DinâmicaIncêndio

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 Ciclo de Palestras Técnicas - CFO - 2004 7ª Seção do Estado Maior Geral 1  A presente instrução foi elaborada com o objetivo de facilitar o trabalho dos multiplicadores de conhecimento nas unidades em que servem e é protegida contra modificações.

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Ciclo de Palestras Técnicas - CFO - 2004

7ª Seção do Estado Maior Geral

1

 A presente instrução foi elaborada com o objetivo defacilitar o trabalho dos multiplicadores de

conhecimento nas unidades em que servem e éprotegida contra modificações.

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Cap QOBM/Compl George1º Ten QOBM/Comb Helen2º Ten QOBM/Comb Lopes

2º Ten QOBM/Comb Quincoses2º Ten QOBM/Comb Marina

Cap QOBM/Compl George1º Ten QOBM/Comb Helen2º Ten QOBM/Comb Lopes

2º Ten QOBM/Comb Quincoses2º Ten QOBM/Comb Marina

PESQUISA SOBREINCÊNDIO URBANOPESQUISA SOBREPESQUISA SOBRE

INCÊNDIO URBANOINCÊNDIO URBANO

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERALCORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERALCORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

O grupo de pesquisa foi criado por ato doComandante Geral, Coronel QOBM/Comb Sossígenesde Oliveira Filho, por meio do Boletim Geral nº 036,

de 26 de fevereiro de 2004, com o objetivo de realizarpesquisas nas missões fim do Corpo de Bombeiros,elevando o conhecimento técnico-profissional da

tropa e inserindo novas técnicas operacionais.O grupo de pesquisa está aberto para outros

bombeiros que queiram desenvolver trabalhosrelacionados à área operacional da Corporação. Paratanto, é necessário contactar a 7ª Seção do Estado

Maior Geral, por meio do telefone 343.9182.Esta instrução visa especificamente a área de

combate a incêndio urbano.

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O aprimoramento profissional e o treinamento constante datropa são imprescindíveis para a qualidade das ações de socorro

realizadas pelos bombeiros e podem ser obtidos por meio deprogramas de capacitação que permitam a atualização dos

conhecimentos técnicos adquiridos ou melhorados por meio dapesquisa. Tais programas também permitem a integração das

diversas unidades, reforçando a padronização da linguagem e daconduta de socorro.

 A elaboração de um manual institucional de combate a incêndio,dentro de uma abordagem moderna e aprimorada docomportamento do fogo, facilitará a padronização dos

procedimentos a serem adotados caso a caso, intensificando aparticipação da Corporação no estudo da ciência do fogo.

Considerando que o Brasil ainda está incipiente nas pesquisastécnico-científicas de incêndio, também é objetivo deste

trabalho inserir o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federalna liderança das descobertas científicas sobre o assunto.

Qualquer dúvida sobre os assuntos abordados nesta instrução ouinteresse em material bibliográfico pode ser feito à 7ª Seção do

EMG, por meio do telefone (61)3439182.

A pesquisa sobre incêndio urbano visa:A pesquisa sobre incêndio urbano visa:

• O aprimoramento técnico-profissionalda tropa, por meio: – da integração das diversas unidades; – do desenvolvimento de novas técnicas.

• A elaboração de um manualinstitucional de combate a incêndio.

• Tornar o CBMDF referência nacionalem combate a incêndio urbano.

• O aprimoramento técnico-profissionalda tropa, por meio: – da integração das diversas unidades; – do desenvolvimento de novas técnicas.

• A elaboração de um manualinstitucional de combate a incêndio.

• Tornar o CBMDF referência nacionalem combate a incêndio urbano.

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 Assuntos a serem abordados: Assuntos a serem abordados:• O comportamento do fogo – Revisando conceitos – O tetraedro do fogo

• Dinâmica do incêndio: – A fumaça – Elementos construtivos da edificação

• Comportamentos extremos do fogo: – Flashover - conceito, prevenção e combate – Backdraft - conceito, prevenção e combate

• Os efeitos do incêndio sobre o bombeiro

• O comportamento do fogo – Revisando conceitos – O tetraedro do fogo

• Dinâmica do incêndio: – A fumaça – Elementos construtivos da edificação

• Comportamentos extremos do fogo: – Flashover - conceito, prevenção e combate – Backdraft - conceito, prevenção e combate

• Os efeitos do incêndio sobre o bombeiro

Os assuntos foram organizados da forma que sesegue a fim de se compreender melhor a dinâmicados incêndios e, por conseqüência, os cuidados e

ações a serem tomados no socorro. Para tanto, faz-senecessário compreender bem o tetraedro do fogo,

principalmente no que diz respeito à reação emcadeia, que influenciará sobremaneira na propagação

e intensidade do sinistro.Os efeitos do incêndio sobre o bombeiro foram

relacionados com a finalidade de chamar a atençãosobre os potenciais danos decorrentes de incêndios

urbanos, principalmente na ocorrência decomportamentos extremos do fogo, e sua influêncianão somente sobre as vítimas mas também sobre os

bombeiros durante e após o combate.

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Simulação de incêndio em pinheiro

Nem todo incêndio se propagará tão rapidamentequanto o mostrado neste vídeo. O pinheiro

apresentou esta característica por ser resinoso eestar seco. Entretanto, um incêndio em um cômodo

típico de uma residência ou escritório, com uma cargaincêndio normal, pode apresentar um

comportamento extremo do fogo em questão deminutos, fazendo com que os bombeiros se deparemcom uma situação perigosa de incêndio ao chegar ao

local do sinistro.Saber lidar com este tipo de ocorrência é vital para aqualidade do socorro prestado e para a integridade

física das guarnições de bombeiros.

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O Comportamento do Fogo

Revisando conceitos:

• Pirólise

• Energia deAtivação

• Combustão

Esquema do FRANCE-FLASHOVER-GUIDE-2003 

www.firetactics.com 

Para se entender melhor o comportamento do fogo, vamosrevisar alguns conceitos:

1. Pirólise: Processo no qual os materiais, quando aquecidos,liberam gases combustíveis pela quebra das moléculas que os

compõem.2. Energia de ativação: é a energia necessária (variável de

corpo para corpo) para iniciar uma reação química (neste casomais específico, para fazer com que o material combustível

entre em pirólise).3. Combustão: Reação química de oxidação entre os gases

combustíveis liberados pela pirólise e o ar, gerando luz e calor.

