Dimensionamento de pilares mistos de aço e concreto - NBR 8800

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    Volume1.Nmero1(abril/2012).p.119

    *Autorcorrespondente 1

    Dimensionamentodepilaresmistosdeaoe

    concretoconforme

    ABNT

    NBR

    8800:2008

    PauloHenriqueLubas1,ValdirPignattaSilva2*eJorgeMunaiarNeto3

    1Programadepsgraduaoda EscolaPolitcnicadaUniversidadedeSoPaulo,

    [email protected]

    valpigss@usp.br3EscoladeEngenhariadeSoCarlosdaUniversidadedeSoPaulo,

    [email protected]

    CompositesteelconcretecolumndesignbasedonBrazilianstandard

    ABNTNBR8800:2008

    RESUMO

    OpotencialparausodepilaresmistosdeaoeconcretonoBrasilgrande.NanormabrasileiraABNTNBR8800:2008so indicadosdoisprocedimentosalternativosparaodimensionamentodessespilares.Osautoresdopresentetrabalhodesenvolveramum

    cdigocomputacional,denominadoCalcPM,oqualexecutao clculodacapacidaderesistente dos pilares mistos de ao e concreto e apresenta os resultados de modogrficoparaosdoisprocedimentosindicados. OobjetivodestetrabalhodescreverocdigoCalcPMeapresentarresultadoscombasenosdoismodelosdanormabrasileiraparafinsdecomparao.

    Palavraschave:pilarmisto,flexocompresso,NBR8800,dimensionamento.

    ABSTRACT

    Theuseofcompositesteelandconcretecolumnshasagreatpotential inBrazil.TheBrazilianstandardABNTNBR8800:2008allowstwoalternativeproceduresfordesign

    ofthesecolumns.Theauthorshavedevelopedsoftware,CalcPM,whichperformsthecalculation of resistance of the composite columns and presents the results ingraphicalmode, for the twomodelscitedbyBrazilianstandardandothersbasedoninternationalstandards.TheaimofthispaperistodescribetheCalcPMandpresentingcomparativeresultsbetweenthetwomodelsofBrazilianstandard.

    Keywords: composite columns, combined compression and bending, Brazilianstandard,design.

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    1Introduo

    A utilizao de pilares mistos de ao e concreto nas construes brasileiras ainda

    pequena, entretanto,opotencialdesse sistema promissor.Emedifciosaltos com

    pilares submetidosagrandesesforosemqueacombinaodeelevadacapacidade

    resistente e rigidez flexo sejaessencial, em pilares de garagensem subsolos nos

    quaisareatilfundamentalparaviabilizaroarranjodeveculos(Lubas;Silva,2011)

    ouquando sedesejaaproveitaroperfildeaoparao suporte imediatodecarga,o

    pilarmistopodeserasoluomaisadequada.

    Os pilares mistos devem ser dimensionados segundo a norma brasileira ABNT NBR

    8800:2008.

    Essa

    norma

    permite

    o

    uso

    de

    dois

    modelos

    de

    clculo,

    o

    modelo

    I,

    com

    base na norma norteamericana ANSI/AISC 360 (2005), e o modelo II com base na

    normaeuropeiaEurocode4(2004).

    Oobjetivodestetrabalhocompararosresultadosobtidosapartirdosdoismodelos.

    Para facilitar o dimensionamento, foi desenvolvido um cdigo computacional

    denominadoCalcPM.

    OcdigoCalcPMfoidesenvolvidoemlinguagemdeprogramaoC#,queoprincipal

    esforo da Microsoft em linguagem de programao, sendo criado no Visual Studio

    2010,quetambmdaMicrosoft.OVisualStudioapresentaalgumasvantagensque

    justificamasuautilizao:primeiro,porserdaMicrosoft,oquelhepermitetrabalhar

    em harmonia com o Windows; segundo, ele de fcil utilizao, tendo vrias

    ferramentas que agilizam a criao da interface com o usurio, permitindo ao

    engenheiro se preocupar mais com a formulao matemtica no mbito da

    engenharia;

    e

    terceiro,

    o

    Visual

    Studio

    aceita

    programao

    em

    outras

    linguagens

    bastantedifundidas,taiscomooVisualBasiceoC++,facilitandoamelhoriadocdigo

    em conjunto com outros programadores no eventual desenvolvimento de futuras

    verses.

