Dimensionamento de Dutos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO PROFESSOR: JORGE EMANUEL DIMENSIOMANENTO DE DUTOS DISCENTES (TURMA DA TARDE): RENAN SANTANA 07021002401 LUIZ CARLOS S. FARIAS 06021004001 CARLOS JELSON DA C. SOUSA 07188002101 PEDRO FACUNDO L. JUNIOR 05021004701 VITOR DIAS DO VALE 05021002401 Belém – PA Dezembro de 2011 SUMÁRIO

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Dimensionamento de Dutos

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR

    INSTITUTO DE TECNOLOGIA

    FACULDADE DE ENGENHARIA MECNICA

    DISCIPLINA: REFRIGERAO E CLIMATIZAO

    PROFESSOR: JORGE EMANUEL

    DIMENSIOMANENTO DE DUTOS

    DISCENTES (TURMA DA TARDE):

    RENAN SANTANA 07021002401

    LUIZ CARLOS S. FARIAS 06021004001

    CARLOS JELSON DA C. SOUSA 07188002101

    PEDRO FACUNDO L. JUNIOR 05021004701

    VITOR DIAS DO VALE 05021002401

    Belm PA

    Dezembro de 2011 SUMRIO

  • INTRODUO ................................................................................................................. 1

    CLCULO DA PERDA DE CARGA .............................................................................. 5

    SELEO DOS DIFUSORES ......................................................................................... 8

    CLCULO DO TRAJETO CRTICO ............................................................................ 10

    ANEXO A ....................................................................................................................... 11

    BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 15

  • 1. APRESENTAO

    O presente projeto contm o memorial de clculo realizado para se dimensionar uma

    rede de dutos para a refrigerao da edificao cuja planta baixa mostrada na figura a

    seguir:

    Figura 1

    A carga trmica total utilizada foi a de horrio de pico de calor gerado:

    Calor Latente: 6.986 W

    Calor Sensvel: 26.380 W

    Porm, a carga trmica por compartimento, foi utilizada a carga trmica gerada no

    horrio das 17 h, fazendo-se uma correspondncia percentual entre os valores de carga

    trmica por compartimento e total, para se determinar o clculo da vazo, com forme

    mostrado na tabela a seguir:

  • Tabela 1 - Percentual de Carga trmica

    Compartimento Carga Trmica

    Sensvel

    Carga Trmica

    Latente

    Porcentagem de Calor

    Sensvel

    Sala 1 5725,91 W 630,57 W 13%

    Sala 2 4572,04 W 630,57 W 10,38%

    Sala 3 5367,59 W 630,57 W 12,18%

    Sala 4 3596,43 W 630,57 W 8,16%

    Sala 5 4391,58 W 630,57 W 9,97%

    Cozinha 5191,76 W 657,57 W 11.78%

    Recepo 7074,88 W 876,76 W 16,05%

    Sala de Reunio 8141,5 W 2833,15 W 18,48%

  • 2. CLCULO DE VAZO

    De posse dos valores determinados na sesso anterior, pode-se ento, passar para o

    clculo da vazo por compartimento. A vazo total obtida atravs da equao:

    Onde:

    Vazo total, em l/s;

    Volume especfico do ar = 0,8214 a 14C;

    Carga trmica sensvel = 26.380 W;

    Calor especfico do ar = 1,017 KJ/KgC;

    Temperatura de projeto = 25C;

    Temperatura de insuflao = 14C.

    Obs.: A determinao dos valores de , , foi feita com auxlio do programa Cool

    Pack.

    Substituindo-se os valores encontrados na equao da vazo, chega-se ao valor da vazo

    total para o horrio de pico:

    Determinada a vazo total pode-se ento calcular os valores de vazo para cada

    compartimento, utilizando os percentuais obtidos na Tabela 1. O resultado das vazes

    por compartimento est exposto na tabela a seguir:

    Tabela 2 - Vazo por Compartimento

    Compartimento Percentual Vazo Proporcional

    Sala 1 13% 251,7996 L/s

    Sala 2 10,38% 201,052296 L/s

    Sala 3 12,18% 235,916856 L/s

    Sala 4 8,16% 158,052672 L/s

    Sala 5 9,97% 193,110924 L/s

    Recepo 11.78% 228,169176 L/s

    Cozinha 16,05% 310,87566 L/s

    Sala Reunio 18,48% 357,942816 L/s

  • Levando em considerao que a rede de dutos ter a seguinte configurao:

