Dimensionamento de um pavimento

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0 UNIVERSIDADE DO VALE DE ITAJAÍ ANDRÉ LUIZ DA COSTA ANDRESSA BERTOLI RIBEIRO KÉLLI CRISTINA DÉSTRI PEDRO ROUSSELET CRIZEL RENATO DE SOUSA FERNANDES VANESSA ELAINE GELAIN DIMENSIONAMENTO DE UM PAVIMENTO: Avenida Ver. Abrahão João Francisco ITAJAÍ 2013

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Dimensionamento de um pavimento na rua Avenida Ver. Abrahão João Francisco.Neste trabalho será discursado sobre dimensionamento de pavimentos flexíveispelo método do DENER de autoria do Engenheiro Murillo Lopes de Souza, o métodofoi criado com base em dados obtidos na Pista Experimental da AASHTO e naexperiência do Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos da América doNorte.

Transcript of Dimensionamento de um pavimento

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    UNIVERSIDADE DO VALE DE ITAJA

    ANDR LUIZ DA COSTA ANDRESSA BERTOLI RIBEIRO

    KLLI CRISTINA DSTRI PEDRO ROUSSELET CRIZEL

    RENATO DE SOUSA FERNANDES VANESSA ELAINE GELAIN

    DIMENSIONAMENTO DE UM PAVIMENTO: Avenida Ver. Abraho Joo Francisco

    ITAJA 2013

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    ANDR LUIZ DA COSTA ANDRESSA BERTOLI RIBEIRO

    KLLI CRISTINA DSTRI PEDRO ROUSSELET CRIZEL

    RENATO DE SOUSA FERNANDES VANESSA ELAINE GELAIN

    DIMENSIONAMENTO DE UM PAVIMENTO: Avenida Ver. Abraho Joo Francisco

    Trabalho apresentado como requisito parcial para a obteno da M2, na disciplina de Pavimentao, na Universidade do Vale do Itaja, do Centro de Cincias Tecnolgicas da Terra e do Mar. Professor: Jos Nuno Wendt

    ITAJA

    2013

  • 2

    Resumo

    Neste trabalho ser realizado o dimensionamento de um pavimento na Avenida Ver. Abraho Joo Francisco, atravs do mtodo de dimensionamento de Pavimento Flexvel do Eng. Murilo Lopez de Souza, adotado pelo DNIT. Realizando-se a contagem classificatria de veculos no local, sero apurados os dados para obteno da espessura mnima de camada granular necessria para o pavimento.

    Palavras-chaves: Dimensionamento, pavimento, espessura mnima.

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    Sumrio Resumo ........................................................................................................................ 2

    1. INTRODUO....................................................................................................... 4

    2. FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................. 5

    2.1. A determinao da capacidade de suporte do subleito e dos materiais granulares constitutivos do pavimento (CBR) ............................................................ 5

    2.2. Classificao dos materiais granulares empregados no pavimento ................ 6

    2.3. Trfego (nmero equivalente N de operaes de um eixo tomado como padro) ...................................................................................................................... 7

    2.4. Fator climtico Regional ................................................................................. 8

    2.5. Coeficiente de equivalncia estrutural K ....................................................... 8

    2.6. Espessura mnima de revestimento betuminoso e espessura das camadas... 8

    3. METODOLOGIA ..................................................................................................... 10

    4. ANLISES E RESULTADOS .................................................................................. 16

    4.1 Clculo do N ...................................................................................................... 16

    4.2 Dimensionamento do pavimento ....................................................................... 18

    5. CONCLUSO ......................................................................................................... 20

    6. REFERNCIAS ...................................................................................................... 21

  • 4

    1. INTRODUO

    O presente trabalho tem como finalidade, determinar a espessura de um

    pavimento. O pavimento a estrutura construda sobre terraplenagem e destinada,

    tcnica e economicamente, a:

    - Resistir aos esforos verticais oriundos do trafego e distribui-los;

    - Melhorar as condies de rolamento do trafego quanto ao conforto e segurana;

    - Resistir as esforos horizontais, tornando mais durvel a superfcie de rolamento.

    (SENO, 1997).

