Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

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Editor

Autores

Editora assistenteProjeto gráfico

Revisão

Editoração eletrônica

FotolitoImpressão e acabamento

Distribuição

©1998

Apoio cultural

JORNAL 00 IH~ÀSllPESQ['ISA

BIBLIOTECA

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Dicionário Ilustrado de Arquitetura

Vicente Wissenbach

Maria Paula Albernaz (texto)Cecília Modesto Lima (ilustrações)

Denise YamashiroVivaldo TsukumoPW Editores AssociadosMauro Feliciano

Virgínia RuchtiAndrea Penteado EmeriquePaulo Penteado EmeriqueDomusGrafGráfica Editora BrasilianaProLivrosRua Luminárias, 94Tel (011) 864-7477 Fax (011) 3871-301305439-000 São Paulo SP

Direitos cedidos à ProEditores Associados Ltda., 1997

1ª edição - 1998

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Alberflex, Alcan, Atlas (Villares), Bticino, Deca,Eucatex, Eurocentro, Gail, Ibratin, Intarco, International, Isoterma, Italma, Kone,Método, Owens Corning, Pial Legrand, Wallcap, ProLivros.

Proibida reprodução do texto e ilustrações sem autorização expressa dos autores.

AL329dv.2.

Albernaz, Maria PaulaDicionário ilustrado de arquitetura / Maria Paula Albernaz e Cecília Modesto Lima;

apresentação: Luiz Paulo Conde. - São Paulo: ProEditores, 1998.356 p. il.

Conteúdo: vol.2, verbetes da letra J até Z

2. Arquitetura - Brasil - Dicionários. I. Lima, Cecília Modesto.lI. Conde, Luiz Paulo,apreso 111.Título.

CDD 720.981-03724.981-03

CA Cutter's

Bibliotecária: Tatiana Douchkin CRB 8/586

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Maria Paula Albernaz

Cecília Modesto Lima

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DICIONARIOILUSTRADO DE·ARQUITETURA

VOLUME 11- JaZ

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Centro de Arquitetura e Urbanismo

Criado para divulgar a arquitetura e o urbanismo em geral e da cidade do Rio de Janeiro emparticular, o Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro é hoje considerado uma dasmais expressivas instituições culturais do país em sua área de atuação. Suas atividades abran-gem a produção e o apoio à realização de exposições, cursos, seminários e congressos, além depublicações, vídeos e CD-Roms sobre arquitetura e urbanismo.

Com tantas atribuições, o Centro de Arquitetura e Urbanismo da Prefeitura da Cidade do Rio deJaneiro configura-se como eficiente núcleo empreendedor no processamento e na coordena-ção de informações sobre áreas específicas. Por isso mesmo, sua valiosa contribuição, é sem-

re requisitada nos desdobramentos da política de intervenção urbana da Secretaria Municipalde Urbanismo e dos estudos para decisões técnicas em setores arquitetônicos e urbanísticos.

o Centro de Arquitetura e Urbanismo foi instalado em julho de 1997 em um casarão cen-enário do bairro de Botafogo, tombado como patrimônio cultural da cidade do Rio deaneiro (decreto nº 6.934 de 09 de setembro de 1987) e que fora cedido em comodato àunicipalidade em janeiro de 1997, já na administração do prefeito Luiz Paulo Fernandezonde. A edificação data de 1879, ano em que foi erguida para servir de residência à

farnllla Fonseca Guimarães. Posteriormente, pertenceu ao industrial Rheingantz, até 1940,uando passou a abrigar o Colégio Jacobina, renomado centro de ensino carioca que em

985 foi transferido para Jacarepaguá.

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SIMBOLOGIA

liiI Concepção arquitetônica

liI Elemento construtivo

m Espaços arquitetônicos

~ Espaços urbanos

~ Ferramentas e equipamentos

~ Instalações

~ Material de construção

~ Movimentos e estilos arquitetônicos

BJj Peças auxiliares da construção ou aviamentos

g Profissionais da arquitetura e construção

~ Projeto de arquitetura

~ Técnica construtiva

~ Tipos de edificação

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••JACARÉ

1. Pequena peça metálica usada como li-gação especial na união entre peças demadeira. Possui forma anelar com dentes.É bem mais resistente do que o ENTALHE

ou o parafuso. É colocada entre as peçase apertada com parafusos de modo a pe-netrar completamente na madeira. É tam-bém chamada conector ou aligátor. 2. Omesmo que fixa. Ver Fixa.

JANELA

1. Abertura em paredes externas destina-da a iluminar e ventilar o interior do edifí-cio, possibilitando ao mesmo tempo visi-bilidade externa. É composta de uma par-te fixa e outra móvel. Tradicionalmente, suaparte fixa compreende a VERGA, na partesuperior, as OMBREIRAS, nas laterais, e oPEITORIL, na parte inferior. Sua parte móvelé chamada FOLHA, VEDO.OU BATENTE. Atra-vés do tempo, com o emprego de novosmateriais estruturais na construção, evo-luiu de abertura única na parede devedação para grande rasgo em fachadalivre. Do mesmo modo, houve uma tendên-cia, com o tempo, de predominância demaior largura em relação à sua altura. Asdimensões mínimas do seu vão sãonormatizadas por legislação de acordocom o uso dado aos compartimentos emque se encontre. Quando seu vão é muitolargo, pode ser subdividida por MONTAN-

TES em duas, três ou quatro partes, cons-tituindo janelas duplas, triplas e quádru-plas. 2. Por extensão, folha da janela. Emgeral é feita de madeira, ferro, alumínio eaço. Muitas vezes é formada por CAIXILHO

retangular envidraçado. Existem diversostipos de janela que recebem denomina-ções especiais, principalmente devido aoseu funcionamento.

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2.

1.

JANELA À FRANCESA

Em antigas construções, PORTA-JANELA deduas FOLHAS que se abrem para o interior.Foi usada em prédios dà final do séculoXIX e início deste, associada a outra por-ta-janela com VENEZIANA que se abria parao exterior. Exemplo: Casa da MarquesadeSantos, Rio de Janeiro, RJ.

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JANELA ATICURGA / JANELf. DE ABRIR

~ JANELA ATICURGA•.•.• Janela cuja VERGA possui menor largura

que seu PEITORIL.

JANELA AXIMEZESVer Janela Dupla.

~ JANELA BASCULANTE•.•.• Janela formada por VEDOS que giram em

torno de eixo horizontal, abrindo vãos es-treitos de ventilação. Eventualmente éconstituída apenas por um único vedo. Emgeral possui CAIXILHO metálico e é envi-draçada. Seus vedos móveis são chama-dos básculas. Comumente as básculassão articuladas simultaneamente por umaFERRAGEM chamada articulação oubásculo. É muito usada em banheiros edepósitos. É indicada para ambientes ourecintos com área reduzida, pois propor-ciona pequena projeção interna ou exter-na. É também chamada simplesmentebasculante.

JANELA BIPARTIDAVer Janela Dupla.

JANELA CAMARÃO.Ver Janela Sanfona.

JANELA CORREDiÇAVer Janela de Guilhotina.

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~ JANELA DE ABRIR .•.•.• Janela cuja FOLHA é fixada nos MARCOS'

com auxílio de uma FERRAGEM de articula-ção. Abre através de giro em torno de eixovertical. Comumente é feita de madeira epossui duas folhas. É a mais usada emresidências modestas e econômicas. Étambém chamada janela de girar.

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JANELA DE ÂNGULO / JANELA DE GIRAR

-- JANELA DE ÂNGULO-- Janela situada na quina do edifício.

-- JANELA DE ASSENTOJANELADEPEITOcujo LARGODOVÃOpossuisaliências laterais que servem como as-sento. Suas saliências laterais, chamadasconversadeiras, são um pouco mais bai-xas que o PANODEPEITO.

-- JANELA DE CORRER-- Janela cujas FOLHASdeslizam horizontal-

mente ao longo do seu vão. Esse desli-zamento é possibilitado por rebaixos e tri-lhos dispostos na parte superior e inferiorda abertura. Tem como vantagens não seprojetar internamente ou externamente,possibilitando o uso de telas, GRADESouPERSIANAS,simplicidade de operação, bai-xa manutenção e o uso de folhas de gran-des dimensões. Tem como desvantagensliberar apenas 50% de abertura e dificul-tar a limpeza do lado externo. Usualmen-te é envidraçada e tem CAIXILHOSde alu-mínio.

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--- JANELA DE CONTRAPESOJANELADE GUILHOTINAcujas FOLHASsãoequilibradas por pesos laterais que asmantêm abertas na altura desejada. Ocontrapeso corre oculto dentro do MON-TANTE,que é fixado com parafusos apa-rentes para se retirar com facilidade.

JANELA DE EIXO VERTICALVer Janela Girante.

JANELA DE GIRARVer Janela de Abrir.

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JANELA DE GUILHOTINA / JANELA DE RAMPA

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JANELA DE GUILHOTINA

Janela de duas FOLHASarticulada por mo-vimento corrediço vertical. Comumente éformada por CAIXILHOSenvidraçados. Nãopermite abertura total do vão. Uma ou asduas de suas folhas deslizam em ranhu-ras feitas no ARO do vão, sobrepondo-sequando se quer abrir. Sua posição é regu-lada por meio de contrapeso, mola ouborboleta. É muito usada em prédios deapartamentos, combinada com VENEZIA-NASexternas. Foi introduzida regularmen-te na arquitetura brasileira em inícios doséculo XIX, constituindo-se em um dosdois tipos de janela existentes na épocacom vidraças usadas nos edifícios. É re-comendável não deixar folga entre suasfolhas e as ranhuras, para evitar que qual-quer pressão do vento faça o caixilho ba-ter nas guias, produzindo ruído desagra-dável. Do mesmo modo, a frincha entreas folhas pode trazer incômodo, principal-mente no inverno. É também chamadajanela corrediça.

JANELA DE PARAPEITO

Ver Janela de Peito.

JANELA DE PEITORIL

Ver Janela de Peito.

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JANELA DE RAMPA

Janela cujos PEITORILe VERGAsão dispos-tos inclinados para o interior. Serve princi-palmente para iluminar internamente.

JANELA DE PÚLPITOJANELA RASGADApor inteiro cujo PARAPEITOé formado por GRADEou BALAUSTRADAquesai para fora das OMBREIRAS,apoiando-seem pequena BASEsaliente. Foi muito usa-da em antigas construções coloniais. Nasantigas CASASDE CÂMARAE CADEIA,comu-mente servia de tribuna. É também cha-mada janela de sacada ou porta-sacada.Exemplos: antiga Casa de Câmara e Ca-deia de Salvador, BA; Paço Municipal, Riode Janeiro, RJ.

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JANELA DE RÓTULA / JANELA ENRELHADA

JANELA DE RÓTULA

Janela cujas FOLHASsão constituídas porRÓTULASou GELOSIAS.Foi muito usada emantigas construções. Muitas vezes, suasfolhas não atingiam a parte superior dovão, preenchido com BANDEIRAde motivosrecortados ou torneados. É também cha-mada gelosia.

JANELA DE SACADA

Ver Janela de Púlpito.

JANELA DE SOBRELOJA

Ver Janela Jacente.

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JANELA DE SUSPENDER

JANELADEGUILHOTINAcujas FOLHASse man-têm abertas na altura desejada por meiode borboletas. Comumente é usada emcasas econômicas. É conveniente que seuvão tenha no máximo 75 cm x 90 cm paraque sua folha não seja muito pesada, difi-cultando sua movimentação.

JANELA DE TOMBAR

Janela formada por uma ou mais FOLHAS,que se movimenta por giro em torno deeixo horizontal fixo, situado na parte infe-rior da folha. O movimento de abertura dafolha pode ser para o interior ou exteriorda edificação. Permite boa ventilação.

JANELA DUPLAJanela, em geral com vão muito largo,subdividida por MONTANTE,COLUNAouPINÁZIOcentral. É também chamada jane-la geminada, janela bipartida ou janelaaximezes.

JANELA ENRELHADA

Janela feita com tábuas verticais reforça-das por RELHAS.As relhas solidarizam otabuado, evitando que as FOLHASse em-penem.

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JANELA FALSA / JANELA ITALIANA

~ JANELA FALSA•.•.• Janela cujo vão é preenchido com ALVE-

NARIA. É marcada no PARAMENTO da pare-de pelo seu enquadramento.

~ JANELA FINGIDA•.•.• Pintura representando janela aberta apre-

sentando paisagem externa.

~ JANELA FIXA .•.•.• Janela cuja FOLHA não é móvel.

JANELA GEMINADA

Ver Janela Dupla.

~ JANELA GIRANTE•.•.• Janela cuja FOLHA se articula girando em

torno de eixo vertical. A mais comum dasjanelas girantes é a JANELA DE ABRIR. É tam-bém chamada janela de eixo vertical. :[r]

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~ JANELA ITALIANA•.•.• Janela com VERGA arqueada, cujo vão é

subdividido em três partes por pequenasCOLUNAS.

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JANELA JACENTE

Em antigas construções, janela cujo vãopossui muito maior largura que altura. Foiraramente usada. Seu emprego era maisfreqüente no andar correspondente à so-breloja, entre o térreo ou loja e o SOBRA-DO,devido ao seu reduzido PÉ-DIREITO.Étambém chamada janela de sobreloja.

JANELA MAXIM-AR

JANELAPROJETANTEcuja FOLHAé aberta porgiro em torno de eixo horizontal que setranslada simultaneamente com sua mo-vimentação. Permite abertura total do vão.

JANELA PALADIANA

Janela com três aberturas, em que a cen-tral é mais alta do que as outras duas, além

< de ser arqueada. rJDIT000000JANELA PIVOTANTE

Janela formada por uma ou várias FOLHAS,que se movimenta por giro em torno deeixo vertical não coincidente com as late-rais das folhas. Permite graduar a ventila-ção e debruçamento no vão aberto.

JANELA PROJETANTE

Janela formada por uma ou mais FOLHAS,que se movimenta por giro em torno deeixo horizontal fixo situado na parte supe-rior da folha. O movimento de sua folhapode ser para o interior ou o exterior daedificação. Permite debruçar-se no vãoaberto. Sua limpeza externa é difícil.

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JANELA RASGADA/ JANELA RASGADAPOR INTEIRO

liI JANELA RASGADA

1. Em antigas construções, janela cujo vãoé aberto até o nível do piso. Como PARA-PEITOpossui PANODEPEITO,GRADEou panode peito associado a uma grade ou umCAIXILHOfixo. Como as paredes do vãopossuíam grande espessura nas antigasconstruções, facilitava a aproximação daspessoas para se debruçarem sobre a rua.Sua SOLEIRApode ou não ressaltar sobreo PARAMENTOexterno da parede. Exem-plos: antiga Casa de Câmara e Cadeia deJaguaribe, BA; Museu das Bandeiras, an-tiga Casa de Câmara e Cadeia, Goiás, GO.2. O mesmo que janela rasgada por intei-ro. Ver Janela Rasgada por Inteiro.

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JANELA RASGADA PELA PARTE DEDENTRO

Ver Janela de Peito.

JANELA RASGADA PELA PARTE DEFORA

Ver Janela Rasgada por Inteiro.

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liI JANELA RASGADA POR INTEIRO

JANELA RASGADApela parte de fora, nãopossuindo portanto PANO DE PEITO. SeuPARAPEITOé constituído por GRADE,BALAUS-TRADAou CAIXILHOfixo. Ao longo do tempo 'foi comumente considerada como o úni-co tipo de janela rasgada. É também cha-mada simplesmente janela rasgada oujanela rasgada pela parte de fora.

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JANELA REVERSíVEL / JANELA-SINEIRA

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JANELA REVERSíVEL

JANELA BASCULANTEOU PIVOTANTEcuja ro-tação da FOLHAou folhas é feita em tornode seus eixos no intervalo entre 160° e180°. Possibilita graduação na ventilação.

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JANELA RÚSTICA

Janela de madeira cujas OMBREIRASseconstituem na espessura da ALVENARIAquecompõe seu vão.

JANELA SANFONAJanela formada por duas ou mais FOLHASarticuladas entre si que ao abrirem se do-bram uma sobre as outras por desliza-mento horizontal ou vertical de seus eixosde rotação. Seu eixo pode coincidir comas bordas das folhas ou se situar em po-sições intermediárias. É também chama-da janela camarão.

JANELA TERREIRA

Janela situada no andar térreo de antigosSOBRADOS.Nas antigas construções colo-niais comumente tinha GRADE ouBALAÚSTRESde madeira com seção qua-drada postos de quina para o exterior.

JANELA DE PEITO

JANELARASGADApela parte de dentro, pos-suindo portanto PANODE PEITO.É tambémchamada janela de parapeito, janela depeitoril ou janela rasgada pela parte dedentro. Exemplo: Museu de Arqueologiae Artes Populares, antiga Residência dosJesuítas, Paranaguá, PR.

JANElA-SINEIRA

Ver Sineira.

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JARDIM À FRANCESAJardim caracterizado pela predominânciade elementos construídos, composição devastos canteiros, presença de espelho deágua, disposição em terreno plano e si-metria. Até as primeiras décadas desteséculo era uma das duas principais ver-tentes seguidas pelos paisagistas na com-posição de jardins, sendo a outra o jar-dim à inglesa.

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JARDIM À INGLESAJardim caracterizado pela presença derelvados, águas correntes, grupos de ár-vores e elementos naturais, como pedrase troncos, dispostos sem simetria aparen-te, em terreno ligeiramente acidentado, re-servando, porém, linhas de perspectivaentre as diversas áreas. Até as primeirasdécadas deste século era uma das duasprincipais vertentes seguidas pelos paisa-

.gistas na composição de jardins, sendo aoutra o jardim à francesa.

JARDIM DE INVERNOCompartimento envidraçado usado emapartamentos e residências. Em geral si-tua-se à frente da sala de estar. Foi utiliza-do com mais freqüência em prédios deapartamentos construídos na década de40. Corresponde a uma varanda fechada.É um elemento mais apropriado paraconstruções em locais em climas frios,pois permite integração com o exterior aoresguardo de intempéries. Sua utilizaçãoem regiões mais quentes torna-se coeren-te como proteção ao ruído e à poeira.

JARDIM SUSPENSOJardim feito em coberturas planas, emgeral constituídas por LAJES impermeabi-lizadas. Implica necessariamente a dispo-sição de plantas e árvores em jardineirasque recebem terra para o plantio. Atual-mente é chamado com mais freqüênciaterraço-jard im.

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JARDINEIRA / JOELHO

JARDINEIRAElemento usado para plantio de qualquertipo de vegetação. Comumente é dispos-ta em SACADAS e VARANDAS, ao longo dejanelas, ou em terraços. Quando integra-da na construção, em geral é feita em AL"VENARIA de tijolo ou CONCRETO, sendo fre-qüentemente revestida com o mesmo ma-terial utilizado no pavimento. Necessita deadequada impermeabilização para nãoçausar infiltração de água na construção.E também chamada floreira.

JAÚVer Andaime Suspenso.

JEsuíTICOVer Arquitetura Jesuítica.

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JIRAU1. Armação de madeira, disposta no sen-tido horizontal, apoiada em FORQUILHAS

cravadas no chão, suspensa a meia altu-ra do chão. Originariamente foi usado pe-los índios para assar ou secar ao solopeixe ou a caça. Até hoje é utilizado emcasas humildes do interior, principalmen-te nas cozinhas, sobre o fogão, para pro-teger, guardar ou defumar gêneros alimen-tícios. 2. Por extensão, qualquer tipo dearmação de madeira ou conjunto de tá-buas, disposto no sentido horizontal,suspenso do chão, apoiado em ESTEIOS

ou paredes. É utilizado para diversos fins.Pode ser usado, por exemplo, como basepara edificação rústica construída em ter-reno alagado ou úmido ou, elevado a meiaaltura, como prateleira profunda, paraguardar utensílios e mantimentos nas co-zinhas. 3. Por extensão, piso elevado nointerior de um compartimento, com alturareduzida, em geral sem fechamento ou di-visões, cobrindo apenas parcialmente aárea do mesmo. Distingue-se do MEZANINO

por suas menores dimensões, situando-se em compartimentos ou em edificaçõespequenas. É muito usado em lojas.

1.

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2.

3.

JOELHOTubo curvo, em geral formando ângulosde 45°ou 90°, feito em metal ou PVC, usa-do para unir dois tubos retos em instala-ções hidráulicas, sanitárias ou de gás.Comumente a medida do seu diâmetro édada em polegadas. Freqüentemente seudiâmetro varia de 1 1/2" a 2". Pode ter ros-cas ou não em suas extremidades. Faz

arte do conjunto de CONEXÕES das insta-lações. É também chamado cotovelo.

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JÔNICA / JUNTA

JÔNICAOrdem da arquitetura CLÁSSICA caracteri-zada pelo CAPITEL de sua COLUNA ornamen-tado com duas VOLUTAS. A coluna da or-dem jônica foi usada principalmente emigrejas mineiras do período barroco-rococó. Exemplo: Igreja de São Francis-co de Assis, Ouro Preto, MG.

Vr. .

JORRAMENTO1. Inclinação de obras de ALVENARIA, prin-cipalmente MUROS DE ARRIMO, cuja basepossui maior espessura que sua partesuperior. 2. Espessura da base de obrasde alvenaria quando maior que a de suaparte superior, para lhe dar maior solidez.É também chamado jorro.

JORROVer Jorramento.

1. 2.

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JUNÇÃOTubo em forma de um Y usado na uniãode três tubos em instalações, principal-mente sanitária. Usualmente é de PONTA EBOLSA, feito em PVC. Faz parte das CONE-

XÕES das instalações. É também chama-do tê.

JUNTA1. Espaço que se apresenta como uma.linha ou uma fenda na justaposição dedois elementos ou peças em geral feitosde um mesmo material. Pode ser preen-chida ou não por outro material, usualmen-te uma MASSA. Pode ser impercéptível oudestacada, freqüentemente para efeito

> decorativo. 2. Por extensão, material utili-zado em juntas, consolidando a uniãoentre peças. Em geral seu.uso representaa impossibilidade de reaproveitamentofuturo das peças, pois estas ficam ligadaspermanentemente. 3. Superfície demar-cada nos elementos ou peças feitos deAGLOMERADOS em decorrência da suspen-são provisória de sua execução. Comu-mente ocorre em peças de CONCRETO AR-

MADO cuja execução foi interrompida pro-visoriamente na CONCRETAGEM. Em geral éindesejável a sua percepção, a não ser queintencionalmente, para efeito decorativo.4. Em ALVENARIAS ou CANTARIAS, face da pe-dra adjacente a uma junta. Quando dispos-ta na horizontal é particularmente chama-da leito se está voltada para cima econtraleito se voltada para baixo.

3.

2.

4.

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JUNTA DE DILATAÇÃO / JUNTOURO

JUNTA DE DILATAÇÃO

Fenda contínua feita em elementos sujei-tos a fissuras usualmente decorrentes de

.variações na temperatura, nos volumes doedifício ou terreno ou no sistema de FUN-

DAÇÃO. Em geral é utilizada em prédios demaior porte com estrutura de CONCRETO

ARMADO. Para evitar rachas por variaçãode temperatura é feita em prédios demaior porte a distâncias que variam entre10m e 30 m.Sua largura depende da tem-peratúra no momento da construção. Podeser recoberta por diversos materiais, comoMÁSTIQUE, chapa de COBRE ou ZINCO eNEOPRENE.

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JUNTA DE EXPANSÃO

Peça de união entre dois tubos que pos-sui forma sanfonada ou de bolha de bor-racha de alta resistência usado na ligaçãode dois tubos retos em instalações. Temcomo função impedir a transmissãovibratória ou possibilitar formar um prolon-gamento contínuo na canalização. Fazparte das CONEXÕES das instalações.

JUNTA MATADA

Ver Mata-Junta.

JUNTA SECA

1. JUNTA feita entre peças ou elementosde madeira, metálicos ou de qualqueroutro material, sem utilização de encaixes,ficando estes apenas justapostos. 2. Dis-posição dos materiais em ALVENARIA de ti-jolo ou pedra sem utilização de ARGAMAS-

SAS.

JUNTOURAVer Juntouro.

1.

JUNTOURO

Pedra saliente na extremidade e às vezestambém na espessura do PARAMENTO deALVENARIAS de pedra ou de tijolo. Atraves-sa completamente a espessura da alve-naria, indo de uma de suas faces à outra.Serve como elemento de amarração en-tre alvenarias contíguas. Faz parte de umsistema construtivo usado em construçõesantigas. A parede, muro ou mureta quepossuem [untouros são chamados deajuntourado. É também chamado ajun-toura, juntoura ou liadouro.

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KITCHENETTE1. Cozinha com área mínima, provida depia e fogão, em geral permitida na legisla-ção somente em casos especiais. 2. Ar-mário embutido em paredes dispondo defogareiro e às vezes pia, permitido na le-gislação somente em casos especiais. 3.Por extensão, apartamento composto deum único compartimento, para uso comosala e quarto, banheiro e kitchenette. Usu-almente situa-se em prédios com grandenúmero de unidades residenciais por pa-vimento. No Rio de Janeiro, ergueram-semuitos prédios com kitchenette na.déca-da de 50. Sua construção foi proibida porlegislação em 1963. É também chamadoconjugado ou apartamento conjugado.

3.

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Page 20: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

KITSCH

KITSCHTendência na arquitetura de negação doautêntico e do uso de excesso ou hete-rogeneidade decorativa. No kitsch são jus-tapostos elementos incongruentes,produzindo combinações nem sempreharmônicas. A relevância é dada ao efeitoproduzido e não à função. Freqüente-mente diz respeito a uma imitação de for-ma ou elementos consagrados, em geralnão condizente com a situação em quese adapta. No Rio de Janeiro, a arquiteturade muitas casas suburbanas e de motéisé comumente considerada kitsch.

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LÃ DE ROCHAIsolante térmico e acústico constituídopelo processo de transformação de cer-tas rochas, principalmente o BASALTO, aoestado fluido incandescente. É emprega-da pela indústria da construção na fa-bricação de PAINÉIS, TELHAS, FORROS eDIVISÓRIAS isolantes.

1.

2.

LÃ DE VIDROIsolante térmico e acústico constituído porfinas fibras de vidro. É obtida industrial-mente por centrifugação ou estiragem me-cânica. Comercialmente é encontrada soba forma de manta, em várias dimensões eespessuras; ou de placas pré-moldadas,para isolamento de tubulações.