    Sendo as sesses nomeadas conforme a Figura 2:

    Figura 2

    Fluxo de ar

    Grelha

  • Por tanto, cada sesso ter uma vazo com forme mostra a tabela 3:

    Tabela 3 Vazo por sesso

    Sesso Vazo

    A 1936,93 L/s

    B 1195,25 L/s

    C 657,18 L/s

    D 430,77 L/s

    E 251,79 L/s

    F 380,02 L/s

    G 201,05 L/s

    H 464,07 L/s

    I 235,91 L/s

  • 3. DIMENSIONAMENTO DE DUTOS

    Determinadas as vazes, pode-se ento efetuar o dimensionamento dos dutos, os quais

    foram feitos atravs do mtodo de Reduo da Velocidade. Este mtodo consiste na

    anlise dos dados de projeto em cima do grfico exposto na Figura 3. Selecionando-se

    uma velocidade desejada e fazendo a correspondncia entre a vazo encontrada chega-

    se aos valores de dimetro equivalente e perda de carga. Como os valores no foram

    encontrados diretamente, utilizou-se do artifcio de realizar uma equivalncia de valores

    atravs de uma rgua milimetrada.

    Figura 3

    Sendo a vazo inicial igual a 1936,92 L/s, que se encontra na faixa entre 1000

    L/s e 2000 L/s, presentes no grfico. A distncia entre os valores 1000 e 2000 foi de 10

    mm. O objetivo neste caso apenas encontrar o ponto inicial para o traado da reta de

    dimetro do duto, que ser aquele onde a velocidade admitida e a vazo calculada se

    encontram.

    O clculo do dimetro equivalente do duto para o trecho A (Figura A.8) obtido

    atravs de interpolao:

  • Pela Figura 3, selecionou-se a velocidade de projeto de 8 m/s, que corresponde a

    velocidade mxima para dutos principais de carter comercial. Com a velocidade de

    8m/s, selecionada entre as velocidades presentes dentro da faixa sombreada na rea do

    grfico da Figura 4, e que:

    Figura 4

    Traando-se uma reta paralela e vertical no local correspondente a posio da

    vazo de 1936,92 L/s no grfico at interceptar a reta correspondente a velocidade de 8

    m/s, e traando-se outra reta a partir da interseo das duas retas, para o lado esquerdo,

    obtm-se o valor da perda de carga. Como no se chega a um valor exato, o mesmo

    artifcio que foi utilizado para o clculo da perda de carga para o duto principal, entre os

    valores de 1 e 2 Pa/m que possui 15 mm de entre uma reta e outra, pode-se se estimar o

    valor da perda de carga:

    Sendo a perda de carga igual a

  • O dimetro do duto que fica entre os dimetro de 500 mm e 630 mm, que possuem 13

    mm de distncia entre si e 7 mm entre a reta de 500 mm e o ponto de interseo, ser

    encontrado por:

    Sendo o dimetro do duto igual a .

    Sendo que 570 mm o dimetro para um duto cilndrico, porm a altura do forro

    que de 0,5 m, no permite que um duto desse porte seja instalado. Pois a altura

    mxima do duto dever ser 0,35 m para que se possa ter espao para a camada de

    isolamento. Por tanto se faz necessrio realizar uma equivalncia entre o duto cilndrico

    de 570 mm e um retangular com altura de 350 mm, chegando-se a um duto retangular

    de 350mm X 496 mm, atravs da Figura 5:

    Figura 5

    O mesmo procedimento para o dimensionamento do duto principal (sesso A)

    foi repetido para os demais trechos, chegando seguinte tabela, com velocidade de 6

    m/s para os dutos de D a I. Resultando no dimensionamento final dos dutos, que esta

    exposto nas Tabelas 4 e 5:

    Tabela 4 Propriedades das tubulaes

    Sesso Comprimento

    . (m) Vazo (L/s)

    Velocid. (m/s)