    Dimensionar um pavimento significa determinar as espessuras das camadas

    que oconstituem de forma que estas camadas (reforo do subleito, sub-base, base e

    revestimento)resistam e transmitam ao subleito as presses impostas pelo trfego,

    sem levar o pavimento ruptura ou a deformaes e a desgastes excessivos.

    (GREGO, 2013).

    Para dimensionar a espessura do pavimento, necessita-se do nmero de

    solicitaes padronizadas para um eixo simples. Para obter tal dado realizou-se a

    contagem de veculos na Avenida Ver. Abraho Joo Francisco, mais conhecida como

    Contorno Sul, no sentido ao Centro de Itaja. Aplicando-se os dados obtidos no

    mtodo de dimensionamento de Pavimento Flexvel e utilizando-se o resultado do

    ensaio de CBR estabelecido na M1 ser definida a espessura a ser utilizado para

    atender s solicitaes de forma adequada.

  • 5

    2. FUNDAMENTAO TERICA

    Neste trabalho ser discursado sobre dimensionamento de pavimentos flexveis

    pelo mtodo do DENER de autoria do Engenheiro Murillo Lopes de Souza, o mtodo

    foi criado com base em dados obtidos na Pista Experimental da AASHTO e na

    experincia do Corpo de Engenheiros do Exrcito dos Estados Unidos da Amrica do

    Norte.

    A inteno do mtodo determinar a espessura das camadas de um pavimento

    (reforo do subleito, sub-base, base e revestimento), para que as camadas resistam e

    transmitam ao subleito das tenses de trfego, sem que haja deformaes excessivas

    ou ruptura.

    O mtodo possui um roteiro contendo:

    A determinao da capacidade de suporte do subleito e dos materiais

    granulares constitutivos do pavimento;

    Classificao dos materiais granulares empregados no pavimento;

    Trfego (nmero equivalente N de operaes de um eixo tomado como

    padro);

    Fator climtico Regional;

    Coeficiente de equivalncia estrutural K;

    Espessura mnima de revestimento betuminoso;

    Espessura das camadas constituintes.

    2.1. A determinao da capacidade de suporte do subleito e dos materiais granulares constitutivos do pavimento (CBR)

    Para determinao da capacidade de suporte do subleito e dos materiais

    utilizado o ensaio CBR.

    Atravs deste ensaio feita uma relao entre a presso produzida na penetrao

    de um pisto em um corpo de prova de solo e a presso produzida na penetrao de

    uma mistura de brita granulometricamente estabilizada, onde a relao apresentada

    em porcentagem.

    Para maior segurana ao invs de se utilizar o CBR, pode-se utilizar o IS (ndice

    de Suporte) que o valor do CBR corrigido pelo IG (ndice de Grupo).

  • 6

    O CBR mede a resistncia de solos com umidade e densidade conhecidas, assim

    o ndice de capacidade de suporte no um valor constante, esta relacionado a uma

    condio de moldagem do material.

    O ensaio constitudo de trs etapas, compactao do solo em corpos de prova,

    clculo de expanso atravs da imerso do corpo de prova em gua e ensaio de

    penetrao.

    2.2. Classificao dos materiais granulares empregados no pavimento O mtodo possui alguns parmetros para classificao dos materiais granulares

    empregados do pavimento, ainda utilizando as informaes do ensaio CBR.

    a) Materiais para reforo do subleito:

    IS ou CBR maior que o subleito

    Expanso 2%

    b) Materiais para sub-base:

    IS ou CBR 20

    IG = 0

    Expanso 1%

    c) Materiais para base

    CBR 80 N> 5x10^6

    CBR 60 N 5x10^6

    Expanso 0,5%

    Limite de liquidez 25

    ndice de plasticidade 6

    Material passante pela # n 200 < 2/3 do passante pela # n 40

    Desgaste Los Angeles 50

  • 7

    Figura 1 Faixas granulomtricas para base granular

    2.3. Trfego (nmero equivalente N de operaes de um eixo tomado como padro)

    O pavimento dimensionado em funo do nmero equivalente N de

    operaes de um eixo tomado como padro, durante o perodo de projeto

    escolhido (80 kN = 8,2 tf.

