DINÂMICA DOS BALÕES - luzimarteixeira.com.br · O lado “bom” do estresse Sobrevivência nas...
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EIXO NEURO-IMUNO-ENDÓCRINO
Carlos R. Bueno Júnior
DINÂMICA DOS BALÕES
Assinale os sintomas que tem experimentadonas ÚLTIMAS 24 HORAS:
1. Mãos e/ou pés frios
2. Boca seca
3. Nó ou dor no estômago
4. Aumento de sudorese (muito suor)
5. Tensão muscular (dores nas costas, pescoço e
ombros)
6. Aperto na mandíbula/range de dentes, ou roer
unhas ou ponta de caneta
7. Diarréia passageira
Assinale os sintomas que tem experimentado nas ÚLTIMAS 24 HORAS:
8. Insônia, dificuldade de dormir
9. Taquicardia (batimentos acelerados do coração)
10. Respiração ofegante, entrecortada
11. Hipertensão súbita e passageira (pressão alta)
12. Mudança de apetite (comer bastante ou ter
falta de apetite)
13. Aumento súbito de motivação
14. Entusiasmo súbito
15. Vontade súbita de iniciar novos projetos
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Assinale os sintomas que tem experimentado na ÚLTIMA SEMANA:
16. Problemas com a memória, esquecimento
17. Mal-estar generalizado, sem causa específica
18. Formigamento nas extremidades (pés ou mãos)
19. Sensação de desgaste físico constante
20. Mudança de apetite
21. Aparecimento de problemas dermatológicos
(pele)
22. Hipertensão arterial (pressão alta)
23. Cansaço constante
Assinale os sintomas que tem experimentado na ÚLTIMA SEMANA:
24. Aparecimento de gastrite prolongada
(queimação no estômago, azia)
25. Tontura, sensação de estar flutuando
26. Sensibilidade emotiva excessiva, emociona-se
por qualquer coisa
27. Dúvidas quanto a si próprio
28. Pensamento constante sobre um só assunto
29. Irritabilidade excessiva
30. Diminuição da libido (desejo sexual diminuído)
Assinale os sintomas que tem experimentado no ÚLTIMO MÊS:
31. Diarréias frequentes
32. Dificuldades sexuais
33. Formigamento nas extremidades (mãos e pés)
34. Insônia
35. Tiques nervosos
36. Hipertensão arterial continuada
37. Problemas dermatológicos prolongados (pele)
38. Mudança extrema de apetite
39. Taquicardia (batimento acelerado do coração)
Assinale os sintomas que tem experimentado no ÚLTIMO MÊS:
40. Tontura frequente
41. Úlcera
42. Infarto
43. Impossibilidade de trabalhar
44. Pesadelos
45. Sensação de incompetência em todas as áreas
46. Vontade de fugir de tudo
47. Apatia, vontade de nada fazer, depressão ou
raiva prolongada
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Assinale os sintomas que tem experimentado no ÚLTIMO MÊS:
48. Cansaço excessivo
49. Pensamento/fala constante sobre um mesmo
assunto
50. Irritabilidade sem causa aparente
51. Angústia ou ansiedade diária
52. Hipersensibilidade emotiva
53. Perda do senso de humor
Importância da aula
- Prevalência do estresse
- Relação do estresse com outras doenças
- Como avaliar o estresse em seus
alunos/pacientes?
Importância da aula
- Como ajudar seu aluno/paciente a lidar com o
estresse? Livro interessante: Por que as zebras
não desenvolvem úlceras? (Sapolsky)
Definição
EIXO NEURO-IMUNO-ENDÓCRINO
Relações entre o funcionamento de 3 sistemas do org anismo
humano: neurológico, imunológico e endócrino
Ou...