LACA1. Originariamente, verniz preparado comresina vegetal proveniente do Extremo Ori-ente. Possui cor vermelho sangue de boiou negro. Foi usada principalmente emmobiliário e objetos de adorno. Era apli-cada por camadas delgadas, sendo cadauma destas, depois de seca, alisada compedra-pomes e polida. É impenetrável àágua. É também chamada charão ou ver-niz da China. 2. Atualmente, tinta à basede nitrocelulose. Possui intenso brilho, altaresistência à chuva, ao sol e ao desgaste.Tem coloração variada. Em geral é aplica-da industrialmente com pistolas de ar.Comumente é usada na pintura de super-fícies metálicas. É também chamada tintaduco ou nitrocelulose. Nos sentidos 1 e 2,revestir com laca é chamado laquear.

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LAÇARIA/ LADRILHEIRO

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LAÇARIA

Genericamente, ORNATO constituído por fi-tas e laços.

LACRIMAL

Superfície plana e vertical terminada porum pequeno sulco que forma uma saliên-cia ao longo da parte superior de CIMALHASou CORNIJAS. Tem como finalidade impe-dir que as águas pluviais escorram pelasfachadas. A tendência de eliminação deornamentos das fachadas pela arquiteturaMODERNISTA fez com que cornijas e cima-lhas desaparecessem das edificações e,conseqüentemente, os lacrimais. Muitasvezes não foram encontradas alternativasadequadas para a solução construtiva ofe-recida por este elemento. É também cha-mado lagrimal.

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LADRÃO

Tubo colocado na parte superior de reser-vatórios de água destinado ao escoamen-to de ocasional excesso de água. Garanteo escoamento de água em caso de a TOR-NEIRA DE BÓiA funcionar mal, o que ocorreprincipalmente devido à FERRUGEM. A águaescoada pelo ladrão deve ser esgotadaem lugar visível, para que haja possibili-dade de reparar a torneira de bóia combrevidade. Em geral tem 3/4".

LADRILHADOR

Ver Ladrilho.

LADRILHAMENTO

Ver Ladrilho.

LADRILHAR

Ver Ladrilho.

LADRILHEIROVer Ladrilho.

333

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LADRILHO / LADRILHO DE VIDRO

LADRILHOPeça pouco espessa, de superfície plana,usada principalmente para revestimentode piso. Eventualmente é empregadocomo revestimento de paredes. Pode serfeito de pedra, CIMENTO, CERÂMICA ou me-tal. Quando de pedra, comumente é deMÁRMORE, GRANITO ou ARENITO. Geralmen-te tem forma retangular, podendo tambémter forma poligonal. Constitui-se em alter-nativa para piso em ambientes ou compar-timentos que requerem IMPERMEABILlZAÇÃO.É comum seu emprego em áreas desco-bertas, cozinhas, banheiros, VARANDAS eTERRAÇOS. Quando decorativo, em geral éaplicado em VESTíBULOS ou paredes. Quan-do de metal, é freqüentemente emprega-do em locais de grande movimento ouguarda de objetos pesados. Em cozinhase banheiros é mais comum o uso de LA-

DRILHO CEBÂMICO. Exige cuidado especialna sua aplicação, para que tenha a me-lhor distribuição possível nos ambientesou compartimentos. A tarefa de assenta-mento de ladrilhos é chamada ladri-Ihamento. O oficial que assenta ladrilhosé chamado ladrilheiro ou ladrilhador. As-sentar ladrilhos é chamado ladrilhar.

LADRILHO CERÂMICaLADRILHO feito de barro cozido. Constitui-se em material resistente,impermeável,incombustível, de fácil manutenção e lim-peza. Comercialmente é encontrado emformas, acabamentos e dimensões varia-dos. Seu custo é elevado. Pode ser poro-so, como o TIJOLO comum, ou vitrificado.Desde o período colonial vem sendo utili-zado como piso impermeável. Seu empre-go intensificou-se com a sua fabricaçãoindustrial em finais dos anos 40. É tam-bém chamado cerâmica.

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OOOO~~LADRILHO DE MÁRMOREPlaca de MÁRMORE de pequenas dimen-sões, Comumente é usado para revesti-mento de piso. É assentado comARGAMASSA de cimento e areia ou cimen-to, areia e SAIBRO.

LADRILHO DE VIDROVer Tijolo de Vidro.

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LADRILHO HIDRÁULICO / LAJE

LADRILHO HIDRÁULICO

LADRILHO obtido por prensagem hidráuli-ca de ARGAMASSA de cimento. É compos-to de duas camadas. A camada inferior éfeita de areia grossa e cimento e a superi-or, de areia fina e cimento. Pode ter umapelícula de alguns milímetros de espes-sura formando desenho. Pode apresentarcor natural do cimento ou variadas colo-rações. Em antigas construções, em ge-ral era decorado. Comumente é fabricadoem placas de 20 cm x 20 cm. Para seuassentamento freqüentemente é usadaargamassa de cimento e areia ou de ci-mento, areia e SAIBRO. Atualmente é pou-co usado, tendo sido substituído peloLADRILHO CERÂMICa, apesar de mais caro.

LADRILHO MARSELHÊS

LADRILHO feito de TERRACOTA. Pode ter for-matos e dimensões variados. Comumentetem forma hexagonal ou quadrada com15 cm ou 20 cm de lado.

LAGRIMALVer Lacrimal.

LAJÃO

LADRILHO de TERRACOTA que possui gran-de dimensão. Comumente tem 25 cm x40 cm. É usado principalmente em pisosde varandas ou jardins. É recomendávelque seja assentado de modo a ter JUNTAS

largas, de 1 cm a 2 em, para corrigir irre-gularidades que apresente nas dimen-sões. É também chamado ladrilhomarselhês.

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LAJE

1. Placa de pedra, retangular ou quadra-da, com superfície plana, usada como re-vestimento. É empregada principalmenteem pisos de edifícios ou vias. Em antigasconstruções era comum sua utilização emcozinhas e pátios. 2. Superfície contínuahorizontal que se constitui em pavimentoou teto do edifício. Em geral compõe comPILARES e VIGAS a estrutura do prédio. Re-cebe diretamente as cargas do edifício,transferindo-as para as vigas. Usualmen-te é feita de CONCRETO ARMADO. Quandose destina somente a teto, pode ter es-pessura maior ou igual a 5 em. Quandose destina a piso sem passagem de veí-culo, sua espessura deve ser maior ouigual a 7 em. Quando se destina a pisocom acesso de veículos, sua espessuradeve ser maior ou igual a 12 cm. Usual-mente tem espessura de 7,5 cm ou 10 cm.Pode ser feita de CONCRETO PRÉ-MOLDADO.

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LAJE IMPERMEABILlZADA/ LAJEDO

LAJE IMPERMEABILIZADA

Cobertura feita com LAJE de CONCRETOimpermeabilizada. É uma alternativa co-mum de cobertura, principalmente em pré-dios de vários pavimentos. Tem comovantagens permitir caimento mínimo, deaté 1%, e simplicidade de execuçãO. Pos-sui como desvantagens alto preço, dificul-dade de executar impermeabilizaçãoperfeita de longa duração e ineficiência deisolamento térmico interno. Para evitar es-sas duas últimas desvantagens, é às ve-zes empregada associada a outracobertura, comumente com telhas de CI-

MENTO-AMIANTO. Existem diversos métodosde impermeabilizar a laje.

LAJE INVERTIDA

LAJE estrutural associada a VIGAS INVERTI-

DAS. Possibilita teto sem saliências no an-dar abaixo da laje. A viga invertida externaé muitas vezes aproveitada como parapei-to de janela ou BALCÃO.

LAJE MACiÇA

LAJE que não apresenta VIGAS, tendo, con-seqüentemente, maior espessura. Permi-te teto sem saliências no andar abaixo dalaje.

LAJE NERVURADA

LAJE que apresenta NERVURAS eqüidis-tantes em sua superfície. O dimensio-namento e distanciamento das nervurassão calculados em função do vão venci-do pela laje e das sobrecargas submeti-das a esta. Permite evitar emprego deVIGAS na ESTRUTURA do edifício. O espaçoentre as nervuras é preenchido com ma-terial leve, como, por exemplo, CONCRETOCELULAR.

LAJEADO

Piso revestido com placas de pedra irre-gulares, chamadas LAJES, comumente as-sentadas com ARGAMASSA de barro. Foifreqüentemente utilizado em cozinhas e

._pátios internos de construções antigas. Étambém chamado lajedo.

LAJEDOVer Lajeado.

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LAJOTA/ LAMBRISAR

liI LAJOTA

Pequena LAJE de cerâmica, vidro ou pe-dra, usada para revestimento de pisos.

liI LAMBREQUIM

ORNATO de madeira ou folha metálica re-cortada e vazada em forma de rendilhado,utilizado no arremate decorativo de ele-mentos da construção. Comumente loca-liza-se A PRUMO, nas extremidades dosBEIRAIS do telhado. Pode também situar-se entre COLUNAS de ALPENDRES e nos vãosde janelas. Nestes casos é também cha-mado sinhaninha. É característico dosCHALÉS. Uma edificação ou um elementoque possui lambrequim é às vezes cha-mado de lambrequinado. Exemplos: Pa-lácio de Cristal, Petrópolis, RJ; chalé narua da Imperatriz nº 341, Petrópolis, RJ.

LAMBREQUINADO

Ver Lambrequim.

LAMBRI

1. Genericamente, revestimento de pare-des internas, em geral feito de MADEIRA,MÁRMORE, plástico, ALUMíNIO ou AÇO INOXI-

DÁVEL. Usualmente tem como finalidaderealçar uma das paredes ou parte de umaparede em um compartimento. 2. Especi-ficamente, lambris feito com tábuas demadeira, com encaixe MACHO E FÊMEA. Nossentidos 1 e 2, a superfície revestida comlambris é chamada lambrisada. Guarne-cer uma parede com lambris é chamadolambrisar. É também chamado lambri ou,mais raramente, lambril ou lambrim. 3.FAIXA formada por revestimento de AZULE-

JO, LADRILHO, mármore ou madeira, na par-te inferior de parede interna, para suaproteção e ornamentação. Nos sentidos1, 2 e, principalmente, 3, é também cha-mado alizar

LAMBRIL

Ver Lambri.

LAMBRIMVer Lambri.

LAMBRISADAVer Larnbri,

BRlSAR~ Lambrí,

1.

2.

3.

337

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LÂMINA / LÂMPADA A VAPOR DE MERCÚRIO

LÂMINA1. Chapa muito delgada feita principal-mente de metal. Pela sua esbeltez, emgeral constitui-se em material flexível. Étambém chamada folha. 2. Edificação compredominância significativa da altura emrelação às demais dimensões.

LÂMINA DE ÁGUATanque, lago ou lagoa construídos artifici-almente.

LAMINADOVer Ferro Laminado.

1.

2.

LAMINADO DE MADEIRAChapa delgada de madeira, usada pararevestimento de elementos ou peças daconstrução. Em geral recobre elementosfeitos de COMPENSADO, dando-Ihes aparên-cia de executados em madeira maciça.

LAMINADO PLÁSTICOChapa plástica delgada, usada para reves-timento de pisos, paredes ou outros ele-mentos da construção. Constitui-se emalternativa de revestimento impermeável.Comercialmente é encontrado sob a formade placas, comumente de 60 cm x 60 cm;ou régua, comumente com 20 cm ou 30cm de largura. É empregado principalmen-te em cozinhas, banheiros e laboratórios.

LÂMPADA DE DESCARGALâmpada cuja emissão de luz resulta deuma descarga elétrica através de vapormetálico ou gás contido em um tubo. Emgeral produz intensidade de luz bem su-perior às demais lâmpadas e com menorconsumo de energia elétrica. Tem custoelevado, mas vida útil longa. Possui dimen-sões reduzidas. É usada principalmenteexternamente associada a poste de ilumi-nação. As mais comuns são a LÂMPADA AVAPOR DE MERCÚRIO e a LÂMPADA A VAPORDE SÓDIO.

LÂMPADA A VAPOR DE MERCÚRIOLÂMPADA DE DESCARGA cuja emissão de luzresulta de. uma descarga elétrica atravésde vapor de mercúrio. Tem boa eficiêncialuminosa e duração aproximada de 13.000horas. Necessita de reator e é ligada so-mente em 220 volts. Demora de quatro acinco minutos para atingir emissão lumi-nosa máxima. Possui cor branca.

338

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LÂMPADA A VAPOR DE SÓDIO ( LÂMPADA FLUORESCENTE

LÂMPADA A VAPOR DE SÓDIO

LÂMPADA DE DESCARGA cuja emissão de luzresulta de uma descarga elétrica atravésde vapor de sódio. Tem ótima eficiêncialuminosa e duração aproximada de 18.000horas. Necessita de dispositivos auxilia-res e é ligada em 220 volts. Demora emtorno de cinco minutos para atingir 90%do seu fluxo luminoso. Produz coloraçãoamarelada, o que implica menor atraçãode insetos. Substitui LÂMPADAS A VAPOR DE

MERCÚRIO e INCANDESCENTES, economizan-do energia. Vem sendo utilizada em ilumi-nação pública.

LÂMPADA DE MULTIVAPORES

LÂMPADA DE DESCARGA indicada quando sedeseja elevada fidelidade cromática. Sualuz branca é a que mais se assemelha àluz solar.

LÂMPADA DICRÓICA

Lâmpada que possui um núcleo de LÂM-

PADA HALÓGENA e um refletor multifacetado,emitindo intenso facho luminoso dirigido.Tem como vantagens precisão do facho,alto rendimento luminoso no ponto dirigi-do e dissociação da radiação luminosa degrande parte dos raios infravermelhos,evitando calor. Destaca um ponto sem in-terferir na iluminação geral do ambiente.Seu facho luminoso em geral é de 50watts. O ponto iluminado mantém cor etextura inalterados. Possui vida útil médiade aproximadamente 2.000 horas. Podeter abertura de facho luminoso variável.Mede apenas 5 cm e funciona em 120volts. Exige transformador que baixe a ten-

são da rede. É indicada para uso interno,em vitrines de butiques e joalherias ou ga-lerias de arte e restaurantes, onde há ne-cessidade de facho luminoso dirigido parauma determinada peça.

LÂMPADA FLUORESCENTE

Lâmpada cuja emissão luminosa é prove-niente de uma descarga elétrica em subs-tância fluorescente colocada em tubo.Pode apresentar-se em três cores básicas:branca, amarela e azul. Seu comprimentovaria de 45 cm a 2,40m. Possui alta efici-ência luminosa e baixa radiação de calor.Tem em média um rendimento quatro ve-zes superior à LÂMPADA INCANDESCENTE.

Quando comum, dura cerca de 7.500 ho-ras e as especiais, cerca de 10.000 horas.Para seu funcionamento é necessária ainstalação de reator e, em alguns casos,de dispositivo de partida, o starter. Permi-te homogeneidade na distribuição de luz

os ambientes. Possibilita eliminaro SC ENTOS. Sua manutenção requera ção especial. E muito usada na ilumi-

e es . Ó íos.

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339

Page 29: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

LÂMPADA HALÓGENA/ LANCE DE CASAS

LÂMPADA HALÓGENA

LÂMPADA INCANDESCENTE cuja duração ébem superior à da lâmpada incandes-cente comum. Possui maior capacidadede iluminação, principalmente quando as-sociada a refletor dicróico. Possibilita eco-nomizar energia. É indicada para ilumi-nação de destaque em pontos focais.

LÂMPADA INCANDESCENTE

Lâmpada cuja irradiação luminosa é pro-duzida pela incandescência de umfilamento percorrido por corrente elétrica.É formada por um bulbo de vidro cheiode gás inerte onde está contido ofilamento. É o tipo mais comum de lâm-pada. Tem coloração predominante laran-ja-avermelhada. Usualmente tem vidamédia curta, de aproximadamente 1.000horas. Possui baixa eficiência luminosa, oque ocasiona um custo de uso elevado.Produz muito calor. Ocupa pouco espa-ço. Sua manutenção é simples e seu cus-to é baixo. É intercambiável, isto é, em ummesmo bocal podem ser instaladas lâm-padas incandescentes de potências varia-das. É adequada para iluminação geral elocalizada de interiores.

LAMPARINA

Maçarico a gás ou a querosene, usado porSERRALHEIROS, bombeiros hidráulicos ouFUNILEIROS para efetuar SOLDAS de ESTANHOou emendas em peças de CHUMBO.

LANCE

Parte da escada formada por umaseqüência de DEGRAUS. Quando tem gran-de desenvolvimento, a escada comu-mente possui diversos lances separadospor PATAMARES. Em geral, o número dedegraus de cada lance varia entre doze equinze. Não devem ser feitos lances commenos de três degraus. É também cha-mado lanço.

LANCE DE CASAS

Ver Correr de Casas.

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LANCIL/LANTERNIM

~~mr>:<:I~...... -_: ..:.~ 2.

liI LANCIL1. LAJEde pedra, longa e delgada. Nasantigas construções era comumente usa-do em PEITORIS,VERGASe OMBREIRAS.Atualmente, em geral é empregado empavimentação e resguardo de estrada. 2.Por extensão, em antigas construções,revestimento de parede executado comLADRILHOSde pedra. 3. Principalmente emPortugal, o mesmo que meio-fio. Ver Meio-Fio.

LANÇOVer Lance.

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1.

LANTERNA1. Pequeno corpo alongado, cilíndrico ouprismático, com aberturas, disposto prin-cipalmente no centro do EXTRADORSOdaCÚPULApara remate da cobertura. Possi-bilita iluminação interna pontual. Suasaberturas são freqüentemente vedadaspor CAIXILHOcom vidro. Exemplo: Igreja deNossa Senhora da Candelária, Rio de Ja-neiro, RJ. 2. Luminária feita com caixilhosenvidraçados. Foi freqüentemente utiliza-da em antigas construções. 3. Dispositivometálico usado no alongamento de peçasmetálicas de seção circular pela sua jun-ção. É utilizada na união de TENSORESho-rizontais em TESOURASmetálicas, evitandoque seja necessário empregar peça úni-ca. É também chamada esticador.

3.1.

LANTERNIMPequeno telhado sobreposto ao telhadoprincipal do edifício para ventilar ou ilumi-nar o interior da construção. Situa-se naparte mais elevada da edificação. Em pré-dios com telhado de TESOURAlocaliza-sesobre toda a CUMEEIRAou em parte desta.Pode ser provido de CAIXILHOSenvidraça-dos ou VENEZIANAS.Foi muito utilizado emmercados, prédios industriais e depósitos.Exemplo: Mercado de Peixe, Belém, PA.

341

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LÁPIDE / LARVA

LÁPIDE1. Pedra onde estão gravadas inscrições.Em geral, sua inscrição refere-se a dadoscomemorativos ou informativos sobre oprédio. Usualmente situa-se em local visí-vel na fachada principal do edifício. 2. LAJEque recobre o túmulo, onde freqüen-temente se encontram inscrições referen-tes ao sepultado.

LAQUEARVer Laca.

1.

2.

LARGOEspaço de maior largura ao longo de umarua. Antigamente correspondia comu-mente a local onde se situavam prédiosde maior importância, como igrejas, con-ventos ou edifícios institucionais.

LARGO-DO-V ÃONas antigas construções, espaço forma-do nas JANELAS RASGADAS pelos rasgosinclinados de maior espessura. O termo étambém empregado referido a portas comrasgos inclinados que tenham grande es-pessura.

LARÓVer Laroz e Rincão.

LAROZNos telhados com pequenas TACANIÇAS,peça do madeiramento do telhado queune a extremidade da CUMEEIRA aoFRECHAL, engastando-se com este perpen-dicularmente. Serve de apoio central àÁGUA DE TELHADO formada pela tacaniça.É também chamado laró ou larva.

LARVAVer Laroz.

Page 32: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

LASTRO/ LATRINA

LASTRO

1. PEDRABRITADAmiúda misturada à ARGA-MASSAde CIMENTO,CALe AREIAou cimentoe areia, usada como revestimento de pisoexterno. É também chamado betonilha. 2.O mesmo que contrapiso. Ver Contrapiso.

1.

LATÃO

Liga de COBREe ZINCO.De acordo com seuuso, pode ainda ter n~ sua composiçãoESTANHOou CHUMBO. E muito usado nafabricação de torneiras, luminárias e JUN-TAS, principalmente para CIMENTADOS.

LÁTEXSubstância espessa, em geral alva, extraí-da de certos vegetais. É utilizado para fa-bricação industrial de resinas, tintas,JUNTASe isoladores elétricos.

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LATRINA

Pequeno compartimento destinado àsdejeções. Através do tempo e no espaço ede acordo com a qualidade da construção,variam muito o tipo de equipamento de quedispõe, o modo como é feito seu esgota-mento sanitário e até mesmo sua situaçãono edifício. Nas antigas construções urba-nas estava localizada, isolada, nos fundosdo terreno. Coma instalação das redes deágua e esgoto na cidade, passou a incor-porar-se ao edifício, de início como um pu-XADOe, posteriormente, no seu interior. Emmuitos locais, freqüentemente na área ru-ralou em áreas de habitações precárias,ainda hoje é comum sua implantação forado corpo da casa, no quintal usualmente,pela ausência de um serviço adequado deesgotamento sanitário. Do mesmo modovariam os termos utilizados na sua deno-minação. Quando provido de vaso sanitá-rio, ligado às instalações de água e esgoto,comumente é chamada W.C. ou, principal-mente em Portugal, retrete. Particularmen-e no Norte e Nordeste é chamada senti na.as an iqas construções era denominada

secreta ou comua. No interior, principal-mente do Rio de Janeiro, São Paulo e Mi-nas Gerais, recebe os nomes de quartinhoou casinha, principalmente quando cons-titui uma edificação independente ou umpuxado.

343

Page 33: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

LAVABO / LAVRADO

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LAVABO1. LAvATÓRIOcolocado fora dos banheirose sanitários, utilizado freqüentemente emrefeitórios, sacristias e salas de refeições.É também chamado simplesmente lava-tório. 2. Compartimento pequeno, provi-do usualmente de lavatório e vasosanitário, colocado próximo às salas devisitas na habitação para uso dos visitan-tes. Sua área mínima é de cerca de 2 m2.

1.

LAVATÓRIOBacia de louça, ferro esmaltado ou ACRíLI-CO,em geral provida de instalação de águae esgoto, para lavar as mãos. Pode ser deconsolo, o mais freqüente, ou de coluna.Quando de consolo, apóia-se diretamentena parede ou em armações metálicas fi-xadas à parede. Quando de coluna, apóia-se no piso. Quando colocado fora dossanitários, é também chamado lavabo.

QII

LAVORORNATOem relevo, particularmente quan-do referido a elemento em material LAVRA-DO.

LAVRADOVer Lavrar.

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LAVRAR/ LEITEDECAL

LAVRAR

1. Desbastar e aplainar a madeira, demodo a torná-Ia inteiramente lisa e prepa-rada para o uso em peças. É também cha-mado aparelhar. 2. Desbastar, cinzelar eregularizar as pedras. É indispensável paraque as pedras possam ser utilizadas emCANTARIAou APARELHOde pedra aparelha-da. É também chamado aparelhar. 3. Fa-zer ORNATOSem relevo nos elementosfeitos de madeira e pedra aparelhada. Oornato resultante é em geral chamadoLAVOR.O elemento ou material cujas su-perfícies foram submetidas ao serviço delavrar são chamados lavrados.

LAYOUT

1. Distribuição de elementos removíveis,como painéis divisórios, mobiliário e jar-dineiras, no espaço construído. 2. De-composição gráfica do edifício a serconstruído, em geral sob a forma de pran-chas de desenhos, para utilização na obra.Constitui-se usualmente no próprio proje-to arquitetônico. Pode também ser apre-sentado sob a forma de esboços ouesquemas. O termo possui a variante grá-fica aportuguesada leiaute.

LEGRAFerramenta de aço em forma de meia-cana, para limpar ou ALEGRARas JUNTASde ALVENARIASou pisos de tijolos ou pe-dras.

LEIAUTEVer Layout.

LEITE DE CAL

CALEXTINTAmuito diluída na água. É usa-da na CAIAÇÃOde páredes, muros e árvo-res.

345

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LEITO / LEME DE RABO

LEITO1. Face de pedra ou tijolo disposta hori-zontalmente em ALVENARIAS e CANTARIAS,particularmente a que se encontra na su-perfície horizontal inferior. Quando referi-do apenas à face horizontal inferior, étambém chamado SOBRELEITO e, quando

. referido apenas à face horizontal superior,é também chamado CONTRALEITO. 2. Porextensão, superfície horizontal superiordas FIADAS em alvenarias. 3. Superfície dosolo sobre a qual se assenta o pavimentona construção de vias e caminhos. 4. NasADUELAS de ARCOS e ABÓBADAS, cada umadas superfícies oblíquas laterais que seapóiam nas vizinhas.

3.

2.

LEME1. Peça do GONZO, em geral metálica, com-posta de uma parte chata e de um pinovertical. Sua parte chata é pregada ouaparafusada no paramento da FOLHA deESQUADRIAS e seu pino se encaixa em ou-tra peça provida de concavidade cilíndri-ca fixada no MARC9 do vão ou emMONTANTE, para movimentação de portase janelas. A peça que recebe o leme échamada CACHIMBO, FÊMEA ou OLHAL. Podeter também uma função decorativa. De-pendendo do alongamento de sua partechata, possui nomes específicos. Carac-teriza um tipo específico de gonzo. Foimais empregado em antigas construções.2. Por extensão, gonzo que possui leme.É também chamado bisagra; principal-

. mente no Norte, missagra ou, antigamen-te, cancro.

1.

(/) (f)

o CD

2.

LEME DE NÓ DE FIXALEME cuja parte chata é bastante alongada.É utilizado comumente em portões e por-tas pesadas.

BJI LEME DE RABOLEME cuja parte chata possui algum alon-gamento. É usado com mais freqüênciaem portas externas.

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LEME SEM RABO / LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO

LEME SEM RABO

LEME cuja parte chata possui extensãosuficiente para ser fixado nas FOLHAS dasESQUADRIAS. É também chamado minhoto. o

CO

fí1 LEQUE

1. Parte do LANCE da escada em que a LI-

NHA DE PISO faz uma curvatura, tendo osPISOS e ESPELHOS dos seus DEGRAUS for-ma trapezoidal ou triangular. Em geral si-tua-se no PATAMAR da ESCADA EM LEQUE. 2.Atribuição dada aos degraus cujos pisose espelhos possuem forma trapezoidal outriangular. Ver Degrau em Leque. 3. Atri-buição dada às escadas que possuem umou mais lances de degraus em leque. VerEscada de Leque. 4. Atribuição dada àsBANDEIRAS arqueadas subdivididas em ar-cos de círculo iguais. Ver Bandeira emLeque.

fí1 LESENA

1. Na ARQUITETURA CLÁSSICA, PILASTRA semBASE e CAPITEL. 2. FRISO de ARCATURA devolta perfeita. É também chamada bandalombarda. 3. Em São Paulo, saliência nasparedes formando pilastra lisa. Distingue-se da BONECA por não estar solidária aCAIXÃO ou MARCO de porta.