    Para clculo do N necessrio saber os valores de:

    Vm = Volume dirio mdio de trfego do ano mdio;

    Vt = Volume total de trfego em um sentido durante o perodo;

    FE = Fator de eixo, multiplicando pelo nmero de veculos tem-se o nmero

    de eixos;

    FV = Fator de veculo, multiplicando pelo nmero de veculos tem-se o

    nmero de eixos equivalentes padro;

    FC = Fator de carga, multiplicando pelo nmero de eixos tem-se o nmero

    de eixos equivalentes ao eixo padro.

    Para o clculo dos fatores necessrio fazer uma contagem de trfego na estrada

    em estudo, somando-se o total de eixos em um determinado perodo.

  • 8

    2.4. Fator climtico Regional FR multiplicado pelo N, para que se leve em considerao as variaes de

    umidade dos materiais durante todo o ano. Como no Brasil no se possui ainda

    parmetros estudados, em favor da segurana se utiliza FR = 1.

    2.5. Coeficiente de equivalncia estrutural K O valor de K depende do tipo de material utilizado no pavimento em cada camada,

    que relaciona a espessura que a camada deve ter utilizando material padro (base

    granular), com a espessura equivalente do material que ser utilizado.

    Tipo de Pavimento Coeficiente K

    Base ou revestimento de concreto betuminoso 2,00

    Base ou revestimento pr-misturado a quente, de graduao

    densa 1,70

    Base ou revestimento pr misturado a frio, de graduao densa 1,40

    Base ou revestimento betuminoso por penetrao (tratamento

    superficial e macadame betuminoso) 1,20

    Camadas Granulares 1,00

    Solo cimento com resistncia aos 7 dias > 45 kg/cm (4,5 Mpa) 1,70

    Solo cimento com resist. aos 7 dias entre 45 kg/cm (4,5 Mpa)

    e 35 Kg/cm (3,5 Mpa) 1,40

    Solo cimento com resistncia aos 7 dias < 35 kg/cm (3,5 Mpa) 1,00

    Solo cal 1,20

    Tabela 1: Coeficiente K: Coeficientesde equivalncia estrutural para diferentes materiais

    Fonte: Seno (1997, p.484).

    2.6. Espessura mnima de revestimento betuminoso e espessura das camadas

    A espessura mnima fixada para proteger a camada de base das tenses

    exercidas pelo trfego, e evitar a ruptura do prprio revestimento.

  • 9

    N R mn (cm) Tipo de Revestimento

    At 10 0 a 3 (adotar 0) Tratamento Superficial

    10 a 510 5 Revestimento Betuminoso

    510 a 10 7,5 Concreto Betuminoso

    10 a 510 10 Concreo Betuminoso

    Mais de 510 12,5 Concreto Betuminoso

    Tabela 2: Valores de R em funo de N.

    Fonte: Souza, 1979, p.16.

    A espessura total do pavimento e das camadas constituintes dada a partir de

    grficos experimentais, onde a metodologia de clculo ser apresentada a seguir.

  • 10

    3. METODOLOGIA

    No dia 04 de novembro de 2013, foi realizada a contagem classificatria de

    veculos na Avenida Ver. Abraho Joo Francisco, mais conhecida como Contorno

    Sul, no sentido Centro de Itaja.

    A contagem de veculos foi realizada no intervalo compreendido entre 16:00 at

    17:00. Como o volume de trfego contabilizado foi referente a 1 hora, foi necessrio

    expandir essa contagem para 24 horas, tendo como base o fator de expanso horrio

    (FH) da rodovia SC 470.

    Horrio Mdia Veculos %

    Incio Trmino

    13 14 735,79 5,911

    14 15 824,39 6,622

    15 16 837,5 6,728

    16 17 930,39 7,474

    17 18 997,43 8,012

    18 19 940,14 7,552

    Tabela 3: Mdias de trfego horrio na rodovia SC 470, trecho Blumenau-Gaspar, no

    bairro Bela Vista, em abril de 1995.

    Fonte: DEINFRA/SC.