    OcdigoCalcPMv1.0temcercade60.000linhasdecdigo,necessriasparaoclculo

    dospilaresmistos,geraodegrficos,geraodememriadeclculo,verificaes,

    desenhos, entradas e sadas de informaes e tratamentos de erro. Alm do

    dimensionamentoconformeosdoismodelosdaABNTNBR8800:2008,objetodeste

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    artigo, e tendo em vista de que esses modelos no so exatamente iguais s

    recomendaes das normas que lhe deram origem, o cdigo CalcPM tambm est

    preparadoparaverificaesconformeoANSI/AISC360 (2005),eEurocode4 (2004),

    alm

    do

    novo

    ANSI/AISC

    360

    (2010).

    At o momento os autores no encontraram qualquer cdigo estrangeiro, para o

    clculo de pilares mistos de ao e concreto com tantos recursos, atendendo s

    necessidadesacadmicasdeestudoecomafuncionalidadenecessriaparautilizao

    emprojeto.

    Alm dos mtodos simplificados, modelos I e II da ABNT NBR 8800:2008, o cdigo

    CalcPMestsofrendo implementaesquepermitiroodimensionamentopormeio

    demtodoanalticoavanadoempregandoduasdisposiesdedimensionamento.O

    primeirodimensionamentosefazcombasenoEurocode4Part11(2004),osegundo

    dimensionamentose fazcombasenessanorma,adaptandoassnormasbrasileiras,

    principalmenteABNTNBR8800:2008eABNTNBR6118:2007.Paracompletar,com

    oCalcPMtambmserpossvelverificarumpilarmistoemsituaodeincndio.

    2CdigoComputacionalCalcPM

    Figura1 Interfacecomousurio.Perfilcircularpreenchidoporconcreto.

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    Quando se trata do mtodo simplificado, o cdigo CalcPM v 1.0 calcula sees

    retangulares ou circulares, preenchidas por concreto, figuras 1 e 2, e sees

    retangularesdeconcretorevestindo,totalouparcialmente,umperfilI,figuras3e4.

    Figura2 Interfacecomousurio.Perfilretangularpreenchidoporconcreto.

    Figura

    3

    Interface

    com

    o

    usurio.

    Seo

    retangular

    de

    concreto

    revestindo

    totalmente

    umperfilI.

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    Figura4 Interfacecomousurio.PerfilIparcialmenterevestidoporconcreto.

    Dessa forma, podese decompor a aplicabilidade do Cdigo CalcPM em quatro

    pacotes,conformedescritosaseguirnossubitensaatd:

    a) IntroduodeesforosPara todos os tipos de sees dimensionadas pelo mtodo simplificado no Cdigo

    CalcPM,a introduodeesforosrealizadapormeiodeumatabelanaqualdevem

    ser informadososmomentos fletoresMkx,Mkyaplicadosno topoenabasedopilar,

    bemcomoaforanormalNk.possvelimportartodosessesdadospormeiodoExcel

    combaseemplanilhassalvascomqualquernomeemextenso*.csv.

    b) IntroduodageometriaAintroduodageometriarealizadadeformadinmicaesimplificada,umavezque

    asseesestotodasparametrizadas,afimdeseremgeradasautomaticamentecom

    basenosdados inicias informadopelousurio.Aentradadedadosdageometriado

    perfil de ao pode ser realizada de duas formas, no caso, preenchendose

    manualmente as dimenses do perfil, ou por meio de perfis catalogados, como

    ilustradopelafigura5.

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    Figura5 Entradadedadosdoperfildeao.