2. 3.

LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO que visa ob-ter elementos para elaboração de plantaonde se representa o relevo do solo. De-termina as COTAS de diferentes pontos doterreno. É também chamado altimetria.

LESIMCada um dos veios ou sulcos naturais emmadeiras ou pedras, principalmente MÁR-MORE.

347

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LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO / LIMA

fi]

LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO que visa lei-tura de ângulos e distâncias horizontaisno terreno. Determina em plano horizon-tal as medidas dos pontos significativosda área levantada. Existem vários méto-dos de executar o levantamento pla-nimétrico. É também chamado plani-metria.

I II I

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

Processo que consiste na medição deângulos e alturas em diversos pontos deum terreno, a fim de representar grafica-mente sua configuração física. Existemvários tipos de levantamento topográfico.O levantamento planimétrico avalia ângu-los e distâncias horizontais do terreno. Olevantamento altimétrico busca elementospara a representação do relevo do solo.O levantamento planialtimétrico une osdados dos dois levantamentos anteriores.O levantamento batimétrico é o levanta-mento feito abaixo do nível do mar. O le-

L1ADOURO

Ver Espera e Juntouro.

LIAME

Ver Argamassa.

vantamento aerofotogramétrico utilizacomo instrumental básico a fotografia. Aplanta topográfica, indispensável ao proje-to arquitetônico em terrenos com declives,é resultante do levantamento topográfico.

------

L1ERNE

NERVURA no INTRADORSO da ABÓBADAOGIVAL. Comumente é encontrado em an-tigas igrejas NEOGÓTICAS.

LIGAMENTO

Ver Argamassa.

L1GANTE

Ver Aglomerante.

LIMA

Ferramenta composta de superfície lavra-da de estrias muito próximas, que servepara polir ou desbastar metais, madeirasou pedras como o MÁRMORE. Suas estriassão chamadas serrilhas, picados oupicaduras. Existem vários tipos de lima.Conforme a proximidade de suas serrilhasé chamada grosa, bastarda, murça, rufo,meia-murça ou meio-rufo. A lima chata tema superfície plana afinando-se para suaponta. A lima paralela tem igual largura emtodo o comprimento. A lima de meia-canatem uma de suas faces convexa. A limaredonda tem a superfície cônica. A lima tri-angular tem três quinas e serve especial-mente para afiar serras. É uma ferramentaindispensável para o bombeiro hidráulico.

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LIMIAR/ LINGÜETA

&l LIMIAR

1. O mesmo que soleira. Ver Soleira. 2.PATAMARjunto à porta em geral de entra-da.

LlNDEIRA

Ver Dintel e Ombreira.

LlNDEIRO

1. Nome dado ao LOTEou terreno que temsua frente voltada para um LOGRADOUROpúblico. 2. Nome dado à área ou ao terre-no contíguo a outro.

LINGOTE

1. Bloco sólido de metal que comumenteé modificado em usinas para uma formafinal por diversos processos, como fundi-ção ou laminação, para produzir chapasou barras redondas, chatas e perfiladas.2. Barra metálica que, associada a outrabarra, forma perfil composto. Comumentesuas barras são unidas por REBITESouparafusos. 2.

••LINGÜETA

1. Nas FECHADURAS,peça metálica móvelque se encaixa quando acionada por cha-ve, TRINCOou maçaneta em reentrânciafeita em MARCO,MONTANTEou outra FOLHAda ESQUADRIA,usualmente através dechapatesta. Principalmente em Portugal,é às vezes também chamada palhetão. 2.Saliência ao longo da espessura de umapeça alongada, para se encaixar em ra-nhura feita ao longo da espessura de ou-

.tra peça. É também chamada MACHOouESPIGA.

1.

2.

349

Page 39: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

LlNHA/ LINHA ELEVADA

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LINHA1. Nas TESOURAS do telhado, VIGA horizon-tal situada transversalmente à construção,que une as extremidades inferiores dasEMPENAS ou pernas. Usualmente temseção com 6 cm x 16 cm. Apóia-se di-retamente no topo das paredes ou nosFRECHAIS. Comumente o termo é aplicadoquando referido à peça de madeira. Tam-bém é chamada TIRANTE ou tensor, parti-cularmente quando se trata de peçasmetálicas. 2. Por extensão, em alguns lo-cais do Nordeste, o mesmo que terça. VerTerça.

LINHA ARREGAÇADAVer Nível.

1.

TIRAH1E.

LINHA DE CUMEADAEm topografia, linha determinada peloencontro de duas vertentes. Divide no ter-reno o caimento das águas pluviais.

L1NHA-DE-FÉ1. Nos NíVEIS de pedreiro, traço feito natravessa que une as réguas de madeira esobre o qual deve coincidir o fio de prumoquando as arestas de peças ou elemen-tos verificados estiverem dispostos hori-zontalmente. 2. Em escalas, linha quemarca o ponto zero, inicial, da graduação.

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~ f\; 2.

LINHA DE PISONas escadas, linha imaginária determina-da pelo encaminhamento comumente fei-to por quem as utiliza. Situa-se para-Ielarnente ao CORRIMÃO, distando des-te aproximadamente 50 cm. É estabe-lecida nos projetos arquitetônicos com ointuito de BALANCEAR os DEGRAUS da ESCA-DA EM LEQUE, considerando-se que todosos degraus devem ter igual largura na li-nha de piso da escada.

LINHA ELEVADAVer Nível.

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LlNHOTE / LlOZ

fil LlNHOTETRAVEde dimensões não avantajadas, uti-lizada no TRAVEJAMENTOde um ou dois ele-mentos dispostos na vertical.

LINÓLEOTecido feito de juta e untado com óleo delinhaça e CORTiÇAem pó. Em geral é usa-do como revestimento de pisos. Possuiboa resistência, é impermeável e facilmen-te removível. Constitui-se em material ab-sorvente, servindo portanto como isolanteacústico. É comercializado comumentesob a forma de mantas com largura supe-rior a 2 m e espessura variável de 2 mm a7 mm. É fixado no pavimento uniformecom cola apropriada. Deve ser colocadoem pavimentos secos. Freqüentemente éempregado em corredores ou outros com-partimentos de fluxo constante de pesso-as, em hospitais, indústrias ou escritórios.Muitas vezes é empregado no piso dospalcos de teatros. Pisos de borracha sãoum aperfeiçoamento do linóleo que, ape-sar de em geral mais resistentes, são maiscustosos e não removíveis.

LlNTELVer Dintel.

LlOZ1. Pedra calcária branca, dura e degranulação muito fina, proveniente de Por-tugal. Foi muito usado em antigas cons-truções em PORTADAS, CANTARIAS ourevestimentos de fachadas e ESCADARIAS.É também chamado pedra de lioz, pedrado reino e mármore-lioz. Exemplos: por-tadas da Igreja do Outeiro da Glória, Riode Janeiro, RJ; fachada do Gabinete Por-tuguês de Leitura, Rio de Janeiro, RJ; es-cadaria da casa da avenida GeneralíssimoDeodoro nº 694, Belém, PA. 2. Face LA-VRADAaparente da pedra nas ALVENARIAS.Opõe-se ao TARDOZ.

2.

351

Page 41: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

LlSTELI LOBULADA

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lí1

lí1

LlSTEL

1. Nos FUSTES canelados, FAIXA estreita,lisa e vertical que separa uma CANELURA

da outra. É também chamado mocheta.2. Por extensão, qualquer faixa lisa e es-treita em PARAMENTO.

2.

o-

J~I)lrJ1.

LlTARGíRIO

Substância composta de protóxido dechumbo, fundido e cristalizado em peque-nas lâminas amarelas ou avermelhadas.Reduzido a pó, entra na composição decertos vernizes chamados gordos, quetêm função de SECANTE. Calcinado, é em-pregado como pigmento no preparo decertas tintas, dando as cores industriaisamarelo de cassei "e mínio. Antigamenteera usado juntamente com o ALVAIADE emDOURAMENTOS de TALHAS de madeira, com-pondo um induto que favorecia a aderên-cia da camada de ouro.

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LOBBY

Grande HALL na entrada do edifício. Emgeral, o termo é usado quando referido aosprédios de maior porte e vários pavimen-tos.

LOBÉLlO

Cada um dos segmentos de círculo quecompõem o ARCO TRILOBADO. Nas ARCADAS,

o espaço entre os lobélios adquire forma-to aproximado de uma folha. Em antigasconstruções, em geral, esse espaço tinhaornamentação com motivo de folha.

LOBULADA

Atribuição dada aos elementos divididosem segmentos iguais, à semelhança decertos vegetais. O termo é mais emprega-do referido às ABÓBADAS.

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lOCAÇÃO / lOJA

LOCAÇÃO1. No canteiro de obras, medição e mar-cação no terreno da posição 90S elemen-tos estruturais e de vedação. E feita tendopor base a planta de locação traçada noprojeto arquitetônico, em geral nas esca-las de 1: 100, 1:200 ou 1:500, dependen-do do porte da obra. Pode ser feita dediferentes modos. Quanto maior e maiscomplexo o prédio a ser construído, maisprecisa deverá ser sua locação. Em geral,para edificações de menor porte, são su-ficientes para locação o emprego de tre-na ou metro de pedreiro, NíVEL, PRUMOefio de aço. Em edifício de vários pavimen-tos ou em terreno muito irregular são ne-cessários um teodolito ou outrosinstrumentos de topografia. A transposi-ção de medidas e ângulos traçados noprojeto merece cuidados especiais, evitan-do-se que o prédio venha a ter paredes.fora do ESQUADROe medidas diversas dasespecificadas no projeto. Fazer locação deum edifício é chamado locar. 2. Marcaçãocom ESTACASdo eixo de uma via ou umcaminho, para sua execução. Fazer loca-ção de via ou caminho é chamado locar.

LOCARVer Locação.

2.

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LÓGIAGALERIAaberta, tendo seus lados abertos,voltados para o exterior ou interior daconstrução, em ARCADAou PILARES.É umelemento pouco comum na arquiteturabrasileira, presente em construções anti-gas suntuosas, com influência do estilorenascentista italiano. Exemplo: TeatroMunicipal, Belo Horizonte, MG; Paláciodos Governadores, Belém, PA.

LOGRADOUROEspaço livre destinado ao trânsito de pes-soas e veículos. Pode tratar-se de aveni-da, rua, praça ou jardim. Em geral, o termorefere-se ao espaço público oficialmentereconhecido, demarcado e designado poruma denomiriação.

LOJA1. Antigamente, pavimento térreo de umSOBRADO.Possuía abertura direta para rua.Muitas vezes correspondia ao uso comer-cial ou de oficina. Freqüentemente na lojalocalizavam-se acesso de carruagem edepósito. 2. Por extensão, edifício ou com-partimento destinado a atividades comer-'ais. principalmente exposição e vendae cad rias.

1. 2.

353

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LONGARINA/ LUCERNA

LONGARINA

VIGAdisposta no sentido longitudinal daconstrução. Em geral apresenta dimensõesbem superiores às demais vigas, de modoa sobressair no restante do VIGAMENTO.

LOTE

Área delimitada de terreno vinculada àposse ou propriedade da terra. Na cidadedestina-se basicamente às edificações.Deve possuir um acesso ao logradouropúblico. O lote de frente tem TESTADAam-pla voltada para o logradouro. O lote defundos, em geral, tem apenas acesso es-treito para o logradouro.

LOTEAMENTO

Divisão de um terreno em lotes para cons-trução, envolvendo a abertura deLOGRADOUROSpúblicos. Pode também in-cluir áreas livres e de equipamentoscoletivos.

LUCARNA1. O mesmo que trapeira. Ver Trapeira. 2.Fresta na parede para permitir a entradade luz no interior de um compartimento.Às vezes é também chamada lucerna.

LUCERNAVer Lucarna.

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LUMINÂNCIAIntensidade de brilho emitido pela área deuma superfície luminosa. Depende doILUMINAMENTO e da refletância da superfí-cie. É condição fundamental de boa visi-bilidade. Sua distribuição nas superfíciesdos ambientes é estudada nos projetosde iluminação para avaliação da quanti-dade de iluminamento a ser feito. Quan-do seu contraste é exagerado causadesconforto e cansaço visual, pela neces-sidade que provoca de modificação segui-da do estado de adaptação visual. Sob ummesmo iluminamento, a luminância de ummaterial qualquer de cor clara é muitomaior que a luminância desse mesmomaterial de cor escura. LÂMPADAS INCAN-DESCENTES possuem alta luminância, obri-gando o uso de luminárias que reduzamesse efeito. LÂMPADAS FLUORESCENTES pos-suem baixa luminância.

LUMINÂNCIA/ LUSTRAÇÃO

LUMINÁRIAAparelho de iluminação perceptível visual-mente. Existem vários tipos de luminária.Seu emprego e sua quantidade dependembasicamente do uso dado ao comparti-mento ou ambiente em que se encontra edas intenções plásticas do projetista.

LUMINOTÉCNICATécnica de projeto e execução de instala-ção de aparelhos de iluminação em pré-dios ou ambientes que requerem especialILUMINAMENTO. É indispensável, por exem-plo, na construção de teatros, museus eginásios. Em geral é feita por um especia-lista.

LUNETA1. Genericamente, ÓCULO ou FRESTA semi-circular ou semi-elíptica aberta em pare-des, ABÓBADAS ou BANDEIRAS de portas,para iluminar o interior do edifício. 2. Es-pecificamente, abertura semicircular for-mada pela interseção de duas ABÓBADASDE BERÇO de alturas desiguais, permitindoiluminar e ventilar o interior do edifício.

L STRAÇÃO

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LUSTRADOR/ LUZ

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LUSTRADORVer Lustrar.

LUSTRARTornar polida ou brilhante a superfície deum elemento ou peça da construção, prin-cipalmente quando feitos de madeira, dan-do-lhe um ACABAMENTO.Nesta tarefa sãousados sobretudo verniz ou cera. O oficialque executa a tarefa de lustrar é chamadolustrador e o serviço executado é chama-do lustração ou lustre.

LUSTRE1. LUMINÁRIAsuspensa do teto, principal-mente quando possui vários braços cor-respondentes a várias lâmpadas. 2.Serviço executado com a tarefa de lustrar.Ver Lustrar. '

1.

LUVA1. Peça tubular com duas roscas internasopostas, usada na união entre dois tubosou duas peças de ferro cilíndricas. Os tu-bos ou peças são rosqueados em senti-do inverso. Existem dois tipos de luva: acomum, para unir tubos ou peças de diâ-metros iguais; e a de redução, para unirtubos ou peças de diâmetros diferentes.Para melhor solidarização entre as peças,pode receber parafusos normais ao seueixo. Seu diâmetro é variável. Faz partedas CONEXÕESnas instalações de água,esgoto e gás. 2. FERRAGEMde reforço queenvolve urna SAMBLADURA.3. O mesmo queferro de luva. Ver Ferro de Luva.

2.

1. oJ

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LUZ1. Em um compartimento, distância entreparedes opostas. 2. Em portas e janelas,distância livre entre OMBREIRASe entre VER-GAe PEITORILou SOLEIRA.3. Em SAMBLA-DURAS,folga deixada no encontro entreMECHAe ENCAIXEde modo a não se en-costarem no fundo do encaixe. 4. Omesmo que vão livre. Ver Vão Livre.

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1.

3.

Page 46: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

LUZ FRIA / LUZ NEGRA

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LUZ FRIA

Luz que não produz calor. LÂMPADAS FLUO-

RESCENTES e A VAPOR DE MERCÚRIO propor-cionam luz fria.

LUZ NEGRA

Iluminação produzida por LÂMPAOAS DE

DESCARGA que emitem raios ultravioleta.Realça a cor branca em cores fosfo-rescentes. É usada principalmente emcasas noturnas.

357

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MACACO1. Aparelho munido de manivela e crema-lheira usado para levantar pesos. É muitoempregado em canteiros de obras. 2. NosBATE-ESTACAS, peso que cai de certa altu-ra sobre a cabeça da ESTACA, aprofun-dando-a. É também chamado maço. 3.SOQUETE metálico provido de argola poronde passa um cabo. Freqüentementetem forma tronco-cênica. É usado paraAPISOAR terra ou valas de difícil acesso. Emtrabalhos de FUNDAÇÕES ARTIFICIAIS tem de70 kg a 100 kg. Comumente é manobra-do por operário dentro da vala de modoque caia sucessivamente em vários luga-res. 4. Principalmente na Paraíba, parale-lepípedo de GRANITO usado em càlçamen-to de vias. 5. Antigamente no Rio de Ja-neiro, PILAR de ALVENARIA feito somente comdois tijolos por FIADA.

1.

2.

[ ]

3.

5.

Page 48: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MACADAME/MAÇANETA

MACADAME1. Técnica de calçamento de vias e cami-nhos. Consiste no espalhamento de PE-

DRA BRITADA na superfície a ser calcetadae na sua compressão misturada a ummaterial aglutinante, como SAIBRO, ARGILAou asfalto. Quando o material aglutinanteé o asfalto chama-se macadame betu-minoso. Quando o material espalhado nasuperfície é molhado com água, ajudan-do na sua penetração, chama-se maca-dame hidráulico. Calcetar utilizando ma-cadame é chamado de macadamizar.2. Revestimento usado em calçamento devias e caminhos resultante da utilizaçãoda técnica de macadame.

MACADAMIZARVer Macadame.

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MAÇANETA1. Peça que girando em torno de um eixomovimenta a LINGÜETA ou o TRINCO da fe-chadura, articulando ESQUADRIAS. Pode terdiferentes formas. O tipo mais comum écomposto de pescoço e alavanca. NasCREMONAS é usada maçaneta de argola.Em algumas portas só tem movimentopelo lado interno,externamente constitui-se em PUXADOR. Para um melhor acaba-mento é empregada associada a um ES-

PELHO ou uma ROSETA. 2. Arremateesférico, piramidal ou em forma de pinha,para efeito decorativo. Freqüentemente éusada nos cantos dos GRADIS.

2.

1.

359

Page 49: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MACETE / MACHO E FÊMEA

MACETEPequeno MAÇO, em geral usado por car-pinteiros e marceneiros, para bater nocabo dos FORMÕES.

MACHEARVer Encaixe e Mecha e Encaixe.

MACHO1. Genericamente, saliência feita em qual-quer peça da construção de modo quepossa ser encaixada em reentrância feitaem outra peça, permitindo sua união. Empeças de madeira é também chamadomecha. Principalmente quando possui for-ma alongada é também chamado espiga.2. Em DOBRADiÇAS e GONZOS, pino fixo quese encaixa em concavidade cilíndrica deoutra peça.

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MACHO E FÊMEA1. Genericamente, qualquer ligação entrepeças da construção possibilitada pelapresença em uma das peças de saliênciaque se encaixe em reentrância feita naoutra peça. Em peças de madeira é tam-bém chamado MECHA E ENCAIXE. 2. Espe-cificamente, união entre tábuas de madei-ra possibilitada pelo encaixe de saliênciacontínua feita ao longo de um dos ladosda tábua em reentrância contínua feita aolongo de um dos lados da outra tábua. Éusado principalmente em SOALHOS eLAMBRIS.

2.

Page 50: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MACHO-FÊMEA/ MADAMA

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MACHO-FÊMEA

DOBRADiÇA OU GONZO composto de duaspeças, uma com pino fixo e outra comconcavidade cilíndrica, de modo a se en-caixarem, permitindo articular as FOLHAS

das ESQUADRIAS. A peça com pino fixo éem geral chamada MACHO e a peça comconcavidade cilíndrica é usualmente cha-mada FÊMEA.

2.

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1.

MACiÇO

1. Obra compacta feita de ALVENARIA ou deum único material, em geral destinada asuportar grandes esforços ou empuxos.Usualmente constitui-se uma FUNDAÇÃO,

um MURO DE ARRIMO ou um CONTRAFORTE.

Em construções antigas constitui fre-qüenternente uma BASE ou um PEDESTAL.

2. Nome dado à edificação de grandeporte constituída por um único volume deaparência compacta, predominando osCHEIOS sobre os VAZIOS.

MAÇO

1. Instrumento de madeira parecido comum martelo cujo cabo é unido a uma peçaem forma de paralelepípedo ou de conetruncado. É usado por CALCETEIROS parafixar pedras e por carpinteiros para baterno FORMÃO. É também chamado malho.2. O mesmo que macaco. Ver Macaco.

MADAMAVer Dama. '

361

Page 51: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MADEIRA/ MADEIRA COMPENSADA

MADEIRA

Parte interna de certas árvores utilizável emcarpintaria, marcenaria e obras da cons-trução em geral. Comumente tem seçãotransversal com várias camadas concên-tricas distintas: a casca, a extracasca ouALBURNOe o CERNEou durame. A casca e aextracasca possuem pouca espessura enão têm resistência a choque e atrito. Oalburno, mais claro e mole, usualmente nãoé utilizável em obras por sua pouca resis-tência ao apodrecimento e a agentesdeteriorantes. O cerne, mais escuro e rijo,freqüentemente constitui-se em sua únicaparte aproveitável. Quanto maior a idadeda árvore maior o número de camadasconcêntricas que apresenta. Exige antes dautilização abate, desdobramento e seca-gem. Após seu corte, comumente sua pre-paração é feita em SERRARIAScom auxíliode serras mecânicas. Comercialmente éencontrada sob a forma de peças com no-menclaturas próprias e dimensões deter-minadas, facilitando a execução de servi-ços a que se prestam. PRANCHÃO,PRANCHA,VIGA,VIGOTA,CAIBRO,TÁBUA,SARRAFOe RIPAsão peças de madeira comumente encon-tradas. Só pode ser usada em perfeito es~tado. Apresenta boa resistência e é fácil deser trabalhada, permitindo o uso de ferra-mentas simples e mão-de-obra sem gran-de especialização. Tem como desvanta-gens ser combustível, portanto fácil depegar fogo, e exigir manutenção cuidado-sa, por estar sujeita ao apodrecimento de-corrente de intempéries ou insetos. Mistu-rados ou não com outros materiais, seusresíduos aglomerados com colas diversasfornecem madeira artificial. A madeira arti-ficial é utilizada pela indústria da constru-ção e em MARCHETARIA.

MADEIRA AGLOMERADA

Ver Aglomerado.

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MADEIRA BRANCA

Madeira de resistência inferior e uso res-trito na construção. Comumente é empre-gada em peças de revestimento ou ACA-BAMENTO, onde a resistência não éessencial. Em geral é esbranquiçada,mole e leve. É facilmente deteriorável pelaação de intempéries e CARUNCHOS.O sal-gueiro, o plátano e a tília são exemplosde madeira branca.

MADEIRA COMPENSADA

Ver Compensado.

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MADEIRA COMPOSTA/ MADEIRA DO CHÃO

MADEIRA COMPOSTAMadeira formada por duas ou mais madei-ras de pequena seção transversal, coladas,prensadas a vapor e transformadas emgrande peça estrutural. Recebe proteçãosuperficial ou interna contra insetosXILÓFAGOS, uma vez que sua reduzida se-ção é freqüentemente decorrente do corteda madeira fora de época, possibilitando acriação de microorganismos na sua seiva.Constitui-se em alternativa para aproveita-mento de madeiras que possuem seçãopequena. Seu TORO, de outro modo, só po-deria ser desdobrado em SARRAFOS.

MADEIRA DE LEIMadeira que resiste bem à ação do tem-po, intempéries, insetos XILÓFAGOS e umi-dade permanente. Em geral é dura e pe-sada. Quase sempre é mais densa quea água e de cor carregada. Presta-separa qualquer obra da construção, mes- .mo exposta às intempéries. O aderno, aandiroba, a cabiúna, o ipê e o jacarandásão exemplos de madeira de lei.

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MADEIRA DE SERRAGEMMadeira de grandes dimensões. Pode serdesdobrada por meio de serragens longi-tudinais em VIGAS, BARROTES e TÁBUAS.

MADEIRA DO ARMadeira que não pode ficar em contatocom o solo. Só é utilizável em obras afas-tadas do chão.

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MADEIRA DO CHÃOMadeira que apresenta condições de fi-car em contato com o solo. É própria paraser desdobrada em peças para ESTEIOS,DORMENTES e MOURÕES. ••

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MADEIRA FOLHEADA/ MADEIRADA

MADEIRA FOLHEADA

Madeira utilizada em folhas finas. Seuemprego é feito pela indústria da constru-ção ou em MARCENARIA.

MADEIRA PICADA

Madeira que apresenta perfurações pro-vocadas por insetos.

MADEIRA REQUENTADA

Madeira cuja seiva fermentou devido a máventilação e calor úmido. Apresenta man-chas escuras, às vezes quase negras.

MADEIRA REVERSA

Ver Madeira Revessa.

MADEIRA REVESSA

Madeira que não tem fibras retas e para-lelas, mas confusamente distribuídas, epossui muitos NÓS. Suas peças são difi-cilmente beneficiadas e aplainadas. Ê tam-bém chamada madeira reversa.

MADEIRA VENTADA

Madeira que depois de serrada ou lavra-da apresenta fendas antes imperceptíveis.

MADEIRA VERDE

Madeira que não foi devidamente subme-tida a processo de secagem. Suas peçasficam sujeitas principalmente a EMPENARou ACANOAR.

MADEIRADA

Ver Madeirame.

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MADEIRAME / MADEIRO

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MADEIRAME

1. O mesmo que madeiramento. Ver Ma-deiramento. 2. Conjunto de peças e pla-cas de madeira, como CAIBROS, BARROTES

e COMPENSADOS, que é utilizado ou podeser usado na construção. É também cha-mado madeirada.

MADEIRAMENTO

1. Genericamente, conjunto de peças ouelementos feitos de madeira utilizado naconstrução de um edifício ou de um ele-mento da construção, como TÁBUAS do-SOALHO e MARCOS das portas. É tambémchamado madeirame. 2. Conjunto de ele-mentos de madeira que compõe a estru-tura de um edifício ou de parte dele.Comumente refere-se ao VIGAMENTO dotelhado ou ao ESQUELETO da edificaçãoconstruída com paredes de TAIPA. Quan-do composto por BARROTES é também cha-mado barroteamento. Nos sentidos 1 e 2,é rnais raramente também chamado ema-deiramento.

