Dinamicas de Grupo

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Dinâmicas de Grupo As dinâmicas de grupo aqui apresentadas poderão ser importantes instrumentos, no âmbito não só do trabalho de equipa, como também de encontros para um maior número de pessoas. Para isso, os utilizadores deste caderno devem adequar as dinâmicas aqui apresentadas ao trabalho que querem propor. Nesta secção disponibilizamos uma grande diversidade de opções e ideias. No entanto, aqui não se esgota tudo o que pode e deve ser utilizado pelos animadores e/ou por quem prepara o encontro. Sugerimos a utilização de outro tipo de materiais para além dos que foram aqui referidos, como banda-desenhada, fotografias ou slides, posters, artigos de revistas ou de jornais, entre outros. É sempre aconselhável rentabilizarem as vossa criatividade!... A cada dinâmica de grupo corresponde uma tabela com os dados necessários à sua realização. Nalgumas dinâmicas, o momento mais importante não é o jogo em si mas a discussão final sobre as questões subjacentes à actividade. Por isso mesmo o animador tem um papel essencial neste momento em colocar interrogações. Em jeito de índice deixamos uma tabela com a lista das dinâmicas, de acordo com a organização que lhes demos: - Os Ice-breakers são dinâmicas rápidas que têm como finalidade despertar as pessoas. O nome diz tudo: servem para quebrar o gelo. - As Dinâmicas de apresentação introduzem elementos que permitem às pessoas conhecer-se melhor a si mesmas e aos outros. - Aprender a trabalhar em grupo ajudará... a aprender a trabalhar em grupo. - As Dinâmicas de expressão e criatividade servem para ajudar as pessoas a dar a sua opinião sobre determinado assunto de formas mais clássicas ou mais criativas. - Para lançar um tema são diversas dinâmicas que servem para provocar a discussão. Algumas adaptam-se a determinadas temáticas específicas, outras servem para qualquer tema. - E finalmente Dinâmicas de Planificação/Avaliação ajudarão a organizar planos e concretizar ideias bem como a avaliá-los posteriormente.

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Dinâmicas de Grupo As dinâmicas de grupo aqui apresentadas poderão ser importantes instrumentos, no âmbito não só do trabalho de equipa, como também de encontros para um maior número de pessoas. Para isso, os utilizadores deste caderno devem adequar as dinâmicas aqui apresentadas ao trabalho que querem propor. Nesta secção disponibilizamos uma grande diversidade de opções e ideias. No entanto, aqui não se esgota tudo o que pode e deve ser utilizado pelos animadores e/ou por quem prepara o encontro. Sugerimos a utilização de outro tipo de materiais para além dos que foram aqui referidos, como banda-desenhada, fotografias ou slides, posters, artigos de revistas ou de jornais, entre outros. É sempre aconselhável rentabilizarem as vossa criatividade!... A cada dinâmica de grupo corresponde uma tabela com os dados necessários à sua realização. Nalgumas dinâmicas, o momento mais importante não é o jogo em si mas a discussão final sobre as questões subjacentes à actividade. Por isso mesmo o animador tem um papel essencial neste momento em colocar interrogações. Em jeito de índice deixamos uma tabela com a lista das dinâmicas, de acordo com a organização que lhes demos:

- Os Ice-breakers são dinâmicas rápidas que têm como finalidade despertar as pessoas. O nome diz tudo: servem para quebrar o gelo.

- As Dinâmicas de apresentação introduzem elementos que permitem às pessoas conhecer-se melhor a si mesmas e aos outros.

- Aprender a trabalhar em grupo ajudará... a aprender a trabalhar em grupo.

- As Dinâmicas de expressão e criatividade servem para ajudar as pessoas a dar a sua opinião sobre determinado assunto de formas mais clássicas ou mais criativas.

- Para lançar um tema são diversas dinâmicas que servem para provocar a discussão. Algumas adaptam-se a determinadas temáticas específicas, outras servem para qualquer tema.

- E finalmente Dinâmicas de Planificação/Avaliação ajudarão a organizar planos e concretizar ideias bem como a avaliá-los posteriormente.

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Índice das dinâmicas

Ice-Breakers 1. O carteiro [Ed.Pack] 2. A ponte [Ed.Pack] 3. Quem começou? [Ed.Pack] 4. Bingo humano [Ed.Pack] 5. Cumprimentos [Ed.Pack] Dinâmicas de apresentação 6. O que nos dizem as imagens 7. Teia de aranha [CIDAC] 8. Sonhos [Ed.Pack] 9. Quem sou eu? [JEC Sp] 10. Que sabemos? [PIU] 11. A minha história [Ed.Pack] 12. Cartão de visita [JEC Sui] 13. Os meus, os teus e os nossos... [JEC Sui] 14. Bilhete de Identidade [JEC Sui] 15. Eu também! [Ed.Pack] Aprender a trabalhar em grupo 16. Pintura Alternativa [JEC Sui] 17. Comunicações cruzadas [PIU] Dinâmicas de expressão e criatividade 18. Criar histórias [Ed.Pack] 19. Balões [Ed.Pack] 20. Dá-lhe música [Ed.Pack] 21. A ilha [Ed.Pack]

22. De que lado estás? [Ed.Pack] 23. Escultura humana [JEC Sui] 24. O refugiado [Ed.Pack] 25. O país imaginário 26. Jogo dos Quadrados [JEC Sp] 27. Audiovisuais [Domino] 28. Trabalho criativo [Domino] Para lançar um tema 29. A Rosa dos Ventos [CIDAC] 30. O jogo das cadeiras [CIDAC] 31. O julgamento [CIDAC] 32. Rótulos [Ed.Pack] 33. Estranho fora [Ed.Pack] 34. Discussão em silêncio [JEC Sui] 35. Viagem na diversidade [Ed.Pack] 36. As regras do jogo [Ed.Pack] 37. Scrabble [JEC Sui] 38. Brainstorming [JEC Sui] Dinâmicas de Planificação/Avaliação 39. F. O. F. A. [Domino] 40. Campos de força [PIU] 41. Uma acção [Ed.Pack] À frente de cada dinâmica encontra-se entre parêntesis rectos a referência bibliográfica da fonte de onde a dinâmica foi adaptada. (consultar Bibliografia)

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Ice-Breakers 1. O carteiro

Objectivos - promover a interacção - desenvolver a comunicação dentro do grupo - estabelecer bom ambiente

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – 20 a 30 participantes •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – número de cadeiras inferior uma unidade do número de participantes ••Espaço – 1 sala (espaçosa)

Duração - 5-10 minutos Concretização Colocam-se as cadeiras em círculo. As pessoas sentam-se ficando uma de pé, ao centro.

Esta diz: “Eu sou carteiro e trago uma carta para todos aqueles que... usam óculos (...tomaram banho de manhã... que têm calças... que usam relógio...). Aqueles que se identificam têm de mudar de lugar e o que se encontra ao centro também tem de arranjar cadeira para se sentar. Quem ficar em pé, sem cadeira, passa a ser o carteiro.

2. A ponte

Objectivos - promover a interacção - desenvolver a comunicação informal dentro do grupo - estabelecer bom ambiente

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 20 pessoas (tem de ser número par) •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – uma cadeira para cada participante mais duas ••Espaço – 1 sala (espaçosa e vazia)

Duração - 15 minutos Concretização Divide-se o grupo completo em dois grupos de igual número de pessoas. Colocam-se as

cadeiras em duas filas, uma face à outra. Cada uma tem de ter o mesmo número de cadeiras quanto de participantes, mais uma extra. As linhas têm de ser do mesmo comprimento. Fixa-se um ponto da sala para ser o ponto final da fila que tem de ser equidistante de ambas as linhas. Cada equipa coloca-se na sua fila de cadeiras deixando aquela que está mais longe do final vazia.

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Começa-se o jogo: a pessoa que está sentada mais perto da cadeira vazia tem de pegar nela e passar ao seu companheiro do lado que por sua vez também a passa ao seguinte... até que a cadeira chegue ao final da fila. Quando esta lá chega o ultimo membro da fila senta-se nela fazendo com que todas as pessoas da equipa se movam uma cadeira à frente. Repete-se este procedimento deslocando-se na sala, até que chegam ao ponto que se considerou como o final do jogo. A corrida é ganha por quem o fizer em menos tempo. Se alguém ao longo do jogo cair ou se levantar sai do jogo, ficando a equipa com duas cadeiras para passar.