    A introduo da armadura est parametrizada e pode ser inserida com base nas

    informaespreestabelecidas,figura6,oudiretamentenatabeladearmadura,onde

    necessrioinformarascoordenadas(x,y)decadabarraeasuabitola,figura7.

    Figura6 Entradaparametrizadadedadosdaarmadura.

    Figura7 Entradadedadosmanualdaarmadura.

    c) IntroduodaseguranaComo o cdigo CalcPM abordar normas distintas, a introduo da segurana

    realizadaseparadamentecomoilustradopelafigura8.

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    Figura8 Introduodaseguranaparadiversasnormas.

    Figura9 Controlegrfico.Grficodosmomentosmximosparaumadeterminadaforanormal,conformediversosmodelos.

    d) ControlegrficoParafacilitaraidentificaodacapacidaderesistentedassees,oCalcPM,apresenta

    um controle grfico onde so plotados valores de momentos mximos para uma

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    determinada fora normal solicitante com os esforos solicitantes de clculo

    majorados, conforme figura 9, bem como o diagrama de interao normal x

    momentosmximosparaumadeterminadaseotransversal,conformefigura10.

    Figura10 Controlegrfico.Diagramadeinteraonormalxmomentosmximos.

    e) RelatriodeclculoOrelatriodeclculoapresentadoemduascaixasde texto,comoapresentadona

    figura11.

    Figura11 Caixasdetextodosrelatriosdeclculo.

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    A primeira, detalhando o resumo e outra relatando a ocorrncia de problemas no

    dimensionamento.Ambasascaixasde textospodemserexportadasesalvasemum

    formatodetextoaceitopeloMicrosoftWord,comaextenso*.rtf.

    3Comparaoderesultados

    Neste item sero comparados resultados obtidos por meio dos modelos I e II

    apresentados na ABNT NBR 8800:2008. Os parmetros analisados no estudo da

    capacidaderesistentedasseesmistas,nesteitem,so:

    nasseescircularespreenchidasporconcreto:aespessuraeodimetrodoperfilea

    introduoounodearmaduralongitudinal

    nasseesretangularespreenchidasporconcreto:alarguraealturadoperfildeao

    eapresenaounodearmadura;

    nas sees retangulares de concretopreenchendo,parcialmente ou totalmente,um

    perfil I: tipo de perfil, largura e altura da seo de concreto e a quantidade de

    armadura.

    Neste item, analisada a capacidade resistente da seo do pilar misto sem

    preocupaes com fenmenos de instabilidade global, ou seja, os perfis tero

    comprimento nulo, e sem a introduo da segurana, ou seja, os fatores,

    f c a, , e

    s daABNTNBR8800:2008sotomadosiguaisaum.

    As hipteses bsicas e os limites de aplicabilidade do dimensionamento de pilares

    mistos apresentados pela ABNT NBR 8800:2008 so vlidas tanto para o Modelo I

    comoparaoModeloII.Almdisso,aforanormalresistentedasseessubmetidas

    compressocentradadeterminadapelamesmaformulaoemambososmodelos.

    Oquedifereentreosmodelossoasformulaesdeverificaodaseosubmetida

    flexocompresso,objetodestetrabalho,easdisposiesparaobtenodosefeitosda

    nolinearidadegeomtricadopilar,nasquaisamaiordiferenaserefereadiode

    ummomento fletordevido imperfeioentrens,quandoopilarcalculadopelo

    Modelo II. Esta diferena no ser considerada neste trabalho, pois o objetivo a

    seotransversalenofenmenosrelacionadoscominstabilidades.

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    3.1Seescircularespreenchidasporconcreto

    Nenhum dos modelos apresentados pela ABNT NBR 8800:2008, para o clculo de

    pilares mistos circulares preenchidos, avaliam a contribuio do confinamento do

    concreto,comofazoEurocode4(2004),sendosuaformulaosemelhanteaospilares

    retangularespreenchidos.Asdisposiesdedimensionamentotambmnoavaliama

    esbeltezdaschapasqueconstituemaseodoperfildeao,comofazoANSI/AISC360

    (2010).Como sopoucososparmetrosque intervmna capacidade resistentedas

    sees dos pilares mistos circulares preenchidos, as concluses a respeito das

    diferenas entre resultados conforme ambos os modelos apresentados pela norma

    brasileira podem ser obtidas por meio de diagramas de interao Fora Normal x

    Momentos.