    Para o fator dia (FD) foi considerado, a pedido do professor, que a mdia do

    trfego semanal era igualmente distribuda em todos os dias da semana, sejam eles

    dias teis ou feriados. Utilizou-se FD = 1.

    Para o fator ms, utilizou-se o valor 1. Adotou-se, a pedido do professor, que

    no existe variao do volume de trfego conforme a poca do ano.

    Para o fator climtico regional (FR), desprezou-se o efeito do clima da regio

    no dimensionamento. Adotou-se FR = 1.

    Calculou-se o FVi para os eixos dos veculos contabilizados. Considerou-se as

    seguintes cargas mdias por eixo:

  • 11

    Veculo Carga mdia por eixo

    (tonelada)

    Eixos simples de veculos leves (automveis,

    camionetes, vans) 1 t

    Eixo simples dianteiro de caminhes e nibus 6 t

    Eixo simples traseiro (4 pneus) de caminhes e nibus 10 t

    Eixo duplo traseiro de caminhes e nibus 17 t

    Eixo triplo traseiro de caminhes e nibus 26 t

    Tabela 4

    Calculou-se o fator veculo (FV) com as porcentagens de veculos

    contabilizadas.

    =() (Equao 1)

    = (Equao 2)

    Onde:

    FEO o fator de equivalncia das operaes de carga (ver tabela abaixo);

    pv a porcentagem da categoria de veculos no trfego.

    Eixos simples cargas por

    eixo (t)

    Fator de equivalncia

    das operaes

    1 t 0,0004

    2 t 0,004

    3 t 0,020

    4 t 0,050

    5 t 0,100

    6 t 0,200

    7 t 0,500

    8 t 1,000

    9 t 2,000

    10 t 3,000

    Tabela 5: Fatores de equivalncia de operaes para eixos simples.

  • 12

    Eixos duplo cargas por

    eixo (t)

    Fator de equivalncia

    das operaes

    15 4,000

    16 6,000

    17 7,000

    18 10,000

    19 15,000

    Tabela 6: Fatores de equivalncia de operaes para eixos duplos.

    Eixos triplo cargas por

    eixo (t)

    Fator de equivalncia

    das operaes

    22 5,59

    24 6,11

    26 9,88

    28 14,82

    30 20,80

    Tabela 7: Fatores de equivalncia de operaes para eixos triplos.

    Para encontrar o volume de trfego na entrega da obra (Vi), empregou-se a

    frmula abaixo:

    = (1 + ) (Equao 3)

    Onde:

    Vo o volume de projeto;

    tg a taxa de crescimento geomtrica.

    Para encontrar o volume de trfego no sentido mais solicitado (Vt), utilizou-se a

    frmula abaixo:

    = 365(1 + ) 1

    (Equao 4)

    Onde:

    Vi o volume de trfego na entrega da obra;

    P o perodo de projeto.

  • 13

    O nmero de aplicaes da carga padro (N) foi obtido a partir da equao

    abaixo:

    = (Equao 5)

    Onde

    Vt o volume de trfego no sentido mais solicitado;

    Fv o fator veculo;

    Fr o fator climtico regional.

    Adotou-se o mtodo de dimensionamento de Pavimento Flexvel do

    Engenheiro Murilo Lopez de Souza, adotado pelo DNIT. Atravs do grfico abaixo,

    obteve-se a espessura da camada acima da sub-base (H20), em funo do nmero N

    e do CBR.

    Grfico X: Dimensionamento de pavimentos flexveis.

    Fonte: Seno, 1997.

  • 14

    A espessura da base (B), sub-base (h20) e reforo do sub-leito (href) so

    obtidos pela resoluo sucessiva das equaes abaixo:

    ! + "!# %20' (Equao 6)

    ! + "!# + )#!)# %* (Equao 7)

    ! + "!# + )#!)# + +,!+, %- (Equao 8)

    Onde:

    R a espessura mnima do pavimento betuminoso;

    B a espessura mnima da base;

    hsb a espessura mnima da sub-base;

    href a espessura mnima do reforo;

    Kr o coeficiente estrutural do revestimento betuminoso;

    Kb o coeficiente estrutural da base;

    Ksb o coeficiente estrutural da sub-base;

    Kref o coeficiente estrutural do reforo do sub-leito;

    C um fator de correo, adota-se:

    c = 1,2 para N >10

    c = 0,8 quando N 10 e o CBR da sub-base for 40

    c = 1 para os demais casos.