3. Quem começou?

Objectivos - promover a interacção - desenvolver a comunicação informal dentro do grupo - estabelecer bom ambiente

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo -todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 20 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – cronómetro ou relógio ••Espaço – 1 sala (espaçosa e vazia)

Duração - 10 a 15 minutos Concretização Pede-se a um participante que saia da sala. O resto do grupo senta-se em círculo. Decide-

se quem será o líder do grupo. Este começa uma acção (coçar a barriga, mexer a cabeça, simular tocar um instrumento,...) e toda a gente tem de copiar. O líder tem de mudar de movimento frequentemente tendo de ser copiado imediatamente. O participante que se encontrava lá fora entra na sala colocando-se no centro do círculo. Pede-se que este descubra quem é o líder. Tem três hipóteses e caso não acerte estará sujeito a um castigo. Se acertar o líder sai da sala, recomeçando o jogo.

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4. Bingo humano

Objectivos - criar bom ambiente dentro do grupo - ajudar o conhecimento das pessoas dentro do grupo - promover a interacção - introduzir algumas ideias sobre a temática

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo -todo o género de público •• Número de Participantes – a partir de 8 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – cópias das questões, canetas ••Espaço – 1 sala

Duração - 20 minutos Concretização Este jogo consiste em falar com o maior número de pessoas possível, de forma a conhecer

as suas características. Cada um tem de preencher a seguinte lista encontrando pessoas que satisfaçam as questões. Por exemplo: “Tu és alguém que...”

- Redecorou recentemente a casa? - Gosta de cozinhar? - Já viajou para outro país europeu? - Vive com outros membros da família? - Lê o jornal regularmente? - Faz as próprias roupas? - Gosta de futebol? - Tem animais de estimação? - Toca um instrumento musical? - Tem pais ou avós que nasceram noutro país? - Já visitou países fora da Europa?

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5. Cumprimentos

Objectivos - criar bom ambiente dentro do grupo - ajudar o conhecimento das pessoas dentro do grupo - promover a interacção - introduzir algumas ideias sobre uma temática

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – a partir de 10 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – - cópias dos “cumprimentos” - caixa - um “cumprimento” por pessoa

••Espaço – 1 sala Duração - 15 minutos Concretização Os participantes retiram da caixa um papel onde tem escrito um cumprimento. De

seguida, dirigem-se ao resto das pessoas, cumprimentando-as de acordo com o papel retirado. Ex: beijo em cada uma das faces (Portugal e Espanha), dois beijos de cada lado da face (França), três beijos alternando as faces (Dinamarca e Bélgica), colocando as mãos como que a rezar balançando-se para a frente (Japão), esfregando os narizes (Esquimós), abraço muito apertado (Rússia e Palestina), aperto de mão muito forte (Alemanha). No final, torna-se interessante discutir de onde são provenientes estes diferentes cumprimentos, com quais nos sentimos mais confortáveis ou desconfortáveis, etc. Esta discussão pode depois ser encaminhada para diferentes pontos em que sintam as diferenças entre comunidades ou grupos sociais.

Temática - “Racismo” - “Interculturalidade” - “Ecumenismo” - outras

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Dinâmicas de apresentação 6. O que nos dizem as imagens

Objectivos - lançar um tema Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – a partir de 4 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – fotografias ou imagens ••Espaço – 1 sala

Duração - 30 minutos Concretização Pousam-se as imagens ou fotografias sobre uma mesa ou coladas numa parede e pede-se a

cada um dos participantes que durante um período de tempo as observe e escolha uma. Depois deverão reflectir um pouco sobre essa imagem escolhida. De seguida, cada um a deve mostrar ao grupo explicando porque a escolheu e de que forma tem a ver com a maneira de ser e de estar.

7. Teia de aranha

Objectivos - Apresentação; - Integração e coesão do grupo; - Descontracção, animação lúdica; - Expressar-se espontaneamente sobre um tema; - Introdução a uma temática

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público •• Número de Participantes – entre 6 e 25 participantes •• Número de Animadores – um animador é suficiente. Um segundo animador ou um participante pode ficar e escrever num quadro as intervenções dos outros participantes.

Material e espaço necessário

•• Material – 1 novelo de lã, marcadores e grandes folhas de papel para se tomar nota das intervenções ••Espaço – 1 sala (espaçosa)

Duração - Aproximadamente 15 minutos para um grupo de 12 pessoas, utilizando uma técnica de apresentação muito simples. A duração depende do número de participantes e das perguntas feitas.

Concretização • Os participantes formam um círculo. O animador dá um novelo de lã a um deles, podendo dar-lhe deixas para se apresentar e perguntas daí decorrentes (nome, local de

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onde vem, o que estuda, expectativas...), perguntas acerca da temática em discussão ou, ainda, pode pedir aos participantes para dizerem, espontaneamente, algo acerca da temática, etc... Depois deste participante ter respondido a estas perguntas, ele segura firmemente a ponta do fio de lã e atira o novelo para qualquer outro, que deverá, por sua vez, responder às mesmas perguntas. Isto repete-se até que todos os participantes fiquem unidos pelo fio de lã. Forma-se assim uma espécie de teia de aranha, simbolizando a constituição do grupo. Depois de todos os participantes terem respondido, o novelo de lã deve fazer o percurso inverso. A última pessoa a receber o novelo deve reenviá-lo ao “expedidor”, podendo repetir o que este tinha dito ou continuar a responder a outras perguntas. Isto de forma a que a teia fique completamente desfeita. Caso seja intenção, no percurso final no sentido de desfazer a teia, é preciso informar os participantes de quanto é importante saber escutar para que ele próprios consigam repetir os ensinamentos dados pelo “expedidor”.

Temática - várias 8. Sonhos

Objectivos - Estabelecer um melhor conhecimento uns dos outros dentro de um grupo; - Encorajar a cooperação; - Criar um bom ambiente no grupo;

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – Equipa em iniciação •• Número de Participantes – 6 a 10 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – folhas A4, canetas ••Espaço – qualquer

Duração - 1 hora Concretização Os participantes reflectem sozinhos (durante aproximadamente 5 minutos) sobre o que

sonham para a sua vida futura: família, profissão, passatempos, casa, realização pessoal, direitos civis,... no final partilham os seus sonhos com os outros explicando-os e dando razões. Devem escrever ou desenhar num papel. Por exemplo, ter um emprego, ter filhos, viajar... Pede-se para que os elementos do grupo identifiquem três coisas concretas que os impeçam de conseguir as suas aspirações e outras três que eles, enquanto grupo ou organização, possam fazer juntos de forma a chegar mais perto desses objectivos. No final, podem-se lançar outras questões que poderão conduzir ao aprofundamento da reflexão.

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Temáticas - “Sexualidade e Afectividade” - “Projectos de vida” - outras

9. Quem sou eu?

Objectivos - Apresentação Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – Equipa em iniciação •• Número de Participantes – Mínimo de 3 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – folhas A4, canetas ••Espaço – qualquer

Duração - 30 minutos Concretização

O boneco do gráfico representa cada um de nós. Cada um deve tentar descobrir os seus valores, gostos, possibilidades, etc... Durante 15 minutos cada um desenha o seu boneco : - “Valores com que movo a minha vida” (cabeça do boneco) são entendidos como as ideias básicas nas nossas vidas, as que defendemos com toda a força, as que explicam o nosso comportamento. - Em “Coisas que eu gosto” (coração) não se trata de expressar coisas muito gerais mas sim as coisas pequenas que me fazem feliz. - “Possibilidades que eu tenho” (mão esquerda) são todas as características que nos servem para actuar na vida, como a inteligência, saúde, habilidade para escrever ou desenhar, etc... - As “Carências que possuo” (mão direita) são as necessidades reais e concretas, valores, aptidões... que fazem falta na minha vida.

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- “De onde venho” (pé direito) é o local onde colocamos o meio onde estamos inseridos e como nos sentimos nele. - Por fim, “ onde quero chegar com a minha vida” (pé esquerdo). No final, cada um apresenta ao grupo o boneco que fez.

Temática - “Projectos de vida” 10. Que sabemos?