    Para o estudo dos pilares mistos de ao e concreto circulares preenchidos foram

    utilizados 14 tubos sem costura existentes no mercado, tabela 1, com variao da

    espessuraedodimetro,massemprecomfykiguala25kN/cm2,fckiguala2,5kN/cm

    2

    emdulodeelasticidadedoaodoperfil iguala20.000kN/cm2.Noforam includas

    armaduraslongitudinais.

    Tabela1 Perfisdeaocirculares.Dimenso Espessura Ctalogo

    D(mm) e(mm) D/e

    1 141,30 8,00 17,7 *

    2 152,40 2,25 67,7 *

    3 152,40 8,00 19,1 *

    4 165,10 2,25 73,4 *

    5 165,10 8,00 20,6 *

    6 168,30 2,25 74,8 *

    7 168,30 8,00 21,0 *

    8 177,80 3,35 53,1 *

    9 177,80 8,00 22,3 *

    10 219,10 15,90 13,8 **

    11 323,80 8,40 38,6 **

    12 323,80 28,60 11,3 **

    13 355,60 9,50 37,4 **

    14 355,60 25,40 14 ***TubosBrastubobyPersicoPizzamiglio **Vallourec&Mannesmanntubes

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    Foram traados diagramas de interao fora normal x momento fletor para as 14

    seestransversais listadasnatabela1.Paraassees2,4,6,8,11e13,resultaram

    diagramassimilaresaoindicadonafigura12e,asdemaissees,figura13.

    Figura12 DiagramadeinteraoforanormalxmomentofletoremtornodoeixoXX

    para

    pilar

    misto

    circular

    preenchido

    (D=

    16,51

    cm,

    t

    =

    0,225

    cm)

    Figura13 DiagramadeinteraoforanormalxmomentofletoremtornodoeixoXXparapilarmistocircularpreenchido(D=16,51cm,t=0,8cm)

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    Concluiseque,emgeral,oModelo IIconduza resultadosmaiseconmicosquando

    comparadosaoModeloI,excetoparaforasnormaispequenas,daordemde20%das

    mximas.Notase,tambm,queparapequenosvaloresdarelaoD/t,ouseja,maior

    contribuio

    do

    perfil

    na

    capacidade

    resistente

    do

    pilar

    misto,

    a

    vantagem

    econmica

    doModeloIIdecresce,podendoatserligeiramentesuperadapeloModeloI.

    3.2Seesretangularespreenchidasporconcreto

    AsseesmistasretangularespreenchidasporconcretosotratadaspelaABNTNBR

    8800:2008 de forma semelhante s sees circulares, sendo que as principais

    diferenasestonarelaolimiteb/t(paraquenoocorrainstabilidadelocaldoperfil

    deao)enocoeficiente deminoraodaresistnciadoconcreto,de0,95naseo

    circular,para0,85naseoretangular.

    Para finsde comparao,utilizaramseperfis retangulares conforme tabela2, todos

    retiradosdocatlogoVallourec&Mannesmanntubeseasmesmascaractersticasde

    aoeconcretoempregadasparaoperfilcircular.

    Tabela2 Perfisdeaoretangulares.

    Dimenses Espessura

    b1/b2(mm) e(mm)

    190/190 6,40

    240/240 7,10

    240/240 8,20

    260/260 7,10

    350/220 7,10

    ComauxliodocdigoCalcPMforamconstrudosdiagramasdeinteraoforanormal

    xmomento fletorparatodasassees.Na figura14apresentadoumexemplo.Da

    mesma forma que nas sees circulares, o Modelo II conduz a resultados mais

    econmicos,excetoquandoaforanormalforpequena,daordemde20%damxima.