    Diametro (mm)

    Largura

    Perda de Carga

    Perda de

  • (mm) (Pa/m) carga (Pa)

    A 3 1936,93 8 570,00 496 1,16 3,48

    B 4 1195,25 8 423,07 433 1,60 6,40

    C 4 657,18 6 315,00 383 1,13 4,53

    D 7 430,77 6 291,55 354 1,60 11,20

    E 7 251,79 6 251,92 339 2,03 14,23

    F 7 380,02 6 249,00 322 1,87 13,07

    G 7 201,05 6 223,07 305 2,13 14,93

    H 8 464,07 6 301,92 354 1,47 11,73

    I 4 235,91 6 240,38 322 2,03 8,13

    Total 51

    84,23

    Tabela 5 - Dimenses finais

    Duto Perfil (mm)

    A 350x496

    B 350x 433

    C 350x 383

    D 350x 354

    E 350x 339

    F 350x 322

    G 350x 305

    H 350x 354

    I 350x 322

  • 4. CLCULO DA PERDA DE CARGA

    A perda de carga total igual soma entre a perda de carga nos dutos e a perda

    de carga nos acoplamentos. Para este dimensionamento de dutos, a perda de carga nos

    difusores foi desconsiderada para simplificar os clculos.

    4.1 Perda de carga nos dutos:

    Apenas a ttulo de critrio de projeto, eis o clculo do tamanho do trecho reto

    mnimo para a descarga do ventilador. O trecho mnimo dado pela equao:

    , para uma velocidade de escoamento menor que 13 m/s;

    a rea da seo transversal para o dimetro equivalente de 511 mm. Neste

    caso:

    Ento:

    Como se adotou um comprimento de 2 m para este duto, o escoamento

    proveniente da descarga do ventilador ser completamente desenvolvido.

    A perda de carga nos dutos dada pelo produto:

    Onde:

    - a perda de carga devido presso esttica no trecho do duto. O subscrito

    denota o trecho do duto considerado;

    Os dados e resultados para o clculo da perda de carga nos trechos de dutos

    esto na Tabela 1.2.

    4.2 Perda de carga nos acoplamentos :

    Os acoplamentos esto especificados por nmeros de acordo com a Figura A.8

    do anexo A de 1 a 12. Os acoplamentos selecionados para 1, 2 encontram-se na Figura

    A.3 do anexo A. Para os acoplamentos 4, 5, 6, 7, 8 e 9, figura A.2 do anexo A. Para 3,

    10, 11 e 12, Figura A.4 do anexo A. Os valores de esto na Tabela 1.3.

  • Onde:

    , , - so os dimetros equivalentes na entrada, desvio e sada da

    juno, respectivamente;

    , , so as reas da seco transversal na entrada, desvio e sada da

    juno, respectivamente;

    , , so as vazes na entrada, desvio e sada da juno,

    respectivamente;

    , - so os coeficientes no desvio e sada da juno, respectivamente;

    perda de carga devido presso dinmica;

    - velocidade mdia na juno em .

    Calcula-se , considerando-se o valor padro para a densidade do ar, atravs da

    relao:

    Onde:

    - coeficiente de perda de carga, onde o subscrito indica se o o valor para o

    desvio ou para a sada .

    - presso dinmica, dada pela equao ; a Tabela 1.4

    apresenta os valores de .

    - velocidade mdia do fluido no trecho de duto, ou .

    Tabela 6

    Junes 1,2 e 3 8 4 38,53

    4 em diante 6 36 21,67

    4.3 Perda de carga total :

    A perda de carga total a perda de carga total nos dutos mais a perda de carga

    total devido nos acoplamentos.

    Onde:

  • - Perda de carga total;

    - perda de carga nos acoplamentos;

    - perda de carga total no dutos.

    Com os dados das Tabelas 1.2 e 1.3, tem-se:

  • 5. SELEO DOS DIFUSORES

    De acordo com a tabela do fabricante, os difusores do catlogo de que dispomos

    esto com suas vazes em , e a partir da vazo necessria para o ambiente e do

    alcance mnimo necessrio que ser selecionado o difusor. O tipo de acessrio

    selecionado foi o difusor linear de forro que ser localizado do centro de cada ambiente

    com exceo dos difusores da sala de reunio, que estaro localizados conforme a

    Figura A.8.

