dinamica costeira 2

78
DINÂMICA COSTEIRA

Transcript of dinamica costeira 2

Page 1: dinamica costeira 2

DINÂMICA COSTEIRA

Page 2: dinamica costeira 2

DEFINIDEFINIÇÇÃO MAIS SIMPLESÃO MAIS SIMPLES

A costa A costa éé onde a terra, a onde a terra, a áágua e o ar se gua e o ar se encontram.encontram.

As As ááguas desta junguas desta junçção trão trííplice podem ser doces o plice podem ser doces o salgadas.salgadas.

A costa A costa éé melhor observada como melhor observada como zona de mistura zona de mistura ou ajusteou ajuste

(Carter 1988)(Carter 1988)

Page 3: dinamica costeira 2

DEFINIDEFINIÇÇÃO MAIS FORMALÃO MAIS FORMAL

A zona costeira A zona costeira éé um espaum espaçço onde os o onde os ambientes terrestres influenciam os ambientes terrestres influenciam os marinhos e vice versa.marinhos e vice versa.

A zona costeira A zona costeira éé de largura varide largura variáável e pode mudar vel e pode mudar com o tempocom o tempo..

Page 4: dinamica costeira 2

Normalmente a determinaNormalmente a determinaçção de limites ão de limites éé impossimpossíívelvel

FreqFreqüüentemente os limites são constituentemente os limites são constituíídos por dos por gradagradaçções ou transiões ou transiççõesões ambientais.ambientais.

(Carter 1988)(Carter 1988)

Page 5: dinamica costeira 2

Em qualquer região a zona costeira pode Em qualquer região a zona costeira pode ser caracterizada por critser caracterizada por critéérios rios ffíísicos, sicos,

biolbiolóógicos ou culturaisgicos ou culturais, sendo que estes , sendo que estes geralmente não coincidem geralmente não coincidem

(Carter 1988)(Carter 1988)

Page 6: dinamica costeira 2

Ambientes costeiros

Page 7: dinamica costeira 2

PRAIAS ...

Page 8: dinamica costeira 2

DUNAS ...

Page 9: dinamica costeira 2

PLANÍCIE COSTEIRA

Page 10: dinamica costeira 2

ILHA BARREIRA

Page 11: dinamica costeira 2

ESTUÁRIOS

Page 12: dinamica costeira 2

LAGUNAS

Page 13: dinamica costeira 2

PLANÍCIES DE MARÉ

Page 14: dinamica costeira 2

DELTAS DE MARÉ

Page 15: dinamica costeira 2

DELTAS

Page 16: dinamica costeira 2

AGENTES DA DINÂMICA NATURAL

• Marés • Ondas• Correntes geradas por ondas

Page 17: dinamica costeira 2

Maré

Maré é o nome dado às oscilações verticais periódicas do nível do mar devido à ação gravitacional da Lua e do Sol, e aos movimentos de rotação e translação do sistema Terra-Lua-Sol.

Tide – tid = tempo

Page 18: dinamica costeira 2
Page 19: dinamica costeira 2

Forças

O comportamento da maré estárelacionado à distribuição de duas forças:

1. Força de Atração Gravitacional (Fg).

2. Força Centrífuga (Fc) – resulta do movimento curvilíneo do corpo, e édirecionada para longe do centro da órbita.

Page 20: dinamica costeira 2

Força Produtora da Maré

A força produtora da maré, em qualquer ponto, é a resultante das forças gravitacional (Fg) e centrífuga (Fc) e varia inversamente com o cubo da distância da Lua.

Page 21: dinamica costeira 2
Page 22: dinamica costeira 2

Interação das Marés Solar e Lunar

Posições relativas da Terra, do Sol e da Lua:

• Maré de Sizígia – Terra, Lua e Sol alinhados (luas Cheia e Nova) –variações máximas da maré.

• Maré de Quadratura – Lua se encontra a 900 da linha que une a Terra e o Sol (luas Minguante e Crescente) -variações mínimas da maré.