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MADEIRO

TORO ou peça de madeira muito grossa.Quando referido a uma peça em geral tra-ta-se de uma TRAVE.

365

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MADRE/MALHETAR

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MADRE

VIGAhorizontal usada em VIGAMENTOS.Éempregada principalmente no MADEIRA-MENTOde SOBRADOS,suportando cargasvindas de BARROTESe paredes de vedação.Quando feita de madeira, em geral pos-sui seção superior às outras peças do vi-gamento e serve de apoio a paredes fei-tas com materiais leves. Quando feita deferro, comumente possui perfil em DUPLOTÊ e pode apoiar paredes em ALVENARIA.Pode ser colocada paralela aos barrotesquando não serve de apoio a estes.

MALHETARVer Mecha e Encaixe.

1.MAINEL1. PILARETEou MONTANTEque divide o vãode janelas, SETEIRASe frestas, em duas oumais partes. Quando as janelas possuemBANDEIRAS,serve também para sua susten-tação. Permite formar janelas geminadas,triplas, quádruplas e assim por diante. 2.O mesmo que corrimão. Ver Corrimão.

MALACACHETA

Ver Mica.

MALHA

1. Genericamente, reticulado regular ouirregular, formando tecido aberto. O termoé muito usado em urbanismo referido aoconjunto formado por quadras e vias deuma determinada área. É também empre-gado em instalações elétricas, referindo-se ao conjunto de CONDUTORESde um de-terminado circuito fechado. É tambémchamada trama. 2. Nos projetos modula-dos, reticulado regular traçado para facili-tar o desenho arquitetõnico. A distânciaentre as linhas coincide com o MÓDULObásico adotado para a construção. É tam-bém chamada retícula.

1. DODDOl JODDDDD~OrJOOOOfMJDDr~ rI 100

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~ 2.

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MALHETE/ MANILHA

MALHETE1. SAMBLADURA feita entre as extremida-des de duas peças de madeira ou o topode uma e o meio de outra, formando re-cortes em ângulo reto ou trapezoidais quese ajustam entre si. 2. Corte feito em peçade madeira para que possa ser encaixa-da em outra peça em malhete. 3. Peque-no malho. Ver Malho.

1.

2.

MALHO1. Instrumento feito de ferro semelhante aum martelo sem unhas ou orelhas. É usa-do pelos CANTEIROS. O pequeno malho échamado malhete. 2. O mesmo que maço.Ver Maço.

1.

MANEIRISMOEstilo arquitetõnico situado cronologica-mente e caracteristicamente entre oRenascimento e o Barroco. Constitui-seem uma primeira reação às normas esta-belecidas pelo Renascimento, sem noentanto atingir a total contraposição a este,só alcançada no Barroco. Predomina naEuropa no século XVI, sendo muito influ-enciado por movimentos religiosos. Carac-teriza-se pelo uso de motivos em oposi-ção ao significado e contexto original.Expressa-se igualmente num rígidoclassicismo. No Brasil, as edificaçõeserguidas no período exprimiam mais o ar-caísmo próprio ao meio áspero e rude doque uma maneira ou atitude contrária àsnormas consagradas. Esta expressãoarquitetõnica manifestou-se somente naarquitetura religiosa e é mais conhecidacomo arquitetura jesuítica.

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MANILHATubo de barro usualmente vidrado utiliza-do nas canalizações subterrâneas de es-goto ou em ELETRODUTOS. Em geral possuicomprimento que varia entre 60 cm e 1 me diâmetro de 7,5 cm a 23 cm. Nas canali-zações de esgoto é comumente usada AR-GAMASSA de CIMENTO ou material BETU-

MINOSO na junção entre duas manilhas. Éimportante seu nivelamento no solo paraimpedir a abertura de juntas nas manilhas.Pode ser disposta no solo em VALAS previa-mente APISOADAS e NIVELADAS ou sobre ca-mada fina de concreto para seu apoio.Quando utilizada em SUMIDOURO, pode serperfurada, sendo chamada manilha de dre-

o. o possuir j ma seca. para favorecer açã e 05010.

367

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MANOPLA/ MANTA IMPERMEABILlZANTE

MANOPLA

1. Instrumento formado por base de ma-deira presa a um cabo. É usada no as-sentamento de LADRILHOS, PASTILHAS e TA-

COS. Após o assentamento destesmateriais em pisos ou paredes bate-secom a manopla sobre eles, fazendo-ospenetrar na MASSA e ficar bem planos. 2.O mesmo que concha. Ver Concha.

MANSARDA

Nas construções com TELHADO DE

MANSARDA, espaço compreendido pelacobertura do telhado e pelo teto do últimopavimento do prédio. Sua forma favorecea abertura de amplas TRAPEIRAS e seu apro-veitamento como compartimento do pré-dio. Não é um elemento típico da arqui-tetura brasileira. É encontrada em algumasconstruções ECLÉTICAS do início deste sé-culo, basicamente com uma função de-corativa. É um dos tipos de ÁGUA-FURTADA

e, conseqüentemente, às vezes tambémchamada água-furtada.

MANTA IMPERMEABILlZANTE

Material sintético produzido industrialmen-te para impermeabilizar superfícies. Amanta asfáltica impermeabilizante, umadas mantas mais empregadas, é fornecidaem bobinas de 1 m de largura por 15 mde comprimento e possui espessura en-tre 2,5 mm e 5 mm. É produzida indus-trialmente com asfalto, tendo as facesrevestidas com filme de polietileno ouareia. É aplicada com asfalto quente ournaçarico. É empregada principalmenteem LAJES de coberturas, ESPELHOS DE ÁGUA,piscinas e FUNDAÇÕES. A manta imper-meabilizante elastomérica é indicada es-pecialmente para ESTRUTURAS fissuradas,lajes feitas com tijolos furados e situaçõesde grandes variações térmicas. É comumainda o uso da manta ílica,

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MANUEUNO/MAQUETE

MANUELlNOExpressão arquitetônica característica domaneirismo português, vigente na épocade dom Manuel (1495-1521). É marcadopor elementos decorativos que simbolica-

. mente exaltam as grandes navegações. Éretomado durante o ecletismo, influencian-do algumas construções brasileiras. Seusurgimento no Rio de Janeiro cor-respondeu à busca de prestígio da colôniaportuguesa residente na cidade. Expres-sa-se sobretudo nas fachadas, pela pre-sença de revestimento em lioz, estátuasdos navegantes e ornatos em motivos querecordam grandes navegações, como ca-bos e globos. Exemplo: Gabinete Portu-guês de Leitura, Rio de Janeiro, RJ.

MÃOVer Demão.

liI MÃO FRANCESA1. Peça disposta obliquamente unindodois elementos da construção para refor-ço da estabilidade de um deles. É muitocomum seu uso nos elementos em BALAN-ço, como MARQUISES e BEIRAIS. Tem mui-tas vezes também função decorativa,principalmente nos beirais.-É também cha-mada escora, particularmente quandousada exclusivamente com função cons-trutiva. 2. Nos VIGAMENTOS do telhado,peça disposta obliquamente unindo aCUMEEIRA à parte inferior do PENDURAL, parareforço e CONTRAVENTAMENTO, evitandoFLEXÃO da cumeeira. Quando feita de ma-deira usualmente tem seção de 6 cm x 16cm. É também chamada contraventa-mento. 3. Nas TESOURAS do telhado, omesmo que escora. Ver Escora.

1.

2.

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/

MAQUETERepresentação em três dimensões e emescala do projeto arquitetônico, de partedele ou do terreno a ser construído, paraauxiliar na visualização da obra a ser rea-lizada ou na escolha da solução a seradotada no projeto.

369

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MARAJOARA/ MARCHETEIRO

MARAJOARA

Estilo arquitetônico adotado na década de30 que tenta utilizar uma linguagem comraízes nacionais. Inspira-se na civilizaçãopré-colombiana que se desenvolveu na Ilhade Marajó, conhecida unicamente por pe-ças de cerâmica. Corresponde a um idealnacionalista ou idéias nacionalistas e à in-satisfação com o neocolonial, resultandona pesquisa de fontes puramente brasilei-ras. Expressa-se no uso de painéis de azu-lejos e majólicas com motivos marajoarasem geral associados a motivos e elemen-tos típicos da arquitetura mexicana. Foi mui-to utilizado em projetos para residências.

MARCENARIA

Ver Marceneiro.

MARCENEIRO

Oficial que trabalha com madeiras, exe-cutando elementos de construção oumóveis, no canteiro de obras ou em ofici-na. Distingue-se do carpinteiro pelo usode ferramentas mais aperfeiçoadas e pelamaior arte utilizada no seu trabalho, ex-pressa pelas combinações de cortes, pelaperfeição na união de peças e pelo em-prego de diferentes tipos de madeira. Nocanteiro de obras encarrega-se, por exem-plo, da execução de BALAÚSTRES, LAMBRISe armários embutidos. A obra realizadapelo marceneiro e a sua oficina são cha-madas marcenaria.

MARCHETARVer Marchetaria.

MARCHETARIA

Obra feita com inúmeras pequenas pe-ças de madeira, marfim, tartaruga, ma-drepérola ou bronze, que se combinamformando desenhos. Foi usada principal-mente em mobiliário antigo. Cada uma.das peças que formam a marchetaria échamada marchete. A tarefa de executarmarchetaria é chamada marchetar. O ar-tesão que executa marchetaria é chama-do marcheteiro. É também chamadaembutido.

MARCHETE

Ver Marchetaria.

MARCHETEIRO

Ver Marchetaria.

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MARCO / MAR MORARIA

MARCO

1. GUARNiÇÃO do vão de portas e janelas.Corresponde à parte fixa das ESQUADRIAS,

na qual se articulam suas FOLHAS. É com-posto de OMBREIRAS, nas laterais, PADIEIRA,

na parte superior, e em janelas, PEITORIL,na parte inferior. Quando o vão tem es-quadria possui rebaixo ao qual se encos-tam as folhas quando fechadas. 2. Peçaem forma de pirâmide ou cilindro, em ge-ral feita de pedra, cravada no solo paraassinalar um ponto particular no terreno.

2.

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1.

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MARCO FONTANÁRIOPequeno CHAFARIZ comumente em formade coluna. Antigamente, usualmente erafeito de ferro e utilizado em praças públi-cas para abastecimento de água.

MARMORARIA

Ver Mármore.

371

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MÁRMORE / MARMORITE

MÁRMOREPedra calcária rnetamórfica, dura, de tex-tura compacta e cristalina. É o mais pesa-do calcário. Pode ter coloração variada,sendo o mais puro branco. Só é serradocom auxílio de serra sem dentes, comareia e água. Recebe bem polimento. Éatacado por ácidos. Comparado ao GRA-

NITO, apresenta como vantagem exigên-cia de menor mão-de-obra e, como des-vantagens, menor durabilidade e nãoresistência à ação do fogo. Existe grandevariedade de mármores no Brasil. Suaaplicação é variada. É muito usado, ser-rado em folhas, como revestimento de pi-sos e paredes. É considerado materialnobre, por seu custo relativamente alto evariedade de cores e desenhos que Ihesproporcionam efeito decorativo. Usual-mente suas placas têm de 2 cm a 4 cm deespessura. Comumente, seu assentamen-to em paredes e pisos é feito com ARGA-MASSA de CIMENTO e AREIA. Não é recomEm-dável para pisos em locais coletivos oupúblicos, pois fica escorregadio quandopolido e encerado e resiste mal ao atrito.Placas de maiores dimensões são às ve-zes assentadas com GESSO, porque suaPEGA é mais rápida que a do cimento, fa-cilitando a fixação. Seus blocos sãoesquadrados no próprio local em que sãoextraídos. A oficina onde se preparam pe-ças de mármore é chamada marmoraria.O oficial que trabalha a peça de mármorepara sua aplicação é chamado marmoristaou marmoreiro. O oficial que assenta pe-ças de mármore é chamado marmorista.E também chamado pedra-mármore, prin-cipalmente quando se trata de mármorepolido.

MÁRMORE TRAVERTINOVer Travertino.

MARMOREIRO

Ver Mármore.

MÁRMORE-LlOZ

Ver Lioz.

MARMORISTA

Ver Mármore.

MARMORITEVer GraniHte.

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MAROUISE / MARTELO DE PENA

liI MARQUISE

Cobertura, em geral estreita e em BALAN-

ço, formando saliência externa no corpoda edificação. Freqüentemente é dispos-ta sobre o pavimento térreo do edifício.Tem como finalidade abrigar os transeun-tes no espaço externo e às vezes prote-ger a construção ou parte desta. É maiscomum o seu uso em edifícios comerciaisou de serviço.

MARRA

Ver Marrão.

MARRÃO

Ferramenta parecida com martelo, com-posta por um cabo comprido, em geral deferro, unido a uma peça de ferro em for-ma de paralelepípedo ou de cone trunca-do. É usado por CALCETEIROS ou pedrei-ros para quebrar pedras ou outrosmateriais muito duros. Diferencia-se daMARRETA por ter maiores dimensões. Étambém chamado marra.

MARRETA

Ferramenta parecida com martelo, com-posta por um cabo comprido, freqüente-mente de ferro, unido a uma peça de ferroem forma de paralelepípedo ou de conetruncado. É usada para quebrar pedras ououtros materiais muito duros. Diferencia-se do MARRÃO por ter menores dimensões."

MARTELO DE BOLA

Martelo que tem uma das extremidadesarredondada e a outra com forma de cír-culo. É usado por FUNILEIROS ou bombei-ros para bater em peças metálicas, amol-dando-as.

MARTELO DE CARPINTEIRO

Ver Martelo de Unha.

MARTELO DE PENAMartelo que tem uma extremidade acha-tada.e a outra BISELADA e cortante. É usa-do por pedreiros para cortar tijolos ou pi-car REBOCO.

373

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MARTELO DE UNHA/ MASSA CORRIDA

MARTELO DE UNHA

Martelo que tem uma extremidade arre-dondada e a outra denteada. É usado prin-cipalmente por carpinteiros para cravar eretirar pregos de peças de madeira. Suaborda arredondada possibilita colocar oprego inteiramente em uma superfície. Étambém chamado martelo de carpinteiro.

MÁSCARA

Ver Mascarão.

MASCARÃO

ORNATO de pedra, CIMENTO ou GESSO emforma de cara ou máscara. Foi usado emantigas construções em FECHOS de ARCA-DAS, CHAFARIZES e CIMALHAS. Às vezes étambém chamado máscara.

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MASSA

Genericamente, qualquer ligante plástico,principalmente a ARGAMASSA. Pode rece-ber nomes específicos de acordo com oscomponentes que possui ou o modo co-mo é empregada. Revestir uma superfíciecom massa ou aplicar massa em elemen-to ou peça é chamado emassar .

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MASSA CORRIDAMASSA PLÁSTICA fabricada industrialmentepara revestimento fino. Serve pará alisaro REBOCO antes da pintura de ALVENARIAS.

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MASSA DE VIDRACEIRO / MASSEIRA

MASSA DE VIDRACEIROMASSA feita com ALVAIADE, ÓLEO DE LINHA-ÇA e algum secante. Pode entrar na suacomposição um corante. É usada princi-palmente para segurar os vidros nos CAI-XILHOS. E também empregada paracalafetar peças de madeira.

MASSA FINAVer Massa Plástica.

MASSA PLÁSTICAMASSA composta de GESSO, ALVAIADE, ÓLEODE LINHAÇA, secante e aguarrás, usadapara dar melhor acabamento em superfí-cies de elementos emassados. Pode serpreparada na obra ou adquirida comercial-mente pronta. Comumente é empregadano revestimento de paredes que irão serpintadas com tinta a óleo. É também cha-mada massa fina.

MASSA RÁPIDAMASSA fabricada industrialmente usadapara correção de pequenas irregularidadesna superfície de elementos emassados.

MASSAME1. Lastro de pedras ou tijolos britados eARGAMASSA de CIMENTO ou CAL, ou de ar-gamassa de cascalho, terra e cal, paraassentamento de LADRILHO ou pedra nopiso. Em antigas construções era coloca-do sobre a ABOBADILHA para assentamen-to dos ladrilhos no piso. 2. Leito de pe-dras e argamassa de cimento usado empoços e cisternas.

1. ~

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2.

MASSEIRA1. Tabuleiro com bordos altos e inclina-dos usado nos canteiros de obras parapreparação da ARGAMASSA. É também cha-mada caixão e amassadouro. 2. Nomedado ao forro de gamela. Ver Forro deGamela.

375

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MÁSTIQUE / MATA-CÃES

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MÁSTIQUE

1. Resina vegetal, proveniente de al-mácega, aroeira ou amoreira, usada comoverniz quando dissolvida em álcool. É uti-lizada por pintores em mistura de tintas.2. Material de composição variável, imper-meável, que endurece na superfície. Éusado para encher fendas, tapar buracosou fazer emendas. É empregado em CAI-

XILHOS, JUNTAS e juntas de dilatação. Podeser aplicado a frio ou a quente. Em peçasde madeira pode ser necessário o uso deum selante como base para o mástique.

1.

MÁSTIQUE ASFÁLTICO

Mistura que contém de 15% a 25% de BE-

TUME. Apresenta-se sob a forma de umamassa pastosa. Comumente é usado emimpermeabilizações de TERRAÇOS.

MASTRO

Ver Pião.

MATA-BURRO

Fosso escavado coberto com TRAVES es-paçadas, usado na entrada de determina-do espaço para evitar a passagem de ani-mais. Foi utilizado no acesso de ADROS emantigas igrejas, às vezes com traves depedras. Exemplo: Capela do Padre Faria,Ouro Preto, MG.

MATA-CÃES

Elemento originário de fortificações, forma-do por uma plataforma saliente sustenta-da por MíSULAS, geralmente de pequenasdimensões, com aberturas que permitiamlançar verticamente projéteis ou líquidosinflamáveis sobre assaltantes. Foi utiliza-do em construções NEOGÓTICAS ou pito-rescas.

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MATA-JUNTA/ MATRIZ

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MATA-JUNTA

1. Régua, usualmente de madeira, dispos-ta na junção de duas placas, painéis ouTÁBUAS, para dar melhor ACABAMENTO aoselementos. É também chamada cobre-jun-ta. 2. Em portas e janelas de duas FOLHAS,régua em geral de madeira que se fixa emuma das folhas para cobrir a frincha quefica entre elas. Quanto maior a espessuradas folhas, maior será a fresta entre elas,aumentando a necessidade do seu uso.Pode ser fixada com pequenos pregos noparamento da folha ou com parafusos nasua espessura. Neste último caso temseção horizontal em forma de T e dá me-lhor acabamento às ESQUADRIAS. Pode serou não emoldurada. É também chamadabatente ou cobre-junta. 3. Disposição demateriais em FIADAS de modo que a JUNTA

de dois materiais de uma mesma fiadaseja desencontrada daquela situada nafiada acima ou abaixo. O termo refere-seprincipalmente aos tijolos dispostos emALVENARIA ou às peças cerâmicas coloca-das em paredes ou pisos. É tambémcha-mada junta matada.

1.

2.

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3.

MATERIAL NOBRE

Material em geral usado no revestimentode piso, paredes e tetos, de melhor quali-dade e usualmente de maior custo. O MÁR-

MORE e o GRANITO são materiais nobresusados no piso. TÁBUAS em MADEIRA DE LEI

e chapas de VIDRO TEMPERADO são materiaisnobres usados em paredes e tetos.

MATRIZ

1. Igreja que tem jurisdição ou superiori-dade hierárquica em relação a outras igre-jas ou capelas de uma determinada cir-cunscrição. 2. Molde para fabricação deum elemento arquitetônico, geralmente deFERRO FUNDIDO, feito na fundição.

1.

~I,377

Page 67: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MAUSOLÉU / MECHA

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MAUSOLÉUSepultura suntuosa e de grande porte noscemitérios.

MEAÇÃO1. Nome dado ao elemento divisório co-mum a dois proprjetários vizinhos. O ele-mento de meação pode ser externo, comocercas e muros, ou interno, como pare-des de casas GEMINADAS. A parede demeação é também chamada paredemedianeira ou meia-parede. 2. Direito deco-propriedade sobre um ou mais elemen-tos da construção entre dois ou mais pro- .prietários, como, por exemplo, um pátioexterno.

2.

MEANDROSMotivo formando linha quebrada ou sinuo-sa utilizado principalmente na feitura deCERCADURAS, por exemplo, de AZULEJOS.

MECHANas SAMBLADURAS, saliência em peça demadeira que se encaixa em reentrância deoutra peça, possibilitando a sua ligação.A reentrância na qual se encaixa a mechaé usualmente chamada ENCAIXE. Pode as-sumir diversas formas, dependendo dotipo de sambladura. Pode ser simples,dupla ou com DENTE. Deve ser feita no sen-tido das fibras da madeira. A sambladuraentre peças com mecha e encaixe é ge-nericamente chamada MECHA E ENCAIXE. Étambém chamada macho.

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MECHA E ENCAIXE / MEDiÇÃO

MECHA E ENCAIXE

SAMBLADURA formada pela junção de umapeça de madeira que possui saliência comoutra peça que possui reentrância. A peçacom saliência é chamada MECHA ou ma-cho. A peça com reentrância é chamadaENCAIXE ou fêmea. É uma das sambladurasmais usuais. Existe uma grande varieda-de de sambladuras em mecha e encaixe.Algumas destas recebem nome específi-co, comumente dado em função da for-ma assumida pela mecha e pelo encaixe.As faces das peças que possuem a me-cha e o encaixe são chamadas ranhuras.A mecha deve ser sempre um pouco maiscurta que o encaixe, favorecendo o apoiodas ranhuras. Um emprego comum damecha e encaixe é em SOALHOS. Devida- _mente executada, dispensa uso de pre-gos ou parafusos, mas para reforço daspeças podem ser usados CAVILHAS, FOR-

MECHAR

Ver Mecha e Encaixe.

QUILHAS, parafusos, pregos ou TALEIRAS.Fazer sambladuras em mecha e encaixe échamado genericamente e mais freqüen-temente encaixar, especificamente e maisraramente, mechar ou machear, malhetarou emalhetar. É também chamada machoe fêmea.

MEDALHÃO

ORNATO oval ou circular, dotado deCERCADURA que circunda figuras represen-tativas, monogramas ou datas. Em geralé feito em BAIXO-RELEVO ou ALTO-RELEVO.Externamente situa-se freqüentemente nocoroamento das fachadas e, internamen-te, nos tetos. Em fins do século XIX e iní-cio deste foi comum a presença de meda-lhões feitos em ESTUQUE, com o mono-grama de seus proprietários, ou a data daconstrução da edificação, na fachada fron-tal de prédios residenciais.

MEDiÇÃO

Levantamento das quantidades de servi-ços executados e dos materiais emprega-dos em uma obra, com fins de pagamen-to e verificação da observância do projeto.Medição final é amedição realizada quan-do da conclusão da obra, e medição par-cial, geralmente periódica, a medição efe-tuada no decorrer da construção.

~I.379

Page 69: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

=-:>IDORES / MEIA-ÁGUA

MEDIDORESAparelhos destinados a efetuar as medi-ções do consumo de energia elétrica, gáse água, para cobrança do seu fornecimen-to pela empresa encarregada da distribui-ção. Cada unidade domiciliar possui sepa-radamente seu medidor. É colocadopróximo ao ingresso principal do prédio eem situação que possa ser examinado fa-cilmente pelos funcionários da empresaencarregada do serviço. Existem vários ti-pos de medidor de água. Os mais comunssão a PENA-D'ÁGUA e o HIDRÔMETRO. Princi-palmente no caso dos medidores de ener-gia elétrica é também chamado relógio.

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MEIA ENCOSTADisposição de vias e lOTES situados emterrenos com relevo acidentado no mes-mo sentido das CURVAS DE NíVEL. A implan-tação de via a meia encosta apresentacomo vantagem reduzir a movimentaçãode terra, mas tem como desvantagem cau-sar dificuldades de acesso aos lotes e dedrenagem de águas pluviais. A implanta-ção de lote a meia encosta possibilita seumelhor aproveitamento para construção eredução de movimento de terra, apesar dedificultar por vezes o escoamento deáguas pluviais.

MEIA-ÁGUA1. Nome dado ao telhado que possui so-mente uma ÁGUA DE TELHADO. Refere-separticularmente aos telhados cobertoscom telhas cerâmicas. O telhado de meia-água tanto pode cobrir toda a edificaçãocomo parte dela. 2. Por extensão, edifíciocoberto por TELHADO DE MEIA-ÁGUA.Comumente é uma construção de peque-no porte, com o telhado voltado para osfundos do lOTE, evitando que as águaspluviais sejam despejadas na frente doprédio. No Maranhão e Piauí, nos senti-dos 1 e 2 , é também chamada meiágua.

1.

2.

Page 70: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MEIA-CANAl MEIA-GALEOTA

MEIA-CANA

1. MOLDURAque apresenta concavidadelongitudinal. Em geral é estreita e longa.Quando em COLUNASou PILASTRASécomumente chamada CANELURAou estria.2. LIMAque apresenta face convexa. Éusada principalmente por carpinteiros emarceneiros. 3. Atribuição dada à telha-canal. Ver Telha-Canal.

1.

2.

MEIA-COLHER

No canteiro de obras, operário intermediá-rio entre o ajudante e o profissional pe-dreiro. É também chamado, principalmen-te em São Paulo, trolha.

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MEIA-COLUNA

Metade longitudinal de uma COLUNAen-costada a uma parede, apresentando efei-to decorativo semelhante ao da PILASTRA.

MEIA-ESQUADRIA

1. Nome dado às peças da construção quepossuem pelo menos uma de suas extre-midades cortadas de modo que a superfí-cie do seu topo seja inclinada, formandoângulo de 45°. 2. Nome dado à ligaçãoentre peças em meia-esquadria, unidasformando ângulo reto. 3. Instrumento emgeral feito ee madeira formado por réguaschatas e articuladas, usado por carpintei-ros e marceneiros para traçar e medir pe-ças que formem ângulos agudos, espe-cialmente o de 45°.

3.

2.

MEIA-GALEOTA

Prego com cabeça de seção quadradafeito freqüentemente de FERROFORJADO,usado em antigas construções no MADEI-RA ENTOdos SOBRADOSou SOALHOS.É

enor que o CAIBRALe maior que o RIPAL.

-- 381

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MEIÁGUA/ MEIA-MADEIRA

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MEIÁGUA

Ver Meia-Água.

MEIA-LARANJA

Qualquer elemento ou ORNATOda cons-trução que tenha forma de uma calota es-férica. Às vezes é também chamada meia-lua. Exemplo: coroamento da torre sineirada Igreja de Nossa Senhora da Assunção,Anchieta, ES.