Na figura é possível observar que, enquanto as chamas estãoainda restritas ao centro da sala, os outros móveis presentes

estão liberando gases combustíveis, em decorrência deestarem aquecidos. O que os levou a se comportarem destaforma foi a energia de ativação produzida pelas chamas e oprocesso que estão sofrendo é a pirólise. Se não houver um

resfriamento, em pouco tempo os móveis se inflamarão,

atingindo seu ponto de combustão e fazendo com que todo oambiente esteja envolto em chamas.

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CombustívelCombustível

Oxigênio

Agente Ígneo

Reação em CadeiaReação em Cadeia

O Tetraedro do Fogo

Durante muito tempo acreditou-se que, para haver fogo, eramnecessários três elementos: o oxigênio, também chamado de

comburente, o agente ígneo, responsável por fornecer calor àmistura e o combustível, constituindo-se assim o triângulo do fogo.Com o avanço das pesquisas científicas nesta área, verificou-se que

existe uma reação química contínua entre estes três elementos,mantendo a combustão, denominada reação em cadeia. Esta ocorrequando as moléculas (estáveis) de hidrocarbonetos liberadas pelapirólise reagem como oxigênio presente no ar, decompondo-se emoutras moléculas ou átomos instáveis, continuando a reagir com o

oxigênio, produzindo chamas e calor até que:

1. o oxigênio diminua sua concentração até o ponto de não havermais combustão;2. o ambiente seja resfriado; ou

3. o combustível acabe.Como estas moléculas e átomos instáveis se concentrarão na

fumaça, tornando-a uma massa combustível gasosa, esta pode vir ase ignir, gerando chamas e mais calor. O risco deste comportamento

nos incêndios urbanos reside no tipo de ambiente em que ocorre:normalmente cômodos delimitados por paredes e teto que

constituem um ambiente fechado ou confinado.

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Filme Discovery - 03’10’’ - 04’10’’

Reação em cadeia 

Este vídeo explica didaticamente a reação em cadeiaque ocorre durante a combustão de uma vela.

Possui áudio.

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H H H

HH

H H

OO

H

Exemplo de reação em cadeia - Combustão do hidrogênio 

Para uma melhor compreensão, apresentaremos aseguir um esquema ilustrativo de como se processa a

combustão do hidrogênio.O ambiente está cheio de moléculas estáveis de

hidrogênio (combustível) e oxigênio (comburente),como ocorre na realidade.

Para fins didáticos, consideraremos somente quatromoléculas de H2 e uma de O2.

Se o ambiente sofrer um aquecimento pela ação deum agente ígneo, a molécula de hidrogênio àesquerda se quebrará formando dois átomos

(instáveis) de H2.

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H H H

HH

H H

OO

H

Os átomos de hidrogênio tenderão a reagir com ooxigênio, fazendo a quebra desta molécula.

Novamente, por fins didáticos, só iremos considerar areação com um átomo de H2. O outro H2 sofrerá o

mesmo processo que este, mas será desconsideradoneste exemplo.

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H H H

HH

H H

O

O

 Ao reagir com o oxigênio, o átomo de hidrogênioformou um molécula (hidroxila) e deixou um átomo

de oxigênio sozinho. Tanto a hidroxila quanto oátomo de oxigênio são instáveis e irão decompor

outras moléculas de hidrogênio até alcançarem umequilíbrio.

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H H H

HH

H H

O

O

Nesta etapa, foram quebradas duas moléculas de H2 ,formando uma molécula de água (estável) e outrahidroxila, além de deixar mais dois átomos de H2

sozinhos, agravando a situação de instabilidade dareação..

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H H H

HHH

H

O

O

 A hidroxila irá então quebrar outra molécula de H2 ,formando água. Como a molécula de água é estável,de sua parte não haverá mais quebras. O problema é

que a reação inicial de um átomo de hidrogênioresultou em três outros átomos instáveis.

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H H H

HHH

H

O

O

OO

Considerando-se que um ambiente, em condiçõesnormais, possui oxigênio em proporções ideais para a

combustão, haverá uma reação química entre osátomos de hidrogênio e as moléculas de oxigênioidêntica ao que acabamos de ver, o que se pode

concluir que, enquanto houver calor, comburente ecombustível, estes três átomos de hidrogênio

formarão mais nove, depois vinte e sete e assim pordiante. Isso é uma reação em cadeia.

Em um incêndio, os gases combustíveis presentes nafumaça se comportarão desta forma, uma vez queesta carrega em seu interior átomos e moléculas

instáveis capazes de reagir com o oxigênio presenteno ar, formando chamas e calor.

Em incêndios urbanos, dada à característica deespaço limitado, a fumaça será a grande responsável

pela propagação do incêndio e pela ocorrência decomportamentos extremos do fogo, o que será visto

mais adiante.

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Exemplo - combustão do metano:

Em condições ideais:

CH4 + 2 O2 2 H2O + CO2

Se a mistura for rica em metano, não haverá

moléculas de oxigênio suficientes paracomburí-lo completamente, gerando CO aoinvés de CO2.Na maioria das vezes é isso oque ocorre.

Em algumas reações químicas, a combustão pode sercompleta, ou seja, todos as moléculas do combustívelreagindo estequiometricamente com as moléculas de

oxigênio, tornando seus produtos estáveis, como oexemplo ideal da combustão do metano. O problemaé que esta combustão é decorrente de uma situação

ideal. Na prática, se a mistura for muito rica emmetano (ou qualquer outro combustível), haverá a

produção de monóxido de carbono e não de dióxido.O monóxido, por sua vez, é instável e vai reagir com ooxigênio, quebrando sua molécula e formando outroselementos instáveis, gerando assim uma reação em

cadeia, semelhantemente ao que ocorre com ohidrogênio e com a maioria dos combustíveis

presentes na natureza.

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Tipos de queima:Chama pré-misturada

Combustão completaQueima limpa

Produção de luz e calor

Chama difusa

Combustão incompletaQueima residual

Produção de luz, calor e fumaça

Para se entender melhor o que ocorre nos incêndios, éimportante relembrar quais os tipos de chamas existentes.

 A chama pré-misturada é um processo de combustão pelo qual ogás combustível e o ar (oxigênio) são misturados antes que a

ignição e a propagação ocorram. Nas chamas pré-misturadas háuma reação completa entre o combustível e o ar porque, aochegar à chama, já há uma mistura entre o gás e o ar. São

exemplos disso as chamas de fogão e maçaricos. Estesequipamentos são projetados para produzir uma queima limpa,

ou seja, não produzirem nada além de calor e luz e écaracterizada por chamas de cor azul. No caso dos fogões, há umaentrada de ar em seu gabinete que permite a mistura entre o GLPe o ar. No caso dos incêndios, em geral o que ocorre é uma chama

difusa, onde as moléculas de combustível não reagemperfeitamente com o ar, produzindo resíduos da combustão quepodem vir a se ignir. Nestes casos, há produção de luz, calor efumaça. E é nesta que se irão acumular os átomos e moléculas

instáveis resultantes deste tipo de queima. Por esse motivotambém é chamada de combustão incompleta. A chama difusa é

um processo de combustão pelo qual o gás combustível e ooxigênio são transportados para um zona de reação devido àdiferença de concentração.

