Dinâmica Dos Sistemas - UNIDADE 1 - Introdução Aos Mecanismos

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Unidade 1 Introdução ao estudo dos mecanismos Dinâmica dos Sistemas Prof. Me. André L. Bosso

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Dinâmica Dos Sistemas - UNIDADE 1 - Introdução Aos Mecanismos

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  • Unidade 1 Introduo ao estudo

    dos mecanismos

    Dinmica

    dos Sistemas Prof. Me. Andr L. Bosso

  • Dinmica dos Sistemas Mecnicos

    Cincia de Mquinas e Mecanismos

    Mecanismos

    Sinnimos

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  • Objetivo

    Estudar as leis que regem os movimentos

    Exemplo:

    Deslocamento

    Velocidade

    Acelerao

    Impulsos

    Foras e Momentos

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  • Diviso da mecnica

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  • Esttica

    a cincia que estuda as leis de composio

    das foras e as condies de equilbrio dos corpos materiais submetidos ao de foras

    e/ou momentos.

    O conhecimento de tais condies permite

    estudar a estabilidade das estruturas.

    Na prtica, a anlise esttica vlida e

    aplicvel quando as velocidades so

    constantes ou as aceleraes so muito pequenas.

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  • Cinemtica

    a rea da Mecnica que se ocupa das leis do

    movimento dos corpos independentemente das

    causas que o provocam.

    Neste tipo de anlise apenas se estudam os

    aspectos puramente geomtricos do movimento,

    no sendo considerados os esforos envolvidos neste processo.

    Definir cinematicamente um mecanismo

    estabelecer, para cada instante, a posio, a

    velocidade e a acelerao, em relao a um

    referencial previamente escolhido.

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  • Dinmica

    Dedica-se ao estudo da relao entre o

    movimento dos corpos e as aes/causas que o

    provocam.

    Ao contrrio da cinemtica, na dinmica, ao

    estudar-se o movimento dos corpos,

    consideram-se no s os esforos que atuam

    sobre os corpos, mas tambm a sua

    inrcia/massa.

    A dinmica permite prever o movimento causado

    por determinadas aes ou vice-versa.

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  • Dinmica dos Sistemas

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  • Noes bsicas sobre

    mecanismos

    Nos mecanismos, os componentes ou elementos

    suscetveis de transmitir fora e movimento so

    denominados ligaes ou barras.

    Para que o movimento possa ser transmitido (finalidade bsica de um mecanismo), os elementos

    devem ser ligados entre si.

    O conjunto das superfcies que estabelece o contato

    entre as diversas barras de um mecanismo designa-se junta cinemtica ou par cinemtico.

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  • O mecanismo abaixo, constitudo por:

    4 (quatro) elementos:

    o fixe (1), a manivela (2), a biela (3) e a corredia (4)

    Esto unidos por:

    3 (trs) juntas de rotao (12, 23, 34)

    1 (uma) junta de translao (14)

    Mecanismo biela-manivela com corredia

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  • Ligaes (barras)

    Representao esquemtica

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  • Num mecanismo, o elemento que recebe o

    movimento que se pretende transmitir designa-se

    rgo motor.

    Ao elemento que recebe o movimento que se

    pretende utilizar chama-se rgo movido ou

    seguidor.

    Num mecanismo, as barras que rodam ou oscilam

    em torno de um eixo fixo denominam-se manivelas.

    E as barras que fazem a ligao entre duas manivelas ou entre uma manivela e uma corredia chamam-se

    bielas.

    A barra que, num mecanismo, se considera fixa, isto

    rigidamente ligada estrutura, denomina-se fixe ou bloco.

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  • Dinmica dos Sistemas

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  • Classificao Os mecanismos podem ser classificados como

    abertos ou fechados.

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  • Classificao

    Num mecanismo fechado, o movimento dos seus

    elementos depende diretamente do movimento de

    outros elementos.

    A figura ao lado ilustra um mecanismo fechado,

    o mecanismo de quatro

    barras

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  • Classificao

    Num mecanismo aberto, o movimento dos seus

    elementos pode no ter como consequncia o

    movimento dos demais elementos.

    A figura ao lado ilustra um mecanismo do tipo

    aberto, o mecanismo

    came-seguidor.

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  • Inverso de mecanismo

    Ocorre quando num mecanismo se liberta a barra

    inicialmente fixa e, por outro lado, se fixa uma barra

    anteriormente livre.