    Figura 2.

    Fonte: UFMG.

    Para o dimensionamento do pavimento, utilizou-se sub-leito com CBR

    especificado conforme ensaio de solo no LATEC, sub base granular de CBR 20 e base

    granular de CBR 80.

    Os coeficientes de equivalncia estrutural em funo do tipo de pavimento so

    obtidos a partir da tabela 1.

  • 15

    A espessura mnima (R mn) para o revestimento betuminoso tem como

    objetivo proteger a camada de base do reforo e evitar a ruptura do prprio

    revestimento. As espessuras recomendadas seguem na tabela 2, e so funo do

    nmero N.

    As especificaes do DNIT e DEINFRA/SC estipulam uma espessura mnima

    de camada granular para as rodovias, de 15 cm, assim, caso a espessura calculada

    seja menor que este valor, ser adotado 15 cm, ou recalcula-se o dimensionamento,

    considerando a possibilidade de excluir-se a camada delgada com o reforo da

    anterior.

  • 16

    4. ANLISES E RESULTADOS

    4.1 Clculo do N

    O primeiro passo para o clculo do N foi a contagem de veculos, realizada em

    campo, compilando-se os dados registrados na tabela abaixo.

    Tipo de veculo Qtde. %

    Veculos leves 848 93,91%

    nibus/Caminho Simples-Simples

    40 4,43%

    Caminho Simples-Duplo

    8 0,89%

    Caminho Simples-Triplo

    1 0,11%

    Caminho Simples-Simples-Duplo

    6 0,66%

    Tabela 8: Quantidade e porcentagem de veculos por tipo de veculo.

    Em seguida, calculou-se os valores do fator veculo para cada um dos tipos de

    veculos(Fvi), atravs das somas dos FEOs para cada tipo de eixo, conforme a tabela

    a seguir:

    Tipo de veculo Eixo dianteiro Eixo traseiro Eixo traseiro

    Fvi Peso (t)

    FEO Peso (t)

    FEO Peso (t)

    FEO

    Veculos leves 1 0,0004 1 0,0004 - - 0,0008

    nibus/Caminhes Simples-Simples

    6 0,2 10 3 - - 3,2000

    Caminho Simples-Duplo

    6 0,2 17 7 - - 7,2000

    Caminho Simples-Triplo

    6 0,2 26 9,88 - - 10,0800

    Caminho Simples-Simples-Duplo

    6 0,2 10 3 17 7 10,2000

    Tabela 9: Fator veculo por tipo de veculo

    A partir, destes dados, foi ento possvel calcular o fator veculo (FV) a ser

    utilizado para o clculo de N, utilizando-se das porcentagens de cada tipo de veculos

    e dos valores de Fvi.

  • 17

    Tipo de veculo Qtde. pv Fvi Fvi.pv

    Veculos leves 848 93,91% 0,0008 0,0008

    nibus/Caminhes Simples-Simples

    40 4,43% 3,2000 0,1417

    Caminho Simples-Duplo 8 0,89% 7,2000 0,0638

    Caminho Simples-Triplo 1 0,11% 10,0800 0,0112

    Caminho Simples-Simples-Duplo

    6 0,66% 10,2000 0,0678

    FV 0,2852

    Tabela 10: Determinao do fator veculo FV.

    Em seguida, foram observados os valores do fator horrio (FH) e do fator faixa

    (FF). Para os fatores dia, ms e climtico regional, adotou-se o valor de 1,0, conforme

    orientados pelo professor. Para o FF, observou-se a distriubuio dos carros entre as

    2 faixas da via, observando-se que 55% (44 de 80) dos mesmos circulavam pela faixa

    da esquerda. J para o FH, utilizou-se as mdias de trfego para o horrio da medio

    (entre 16h e 17h).