MEIA-LUA

1. Nas fortificações, parte da MURALHAouREDUTOque apresenta externamente for-ma triangular e internamente tem seçãoem forma de meia-lua. 2. O mesmo quemeia-laranja. Ver Meia-Laranja.

MEIA-MADEIRA

SAMBLADURAentre duas peças de madei-ra através de encaixe em rebaixo feito emcada uma das peças em metade de suaespessura. Comumente é usada quandohá necessidade de unir peças no mesmoplano horizontal. É ainda indicada no casode peças engasgadas. Para reforçar pe-ças ensambladas a meia-madeira, sãoutilizadas CAVILHASem peças alinhadas,FORQUILHASem peças formando ângulos,parafusos, pregos e TALEIRASem peças nomesmo plano horizontal ou alinhadas ver-ticalmente. É também chamada; menosfreqüentemente, meio-fio.

-

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MEIA-MORADA / MEIA-ROTUNDA

..-ülriliil MEIA-MORADANo Norte, especialmente Maranhão ePiauí, casa térrea composta de sala, quar-to, VARANDA e cozinha, caracterizada peladistribuição interna desses compartimen-tos. Sala e quarto são alinhados e ligadoslateralmente à varanda por corredor. Acozinha une-se à varanda por um CORRER.A largura da sala e a do corredor determi-nam a extensão da TESTADA da casa, quepor sua vez corresponde ao comprimen-to da varanda. Essa distribuição implica apresença de uma porta e duas janelas nafachada frontal e permite que sala e quar-to não sejam interligados. Adequava-seperfeitamente aos antigos LOTES urbanosestreitos. Nestes lotes, o corredor situa-va-se sempre em uma das divisas laterais.Diferencia-se da tradicional CASA DE POR-

TA-E-JANELA basicamente pela presença docorredor que induz às outras modifica-ções. Duplicada, tendo o corredor comoelemento central, caracteriza a MORADA-

INTEIRA.

-

1.

MEIA-MURÇALIMA que tem as serrilhas um pouco me-nos finas e menos próximas uma das ou-tras que a MURÇA. É usada principalmentepor carpinteiros.

MEIA-PAREDE1. Parede interna que não atinge o teto.Em geral possui menor espessura que asdemais e divide ambientes de um mesmocompartimento. É também chamada pa-rede de meia-altura. 2. O mesmo que pa-rede de meação. Ver Parede de Meação.3. O mesmo que parede de meia-vez. VerParede de Meia-Vez.

MEIA-ROTUNDAConstrução semicircular tanto externa-mente como internamente.

383-

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MEIO-FIO / MEMBRANA

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MEIO-FIO

1. Fieira de pedras ou blocos de CONCRE-TO dispostos de topo, servindo de remateà calçada da rua, separando-a da partecarroçável das vias. Em geral, cada umadas pedras ou blocos que compõem omeio-fio possui comprimento de 80 cmquando reto e de 60 cm quando curvo,altura de 40 cm e largura de 18 cm. Princi-palmente em São Paulo, é também cha-mado guia e, em Portugal, lancil. 2. Emparedes de ALVENARIAde antigas constru-ções, última FIADA de TijOLOS ou pedrassobre a qual se apóia a ARQUITRAVE.3. Omesmo que meia-madeira. Ver Meia-Ma-deira. 4. Atribuição dada a SOALHOSe FOR-ROS cujas TÁBUASsão unidas a MEIA-MA-DEIRA.Ver Soalho de Meio-Fio.

1. ViA

~!L--J 1,?(MCMEIO-LADRILHO

AZULEJO que possui em geral as dimen-sões de 7,5 cm x 15 cm, usado freqüen-temente como RODAPÉem superfícies azu-lejadas.

MEIO-RELEVO

RELEVOfeito na superfície de um elemen-to da construção, no qual os motivos re-presentados se ressaltam em metade dasua profundidade.

MEIO-RUFO

LIMA que tem as serrilhas um pouco me-nos grossas e um pouco mais próximasuma das outras que o RUFO.

MEMBRANA·Superfície em geral de CONCRETOARMADOde pequena espessura que se constitui nacobertura do edifício.

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MEMBRANAIMPERMEABILlZANTE/ MEMORIALDESCRITIVO

MEMBRANA IMPERMEABILlZANTE

Material aderente e selante que, aplicadosobre superfícies a impermeabilizar, formauma película fina. Pode ser empregada emLAJESde cobertura, TERRAÇOS,estaciona-mentos, piscinas, reservatórios, FUNDA-ÇÕES e BALDRAMES.É flexível e elástica,podendo revestir superfícies com JUNTASDE DILATAÇÃO. É comumente comercia-lizada composta de asfalto emborrachadoe polietileno.

MEMBRO

1. Cada uma das partes da construçãoque tem volumetria destacada no prédio.2. PANO de parede composto por MACiÇOde ALVENARIA.É também chamado nembo.

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MEMÓRIA DESCRITIVA

Ver Memorial Descritivo.

2.

MEMORIAL

Descrição completa dos serviços a seremexecutados na obra do edifício.

MEMORIAL DESCRITIVO

Documento escrito, com ou sem ilustra-ções, que complementa o projeto arqui-tetônico. Tem como finalidade justificarcritérios adotados e elucidar aspectos es-truturais, construtivos e de funciona-mento da solução proposta. É tambémchamado memória descritiva ou memóriajustificativa.

385

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MERLÃO / MESTRE-DE-OBRAS

liI MERLÃO

Cada um dos DENTES que delimita os vãosdas AMEIAS na parte superior de muro ouparede externa. Originariamente situava-se nas MURALHAS das fortificações ou TOR-

RES dos castelos. Possuía largura aproxi-mada de um homem, permitindo pro "teçáoaos atiradores.iIib GUARDA-

CORPOS de torres ou TORREÕES de algumasdas antigas construções ecléticas, princi-palmente com influência dos estilosNEOGÓTICO ou MOURISCO.

MESA

Ver Banzo.

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MESTRA

1. Cada uma das TÁBUAS ou SARRAFOS quecompõe a TABEIRA na LOCAÇÃO da obra.Deve ficar cerca de 0,50 m acima do solo,bem NIVELADA e ESQUADREJADA, de modoque sua face superior forme um retânguloservindo de eixo às marcações. 2. Atribui-ção dada às paredes estruturais e princi-pais da construção. Ver Parede Mestra.3. O mesmo que dama. Ver Dama.

MESTREVer Mestre-de-Ofício.

1.

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MESTRE-DE-RISCO

No Brasil colonial, profissional que era au-tor do projeto de um edifício. Pode serconsiderado como o antigo arquiteto, as-sim como o mestre-de-obras era o enge-nheiro da construção.

M ESTRE-DE-OBRAS

Artífice responsável por operários ou ofi-ciais que trabalhem no canteiro de obras,pelo encaminhamento da obra e pelos ma-teriais da construção. Executa uma sériede tarefas. Transmite recomendações da-das por engenheiro ou arquiteto, recebee fiscaliza os materiais da construção ecoordena e fiscaliza os trabalhos realiza-dos. Para exercer estas atividades possuium conhecimento de todas as especiali-dades que envolvem a obra. Em algumasobras serve também de APONTADOR. Emobras menores. muitas vezes é o próprioempreiteiro. Até alguns anos exerciafreqüentemente a função de arquiteto eengenheiro em construções de porte mé-dio, o que ainda hoje ocorre constru-ções mais singelas.

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MESTRE-DE-OFíCIO / METÁTOMO

MESTRE-DE-OFíCIONo Brasil colonial, profissional habilitadomediante exame de licença a exercer a

. responsabilidade de determinado ramode ofício de acordo com as regras do Re-gimento dos Oficiais Mecânicos. Assimformavam-se mestres-pintores, mestres-carpinteiros, mestres-canteiros e mes-tres-de-obras. É também chamado sim-plesmente mestre.

/

METAISConjunto de peças metálicas, comoMISTURADORES, VÁLVULAS, torneiras eREGISTROS, que arrematam as tubulaçõesdas instalações hidráulica e sanitária, per-mitindo seu uso.

METAL CROMADOMetal, em geral AÇO, CHUMBO ou COBRE,que recebeu um revestimento de cromo.Adquire coloração prateada com um levetom azulado brilhante. Torna-se menosatacável por ácidos.

METAL ESCOVADOMetal que recebe industrialmente um aca-bamento mecânico nas suas superfícies.Em geral trata-se de perfis de ALUMíNIO ouAÇO. O escovamento proporciona melhoraparência nas peças, eliminando ouminimizando imperfeições decorrentes deatritos, corrosão e VEIAS.

METÁTOMONa ARQUITETURA CLÁSSICA, cada um dosespaços situados entre DENTíCULOSsubseqüentes.

I

387

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MÉTOPE I MEZANINO

liI MÉTOPENos FRISOS DÓ RICOS, parte quadrada en-tre dois TRíGLlFOS. Pode ser liso ou orna-do, em geral com FLORÕES ou BAIXOS-RE-

LEVOS.

METROInstrumento em geral de madeira forma-do por uma ou mais réguas graduadasusado para fazer medições em superfíciesplanas não muito extensas. Comumentepossui de um lado a marcação em metroe do outro, em polegadas.

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2.

MEZANELOTijolo recozido usado em antigas constru-ções coloniais mineiras em pavimentação.

MEZANINO1. Andar encaixado no PÉ-DIREITO de ou-tro pavimento. Em geral é parcialmenteaberto para este pavimento. Freqüente-mente é utilizado em prédios de uso cole-tivo, como centros comerciais. Em com-partimentos ouedificações de menorporte é comumentechamado JIRAU, prin-cipalmente quando seu piso é executadocom armação de madeira. 2. Nos edifíci-os construídos em terrenos inclinados, an-dar intermediário situado entre pavimen-tos que tenham possibilidade de acessohorizontal externo.

1.

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MICA/ MINARETE

MICAMaterial constituído por um sílico-aluminato de potassa e ferro ou magnésio .

. Às vezes possui flúor na sua composição.Apresenta-se em lâminas delgadas, flexí-veis, com brilho metálico, translúcidas outransparentes. Oferece grande resistênciaao calor. Em antigas construções coloniaisfoi usada sob a forma de placas em CAIXI-

LHOS, substituindo o vidro, material rarona época. Em Goiás, onde ocorre abun-dantemente, até hoje são encontradosexemplos desta aplicação. Atualmente éempregada na fabricação de vidros nãoestilhaçáveis ao choque. É também cha-mada malacacheta.

MICROCLlMACondições climáticas específicas de umaárea restrita, independente do clima geralda região, provenientes de fatores natu-rais ou artificiais. Um terreno situado numvale protegido dos ventos dominantes naregião tem um microclima gerado por umfator natural. Uma edificação ou um com-partimento com instalações ou equipa-mentos de condícionarnento de ar ou commateriais que produzam isolamento térmi-co possui microclima criado por fatoresartificiais. Em edifícios ou compartimen-tos destinados a usos específicos, comohospitais e edifícios industriais, é muitasvezes indispensável a criação de micro-clima especial.

MINARETEEm mesquitas, TORRE alta e delgada, comum ou mais BALCÕES salientes. Era usadooriginalmente para conclamar fiéis para asorações. Sua forma é algumas vezes imi-tada em outros tipos de construção, prin- l;Jcipalmente prédios influenciados pelo es-tilo MOURISCO.

389

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IO/MINUTO

MíNIOÓxido de chumbo de cor vermelha vivausado como pigmento em tintas ou, dis-solvido em óleo, como induto protetorcontra a FERRUGEM. No último caso é apli-cado freqüentemente na primeira DEMÃOde .peças e elementos de FERRO e AÇO,

sendo a mistura chamada ZARCÃO.

MINHOTOVer Leme sem Rabo.

MINUTERIADispositivo elétrico que permite manter lâm-padas acesas temporariamente. É muitousada em HALLS, corredores e garagens emprédios de vários pavimentos para econo-mia no consumo de energia elétrica. Podeser eletrônica ou eletromecânica.

MINUTO1. Na ARQUITETURA CLÁSSICA, unidade demedida equivalente à 30a parte do MÓDULO.

O diâmetro das COLUNAS clássicas possuía60 minutos. 2. Genericamente, unidade demedida equivalente a qualquer fração deum módulo. Usualmente corresponde emantigas construções à 12a, 16a, 18a ou 30a

parte do módulo.

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Page 80: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MIRANTE / MíSULA

MIRANTE1. Local em ponto elevado de onde se temuma vista panorâmica. Muitas vezes possuitratamento paisagístico e alguns elementosconstruídos como muretas de proteção ebancos. Pode ter ainda uma construçãocoberta com função de abrigo e decorativa.É também chamado belvedere. 2. Corpoalteado, erguido acima do telhado principaldo edifício, aberto ou com aberturas para oexterior. Permite melhor ventilação e ilumi-nação ou aproveitamento da vista. Nas an-tigas construções, em geral de menor por-te, é também chamado camarinha.

li1

MISSAGRAVer Gonzo.

1.

MISSÕESEstilo arquitetônico adotado sobretudo nosanos 20 e 30 que associava as formas his-pânicas às do NEOCOLONIAL brasileiro. Per-mitia suprir de elementos decorativos asedificações em estilo neocolonial, escas-sos na arquitetura civil colonial brasileira.Seus traços característicos são maciçasARCADAS em ARCO PLENO, COLUNAS TORSAS

e REBOCO grosso com desenhos informaislembrando vagamente a decoração árabe.Exemplos: Escola Municipal Uruguai,Benfica, Rio de Janeiro, RJ; antiga Escolade Medicina de Recife, PE.

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MISTURADOR1. Em instalações hidráulicas, peça com-ponente do conjunto dos METAIS, coloca-da junto às torneiras. Permite misturarágua quente com água fria no jato de águaque sai da torneira. 2. O mesmo que be-toneira. Ver Betoneira.

MíSULASaliência na superfície vertical de um ele-mento da construção, usualmente maispronunciada na sua parte superior. Servede apoio a algum elemento construtivo oudecorativo. Nas antigas construções, emgeral era ornamentada e utilizada na fa-chada externa. Atualmente é freqüente-mente empregada na união da parte su-perior do PILAR à LAJE. Nas estruturasde CONCRETO ARMADO permite reduzir aARMADURA nas lajes. Usualmente é empre-gada em edifícios industriais. Quando'apóia um BALCÃO e possui maiores dimen-sões é mais freqüentemente chamadaco SOLÓ ou CACHORRO. Quando sua partein erior é mais pronunciada chama-se

, ula reversa ou mísula inve .da .

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Page 81: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MOBILIÁRIO URBANO / MODERNIDADE APROPRIADA

MOBILIÁRIO URBANOConjunto de artefatos instalados emlogradouros públicos, como abrigos deônibus, coretos, bancas de jornais, ban-cos de jardim e latas de lixo. Muitas vezesfaz parte de projetos de paisagismo ouurbanização.

MOÇÁRABEEstilo arquitetônico desenvolvido por cris-tãos sob influência moura ou árabe naEspanha, do final do século IX ao iníciodo século XI. Caracteriza-se pelo uso demuitos motivos empregados na arqui-tetura árabe, como ARCO DE FERRADURA, emprogramas cristãos, como igrejas. Éadotado também em Portugal e, de lá,introduzido em detalhes ou elementos daarquitetura brasileira colonial. É tambémchamado moçarábico.

MOÇARÁBICOVer Moçárabe.

MOCHETAVer Listel.

MODELADORVer Molde.

MODENATURATratamento plástico dado ao conjunto doselementos que compõem o edifício, prin-cipalmente referente à sua fachada. Inter-ferem na modenatura do edifício a formae dimensão dos elementos, bem como apresença ou ausência de elementos orna-mentais, como MOLDURAS, CUNHAIS eCORNIJAS. Estes fatores conferem efeitosestéticos específicos na edificação, porcriar pontos, linhas, planos e volumes di-ferenciados, por gerar uma relação entrecheios e vazios e claros e escuros diver-sificada. Passa a ser desprezada a partirda ARQUITETURA MODERNA.

MODERNIDADE APROPRIADAVer Regionalismo Crítico.

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MODERNISMO / MODULAR

MODERNISMOMovimento arquitetõnico introduzido noinício deste século por arquitetos euro-peus e americanos, como Walter Gropius(1883-1969) e Frank Lloyd Wright (1869-1959). Caracteriza-se pelo uso de formasgeométricas, composição assimétrica,ausência de ornamentação e amplas aber-turas nas fachadas, geralmente em faixashorizontais. No Brasil é introduzido nadécada de 30 por Le Corbusier (1887-1966), sendo influenciado pelos princípiospor ele estabelecidos. A arquitetura quesegue os princípios do modernismo ouque tem suas características é chamadade arquitetura moderna. É também cha-mado estilo internacional.

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MODILHÃOORNATO, em geral em forma de um S in-vertido, comumente situado sob a CORNIJAda edificação. Diferencia-se basicamenteda MíSULA pela sua disposição. Enquantoa mísula é disposta verticalmente, omodilhão é disposto na horizontal. Geral-mente é usado em série. O espaço entremodilhões é chamado modíolo.

MODíOLOVer Modilhão.

MODULAÇÃOVer Módulo.

MODULADOVer Módulo.

ODULARI ódulo.

393

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MÓDULO / MOLDE

MÓDULO1. Na ARQUITETURA CLÁSSICA, unidade deproporção à qual estão relacionados to-dos os elementos construtivos da edi-ficação. O módulo usualmente considera-do era a medida de metade do diâmetroda BASE da COLUNA. Dividia-se freqüen-temente em trinta partes, cada uma delascorrespondente a uma unidade denomi-nada MINUTO. 2. Medida utilizada comounidade padrão, à qual se sujeitam as di-mensões do projeto a fim de simplificar eordenar seu desenvolvimento e facilitar aexecução da obra. Seu emprego é essen-cial quando são utilizados materiais pré-fabricados. Seu uso é também indicadoem projetos de construções de maior por-te, auxiliando, por exemplo, na previsãode ampliações. Empregar o módulo noprojeto de uma construção é chamadomodular. A construção feita com módulosé designada modulada. Um projeto mo-dulado possui uma modulação.

1.

2. •...-" 1'16'.,,(I ••• í1D,

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MODULaRSistema de medidas criado por LeCorbusier (1887-1966) baseado numa di-visão harmônica do corpo humano. Par-tindo da altura máxima ocupada pelo ho-mem - distância entre o chão e a pontados dedos com a mão levantada - e dametade dessa altura, dividida em SEÇÃOÃUREA, determina duas séries de medidasque são consideradas suficientes paradimensionar qualquer elemento necessá-rio à construção. Apesar do prestígio doarquiteto no Brasil, teve pouca repercus-são na arquitetura brasileira.

MOLDEModelo para feitura de um elemento daconstrução freqüentemente constituído dematerial pastoso que se solidifica toman-do sua forma. Nas antigas construções,MOLDURAS, ORNATOS e CORNIJAS, feitos deREBOCO ou GESSO, eram executados comauxílio de moldes. Comumente era feitocom chapa de ferro recortada com o perfildesejado. Atualmente é freqüentementeutilizado para formar elementos de CON-CRETO ARMADO. O oficial especializado naexecução de moldes era 'chamadomodelador.

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MOLDURA / MOLTOPREN

MOLDURASuperfície saliente ou reentrante, estreitae alongada, que serve de remate e orna-mentação a muitos elementos da constru-ção. É quase sempre utilizada em série,possibilitando criar efeito de sombra e luz.É comum seu emprego ao redor de por-tas e janelas, no alto de paredes, na fa-chada, dividindo pavimentos, e em BEIRAIS.É executada em diversos materiais, comopedra, GESSO, CIMENTO e metal, e possuidiferentes formas. A cada material seadaptam mais algumas formas. As mol-duras clássicas recebem nomes específi-cos, dependendo do seu perfil. A maioriados antigos prédios coloniais tinha comoúnica ornamentação uma moldura emvolta de portas e janelas. Atualmente épouco usada, apesar de poder aliar à suafunção decorativa uma função construti-va e de oferecer melhor acabamento a di-versos elementos. Antigamente serviatambém para melhor distribuição de car-gas. Um elemento com molduras é cha-mado de moldurado ou emoldurado emais raramente estemado. Guarnecer umelemento com moldura é chamado mol-durar ou emoldurar. O conjunto de mol-duras que guarnecem um elemento ouuma edificação é chamado emoldura-mento, molduramento ou molduragem.

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MOLDURA RASANTEMOLDURA com seção cilíndrica cujos bor-dos mais externos se alinham com a su-perfície do elemento.molduradoVer Moldura.

MOLDURAGEMVer Moldura.

MOLDURAMENTOVer Moldura.

MOLDURARVer Moldura.

MOLlNETEPeças cruzadas em aspas, em geral me-tálicas, que giram sobre um eixo formadopor uma peça vertical. É usado na entra-da de prédios ou recintos muito freqüen-tados para evitar acesso tumultuado. Éempregado, por exemplo, em estádiosesportivos. É também chamado roleta.

OLTOPRENVer oltopron.

395

Page 85: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MOLTOPRON / MONÓLlTO

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MOLTOPRONMaterial derivado do poliuretano, mal con-dutor de calor. É considerado o melhormaterial para isolamento térmico. É apli-cado em superfícies sob a forma de pin-tura, portanto de modo contínuo, evitan-do problemas de filação e JUNTAS. Podeter várias espessuras. É também chama-do moltopren.

MONOGRAMAORNATO formado pelo entrelaçamento dasletras iniciais ou principais letras do nomede pessoa ou entidade. Foi muito empre-gado em antigas residências ECLÉTICAS dofinal do século XIX e início deste. Em ge-ral situava-se no alto da fachada principaldo edifício.

MONOLíTICO1. Atribuição dada à edificação compac-ta, constituída de um único bloco, com apredominância de um único material deconstrução. A construção monolítica étambém chamada maciço. 2. Atribuiçãodada aos elementos da construção cons-tituídos por um único material, nos quaissão desnecessárias JUNTAS. É possívelobter elementos monolíticos com o usode materiais como o CONCRETO ARMADO.

2.

MONÓLlTO1. Edificação feita de um único bloco depedra, como é o caso dos obeliscos. 2.Por extensão, elemento construtivo forma-do por um único bloco maciço de ALVENA-RIA. Em geral marca o ingressei de parquese jardins.

1.

1.

2.

Page 86: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MONTA-CARGAS / MORADA-INTEIRA

MONTA-CARGASAparelho destinado a transportar vertical-mente volumes ou mercadorias. Pode sercompartimentado e movido mecanica-mente ou constituído essencialmente porroldanas verticais e por um guincho eacionado manualmente. O monta-cargasmanual transporta cargas com peso nomáximo de 20 kg e entre alturas não mui-to grandes. É usado no canteiro de obraspara elevar alguns materiais de constru-ção. O monta-cargas compartimentadodistingue-se do elevador pelas dimensõese pela execução de sua cabine, em geralsem acabamento refinado e reforçada, epela sua velocidade, em geral bem infe-rior. A instalação do monta-cargas no in-terior do edifício exige um compartimentoclaro, seco e ventilado para sua maqui-nária. É freqüentem ente utilizado em ho-téis, restaurantes e hospitais para trans-porte de alimentos.

MONTANTE1. Peça vertical, em geral metálica ou demadeira, que serve de sustentação a ele-mentos da construção ou de divisão en-tre vãos. 2. Estrutura metálica ou de ma-deira dos CAIXILHOS de portas e janelasenvidraçadas.

1.

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MORADA-INTEIRANo Norte, principalmente Maranhão ePiauí, casa térrea constituída pela MEIA-

MORADA duplicada simetricamente. Emgeral resulta em casa composta por umcorredor central ladeado por duas salasde frente e dois quartos, uma VARANDA coma largura da TESTADA do prédio e depen-dências, uma cozinha e um CORRER. Estadistribuição interna determina fachadafrontal com uma porta de entrada centrale três ou mais janelas e a possibilidadede salas e quartos não se interligarem.Usualmente tem PLANTA BAIXA em forma deL. Eventualmente pode ter variações nos

dos da edificação, originando umalanta baixa em forma de U.

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397

Page 87: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MORO ENTE / MOSAICISTA

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MORDENTE1. Substância usada por marceneiros elustradores para alterar a coloração e apa-rência das madeiras, Existem diferentesreceitas de mordente destinadas aotingimento nas mais variadas cores demadeiras para decoração e MARCENARIA deluxo. 2. Substância pegajosa e adesiva,em geral decorrente de composição àbase de cola de pelica, usada em antigasconstruções por douradores para fixar fo-lhas de ouro nas DOURAÇÓES de peças demadeira.

2,

MORSAPequeno TORNO para fixação em BANCA-

DA. É usado por CARPINTEIROS e SERRALHEI-

ROS no aperto de peças a serem traba-lhadas. E também chamada torno debancada.

MORTAGEMCorte ou rebaixo feito manualmente oumecanicamente em uma peça de madei-ra ou metal para que receba a MECHA feitano topo de outra peça do mesmo material,de modo que as duas peças se liguemperpendicularmente. Quando as peçassão de madeira, constitui um dos tipos deSAMBLADURA de MECHA E ENCAIXE.

MOSAICISTAVer Mosaico.

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MOSAICO/ MOSAICOVENEZIANO

MOSAICO1. Genericamente, obra executada compequenos pedaços coloridos de BARROcozido, VIDROe ESMALTEou cubos de MÁR-MOREde todas as cores, formando pelasua disposição um desenho. Em antigasconstruções foi usado na decoração dassuperfícies, pisos, paredes e do INTRA-DORSOdas ABÓBADAS.Existem várias téc-nicas de executar mosaicos, correspon-dentes em geral ao tipo de elemento emque se encontram. Pode ser executado porprocesso direto, que consiste no cortesuperficial e contínuo da superfície a serornamentada, lançamento de delgadacamada de GESSO,reprodução do dese-nho e cores sobre o gesso seco, recortedo gesso na forma de pequenos cubos,de acordo com o desenho traçado, e pre-enchimento dos recortes com pedaços demármore, barro cozido, vidro ou esmalte.O processo do cartão consiste em execu-tar o desenho em um cartão, colar umadas faces dos cubos de mármore, barrocozido, vidro ou esmalte no cartão, enchera extremidade dos cubos com CIMENTOouMÁSTIQUEe cobrir com o cartão a superfí-cie que se quer adornar. Quando execu-tado com fragmentos reunidos e compri-midos em ARGAMASSA de cimento,principalmente para revestimento de pi-sos, é também chamado mosaico ve-neziano. O artífice ou artista que executaobras de mosaico é chamado mosaicista.É às vezes também chamado embutido.Exemplo: piso das galerias do Teatro Mu-nicipal, São Paulo, SP.2. Piso impermeá-vel formado por lADRilHOS variegados,compondo desenho: Foi muito usado emVESTíBULOS,copas, cozinhas e banheirosde grandes residências EClÉTICASde finsdo século XIX e início deste. Era feito comLADRilHOSHIDRÁULICOSde cimento. 3. SOA-lHO formado por pequenas TÁBUASde va-riadas essências e cores diversas, com-pondo desenho geométrico. Exemplo:piso do salão de honra do edifício da IlhaFiscal, Rio de Janeiro, RJ.