    A inverso de um mecanismo no altera o movimento relativo entre as barras, mas modifica o

    movimento absoluto de cada uma das barras

    relativamente a um referencial fixo.

    Assim, por exemplo, o mecanismo de quatro barras, pelo fato de ter quatro elementos significa que h

    trs inverses possveis, correspondentes fixao

    das barras 2, 3 e 4.

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  • A figura do slide seguinte, mostra as inverses do

    mecanismo de quatro barras.

    Onde:

    (a) Sistema de manivela barra oscilante

    (b) Sistema de dupla manivela

    (c) Sistema de manivela barra oscilante

    (d) Sistema duplamente oscilante.

    Inverso de mecanismo

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  • Dinmica dos Sistemas

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  • Ao se estudar os mecanismos, torna-se importante e

    necessrio distinguir os diferentes tipos de movimento

    descritos pelos seus elementos constituintes.

    Sendo eles:

    Tipos de movimento

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  • No movimento plano ou bidimensional, todos os

    pontos de um dado corpo em movimento

    descrevem trajetrias no mesmo plano ou em planos

    paralelos.

    Ou seja, no movimento plano, todos os pontos de um

    corpo ou mecanismo permanecem a uma distncia

    constante relativamente a um plano de referncia.

    No movimento plano podem distinguir-se trs tipos de movimento, o movimento de rotao, o movimento

    de translao e o movimento geral ou misto.

    Movimento plano

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  • A figura abaixo ilustra dois exemplos de mecanismos

    em que o movimento descrito pelos seus

    componentes plano.

    Movimento plano

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  • Ocorre quando todos os pontos descrevem

    trajetrias circulares em torno de uma reta

    perpendicular ao plano de rotao, designada eixo

    de rotao.

    No movimento de rotao, todos os pontos de um

    corpo permanecem a uma distncia constante em

    relao ao eixo de rotao.

    Quando a rotao alternada dentro de uma certa amplitude limite, o movimento de rotao

    denominado oscilante.

    Movimento plano de rotao

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  • A figura abaixo mostra o mecanismo de quatro

    barras em que a barra (2) descreve movimento de

    rotao em torno de um eixo imaginrio que passa

    pelo ponto A, enquanto que a barra (4) oscila em

    torno de D, entre as posies limite C e C.

    Movimento plano de rotao

    Quadriltero articulado: movimento plano de rotao e oscilante

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  • Ocorre quando todos os pontos descrevem

    trajetrias paralelas de tal modo que as linhas que

    unem dois pontos quaisquer de um corpo

    permanecem sempre paralelas relativamente

    posio inicial.

    Quando os pontos de uma barra descrevem

    trajetrias retas e paralelas entre si, diz-se que o

    movimento de translao retilneo.

    Quando os pontos de uma barra descrevem

    trajetrias curvas e paralelas entre si, diz-se que o

    movimento realizado de translao curvilneo.

    Movimento plano de translao

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  • O movimento de vai e vem da corredia do

    mecanismo biela-manivela da figura abaixo um

    exemplo do movimento de translao retilneo.

    Movimento plano de translao

    Mecanismo biela-manivela: movimento de translao retilneo

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  • O movimento de barra (4) do quadriltero articulado

    da figura abaixo exemplifica o tipo de movimento de

    translao curvilneo, cujo raio de curvatura R.

    Movimento plano de translao

    Quadriltero articulado: movimento de translao curvilneo

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  • Ocorre quando nele coexistem as propriedades dos

    movimentos de rotao e de translao.

    Nestes casos, o movimento pode ser decomposto

    como a soma de uma rotao e uma translao, traduzindo a lei de Chasles.

    Movimento plano misto

    O movimento da biela,

    barra (3), do mecanismo

    ao lado um exemplo

    elucidativo do movimento

    geral ou misto.

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  • Um outro exemplo de movimento plano misto o

    que se representa no mecanismo abaixo. O

    movimento da barra equivalente soma de uma

    translao com o ponto A, na direo horizontal e de

    uma rotao em torno de A.

    Movimento plano misto

    Movimento plano geral ou misto

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  • Quanto ao movimento espacial ou tridimensional, h

    dois tipos bsicos de movimento a considerar, o

    movimento esfrico (a) e o movimento helicoidal (b).