Como um destes sistemas regula o funcionamento dos outros 2
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Revisão: sistemas endócrino e
nervoso
(lousa)
Divisões do sistema imunológico
Resposta inespecífica
Barreiras naturais
- Pele e mucosas (lipofílicas, células intimamente unidas e secreções
ligeiramente ácidas)
- Ácido gástrico e enzimas do sistema digestório
- Saliva e lágrima (enzimas que destroem membrana celular de
bactérias)
- Bactérias do intestino (competem com patógenos por nutrientes e
locais de fixação)
- Muco: diminui motilidade dos invasores
Inflamação
- Células fagocitárias
Resposta específica
- Anticorpos
Sistema imunológico - funções
- Proteção contra agentes estranhos
- Remoção de células mortas
Sistema imunológico - linfócitos e demais componentes do sangue
- Microscopia eletrônica de varredura- Aumento de 20.000 vezes- Eritrócitos: vermelho- Linfócito: amarelo- Plaquetas: lilás
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Sistema imunológico - diferenças entre os linfócitos
- Razão núcleo/citoplasma
- Presença de grânulos citoplasmáticos
- Tamanho
- Forma
- Marcadores de membrana
- Reações a estímulos
- Padrões de migração
- Meia-vida
(Leandro et al., 2007)
Sistema imunológico - neutrófilos
- Fagocitose
- Sensíveis a agentes quimiotáxicos
liberados por mastócitos, basófilos e
sistema complemento
- Níveis elevados no sangue podem
indicar infecção bacteriana ou
inflamação em resposta a lesão
tecidual
Sistema imunológico - neutrófilos marginalizados em amadurecimento
Sistema imunológico - neutrófilos
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Sistema imunológico - linfócitos T
- Síntese no timo
- Resposta imunológica celular
- Proliferam ativamente quando
estimulados por IL-2 e/ou concavalina A
- Interação com macrófagos
Sistema imunológico - linfócitos T interagindo com macrófago
Sistema imunológico - HIV atacando linfócitos T
- Microscopia eletrônica de varredura- HIV: partículas azuladas
Sistema imunológico - HIV atacando linfócitos T
- Microscopia eletrônica de varredura- Aumentos de 20.000 e 360.000vezes- HIV: vermelho- RNA do HIV: verde
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Sistema imunológico - linfócitos T atacando células tumorais
- Microscopia eletrônica de varredura- Aumento de 20.000- Célula tumoral: vermelho- Linfócito T: amarelo
Sistema imunológico - linfócito T sobre citoesqueleto de célula tumoral destruída
- Microscopia eletrônica de varredura
Sistema imunológico - mastócitos
- Liberação de histamina
- Estímulos: bactérias, fungos e proteínas estranhas
- Resposta: vasodilatação (favorece chegada de anticorpos)
Sistema imunológico - liberação de histamina dos mastócitos
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Sistema imunológico - linfócitos B
- Maturação na medula óssea
- Precursores das células produtoras de anticorpos, os plasmócitos
Sistema imunológico - células NK ( natural killer)
- Tipo de linfócito do sangue
- Atacam certas infecções intracelulares e células tumorais
- Atividade aumentada por adição de ácido graxo ômega 3 na dieta
(Robinson et al., 1998)
Sistema imunológico - monócitos e macrófagos
- Monócitos (sangue) � macrófago (tecidos)
- Fagocitose
- Atividade anti-tumoral
- Função acessória como apresentador de antígeno
- Capacidade de aderência, quimiotaxia, produção de EROs e citocinas,
citotoxicidade
- Regulação por linfócitos T e B, sistema nervoso simpático e eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal
Sistema imunológico - 1 monócito e 2 neutrófilos
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Sistema imunológico - macrófago Sistema imunológico - macrófago lançando pseudópode em direção a uma bactéria
Sistema imunológico - macrófago fagocitando bactérias
Propriedades do sistema imunológico
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Propriedades do sistema imunológico
antígenos
Propriedades do sistema imunológico
Propriedades do sistema imunológico Respostas primária e secundária
11
Sistema imunológico e treinamento físico
Teoria da janela aberta: de 3 a 72 horas após uma sessão de treinamento
físico intensa e prolongada o indivíduo fica mais susceptível a infecções,
principalmente as respiratórias (gripes, resfriados)
Como evitar:
- Alimentação balanceada (vitaminas e minerais)
- Evitar super-treinamento
- Sono adequado e regular
- Evitar perda de massa corporal acelerada
- Evitar levar as mãos aos olhos e ao nariz
- Evitar pessoas com sintomas e multidões
- Vacinação regular contra gripe
Sistema imunológico e treinamento físico de intensidade moderada
- Melhora defesa do organismo - redução na infiltração de leucócitos, na
produção de citocinas, na expressão de moléculas de adesão e remodelação
