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    Plano de Trabalho

    Objetivos:Instigar uma postura didticaque privilegie a participao e adialogicidade com os estudantes e seucontexto social;

    Justificativa:Aarte sagrada porque avida no basta.(Ferreira Gullar).

    Descrio Metodolgica: Serorealizados dois momentos: I - Roda deconversa; II - Oficina de cartazes com os

    participantes. Os temas geradores paraesses dois momentos giram em tornodos seguintes termos ou palavras-chave:

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    Plano de Trabalho

    I - Roda de conversa e leituraO autor e a obra: Ariano Suassunaealguns aspectos biogrficos;O Movimento Armoriale a estticapopularna obra de Ariano Suassuna

    II - Oficina de cartazesHonestidade didtica: O papel doprofessor/ator/acionador em sala deaula; (Material: Cartolina, pincelatmico e barbante);

    2.2 - Preguia boa, farsa nossa de cadadia: Como suscitar ideiase elaboraessociais-artsticas com A Farsa da BoaPreguia?

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    A Obra no comentrio de Erly Machado (Pobreza e misria na

    Farsa da Boa Preguia de Ariano Suassuna - 2006)

    O gnero dramtico da Farsa

    O teatro da farsa sempre esteve contra

    a corrente da cultura oficial: ele recusa

    as convenes da lngua e asconvenes sociais. Seu objetivo maior de dar livre curso a um risoprofanador e fecundo cujo efeitoliberador visceralmente sentido. Nose pode, entretanto, acreditar que aatmosfera alegre do texto exclui todainquietude e angstia. O risopodeexorcizar as angustias temporariamente,mas ele no consegue aboli-lascompletamente. (...)

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    A Obra no comentrio de Erly Machado (Pobreza e misria na

    Farsa da Boa Preguia de Ariano Suassuna)

    O heri

    Simo um poeta pobre, mas no se encontra na

    misria, pois ele livre de toda ligao material e detodo julgamento materialista. Atravs de seu trabalho,ele alcana uma certa elevao, uma sada que permite

    uma compreenso diferente de seu universo, o que fazcom que ultrapasse sua condio social. (...)

    Simo o personagem pobre que se permite rir de suaprpria condio. Em sua alegria natural e com suariqueza de esprito ele afirma: Pobre sim, mas na

    misria, jamais! (...) (MACHADO, 2006, p. 165). (...)

    Para Simo seu trabalho possui uma importncia vital,pois o trabalho criativo no tem preo. Simo escolheno participar desta maquinao que desvia o homemde toda espiritualidade, espiritualidade para a qualcontribui a arte e a criao artstica.

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    A Obra no comentrio de Erly Machado (Pobreza e misria na

    Farsa da Boa Preguia de Ariano Suassuna)

    Se Francisco propunha o trabalho manual, artesanal,como uma oferenda e homenagem a Deus, Suassunaprope um trabalho do esprito, um trabalho intelectual,que no visa ao lucro, mas ao enriquecimento interior dohomem. Ele afirma textualmente: o nico trabalhoverdadeiramente digno o trabalho criador, livre e

    gratuito. (Suassuna, 1979:p.XI).

    Reflexo: Parece que nos esquecemos da importnciaque a Antiguidade dava aos poetas e poesia. ParaHomero, o poeta um cantor divino e para osRomanos ele chamado vates que significa profeta.Aristteles em sua Arte Potica d a poesia um lugar

    entre as mais altas atividades do esprito e lhe reconheceum valor tanto moral quanto filosfico. Para os Gregos,na poesia havia qualquer coisa de divino, de metafsicoque pertencia a uma instncia sobre-humana.(MACHADO, 2006, p. 164)

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    Farsa da Boa Preguia de Ariano Suassuna)

    Os antagonistas

    O casal Aderaldo e Clarabela corresponde a umaideologia burguesa, resultado direto de um perodo demodernizao econmica vivida no Brasil. Opersonagem de Aderaldo se considera um liberal, mas,na verdade, ele mais um herdeiro dos liberaisbrasileiros do sculo XIX que asseguraram acontinuidade e a manuteno do trabalho escravo,sobretudo nas zonas daquilo que chamamos deoligarquia rural a qual o personagem pertence.Aderaldo, obcecado pelo lucro que o trabalho escravopode proporcionar, se desumaniza. Ele no escraviza

    apenas seus empregados, ele torna-se escravo de simesmo.

    O personagem jamais compreendeu osignificado da rejeio de Nevinha(esposa de Simo), pois ele a crinferior socialmente. Para ele, Nevinhapertence ao povo mido, canalhasocial e racial que ele despreza, a umacategoria feminina com quem um

    homem no deve casar, mas dela podeservir-se. Entretanto ela feliz em suapobreza, ao lado de seu marido e deseus filhos. Pode-se pensar queAderaldo a deseja para reduzi-la auma outra categoria social, aquela dosmiserveis, a qual Clarabela, sua

    mulher, pertence.

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    Clarabela ao contrrio a mulher sem honra, hipcrita,vazia. Ela disfara sua misria interior feita de niilismo,

    de amoralidade, de uma crueldade debochada e prfida,

    atravs de artifcios que ela julga sedutores. Como seumarido, a autenticidade de seus vizinhos pobres lhe faz

    entrever uma riqueza a qual ela no tem acesso.

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    Farsa da Boa Preguia de Ariano Suassuna)

    A evoluo (humana) no se deve as massas, nem se deve

    igualmente aos burgueses, mas a um tipo particular dehomem, fora das normas, sem o que nada se poderia ter

    que fosse original (Laborit, 1970, p. 33). Queremos

    acreditar que o poeta Simo pertence a este tipoparticular de homem, que pode auxiliar a mudar o

    pensamento humano e como consequncia promoveruma evoluo e elevar-se acima da condio humana

    material. (MACHADO, 2006, p. 164)

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    Referncias

    ALBUQUERQUE JNIOR, D. M. A Inveno do Nordeste e outras Artes. 2 ed.Recife: FJN, Ed. Massangana; So Paulo: Cortez, 2001.

    _________________. A Feira dos Mitos: A Fabricao do Folclore e da CulturaPopular (Nordeste 1920-1950). Recife: Intermeios, 2013.

    MACHADO, Irley. Pobreza e misria na Farsa da Boa Preguia de Ariano Suassuna.Revista do NIESC, Vol. 6, 2006. file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdf

    VENTURA, Leonardo Carneiro. Msica dos espaos: Paisagem sonora do Nordesteno Movimento Armorial.199f. 2007. Dissertao de mestrado apresentada aoPPG-Histria, UFRN. Acessado em 08 de julho de 2015.http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/16995/1/LeonardoCV.pdf

    http://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=save

    http://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/16995/1/LeonardoCV.pdfhttp://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/16995/1/LeonardoCV.pdfhttp://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/16995/1/LeonardoCV.pdfhttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://pt.slideshare.net/designjohnson/historico-movimento-armorial?from_action=savehttp://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/16995/1/LeonardoCV.pdfhttp://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/16995/1/LeonardoCV.pdfhttp://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/16995/1/LeonardoCV.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdfhttp://c/Users/USUARIO/Downloads/9322-35863-1-PB.pdf