Objectivos - Pôr em comum de uma forma divertida as situações que cada um vive Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de pessoas •• Número de Participantes – a partir de 4 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – - t

abuleiro

- dado

- papel - tabuleiro de jogo - dado - pequenos cartões para as perguntas - um objecto por jogador

••Espaço – 1 sala

Por poucas palavras Por poucas palavras

? ? ? ?

? PERDE A

VEZ ? ?

RETROCE

DA 3 ? RETROC

EDA 3 ?

? AVANCE 2

? PERDE A

VEZ

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? ? PARTIDA

Por poucas palavras

O QUE

SABEMO

S?

Duração - 1 hora Concretização Escolhe-se como tema “a vida” dos membros do grupo: estudos, família, amigos,... O

animador elabora umas 20 a 40 perguntas sobre o tema (a maioria para serem respondidas

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por uma pessoa e as outras respondidas por todos). Escreve-se uma pergunta em cada papel pequeno. Exemplo: como são as tuas relações em casa, em que investes mais tempo em casa, estás a ter dificuldades nos estudos, continuas a contactar os teus amigos de antes... Por trás dos cartões com as perguntas individuais escreve-se um ponto de interrogação e atrás das perguntas colectivas escreve-se: “Diga-o em poucas palavras”. a) apresenta-se o jogo; b) os participantes colocam-se à volta do tabuleiro, ao lado do qual se colocam também

os pequenos papéis com as perguntas; c) tira-se à sorte quem vai dar início ao jogo: cada um atirará o dado e quem tiver mais

pontos começa. Depois, o jogo continua pela esquerda. d) Cada participante coloca no ponto de saída um objecto que o identifica (ex: botão,

moeda,...). e) No que toca ao primeiro participante, inicia o jogo atirando o dado, e se, por

exemplo, lhe sair 5, avança cinco casas. Se essa casa tem um ponto de interrogação tem de tirar um papel com pergunta individual, o grupo lerá em voz alta a pergunta e ele terá de responder me voz alta perante o resto dos jogadores.

f) Se um jogador cai na casa de “poucas palavras” deverá tirar uma pergunta colectiva que lê em voz alta e pede ao resto dos jogadores que, em poucas palavras, cada um lhe dê a resposta em voz alta. Depois passa o dado ao jogador seguinte e assim sucessivamente.

g) Um jogador pode cair na casa que diga que perde a vez ou numa casa em que diga para retroceder três casas, ou ainda que tire uma das perguntas de ”poucas palavras”. Cada jogador deve acatar essa ordem e se, ao retroceder, calha no sinal de interrogação deve ler e responder à pergunta correspondente.

h) O jogo termina quando todos os jogadores chegarem à casa de chegada. O importante não é terminar o jogo, mas sim partilhar experiências.

11. A minha história

Objectivos - Conhecer os diferentes contextos em que cada um cresceu; - Compreender as diferenças sociais e económicas subjacentes a cada pessoa e à

sociedade; - Gerar empatia e compreensão entre os membros do grupo.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – 10 a 14 anos; Grupo com diversidade cultural •• Número de Participantes – 10 a 20 pessoas •• Número de Animadores - 2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – folhas A4; canetas ou tintas ••Espaço – 1 sala

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Duração - 45 minutos Concretização O animador explica a finalidade e os objectivos da actividade. De seguida, pede às pessoas

que se dividam em grupos de 4 ou 6 para falarem das suas experiências na infância. Algumas sugestões:

- a que idade foste para a escola? - Ligação escola/religião. - Onde passavas as férias? - Tiveste que tomar conta dos teus irmãos? - Quais eram os teus jogos preferidos? - Quais são as tuas recordações mais marcantes?

O animador pergunta o que as pessoas acharam mais interessante no exercício e pede para comparar a nível político e social as diferenças de ambiente e as várias influências, pedindo também aos participantes que ilustrem as suas ideias com imagens ou desenhos. O animador deverá ter em conta que o exercício não se pode tornar numa análise psicológica mas sim na percepção de costumes diversificados como a comida, a língua ou a religião.

Temática - “Igualdade/ diversidade cultural” - “Tolerância” - Outras

12. Cartão de visita

Objectivos - Apresentação Participantes e Animadores

• Grupo- - todo o género de público•• – • Número de Animadores 1 animador

Material e espaço

• Material canetas; 4 cartões com características diferentes: habitação, família, tempos

•Espaço 1 sala Duração 20 a 30 minutosConcretização .

Quando terminarem, todos os cartões são misturados. Um participante começa por tirar

Assim, cada um dirige- suas características, para além das que estão escritas no cartão. Naturalmente, todos podem

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13. Os meus, os teus e os nossos...

Objectivos - Apresentação Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – a partir de 5 pessoas •• Número de Animadores – 1 ou 2 animadores

Material e espaço necessário

puzzle

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Temática - “Ecumenismo” - “Interculturalidade” - outras

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17. Comunicações cruzadas

Objectivos - Ver a importância da comunicação para realizar um trabalho colectivo. Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – Todo o género de público •• Número de Participantes – Mínimo de 10 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – marcadores; cartaz grande; folhas de jornal para tapar ••Espaço – 1 sala

Duração - 30 minutos Concretização Pede-se a três voluntários que saiam da sala. Chama-se um e pede-se-lhe para que comece

a desenhar qualquer coisa, indicando-lhe uma parte do papel (em baixo, em cima, ao meio). Quando este acaba tapa-se o desenho com papel de jornal deixando descobertas algumas linhas. Entra a segunda pessoa que continua a partir dali o seu desenho, seguindo-se a terceira que repete o procedimento anterior. Descobre-se o desenho resultante dos três. A discussão parte de não ter existido qualquer comunicação para realizar o desenho colectivo reconhecendo a importância de trabalhar em conjunto tendo um acordo prévio para alcançar objectivos comuns.

Temática - “Associativismo” - “Ecumenismo” - outras

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Dinâmicas de expressão e criatividade 18. Criar histórias

Objectivos - Explorar imagens que se tem de outras culturas, grupos sociais, etc...; - Ficar atento a como essas imagens condicionam as nossas expectativas em

relação a pessoas pertencentes a outros grupo;. Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – Todo o género de público •• Número de Participantes – 8 a 10 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – uma bola; papel e caneta para o observador (pode ser o animador) ••Espaço – 1 sala

Duração - 30 minutos Concretização Os participantes sentam-se em círculo. O animador, sentado do lado de fora, vai

escrevendo a história que vai ser criada. O animador explica ao resto do grupo que vão todos juntos criar uma história. Para isto eles vão ter de utilizar uma bola. Eles dizem: “Esta é a história do António, um jovem rapaz de Madrid.”, passando a bola para um membro do grupo que é convidado a continuar a história. No final, a bola segue para outro colega. Continua sempre assim para que a história seja construída em cooperação. Depois de 10 ou 12 rodadas, o animador pede a bola e diz: “O António tem um amigo Marroquino. O Ali também tem uma história.” e passa a bola para outra pessoa do circulo de forma a começar a contar a história do Ali. A actividade acaba passado 10 ou 15 minutos. Esta dinâmica pode ser adaptada a outras culturas e grupos sociais mais oportunos para a reflexão, tratando por exemplo de grupos que sejam descriminados socialmente. Pode-se começar por exemplo a história com “Esta é a história da Maria, uma jovem homossexual...” ou “Esta é a história do João, que é um estudante cego...”.

Temática - “Interculturalidade” - “Ecumenismo” - “Racismo/Xenofobia” - “Sexualidade e Afectividade” - “Tolerância” - outras

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19. Balões

Objectivos - criar bom ambiente dentro do grupo; - reflectir acerca dos processos de opressão, discriminação e exclusão; - encorajar o grupo a agir e a seguir as suas vontades.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 40 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – - 2 balões por participante - 2 pedaços de corda (cerca de 50 cm) por participante - marcadores suficientes para partilhar - papeis autocolantes ou bostick - parede branca ou quadro

••Espaço – 1 sala espaçosa o suficiente para se poder correr (sem cadeiras e mesas na zona central)

Duração - 20 a 30 minutos Concretização Pede-se aos participantes que reflictam (individualmente) por um minuto, sobre o tipo de

sociedade em que desejavam viver e para identificar uma ou duas características dessa sociedade. Os participantes escrevem num papel essas características colando-as na parede. Depois, pede-se para que pensem em dois obstáculos que os impeçam de conseguir essas duas características da sociedade “ideal”. Dá-se a cada pessoa dois balões e uma corda de forma a que os encham escrevendo esses obstáculos. Pede-se para que cada pessoa diga o que escreveu em cada balão. É dito, depois, ao grupo que têm a possibilidade de quebrar as “prisões”. Cada pessoa tem de atar cada um dos balões aos dois joelhos. Quando toda a gente estiver pronta explica-se que para as quebrar têm de estampar os balões para os rebentar. De forma a juntar mais diversão e competição pode-se sugerir a que cada um também tente rebentar os balões dos colegas protegendo os seus. Pode ser aplicado não só acerca da cidade ideal mas também da escola, dos amigos, da igreja, etc...