estrutural nos pulmões de camundongos asmáticos
Possível causa: sensibilidade reduzida ao cortisol nas células do
sistema imunológico
(Lin et al., 1993; Pastva et al., 2004)
Sistema imunológico e treinamento físico de alta intensidade
- Imunossupressão (inibição da atividade das células NK, da respostas
proliferativa dos linfócitos e da produção de anticorpos)
Possível causa: excesso na produção de EROs - foi verificada que a
apoptose de células do sistema imunológico está associada à elevação na
produção de EROs e que tais efeitos foram atenuados com anti-oxidante
(Lin et al., 1993; Pastva et al., 2004)
INTEGRAÇÃO entre os sistemas
endócrino
imunológico e
nervoso
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E S T R E S S E
Estímulo estressor
Qualquer perturbação física ou psicológica que
produz uma resposta de estresse, seja ela
comportamental ou neurovegetativa, com a
função primordial de restaurar a homeostase
Estímulos estressores
- Estressores físicos: hipoglicemia, hemorragia,
cirurgia, exercício físico extenuante, lesões
- Estressores psicológicos: morte, desemprego,
divórcio, novidade, violência, poluições,
desigualdades sociais
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Consequências do estresse
- Alterações respiratórias
- Tensão muscular
- Taquicardia
- Aumento na sudorese
- Alterações cerebrais
Componentes do estresse
- Depressão - Ansiedade
- Desordem pânico
- Isolamento social
- Qualidade do suporte social
- Eventos da vida (agudos e crônicos)
- Características psico-socias do trabalho
(Bunker et al., 2003)
Prevalência de estresse no Brasil
- 47,4% dos policiais - ~23% da população
14
- Meninas: 20,9% - Meninos: 15,4%
- Escola pública: 19,2% - Privada: 10,3%
Relação do estresse com os sistemas endócrino e imunológico
Excesso de cortisol cronicamente
- Possível causa: excesso de citocinas pró-
inflamatórias (excesso de IL-6 - difererentemente de
IL-1 e TNF-α, não reduz com o cortisol)
- Consequências:
- Atrofia no hipocampo e déficit de memória e
aprendizado
- Retenção de sal
(Vale, 2005)
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Excesso de cortisol cronicamente
- Consequências:
- Resistência à insulina
- Aumento em LDL
- Armazenamento de gordura no tecido adiposo
visceral (mais células por unidade de massa,
maior fluxo sanguíneo, mais receptores de
cortisol, fonte de IL-6)
(Vale, 2005)
Excesso de cortisol cronicamente
- Consequências:
-Imunossupressão
- Perda de tecido conectivo e muscular
- Osteoporose
- Alterações de humor (depressão)
- Úlceras
- Infertilidade (mulheres e homens) e
irregularidades menstruais
(Vale, 2005)
Síndrome da resposta ao estresse
- Louis Pasteur (1822-1895): galinhas expostas a
condições estressantes eram mais susceptíveis a
infecções bacterianas do que galinhas não
estressadas
Síndrome da resposta ao estresse
- Canadense Hans Selye (1907 - 1982)
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Hans Selye
Ilustração favorita do estudioso que ficava
em seu escritório
Mulheres pedintes na vila Devdhar, norte da Índia (1951)
Síndrome da resposta ao estresse
- Canadense Hans Selye (1907 - 1982)
- Alarme � resistência � esgotamento
(doenças: úlcera, hipertensão arterial, lesões
miocárdicas, infecções, neoplasias)
- Em muitas espécies a
diminuição da
disponibilidade de
alimentos e o aumento da
densidade populacional
são fatores estressantes
que inibem a ovulação
em fêmeas
Estresse em animais
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Estresse em animais
- Em algumas espécies de primatas, subordinaçãosocial também pode representar um fatorestressante, inibindo a reprodução nos indivíduossubordinados
Níveis de glicocorticóides (cortisol):
- Monitorização de níveis de estresse
populacional
Estresse em animais
Níveis de glicocorticóides (cortisol):
- Podem ser elevados intervenções humanas na
natureza
Estresse em animais
Níveis de glicocorticóides (cortisol):
- Utilizados na predição de probabilidade de
sobrevivência a impactos ambientais
Estresse em animais
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Estresse pré-natal
Estresse durante a gravidez gera nos filhos:
(Eixo hipotálamo supra-renal hiper-reativo)
- Em humanos: maior prevalência de esquizofrenia
e canhotos
(Weinstock, 2001; Heim & Memeroff, 2001)
Estresse pré-natal
Estresse durante a gravidez gera nos filhos:
Em animais: ↓ interação social
↑ ansiedade, sensação de desamparo
e feminização de machos
Altera: ritmo dos glicocorticóides e sono
(Weinstock, 2001; Heim & Memeroff, 2001)
Estresse peri-natal
- Filhos de mães mais agressivas, menos
cuidadosas e carinhosas apresentavam uma
reatividade aumentada do eixo hipotálamo
supra-renal
- Como descobrir se era uma característica
genética ou ambiental?