    Movimento espacial

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  • Nesse caso, cada ponto de uma barra que descreve

    movimento esfrico mantm-se a uma distncia

    constante de um ponto fixo, como o caso do

    movimento descrito pela barra (3) do mecanismo

    representado na figura abaixo.

    Movimento espacial esfrico

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  • Nesse caso, os pontos de uma barra movem-se com

    rotao em torno de um eixo fixo e com translao

    na direo desse mesmo eixo, como se ilustra na

    figura abaixo.

    O movimento descrito por um ponto que pertence a

    uma porca, enquanto est a ser aparafusada num

    parafuso ou perno, um exemplo de movimento

    helicoidal.

    Movimento espacial helicoidal

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  • O movimento, quer seja plano quer seja espacial,

    pode ser classificado ainda em:

    Contnuo

    Intermitente

    alternativo (vai e vem)

    O movimento de um corpo designa-se intermitente

    quando interrompido e apresenta perodos de

    repouso.

    Tipos de movimento

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  • O movimento contnuo quando um ponto ou um

    corpo se desloca indefinidamente no mesmo sentido.

    Um exemplo deste tipo de movimento o descrito

    pela manivela (2) do mecanismo de quatro barras (ilustrado abaixo).

    Tipos de movimento

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  • No movimento alternativo, os corpos descrevem

    movimento num sentido e, em seguida, em sentido contrrio.

    O movimento da corredia (4) do mecanismo biela-manivela (ilustrado abaixo) um exemplo claro de

    movimento alternativo.

    Tipos de movimento

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  • Quando o movimento de vai e vem (alternativo)

    circular, designa-se movimento oscilante, como

    exemplo o movimento oscilatrio de um pndulo.

    Tipos de movimento

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  • Nos mecanismos, a transmisso de movimento pode

    ser levada a cabo de duas formas distintas, a saber:

    a) por contato direto

    b) por ligao intermdia

    Transmisso de movimento

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  • Nas transmisses por contato direto o movimento

    transmitido atravs do contato entre as superfcies

    dos rgos motor e movido.

    Exemplos:

    transmisso

    por engrenagens

    mecanismos do

    tipo came-seguidor

    Transmisso de movimento

    por contato direto

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  • Nas transmisses por ligao intermdia o movimento

    transmitido atravs de um corpo intermdio que

    liga o rgo motor ao rgo movido.

    A ligao intermdia pode ainda ser:

    Rgida:

    mecanismo de quatro barras

    Flexvel:

    correias

    correntes

    Transmisso de movimento

    por ligao intermdia

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  • Num mecanismo, para que o movimento seja

    transmitido, as barras devem estar ligadas entre si por

    juntas ou pares cinemticos.

    As juntas impem constrangimentos ou restries nos

    movimentos dos corpos.

    Cada tipo de junta tem as suas prprias

    caractersticas geomtricas, as quais determinam o

    tipo de movimento existente entre os corpos.

    Juntas cinemticas

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  • Exemplo:

    no caso de duas barras unidas por uma junta de rotao

    apenas possvel que uma rode em relao outra em

    torno de um eixo que passa pelo centro da junta.

    Nos mecanismos, as juntas cinemticas so consideradas ideias,

    ou seja, as dimenses, a folga, a lubrificao, entre outros

    fenmenos, no so considerados.

    Juntas cinemticas

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  • As juntas cinemticas podem ser classificadas

    segundo vrios critrios.

    De acordo com Reuleaux, as juntas podem

    agrupar-se em duas grandes classes, a saber:

    a) juntas superiores

    contato pontual ou linear

    b) juntas inferiores

    contato entre os

    elementos uma superfcie

    Juntas cinemticas

    Dinmica dos Sistemas

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  • Nas juntas cinemticas superiores, as superfcies que

    esto em contato so, geralmente, sujeitas a

    tratamentos trmicos e de superfcie com o intuito de

    aumentar a vida til dos componentes.

    Exemplos:

    transmisso

    por engrenagens

    mecanismos do

    tipo came-seguidor

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    Juntas cinemticas

  • As juntas cinemticas inferiores tem como principais

    caractersticas a elevada capacidade de carga e a

    facilidade de produo.