Temática - “Ensino Superior” - “Ambiente e Qualidade de vida” - “Relações Norte/Sul que futuro” - “Turma/Escola” - “Projectos de Vida” - outras

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20. Dá-lhe música

Objectivos - Despertar a curiosidade sobre música de outras culturas e povos; - Desafiar estereótipos e preconceitos sobre música de fontes não europeias; - Despertar a curiosidade sobre outros povos, culturas, música e idioma; - Desafiar o etnocentrismo em música e outros produtos culturais; - Introduzir um ambiente agradável no grupo.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – Todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 20 pessoas •• Número de Animadores – 2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – músicas de outro país, cultura, continente...; traduções das letras da música, se possível; gravador ••Espaço – 1 sala

Duração - entre 10 a 15 minutos Concretização A escolha do momento desta actividade deve ser feita cuidadosamente, de forma a ser no

início de uma sessão ou depois de um intervalo. Ao ouvir a música, os participantes devem tentar adivinhar qual a sua origem. Se esta tiver letra, devem tentar perceber o que significa. As pessoas podem falar com os colegas dizendo o que acharam da música mas nunca dizendo a origem que pensam ter. No final da sessão ouvem novamente a música revelando no final as suas suposições. É revelada a resposta certa. Se se tiver a letra os participantes devem lê-la.

Temática - “Interculturalidade” - outras

21. A ilha

Objectivos - Ter em atenção a forma como a cultura afecta as nossas vidas - Estimular a discussão sobre como pessoas de diferentes culturas comunicam e

interagem - Explorar tabus culturais e os limites da tolerância - Estimular a discussão sobre as possibilidades que surgem como resultado da

cooperação intercultural Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – Todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 16 pessoas •• Número de Animadores – 2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – - canetas e lápis

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necessário - fotocópias dos quadros para as tribos - bebidas, copos e biscoitos que cheguem para toda a gente - mapa mostrando a localização dos balões escondidos cortado em quatro pedaços - cinco balões vermelhos - 3 balões de cores diferentes - 2 balões parecidos mas diferentes de todos os outros escondidos num local

secreto - corda para apertar os balões - fita cola para colar os balões ás paredes - uma caixa incluindo pins, tesouras, batôn vermelho e cola

••Espaço – espaço amplo, de preferência ao ar livre Duração - 2 horas Concretização Introdução: Existe uma ilha onde vivem duas tribos. A tribo Y vive na zona mais

montanhosa e a tribo Z vive na zona costeira da ilha. Elas coexistem lado a lado e raramente estabelecem contactos entre si. As tribos têm diferentes línguas e diferentes culturas, contudo para ambas os balões têm uma especial importância. Na tribo Y, as pessoas atribuem grande valor à diversidade de balões por questões religiosas, e tentam coleccioná-los nos seus mais variados tipos, formas, cores e tamanhos. Na tribo Z usam os balões, particularmente os redondos e vermelhos, para fins medicinais. Recentemente a tribo Z começou a sofrer de uma estranha doença que, conforme a lenda, só tem uma hipótese de cura que é através de um raro tipo de balões. Estes só se encontram num sítio desconhecido da ilha. Para sua sorte, existe um mapa, passado através das gerações, o qual eles têm a certeza que os levará até ao novo balão que eles necessitam. Infelizmente, à muitos anos atrás, o mapa foi quase destruído numa guerra e a tribo Z só tem uma parte dele. A lenda diz que a tribo Y tem a outra parte. O objectivo do jogo é: para a tribo Y proteger os seus balões; para a tribo Z encontrar a cura que eles precisam. No entanto, tal como na vida real, os participantes irão perceber que naturais imprevistos se têm de ultrapassar. Desenvolvimento: O jogo é constituído por três etapas. Na parte A, as duas tribos aprendem a sua cultura; na parte B as duas tribos conhecem-se e aprendem a comunicar entre si; na parte C as tribos procuram os seus balões. Antes do jogo começar, os animadores devem-se certificar que tudo está preparado e dividem o grupo em dois, lendo a introdução e as instruções do jogo.

- Parte A Os grupos deverão, nesta etapa, ir para cantos opostos da sala (representando a montanha e a costa). O animador deve distribuir as cópias dos cartões de identificação de cada tribo, canetas e papel. Em seguida, este diz aos grupos que precisam de dar um nome à sua tribo, aprender as regras da sua cultura e criar uma

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linguagem especial. Têm 20 minutos para desenvolver e praticar a sua linguagem para assegurar que toda a gente do grupo está preparada. - Parte B O animador dá à tribo Y biscoitos e à tribo Z bebidas e copos. Depois chama os dois grupos para junto da sala (representando o território que não pertence a ninguém) e diz a todos que a simulação começa agora. Ao fazer isto está a criar-se uma oportunidade para os participantes aprenderem a linguagem dos outros. Os participantes terão de comunicar de forma a resolverem o problema satisfatoriamente. A partir deste momento todas as pessoas devem estar integradas no jogo. Por isso, devem utilizar a sua própria linguagem e cultura. - Parte C Os grupos têm a partir de agora 45 min. A tribo Z deverá começar a negociação da parte que falta do mapa e tentar encontrar os balões escondidos. Há possibilidade de surgirem imprevistos dependendo das negociações, do temperamento e da importância dada aos valores culturais pelos participantes. Se o jogo ficar “preso” em alguma o coisa, o animador deve intervir com um ou mais pormenores. O cenário pode ser o seguinte: ~ os jogadores precisam de manchar os pedaços de papel nos balões da tribo Y ~ precisam de, depois, trabalhar de forma a ser possível recuperar o que falta do mapa sem estragar os balões da tribo vizinha ~ uma cuidadosa observação vai revelar que os balões podem ser esvaziados. Contudo, os membros da tribo Z precisam de negociar cuidadosamente de forma a que a tribo Y permita que isso aconteça; alguém tem de quebrar o tabu cultural acerca de tocar nos balões e a tribo Y pode mandar que quem o fizer tem de usar um nariz vermelho e caminhar em circulo. Este será outro tabu criado. ~ inicialmente, não haverá nenhuma desvantagem para a tribo Y caso esta ajude a tribo Z porque esta apenas tem balões vermelhos e a tribo Y já tem um deles. No entanto, a situação mudará no final Quando a tribo Y conseguir ganhar porque existem dois novos balões escondidos e a tribo Z poderá partilhá-los. O animador deverá ter algumas atenções à preparação deste jogo. Sugere-se que os balões escondidos sejam preservativos, isto porque não têm a tradicional forma de um balão e também porque muita gente ainda os considera como tabu. Deve-se também encontrar um bom local para esconder os balões especiais mas sem os encher. Os animadores devem desenhar o mapa, mas dividindo a dificuldade pois o mapa vai ser cortado e a dificuldade terá de se distribuída. Assim, corta-se o mapa em 4 partes: 2 pedaços para a tribo Z. Separam-se os dois pedaços do mapa para a tribo Y e mete-se cada um dentro dos balões, dano-os em seguida à mesma tribo. Os animadores precisam agora de encher 8 balões coloridos. Depois devem colar-se os 4 balões vermelhos na parede da tribo Z e outros 4 balões

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na zona da tribo Y. Deixam-se então os dois quartos do mapa da tribo Z num envelope, na sua zona da sala e no meio do espaço que está a ser utilizado deixa-se uma caixa com o material necessário. Este material pode, ou não, ser utilizado pelas tribos dependendo da sua criatividade. Cada tribo deverá ter o cartão seguinte correspondente: TRIBO Z Vocês vivem numa ilha que é também habitada por outra tribo. Existem duas tribos que raramente se relacionam e têm diferente linguagem e cultura.