Page 23: dinamica costeira 2
Page 24: dinamica costeira 2

Medida de Tempo

Maré BaixaMaré Baixa

Maré AltaMaré Alta

Page 25: dinamica costeira 2

As Forças Atuantes

O Bojo de água fica sempre na direção da Lua

Page 26: dinamica costeira 2

As variações de Maré

Page 27: dinamica costeira 2

As variações de Maré

Simulação em um determinado ponto na TerraSimulação em um determinado ponto na Terra

Page 28: dinamica costeira 2

ONDASONDAS

As ondas no mar e lagos se formam As ondas no mar e lagos se formam pela perturbapela perturbaçção da superfão da superfíície da cie da áágua por:gua por:

Page 29: dinamica costeira 2

HIDRODINÂMICA DE HIDRODINÂMICA DE ONDASONDAS

As ondas no mar e lagos se formam pela As ondas no mar e lagos se formam pela perturbaperturbaçção da superfão da superfíície da cie da áágua por: gua por:

Page 30: dinamica costeira 2

VentosVentos

Page 31: dinamica costeira 2

Sismos, deslizamentos e vulcõesSismos, deslizamentos e vulcões

Page 32: dinamica costeira 2

ForForçças as gravitacionaisgravitacionais

Page 33: dinamica costeira 2

Estes agentes transferem energia e Estes agentes transferem energia e momento momento àà massa dmassa d’á’águagua

Esta energia Esta energia éé dissipada de vdissipada de váárias rias formas. Uma delas formas. Uma delas éé atravatravéés de ondass de ondas

Page 34: dinamica costeira 2

A forma A forma éé transmitida e não a transmitida e não a massa de massa de ááguagua

Page 35: dinamica costeira 2

PARÂMETROS DE ONDAPARÂMETROS DE ONDAAltura (H)Altura (H)Amplitude (A) = (H/2)Amplitude (A) = (H/2)Comprimento do onda (L)Comprimento do onda (L)PerPerííodo (T)odo (T)FreqFreqüüência (f) = (1/T)ência (f) = (1/T)Velocidade (V = L/T) Velocidade (V = L/T)

Page 36: dinamica costeira 2

PARÂMETROS DE ONDAPARÂMETROS DE ONDAProfundidade da Profundidade da áágua (d)gua (d)

Page 37: dinamica costeira 2

RelaRelaççõesões

Altura (H)/comprimento da onda (L) = Altura (H)/comprimento da onda (L) = esbeltezesbeltez

Page 38: dinamica costeira 2

RelaRelaççõesões

H/d = altura relativa (altura/profundidade H/d = altura relativa (altura/profundidade áágua)gua)

d/L = profundidade relativa (profundidade d/L = profundidade relativa (profundidade áágua/comprimento de onda)gua/comprimento de onda)–– d/L >0,5 denota d/L >0,5 denota ááguas profundasguas profundas–– 0,1 < d/L<0,5 denota 0,1 < d/L<0,5 denota ááguas transicionaisguas transicionais–– d/L < 0,1 denota d/L < 0,1 denota ááguas rasasguas rasas

Page 39: dinamica costeira 2

Ondas em Ondas em ááguas rasasguas rasas

•• Diminui a velocidade de avanDiminui a velocidade de avanççoo•• Diminui o comprimento de ondaDiminui o comprimento de onda•• Aumenta a Aumenta a esbeltezesbeltez•• A onda arrebentaA onda arrebenta

Page 40: dinamica costeira 2
Page 41: dinamica costeira 2
Page 42: dinamica costeira 2

RefraRefraçção de ondasão de ondas

O fenômeno de refração é gerado pelo atrito das ondulações com o fundo e interfere no ângulo de incidência dos trens de ondas, fazendo com que as ondas tendam a ficar paralelas a linha de costa à medida em que se aproximam de águas rasas.

Page 43: dinamica costeira 2
Page 44: dinamica costeira 2
Page 45: dinamica costeira 2

DifraDifraçção de ondasão de ondas

Page 46: dinamica costeira 2
Page 47: dinamica costeira 2

Correntes geradas por ondasCorrentes geradas por ondas

Correntes de deriva litorânea Correntes de deriva litorânea longitudinallongitudinal

((longshore longshore currentcurrent))

Page 48: dinamica costeira 2

Correntes geradas por ondasCorrentes geradas por ondas

Representação da correlação entre o ângulo de incidência ( θ ) dos trens de onda e a corrente resultante.

A - Trens paralelos à costa tendem a desenvolver células de circulação dominadas pelas correntes de retorno ( θ = 0° ).

B - Com o aumento do ângulo θ as células inclinam-se.

C - Trens oblíquos formam correntes paralelas à linha de costa ou de deriva litorânea (modificado de SWIFT & THORNE, 1991).

Page 49: dinamica costeira 2

•• As ondas, provenientes de diversas direAs ondas, provenientes de diversas direçções ões atingem a costa com um certo ângulo, originando atingem a costa com um certo ângulo, originando uma corrente paralela a costa uma corrente paralela a costa -- denominada denominada corrente de deriva litorâneacorrente de deriva litorânea -- que tem enorme que tem enorme capacidade de transporte de sedimentos.capacidade de transporte de sedimentos.

Page 50: dinamica costeira 2

•• A direA direçção das correntes de deriva vai ão das correntes de deriva vai depender da orientadepender da orientaçção da praia, da ão da praia, da diredireçção de proveniência das ondas e da ão de proveniência das ondas e da batimetria da zona costeira. batimetria da zona costeira.

Page 51: dinamica costeira 2

•• Assim, as correntes de deriva podem ser Assim, as correntes de deriva podem ser mais fortes ou mais fracas ou de sentidos mais fortes ou mais fracas ou de sentidos opostos ao longo de uma mesma praia ou opostos ao longo de uma mesma praia ou no mesmo local sob diferentes condino mesmo local sob diferentes condiçções de ões de ondas.ondas.

Page 52: dinamica costeira 2

•• Em cada situaEm cada situaçção de ondas e em cada ão de ondas e em cada ressaca a deriva pode ter caracterressaca a deriva pode ter caracteríísticas sticas diferentes e consequentemente efeitos diferentes e consequentemente efeitos diferenciados sobre a costa.diferenciados sobre a costa.

Page 53: dinamica costeira 2

•• Por exemplo algumas Por exemplo algumas ááreas podem ser reas podem ser erodidas enquanto outras podem sofrer erodidas enquanto outras podem sofrer acreacreççãoão. .

Page 54: dinamica costeira 2

Correntes de retorno (Correntes de retorno (riprip currentscurrents))

Page 55: dinamica costeira 2

Correntes geradas por ondasCorrentes geradas por ondas

Page 56: dinamica costeira 2

Dinâmica naturalDinâmica natural

Cada fator Cada fator éé dependente do outro. Qualquer mudandependente do outro. Qualquer mudançça a em um fator resulta no ajuste do outro.em um fator resulta no ajuste do outro.

Page 57: dinamica costeira 2

Suprimento de sedimentosSuprimento de sedimentos

Page 58: dinamica costeira 2

VariaVariaçção do não do níível relativo do marvel relativo do mar

–– variabilidades climvariabilidades climááticas a mticas a méédio e longo dio e longo prazos prazos -- por exemplo freqpor exemplo freqüüência e ência e intensidade das tempestades, glaciaintensidade das tempestades, glaciaçções, ões, deglaciadeglaciaççõesões;;

–– tectônica,tectônica,

–– subsidência por explorasubsidência por exploraçção do lenão do lenççol ol frefreáático.tico.

Page 59: dinamica costeira 2
Page 60: dinamica costeira 2
Page 61: dinamica costeira 2

•• A costa estA costa estáá em equilem equilííbrio dinâmico com o clima brio dinâmico com o clima de ondas, adaptando seu perfil de equilde ondas, adaptando seu perfil de equilííbrio brio para cada condipara cada condiçção de ondas e marão de ondas e maréés. s.

•• Estas mudanEstas mudançças podem ocorrer em poucas as podem ocorrer em poucas horas, por exemplo durante uma tempestade, ou horas, por exemplo durante uma tempestade, ou em uma a duas semanas, quando da em uma a duas semanas, quando da reconstrureconstruçção do perfil praial por ondas de bom ão do perfil praial por ondas de bom tempo.tempo.

Energia de ondasEnergia de ondas

Page 62: dinamica costeira 2

Por exemplo, durante uma tempestade com ondas de Por exemplo, durante uma tempestade com ondas de alta energia, parte da praia emersa alta energia, parte da praia emersa éé erodida e a areia erodida e a areia depositada na parte submersa da praiadepositada na parte submersa da praia

Page 63: dinamica costeira 2

•• No sistema natural este processo serNo sistema natural este processo seráárevertido pelas ondas de menor energia ou revertido pelas ondas de menor energia ou ondas de ondas de ““bom tempobom tempo””, restabelecendo o perfil , restabelecendo o perfil praialpraial preexistente.preexistente.

Page 64: dinamica costeira 2

LocalizaLocalizaçção ão e forma da e forma da

costacosta

Page 65: dinamica costeira 2

•• As costas localizadas prAs costas localizadas próóximo a desembocaduras são muito mais ximo a desembocaduras são muito mais varivariááveis que as de mar aberto, pois alveis que as de mar aberto, pois aléém das mudanm das mudançças no clima as no clima de ondas sofrem tambde ondas sofrem tambéém influências das correntes de marm influências das correntes de maréés.s.

Page 66: dinamica costeira 2

Dinâmica natural Dinâmica natural versusversus OcupaOcupaççãoão

•• Quando o homem interfere nesta Quando o homem interfere nesta dinâmica complexa a dinâmica complexa a erosãoerosão passa passa a ser um a ser um problemaproblema..

•• Algumas causas podem ser Algumas causas podem ser facilmente diagnosticadas, outras facilmente diagnosticadas, outras nem tanto. nem tanto.

Page 67: dinamica costeira 2

• Interrupção da deriva litorânea– Um dos problemas de mais fácil diagnóstico

são os relacionados a interrupção da deriva litorânea

Page 68: dinamica costeira 2

Qualquer obra que interrompa a deriva litorânea vai Qualquer obra que interrompa a deriva litorânea vai gerar deposigerar deposiçção a montante e erosão a jusante da ão a montante e erosão a jusante da derivaderiva

Page 69: dinamica costeira 2
Page 70: dinamica costeira 2

Janeiro 2004

Page 71: dinamica costeira 2

Em Pontal do Sul a construEm Pontal do Sul a construçção de um canal gerou um molhe ão de um canal gerou um molhe hidrhidrááulico que interrompeu a deriva litorânea provocando ulico que interrompeu a deriva litorânea provocando sedimentasedimentaçção a montante e erosão a jusante da derivaão a montante e erosão a jusante da deriva

sedimentação

erosão

erosão

Page 72: dinamica costeira 2

•• Invasão da praia Invasão da praia –– Outro problema de fOutro problema de fáácil diagncil diagnóóstico stico éé a a

invasão da praia com construinvasão da praia com construçções.ões.

Page 73: dinamica costeira 2

Parte da energia das ondas, que se dissipava na praia, passa a ser utilizada na remobilização e transporte de areia provocando intensa erosão da praia

A invasão da praia pelas construA invasão da praia pelas construçções ões altera a morfodinâmica praial.altera a morfodinâmica praial.

Page 74: dinamica costeira 2

Este processo Este processo éé uma reauma reaçção em cadeia.ão em cadeia.Quanto mais sedimento Quanto mais sedimento éé retirado mais energia das retirado mais energia das

ondas fica disponondas fica disponíível para retirar mais sedimentosvel para retirar mais sedimentos

Uma vez iniciado o processo erosivo Uma vez iniciado o processo erosivo éédifdifíícil parcil paráá--lo ou lo ou revertereverte--lolo..

Page 75: dinamica costeira 2

Problemas costeiros

• Para a análise dos problemas costeiros deve-se ter em conta os seguintes princípios:

– A proteção da costa não implica necessariamente em obras de contenção.

– Às vezes é necessário adiantar-se aos efeitos erosivos fazendo obras de prevenção.

Page 76: dinamica costeira 2

–– Para resolver problemas costeiros devePara resolver problemas costeiros deve--se ter uma se ter uma visão geral dos problemas para amplas zonas do visão geral dos problemas para amplas zonas do litoral. litoral.

–– ÉÉ preferpreferíível resolver problemas gerais que locais.vel resolver problemas gerais que locais.

Page 77: dinamica costeira 2

SoluSoluçções para problemas ões para problemas costeiroscosteiros

•• PrevenPrevenççãoão

•• ProteProteçção x Recuperaão x Recuperaççãoão

•• RealocaRealocaçção ou desapropriaão ou desapropriaçção ão

Page 78: dinamica costeira 2