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Móvel

QuenteQuente

Opaca Inflamável

Tóxica

Dinâmica do IncêndioA Fumaça Conceito antigo e atual

Características:

Q O M I T

Dinâmica do incêndio é o comportamento do incêndio quanto à suapropagação dentro da edificação e depende de diversos fatores:

temperatura, arquitetura da edificação, carga incêndio... A fumaça será um fator de grande influência na dinâmica do incêndio,

dadas as características que veremos a seguir.O conceito antigo qualificava a fumaça basicamente como um produto da

combustão, sendo opaca e tóxica, dificultando em muito os trabalhosdos bombeiros. A preocupação, então, era estabelecer meios de

orientação por cabo guia e usar equipamento de proteção respiratóriapara conseguir desenvolver as ações de salvamento e combate a

incêndio com segurança.

Com estudos mais recentes descobriu-se que a fumaça, além de opaca etóxica, também é quente, móvel e inflamável. Os franceses a chamaramentão de QOMIT. Quente porque, sendo um produto da combustão, já saia uma temperatura alta do processo de queima, podendo transmitir calora outros ambientes que não foram atingidos. Móvel porque é um fluido ese movimentará em qualquer espaço possível. E inflamável porque, como

 já foi visto, possui em seu interior um massa combustível gasosa,proveniente da reação em cadeia.

O conceito atual, então, não desabona o antigo. Somente ocomplementa.

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Simulação computacional de incêndio emresidência ocorrido em Ohio - EUA

Esta simulação computacional retrata uma situaçãode incêndio real ocorrido em uma residência nos

Estados Unidos, onde morreram dois bombeiros aofazerem a abertura da porta da frente, situada nalateral direita da figura. Havia fogo no subsolo e a

fumaça havia tomado a residência pela escada.Com a entrada de ar vinda da abertura, a fumaça (que

é inflamável e quente) se igniu em uma altatemperatura, atingindo os bombeiros e fazendo com

que toda a residência fosse envolta em chamas.

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Simulação - Filme Discovery - 12’55’’ - 13’59’’ 

Chamas na camada de fumaçaChamas na camada de fumaça

O vídeo acima aborda uma simulação de incêndio emcontainer, montada pelos bombeiros da Suécia, onde

é possível observar as chamas que acontecem nacamada de fumaça.

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Foto retirada do site www.fictionattic.com 

Foto retirada do site www.ufmg.br/lcc 

Alguns elementos construtivos que

necessitam da atenção dos bombeiros:

• Teto falso (forro) - Tipos: – Fibras e lãs minerais –

incombustíveis, liberam fumaçanão tóxica, alto custo.

 – Metal perfurado – aço galvanizadoou ligas de zinco e alumínio –Ex: Shopping Top Mall.

 – Poliuretano – espuma flexível ousemi-rígida, autoextingüível.

• Teto falso (forro) - Tipos: – Fibras e lãs minerais –

incombustíveis, liberam fumaçanão tóxica, alto custo.

 – Metal perfurado – aço galvanizadoou ligas de zinco e alumínio –Ex: Shopping Top Mall.

 – Poliuretano – espuma flexível ousemi-rígida, autoextingüível.

• Piso falso – 0,15 a 1,20 metros – muitocomum em CPD.

Como falado anteriormente, a arquitetura da edificação influenciará adinâmica do incêndio. Abordaremos a seguir alguns elementos

construtivos presentes em muitas edificações e que ainda não detêm a

atenção dos bombeiros nas ações de socorro. Saber como secomportam frente a um incêndio faz com que as guarnições atentem

para a própria segurança e das vítimas.Piso falso é a elevação do piso, como se pode perceber na fotografia.

Tem a finalidade de permitir a acomodação e passagem decabeamento, principalmente de rede, o que o torna muito comum em

ambientes com vários computadores ou de CPD. Sua altura varia de 15a 120 centímetros e um incêndio atingindo esta área pode apresentar

risco de queda dos bombeiros quando combatendo o incêndio oufazendo busca de vítimas.

Teto falso ou forro é um rebaixamento do teto. Sua altura varia de casopara caso e forma um vão entre o teto e o forro. Como a fumaça é

móvel e quente, a possibilidade de este espaço ser tomado por ela émuito grande, agravando as condições do incêndio. Neste slide estão os

tipos de forro mais caros e modernos. Não são muito comuns, maspodem ser encontrados. No caso do poliuretano, do metal perfurado eda lã mineral, todos apresentam característica incombustível, o que

não ajudará a propagar o incêndio. Entretanto, o risco que o vãooferece pelo acúmulo da fumaça em seu interior é o mesmo..

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• Teto falso – continuação: – PVC – deformável.

Risco: gotejamento de materialquente.

 – Madeira - combustível.Tipo mais comum: forro paulista.

 – Gesso – material cortante, trinca

quando exposto ao calor.

 – Papelão prensado – altamentecombustível; comum emedificações antigas.

Neste slide estão relacionados os tipos mais comuns deforro.

 Apesar de não ignir-se facilmente, o PVC deforma-se com ocalor, podendo fazer cair gotas de polímero quente sobre os

bombeiros, com risco grave de queimadura. A madeira é combustível e será um influente meio depropagação do incêndio. O tipo mais comum é o forro

paulista.O gesso também é muito utilizado, tanto em residênciasquanto em edificações comerciais. Possui característica

incombustível, porém trinca quando aquecido e é cortante,podendo desprender-se e ferir os bombeiros, mesmo na

fase do rescaldo.O forro de papelão prensado foi muito utilizado até a

década de noventa. De custo reduzido, pode ser feito deraspas de madeira ou de papelão prensado em forma de

placas. É altamente combustível e irá agravar sobremaneiraa propagação do incêndio.

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Vidro aramado

Vidro temperado

Vidro laminado

• Fachadas em vidro:

 As edificações mais modernas estão sendo projetadas em grandenúmero com fachadas de vidro. Tal característica pode influenciar a

propagação vertical do incêndio. Os vidros apresentam característicaincombustível, porém se deformam com a ação do calor. O vidrorompido de um pavimento fará com que o pavimento mais alto seja

facilmente atingido pela fumaça quente.Os vidros laminados possuem este nome por terem uma lâmina

adesiva plástica entre duas faces de vidro. São as mais utilizadas emfachadas e são bastante resistentes a vandalismo.