Língua Devem inventar uma linguagem específica simples que vão utilizar durante o jogo. Devem assegurar que toda a gente a sabe utilizar.

Cultura Vocês dão um grande valor à diversidade dos balões por razões religiosas e tentam coleccionar os que conseguem, de diferentes tipos, formas e cores. Os balões são considerados sagrados e a ninguém é permitido tocá-los. Se alguém o fizer é punido. As únicas pessoas que podem tocar nos balões são aqueles que foram treinados par o ritual da dança em círculo. Neste ritual a pessoa escolhida tem de usar um nariz vermelho e segurar o balão no nariz enquanto anda à volta do círculo. Vão precisar de inventar outros aspectos da vossa cultura incluindo um nome para a vossa tribo, uma maneira específica de cumprimentar e regras sobre a vossa organização social, por exemplo, quem toma as decisões e quem fala pelo grupo. TRIBO Y Vocês vivem numa ilha que é também habitada por outra tribo. Existem duas tribos que raramente se relacionam e têm diferente linguagem e cultura.

Língua Devem inventar uma linguagem específica simples que vão utilizar durante o jogo. Devem assegurar que toda a gente a sabe utilizar.

Cultura Vocês são pessoas muito pacíficas e socializáveis. Quando cumprimentam alguém, fazem-no roçando os narizes. Por esta razão é considerado bastante anti-social não ter um nariz muito bem limpinho. Vocês dão um grande valor aos balões redondos vermelhos que utilizam como medicamento. Os balões vermelhos são muito raros. Vão precisar de inventar outros aspectos da vossa cultura incluindo um nome para a vossa tribo, uma maneira específica de cumprimentar e regras sobre a vossa organização social, por exemplo, quem toma as decisões e quem fala pelo grupo.

Page 23: Dinamicas de Grupo

Avaliação: - Foi difícil falar e compreender as linguagens utilizadas? - Durante a busca como é que comunicaram? - Como é que conseguiram solucionar os problemas? - Quais são os actuais tabus na vossa sociedade? - Conseguem-se imaginar a viver numa outra sociedade? - A cultura é importante para vocês? - O que é que nos impede de compreender as outras culturas? Que conflitos culturais encontramos hoje em dia?

Temática -“Tolerância” -“Ecumenismo” - outras

22. De que lado estás?

Objectivos - Tomar consciência da responsabilidade de cada pessoa na sociedade; - Quebrar barreiras de comunicação e colocar toda a gente a partilhar as suas

opiniões; - Tomar consciência da rapidez com que algumas decisões têm de ser tomadas; - Defender as nossa opiniões e aceitar as dos outros caso a nossa não esteja correcta.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 40 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – folhas A4; canetas; lista de declarações ••Espaço – 1 sala

Duração - 1 hora Concretização Os participantes têm de imaginar que de um lado da sala é o lado positivo e do outro é o

lado negativo. Serão lidas umas declarações e os participantes devem deslocar-se para o lado positivo caso concordem, e para o lado negativo caso não concordem. Aquelas que não têm opinião devem ficar no meio mas não poderão falar. Os que estão do lado positivo ou negativo têm a possibilidade de dar as suas razões para concordarem ou discordarem, tentando convencer os outros a mudarem de lado. No final, quem quiser pode mudar de posição. Continua-se com o mesmo processo até se ler todos as afirmações.

Temática - várias

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23. Escultura humana

Objectivos - Discussão de um tema - Saber exprimir-se

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - - todo o género de público - equipa em iniciação

•• Número de Participantes – 10 a 20 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

••Espaço – 1 sala (espaçosa)

Duração - 30 minutos Concretização Fazem-se grupos de 3 ou 4 pessoas conforme o número total de participantes. Um é o

escultor e os outros são as personagens. Cada grupo deve realizar uma estátua humana sobre um determinado tema (igual ou diferente entre os grupos). Os grupos pensam a sua composição (10 min.) e, em seguida, em frente aos espectadores, o escultor monta a sua obra. Estes espectadores devem ao fim dizer como compreendem a escultura e o tema que representam. Finalmente, o grupo diz de que tema se trata e o que pretendiam exprimir.

Temática - várias 24. O refugiado

Objectivos - perceber a realidade dos refugiados e dos imigrantes - perceber as dificuldades que eles passam no país acolhedor

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – 5-6 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – cópias do início da história que será lida; papel grande; canetas ••Espaço – 1 sala

Duração - entre 90 minutos a 2 horas Concretização Lê-se em voz alta ou distribui-se cópias da seguinte história: “Miriam é uma refugiada na

tua cidade. Ela chegou há dois meses do seu país onde estava em perigo de perder a própria vida devido às suas condições económicas (ou ideais políticos).” As pessoas deverão formar grupos de quatro a seis pessoas para discutir e seguidamente escrever uma pequena história ou notícia de jornal acerca de como a Miriam deixou o seu

Page 25: Dinamicas de Grupo

país e como está a ser a sua vida no nosso. Devem pensar sobre: como é a vida da Miriam, que dificuldades enfrenta, como está a ser ou não ajudada, como aprende a nossa língua, se consegue ou não trabalhar e em que empregos, se está ou não a passar por um momento fácil da sua vida, como terá sido a as viagem, porque terá saído de lá, como obteve dinheiro, o que deixou para trás, etc. Após as apresentações dos trabalhos de cada grupo, a discussão poderá passar por pensar até que ponto é justa a história de Míriam, que casos conhecemos deste tipo dentro da nossa cidade, até que ponto nós os ajudamos, etc. Seria interessante que se convidasse um refugiado ou um imigrante para que nos ajudasse nesta reflexão.

Temática - “Interculturalidade” - “Racismo” - “Tolerância” - outras

Page 26: Dinamicas de Grupo

25. O país imaginário

Objectivos - Levar as pessoas a perceber que os direitos também são baseados em necessidades.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - a partir dos 14 anos •• Número de Participantes – 10 a 20 pessoas •• Número de Animadores – 2 animadores

Material e espaço necess.

•• Material – Folhas de papel; Marcadores ••Espaço – 1 sala

Duração - 40 minutos Concretização Os animadores dividem as pessoas em grupos de 5 e lêem o seguinte texto:

“Imagina que descobrias um novo país, onde ninguém tinha vivido antes, e onde não havia leis nem regras. Tu e os outros membros do teu grupo serão os pioneiros nesta nova terra. Não sabes que tipo de estatuto vais ter lá.” Individualmente, o participante escreve uma lista com três direitos que pensa serem essenciais para toda as pessoas que vão habitar este país. Assim, o animador pede para as pessoas partilharem o que escreveram e concordarem numa lista de 10 direitos que o grupo ache que devam ser garantidos. Eles deverão dar um nome ao país e escrever numa grande folha de papel juntamente com a sua lista. Cada grupo apresenta a sua lista aos restantes participantes. Se houver direitos que surjam repetidos o animador deverá assinalar com uma cruz. Depois de todos os grupos terem apresentados, o animador pede para as pessoas encontrarem ( se houver) direitos que se contradigam. Será que esta lista pode ser totalmente racionalizada? Poderão direitos semelhantes estar agrupados em conjunto? Quão perto da realidade estará esta lista?