- Trocaram as mães e viram que era uma
característica ambiental
(Levine, 1994)
Estresse peri-natal
- Estudo com 49 mulheres: a resposta máxima
da ACTH ao estresse estava fortemente
relacionada a antecedentes pessoais de abuso
infantil, traumas e gravidade de depressão
(Heim et al., 2002; Levine, 1994)
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O lado “bom” do estresse
Sobrevivência nas situações de luta ou fuga
↑ cognição e atenção
↑ oxigênio e nutrientes para o SNC e regiões sob estresse
↑ função cardíaca
↑ FR, gliconeogênese e lipólise
↑ liberação sérica de catecolaminas
Estresse é o estímulo para produzirmos, crescermos e nos desenvolvermos
O lado “bom” do estresse
Modelos de testes de estresse mental
1. Solução de problemas
2. Teste de processamento de informação (conflito palavra-cor - stroop color)
3. Testes psicomotores
4. Testes afetivos
5. Situações aversivas ou dolorosas (teste do gelo)
Solução de problemas
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VERMELHO VERDE
VERDE VERMELHO
21
AZUL VERMELHO
AZUL
Inventário de sintomas de stress (ISS)
- Lipp e Guevara, 1994
- Validação em 1853 pessoas de 15 a 75 anos
- Fase de alarme (24 horas): 7 ou mais itens
assinalados dos 15 (1 a 15)
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Inventário de sintomas de stress (ISS)
- Fase de resistência (1 semana): 4 ou mais itens
assinalados dos 15 (16 a 30)
- Fase de esgotamento (1 mês): 9 ou mais itens
assinalados dos 23 (31 a 53)
RELAÇÃO DO ESTRESSE COM
DOENÇAS CRÔNICAS
Relevância dos aspectos psico-sociais nas doenças crônicas
- Medo de recorrência e da morte
- Estresse familiar
- Isolamento social
- Redução da energia
- Alterações na imagem corporal
- Dificuldades financeiras
(Spiegel & Giese-Davis, 2002)
(LIPP et al., 2006)
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DOENÇAS REUMATOLÓGICAS
Doenças reumatológicas e depressão
Depressão em:
- 33% dos portadores de artrose do quadril
- 36,8% dos doentes de artrite reumatóide
- 48,6% dos doentes fibromiálgicos
� Paciente sente que controle da sua vida foi
para a doença e aos profissionais da saúde
(Hawley & Wolfe, 1993)
Não há relação entre a gravidade da doença e o nível de sofrimento
(Silva et al., 2002)
Não há relação entre a gravidade da doença e o nível de sofrimento
- Artrite reumatóide: dores quase permanentes;
deformidades; prejuízos na qualidade de vida, no
relacionamento social e na auto-imagem
- Artrose: poucas alterações estruturais
- Fibromialgia: sem alteração estrutural
(Silva et al., 2002)
24
Doenças reumatológicas e aspectos psico-sociais
- O perfil psicológico do doente tem maior
impacto no seu prognóstico estrutural e funcional
do que os indicadores da gravidade da
inflamação articular
(McFarlane & Brooks, 1988; Katz & Yelin, 1993)
Doenças reumatológicas e aspectos psico-sociais
- Hipervalorização dos problemas: retroalimentação
do sofrimento; falta de descrição objetiva das
dificuldades; e incapacidade de medir melhorias
- A história de violência doméstica, abuso e
abandono é bastante mais prevalente nos doentes
com fibromialgia do que na população geral
(McFarlane & Brooks, 1988; Katz & Yelin, 1993;
Silva, 2002)
Artrite reumatóide
- Ratas degradam cartilagem mais rapidamente
do que os ratos
- Artrite reumatóide é mais prevalente e grave
nas mulheres
- Ratos deixam de lutar se forem castrados, mas
degradam cartilagem mais rapidamente
(Silva et al., 1993; Silva et al., 1994)
Artrite reumatóide
- Luta � estresse � liberação de
corticosteróides � ↓ resposta inflamatória �
proteção da cartilagem
(Silva et al., 1993; Silva et al., 1994)
25
Eixo hipotálamo hipófise supra-renal