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    Figura14 DiagramadeinteraoforanormalxmomentofletoremtornodoseixosXXeYYparapilarmistoretangularpreenchido(b1=35cm,b2=22cm,t=0,71cm)

    3.3Seestotalmenterevestidasporconcreto

    ParaoestudodasseesretangularesdeconcretorevestindoumperfilIdeaoforam

    adotadas armaduras longitudinais de ao CA 50 nos quatros cantos da seo, com

    dimetrode12,5mm,paraasseesW150x13,0atW460x89,0edimetrode20,0

    mmparaasseesW610x101,0atHP310x125,0,atendendoaquantidademnimade

    barras de ao estabelecida pela ABNT NBR 8800:2008 e o dimetro mnimo em

    incndioestabelecidopelaABNTNBR14323:2012,quandoopilardimensionadopelo

    mtodotabular.Oconcretoadotadofoidefckiguala3,0kN/cm2,ofykdoaodoperfil

    iguala25kN/cm2,omdulodeelasticidadedoaodoperfiliguala20.000kN/cm2 ,o

    mdulodeelasticidadedoaodaarmaduraiguala21.000kN/cm2eocobrimentoda

    armadura de3,0cm.

    Seguemsenatabela3,osperfisadotadosnoestudocomparativoentreoModeloIeo

    ModeloII,comasrespectivasseesdeconcretorevestindooperfilI.Todososperfis

    adotadossolaminadoseretiradosdocatlogodaGerdau.

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    Tabela3 PerfisIdeaoegeometriadaseodeconcretoanalisados.

    Designaodoperfil

    d bf tw tf h bc hc

    mm mm mm mm mm mm mm

    W150x13,0 148,00 100,00 4,30 4,90 138,20 200,00 250,00W150x37,1 162,00 154,00 8,10 11,60 139,00 260,00 270,00

    W250x17,9 251,00 101,00 4,80 5,30 240,40 210,00 360,00

    W250x89,0 260,00 256,00 10,70 17,30 225,40 360,00 360,00

    W360x32,9 349,00 127,00 5,80 8,50 332,00 230,00 450,00

    W360x79,0 354,00 205,00 9,40 16,80 320,40 310,00 460,00

    W460x52,0 455,00 152,00 7,60 10,80 428,40 260,00 560,00

    W460x89,0 463,00 192,00 10,50 17,70 427,60 300,00 570,00

    W610x101,0 603,00 228,00 10,50 14,90 573,20 330,00 710,00

    W610x174,0 616,00 325,00 14,00 21,60 572,80 480,00 770,00

    HP200x53,0 204,00 207,00 11,30 11,30 181,00 310,00 310,00

    HP200x71,0 216,00 206,00 10,20 17,40 181,00 310,00 320,00

    HP310x79,0 299,00 306,00 11,00 11,00 227,00 460,00 450,00

    HP310x125,0 312,00 312,00 17,40 17,40 227,20 470,00 470,00

    Construiramseosdiagramasforanormalxmomentofletorparatodasasseesda

    Tabela3.Nafigura15apresentaseumexemplorepresentativodetodasasrespostas

    encontradas.

    Figura15 Diagramadeinteraoforanormalxmomentofletoremtornodoseixos

    XXeYYparaoperfilHP310x79,0 totalmenterevestidoporconcreto.

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    Confirmamse as conclusesj conseguidas para os perfis preenchidos, ou seja, o

    ModeloIImaiseconmicoexcetoparaforasnormaisatuantespequenas,daordem

    de20%damxima.Osvaloresmximosdaforanormalsoosmesmosparaambos

    os

    modelos.

    3.4Seesparcialmenterevestidasporconcreto

    NoestudodasseestransversaisformadasporperfilIdeaorevestidoparcialmente

    por concreto, utilizase a mesma tabela do item 3.3 de perfis I de ao totalmente

    revestido por concreto, entretanto, a largura da seo transversal tomada igual

    dimenso da mesa do perfil e a altura da seo transversal igual altura do perfil,

    comoapresentadopelatabela4.