    % =100

    7,474 % = 13,3797

    =44

    80 = 0,55

    Desta forma, procedeu-se com os clculos dos volumes de referncia, inicial e ,

    utilizando-se taxa geomtrica de 2% ao ano, perodo inicial de 2 anos e perodo de

    projeto de 12 anos.

    Volume de referncia (Vo):

    = +'45)/%7%7

    = 903713,379770,55

    = 6645,04/8

    Volume inicial (Vi):

    = 6645,04(1 + 2%):

    = 6913,50/8

    Volume total (Vt):

    = 3656913,50(1 + 2%);: 1

    2%

    = 33.844.414,44+'45)

  • 18

    Com os valores j calculados, pde obter-se, ento, o valor de N:

    =

    = 33844414,440,28521,0

    = 33844414,440,28521,0

    = 9,6510

    4.2 Dimensionamento do pavimento

    Com o valor de N encontrado, parte-se para o dimensionamento das camadas

    do pavimento, utilizando-se os valores de CBR arbitrados para base e sub-base, e o

    CBR do solo ensaiado no LATEC para o sub-leito.

    N 9,65E+06

    CBR sub-leito (ensaio M1) 2

    CBR sub-base 20

    CBR base 80 Tabela 11: Valores de N e CBR dos materiais do pavimento.

    A partir do N foi dimensionado o revestimento (R), adotando-se para o mesmo

    o mnimo recomendado de 7,5 cm e concreto betuminoso como seu material. O fator

    de correo C apresentado abaixo foi obtido a partir de seu valor de N, enquanto Kr,

    Kb e Ksb, so valores tabelados em funo do material utilizado em cada uma das

    camadas. H20 e Hx foram encontrados aplicando-se o N e cada CBR, no baco para

    dimensionamento de pavimentos flexveis.

    R 7,50 cm

    C 1

    Kr 2

    Kb 1

    Ksb 1

    H20 27,00 cm

    Hx = H2 111,00 cm Tabela 12: Valores para o dimensionamento das camadas da base e sub-base.

  • 19

    - Clculo da espessura da base:

    ! + "!# %20'

    7,52 + "1 271

    " 12'-

    Como o DNIT normatiza que, para camadas granulares, no devem ser usadas

    camadas com espessura inferior a 15cm, adotou-se:

    "=8 = 15'-

    - Clculo da espessura da sub-base:

    ! + "!# + )#!)# %*

    7,52 + 151 + )#1 111

    )# 81'-

    )#=8 = 81'-

    Teve-se como resultados do dimensionamento, os valores abaixo para as

    camadas que formam o pavimento:

    = 7,5'-(>*'+"+4-*))

    " = 15'-

    )# = 81'-

    Cabe ressaltar que foi necessrio adotar espessura de 15 cm para a base,

    visando atender a normatizao do DNIT, que exige ao menos 15 cm para camadas

    formadas por materiais granulares. J o elevado valor da espessura da sub-base

    justifica-se pelo baixo valor de CBR do solo que compe o sub-leito, podendo-se

    considerar como alternativa a execuo de uma camada de reforo entre o sub-leito e

    a sub-base.

  • 20

    5. CONCLUSO Com base nos dados analisados para o dimensionamento da Avenida

    Vereador Abraho Joo Francisco, considerando o material analisado no LATEC

    referente ao ensaio de CBR feito na mdia anterior, asub-base dever ter uma grande

    espessura, porm, para que este valor possa ser mais prximo ao real dever ser

    realizado um ensaio com o material referente localidade onde dever ser aplicado a

    pavimento. Para espessura da base do pavimento se adotou a mnima, pois os valores

    calculados ficaram abaixo do mnimo exigido por norma.

    Portanto, se pode dizer que este trabalho foi de grande valia tanto no mbito

    prtico como terico no que se diz a respeito a dimensionamento de pavimentos pelo

    mtodo adotado atualmente pelo DNIT.

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    6. REFERNCIAS

    WENDT, Jos Nuno Amaral. Notas de aula sobre pavimentao.

    SANTANNA-GRECO, J. A. Construo de Estradas e Vias Urbanas:

    Dimensionamento de Pavimentos Flexveis - Mtodo Emprico do DNIT

    Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia