Dina Nica e suas riquezas

2
Dona Nica e suas riquezas Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 7 • nº 1158 Dezembro/2013 Sítio Novo Maria Barros da Silva (66 anos), mais conhecida como Nica de Zé Raimundo, representa a oitava geração da sua família. Beneficiária do Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2), ela vive com seu marido José Raimundo da Silva há 41 anos. Mãe de 08 filhos, avó de 12 netos e bisavó de 01, ela diz nunca ter faltado nada para alimentá-los. Faz 37 anos que ela colhe frutas da sua própria terra. Dona Nica começou na agricultura com 06 anos de idade. Com pouca oportunidade de estudar e muita necessidade, ela precisou ajudar seu pai e disso pôde aprender como lidar com agricultura e amá-la. “O trabalho com a natureza faz renascer” é com este espírito que todos os dias dona Nica acorda e cuida dos seus animais, plantações, além de dá conta dos afazeres de casa e do seu trabalho como agente de saúde. “Tenho um pé de umbu que faz 40 anos, eu tenho muito orgulho dele”, diz dona Nica. Além do umbu, maracujá, manga, graviola, pinha, acerola, laranja, limão, mamão, banana, coco, couve-folha, coentro, cebolinha e algumas plantas medicinais são parte das riquezas encontradas na sua propriedade. Ela também cria gado, galinhas, guiné, caprinos.

description

 

Transcript of Dina Nica e suas riquezas

Dona Nica e suas riquezas

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 7 • nº 1158

Dezembro/2013

Sítio Novo

Maria Barros da Silva (66 anos), mais conhecida como Nica de Zé Raimundo, representa a oitava geração da sua família. Beneficiária do Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2), ela vive com seu marido José Raimundo da Silva há 41 anos. Mãe de 08 filhos, avó de 12 netos e bisavó de 01, ela diz nunca ter faltado nada para alimentá-los. Faz 37 anos que ela colhe frutas da sua própria terra.

Dona Nica começou na agricultura com 06 anos de idade. Com pouca oportunidade de estudar e muita necessidade, ela precisou ajudar seu pai e disso pôde aprender como lidar com agricultura e amá-la.

“O trabalho com a natureza faz renascer” é com este espírito que todos os dias dona Nica acorda e cuida dos seus animais, plantações, além de dá conta dos afazeres de casa e do seu trabalho como agente de saúde.

“Tenho um pé de umbu que faz 40 anos, eu tenho muito orgulho dele”, diz dona Nica. Além do umbu, maracujá, manga, graviola, pinha, acerola, laranja, limão, mamão, banana, coco, couve-folha, coentro, cebolinha e algumas plantas medicinais são parte das riquezas encontradas na sua propriedade. Ela também cria gado, galinhas, guiné, caprinos.

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Rio Grande do Norte

Realização Apoio

Colocar as folhas do manjericão ou alecrim na sopa, congelar polpas de frutas para o suco do almoço, fazer queijo de coalho, aproveitar a nata do leite para fazer manteiga, fazer geleia de umbu, são algumas das práticas usadas por dona Nica para alimentar sua família.

“Tudo o que tenho aqui uso para consumo próprio porque a minha família é grande. Meu filho veio almoçar e levou 20 ovos para casa dele”. Alegria estampada no rosto de dona Nica é indescritível.

Dona Nica aprendeu que a água utilizada para lavar louça pode também ser reaproveitada para molhar as plantas sem que tenha nenhum tipo de desperdício.

‘O pé de caju tem 1 ano e 4

meses’.

‘De tudo o que tenho, o

maracujá é a minha

felicidade’.

‘Meu pé de mamão ainda

não fez um ano’.

‘Minha palma tem 7 anos’.

Dona Nica recebeu do P r o g r a m a P 1 + 2 d a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) um barreiro-trincheira, tecnologia esta usada para armazenar água de chuva para alimentar os animais e plantações de frutas e hortaliças em longos períodos de estiagem.

‘Com o barreiro-trincheiro eu vou continuar com as minhas plantas e garantir que os meus netos façam também’ diz dona Neca.