MOSAICO PORTUGUÊSVer Pedra Portuguesa.

MOSAICO ROMANOVer Piso Romano.

OSAICO VENEZIANOVer osaico.

1.

2.

3.

399

Page 89: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MOTIVOS FLORAIS / MOURISCO

MOTIVOS FLORAISOrnamento imitando folhas ou flores, emgeral com hastes compridas, muitas ve-zes entrelaçadas. São característicos doART-NOUVEAU e ROMANTISMO. Comumenteeram encontrados em ORNATOS de ESTU-

QUE e GRADIS de GUARDA-CORPOS ou muros.

MOURÃOPeça vertical, em geral de madeira em bru-to ou em CONCRETO PRÉ-MOLDADO, fincadafirmemente no solo. É empregado freqüen-temente em ALAMBRADOS para cercar ter-renos ou isolar o campo de futebol da as-sistência em estádios. Usualmente temaproximadamente 2 m de altura.

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MOURISCOEstilo arquitetônico influenciado pelaarquitetura árabe. Alguns elementos cons-trutivos ou decorativos de antigos prédioscoloniais são característicos do estilomourisco. O coroamento de algumas TOR-RES de igrejas mineiras coloniais asseme-lha-se ao de torres de mesquitas. OMUXARABI, muito comum na arquitetura ci-vil colonial, é um elemento típico mourisco.A participação mais expressiva do estilomourisco nas construções brasileiras si-tua-se, no entanto, nas primeiras décadasdo século XX, sendo reproduzido peloECLETISMO. Exemplos: torre da Matriz deNossa Senhora da Conceição, Catas Al-tas do Mato Dentro, MG; Instituto OswaldoCruz, Rio de Janeiro, RJ.

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Page 90: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MOVIMENTADO / MURAL

li]MOVIMENTADO1. Atribuição dada à fachada com diver-sos planos. Exemplo: Igreja da OrdemTerceira de Nossa Senhora do Carmo, Riode Janeiro, RJ. 2. Atribuição dada ao ele-mento arquitetõnico que apresenta perfilrecortado. Uma CORNIJA,por exemplo,pode ser movimentada.

2.

1.

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MUDEJARORNATOde linhas entrelaçadas em formade figuras geométricas, influência domudejar, tendência arquitetõnica presen-te nos séculos XV e XVI em Portugal eEspanha, com origem na produção dosartífices árabes submetidos aos cristãose caracterizada pela riqueza formal e es-pacial.

MURALPintura executada em muro ou parede,

geralmente de grandes dim=e~ns~õ~e:s~.~7I--:-:-:-:-:PJ:7~J=~~~:;~d~~f;;:--1

Page 91: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

MURALHA / MURO DE ARRIMO

- ~

MURALHA

1. Nas fortificações, muro alto e de gran-de espessura, que as circunda e protege.Freqüentemente é associada a outros ele-mentos de proteção, como BALUARTES eREVELlNS. 2. Muro alto e de grande espes-sura que circunda povoados e cidades. Noinício da colonização brasileira, em geralgrandes cidades possuíam muralhas dedefesa. É o caso de Salvador, Rio de Ja-neiro e Recife. Cidades menores, vilas epovoados eram cercados por PALIÇADAS.

1.

MURÇA

LIMA com as serrilhas finas, bem próximasuma das outras. É usada principalmentepor carpinteiros.

MURETA

Muro baixo, em geral para anteparo ouproteção.

MURO DE ARRIMO

Construção maciça de ALVENARIA ou CON-

CRETO ARMADO destinada a suster o em-puxo de terreno em declive, tornando-oum TALUDE vertical ou inclinado. Em geraltem inclinação entre 5% e 20%. É tambémchamado muro de suporte ou muro decontenção.

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MURO DEÁTICO / MÚTULO

MURO DE ÁTICOÁTICO constituído por um muro liso, dis-posto sobre a CORNIJAdo edifício, escon-dendo o telhado. 11 I li" Xcl~

- • Ai.". CORNIJA

MURO DE CINTURAMuro alto que contorna todo o terreno emgeral impedindo totalmente a visão parao seu interior.

MURO DE CONTENÇÃOVer Muro de Arrimo.

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MURO DE MEAÇÃOMuro que separa dois terrenos ou duasconstruções e que é comum a ambos.

MURO DE SUPORTEVer Muro de Arrimo.

MÚTULOMODILHÃOcom a forma de pequeno blocoretangular, usado em série, acima deTRíGLlFOSe MÉTOPES,sob as CORNIJASdaordem DÓRICA. A cada tríglifo e a cadamétope do ENTABLAMENTO dórico cor-responde um mútulo. Sua largura é igualà largura de um tríglifo.

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MUXARABI/ MUXARABIÊ

MUXARABI

BALCÃOOU AVARANDADOfechado por ante-paros ou vedos formados por TRELIÇASdeFASQUIAScruzadas. Permite visão do inte-rior do prédio para o exterior, sem possi-bilitar visualização contrária, do exteriorpara o interior. Permite ainda ventilaçãointerna. É um elemento marcante dainfluência da arquitetura árabe em Portu-gal e Espanha, que foi introduzido no Bra-sil colonial. Até o início do século XIX,quando é proibida sua utilização nas ca-sas urbanas, foi amplamente empregadonas construções de São Paulo, Rio deJaneiro e Minas Gerais. Sua proibição re-laciona-se ao surgimentode novos mate-riais, como GRADESde FERROe VIDRAÇAS,passando a ser considerado antiquado efeio. Usualmente era feito da combinaçãode vedos superiores móveis, com abertu-ra de baixo para cima, e anteparos inferi-ores fixos, que podiam ser de treliças, li-sos, ALMOFADADOS ou recortados.Atualmente são raros os prédios antigosque ainda possuem muxarabis. É tambémchamado muxarabiê. Exemplo: casa à ruaFrancisco de Sá, Diamantina, MG.

MUXARABIÊVer Muxarabi.

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NACELA

Ver Escócia.

NÁRTEX

Ver Galilé.

NASCENÇA

Superfície que determina o início de umARCO ou de uma ABÓBADA, situando-seportanto no final do PÉ-DIREITO ou encon-tro. É também chamada arranque e, emPortugal, arrancamento.

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NATA

1. Película muito fina, praticamente semresistência, que às vezes se forma na su-perfície do CONCRETO ARMADO após seulançamento nas fôrmas e posteriorADENSAMENTO. É reconhecível pelo seu as-pecto brilhante. 2.0 mesmo que calda,principalmente quando se trata de caldade cal. Ver Calda.

1.

NATA DE CIMENTO

Ver Calda de Cimento.

NAVE

Espaço livre no interior das igrejas desti-nado àqueles que assistem aos rituais re-ligiosos. Em geral abrange a área com-preendida entre o PÓRTICO e a CAPELA-MaR,sendo disposta no sentido longitudinal àconstrução. Pode ser subdividida por CO-LUNAS, PILARES ou ARCOS. É comum igre-jas de maior porte possuírem três naves:uma central, a nave central ou principal, eduas laterais, as naves colaterais.

405

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NEGA / NEOCLÁSSICO

NEGALimite máximo possível de cravamento daESTACA de FUNDAÇÃO nas camadas sub-jacentes do solo. Em geral é estabelecidaapós um número determinado de golpesconsecutivos do BATE-ESTACAS. As esta-cas, uma vez cravadas, não ficam todasda mesma altura, porque umas dão negaantes das outras. . ·.: '::. -. ~.

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NEGRO DE FUMOPó negro obtido da fuligem produzidapela combustão de querosene e alcatrãoou certas resinas. É usado como coranteno preparo de tintas e vernizes ou adicio-nado diretamente ao CIMENTADO, dando-lhe cor preta. É também chamado pó desapatos, pó leve ou pó negro.

NEMBOVer Membro.

NEOCLÁSSICO1. Estilo arquitetônico inspirado na arqui-tetura greco-romana, predominante naEuropa da segunda metade do séculoXVIII à primeira metade do século XIX.Representou uma reação aos excessosformais e decorativos do BARROCO tardioe do ROCOCÓ. Caracteriza-se pelo empre-go de formas geométricas puras, ênfasenos contornos sem quebras de unidadevolumétrica, sobriedade, estudo meticu-loso de proporções e uso das ORDENSCLÁSSICAS. No Brasil foi implantado com achegada da Missão Artística Francesa n9Rio de Janeiro no início do século XX. Einfluenciado sobretudo pelo arquitetofrancês Grandjean de Montigny. Corres-ponde principalmente a uma revives-cência de formas e composição arqui-tetônica utilizadas na Renascençaeuropéia. Expressa-se pelo tratamento li-near e em superfície da construção, cui-dadosa simetria, uso de CANTARIA e dePILASTRAS, destaque nas ESCADARIAS, or-

1.

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NEOCLÁSSICO / NEOGREGO

namentação restrita aos FRONTÕES quasesempre triangulares. Predomina até mea-dos do século XIX, quando estilos históri-cos vão gradualmente se incorporando aoneoclássico. Exemplos: Museu Imperial,Petrópolis, RJ; antiga Casa de Alfândega,atual Casa França-Brasil, Rio de Janeiro,RJ. 2. Atribuição dada aos edifícios queempregam uma linguagem arquitetônicacuja origem distante remonta à antiguida-de greco-romana. Trata-se em realidadede uma manifestação ECLÉTICA. Em geralutiliza COLUNAS, CORNIJAS e frontões deordens clássicas, justapondo estilos daRenascença Italiana ao 2º Império Fran-cês. Foi muito usado nas primeiras déca-das do século XX em sedes de governo,assembléias legislativas e tribunais. É tam-bém chamado neogrego.

2.

NEOCOLONIALEstilo arquitetônico surgido no Brasil nadécada de 10 e predominante na décadade 20 visando o renascimento e reutili-zação de características das antigasedificações coloniais. Seus principaispropagadores foram os arquitetos VictorDubugras e Ricardo Severo e JoséMariano Filho. É considerado uma moda-lidade do ECLETISMO. Caracteriza-se pelouso de elementos da ARQUITETURA COLO-NIAL, como BALCÕES e coberturas de TE-LHA-CANAL com amplos BEIRAIS, sem pre-tensão de modo arqueologicamentocorreto. É típico do neocolonial o empre-go de TELHÕES vitrificados com figurasazuis sobre fundo branco sob beirais dotelhado. Reabilita o uso da cor na constru-ção. Contribuiu para divulgação e valori-zação dos princípios da arquitetura lusa edo patrimônio arquitetônico brasileiro.Exemplo: antiga Escola Normal, atuallns-tituto de Educação, Rio de Janeiro, RJ.

NEOGÓTICOMovimento de revivescência do estilogótico, surgido na Europa em fins do sé-culo XVII e predominante no século XIX.É introduzido no Brasil desde o início doséculo XIX, sendo então aplicado em PA-VILHÕES para jardins. Em edificações, sóé utilizado no último quartel do século XIX,sob inspiração do estilo MANUELlNO. Temmaior emprego no início do século XX,principalmente na arquitetura religiosa.Exemplos: antigo posto da Fazenda, IlhaFiscal, Rio de Janeiro, RJ; Igreja Matriz dePetropólis, RJ.

EOGREGOeoclássico.

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NEON / NEO-ROMANO

NEONAparelho de iluminação em forma de tubo,proveniente da utilização do elemento ga-soso neônio submetido a uma descargaelétrica, que fornece uma luz colorida. Émuito utilizado nos letreiros luminosos emprédios comerciais e nas LUMINÁRIAS de-corativas.

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NEOPRENEBorracha sintética utilizada na composi-ção de produtos industriais impermea-bilizantes. Os produtos à base de neo-prene são comumente usados na im-permeabilização de LAJES de COBERTURASe TERRAÇOS, em JUNTAS DE DILATAÇÃO ouJUNTAS entre elementos construtivos.

NEO-RENASCENTISTAAtribuição dada às edificações que bus-cam retomar com maior ou menor inten-sidade regras e elementos presentes nasconstruções renascentistas italianas, fran-cesas e alemãs. Predominou no Brasil doúltimo quartel do século XIX ao início doséculo XX. Utiliza por vezes fontesCLASSICIZANTES diversas superpostas.Exemplo: Palácio dos Campos Elísios,São Paulo, SP.

NEO-ROMÂNICAAtribuição dada às edificações que em-pregam o vocabulário formal do estilo ro-mânico. Igrejas neo-românicas foramconstruídas sobretudo do início a meadosdeste século. Exemplos: Igreja de SantaIsabel, Paulista, PE; Igreja de Santa Cecí-lia, São Paulo, SP.

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NEO-ROMANOGosto arquitetônico utilizado sobretudona construção de igrejas em finais do sé-culo XIX e início deste. Consiste no usode templos romanos como modelo paraa edificação. Exemplo: Igreja da Conso-lação, São Paulo, SP.

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NERVO/ NIPLE

NERVOVer Nervura.

liJ NERVURA1. ARCOque serve de ESQUELETOàs ABÓ-BADASSOBREARESTAS,formando saliênciasobre seu INTRADORSO.2. Por extensão,qualquer VIGAsaliente na LAJE,principal-mente quando em sua superfície inferior.O termo é principalmente utilizado quan-do a laje possui vigas salientes eqüi-distantes estabelecidas por cálculo estru-tural. Neste caso, a laje é chamada lajenervurada. 3. MOLDURAem arestas de ABÓ-BADAS,ângulos das pedras de ALVENARIASou outro elemento arquitetõnico, desta-cando trechos de sua superfície ou divi-dindo-a. É característica das ABÓBADASEMOLDURADAS,onde nervuras formam ar-cos salientes que se cruzam, dividindoseu intradorso em vários PAINÉIS.É às ve-zes também chamada nervo.

NEUTROVer Fio Neutro.

NICHO1. Cavidade feita na espessura de umparamento, usualmente para nela se dis-por uma estátua, um vaso, uma imagemou qualquer outro elemento de ornamen-tação. Pode também ter seu fundo aber-to para colocação de ESQUADRIA.Quandofechado, é comumente utilizado em igre-jas ou edifícios públicos suntuosos. Usa-do em igrejas para colocação de imagens,é também chamado charola. Quando suacavidade tem forma semicilíndrica, o maisfreqüente, é também chamado nicho detorre, e quando atinge o nível do solo, ni-cho sem soco. Exemplos: Igreja de SãoMiguel e Almas, Ouro Preto, MG; Monu-mento da Independência Brasileira, SãoPaulo, SP. 2. Por extensão, pequenareentrância feita na parede. Internamenteé às vezes usado para colocação de umarmário ou de prateleiras.

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2.

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NIPLEPequeno tubo rosqueado externamentepara unir duas peças cilíndricas em insta-lações hidráulicas, sanitárias ou de gás.Em geral, a medida do seu diâmetro édada em polegadas. Faz parte das CONE-x - ESdas instalações.

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NITROCElUlOSE / NíVEL DE BOLHA

NITROCElUlOSE1. Substância usada como base de tintase vernizes ou para aplicação em madei-ras. Nas peças de madeira possibilita aca-bamento incolor ou tingido e brilhante oufosco, de secagem rápida, e aumento daspropriedades mecânicas. É indicada paraambientes internos, pois possui médiaresistência. 2. O mesmo que laca. Verlaca.

NíVEL1. Atribuição dada a qualquer superfícieplana que esteja disposta no sentido ho-rizontal em relação ao plano do horizon-te. Qualquer elemento ou peça da cons-trução podem estar no nível. 2. Instru-mento usado em canteiros de obras ouoficinas para verificar se arestas ou super-fícies de peças ou elementos estão dis-postos horizontalmente. Em geral é usa-do por pedreiros e carpinteiros. Existemvários tipos de nível. Os mais comuns sãoo NíVEL DE PEDREIRO, o NíVEL DE BOLHA e oNíVEL DE TUBO. 3. Instrumento provido deuma luneta e montado geralmente sobretripé usado principalmente nos lEVANTA-MENTOS TOPOGRÁFICOS para diferenças dealtura entre pontos do terreno. 4. Em TE-SOURAS do telhado, peça de madeira queune as PERNAS ou empenas a meia alturaou a um terço de altura. É característicodas ASNAS FRANCESAS. É também chama-do falsa linha, falso nível, contratensor, li-nha elevada ou linha arregaçada.

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2.

NíVEL DE BOLHAInstrumento formado por um tubo de vi-dro fechado nas duas extremidades, fixa-do a um suporte, contendo parcialmenteágua ou outro líquido de pouca viscosi-dade, de modo a ficar com uma pequenaporção de ar que forma na sua parte su-perior uma bolha. De acordo com a posi-ção da bolha entre dois traços de refe-rência é indicada a horizontalidade depeças ou elementos. É usado principal-mente por pedreiros e carpinteiros.

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NíVEL DE PEDREIRO / NIVELAMENTO

NíVEL DE PEDREIROInstrumento composto por duas réguasiguais de madeira, formando ângulo e li-gadas entre si por uma travessa, em cujovértice está fixado um fio de prumo. Quan-do o fio de prumo coincide com o meioda travessa, indica a horizontal idade deuma linha. É usado principalmente porpedreiros e carpinteiros para verificar o Ní-VEL de peças e elementos da construção.

NíVEL DE TUBOInstrumento composto por um tubo es-treito de plástico transparente, modeladode forma a, quando contiver água, permi-tir verificar o NIVELAMENTO de peças ou ele-mentos da construção. Funciona por gra-vidade, devendo suas extremidades estarno mesmo plano. É usado freqüente-mente no canteiro de obras na LOCAÇÃOdo prédio.

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NIVElAMENTO1. Determinação das diferenças de altitu-de nos diferentes pontos de um terrenopor meio de instrumentos apropriados.Dependendo da declividade do terreno edo seu tamanho, são usados no nivela-mento instrumentos mais ou menos com-plexos. Usualmente utiliza-se o nível commira vertical. É necessário para o dese-nho da planta topográfica de um terreno.2. Verificação da horizontal idade das ares-tas e superficies de peças e elementoscom a utilização de instrumentos generi-camente chamados NíVEL. 3. Regulariza-ção de terreno, peça ou elemento daconstrução, tornando-os planos. Freqüen-temente, em terrenos, é feito por meio deATERROS e CORTES. O nivelamento de umterreno é também chamado TERRAPLE-

NAGEM. 4. Disposição de peças, elemen-tos ou terrenos num mesmo plano. De-terminar as diferenças de altitude nosdiferentes pontos de um terreno, verificara horizontal idade de peças e elementos,regularizar um terreno, um elemento ouuma peça ou colocá-Ios no mesmo planoé chamado nivelar.

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Page 101: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

IVELAR / NORMÓGRAFO

NIVELAR

Ver Nivelamento.

1. Nas madeiras, ponto em que as fibrasse dobram, formando uma proeminênciaque apresenta maior dureza. A madeiraque possui nós é considerada inadequa-da para a construção, pois, além de difi-cultarem a serragem e o APARELHAMENTO,os nós constituem pontos de menor re-sistência. 2. Por extensão, ponto maisduro, em geral de cor diferenciada, numapedra. O MÁRMORE, por exemplo, podeapresentar nós, sendo então considera-do uma peça defeituosa, pois nesses pon-tos possui menor resistência e, tendo emvista sua função decorativa, fica prejudi-cada sua homogeneidade. 3. Nas TRELI-ÇAS METÁLICAS ESPACIAIS, peça de ligaçãoentre os tubos. Constitui-se no ponto deconexão entre as peças. Quanto melhora flexibilidade dos nós em receber peças,melhor o sistema das treliças metálicasespaciais.

NON AEDIFICANDI

Atribuição dada às áreas impedidas deserem construídas por legislação. Emgeral trata-se de porções ou faixas de ter-reno destinadas à preservação ambientalou proteção a uma rede ou um equipa-mento.

1.

NORMANDO

Tendência arquitetõnica empregada prin-cipalmente nas duas primeiras décadasdeste século em residências. Corres-ponde ao gosto da época pelo pitoresco.Caracteriza-se pela utilização do ENXAIMELcomo elemento preponderante de facha-da. Edificações normandas são típicasde algumas cidades serranas, comoPetrópolis, RJ. Exemplo: Hotel Quitan-dinha, Petrópolis, RJ.

NORMÓGRAFO

Instrumento de desenho composto porum aparelho com penas especiais e porlâminas, em geral de celulóide ou plásti-co, vazadas de modo a formarem o alfa-beto, números e sinais. É usado para es-crever COTAS, legendas e letreiros emnanquim nos projetos arquitetõnicos, deforma legível e padronizada. Com o usoda computação gráfica, vem gradualmen-e se do menos utilizado.

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ÓCULOAbertura ou pequena janela, geralmentena forma circular, oval ou arredondada,disposta nas paredes externas ou emFRONTÕES,para ventilar e às vezes ilumi-nar principalmente os DESVÁOSdos telha-dos. Muitas vezes tem também uma fun-ção decorativa. Foi comum o uso deóculos inspirados nas vigias de navios emedifícios influenciados pelo estilo ART-DÉcoe nos frontões de muitas igrejas antigas.O pequeno óculo circular é também cha-mado olho-de-boi. O óculo de forma ova-lada é também chamado olhal. Exemplo:Igreja Nossa Senhora do Rosário, OuroPreto, MG.

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Page 103: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

OGIVA

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OGIVA1. Perfil composto por dois arcos de cír-culos iguais que se cruzam na parte su-perior formando um ângulo agudo. É usa-da principalmente em ARCOS, nos vãos deportas e janelas. Dependendo do modocomo é formada, resultando em ângulosdiferentes, recebe nomes especiais.Ogiva eqüilátera é a ogiva formada porarcos de círculos cujos centros estão situa-dos no ponto de origem do arco oposto.Ogiva abatida ou rebaixada é a ogivaformada por arcos de círculos cujos cen-tros se situam na linha de origem dos ar-cos e no interior da ARCADA. Ogiva obtu-sa ou romba é a ogiva formada por arcosde círculos que se encontram formandoum ângulo quase nulo. Ogiva de lancetaou ponta aguda é a ogiva formada porarcos de círculos cujos centros estão situa-dos na linha de origem dos arcos e noexterior da arcada, resultando em ogivamuito alongada. Ogiva lanceolada ouultrapassada é a ogiva formada por ar-cos de círculos que se prolongam um pou-co abaixo da linha onde estão situadosos seus centros. Ogiva elevada é a ogivaformada por arcos de círculos que se pro-longam abaixo da linha dos seus centros.Ogiva de três pontos é a ogiva abatidacujos centros dos arcos de círculos que aformam se situam a 2/3 de distância doseu ponto de origem. Ogiva de cincopontos é a ogiva abatida cujos centrosdos arcos de círculos que a formam sesituam a 4/5 de distância do seu ponto deorigem. Ogiva mourisca ou árabe é aogiva formada por arcos de círculos quese prolongam bem abaixo da linha doscentros, resultando em uma forma de fer-radura partida. Foi utilizada principalmen-te nas edificações feitas em estiloNEOGÓTICO e MOURISCO. O elemento emforma de ogiva é chamado de ogival.Exemplo: Gabinete Português de Leitura,Rio de Janeiro, RJ; edificações da Ilha Fis-cal, Rio de Janeiro, RJ. 2. NERVURA apa-rente em ABÓBADA OGIVAL, situada em ge-ral no seu INTRADORSO.

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Page 104: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

OGIVA TRILOBADA / OLHAL

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OGIVA TRILOBADAPerfil formado pela junção de uma OGIVA

central e duas semi-ogivas laterais. Foiusada muitas vezes em vãos. de janelasnas igrejas construídas em estiloNEOGÓTICO.

OITÃOParede lateral da edificação em que pre-dominam os cheios sobre os vazios. Otermo é mais aplicado quando referido àparede construída sobre a divisa lateral,impossibilitada de possuir aberturas, ouà construção com telhado de duas águas,sendo a parede lateral aquela que possuio vértice onde se apóia a CUMEEIRA. Podeprolongar-se além da cobertura da cons-trução, principalmente quando situado nadivisa lateral, evitando o despejo de águaspluviais no terreno vizinho. É também cha-mado empena.

ÓLEO DE LINHAÇAÓleo vegetal usado principalmente comosolvente. É empregado na composição detintas a óleo e MASSA de vidraceiro e nafabricação de certos vernizes gordos usa-dos em mobiliário.

OLHAL1. Cada um dos vãos entre pilares de pon-tes ou ARCADAS. 2. Pequena abertura ar-redondada em uma peça para permitir afixação de outra peça. Em geral, a peçacom olhal é feita de chapa, metálica ouperfil metálico chato. 3. O mesmo queóculo de forma ovalada. Ver Óculo.

1.

2.

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Page 105: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

OLHO DE VOLUTA / OPUS PSEUDOISODOMUM

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OLHO DE VOLUTAPequeno círculo a partir do qual se de-senvolve a espiral de uma VOLUTA.

OLHO MÁGICODispositivo circular provido de pequenalente instalado nas portas de entrada emapartamentos ou casas, como medida desegurança. Permite somente olhar do in-terior para o exterior. Em geral é coloca-do no meio da FOLHA da porta a uma altu-ra aproximada de 1,50 m. É tambémchamado visar.

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OMBREIRACada uma das duas peças verticais fixasque sustentam as VERGAS nos MARCOS ouCAIXÕES de portas e janelas. Pode ficaraparente ou embutida na ALVENARIA. Quan-do fica aparente na alvenaria é tambémchamada umbral.

ONDASORNATO em ondulações paralelas. Foramempregadas em antigas construções in-fluenciadas por estilos CLASSICIZANTES.

OPUS INCERTUMVer Aparelho Irregular.

OPUS ISODOMUMVer Aparelho Isódomo.

OPUS PSEUDOISODOMUMVer Aparelho Pseudoisódomo.

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ORATÓRIO / ORELHA

ORATóRia

Em antigas construções, pequeno recin-to ou compartimento onde eram coloca-das imagens sacras e onde se rezava. Emgeral situava-se no interior do edifício. Al-gumas vezes localizava-se externamen-te, freqüentemente nas fachadas. Exter-namente, comumente possuía forma denicho e era fechado por portinholas devidraça ou madeira. Exemplo: oratório deesquina na casa da rua Bernardo de Vas-concelos, esquina da rua dos Paulistas,Ouro Preto, MG.