Os vidros temperados são confeccionados submetendo-os a altastemperaturas e resfriando-os abruptamente. São quebráveis, mas

também apresentam alta resistência a choques mecânicos. São muitoutilizados também em portas e acessos.Os vidros aramados possuem em seu interior uma malha de arame

que não permite passagem em caso de quebra do vidro. São vidros desegurança, utilizados principalmente em rotas de fuga e locais

protegidos.Combater um incêndio em uma edificação com estes vidros requerdos bombeiros a utilização de todos os sistemas de proteção contraincêndio e pânico existentes na própria edificação. Quebrá-los para

acessar o interior ou para fazer o combate é uma medida extrema quedeve ser, ao máximo, evitada.

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• Gesso acartonado -

paredes e divisórias

• Dutos:

- escadas- elevadores- de ventilação (arcondicionado e banheiro)- técnicos (“shafts”)

w ww .cu ri ti ba cas a. co m. br w ww .c aba no. co m. br  

Hoje em dia está sendo muito utilizado o gessoacartonado para substituir a alvenaria em paredes e

divisórias. Conhecido também como “dry wall”, ogesso acartonado possui a facilidade e rapidez de

montagem, além de reduzir custos. No Brasil, aindanão existe legislação que obrigue este material a terdeterminada resistência ao fogo e ao calor. Portanto,o material pode auxiliar na propagação das chamas.

Independente disso, a sua deformação pode acarretara descompartimentação do ambiente, propagando

ainda mais o incêndio pela movimentação da fumaça.Os dutos (sejam eles de escadas, elevadores,

ventilação ou técnicos) influenciarão sobremaneirano comportamento da fumaça, dada a sua

característica móvel. Os bombeiros devem estaratentos à movimentação desta no interior destes

espaços, a fim de se evitar a propagação do incêndio..

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Comportamentos Extremos do FogoComportamentos Extremos do Fogo

• ConceitoIncêndio de propagação rápida

• Principais tipos:* Flashover* Backdraft

• Acontecem em:

! Carga incêndio normal! Ambientes confinados (compartimentos)! Pouco tempo de queima! Qualquer estrutura construtiva

• ConceitoIncêndio de propagação rápida

• Principais tipos:* Flashover* Backdraft

• Acontecem em:

! Carga incêndio normal! Ambientes confinados (compartimentos)! Pouco tempo de queima! Qualquer estrutura construtiva

Em 1986, os bombeiros da Suécia começaram a observar que algunsincêndios em ambientes compartimentados apresentavam umcomportamento muito agressivo quanto à sua propagação e

intensidade. Depois de estudos e testes, observou-se que a fumaça,por ser inflamável, era um importante fator neste processo.

São classificados 15 (quinze) tipos de comportamentos extremos dofogo, que também são denominados de incêndio de propagação

rápida (rapid fire progress). Para melhor compreensão da presenteinstrução, abordaremos os dois principais tipos: flashover e backdraft.Em outra instrução, será abordada a ignição da fumaça. Todos estes

fenômenos ocorrem principalmente como resultado docomportamento de fumaça no ambiente.

Os comportamentos extremos do fogo acontecem em ambientes comcarga incêndio típica de um ambiente comum, não necessitando deaceleradores para causar o fenômeno. Para ocorrerem, é preciso

haver uma limitação de espaço físico, por isso a condição de espaçoconfinado ou compartimentado. Em ambas condições, uma residência,

um escritório ou outro cômodo podem desenvolver taiscomportamentos. O fenômeno ocorre também em pouco tempo de

queima e com qualquer estrutura construtiva (concreto, alvenaria,madeira, metal...).

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 As fases do incêndio, por temperatura.

Gráfico Temperatura x Tempo Tempo

Fase Inicial FaseCrescente Fase TotalmenteDesenvolvida Fase Final

O gráfico representado neste quadro é citado no Manual Combate aIncêndio Tático, do inglês Paul Grimwood e divide o incêndio em

quatro fases, conforme sua temperatura. As cinco fases adotadas no

Manual Técnico Profissional para Bombeiro, adotado atualmente noCBMDF: eclosão, incubação, deflagração, propagação e extinção nãosão desabonadas nesta abordagem.

 Analisando o gráfico, é possível observar que a fase inicial apresentauma temperatura relativamente baixa em um espaço de tempo maior. Ao se desenvolver, o incêndio alcançará a fase crescente, onde sua

temperatura sofrerá um aumento exponencial em um curto período detempo. É possível observar que a temperatura sobe de 50 a 800ºC

rapidamente.

Deixando o incêndio desenvolver-se normalmente, sua temperaturacontinuará elevando até 1000ºC, o que já foi provado em testes reaisde incêndio. Esta situação oferece potenciais riscos aos bombeiros,

que podem sofrer os efeitos agressivos do incêndio nas ações desocorro.

 Após um determinado tempo, em decorrência de um decréscimo decombustível, de calor ou de oxigênio, haverá uma diminuição linear datemperatura. Isso significa que o ambiente estará resfriando, porém

muito lentamente e com pouco oxigênio, o que tornará a situaçãoperigosa para os bombeiros em uma entrada forçada (arrombamento)

sem os devidos cuidados.

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FLASHOVER FLASHOVER • Generalização do incêndio - combustão de todos osmateriais presentes no ambiente.

• Características:

 – Chamas na camada de fumaça, rolando pelo teto

 – Línguas de fogo que se direcionam para aberturas.

 – Fumaça densa

 – Temperatura alta e crescente, forçando o bombeiroa permanecer abaixado – Resíduos de fumaça depositando-se nas

superfícies

• A prevenção

• Generalização do incêndio - combustão de todos osmateriais presentes no ambiente.

• Características:

 – Chamas na camada de fumaça, rolando pelo teto

 – Línguas de fogo que se direcionam para aberturas.