    Tabela4 PerfisIdeaoegeometriadaseodeconcretoanalisados.

    Designaodoperfil

    d bf tw tf h bc=bf hc=dAp

    readaseotransversaldo

    pilar

    Ap/Aperfil

    mmxkg/m mm mm mm mm mm mm mm m2 m2/m2

    W150x13,0 148,0 100,0 4,30 4,90 138,2 100,0 148,0 0,0148 8,9

    W150x37,1 162,0 154,0 8,10 11,6 139,0 154,0 162,0 0,0249 5,3

    W250x17,9 251,0 101,0 4,8 5,3 240,4 101,0 251,0 0,0254 11,1

    W250x89,0 260,0 256,0 10,7 17,3 225,4 256,0 260,0 0,0664 5,9

    W360x32,9 349,0 127,0 5,8 8,5 332,0 127,0 349,0 0,0443 10,6

    W360x79,0 354,0 205,0 9,40 16,8 320,4 205,0 354,0 0,0726 7,2

    W460x52,0 455,0 152,0 7,6 10,8 428,4 152,0 455,0 0,0692 10,4

    W460x89,0 463,0 192,0 10,5 17,7 427,6 192,0 463,0 0,0889 7,8

    W610x101 603,0 228,0 10,5 14,9 573,2 228,0 603,0 0,137 10,7

    W610x174

    616,0 325,0

    14,0 21,6 572,8 325,0 616,0 0,200

    9,0

    HP200x53,0 204,0 207,0 11,3 11,3 181,0 207,0 204,0 0,0422 6,3

    HP200x71,0 216,0 206,0 10,2 17,4 181,0 206,0 216,0 0,0445 4,9

    HP310x79,0 299,0 306,0 11,0 11,0 227,0 306,0 299,0 0,0915 9,1

    HP310x125 312,0 312,0 17,4 17,4 227,2 312,0 312,0 0,0973 6,1

    As disposies de dimensionamento apresentados pela ABNT NBR 8800:2008 no

    clculodacapacidaderesistentedessesdoistiposdeseessoasmesmas,mascom

    adiodeum limitedeaplicabilidadeemrelao instabilidade localdoselementos

    deaoparaasseesparcialmenterevestidas.

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    No estudo comparativo adotado uma armadura adicional nos quatros cantos da

    seo transversal com dimetro de 12,5 mm, para as sees W150x13,0 at

    W460x89,0, e dimetro de 20,0 mm para as sees W610x101,0 at HP310x125,0.

    Alm

    disso,

    o

    fck

    do

    concreto

    igual

    3,0

    kN/cm

    2

    ,

    o

    fyk

    do

    ao

    do

    perfil

    igual

    a

    25

    kN/cm2,ofysdaarmaduraiguala50kN/cm2,omdulodeelasticidadedoperfildeao

    iguala20.000kN/cm2eomdulodeelasticidadedaarmaduraiguala21.000kN/cm2,

    eocobrimentodaarmaduraadotadade3,0cm.

    Seguemse na mesma tabela 4, os perfis adotados no estudo comparativo entre o

    Modelo IeoModelo II,comasrespectivasseesdeconcretorevestindooperfil I.

    Todos os perfis adotados so laminados e retirados de catlogos de fabricantes

    nacionais.

    Construiramseosdiagramasforanormalxmomentofletorparatodasasseesda

    Tabela4.Nas figuras16a18apresentamseexemplosrepresentativosdasrespostas

    encontradas.

    Figura16 DiagramadeinteraoforanormalxmomentofletoremtornodoseixosXXeYYparaoperfilW250x17,9totalmenterevestidoporconcreto.

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    Figura17 DiagramadeinteraoforanormalxmomentofletoremtornodoseixosXXeYYparaoperfilW360x32,9totalmenterevestidoporconcreto.

    Figura18 Diagramadeinteraoforanormalxmomentofletoremtornodoseixos

    X

    X

    e

    Y

    Y

    para

    o

    perfil

    HP200x71,0

    totalmente

    revestido

    por

    concreto.