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ORDEM

Na ARQUITETURA CLÁSSICA, forma, disposi-ção e proporção peculiares dadas aosprincipais elementos arquitetõnicos, comoCOLUNAS, ENTABLAMENTOS e EMBASAMENTOS,

constantes sobretudo da fachada daedificação. Na arquitetura brasileira, asprincipais ordens se manifestaram espe-cialmente em colunas e PILASTRAS nos edi-fícios em estilos CLASSICIZANTES. É tambémchamada ordonância.

ORDONÂNCIA

Ver Ordem.

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ORELHA1. Nos martelos, parte fendida oposta àcabeça, que seNe para arrancar pregos.2. Arremate revirado ou espiralado de ele-mentos arquitetõnicos decorativos.

1.

2.

-17

Page 107: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

ORGANICISMO/ ORQUESTRA

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ORGANICISMO

Tendência arquitetônica do movimento MO-DERNISTAsurgida na Europa e Estados Uni-dos. Constitui-se na recusa a umaarquitetura baseada na razão abstrata e nageometria. Opõe a esta uma arquiteturafuncionalista natural ou psicológica, em queprevalecem intuição e sentimentos interio-res. Caracteriza-se pela busca de diluir aconstrução na paisagem, pela valorizaçãode técnicas e materiais tradicionais e pelarejeição de padronização e ordenação rít-mica. Dá prioridade ao espaço interno. Seusprincipais expoentes internacionais são oarquiteto americano Frank Lloyd Wright(1869-1959) e .os arquitetos escandinavosGunnar Asplund (1885-1940) e Alvar Aalto(1898-1976). Sua influência na arquiteturabrasileira é limitada, atingindo sobretudoarquitetos paulistas a partir de meados dadécada de 30. Destacam-se entre elesVilanova Artigas (1915-1985) e OswaldoBratke (1907-1997), em projetos de residên-cias. Exemplos: casa Roberto Lacase,Pacaembu, São Paulo, SP; casa Paranhos,Pacaembu, São Paulo, SP.

ORNAMENTO

Ver Ornato.

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ORNATO

Qualquer elemento ou enfeite de um ele-mento da construção disposto 'no edifíciocom a função essencial,freqüentementeúnica, decorativa. GUIRLANDAS,MEDALHÕES,GREGASe ACANTOSsão exemplos de orna-tos. É também chamado adorno, orna-mento ou, mais raramente, paramento,particularmente quando referido aos en-feites de um elemento. Guarnecer umaedificação ou um elemento com ornatosé chamado ornamentar, adornar ou, maisraramente, paramentar. '

ORQUESTRAVer Fosso.

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Page 108: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

______________________________________________________________________ ~OBS8IUBA/ÓYOLO

,OSSATURAVer Estrutura.

1.

OVADOVer Quarto de Círculo.

ÓVALO1. ORNATO oval, usado em série, encon-trado em CORNIJAS e CAPITÉIS das ordensJÔNICA e COMPÓSITA. Foi usado em anti-gas construções influenciadas por estilosCLASSICIZANTES. 2. O mesmo que óvolo.Ver Óvolo.

ÓVOLOORNATO com seção em forma de ovo usa-do na decoração da ordem DÓRICA e emMOLDURAS dispostas em filas separadas pordardos ou folhas. É também chamadoóvalo.

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Page 109: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PAÇO

Ver Palácio.

PADIEIRA

1. Nos AROS de pedra das antigasconstruções, face inferior da VERGA. 2.Por extensão, em MARCOS e CAIXÕES deportas e janelas, peça disposta na partesuperior, comumente no sentido hori-zontal, solidarizando OMBREIRAS e sus-tentando a ALVENARIA acima do vão. É tam-bém chamada verga.

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PADIOLA

Caixa aberta, rasa e retangular, feita deTÁBUAS, provida de quatro varas nas suasextremidades inferiores, usada no can-teiro de obras para transportar materiaisde construção, como AREIA, TIJOLOS eBRITA. Comumente tem 45 cm de compri-mento, 35 cm de largura e entre 20 cm e35 cm de altura.

Page 110: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PAINEL

PAINEL

1. Superfície realçada por MOLDURA, COR-

DÃO, CERCADURA, relevo ou rebaixo, ou poruma cor ou uma textura diferenciada, em

. diversos elementos da construção, comoparedes, muros e tetos. Pode ser decora-do com pintura, recortes, BAIXO-RELEVO eMOSAICOS ou ser liso. Pode ser cheio ouvazado. Pode ser parte integrante do ele-mento em que se encontra ou ser afixadoneste. Quando é acompanhado de outrospainéis, o que ocorre freqüentemente, oconjunto de painéis forma um apainelado.Tem freqüentemente uma função decora-tiva. 2. Placa, usualmente estreita, leve emodulada, componente de paredes divi-sórias. Pode ser cego ou possuir porta,janela, VENEZIANA ou vidro fixo. Em geral,é feito industrialmente em diversos mate-riais. Pode ser maciço, sem i-oco, com ainclusão de algum material isolante, ouoco. Os painéis de paredes divisórias sãomuitas vezes unidos por MONTANTES me-tálicos, aos quais se fixam por meio deencaixes. 3. Placa lisa, estreita e leve, fei-ta em geral industrialmente, de tamanhovariado. Comumente é usado acompa-nhado de outros iguais, em salas de ex-posições e museus, para divisão de am-bientes e fixação do material exposto.Pode ser fixo, em parede, teto ou piso, ouser móvel. 4. Chapa externa nas FECHA-

DURAS não embutidas nas FOLHAS das por-tas. 5. Quadro afixado na parede, ondese penduram chaves ou ferramentas.

3.

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1.

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5.

Page 111: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

rrlISAGISMO! PALACETE

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PAISAGISMO

Estudo do meio ambiente físico, para pla-nejar e compor elementos construídos evegetais em ambientes abertos. Nopaisagismo, são levados em conta aspec-tos físicos - clima, vegetação, solo e água- e aspectos funcionais - acesso, circula-ção, uso e características da área a sertratada. Muitas vezes complementa aarquitetura. Possibilita amenizar fatoresclimáticos da região, criando um micro-clima favorável. Do projeto de paisagismoconstam: localização e dimensionamentode áreas de vegetação, pavimentação,espelhos de água, equipamentos de lazere esportes, jardineiras, posteaçãoeapa-relhos de iluminação, tubulações e ele-mentos de drenagem e irrigação. Indicaa topografia projetada e seus elementosde suporte. Especifica e localiza espéciesvegetais. Em geral é feito por profissionalespecializado. O profissional especializa-do em paisagismo é chamado paisagista .

PAISAGISTA

Ver Paisagismo .

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PALACETE

Residência caracterizada pelo seu gran-de porte e apuro arquitetõnico, construí-da principalmente nas últimas décadasdo século XIX e primeiras deste século,sobretudo nas capitais brasileiras. Eramoradia de altos funcionários, grandescomerciantes, políticos, representantesde firmas e países estrangeiros. Os pri-meiros palacetes possuíam porão alto efachadas CLASSICIZANTES com FRONTÕES,BALCÕES, COLUNAS ou PILASTRAS. Evoluemno início do século para uma enorme va-riedade de gostos e estilos. A residênciade menores dimensões cuja forma e vo-lume assemelham-se ao palacete é cha-mada casa apalacetada. Exemplos: casaà rua Quintino Bocaiúva nº 1.226, Belém,PA; Palacete Dantas, atual sede do Con-selho Estadual de Cultura, praça da Li-berdade, Belo Horizonte, MG; casa à ruaBrigadeiro Tobias nº 110, São Paulo, SP;casa à rua Cosme Velho nº 257, Rio deJaneiro, RJ. II

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PALÁCIO I PALADIANISMO

•• PALÁCIO••1. Edifício suntuoso e amplo, residênciaoficial de monarcas, altos dignitários ecle-siásticos ou chefes de governo. Antiga-mente o palácio real, imperial ou episco-pal era também chamado paço. Aresidência cuja forma, volume e apuroarquitetônico assemelham-se a um palá-cio é chamada casa apalaçada ou casapalaciana. Exemplo: Palácio da Alvorada,Brasília, DF.2. Grande e suntuoso edifíciopúblico, sede de governo, administraçãoou tribunal, onde se reúnem os podereslegislativos, executivos ou judiciários. An-tigamente, o palácio onde funcionava acâmara municipal era também chamadopaço do conselho ou paço municipal.Exemplos: Palácio do Congresso, Brasília,DF; Palácio do Planalto, Brasília, DF.

T>A.Cp II-IT"fRIÁl-~IO tE" ~,4I-IErRO}~~

1.

2.

PALADIANA

Atribuição dada às fachadas, nas edifica-ções NEOCLÁSSICAS, caracterizadas comoseveras e sem ornamentação e com aber-turas e 15 ni ARCO PLENO. Consideram-seestas características como influência daarquitetura feita pelo arquiteto italianorenascentista Andrea Palladio (1508-1580). Fachadas paladianas predomina-ram nos prédios brasileiros em meadosdo século XIX. O estilo arquitetônico cor-respondente às formas, às fachadas e àsedificações paladianas é chamadopaladianismo.

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PALADLANISMOPaladiana.

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=-~FITA / PALCO

PALAFITA1. Conjunto de estacas, em geral de pausroliços ou madeira em bruto, fincadas fir-memente no solo, sustentando edifica-ções implantadas em terrenos alagados,sujeitos a inundações, ou em áreas comágua. E também chamada estacaria. 2.Por extensão, nome dado às casas cons-truídas sobre palafita. Comumente, ascasas de palafita são habitações pobrese precárias, que fazem parte, nas gran-des cidades, de uma favela.

2.

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1.

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PALANQUEEstrado alto, com degraus de acesso,usado ao ar livre, para permitir boa visibi-lidade daqueles que se dirigem aos es-pectadores.

PALCO1. Tablado destinado a espetáculos eapresentações. Em geral, é feito de ma-deira. Pode ter formas variadas, usual-mente de acordo com o gênero de apre-sentações ou espetáculos a que sedestina. Pode ser fixo, giratório ou trans-portável. Nos teatros, pode ter localizaçãoà frente da platéia, o mais comum, ou sercircundado por esta em dois ou mais la-dos. 2. O mesmo que caixa do teatro. VerCaixa do Teatro. 3. O mesmo que caixado palco. Ver Caixa do Palco.

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PALCO GIRATÓRIO / PALHA

fi1 PALCO GIRATÓRIO

PALCO cuja estrutura de sustentação nãoé fixa. Sua estrutura é movida por meca-nismos que permitem movimentos de ce-nários e efeitos cênicos.

fi1 PALCO ITALIANO

PALCO retangular, aberto apenas na par-te anterior para a platéia. Situa-se ao fun-do do teatro e em nível acima da platéia.É provido de MOLDURA, BASTIDORES laterais,BAMBOLlNAS, PROSCÊNIO, PANO DE BOCA,PANO DE FUNDO e, muitas vezes, ORQUES-TRA. É o mais comum dos palcos utiliza-dos nos teatros.

PALHA

Hastes ou folhas secas de certasgramíneas ou palmáceas, usadas princi-palmente em coberturas de construçõesrústicas ou pobres. É empregada tambémna fabricação de ESTEIRAS utilizadas emforros, pisos ou vedos de portas e janelas.

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PALHETA / PALMELA

••

PALHETACada uma das lâminas que formam as VE-

NEZIANAS ou as portas e janelas de venezia-nas. Pode ser móvel ou fixa, e usualmenteestá disposta no sentido horizontal. Cornu-mente é feita de madeira, metal ou plástico.Nas portas ou janelas de venezianas, apalheta feita de madeira pode ser executa-da de duas formas: com as extremidadesarredondadas, previamente encaixada emCAIXILHOS ou MONTANTES; ou com as extremi-dades cortadas com seção trapezoidal, en-caixada em montantes ou caixilhos depoisde estes instalados. No primeiro caso, a lâ-mina não pode ser removida uma vez apósinstalada a veneziana, mas resulta em ele-mento mais durável. No segundo caso, a lâ-mina é fixada por meio de molduras que arecobrem, bastando que estas sejam remo-vidas para ser retirada. Eventualmente, cadauma das lâminas de PERSIANAS é também cha-mada palheta, ou simplesmente lâmina.

1.

~ I

PALHETÃO1. Parte da chave que introduzida na FE-

CHADURA movimenta a LINGÜETA. 2. Princi-palmente em Portugal, o mesmo quelingüeta. Ver Lingüeta.

PALIÇADACercado formado por um conjunto de ESTA-

CAS de madeira, firmemente fincadas nochão, próximas uma das outras e unidasentre si, de modo a formarem um muro deproteção. Usualmente é vazada ou fechadapor CERCA VIVA ou entrançado de qualquerfibra vegetal. Pode ainda ser composta porcerca dupla, recheada de barro e fibras ve-getais, dando-lhe maior estabilidade e resis-tência. Pode ser disposta verticalmente oucom alguma inclinação. No início da coloni-zação brasileira foi muito utilizada circundan-do povoados. Atualmente, seu uso restrin-ge-se à área rural, na proteção de terrenoscom construções precárias ou rústicas.

PALMAVer Pai meta.

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PALMELADOBRADiÇA cuja forma permite que o pinofique bastante afastado do paramento dasESQUADRIAS. É muito usada em VENEZIANASexternas, possibilitando sua total abertura,pois, com o uso de dobradiças comuns, aespessura da parede impediria giro superiora 900. É também chamada dobradiça depalrne1a ou dobradiça de pino em balanço.

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PALMETA/ PANO

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PALMETA1. Pequena CUNHAalongada, de ferro oumadeira, com diferentes usos na constru-ção. É utilizada por pedreiros, serralhei-ros e carpinteiros. É empregada, porexemplo, na fixação de LADRILHOSde vi-dro. 2. ORNATOem forma de leque partidopor estreitas divisões, como uma folha depalma. Foi muito usada nas antigas cons-truções em estilos CLASSICIZANTES,princi-palmente em MOLDURAScôncavas. É àsvezes também chamada palma. Exem-plos: Palácio da Justiça, Belo Horizonte,MG; Museu do Ipiranga, São Paulo, SP.

PÂMPANOORNATOque representa haste de vinhacom parras e, muitas vezes, uvas. Comu-mente é usada em COLUNASSALOMÔNICASem antigos prédios de estilo BARROCO.

1.

2.

PAN-DE-BOISVer Enxaimel.

COLUNA ?AJ..O~8MICA1>0 MO~m~ i)C 7- 'SENll>~'o bê ~ANEIRO)~~

PANOExtensão de parede ou muro, abrangen-do a sua totalidade ou somente uma par-te desta. O termo refere-se principal-mente à parede de fachada. Quando afachada da edificação ou o muro possuemdiversas faces, um pano pode ser consti-tuído por uma dessas faces. Usualmente,quando referido a um trecho de parede,é uma superfície realçada no todo, sejapor estar compreendida entre elementosverticais co I os, como PILASTRASoubarras, o ser e" e um material

~ ~DRO.

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::lANO DE BOCA / PANÓPTICO

PANO DE BOCAEm teatros, cortina que separa o PROS-CÊNIO da CENA. Sua abertura e seu fecha-mento, respectivamente, revelam ou ocul-tam o PALCO para os espectadores. Nosantigos teatros, recebia pintura decorati-va feita por artistas.

PANO DE FUNDOEm teatros, tela situada ao fundo da CENA,delimitando-a na parte posterior. Funcio-na também como complementação docenário.

PANO~DE-PEITONas JANELAS RASGADAS, PARAPEITO de ALVE-NARIA com espessura bem menor que aespessura do rasgo do vão. Nas antigasedificações, alinhava-se pela parte de foracom a face externa da parede da facha-da. Usualmente possuía 1 m de altura.Quando possuía menos que 1 m, esta al-tura era completada com GRADE ou CAIXI-LHO fixo da janela.

PANO DE TELHADOVer Água de Telhado.

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PANÓPTICOEdifício ou organização espacial do edifí-cio construídos de modo que de um seurecinto estratégico se possa observar,com um volver de olhos, todo o seu inte-rior. Tem seu local principal de realizaçãonas prisões, pois permite vigilância e ob-servação constantes sobre prisioneiros epessoal. Pode seguir traçado circular, emcruz, semicírculo ou estrela. A sala cen-tral de inspeção é o eixo do sistema ondeo diretor ou chefe, sem mudar de lugar,vêem sem ser vistos, não só entrada deCELAS, mas até o seu interior quando aporta está aberta, e ainda os vigias des-tacados à guarda dos prisioneiros. É ummodelo adaptável a outros tipos de pro-gramas arquitetônicos, tal o escolas.

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PÃO DE OURO / PARAFUSO

PÃO DE OURO

Conjunto de finíssimas folhas de ourosuperpostas usado no DOURAMENTO deTALHAS de madeira, principalmente emantigas igrejas.

PAPO DE POMBAPerfil composto por duas curvas contrá-rias, uma côncava na parte superior e ou-tra convexa na parte inferior. E usado emMOLDURAS de COROAMENTOS e CORNIJAS deantigas construções. É também chama-do papo de rola.

PAPO DE ROLA

Ver Papo de Pomba.

PÁRA-FOGO

Ver Guarda-Fogo.

PARAFUSO

Pequena peça composta por uma cabe-ça e por uma parte alongada sulcada emespiral, usada para unir firmemente duaspeças ou dois elementos da construção,ou consolidar sua união. Em geral, é feitode metal e tem a forma cilíndrica, masexistem também parafusos de madeira,com a forma tronco-cônica. O diâmetro doparafuso cilíndrico é variável. Os dois ti-pos de parafuso mais utilizados são oparafuso defenda e o parafuso de porca.O parafuso de fenda possui uma fendana cabeça à qual se adapta a CHAVE DE

PARAFUSO, sendo introduzido no materialpor meio de rotação ou pressão. O para-fuso de porca tem a cabeça retangular,sextavada ou circular, e é fixado no mate-rial com o auxílio de uma porca sulcadado mesmo modo que o parafuso. A porcaé apertada com uma CHAVE INGLESA ou umaCHAVE FIXA. O parafuso de porca é muitoempregado na consolidação de peças demadeira emendadas.

429

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=>ARAFUSODE TREMOÇOS / PARAMENTO

••PARAFUSO DE TREMOÇOSPARAFUSOcom cabeça abaulada usado emantigas construções.

PARALELEPíPEDOPedra, em geral GRANITO,cortada em for-ma de um paralelepípedo regular, usadaprincipalmente na pavimentação de vias.Em pavimentações tem como vantagemnão exigir equipamentos sofisticados emão-de-obra especializada. É também fa-cilmente reaproveitado no caso de havernecessidade de reparos em instalaçõessubterrâneas. Adapta-se a relevos aciden-tados, oferecendo bom revestimento pararampas acentuadas. As vantagens doseuuso estão condicionadas às proximidadesde jazidas de pedra na região. Suas di-mensões são de 18 cm a 22 cm de com-primento, 14 cm a 17 cm de largura e 11cm a 14 cm de altura. É assentado sobrecamada de areia ou pó de pedra. Podeser REJUNTADOou não. Em caso de tam-pas íngremes, convém fazer seurejuntamento. Mesmo quando não érejuntado, suas JUNTASdevem ser preen-chidas com material fino após seu assen-tamento.

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PARAMENTARVer Paramento.

PARAMENTO1. FACEAPARELHADAe polida de uma pe-dra ou de uma peça de madeira, que ficaaparente quando disposta na construção.2. Por extensão, face aparente, visível, dealguns elementos de vedação da constru-ção. O termo é principalmente aplicadoquando referido às paredes. Aparelharuma pedra ou uma peça de madeira paraintegrá-Ias em um paramento é chamadoparamentar. 3. O mesmo que ornato. VerOrnato.

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PARAPEITO / PARAPEITO ENTALADO

&l PARAPEITO

1. Antigamente, muro de meia altura, si-tuado na parte superior de FORTIFICAÇÕES,para resguardar os atacantes que utiliza-vam armas de fogo. 2. Por extensão, an-teparo de proteção, vazado ou cheio, deaproximadamente 1,10 m de altura, pararesguardar locais ou recintos elevados.Pode ser encimado por vão de janela.Nesse caso, sua altura é variável, usual-mente tendo 90 em. É também chamadoGUARDA-CORPOquando não encimado porvão de janela ou PEITORIL.

1,

2.

&l PARAPEITO ENTALADO

PARAPEITOengastado entre as OMBREIRASda janela. Nas antigas edificações, tinhaespessura correspondente à espessurada janela, sendo em geral inferior à dorasgo do vão.

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Page 121: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PÁRA-RAIOS

PÁRA-RAIOS

Dispositivo destinado a proteger os edifí-cios contra os efeitos do raio, impedindosua incidência direta nos prédios. Sua fun-ção é prover um bom meio condutor deeletricidade da superfície do terreno paraas camadas mais elevadas da atmosfe-ra. Oferece condições para que os raios,caso incidentes sobre o edifício, possamser escoados para a terra, sem causardanos à construção e aos seus usuários.É muito importante que seja perfeitamen-te instalado: Existem tipos diversos depára-raios. O pára-raios de haste ou deFranklin, o mais usual, é composto de ter-minal aéreo, sistema de condutores deeletricidade e aterramento. O terminalaéreo, também chamado captador, é for-mado por uma ou mais hastes metálicas,'de acordo com o porte do edifício, com 5m a 10m de comprimento. Na extremida-de tem uma ponta de cobre ou platina. Éfixado nos pontos mais altos do prédio. Osistema de condutores é formado por ca-bos de ferro ou cobre que interligam ashastes e as unem ao aterramento. Oaterramento é constituído pelo prolonga-mento dos condutores, ramificando-se naterra. Comumente, essa ramificação éformada por um tubo de ferro que mergu-lha em poço de água ou placas condu-toras enterradas no solo. No pára-raios deMelsen, a haste metálica é substituída porum grande número de pontas metáli-cas, espalhadas pelas arestas e ângulosdo edifício. No pára-raios radioativo, umbuquê ou captador aéreo é atarraxadona haste metálica. Sua eficiência vemsendo questionada. Todas as partes me-tálicas da construção devem comunicar-se com o pára-raios. Seu emprego é re-comendável em prédios isolados nasáreas descampadas e em edifícios devários pavimentos. Em prédios de peque-na altura, nas áreas urbanas mais den-sas, é dispensável. • l, .: •. "., " .~1i1

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2

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PÁRA-VENTO / PAREDE A CUTLO

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PÁRA-VENTO

1. Anteparo, em geral de madeira, usa-do sobretudo em igrejas; internamente,diante da porta principal, entre o VESTí-BULO e a NAVE central, para evitar que ointerior do edifício fique devassado eprotegê-Ia do vento. Nas antigas igrejasera muitas vezes bastante adornado,acompanhando a ornamentação geral daedificação. E também chamado guarda-vento. 2. Cada uma das paredes lateraisque protegem o fogo do vento, em chur-rasqueiras.

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PAREDE

Elemento de vedação que forma osvedamentos externos e separa comparti-mentos e ambientes do edifício. Até osurgimento do CONCRETO ARMADO e dasestruturas metálicas constituía-se freqüen-temente também em elemento estrutural.Comumente é feita de ALVENARIA de TIJO-LO, podendo, no entanto, ser construídacom uma grande variedade de materiais,como BLOCOS de CONCRETO, alvenaria dePEDRA, concreto armado e PAINÉIS de MA-DEIRA e FIBROCIMENTO. Em geral, sua es-pessura mínima é regulamentada noscódigos de obras municipais. Comumen-te tem espessura de 25 em, quando ex-terna, e de 15 em, quando interna.

PAREDE A CUTELOVer Parede de Espelho.

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PAREDE CEGA/ PAREDE DE MEAÇÃO

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PAREDE CEGA

1. Parede que não possui nenhum tipo deabertura. 2. Trecho de parede disposto nahorizontal entre duas séries de vãos deESQUADRIAS, entre uma série de vãos deesquadrias e o COROAMENTO da constru-ção ou entre uma série de vãos deesquadrias e o chão.

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1.

PAREDE DE DUAS VEZES

Parede cuja espessura corresponde aodobro do comprimento do TIJOLO.

PAREDE DE ESPELHO

Parede cuja espessura corresponde àprópria espessura do TIJOLO usado na al-venaria que a forma. Resulta do ASSENTA-

MENTO do tijolo A CUTELO. Em geral, temde 8 cm a 10 cm de espessura. Em pare-des de espelho é preferível usar tijolos deencaixe. É também chamada parede acutelo e parede de um quarto de tijolo.

PAREDE DE MEAÇÃO

Parede comum a dois proprietários vizi-nhos. Seu eixo coincide com a linha divi-sória dos LOTES. As CASAS GEMINADAS e asCASAS EM FILA possuem paredes demeação. É também chamada paredemedianeira, parede-meia ou menos fre-qüentemente meia-parede.

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PAREDE DE MEIA-ALTURA/ PAREDE DOBRADA

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PAREDE DE MEIA-ALTURA

Ver Meia-Parede.

PAREDE DE MEIA-VEZ

Parede cuja espessura corresponde à lar-gura do TIJOLO usado na ALVENARIA que aforma. Em geral, tem 15 cm de espessu-ra. Comumente é usada nas divisões in-ternas das edificações. Em antigas cons-truções de meados do século passadoera freqüentemente utilizada nas EMPENAS,feita de tijolos com as seguintes dimen-sões: 44 cm x 22 cm x 6 cm a 7 cm. Étambém chamada parede de meio-tijolo,parede singela, frontal ou, menos freqüen-temente, meia-parede.

PAREDE DE MEIO-TIJOLOVer Parede de Meia-Vez.

PAREDE DE PERPIANHO

Ver Perpianho.

PAREDE-DE-PESCOÇÃO

Ver Taipa-de-Mão.

PAREDE DE UMA VEZ

Ver Parede Dobrada.

PAREDE DE UM QUARTO DE TIJOLO

Ver Parede de Espelho.

PAREDE DE UM TIJOLO

Ver Parede Dobrada.

PAREDE DE VEZ-E-MEIA

Parede cuja espessura corresponde aocomprimento e mais a largura de um TI-JOLO.

PAREDE DOBRADA

Parede cuja espessura corresponde aocomprimento de um TIJOLO ou à largurade dois, usualmente tendo 25 cm. Emgeral, é utilizada em fachadas. É tambémchamada parede de um tijolo ou paredede uma vez.