- Ratos Lewis (dóceis, isolados e desistem de nadar
em menos tempo): + susceptíveis a doenças auto-
imunes/reumatológicas � menos CRH � menos
corticosterona para ↓ resposta imune (Sternberg et
al., 1989)
Artrite reumatóide e osteoartrite
- Artrite reumatóide: doença auto-imune,
hiperatividade do sistema imunológico
- Osteoartrite: não é doença auto-imune
- Estresse interpessoal está relacionado a
aumentos na dor e nos sintomas da artrite
reumatóide
(Zautra et al., 2002)
Artrite reumatóide e osteoartrite
- Depressão tem relação com aumento da dor em
ambas as doenças
- Estresse interpessoal e depressão tem efeito
somatório em relação à dor na artrite reumatóide,
mas não na osteoartrite
(Zautra et al., 2002)
Cortisol e depressão
- A hiperprodução de cortisol no final de
internamentos por depressão está associada a um
risco 6 vezes maior de recorrência da doença (Zobel
et al., 2001)
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CÂNCER
Suporte psico-social em pacientes com câncer
- Problemas emocionais reduzem o tempo de
vida dos pacientes e terapia de suporte aumenta
- Depressão grave e crônica eleva o risco de
câncer
- Desesperança e desamparo intensifica a
progressão do câncer de mama
(Giese-Davis & Spiegel, 2002)
Suporte psico-social em pacientes com câncer
- Cortisol com pouca variação durante o dia
prediz mortalidade precoce em câncer de mama
e essa anormalidade estava presente em 2/3 da
amostra e associada a divórcio, morte do
companheiro, problemas durante o sono e menor
número de células assassinas naturais
(Giese-Davis & Spiegel, 2002)
DIABETES
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Estresse psico-social e diabetes
- Estresse psico-social extremo em 16,6% dos
pacientes e maior em quem usa insulina
- Ambos os tipos: depressão, ansiedade
- I: medo de hipoglicemia
-II: reclamações relacionadas a aspectos físicos
- Pacientes mais estressados: mais lesões e pior
controle metabólico
(Herpertz et al., 2002)
OBESIDADE
Obesidade
- Depressão e estresse no trabalho estão
ligados a riscos aumentados de obesidade
- Indivíduos com valores mais altos de estresse
psico-social eram mais velhos, menos ativos
fisicamente, fumavam mais, consumiam mais
álcool e tinham maiores níveis de marcadores
pró-inflamatórios
(Hamer & Stamatakis, 2008)
Obesidade
- Obesidade central tem relação com: pior
recuperação cardiovascular, maior resposta pró-
inflamatória e maior secreção de cortisol em
consequência de estresse mental
(Hamer & Stamatakis, 2008)
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AIDS
AIDS
- Pacientes com níveis reduzidos de células T
auxiliares (CD4) têm pior prognóstico
- Pacientes assintomáticos com níveis reduzidos
de CD4 podem ser protegidos pela anormal
manutenção dos valores normais de células
exterminadoras naturais (NKCC)
(Solomon et al., 2002)
AIDS
- Não perceber a doença como fatal e lidar bem
com dificuldades têm correlação positiva com
NKCC e negativa com a carga viral
- Cortisol pode agir sinergisticamente com
proteína do envelope do HIV-1 para inibir a
atividade das NKCC
(Solomon et al., 2002)
AIDS
- Qualidade da relação com os profissionais da
saúde tem relação com o prognóstico
- As NKCC são influenciadas por fatores psico-
sociais e hormônios responsivos ao estresse
(ACHT, cortisol, noradrenalina, β-endorfina e
neuropeptídeo Y)
- Muitos estudos mostram redução na atividade
das NKCC sob condições de estresse crônico e
depressão
(Solomon et al., 2002)
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DOENÇAS CARDÍACAS
Doença da artéria coronária
- Estresse emocional é a segunda causa