Temática - “Direitos Humanos” - “Racismo” - “Interculturalidade” - outras

Page 27: Dinamicas de Grupo

26. Jogo dos Quadrados

Objectivos - Consciencializar as pessoas das diferentes atitudes que se dão no grupo e dos papéis que cada desempenha, para que se ajudem e se aceitem.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 15 pessoas. •• Número de Animadores – 2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – Quadrados ••Espaço – 1 sala

Duração - 1 hora Concretização É muito importante que o animador recorde que nos grupos existem uma série de atitudes

mais ou menos superficiais que se captam à primeira vista, mas para além disto, existem uma série de impulsos e motivações nos membros do grupo que lhe são únicas. E isto não se percebe com facilidade porque muitas destas atitudes são inconscientes. Preparação do material: Dispõem-se cinco envelopes com pedaços de cartolina de distintas formas. Esses cinco pedaços de cartolina formam um quadrado Preparam-se tantos conjuntos de cinco envelopes como subgrupos de pessoas que se venham a estabelecer. Para preparar um conjunto, cortam-se cinco pedaços quadrados de cartolina do mesmo tamanho aproximadamente de 15 centímetros de lado, e com a seguinte forma (as letras a, c e f indicam formas iguais): 1ª Parte – Instruções ao grupo De uma forma geral, convém, antes de iniciar o jogo, falar com o grupo sobre a importância da colaboração, na busca de um objectivo só. Esta introdução não deve ultrapassar os 5 minutos. O grupo grande distribui-se em subgrupos de 5 pessoas. Comodamente instalados em redor de uma mesa, de onde possam observar os movimentos e atitudes de cada um dos participantes. Assim, o animador deverá dizer: Há envelopes formas, com pedaços de cartolina para que cada um forme uma figura quadrada. Deverá haver um grupo observador que estará atento aos comportamentos e

C

B a

B a

E f A

D f

E c B c A

D

B a E a

C

A E

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não joga. Quando este der sinal para começar, o grupo deve formar cinco figuras quadradas de igual tamanho. O trabalho não estará completo até que cada indivíduo tenha em frente a si um quadrado perfeito do mesmo tamanho dos outros. O grupo deve obedecer às seguintes limitações específicas durante este exercício:

1- Nenhum participante pode falar; 2- Nenhum participante pode pedir a outro uma peça, nem fazer nenhum sinal

relativamente à distribuição das peças. 3- Sem terem de receber em troca, os participantes podem dar peças aos outros.

2ª Parte Com a nossa forma de nos comportarmos no grupo influenciamos tudo o que fazemos, isto porque cada um de nós tem um papel dentro de si mesmo. Papéis que se pode ter no grupo: 1- o obstinado, fechado. 2- o que engana, astuto. 3- o gabarolas, orgulhoso. 4- o expressivo, comunicativo. 5- o tímido, calado. 6- o perturbador, o que discute. 7- o positivo, que cria. 8- o criativo, que tem a iniciativa, activo. 9- o informador

o que participa, opina, dá ideias. Temática - “Cooperação”

- “Escola” - outras

27. Audiovisuais

Objectivos - Esta actividade tem em vista aproveitar a criatividade e o potencial dos indivíduos, pessoalmente e do grupo no geral.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 30 pessoas •• Número de Animadores – 2 ou mais animadores

Material e espaço necessário

•• Material – Equipamento de vídeo; Marcadores; Papel de cenário ••Espaço – 1 sala (espaçosa)

Duração - 2 horas

Page 29: Dinamicas de Grupo

Concretização É dito ao grupo que o objectivo deste exercício é criar em um filme de 15 a 20 minutos sobre um determinado tema. Pode ser racismo, xenofobia, intolerância, usando um vídeo e material estimulante. Cada grupo de 5 ou 6 pessoas decide como fará o programa de 15 minutos. Enquanto um grupo estiver a filmar os restantes deverão elaborar os tópicos das ideias que pretendem abordar. No final, os grupos assistem ao vídeo e os participantes podem tirar notas se assim o desejarem. Os participantes têm o resto do tempo para discutir os trabalhos e a sua metodologia. Os animadores devem estar sempre presentes e apoiar os grupos no que for necessário inclusivamente a nível de conteúdo. Deve haver um feedback relativamente ao trabalho de todos os grupos.

Temática - “Racismo” - “Xenofobia” - outras

28. Trabalho criativo

Objectivos - Explorar a imaginação das pessoas e aproveitar o seu potencial criativo - Levar as pessoas a acreditar que o trabalho, para ser bom, deve ser criativo e há

diversas maneiras de o concretizar. Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 30 pessoas •• Número de Animadores – 2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – Cartões brancos (tipo postais); Folhas A4; Marcadores ••Espaço – 1 sala

Duração - 2 horas Concretização A actividade começa com a leitura de um poema, uma canção, história ou provérbio que

esteja relacionado com a própria vida de cada um. O animador deve explicar que normalmente ouvimos e lemos notícias, frases em revistas ou jornais que nos tocam bastante e relativamente às quais temos, de facto, algo a dizer. Neste exercício, é preciso, portanto, que o animador incentive as pessoas a elas próprias escreverem os seus poemas e as suas frases sobre as suas próprias experiências ou sobre as dos outros. No final pode-se fazer uma recolha de todos os contributos dos participantes.

Temática - várias

Page 30: Dinamicas de Grupo

Para lançar um tema 29. A Rosa dos Ventos

Objectivos - Mostrar a interdependência dos fenómenos ligados ao desenvolvimento; - Descodificar os estereótipos, as actuações e as ideias mais simplistas; - Familiarizar-se com o emprego de técnicas de análise da realidade a partir de

imagens e de fotografias, com a selecção da informação produzida por fontes diferentes e, igualmente, com a apresentação ordenada das conclusões assim como a prática do debate democrático.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público; equipa em iniciação •• Número de Participantes – 20 a 25 pessoas •• Número de Animadores – 2 ou 3 animadores (de forma a melhor enquadrar os subgrupos)

Material e espaço necessário

•• Material – - Folhas grandes de papel, ou de cartão, para desenhar a rosa-dos-ventos. - O “esquema base” da rosa-dos-ventos. - Escolha de fotografias.

••Espaço – 1 sala Duração - 2 a 6 horas Concretização O animador apresenta o “esquema base” da rosa-dos-ventos explicando em que consiste

a bússola. O grupo é convidado a fazer uma “tempestade de ideias” para definir os 4 eixos da rosa: como é que estes 4 conceitos são vistos pelo grupo. Em seguida coloca-se uma fotografia no centro da rosa, relativa a um tema de interesse previamente escolhido. Convida-se o grupo a fazer as suas perguntas sobre a realidade apresentada, a partir de cada eixo e termina-se com um debate sobre a análise feita. Os participantes dividem-se em 5 subgrupos e recebem marcadores, folhas de papel e uma fotografia. Agora, irão analisar as fotografias sob os diferentes ângulos se necessário com a ajuda dos animadores que orientando o grupo chamam a atenção para as questões mais importantes. Os relatores de cada grupo apresentam as conclusões da análise feita. Por sua vez os animadores fazem algumas perguntas de carácter geral que relacionam os diferentes pontos abordados e que vão suscitar o debate final sobre o respectivo tema.

Temática - “Racismo/Xenofobia” - “Relações Norte/Sul que futuro?” - “Tolerância” - outras

Page 31: Dinamicas de Grupo

30. O jogo das cadeiras

Objectivos - Visualizar os desequilíbrios demográficos e económicos entre os continentes. Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – A partir dos 15 anos •• Número de Participantes – 12 a 30 pessoas •• Número de Animadores –2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – tantas cadeiras quantos os participantes; cartazes com as palavras América do Norte, Europa, África, Ásia e América Latina; quadros contendo os números referentes à população mundial e ao PIB (Produto Interno Bruto) distribuídos pelos continentes, (em anexo os de 19960, poderão ser actualizados) ••Espaço – 1 sala (espaçosa)

Duração - entre 20 e 30 minutos Concretização • Primeiro, o animador coloca os cartazes nas paredes da sala. Em seguida, explica ao

grupo que vai mostrar, de uma maneira simbólica, a repartição da população mundial. Se aquele lugar fosse o mundo e o grupo a sua população, cada participante representaria x milhões de habitantes. Pede-se então aos participantes que se espalhem no local e que se reagrupem debaixo dos cartazes representando os 5 continentes, de forma a mostrar com a maior exactidão possível a representação da população mundial. Uma vez que o grupo esteja colocado nos seus locais, o animador dá os números reais e corrige, se for caso disso, o simbolismo feito. • Num segundo tempo, trabalha-se sobre a riqueza mundial, representada pelas cadeiras. O animador indica que cada cadeira representa x milhões de dólares. O grupo divide as cadeiras debaixo dos cartazes. O animador dá em seguida os números reais e corrige-se o simbolismo. • Para terminar o jogo, os “habitantes” devem ocupar todas as cadeiras. Nenhuma delas deve ficar sem ser utilizada e nenhum habitante pode ficar de pé. Como “gato perseguido” deve-se subir às cadeiras. Haverá risos certamente: ver os americanos nas suas cadeiras vazias, em frente aos asiáticos que se amontoam aos cachos nas pouquíssimas cadeiras...

Este é o jogo ideal para começar de uma maneira muito viva um encontro sobre o desigual desenvolvimento do planeta.

Temática - “Relações Norte/Sul que futuro?” - “Solidariedade” - “Opção pelos pobres”

Page 32: Dinamicas de Grupo

Distribuição dos participantes segundo a repartição mundial da população

Número de jogadores Europa África Ásia

América Latina

América do Norte

1 jogador representa (milhões de habitantes)

12 2 1 7 1 1 466 15 2 2 9 1 1 373 20 3 3 11 2 1 279 25 4 3 15 2 1 224

Distribuição das cadeiras segundo a repartição da riqueza mundial Número de jogadores

Europa

África

Ásia

América Latina

América do

Norte

1 jogador representa (milhões de

US Dollars) 12 4 0 3 1 4 2.355 15 5 0 4 1 5 1884 20 7 0 6 1 6 1.413 25 8 1 7 2 7 1.130

31. O julgamento

Objectivos - Suscitar a análise de determinado problema; - Aprender a argumentar; - Melhorar as acções postas em prática relativamente à problemática; - Sistematizar e os conceitos e os conhecimentos que surgiram durante a formação.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – a partir dos 16 anos •• Número de Participantes – mínimo de 12 pessoas •• Número de Animadores – 2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – Brochuras, livros, material audiovisual que os grupos podem utilizar tanto na defesa como na acusação. ••Espaço – 1 sala

Duração O julgamento pode ser feito numa só manhã. Se pretendermos contornar a problemática e confrontar as diferentes fontes de informação, este exercício pode servir de fio condutor para um estudo mais longo e repartido no tempo (vários dias).

Concretização • Distribuição dos papéis: - Um juiz - Dois secretários (que transcrevem as diferentes intervenções) - Um júri (três pessoas) - Um grupo de acusação - Um grupo de defesa

Page 33: Dinamicas de Grupo

- Testemunhas (quer sejam provenientes do próprio grupo, quer outras pessoas anteriormente convidadas).

• O exercício começa pela apresentação de uma acusação, previamente redigida pelos animadores ou preparada com os participantes. A problemática que desejamos aprofundar é sempre aquela que é o objecto da acusação. • Começa o julgamento: O juiz relê a acusação e informação a assembleia sobre o desenvolvimento do processo. Ele é também o garante da boa gestão do tempo. Apresentação da acusação (10 min.). Um porta-voz do grupo apresenta os seus argumentos que explicitam ou reforçam a acusação, a partir dos elementos concretos e reais. Apresentação da defesa (10 min.). Um porta-voz do grupo apresenta os seus argumentos que diferem da acusação e trazem elementos concretos e reais que demonstram os aspectos positivos da questão em causa. O juiz autoriza um intervalo na sessão (10 min) de modo a que a defesa e a acusação reorganizem os seus argumentos e preparem as suas testemunhas. A acusação desenvolve três argumentos que podem ser apoiados pelo interrogatório das testemunhas (5 min.) A defesa e os jurados fazem perguntas a fim de serem esclarecidos. O advogado de defesa pode tornar a interrogar as testemunhas de acusação. A defesa desenvolve três argumentos que podem ser apoiados pelo interrogatório das testemunhas (5 min.) A acusação e os jurados fazem perguntas a fim de serem esclarecidos. O advogado de acusação pode tornar a interrogar as testemunhas de defesa. O juiz anuncia um intervalo na sessão a fim de permitir ás duas partes a preparação das suas exposições. A exposição feita pela acusação (5 min.) é seguida da exposição da defesa (5 min.) O júri dispõe de 10 minutos para deliberar e propor um veredicto. Em Seguida um membro do júri faz a leitura do veredicto perante a assembleia. O juiz termina fazendo as sínteses das teses apresentadas por cada uma das partes, e das do júri. Dita então a sentença que nunca é uma decisão a favor ou contra o acusado. O papel do juiz é o de destacar os diferentes aspectos da mesma problemática (finalidades, limitações, dificuldades e contradições). • Recomendações: Os animadores podem pôr à disposição dos participantes, material previamente seleccionado, que facilite o processo de investigação e de análise do tema: livros, meios audiovisuais, testemunhos, jogos, etc... Pode-se atribuir outra distribuição do julgamento do tempo, mais espaçada ou mais concentrada.

Temática - Várias

Page 34: Dinamicas de Grupo

32. Rótulos

Objectivos - Explorar as relações entre aquilo que esperam de nós e a forma como nos comportamos;

- Aumentar a atenção da influência do nosso comportamento nos outros; - Começar a discussão sobre os efeitos de estereotipar as pessoas.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – Todo o género de público •• Número de Participantes –a partir de 10 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – etiuetas autocolantes para cada pessoa ••Espaço – 1 sala espaçosa

Duração - 45 minutos Concretização Em cada etiqueta, escreve-se uma característica. Por exemplo: irresponsável, engenhoso,

estúpido, esperto, trapalhão, preguiçoso, etc... Decide-se uma tarefa imaginária para o grupo fazer. Explica-se aos participantes essa tarefa e clarifica-se que têm de tratar-se conforme aquilo que vêm escrito na etiqueta. Esta não pode ser vista pelo próprio portanto a palavra que se tem na testa não deve ser proferida por nenhum dos outros participantes. No final da actividade, quando a tarefa estiver realizada, as pessoas devem tentar adivinhar qual a sua característica. Após o jogo, deve haver discussão podendo colocar questões como: o que sentiram durante a realização da tarefa, que rótulos colocamos nós às pessoas na vida real, o que é que isso afecta no seu e no nosso comportamento...

Temática - “Tolerância” - “Opção pelos Pobres” - “Solidariedade” - outras

33. Estranho fora

Objectivos - Começar uma reflexão sobre os diferentes grupos na sociedade; - Aumentar a atenção sobre a discriminação e o preconceito; - Encorajar a empatia com a experiência de ser excluído e rejeitado.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público •• Número de Participantes –a partir de 16 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço

•• Material – papel autocolante colorido (ex.: num grupo de 16 pessoas ter 5 cores de

Page 35: Dinamicas de Grupo

espaço necessário

forma a se formarem 4 grupos de cores diferentes e uma pessoa isolada com uma cor diferente de todas as outras) ••Espaço – qualquer

Duração - 20 minutos Concretização Cola-se um papelinho colorido em cada testa dos participantes sem estes verem qual é a

sua cor. Estes têm de formar grupos juntando-se às pessoas que têm a mesma cor. Ninguém pode falar nem por linguagem oral nem gestual. No final têm de estar todos agrupados excepto aquele que tem uma cor diferente de todos (o estranho). Após o jogo, seria interessante explorar o que se sentiram ao descobrir pessoas do seu grupo, o que sentiu o excluído ao ver que estava sozinho, se tentaram ajudar os outros grupos a formarem ou só se centraram no seu próprio grupo,... Seria interessante pensar quem são os estranhos e excluídos da sociedade em que vivemos.

Temática - “Interculturalidade” - “Racismo/Xenofobia” - “Tolerância” - outras

34. Discussão em silêncio

Objectivos - Levar um grupo a pensar em determinadas questões relacionadas com um tema específico.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – a partir dos 14 anos •• Número de Participantes – 10 a 20 pessoas •• Número de Animadores – 2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – folhas grandes de papel; marcadores; fita-cola ••Espaço – 1 sala (espaçosa)

Duração - 1 a 2 horas Concretização Todos os participantes sentam-se no chão, numa roda à volta de 4 grandes folhas de

papel. Em cada folha está escrita uma palavra-chave diferente que esteja intimamente relacionada com o tema a tratar. Dependendo do tamanho e interesse do grupo podem-se utilizar apenas duas palavras. O animador pede às pessoas para escrever aquilo que lhe vier à cabeça associado com a palavra em questão. Eles deverão analisar o que cada um escreveu e dar contra-argumentos, fazer ligações ou fazer perguntas , mas...a regra básica é: ninguém pode falar!! Não faz mal se escreverem todos ao mesmo tempo pois significa que estarão empenhados em participar. Um dos animadores indica que a discussão irá terminar ao fim de 10 minutos ou quando todos terminarem de escrever. No final da discussão em silêncio, os participantes podem expressar os seus sentimentos em relação à situação a que acabaram

Page 36: Dinamicas de Grupo

de ser sujeitos, e às dificuldades do jogo. Temática - “Racismo”

- “Ecumenismo” - várias

35. Viagem na diversidade

Objectivos - chamar a atenção da presença de outras culturas na nossa própria sociedade - valorizar positivamente as influências de outras culturas

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 25 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – - Parte A: papel, canetas, marcadores de diferentes cores - Parte B: câmara de vídeo, gravador,...