    Reuleaux distingue seis juntas cinemticas inferiores:

    I. Junta de rotao

    II. Junta de translao ou prismtica

    III. Junta esfrica ou globular

    IV. Junta cilndrica

    V. Junta plana

    VI. Junta helicoidal ou de parafuso

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    Juntas cinemticas

  • Junta de rotao - (R)

    permite apenas o movimento relativo de rotao.

    possui somente um grau de liberdade

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    Juntas cinemticas

    Designao Geometria Smbolo Graus de

    Liberdade

    I Rotao R 1

  • Junta de translao - (T) - ou prismtica

    permite apenas o movimento relativo de translao

    possui somente um grau de liberdade

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    Juntas cinemticas

    Designao Geometria Smbolo Graus de

    Liberdade

    II

    Translao

    ou

    prismtica

    T 1

  • Junta esfrica - (E) - ou globular

    possibilita a rotao em torno dos trs eixos coordenados

    possui trs graus de liberdade

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    Juntas cinemticas

    Designao Geometria Smbolo Graus de

    Liberdade

    III

    Esfrica

    ou

    globular

    E 3

  • Junta cilndrica - (C)

    permite dois movimentos independentes, isto , rotao e

    translao

    possui dois graus de liberdade

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    Juntas cinemticas

    Designao Geometria Smbolo Graus de

    Liberdade

    IV Cilndrica C 2

  • Junta plana - (P)

    permite trs movimentos independentes, duas translaes

    e uma rotao

    possui trs graus de liberdade

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    Juntas cinemticas

    Designao Geometria Smbolo Graus de

    Liberdade

    V Plana P 3

  • Junta helicoidal - (H) - ou de parafuso

    possibilita dois movimento, uma translao e uma rotao

    possui apenas um grau de liberdade devido ao

    escorregamento relativo entre as superfcies em contato.

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    Juntas cinemticas

    Designao Geometria Smbolo Graus de

    Liberdade

    VI

    Helicoidal

    ou

    de parafuso

    H 1

  • As juntas cinemticas de rotao e de translao so

    as mais correntemente utilizadas para ligar as barras dos mecanismos.

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    Juntas cinemticas

  • Outro critrio de classificao das juntas cinemticas

    que tem por base a sua forma, podendo ser:

    a) fechada

    b) aberta

    Juntas cinemticas

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  • Junta Fechada:

    Se a forma dos elementos de uma junta tal que, supondo

    um deles fixo, as trajetrias de todos os pontos do

    componente a que o outro elemento pertence so

    completamente determinadas

    Exemplo:

    junta de rotao

    do mecanismo de quatro barras

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    Juntas cinemticas

  • Junta Aberta:

    Definio oposta junta fechada, ou seja, um dos

    elementos do tipo no fixo.

    Neste caso necessrio uma fora exterior para manter

    o contato permanente entre os dois elementos.

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    Juntas cinemticas

    A fora exterior pode ser a ao da

    gravidade ou produzida por uma

    mola ou atuador.

    Exemplo:

    mecanismos do

    tipo came-seguidor

  • Um terceiro critrio de classificao das juntas

    cinemticas o que diz respeito ao tipo de

    movimento permitido.

    As juntas podem ser:

    Rotides

    Esfricas

    Deslizantes

    Helicoidais

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    Juntas cinemticas

  • Uma junta diz-se rotide quando o movimento permitido

    de rotao ou oscilao num s plano, sendo

    habitualmente designadas articulaes.

    Quando a rotao ou oscilao acontece em qualquer

    plano, a junta diz-se esfrica, vulgo rtula.

    Uma junta deslizante, ou translacional, quando o

    movimento permitido de translao e em que o

    elemento fixo se designa guia e o mvel corredia.

    Uma junta helicoidal, quando o movimento permitido

    de translao juntamente com a rotao, exemplo,

    parafuso de transmisso de movimento

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    Juntas cinemticas

  • Dinmica dos Sistemas

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    Juntas cinemticas

    Resumindo:

  • As juntas cinemticas representam-se, usualmente,

    por uma letra maiscula, que simboliza o tipo de

    movimento permitido, seguida pelos nmeros das

    barras que por elas so unidas.

    Exemplo:

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    Juntas cinemticas

  • Exemplo:

    no mecanismo biela-manivela da figura abaixo, representa uma junta cinemtica de rotao ou rotide

    que une as barras 1 e 2, e simboliza uma junta cinemtica de translao ou deslizante que liga os corpos

    4 e 1, isto a corredia e o fixo.

    Este mecanismo pode, portanto, ser caracterizado como

    mecanismo do tipo RRRT

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    Juntas cinemticas

  • Nas figuras abaixo esto representadas e caracterizadas

    algumas das juntas cinemticas mais frequentemente

    utilizadas em construo mecnica.

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    Juntas cinemticas

  • (a) Chumaceira radial de escorregamento de 360

    junta rotide inferior fechada

    (b) Chumaceira radial de escorregamento

  • O conhecimento do nmero de graus de liberdade

    ou mobilidade de um mecanismo uma

    propriedade importante na anlise cinemtica do

    sistema.

    O nmero de graus de liberdade pode definir-se

    como sendo o nmero de movimentos de

    acionamento que um determinado mecanismo

    necessita para que a localizao dos seus corpos

    seja completamente conhecida em relao a um referencial predefinido, ou seja, o nmero de

    acionadores necessrio para produzir movimento

    num mecanismo.

    Dinmica dos Sistemas

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    Grau de liberdade

  • Por outras palavras, o nmero de graus de liberdade

    de um mecanismo o nmero mnimo de

    coordenadas, parmetros ou variveis de entrada e

    independentes que descrevem e definem a

    configurao e o movimento de um mecanismo.

    Exemplos:

    os mecanismos de quatro barras

    um grau de liberdade (1 GDL)

    os robs

    dois ou mais grau de liberdade (2 ou mais GDL)

    Dinmica dos Sistemas

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    Grau de liberdade

  • Um corpo considerado livre no espao tridimensional

    pode descrever seis movimentos diferentes, isto ,

    movimento de translao e de rotao em relao

    a cada um dos eixos coordenados, como ilustra a

    figura abaixo.

    Dinmica dos Sistemas

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    Grau de liberdade

  • Cada uma destas possibilidades denomina-se de

    grau de liberdade.

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    Grau de liberdade

    Um corpo no espao tridimensional tem, portanto,

    seis graus de liberdade, assim, dois corpos livres no

    espao tridimensional tm doze graus de liberdade.

  • Um corpo que se desloque livremente no espao

    bidimensional possui apenas trs possibilidades de

    movimento, translao segundo os dois eixos

    coordenados pertencentes ao plano e rotao em

    torno de um eixo perpendicular ao plano do

    movimento, como mostra a figura abaixo.

    Dinmica dos Sistemas

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    Grau de liberdade

    Deste modo, um sistema formado por dois corpos,

    no ligados, no plano possui seis graus de liberdade.

  • possvel determinar o nmero de graus de

    liberdade de um mecanismo a partir do nmero de

    corpos que o constitui, bem como do nmero e tipo

    de junta cinemtica que o sistema contm.

    Exemplo:

    Dinmica dos Sistemas

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    Grau de liberdade

  • Exemplo:

    2 (dois) corpos rgidos

    1 (uma) junta cinemtica

    de rotao centrada em B

    O ponto B pertence

    simultaneamente aos dois

    corpos.

    Dinmica dos Sistemas

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    Grau de liberdade

    O deslocamento absoluto de B quando considerado no

    corpo 1 o mesmo que quando este mesmo ponto est

    associado ao corpo 2.

  • Exemplo:

    O posicionamento do

    ponto A situado no

    corpo 1, pode ser expresso em funo

    das coordenadas

    cartesianas (, ).

    Dinmica dos Sistemas

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    Grau de liberdade

    O posicionamento do ponto B, relativamente a A,

    funo da posio angular do corpo 1, , isto , a posio angular do segmento de reta cujo comprimento .

  • Exemplo:

    a posio do ponto C

    do corpo 2 pode ser

    expressa em funo da

    posio angular do

    corpo 2, , ngulo que define a orientao do

    segmento de reta BC,

    que mede .

    Dinmica dos Sistemas

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    Grau de liberdade

    Para caracterizar a posio do ponto C so necessrias

    quatro variveis independentes, e que so , , e

  • Exemplo:

    a posio do ponto C

    do corpo 2 pode ser

    expressa em funo da

    posio angular do

    corpo 2, , ngulo que define a orientao do

    segmento de reta BC,

    que mede .