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    Similarmente s concluses anteriores, o Modelo II mais econmico do que o

    ModeloI.Entretantonafigura18,acapacidaderesistentedeterminadapeloModeloI

    muitoprximaadoModelo II.Explicase issoem funodequena formulaodo

    Modelo

    II,

    a

    capacidade

    resistente

    do

    concreto

    minora

    os

    valores

    do

    esforo

    resistente

    do pilar, dessa forma, quanto maior for a participao do concreto em relao

    capacidade resistente totaldaseo (videltimacolunada tabela4),melhorsero

    desempenhodoModeloII.

    4Concluses

    OspilaresmistosdeaoeconcretodevemserdimensionadoscombasenaABNTNBR

    8800:2008. Essa norma fornece dois procedimentos alternativos para o

    dimensionamentodessespilares.

    Foidesenvolvidoparaeste trabalhoumcdigocomputacional,denominadoCalcPM,

    quepermitecalcularacapacidaderesistentedospilaresmistosIrevestidostotalou

    parcialmente de concreto e de perfis tubulares, retangulares ou circulares,

    preenchidos

    de

    concreto.

    Os

    resultados

    so

    apresentados

    sob

    forma

    de

    roteiro

    de

    clculo, em caixas de texto exportveis e de modo grfico para os dois modelos

    constantesnanormabrasileira

    OcdigoCalcPMfoiutilizadoparacompararresultadosentreosdoismodeloscitados,

    paraosquatrotiposdepilaresmistoseparadiversasseescomerciais.

    De uma forma geral, concluise que o Modelo II, com base na norma europeia

    Eurocode4(2004)levaaresultadosmaiseconmicosquandocomparadosaoModelo

    I,quetemporbaseanormanorteamericanaANSI/AISC360(2005),excetoparaforas

    normaispequenas,daordemde20%dasmximas.

    No caso de sees circulares com pequenos valores da relao D/t, ou perfis

    parcialmente revestidos por concreto com grande rea do perfil em relao do

    concreto,osresultadosadvindosdoModeloIseaproximadoModeloII.

    OcdigoCalcPMestrecebendo implementaoparacalcularpilaresmistosdeaoe

    concretocombasenoANSI/AISC360(2005),ANSI/AISC360(2010),Eurocode4(2004)

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    eporummtodoavanadodeclculo.Emseguidaaverificaoemincndiotambm

    serinserida.

    6Refernciasbibliogrficas

    American InstituteofSteelConstruction.ANSI/AISC360.Specification forStructuralSteelBuildings.Chicago.2005.

    American InstituteofSteelConstruction.ANSI/AISC360.Specification forStructuralSteelBuildins.Chicago.2010.

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 6118. Projeto de estruturas deconcreto Procedimento.RiodeJaneiro.2007

    AssociaoBrasileiradeNormasTcnicas.NBR8800.Projetoeexecuo

    de

    estruturas

    deaodeedifcios.RiodeJaneiro.2008

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 14323. Dimensionamento deestruturasdeaoemsituaodeincndio.RiodeJaneiro.1999

    European Committee for Standardization. EN 199411.. Eurocode 4: Design ofcompositesteelandconcretestructures,Part11:Generalrulesandrulesforbuilding.Brussels.2004

    Gerdau.Catlogocomercial.

    Lubas,P.H.;Silva,V.Pignatta.Estudosobreautilizaodepilaresmistosdeaoe

    concretoem

    pontos

    localizados

    de

    um

    edifcio

    de

    concreto

    armado In:Anaisdo53

    CongressoBrasileirodoConcretoIbracon.Florianpolis.2011.

    TubosBrastubobyPersicoPizzamiglio.Catlogocomercial.

    Vallourec&Mannesmanntubes.Catlogocomercial.

    Agradecimentos

    AgradeceseFAPESPFundaodeAmparoPesquisadoEstadodeSoPauloeao

    CNPqConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientficoeTecnolgico,peloapoioa

    pesquisa.