 – Fumaça densa

 – Temperatura alta e crescente, forçando o bombeiroa permanecer abaixado

 – Resíduos de fumaça depositando-se nassuperfícies

•  A prevenção

Os termos utilizados em inglês são difíceis de traduzir para a LínguaPortuguesa com a fidelidade conceitual necessária, por isso a alusão a estes

será feita sempre que for útil para a compreensão do texto.Flashover é o momento em que todo o ambiente, por ação da massacombustível gasosa presente na fumaça, entra em ignição após a pirólise. É ageneralização do incêndio, onde todos os materiais presentes terão atingido

seus pontos de combustão.Não confundir com os processos de transmissão de calor (condução,

convecção e irradiação)!Possui como características:

1. Chamas na camada de fumaça, rolando pelo teto - isso ocorre por causa daignição da fumaça, que é inflamável.

2. Línguas de fogo direcionando-se para aberturas - como o oxigênio noambiente já terá sido consideravelmente consumido, as chamas irão sedirecionar para qualquer abertura que disponha de comburente, como pode

ser observado na foto.3. Fumaça densa - em decorrência da combustão que está ocorrendo dentro

do ambiente.4. Resíduos de fumaça depositando-se na superfície - como a combustão

produz fuligem, esta estará se depositando em qualquer superfície possível. A prevenção do flashover consistirá em debelar o incêndio antes que o

fenômeno ocorre. Tempo resposta é, então, a palavra chave.

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 Animação - Filme Discovery - 05’25 - 6’30’’ 

FLASHOVERFLASHOVER

 A animação demonstra como ocorre um flashover emum ambiente comum, com a carga incêndio típica de

uma sala de estar.

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Ensaio - Filme Discovery - 19’ - 19’20’’ 

FLASHOVER FLASHOVER 

O ensaio foi realizado por bombeiros suecos em umasimulação de incêndio em residência com ocorrência

de flashover. Há um registro de temperatura de300ºC no nível do piso enquanto que no teto atemperatura atinge 1000ºC. É possível notar as

chamas na camada de fumaça no decorrer do vídeo.

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Estado deEstado de prpréé--

flashoverflashover

10 segundos ap10 segundos apóóss

20 segundos após

Este slide possui três fotografias seqüenciais em umsimulador de flashover feito de alvenaria. É possívelobservar que no estado de pré-flashover, a fumaçasai do ambiente mais densa e escura. Dez segundos

após, nota-se chamas na área do teto, maisespecificamente na fumaça. Vinte segundos após,

línguas de fogo direcionam-se para a porta, em buscade comburente.

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FLASHOVER - CombateFLASHOVER - Combate

• Ventilar o ambiente, cuidando para:

 – Estar fora da rota de escape dos gases – Fazer a abertura usando ferramenta – Utilizar, se possível, aberturas naturais

(portas, janelas...)

•  Ventilar o ambiente, cuidando para:

 – Estar fora da rota de escape dos gases – Fazer a abertura usando ferramenta – Utilizar, se possível, aberturas naturais

(portas, janelas...)

 A ventilação do ambiente será essencial para ocombate ao flashover. Se houver uma rota de saída

para a fumaça que está se acumulando, atemperatura do ambiente sofrerá uma diminuição e

atenuará a propagação tanto vertical quantohorizontal do incêndio.

Para tanto, é importante que os bombeiros estejamfora da rota dos gases. Isso é possível com a ajuda de

ferramentas tais como alavanca, croque... E paraevitar danos maiores que o necessário à edificação, é

importante utilizar preferencialmente aberturasnaturais já existentes (janelas, clarabóias, portas...). A fotografia mostra dois “roof man”, que quer dizer,

bombeiros de teto, fazendo a abertura da rota deescape da fumaça no telhado, devidamente equipados

com EPI e EPR, protegidos por uma linha demangueira e fora da direção de saída da fumaça e das

chamas.

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• Resfriar a camada de fumaça: – direcionando o jato para cima; – aplicando jato intermitente (pulsado); – observando o efeito do jato na fumaça.

• Resfriar a camada de fumaça: – direcionando o jato para cima; – aplicando jato intermitente (pulsado); – observando o efeito do jato na fumaça.

FLASHOVER - CombateFLASHOVER - Combate

Como a fumaça estará em chamas, resfriá-la com um jato adequado será primordial ao êxito do combate.

Para isso, direciona-se o jato para cima, de formaintermitente, observando se as chamas estão sendodebeladas. A aproximação dos bombeiros à base das

chamas dependerá da extinção das chamas nafumaça.

É desaconselhável utilizar muita água no combate.Isso porque, com o calor, a água sofrerá uma

evaporação, agravando a situação no ambiente pelapiora da sensação térmica (que terá um efeito

semelhante a uma sauna).O jato ideal para este tipo de combate é o jato

atomizado, que será abordado mais especificamenteem outra instrução.

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FLASHOVER - CombateFLASHOVER - Combate

O vídeo mostra um treinamento de combate aincêndio em um simulador. Neste treinamento é

utilizado o combate por jato atomizado para diminuiros riscos decorrentes da massa combustível existente

na fumaça.

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• Permanecer não mais que 1,5 m da porta.

• Adentrar ajoelhado ou agachado, sempre atrásdo jato atomizado.

• Permanecer não mais que 1,5 m da porta.

•  Adentrar ajoelhado ou agachado, sempre atrásdo jato atomizado.

1,5 metrosEsquema do FRANCE-FLASHOVER-GUIDE-2003 

www.firetactics.com 

FLASHOVER - CombateFLASHOVER - Combate

Já foi cientificamente comprovado que o bombeiroequipado com EPI e EPR se desloca a uma velocidadeaproximada de 1 pé por segundo. Considerando quequatro segundos é o tempo máximo de exposição dobombeiro sem lesão permanente por queimaduras,calcula-se que quatro pés, ou seja, 1,5 metros é a

distância máxima aproximada que o bombeiro deveestar da saída para, em caso da ocorrência de um

comportamento extremo do fogo, não venha a sofrerdanos.

Considerando que a temperatura na camada defumaça pode atingir 1000ºC, é importante que os

bombeiros estejam o mais próximo do nível do solo.Isto significa trabalhar agachado ou ajoelhado. Em

um teste prático, observou-se uma diferença detemperatura de 200ºC do ombro do bombeiro para a

ponta do capacete, estando ele agachado.

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Dr. Björn Sundström

FLASHOVER - SimulaçãoFLASHOVER - Simulação

Esta ensaio retrata, de forma real, o comportamentodo incêndio em um sala de estar, bem como o exato

momento em que ocorre o flashover.

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Fotos de incêndio ocorrido no prédio da Eletrobrás emSão Paulo, em 26 de fevereiro de 2004, onde é

possível observar as línguas de fogo nas janelas dospavimentos atingidos.

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BACKDRAFT ou BACKDRAUGHT BACKDRAFT ou BACKDRAUGHT 

 “EXPLOSÃO” 

DEFUMAÇA

 “EXPLOSÃO” 

DEFUMAÇA

Backdraft ou backdraught é a deflagração da fumaçaacumulada no ambiente, em decorrência da massacombustível gasosa que ela possui em seu interior.

É importante salientar que uma explosão ocorrequando o deslocamento do ar tem uma velocidade

superior a 340 m/s. Abaixo disso haverá umadeflagração. No caso da ignição da fumaça ou do GLP

no ambiente, haverá uma deflagração e não umaexplosão porque a velocidade do ar é abaixo de 340

m/s. A presente instrução trata o backdraft como uma

explosão de fumaça unicamente com a finalidade deevitar que os bombeiros, ao tratá-lo como

deflagração, acabem por subestimar os seus efeitos,que têm um alto poder destrutivo para vidas e para aedificação. Além disso, este termo é mundialmente

reconhecido desta forma.

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BACKDRAFTBACKDRAFT

Condições:• Suprimento de ar

restrito• Concentração

decrescente de O2

• Aumento de

temperatura• Diminuição de chamas

ENTRADA DE AR = REAÇÃO EXPLOSIVAENTRADA DE AR = REAÇÃO EXPLOSIVA

Para ocorrer um backdraft é necessário que haja umaconcentração decrescente de oxigênio no ambiente. Umincêndio em ambiente fechado fará com que o oxigêniopresente reaja com o combustível, gerando chamas e

calor e fazendo com que a temperatura aumente. Comonão haverá uma abertura que possibilite a entrada de ar,

a sua concentração tende a diminuir. Considerando-seque para existir chamas é necessário que a concentraçãode oxigênio esteja em um nível mínimo aproximado de

15% ou 16%, as chamas começarão a diminuir atéextinguirem-se completamente. Se houver uma entrada

de ar no ambiente, o oxigênio injetado fará com que hajauma deflagração desta fumaça de forma muito rápida,gerando uma onde de choque pelo deslocamento do ar

resultante da queima. A reação é explosiva e pode causaraté colapso da estrutura.

 A fotografia mostra dois bombeiros surpreendidos com adeflagração da fumaça.

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BACKDRAFTBACKDRAFT

O vídeo acima mostra uma simulação de incêndio emcontainer. Note-se que entre o momento em que obombeiro abre a porta e o momento da “explosão” 

decorrem alguns segundos. Em incêndios reais, podeocorrer um backdraft até minutos após ter sido feita a

abertura. Por isso, a abordagem a um incêndio emambiente fechado tem de ser cuidadosa para evitar

que um fenômeno destes venha a apanhar osbombeiros de surpresa.

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• Fumaça – densa e escura – rolando – pulsante – saindo por frestas

• Poucas chamas visíveis,quando encontram ar

• Janelas enegrecidas• Portas e maçanetas quentes• Sons de assobio ou rugido• Moldura de janelas com

 “depósitos de óleo” 

• Fumaça – densa e escura – rolando – pulsante – saindo por frestas

• Poucas chamas visíveis,quando encontram ar

• Janelas enegrecidas• Portas e maçanetas quentes• Sons de assobio ou rugido• Moldura de janelas com

 “depósitos de óleo” 

Sinais e sintomasSinais e sintomas

BACKDRAFTBACKDRAFT

Os sinais e sintomas do backdraft são:1. Fumaça densa e escura, rolando, saindo em forma pulsante por meio de

frestas ou qualquer outra abertura - como o incêndio está pouco ventilado,a fumaça tende a sair por qualquer abertura que possibilite lhe fornecer ar. A forma pulsante ocorre pela expansão dos gases combustíveis que se dápelas combustões rápidas e de pequeno porte que estão ocorrendo em seuinterior, enquanto a concentração de oxigênio ainda permite tal processo.2. Poucas chamas visíveis quando encontram o ar - ao sair do ambiente, afumaça tende a reagir com o oxigênio e entrar em combustão. Entretanto,

não o suficiente para reagir inteiramente com a fumaça acumulada noambiente. Conseqüentemente, pequenas chamas se acendem e se apagam

próximas às aberturas.

3. Janelas enegrecidas - em decorrência da fumaça densa e escura queantecede o fenômeno.4. Portas e maçanetas quentes - em decorrência da alta temperatura no

ambiente.5. Sons de assobio ou rugido - em decorrência da saída da fumaça por

frestas.6. Molduras de janelas com “depósitos de óleo” - como a combustão gera

como produtos água e fuligem, a mistura destes elementos dará aimpressão de que existe óleo no ambiente.

 A fotografia mostra uma guarnição de bombeiros surpreendida por uma “explosão” de fumaça. Quando esta ocorre pouco ou nada se pode fazer.

Existem dois bombeiros na escada, apesar de parecer um só.

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Ensaio - Filme Discovery - 06’30’’ - 06’40’’ 

BACKDRAFTBACKDRAFT

O vídeo mostra um caso real de incêndio no qual osbombeiros abrem uma porta antes de estabelecerem

uma rota efetiva de saída dos gases, permitindo aaeração do ambiente gasado. Em poucos segundos, a

fumaça entra em ignição, gerando uma ondaexplosiva e atingindo os bombeiros.

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Filme Discovery - 07’45’’ - 07’54’’ 

BACKDRAFTBACKDRAFT

Este vídeo mostra outro caso real de incêndio, comerros de abordagem e o resultado da entrada de ar no

ambiente.

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42

Prevenção e Combate

1. Ventilar, antes de adentrar - Fazerabertura o mais alto possível.2. Abrir portas e janelas, saindo da rota

dos gases.3. Pulsar jatos atomizados intermitentes

na fumaça.4. Adentrar agachado ou ajoelhado.5. Preparar-se para o aparecimento das

línguas de fogo e de onda de choque.

6. Avançar somente atrás dasmangueiras pressurizadas.7. Ter o cuidado com corredores,

escadas, vãos e dutos.8. Não permitir que a fumaça fique

acumulada (rescaldo).

1. Ventilar, antes de adentrar - Fazerabertura o mais alto possível.2. Abrir portas e janelas, saindo da rota

dos gases.3. Pulsar jatos atomizados intermitentes

na fumaça.4. Adentrar agachado ou ajoelhado.5. Preparar-se para o aparecimento das

línguas de fogo e de onda de choque.

6. Avançar somente atrás dasmangueiras pressurizadas.7. Ter o cuidado com corredores,

escadas, vãos e dutos.8. Não permitir que a fumaça fique

acumulada (rescaldo).

BACKDRAFTBACKDRAFTBACKDRAFT

 A prevenção e o combate ao backdraft dependem de uma série de açõesseqüenciais a serem tomadas na abordagem de um incêndio em ambientes

fechados.

1. Ventilar antes de entrar - é necessário se estabelecer uma rota de fuga dafumaça antes de adentrar no ambiente. Isso fará com que a fumaça acumuladapossa escoar do ambiente antes que haja uma aeração do local. Por isso,

primeiramente, a melhor abertura será sempre a mais alta.2. Sair da rota dos gases ao abrir portas e janelas - na ocorrência de um backdraft,

o deslocamento de ar seguirá a direção de qualquer abertura. Portanto, éimprescindível que os bombeiros não estejam na direção do fluxo.

3. Pulsar jatos atomizados intermitentes na fumaça - resfriando a fumaça, quebra-se o tetraedro do fogo e evita-se o fenômeno.

4. Adentrar agachado ou ajoelhado - como já foi dito, a temperatura na altura do

teto estará muito alta e forçará o bombeiro a estar mais próximo ao solo.5. Preparar-se para o aparecimento de línguas de fogo e de onda de choque - énecessário lembrar que podem ocorrer backdrafts atrasados, até com vários

minutos depois de iniciado o combate.6. Avançar somente atrás de mangueiras pressurizadas - para proteção da própria

guarnição, seja ela de combate a incêndio ou salvamento.7. Ter o cuidado com corredores, escadas, vãos e dutos - pelo Princípio de Venturi,

estes locais terão uma menor pressão e uma maior velocidade do fluido, o quefacilitará a propagação do incêndio e poderá agravar a deflagração da fumaça.

8. Não permitir que a fumaça fique acumulada - a principal causa do backdraft é oacúmulo de fumaça. Há necessidade que ela possa escoar do ambiente, inclusive

antes, durante e após o rescaldo. A fotografia mostra três bombeiros surpreendidos com a deflagração da fumaça.

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A ocorrência dos comportamentos extremos

Gráfico Temperatura x Tempo Tempo

Fase Inicial FaseCrescente

Fase TotalmenteDesenvolvida Fase Final

BackdraftBackdraftBackdraftBackdraft

Novamente no gráfico do incêndio conforme atemperatura, é possível observar quando e qualfenômeno pode ocorrer. Enquanto o backdraft épotencialmente perigoso no início e no fim do

incêndio, pela baixa concentração de oxigênio (peloambiente restrito ou pela combustão já processada,

respectivamente), o flashover ocorrerá nodesenvolvimento do incêndio, mais especificamentenas fases crescente e totalmente desenvolvida, em

decorrência da temperatura atingida.

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44

BACKDRAFTBACKDRAFT

Esta animação foi retirada do site alemãowww.atemschutz.org e demonstra como ocorre umbackdraft pela abordagem errada dos bombeiros aonão estabelecerem uma rota de fuga para a fumaça

antes de adentrarem no ambiente.

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Diferenças entre

Flashover:• Efeito tiragem• Evento sustentável• Induzido por calor• Não possui onda de

choque• Ocorre com freqüência

Backdraft:• Efeito explosivo• Evento momentâneo• Induzido pela entrada de ar• Possui onda de choque• Não ocorre com freqüência,

porém é mais perigoso

O quadro acima estabelece algumas das principaisdiferenças entre flashover e backdraft.

Enquanto um ocorre com a movimentação contínuada massa combustível pelo ambiente, o outro tem um

efeito explosivo. Enquanto um é um eventosustentável, o outro é momentâneo.

Enquanto um é induzido por calor, o outro é induzidopela entrada de ar.

Enquanto um não possui onda de choque, o outro apossui. Enquanto um ocorre com freqüência, o outro é

de raro acontecimento. Alguns autores citam que pode um bombeiro passarsua vida profissional inteira para presenciar uma só

vez um backdraft, enquanto que o flashoverprovavelmente será presenciado mais de uma vez.

Entretanto, é importante que se saiba como prevení-lo e combatê-lo, uma vez que suas conseqüências são

muito mais sérias que as do flashover.

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QueimadurasAsfixiaPânico

ExaustãoMorte

Os Efeitos do Incêndio Sobre o Bombeiro

 A presente instrução visa alertar sobre os efeitos doincêndio no organismo humano, mais

especificamente no bombeiro, principalmente naocorrência de comportamentos extremos do fogo.

Os principais danos são: queimaduras, asfixia, pânico,exaustão e morte. O pânico pode acometer nãosomente vítimas mas também bombeiros que se

depararem com incêndios mais agressivos e isso deveser tratado com a tropa freqüentemente, tanto sobrea possibilidade de ocorrência quanto sobre as ações a

serem tomadas caso isso ocorra.Todas as fotografias presentes neste slide retratam

queimaduras graves em bombeiros por negligência douso do EPI (luvas inadequadas ao combate a incêndio

ou a não utilização da roupa de aproximação).

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Como proteger-se:Como proteger-se:• O Equipamento de Proteção Individuale Respiratória

 – Necessidade

 – Limitações

• A reação pró-ativa do bombeiro frenteao risco

• A concepção da segurança da cena

• O Equipamento de Proteção Individuale Respiratória

 – Necessidade

 – Limitações

• A reação pró-ativa do bombeiro frenteao risco

• A concepção da segurança da cena

 As principais ações a serem adotadas na segurança daguarnição são:

1. Reconhecer a necessidade do uso completo e correto doEquipamento de Proteção Individual, bem como conhecer suas

limitações e riscos. Há necessidade de que esteja claro paratodos os bombeiros que o uso destes equipamentos nãosignifica a aproximação das chamas a qualquer custo.

2. A reação pró-ativa do bombeiro frente ao risco - na maioriados acidentes com bombeiros, observou-se que os danospoderiam ter sido evitados ou minimizados se o bombeirotivesse se antecipado ao risco. Isso significa conhecer aspotencialidades de danos do incêndio e tomar as ações de

socorro com os devidos cuidados, antecipando-se ao máximo aoproblema.

3. A concepção de segurança da cena - É importante que osbombeiros tenham em mente a necessidade de segurança da

própria guarnição e de si próprio, em todo o tempo de atuação.De nada servirá para a vítima se o bombeiro machucar-se antes

ou durante o socorro.

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Relação de Temperaturas:30 - 65º C - rotina

65º C - 300º C - suportável

300º - 1000ºC - emergência

O quadro acima exposto relata quais as faixas detemperaturas relativas à rotina, a um quadro

suportável para o bombeiro ou uma situação deemergência. Considerando-se que, na ocorrência deflashover, a temperatura pode atingir 1000ºC, um

fenômeno como este pode vir a causar no bombeirouma situação de sérios danos ao organismo. Estar

equipado com EPI e EPR adequado pode significar asobrevida do bombeiro uma situação que saia do seu

controle.O vídeo mostra um bombeiro combatendo agachado

as línguas de fogo na altura do teto, totalmenteequipado com EPI e EPR.

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Em menos de 1 hora:• tolerância muscular reduzida• capacidade mental afetada• baixa compreensão e retenção de informação

Após 2 horas:• câimbras• fadiga• perda de força• coordenação motora reduzida• dor de cabeça

• náusea• atordoamento

Em um estágio avançado:• colapso• inconsciência• morte

Sinais de Hipertermia:

Os sinais de hipertermia servem para balizar umpossível comportamento do bombeiro em um

incêndio. Para evitar problemas maiores, é necessárioque o comandante de socorro tenha noção de quantotempo e sob quais condições os bombeiros sob sua

responsabilidade estão atuando, a fim de queproblemas relacionados à hipertermia sejam evitados

ou minimizados.

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Cuidados:

*Se o bombeiro sente dor, jáhouve queimadura.

*É necessário remover asroupas, para que aqueimadura não se agrave.

*As queimaduras irão piorarse a pele estiver exposta auma temperatura igual ousuperior a 44ºC.

* O resfriamento com águado bombeiro só deve serfeito depois do combate, como bombeiro já fora doambiente.

Cuidados:

*Se o bombeiro sente dor, jáhouve queimadura.

*É necessário remover asroupas, para que aqueimadura não se agrave.

*As queimaduras irão piorarse a pele estiver exposta auma temperatura igual ousuperior a 44ºC.

* O resfriamento com águado bombeiro só deve serfeito depois do combate, como bombeiro já fora doambiente.

No slide estão relacionados alguns cuidados quedevem ser adotados com os bombeiros. Existe umtipo de queimadura chamado de “queimadura por

secagem de roupa”, que ocorre basicamente por umcostume entre os bombeiros de quase todo o mundo:

molharem-se para adentrarem no incêndio. Em umprimeiro momento, haverá uma sensação agradável

de frescor. Entretanto, em questão de poucosminutos ou até mesmo segundos, a água irá seevaporar, piorando a sensação térmica para o

bombeiro e podendo vir a causar queimaduras na pelee no sistema respiratório, uma vez que o vapor d’água

adentra até mesmo na máscara contra gases. Oresfriamento do bombeiro só pode ser feito na saídadeste do incêndio, com a garantia de que ele não irá

retornar ao ambiente aquecido.

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Cuidados importantes com os bombeiros:• Em condições de trabalho pesado =perda de 1,8 litros de água/hora.

 – Beber água antes e depois do combate,mínimo 1 litro de água em cada momento;

 – prever condições que aumentarão aquantidade de água;

 – se sentir sede, já está desidratando; – deve-se beber água fria (não gelada); – evita-se café, chá ou refrigerante, queatuam como diuréticos;

• Em condições de trabalho pesado =perda de 1,8 litros de água/hora.

 – Beber água antes e depois do combate,mínimo 1 litro de água em cada momento;

 – prever condições que aumentarão aquantidade de água;

 – se sentir sede, já está desidratando; – deve-se beber água fria (não gelada); – evita-se café, chá ou refrigerante, queatuam como diuréticos;

Os cuidados com a hidratação devem ser tomados portodos os bombeiros. A perda de quase dois litros de

água por hora de trabalho intenso é um fator que nãopode ser desprezado. Para isso é necessário beber

muita água antes, durante e depois do incêndio. Esteponto exige uma logística que permita levar para o

combate a incêndio uma quantidade de água potávelque possibilite tal ação.

 A água fria (natural) é mais facilmente absorvida peloorganismo que a água gelada e os outros tipos de

bebidas não são recomendados por serem diuréticos.

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 As fotografias deste slide revelam um incêndioocorrido em um hotel de Brasília - DF, na noite de 28

de março de 2003.Na fotografia à direita, percebe-se as marcas da

generalização do incêndio, com línguas de fogo queatingiram todo o corredor. A foto à esquerda revela o

outro extremo do corredor, atingido somente porfuligem. Desta forma, é possível comparar o nível dedestruição de um comportamento extremo do fogo

com o da fuligem em uma edificação nova e protegidapor sistemas de segurança contra incêndio e pânico.Os chuveiros automáticos (sprinklers) do pavimentoincendiado não funcionaram por ter sido fechado o

registro dias antes para manutenção do local.

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 Bibliografia:

  Manual Técnico Profissional para Bombeiro, ,TC 

Freitas e Cap. Marques, Brasil

  Manual “Tactical Firefighting”, Paul Grimwood,

 Inglaterra

  Apostila “Tactical Ventilation”, Graeme Bowser, Tyne

& Wear Fire Brigade, Inglaterra

  Artigo “La Fumée, c’est comix”, Site Sapeur Pompier,

França

  Newsletters, Chief Vincent Dunn, FDNY,

 December, 2003

Estas são as principais fontes bibliográficas utilizadasna instrução e estão disponíveis na 7ª Seção do

Estado Maior Geral.

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"O que é um BOMBEIRO PROFISSIONAL?

O simples fato de você ser um bombeiro - de carreira

ou voluntário, de brigada ou institucional - de forma

alguma faz de você um profissional.

Você se torna um bombeiro profissional somente

quando mostra CONHECIMENTO, ATITUDE,

HABILIDADE e HÁBITOS que são cultivados ao máximo

por meio da educação, do treinamento, das

experiências e do AMOR à sua profissão.

O exemplo e a conduta que você mostra em cena é e

sempre será a única medida pela qual seus pares e as

pessoas que você serve podem julgar você e ainstituição que você representa.

Este julgamento formará a opinião de cada pessoa

envolvida e caminhará sempre à sua frente, sendo a

sua reputação.

Isto o torna um PROFISSIONAL.”

"O que é um BOMBEIRO PROFISSIONAL?

O simples fato de você ser um bombeiro - de carreiraou voluntário, de brigada ou institucional - de forma

alguma faz de você um profissional.

Você se torna um bombeiro profissional somente

quando mostra CONHECIMENTO, ATITUDE,

HABILIDADE e HÁBITOS que são cultivados ao máximo

por meio da educação, do treinamento, das

experiências e do AMOR à sua profissão.

O exemplo e a conduta que você mostra em cena é e

sempre será a única medida pela qual seus pares e as

pessoas que você serve podem julgar você e ainstituição que você representa.

Este julgamento formará a opinião de cada pessoa

envolvida e caminhará sempre à sua frente, sendo a

sua reputação.

Isto o torna um PROFISSIONAL.”

Esta frase foi retirada da internet e é de autordesconhecido. Foi escolhida para encerramento dainstrução por refletir bem sobre a necessidade de o

bombeiro estar sempre buscando seu aprimoramentotécnico e tático como forma de qualificar-se um

profissional. A todos que conseguirem compreender areal importância disto, boa sorte!

E podem contar conosco.Grupo de Pesquisa 2004.