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    Grau de liberdade

    Para caracterizar a posio do ponto C so necessrias

    quatro variveis independentes, e que so , , e

  • Exemplo:

    Assim, um sistema

    formado por dois corpos

    ligados por uma junta de

    rotao tem, portanto, 4

    GDL (quatro graus de

    liberdade).

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    Grau de liberdade

    Por outras palavras, uma junta de rotao que une dois

    corpos rgidos no plano, retira ao sistema dois dos seus

    graus de liberdade.

  • As juntas cinemticas que removem ou constrangem

    dois graus de liberdade denominam-se juntas

    primrias e de que so exemplo as juntas de rotao

    e de translao.

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    Grau de liberdade

  • Se considerarmos agora corpos ligados entre si por juntas de rotao, o sistema da resultante tem trs GDL associados a cada um dos corpos, aos quais so

    subtrados dois GDL por cada junta de rotao

    existente, isto , cada corpo possui trs GDL e cada

    rotide remove dois desses GDL.

    Esta condio matemtica, que traduz o nmero

    total de graus de liberdade (GDL) do sistema, pode

    ser expressa por:

    =

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    Grau de liberdade

    onde n representa o nmero de corpos e j1 o nmero de juntas primrias, isto , juntas que retiram dois graus de liberdade ao sistema.

  • Os mecanismos so raramente utilizados sem que

    lhes seja adicionado outro tipo de constrangimentos,

    sendo, em geral, um dos corpos fixo, como se mostra

    na figura abaixo.

    Um corpo fixo tem, por definio mobilidade nula.

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    Grau de liberdade

  • Deste modo, observa-se que num sistema formado

    por corpos, sendo um deles fixo, e unidos por juntas de rotao, o nmero de graus de liberdade

    dado por:

    =

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    Grau de liberdade

    onde n representa o nmero de corpos e j1 o nmero de juntas primrias, isto , juntas que retiram dois graus de liberdade ao sistema.

  • Dois corpos podem, ainda, ser constrangidos por juntas

    cinemticas secundrias, as quais restringem apenas um

    dos movimentos relativos.

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    Grau de liberdade

    Os corpos 1 e 2 representados na figura ao lado ilustram este tipo de junta cinemtica.

    O pino C do corpo 2 pode mover-se ao longo da ranhura do

    corpo 1.

    Pode observar-se que o nico movimento constrangido ao ponto C o movimento na direo perpendicular ranhura

    do corpo 1.

  • Com efeito, o nmero de graus de liberdade de um

    sistema formado por corpos, sendo um deles fixo, e unidos por juntas cinemticas pode ser calculado

    como:

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    Grau de liberdade

    =

    Onde:

    representa o nmero de corpos

    o nmero de juntas primrias (retiram 2 GDL)

    o nmero de juntas secundrias (retiram 1 GDL)

  • A equao () conhecida tambm como critrio de Grbler apenas vlida para sistemas planos.

    Se aplicarmos o mesmo raciocnio para sistemas

    tridimensionais, o critrio de Grbler expresso por:

    =

    Onde:

    representa o nmero de corpos

    representa o nmero de juntas que retiram

    Note-se que um corpo no espao tridimensional tem seis graus de liberdade

    e que uma junta rotao, junta do tipo j1 retira cinco graus de liberdade.

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    Grau de liberdade

  • Ao aplicar-se o critrio de Grbler dado pela

    equao () , se o nmero de GDL for nulo ou negativo, significa que no se trata de um

    mecanismo, pois este ter sempre pelo menos um

    GDL, mas sim de uma estrutura, respectivamente

    isosttica ou hipersttica ou redundante.

    Neste ltimo caso, o nmero de GDL representa o

    grau de hiperstaticidade ou redundncia da estrutura.

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    Grau de liberdade

  • Assim, podemos resumir as seguintes situaes

    resultantes da aplicao do critrio de Grbler aos

    sistemas mecnicos:

    Se > : o sistema um mecanismo

    Se = : o sistema uma estrutura estaticamente determinada

    Se < : o sistema uma estrutura estaticamente indeterminada

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    Grau de liberdade

  • (a) Mecanismo de quatro barras

    (b) Mecanismo biela-manivela

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    Grau de liberdade

  • (c) Estrutura isosttica

    (d) Mecanismo de quatro barras com roda

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    Grau de liberdade

  • (e) Estrutura hipersttica

    (f) Mecanismo came-seguidor

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    Grau de liberdade

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