    O comprimento caracterstico (L) para o difusor linear de forro a distncia at

    a parede ou plano mdio entre linhas de descarga, neste caso utilizou-se a distncia at a

    parede mais distante, para assegurar que todo o ambiente ser atingido pela descarga do

    difusor.

    5.1 Determinao da relao

    :

    Aqui, porque este o valor de velocidade terminal para difusores

    de forro lineares.

    Segundo a Tabela 7.11 da apostila a relao

    . A tabela seguinte expe

    o alcance para cada ambiente.

    Tabela 7

    Ambiente

    L (m)

    Sala 1 0,3 3 0,9

    Sala 2 0,3 2,4 0,72

    Sala 3 0,3 2,4 0,72

    Sala 4 0,3 2,4 0,72

    Sala 5 0,3 2,4 0,72

    Cozinha 0,3 3 0,9

    Recepo 0,3 2,6 0,78

    Sala de reunio 0,3 4 1,2

  • 5.2 Determinao do alcance mnimo:

    O alcance mnimo para cada ambiente est exposto na Tabela 1.5, e obtido

    atravs da relao

    .

    5.3 Determinao da vazo por ambiente em :

    A vazo para necessria para cada ambiente pode ser encontrada na Tabela 1.1,

    porm fornecida em L/s. O catlogo apresenta dutos para vazes em . A

    converso das unidades facilmente obtida multiplicando-se os valores de vazo por

    ambiente na Tabela 1.1 por 3,6. A tabela seguinte apresenta os valores j convertidos.

    Tabela 8

    Ambiente Fator de converso Vazo/Ambiente (L/s) Vazo/Ambiente

    Sala 1 3,6 203,96 734,26

    Sala 2 3,6 160,76 578,74

    Sala 3 3,6 182,07 655,45

    Sala 4 3,6 175,1 630,36

    Sala 5 3,6 199,89 719,6

    Cozinha 3,6 202,99 1203,52

    Recepo 3,6 334,31 730,76

    Sala de reunio 3,6 477,84 860,11

    Uma observao importante que na sala de reunio sero utilizados dois

    difusores, portanto sua vazo est apresentada pela metade, ou seja, utilizar-se-o dois

    difusores com vazo mnima de cada.

    Com base nos dados das Tabelas 1.5 e 1.6, o difusor foi selecionado a partir de

    um catlogo fornecido pela empresa Tropical. Os difusores selecionados esto

    especificados nas figuras A.5, A.6 e A.7 do anexo A.

    Como critrio para a seleo, alm de ter que atender s vazes e

    alcances mnimos para cada ambiente, o nvel de rudo foi um fator importante, primou-

    se pelos mnimos. A velocidade de colarinho do difusor tambm foi considerada,

  • porque o ar de impacto proveniente do sistema, se muito intenso, causa desconforto em

    algumas pessoas, e uma vez que os critrios de climatizao j estavam satisfeitos, deu-

    se preferncia s menores velocidades de colarinho. A seguir, tm-se os difusores

    selecionados para cada ambiente.

  • 6. CLCULO DO TRAJETO CRTICO

    O ventilador a ser selecionado deve fornecer uma presso total mnima igual ou

    maior do que a soma das perdas de carga no trajeto crtico.

    Ambiente Difusor Dimenses (pol)

    Sala 1 DI - 42 24 x 9

    Sala 2 DI - 42 18 x 9

    Sala 3 DI - 42 21 x 9

    Sala 4 DI - 42 15 x 12

    Sala 5 DI - 42 24 x 9

    Recepo DI - 42 24 x 9

    Cozinha DI - 33 18 x 15

    Sala Reunio DI - 42 21 x 12

    Para o layout determinado (Fig.), tm-se trs trajetos crticos, de I para II, de I para III e

    de I para IV.

    Perda de carga para o trajeto de I para II:

    Neste caso tem-se o maior valor de perda de carga para o trajeto de I III,

    portanto, este trajeto o trajeto crtico e o ventilador a ser utilizado deve fornecer no

    mnimo a presso perdida neste trajeto.