••Espaço – 1 sala (espaçosa) Duração - Parte A: 30 minutos

- Parte B: 2 horas - Parte C: 1 hora

Concretização Parte A: Esta primeira parte servirá para fazer o planeamento da actividade. Cada grupo deve ter no máximo 6 pessoas e deve explorar o atentamente o meio onde estão inseridos (cidade, escola, bairro, país...) comparando com outros países através de fotografias ou imagens destes. Desta comparação devem surgir as semelhanças e as diferenças entre a cultura de cada participante e a cultura dos outros países. Deve-se verificar quais as influências das outras culturas na nossa como por exemplo no que diz respeito à gastronomia, moda, música, comunicação social, linguagem, etc. Parte B: Esta segunda parte servirá para fazer uma visita à sua própria vida e ao local onde vivem. Deverão despender de duas horas para o explorar. Parte C: A apresentação das conclusões deverá ser feita utilizando diferentes instrumentos como o vídeo, entrevistas, fotografias, documentários, etc... No final da actividade dever-se-á realizar uma avaliação podendo-se também discutir algumas questões como quais as surpresas que houve, a importância de haver tantas semelhanças com outros países, que limites tem esta igualdade, etc.

Temática - “Interculturalidade” - “Racismo” - “Globalização” - outras

Page 37: Dinamicas de Grupo

36. As regras do jogo

Objectivos - iniciar uma discussão acerca das regras na sociedade e das classes minoritárias e maioritárias;

- experiênciar a discriminação; - experiênciar o poder.

Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – Qualquer •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – papelinhos autocolantes de duas cores diferentes; lista de regras para cada uma das cores; cadeiras, aparelhagem, etc ••Espaço – 1 sala

Duração - a determinar Concretização Distribui-se o grupo em dois subgrupos que possuem cada um uma cor. Cada pessoa

deve estar devidamente identificada pela sua cor. Colocam-se as regras de cada grupo numa parede de forma a que possam ser constantemente observadas. A sessão deve ter o seu procedimento normal em que são implementadas estas regras ou poderá realizar-se uma actividade com este efeito. No final, poder-se-á discutir como é sentir o poder ou sentir a discriminação, que tipos de discriminações aparecem na vida real, quem tem o poder na nossa sociedade, etc. Nota: As regras poderão ser, por exemplo:

Grupo dos amarelos - Não se podem sentar nas cadeiras - Não podem estar juntos com mais de uma pessoa - Não podem falar com os verdes a não ser que estes lhes perguntem alguma coisa - Não têm acesso ao equipamento a não ser com autorização Grupo dos verdes

- Têm prioridade nos jogos de tabuleiro - Têm prioridade a escolher a música - Têm acesso livre ao equipamento - São convidados a uma bebida grátis no final do jogo se cumprirem as regras

Page 38: Dinamicas de Grupo

Temática - “Interculturalidade” - “Racismo” - “Tolerância” - “Relações Norte/Sul que futuro?” - outras

37. Scrabble

Objectivos - Desenvolver um determinado tema para facilitar a discussão do mesmo. Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público •• Número de Participantes – 5 a 10 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – Scrabble ou Folha de papel e qualquer coisa para escrever ••Espaço – 1 sala

Duração - 40 minutos Concretização O tema ( Escola, por exemplo) é escrito na vertical em letras maiúsculas no tabuleiro ou

numa folha de papel, em cima da mesa. Cada um é convidado a vir escrever um ou dois nomes ligados ao tema articulando depois outras palavras de forma a construir o Scrabble. D E V E R E S S C O L C A N E T A O grupo constrói, assim, um quadro de ideias que vai permitir levar a discussão mais longe.

Temática - “Escola” - “Cooperação” - outras

Page 39: Dinamicas de Grupo

38. Brainstorming

Objectivos - Desenvolver um determinado tema para facilitar a discussão do mesmo. Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 15 pessoas •• Número de Animadores – 1 ou 2 animadores

Material e espaço necessário

•• Material – folha de papel grande; qualquer coisa para escrever ••Espaço – 1 sala

Duração - 10 minutos + 10 minutos Concretização A partir de um tema dado, os participantes devem dizer, num curto espaço de tempo,

tudo o que lhe passa na cabeça, sem se censurar, sem julgar o outros e sem fazer comentários. As intervenções são feitas espontaneamente, sem ordem, desde que todos tenham qualquer coisa a dizer. Isto permite transmitir as ideias e criatividade de cada um. Tudo deve ser anotado no papel. O exercício terminará quando as ideias terminarem ou quando o animador achar que tem ideias suficientes no placard. Em seguida o grupo avalia o trabalho e faz um comentário às coisas anotadas.. Também é possível fazer o exercício por escrito, isto é, cada um anota num minuto a maior quantidade de palavras que conseguir relacionar com o tema.

Temática - qualquer temática.

Page 40: Dinamicas de Grupo

Dinâmicas de Planificação/Avaliação 39. F. O. F. A.

Objectivos - avaliação Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo - todo o género de público •• Número de Participantes – qualquer •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – papel ••Espaço – 1 sala

Duração - 2 horas Concretização F.O.F.A. significa Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Após uma análise ao

trabalho desenvolvido poder-se-á dizer quais são cada uma destas quatro, fazendo então uma avaliação cuidada. Também poderá ser um método para analisar e avaliar a escola onde estamos inseridos, o sistema político em que vivemos, etc.

40. Campos de força

Objectivos - Avaliação do trabalho de equipa Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público •• Número de Participantes – equipa •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – folhas A4; canetas; papel grande ••Espaço – 1 sala

Duração - 1 hora e meia Concretização O coordenador explica o objectivo do exercício e do seu desenvolvimento. Cada

participante faz uma lista das forças positivas e negativas do trabalho de equipa, escolhendo as mais importantes. Cada um apresenta as suas conclusões comparando entre si e elabora-se um gráfico geral a partir daí. Uma vez elaborado o panorama geral discute-se e analisa-se mais a fundo as forças negativas tentando solucionar e ver o que se pode fazer para manter as forças positivas.

Temática Trata-se de uma dinâmica de avaliação do próprio trabalho de equipa.

Page 41: Dinamicas de Grupo

41. Uma acção

Objectivos - planificação de uma acção Participantes e Animadores

•• Grupo-alvo – todo o género de público •• Número de Participantes – 10 a 30 pessoas •• Número de Animadores – 1 animador

Material e espaço necessário

•• Material – cópias da ficha de plano de acção; fichas com perguntas de avaliação ••Espaço – 1 sala

Duração - 2 horas Concretização Esta actividade serve para pôr as pessoas a pensar a cerca daquilo que se consegue fazer

num determinado tempo. Cada pessoa deve ter uma cópia do Plano de Acção que serve para trabalharem individualmente. Primeiro devem decidir qual o objectivo que querem atingir. Este tem de ser real e atingível no tempo que têm para o efeito. Pode estar relacionado com a temática que está a ser desenvolvida ou com outra que queiram começar a reflectir. Depois de responderem sozinhos ás questões, formam-se pares de forma a partilhar as suas respostas um com o outro. No grupo todo, cada pessoa diz aos outros qual o seu objectivo e a forma como o celebram quando o atingirem. É muito importante tomar-se consciência das dificuldades que se pode atravessar. Para a avaliação é necessário que se use um método que melhor se adapte ao grupo.

Temática - várias Ficha do plano de acção

Qual é o meu objectivo?

Que materiais vou necessitar para o atingir?

Que vou dizer de mim quando

conseguir ?

Como vou CELEBRAR?

Que ganho se não cumprir o objectivo?

Como poderei eu prejudicar este plano?

Como vou conseguir atingi-lo? Que outros

obstáculos poderão surgir?