperador de não fazer a circun-
cisão, preferiu rebelar-se e continuar
apegado a seus antiquados costumes!
– Como ousa! – gritou o Imperador
Adriano furioso, dirigindo-se a Raban
Shimon ben Gamliel. – É você que é
considerado o maior sábio de Israel?
Pois não passa de um tolo! Arriscar a
própria vida e a de toda sua família,
simplesmente para cumprir um cos-
tume ultrapassado... Tragam o bebê!
Deixem que eu comprove com meus
próprios olhos este crime.
Enquanto o imperador vociferava,
Raban Shimon ben Gamliel conti-
nuava impassível. Apenas seus lá-
bios mexiam-se, imperceptivelmente,
numa prece silenciosa ao Criador. Sua
esposa esticou os braços para o solda-
do romano, que agarrou o menino e
tirou suas roupas, erguendo-o frente
ao imperador.
No momento em que todos os pre-
sentes puderam ver a criança, uma
exclamação de espanto emanou de
suas bocas. Era óbvio para todos que
aquele menino não havia sido circun-
cidado. Indignado, Adriano levantou-
-se de seu trono e dirigiu um olhar
feroz para o governador que havia
feito a acusação:
– Como você ousa fazer-me perder
tempo com falsas acusações! – gritou
para o espantado governador. – Você
achou que conseguiria enganar a
mim e aos mais importantes homens
de Roma com algo que pode ser tão
simplesmente comprovado?! Você por
acaso imaginou que eu nem investiga-
ria sua acusação?!
– Ma... mas isto é impossível! – ga-
guejou o governador, branco de medo
pela fúria do César. – Eu vi com meus
próprios olhos o menino circuncidado!
Isso só pode ser obra do D’us dos ju-
deus, que lhes faz milagres a toda hora.
O decreto de Adriano, no entanto,
foi imediato:
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– Pois saiba que você será se-
veramente castigado por levantar
falsas acusações contra este judeu e
envergonhar o imperador romano em
público. Não somente isso! Como com-
pensação pelo sofrimento que você
causou ao sábio judeu, eu revogo, a
partir de agora, o decreto proibindo
os judeus de fazerem a circuncisão
em seus filhos. A partir de hoje, cada
judeu está liberado para realizar seus
rituais se essa for sua vontade!
A notícia da salvação de Raban
Shimon ben Gamliel e o novo decreto
liberando o Berit Milá foram recebi-
dos com alegria e júbilo pelos judeus
de Israel. Quando chegaram à Terra
Santa, recebidos com festa, o meni-
no carregado pela esposa de Raban
Shimon ben Gamliel já era novamente
o pequeno Yehudá, destrocado com
Antonino pouco antes que a família do
sábio saísse de Roma.
Vários anos se passaram e as
duas crianças, o judeu e o roma-
no, cresceram. O pequeno Yehudá
tornou-se um dos maiores sábios
de Israel de todos os tempos: Rabi
Yehudá Hanassi, também chamado
de “Rebi”, o compilador da Mishná.
Antonino, por sua vez, foi adotado
por Adriano como seu protegido e
transformou-se em Antonino Pio Cé-
sar, imperador de Roma por 23 anos
– de 138 a 161 e.c.
Ao contrário de seus antecessores,
Antonino era extremamente tolerante.
Foi considerado um imperador bom e
justo não somente pelos judeus, mas
também por todos os povos governa-
dos pelo Império Romano, entrando
para a história como um dos mais
sábios e justos imperadores romanos.
Segundo os historiadores, Antonino
Pio mereceu este título “pelo seu res-
peito para com todos”. Foi também
chamado de “imperador perfeito”,
pela sua doçura, serenidade e no
desprezo pela glória vã. Ele gostava
dos judeus e respeitava-os. Durante
os anos de seu reinado, Israel conhe-
ceu uma época de paz e prosperidade
espiritual.
Nossos sábios contam que Antoni-
no e Rabi Yehudá Hanassi tornaram-
-se amigos, o que fez com que o amor
pela sabedoria da Torá crescesse no
coração do imperador. Conta-se, ain-
da, que Antonino chegou a construir
um túnel por baixo de seu palácio, por
onde saía e estudava Torá com Rebi
num local secreto, conhecido somente
pelos dois.
Segundo algumas opiniões, o lei-
te que Antonino mamou no seio da
mãe de Rebi purificou sua alma e fez
com que, no fim da vida, ele mesmo
fizesse o berit milá e se convertesse
ao judaísmo.
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