geradora de eventos cardiovasculares (infarto e
morte súbita) - a primeira é AF intensa
- Estresse, depressão e suporte social têm
influência na DAC, principalmente o segundo
(Greenwood et al., 2001; O’Keefe et al.,
2003; Bunker et al., 2003)
Doença da artéria coronária
- Maior influência na mortalidade do que início
dos sintomas clínicos
- A magnitude desta influência é similar a de
outros fatores de risco (fumo, dislipidemia e
hipertensão)
(Greenwood et al., 2001; O’Keefe et al.,
2003; Bunker et al., 2003)
Doença da artéria coronária
- Homens que declararam ter companheira
carinhosa e que apóia: menos dores no peito
- Não é conhecido se estresse antecipa infarto
- Fatores de risco psico-sociais frequentemente
coexistem
(Greenwood et al., 2001; O’Keefe et al., 2003)
30
Doenças cardíacas e aspectos psico-sociais
- Aumenta em 35% o número de indivíduos que
vão ao hospital com infarto após um terremoto
- Ativação simpática aguda aumenta a coagulação
sanguínea
- As citocinas pró-inflamatórias são causas de:
anorexia, fadiga, fraqueza, sonolência e febre
(Vale, 2005)
Doenças cardíacas e aspectos psico-sociais
- Estresse crônico: aumento das citocinas pró-
inflamatórias pelo sistema nervoso simpático pode
superar a redução pelo eixo hipotálamo hipófise
supra-renal
(Vale, 2005)
Doenças cardíacas x Otimismo
- Acompanhamento de quase 100 mil indivíduos
por 8 anos
- Redução de 9% na incidência de doenças
cardíacas e 14% na das outras doenças
(Universidade de Pittsburgh, EUA)
Doenças cardíacas x Otimismo
- Acompanhamento de 545 indivíduos
- Os que acreditavam fortemente no sucesso de
seus projetos tiveram redução de 50% nas
mortes cardiovasculares
(Instituto de Saúde Mental da Holanda)
31
Como reduzir o estresse?
Como reduzir o estresse?
- Alimentação saudável
- Sono e descanso adequados
- Não utilização de álcool e drogas
- Atividade física
- Técnicas de controle mental
- “Fazer o que gosta” (lazer, família/amigos,
trabalho, plano de vida)
Como reduzir o estresse?
Células natural killer:
- Atividade aumentada por adição de ácido graxo
ômega 3 na dieta
- Atividade reduzida por excesso de álcool e
redução do sono
(Robinson et al., 1998)
Atividade física e estresse
32
Atividade física e estresse Atividade física e estresse
Atividade física e estresse Atividade física e estresse
33
Atividade física e estresseBiofeedback
Instrumentos para medir funções fisiológicas e mostrá-las em tempo real ao indivíduo - são úteis
para demonstrar que técnicas terapêuticas (técnicas de respiração, meditação - gratidão, perdão, compaixão, hipnose, terapias cognitivas e
relaxamento) têm impacto real sobre o corpo
Biofeedback
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BiofeedbackFunções fisiológicas medidas no biofeedback
- Corrente elétrica muscular (eletromiografia)- Temperatura corporal- Resistência à passagem da corrente elétrica
cutânea (reação eletro-dérmica - condutância galvânica)
- Respiração- Frequência, variabilidade e coerência cardíacas - Atividade elétrica cerebral
Princípio do biofeedback
Mudança fisiológica � mudança mental/emocional
(Elmer Green, 1970)
Biofeedback para avaliação do estresse
35
Biofeedback sem “terapia” não tem sentido Com aparelho ���� sem aparelho
- Minimiza aspectos detrimentais do estresse,
melhora faculdades cognitivas e regulação da
emoção
Equipamentos e programas
36
37
“Sites” recomendados
http://www.heartmath.org/
http://www.wilddivine.com/
Benefícios do biofeedback: considerações iniciais
- Nossa função, como profissionais da saúde, é
pensar em aspectos científicos, não religiosos
- Há muitos charlatões na área
- Aspectos a serem analisados nos estudos:
1. Local de publicação (Pubmed®, Google
acadêmico®)
2. Grupo controle
3. Tamanho amostral
4. Análises realizadas
A terapia por biofeedback e tem sidoveementemente pesquisada há mais de quarentaanos. As bases de dados científicas ligadas à áreada saúde contemplam inúmeras pesquisas queapresentaram resultados positivos, tais como:
- redução de estresse- gerenciamento de hipertensão arterial- gerenciamento e redução de dores de cabeça
crônicas- tratamento de usuários de drogas
Efeitos do biofeedback
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- tratamento de portadores de transtorno de
déficit de atenção/hiperatividade - TDAH -
crianças, adolescentes e adultos
- gerenciamento da ansiedade e da depressão
- aumento dos processos de criatividade,
memória, aprendizagem e desempenho
- treinamento mental de atletas de alto nível
Efeitos do biofeedback Benefícios do biofeedback associado a alguma técnica de auto-controle
39
40
41
EEG biofeedback as a treatment for substance use disorders: review, rating of efficacy, and recommendations for further research.
Sokhadze TM, Cannon RL, Trudeau DL
Appl Psychophysiol Biofeedback. 2008 Mar; 33(1):1-28.
Electroencephalographic biofeedback in the treatment of attention-deficit/hyperactivity disorder
Monastra VJ et al.
Appl Psychophysiol Biofeedback. 2005 Jun;30(2):95-114.
42
Psychological treatment of essential hypertension: a controlled comparison of meditation and meditation
plus biofeedback.
Hafner RJ
Biofeedback Self Regul. 1982 Sep;7(3):305-16.
Biofeedback: an overview in the context of heart-brain medicine.
McKee MG
Cleve Clin J Med. 2008 Mar;75 Suppl 2:S31-4.
A theory of alpha/theta neurofeedback, creative performance enhancement, long distance functional connectivity and psychological
integration.
Gruzelier J
Cogn Process. 2009 Feb;10 Suppl 1:S101-9.
43
44
45
Efeitos do biofeedback
46
O coração tem um cérebro!
Com aproximadamente 40.000 neurônios, esse
“pequeno cérebro” dá ao coração a habilidade de
ter percepções independentes, processar
informações, fazer decisões e até mesmo
mostrar um tipo de aprendizado e memória
O coração tem um cérebro
O coração tem um cérebro O coração tem um cérebro!
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Melhorar trabalho cardíaco ���� melhora funções cerebrais
E
Melhorar trabalho cardíaco ���� melhora funções cerebrais
6 dicas aos profissionais
- Pior prognóstico em pacientes que deixam que
os outros cuidem de si e evitam atividades que
causam dor
- Mostras que todas as pessoas têm problemas e
vão morrer
- Reforçar que nem tudo está ao nosso alcance
- Não esconder os sentimentos melhora o
prognóstico
(Smyth et al., 1999; Spiegel & Giese-Davis, 2002)
6 dicas aos profissionais
- Passar a usar capacidades não afetadas pela
doença como meio de satisfação e felicidade
(redefinir prioridades de vida)
- Atividades em grupos favorecem a troca de
experiências e o estabelecimento de relações
(Smyth et al., 1999; Spiegel & Giese-Davis, 2002)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desafios dos profissionais:
1. Questionar as tradições
2. Planejar, executar e avaliar a intervenção
profissional com base em evidências científicas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
3. Utilizar o método científico no dia-a-dia
profissional
4. Implementar programas de atividade que
gerem PRAZER e reduzam ESTRESSE nos
alunos/clientes
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se houver uma forma de superar o sofrimento, não há necessidade de nos
preocuparmos; se não houver como superar o sofrimento, de nada adianta nos
preocuparmos.
(Shantideva)