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Page 125: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PAREDE DUPLA / PAREDE FRANCESA

PAREDE DUPLA

Parede formada por duas colunas de TI-

JOLOS. Comumente uma das colunas detijolos, a externa, é composta por tijolosaparentes.

PAREDE ENCASCADA

Ver Encasque.

PAREDE ESCARPADA

Parede com grande JORRAMENTO.

PAREDE ESTRUTURADA

Ver Parede Mestra.

PAREDE ESTRUTURAL

Ver Parede Mestra.

PAREDE FRANCESA

1. Parede cujos ESTEIOS são interligadospor RIPAS horizontais, eqüidistantes, quese alternam, umas de um lado, outras deoutro, da estrutura. Os vãos entre as ri-pas são enchidos com ALVENARIA miúda,cacos de TELHA e ENTULHO. Nas antigasedificações, este enchimento era inicial-mente amparado lateralmente por TÁBUAS,que depois eram retiradas. Constitui umtipo de frontal. Principalmente em Portu-gal é também chamada frontal à galega.2. Parede feita em TAIPA-DE-MÃO. 3. Princi-palmente no litoral de São Paulo, paredeinterna feita em taipa-de-mão, construídaem prédios cujas paredes estruturais, emgeral externas, são feitas de alvenaria depedra ou TAIPA-DE-PILÃO.

3.

1.

2.

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Page 126: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PAREDE GALGADA / PARQUET

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PAREDE GALGADA

Parede que serve como referência naexecução de uma edificação contígua oupróxima, por se situar em plano paraleloaos seus principais elementos devedação.

PAREDE MEDIANEIRA

Ver Parede de Meação.

PAREDE-MEIA

Ver Parede de Meação.

PAREDE MESTRA

Parede de ALVENARIA, freqüentemente ex-terna, que suporta por toda a sua exten-são as cargas do edifício. Contrapõe-seàs paredes secundárias, que têm comoúnica função a vedação. Modernamenteé comumente chamada parede estrutu-ralou parede estruturada. É também cha-mada parede principal.

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PAREDE NUAParede totalmente desprovida de ORNA-

TOS, MOLDURAS ou ressaltos salientes.

PAREDE PRINCIPAL

Ver Parede Mestra.

PAREDE SINGELA

Ver Parede de Meia-Vez.

PARQUET

Ve Parquete.

Page 127: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PARQUETE / PARTIDO

liI PARQUETE

Piso composto por TACOS de madeira,muitas vezes dispostos de modo a forma-rem desenhos. Existem dois tipos deparquete: o parquete formado somentepor tacos, usualmente iguais; e o parqueteformado por tacos de dimensões e ma-deiras diferentes e por peças de madei-ra. Os dois tipos de parquete diferem nãoapenas nos materiais utilizados, mas tam-bém no modo como são executados e noresultado final, sendo o segundo tipo umpiso mais elaborado, de maior efeito de-corativo. Nesse último caso, o parquete étambém chamado parquete mosaico ousimplesmente mosaico. O mosaico foimuito usado em prédios mais suntuososdo início do século. É também conhecidopor parquet. Feito somente com tacos, éfreqüentemente assentado com ARGAMAS-

SA de CIMENTO e AREIA bastante resistente,preparada com pouca água e perfeita-mente nivelada, sendo então os tacos pre-gados sobre RIPADO. O mosaico exige umaexecução especial. É formado comumentepor quadros de madeira com cerca de 40cm de lado, constituído por uma base detábuas, unidas a MEIA MADEIRA, e por umacapa formando o parquete propriamentedito fixado com pregos ocultos.

PARTIDO

Diretrizes gerais adotadas no PROJETOARQUITETÔNICO, expressas pela concepçãoformal, em linhas genéricas e globali-zantes, da obra a ser construída. Em ge-ral, diz respeito à distribuição das mas-sas construídas no terreno em que seráimplantado o edifício, aos volumes dasedificações, à proporção entre CHEIOS eVAZIOS, aos principais materiais e técnicasconstrutivas a serem empregados naconstrução. O partido adotado é usual-mente conseqüência do programa arqui-tetônico, das condições do terreno em queserá implantado o edifício, do clima, dosmateriais e técnicas disponíveis na região,dos recursos para a obra, da legislaçãopara a área, do entorno e da intenção plás-tica do arquiteto. Chama-se partido hori-zontal aquele em que predominam as cir-culações horizontais, e partido vertical,aquele em que predominam as circula-ções verticais.

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PASSADiÇO I PASSO

PASSADiÇO

1. GALERIAou corredor, suspenso e exter-no, fechado ou aberto, coberto ou não,que une duas edificações ou duas partesde uma mesma edificação, comunicandocompartimentos ou recintos elevados.Pode ter escada, dando acesso ao chãoou a um piso inferior. É também chamadopassarela, principalmente quando possuimaior extensão, ou, mais raramente, pas-sagem. 2. Ponte estreita, permanente ouprovisória, feita em geral de TÁBUAS,usa-da em jardins ou no CANTEIRODEOBRAS.

PASSAGEM

Ver Caminho e Passadiço.

PASSAGEM ELEVADA

Ver Passarela.

PASSARELA

1. Passagem elevada para pedestres,construída principalmente sobre ruas, es-tradas e linhas de trem. É também chama-da passagem elevada: 2. Passadiço quepossui maior extensão. Ver Passadiço.

PASSEIO

Ver Calçada.

fi] PASSO

Cada uma das representações em pintu-ra ou escultura de um dos episódios daPaixão de Cristo. Antigamente, algumasvezes abrigava-se em pequena edificaçãoisolada. A série de passos reconstituindoa Paixão de Cristo era parada obrigatórianas procissões de Sexta-Feira Santa. Oexemplo mais notável é a série de pas-sos do Santuário do Bom Jesus deMatosinhos, Congonhas do Campo, MG.

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439

Page 129: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PASTICHE / PASTILHADO

PASTICHE

Linguagem plástica caracterizada pelo usode elementos da construção ou ACABAMEN-

TOS com a finalidade de produzir efeitocenográfico no edifício. Comumente cor-responde à utilização de antigos elemen-tos construtivos que, devido aos avançostecnológicos, passam a ter apenas signifi-cado decorativo. Alguns estilos arquite-tônicos são marcados pela utilizaçãofreqüente de pastiches, como o ECLÉTICO eo PÓS-MODERNO. É também às vezes apli-cado em obras de restauração. Conside-ra-se pastiche quando parte do edifício ouelementos construtivos totalmente deterio-rados são reconstruídos copiando-se dooriginal. Para tanto, muitas vezes são em-pregadas técnicas modernas.

PASTILHA

Pequena peça cerâmica, de formato he-xagonal, circular, quadrado ou retangular,em geral com dimensões aproximadas de2 em, usada no revestimento de paredese pisos ou na confecção de PAINÉIS decora-tivos. É um material impermeável, de fácilmanutenção e boa conservação. Seu usorestringe-se, por vezes, devido à maior di-ficuldade de execução, em relação a ou-tros tipos de LADRILHO. Não pode ser as-sentada em piso ou parede uma a uma,pelo seu tamanho reduzido, como ocorrecom outros tipos de ladrilho. É por issofornecida sobre folhas de papel, com 30cm a 35 cm de largura e 40 cm a 45 cm decomprimento. Preparada a superfície quereceberá as pastilhas, as folhas são colo-cadas, com a MASSA ainda fresca, ficandoo papel voltado para fora. O papel é retira-do com água, em geral no dia seguinte,depois de feita a PEGA da massa. Essa ta-refa exige cuidado, para: evitar JUNTAS

desencontradas nos encontros das folhas,tornando necessário operários especia-lizados. Foi muito usada no revestimentoexterno em prédios de apartamentos nasdécadas de 50 e 60, algumas vezes for-mando painéis decorativos. Exemplo: Tea-tro Cultura Artística, São Paulo, SP.

PASTILHADO

Atribuição dada ao elemento ou à peçada construção que tenham aspecto seme-lhante à superfície revestida com PASTI-

LHAS, como, por exemplo, a borracha sin-tética pastilhada.

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PATAMAR / PATAMAR-DE-CHEGADA

PATAMAR

1. PISOelevado e plano, de maior larguraque o DEGRAU,que separa os LANçaSdeuma escada ou que inicia ou finaliza aescada, permitindo um descanso na su-bida ou descida, e criando em quem tran-sita um efeito de maior segurança e co-modidade. E indispensável quando semuda a direção do eixo da escada semusar DEGRAUSEM LEQUE.Tem na maiorparte das vezes forma retangular. Emgeral, sua largura acompanha a largurada escada. No caso de se situar na mu-dança de direção do eixo da escada, àsvezes, tem largura um pouco menor. Seucomprimento deve permitir dar cerca detrês passos mantendo o ritmo estabeleci-do pelos degraus da escada, o que usual-mente corresponde entre 90 cm e 1,55m. Quando houver portas que abram parao patamar, sua superfície deverá ser au-mentada de acordo com o espaço ocupa-do pelo giro da porta. Em escadas quepercorram uma altura superior a 2,75 mé recomendável ter pelo menos um pata-mar. Do mesmo modo, a cada dezoitodegraus no máximo, é indispensável terum patamar. Por outro lado, no mínimo, énecessário ter três degraus para disporum patamar. O pequeno patamar é àsvezes chamado patim. É também chama-do descanso. 2. Piso plano que separa aextensão de uma rampa ou que inicia oufinaliza uma rampa, em geral utilizado paradar maior conforto a quem nela transita.

PATAMAR-DE-CHEGADA

PATAMARque finaliza ou inicia uma ESCA-DARIAexterna, dando acesso à porta deentrada do edifício.

2.

...

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PATAMAR-DE-VOLTA/PÁTINA

liI PATAMAR-DE-VOLTA

PATAMARsituado na mudança de direçãodo eixo das escadas.

PATIM

Ver Patamar.

PÁTINA

1. Genericamente, depósito formado nasuperfície de elementos do edifício pelaação do tempo, dando-lhe uma coloraçãoespecial. 2. Especificamente, camada decor esverdeada formada em peças ou ele-mentos da construção feitos de COBREouBRONZE,pela longa exposição à umidadedo ar ou por tratamento com ácidos. 3.Técnica de coloração aplicada em peçasou elementos da construção, principal-mente mobiliário, dando-Ihes efeito deesmaecimento de cores. Pode ser aplica-da em peças ou elementos feitos de MA-DEIRA,FERROou bronze.

3.

1.

2.

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PÁTIO / PÁTIO DE SERViÇOS

PÁTIO

Espaço descoberto, cercado por muros ouparedes, sem uso definido. Pode estarsituado no interior do edifício ou externa-mente, sendo neste último caso anexo àedificação. O pátio interno tem muitas ve-zes a função de receber e distribuir luz ear a alguns compartimentos localizadosinternamente. Pode ser particular oucoletivo. Algumas VILAS e antigos CORTiÇOS

possuem pátios coletivos. Usualmente épavimentado. Nas antigas edificações eraem geral LAJEADO. Pode ser ou não provi-do de um pequeno jardim.

PÁTIO DE MANOBRAS

Ver Pátio de Serviços.

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PÁTIO DE SERViÇOS

Em edifícios de maior porte, destinados aindústria, serviços ou comércio, grandeárea descoberta anexa ao edifício, ocu-pada em geral por veículos ou grandesequipamentos, para serviços de carga edescarga, recuperação e manutenção deveículos e equipamentos ou para fins es-pecíficos industriais. É indispensável emaeroportos, grandes oficinas ou grandeshospitais. Quando usado exclusivamentepara veículos, principalmente para cargae descarga, é também chamado pátio demanobras.

443

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- ---:::IQUE / PAU-DE-PEITO

PAU-A-PIQUE1. Genericamente, qualquer sistema cons-trutivo que utilize gradeados de VARAS demadeira organizados em SEBE, preenchi-dos com BARRO. As varas de madeira sãochamadas PIQUES. É comum seu uso emprédios rurais, rústicos ou precários. 2.Especificamente, o mesmo que taipa-de- .mão. Ver Taipa-de-mão.

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2.

PAU-COMPRIDOVer Cumeeira.

PAU-DE-FILEIRAVer Cumeeira.

PAU-DE-PEITO1. Genericame'nte, TRAVESSA de madeiradisposta no vão de janelas, servindo comoPEITORIL. Foi muito usado nas antigas edi-ficações feitas em TAIPA. É também cha-mado travessa-de-peito e tábua-de-peito.2. Especificamente, travessa horizontalque une superiormente os BALAÚSTRES emSACADAS.

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PAVILHÃO

PAVILHÃO

1. Construção leve, em geral não compar-timentada, muitas vezes desmontável,usada principalmente para exposições.Em fins do século XIX e início deste eracomum a construção de pavilhões de FER-

RO e VIDRO para feiras e exposições indus-triais internacionais, desmontados apósos eventos. Sua montagem, embora rela-tivamente rápida, resultava em edificaçãosólida e durável. Alguns exemplares, poresse motivo, permaneceram, tendo ounão seu uso modificado. Exemplo: Palá-cio de Cristal, Petrópolis, RJ. 2. Constru-ção isolada integrante de um conjuntoarquitetõnico, em geral com uso secundá-rio ou específico em relação ao edifícioprincipal, com dimensões menores ecaracterísticas formais próprias. Podesituar-se no exterior, o mais freqüente, ouno interior do edifício principal. 3. Corpointegrante de um edifício, identificado pelaapresentação de características formaispróprias. Freqüentemente está situado noalto da edificação. 4. ALA integrante doedifício, com uso específico. O termo émais aplicado referido a ala de hospitaldestinada a determinada especialidademédica.

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445

Page 135: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PAVIMENTAÇÃO / PEANHA

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PAVI M ENTAÇÃO

Estrutura aplicada à superfície de vias ougrandes áreas externas abertas, sobre asquais transitam veículos. É constituída poruma ou mais camadas de materiais. A ca-mada superior é chamada REVESTIMENTO ea inferior, LEITO. Permite maior conforto, se-gurança e fluidez no tráfego de veículos.Existem diversas técnicas de pavimentação.Sua maior adequação depende de condi-cionantes físicos, como clima, solo e topo-grafia, e do seu uso. Paraseu bom funciona-mento, é indispensável adequada drena-gem de águas pluviais. Fazer pavimentaçãoé chamado pavimentar. A via ou área provi-da de pavimentação é chamada de pavi-mentada. É também chamada pavimento.

PAVIMENTADO

Ver Pavimentação.

PAVIMENTAR

Ver Pavimentação.

PAVIMENTO

Ver Pavimentação e Piso.

PÉ1. Unidade de medida de comprimento deorigem inglesa. É dividido em 12 polega-das. Corresponde a 30,48 em. 2. Tábuaque serve de ESPELHO nos DEGRAUS demadeira. 3. Vulgarmente, o mesmo quebase. Ver Base.

2.

PEANHA

Pequeno PEDESTAL, em geral provido deMOLDURAS, usado principalmente nas fa-chadas como apoio a estatuetas e vasos.Quando se constitui em saliência no pa-ramento da parede é também chamadaCONSOLO. Às vezes é também chamadasupedâneo.

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PÉ-DE-CABRA I PEDESTAL

PÉ-DE-CABRAInstrumento formado por uma alavancade ferro fendida em uma de suas extre-midades, usada no canteiro de obras,principalmente pelo carpinteiro, para des-cravar pregos.

PÉ-DE-CARNEIROVer Rolo Pé-de-Carneiro.

PÉ-DE-MOLEQUEPAVIMENTO feito com pedras irregulares.Foi muito usado nas ruas estreitas dascidades brasileiras no período colonial.Sua técnica de execução é bastante rudi-mentar. As pedras são assentadas umapor uma com um martelo sobre o leito deterra regularizada. Em seguida espalha-se mais terra e com um SOQUETE manualprocede-se à COMPACTAÇÃO.

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fi] PEDESTAL1. Genericamente, qualquer elemento quese constitua em suporte ou EMBASAMENTO

isolado para outro elemento ou ornamen-to da construção. 2. NÇ3.ARQUITETURA cLÁs-SICA, elemento que serve de suporte àCOLUNA, disposto sob sua BASE. É divididoem base, DADO e CORNIJA e possui usual-mente MOLDURAS. Quando é contínuo, ser-vindo de suporte a uma COLUNATA, recebeo nome de ESTILÓBATO. Quando serve desuporte a duas colunas é chamado pe-destal dobrado.

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1.

2.

7

Page 137: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PÉ-DIREITO / PÉ-DIREITO DUPLO

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PÉ-DIREITO1. Altura que vai do piso ao teto nos com-partimentos ou recintos de um edifício. Suaaltura mínima é fixada por legislação, emgeral nos códigos de obras municipais, deacordo com o uso dado ao compartimen-to ou ambiente do edifício. Durante o sé-culo XIX, o pé-direito das construções eramuito elevado, por exigência da legisla-ção, como medida de higiene. A partir doséculo XX foi progressivamente diminuí-do, considerada desnecessária sua exces-siva elevação, devido ao uso de novosmateriais que permitiam a abertura deamplos vãos nas fachadas. 2. Nos ARCOS

e nas ABÓBADAS, paredes ou suportes iso-lados que os sustentam. É também cha-mado encontro. 3. Altura das OMBREIRAS

dos vãos de portas ou janelas. 4. Cadauma das peças verticais que formam osANDAIMES. Se a altura do andaime for ele-vada, os pés-direitos são emendados.

2.

3. 4.

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PÉ-DIREITO DUPLOPÉ-DIREITO de um compartimento ou am-biente cuja altura corresponda à altura doscompartimentos do pavimento em que seencontre somada à altura dos compartimen-tos do pavimento imediatamente acima,

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PEDRA / PEDRA CALCÁRIA

PEDRAMaterial duro, sólido, homogêneo e resis-tente, obtido da fragmentação de rochas.E empregada principalmente em ALVENA-RIAe REVESTIMENTOde pisos e paredes.Existe grande variedade de pedras usa-das em construção. Basicamente é dividi-da em duas categorias: silicosa e calcária.A pedra silicosa é muito dura e emprega-da sobretudo em PAVIMENTOS,MEIOS-FIOSe alvenarias. GRANITOSe BASALTOSsãopedras silicosas. A pedra calcária é fácilde trabalhar mas menos durável e nãoresistente ao fogo. MÁRMORESe CALCÁRIOSsão pedras calcárias. Antes de ser aplica-da, é submetida a uma série de opera-ções para lhe dar forma, dimensão e as-pecto desejados. Pode ser irregular ouAPARELHADA.Pode ter diferentes ACABAMEN-TOS.Em antigas edificações coloniais erausada principalmente nas alvenarias dosedifícios de maior porte e importância.Atualmente, seu emprego em alvenariasde paredes é inviável economicamente.

PEDRA AFEiÇOADAVer Aparelhada.

PEDRA AMARROADAVer Pedra-de-Mão.

PEDRA AMARROTADAVer Pedra-de-Mão.

PEDRA BASÁLTICAVer Basalto.

PEDRA SRITADAVer Brita.

PEDRA CALCÁRIAPEDRAque contém carbonato de cálcio emabundância. Existem pedras calcáriassedimentares e pedras calcárias meta-mórficas. Do primeiro grupo fazem parteos calcários e do segundo os MÁRMORES.Exige menos mão-de-obra que outraspedras, porém é menos durável e nãoresiste ao fogo. O cálcario comum consti-tui matéria-prima da fabricação do CALedo CIMENTO.Foi muito usada na ornamen-tação e em esculturas de antigas igrejasdo período colonial. Exemplos: Igreja deNossa Senhora da Guia, Santa Rita, PB;Igreja da Ordem Terceira de São Francis-co, Salvador, BA.

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9

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PEDRA DA ARA / PEDRA DO ÂNGULO

PEDRA DA ARA

Nas igrejas, tampo de pedra que compõeo altar.

PEDRA DA TERRA

Ver Gnaisse

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PEDRA-DE-LANCIL

Em antigas edificações, cada uma daspedras APARELHADAS utilizada na GUARNiÇÃO

dos vãos de portas' e janelas. O conjuntodas pedras-de-Iancll de um vão é chama-dOARa.

PEDRA DE LlOZ

Ver Lioz.

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PEDRA-DE-MÃO

Pedra bruta com diâmetro aproximado de30 em. É usada como AGREGADO graúdona composição do CONCRETO CICLÓPICO.É às vezes também chamada pedra amar-roada ou pedra amarrotada.

PEDRA DO ÂNGULO

Cada uma das pedras de um CUNHAL quetem as duas faces concorrentes aparen-tes APARELHADAS. É também chamada pe-dra do canto.

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PEDRA DO CAFEZAL / PEDRA-POMES

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PEDRA DO CAFEZAL

Antigamente, fragmento de BASALTOescu-ro usado na confecção de pisos, princi-palmente de PEDRAPORTUGUESA.

PEDRA DO CANTO

Ver Pedra do Ângulo.

PEDRA DO REINO

1. Pedra APARELHADAque no período colo-nial vinha de Portugal para o Brasil ser-vindo de lastro nos navios que levavamprodutos brasileiros para a Europa. Emgeral, tratava-se de MÁRMORE,GRANITOouLlOZ.Até meados do século XIX, esse cos-tume foi mantido. 2. O mesmo que lioz.Ver Lioz.

PEDRA ESCORRIDA

Ver Escopro.

PEDRA INSOSSA

Ver Pedra Sossa.

PEDRAL

MURO DE ARRIMOem patamar, feito de AL-VENARIAde pedra, usado para correção denível do terreno. Em antigas edificaçõesera complementado por escada de aces-so, entre a rua e a entrada do prédio. Étambém chamado rampado.

PEDRA-MÁRMORE

Ver Mármore.

PEDRA-POMES

Pedra bastante porosa e leve que servepara polir superfícies e limpá-Ias. É em-pregada para polimento do REBOCOantesdo seu revestimento com outros materiais.Misturada ao CIMENTOé utilizada pela in-dústria da construção na composição doCONCRETOLEVE.

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PEDRA PORTUGUESA/PEDRA SOSSA

PEDRA PORTUGUESAPISOformado por pequenos pedaços deBASALTOnegros, justapostos em contras-te com fragmentos brancos de CALCÁRIO,compondo desenhos. É usada principal-mente em calçadas, sobretudo no Rio deJaneiro. Em geral, o desenho compostocom a pedra portuguesa tem formas on-dulantes. É também chamada mosaicoportuguês.

PEDRA-SABÃOPedra mole, de cor cinza, azul ou esver-deada, obtida da fragmentação de rochasilicosa metamórfica. Tem grande ocorrên-cia na região central de Minas Gerais. Éfacilmente trabalhada. Foi muito emprega-da em esculturas e ORNATOSnas antigasedificações mineiras coloniais, sobretudoreligiosas. Foi excepcionalmente utilizadapor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho,na sua obra escultórica empregada naarquitetura mineira colonial. Por se tratarde uma variedade de esteatita, é tambémchamada esteatita. Exemplos: púlpito daIgreja de São Francisco de Assis, OuroPreto, MG; PORTADAe elementos escul-tóricos da Igreja de Nossa Senhora doCarmo, Ouro Preto, MG; esculturas doADRO do Santuário do Bom Jesus deMatosinhos,Congonhas do Campo, MG.

PEDRA SECAVer Pedra Sossa.

PEDRA SOLTAVer Pedra Sossa.

PEDRASOSSACada uma das pedras que forma semARGAMASSAa ALVENARIAde muro ou pare-de. É também chamada pedra seca, pe-dra solta ou pedra insossa.

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PEDRAS SEM VENTO NEM QUEBRAS / PEDRISCA

PEDRAS SEM VENTO NEM QUEBRASAntigamente, pedras de CANTARIA inteiriçase sem falhas, totalmente maciças. Erampreferidas para serviços finos de ACABA-

MENTOS.

PEDRA-UMEMaterial formado por sulfato duplo de alu-mínio e potássio, usado em certos tiposde pintura, principalmente a pintura deCAL, para aumentar sua aderência.

PEDREGULHOPedra solta e miúda, retirada dos solos,do fundo dos rios ou de minas, com diâ-metro compreendido entre 4,8 mm e 76mm, utilizada principalmente como AGRE-

GADO graúdo nos CONCRETOS. Só deve serusado na fabricação dos concretos depoisde lavado, isto é, limpo de terra e matériaorgânica. Antes da confecção do concre-to é ainda separado pelo seu diâmetro empeneiras de malhas com espaçamentosvariados. Quando usado na composiçãodo CONCRETO ARMADO possui no máximo38 mm de diâmetro.

PEDREIRALocal onde são extraídas pedras paraconstrução ou calçamento. Sua explora-ção é regulamentada por legislação, paracontrole do meio ambiente.

PEDRISCAVe Pedrisoo.

453

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PEDRISCO / PEITO DE POMBA

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PEDRISCOMaterial proveniente do BRITAMENTO depedras, com diâmetros compreendidosentre 0,075 mm e 4,8 mm. Tem aplicaçãovariada na construção. Uma camada depedrisco sobre CONTRAPISO pode substi-tuir a impermeabilização de uma superfí-cie que recebe piso cerâmico. Um con-junto de pedriscos é usado colado comPICHE na parte inferior dos TACOS paramelhorar sua fixação no piso. É tambémchamado pedrisca.

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PEGA1. Genericamente, instante em que se ini-cia o processo de endurecimento de AGLO-

MERADOS, como ARGAMASSAS e CONCRETOS.2. Especificamente, instante em que seinicia o processo de endurecimento doconcreto. Ocorre logo após o amas-samento dos materiais que compõem oconcreto. O lançamento do concreto nãodeve ser feito após o início da pega. Porisso, deve-se processar o lançamento omais rápido possível após o amas-samento. O intervalo entre o fim do amas-samento e o lançamento não deve serjamais superior a uma hora. Existem cer-tos compostos químicos que adicionadosao concreto reduzem o tempo de pega.

1.

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2.

PEGÃOVer Contraforte.

PEITO DE POMBAPerfil convexo em 1/4 de círculo. A expres-são é mais aplicada quando referida àextremidade dos CACHORROS dos telhadosde antigas edificações.

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Page 144: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PEITORIL / PEITORIL À FRANCESA

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PEITORIL1. Superiície inferior dos vãos de janelas,disposta no sentido horizontal, algumasvezes provida de ligeira inclinação para oexterior, facilitando o escoamento de águaspluviais. Sua altura é variável. Em geral,possui cerca de 85 cm em salas e quartose entre 1 m e 1,25 m em cozinhas e locaisde trabalho. 2. Peça, usualmente de MADEI-

RA ou PEDRA, disposta sobre o peitoril da ja-nela, destinada a dar melhor ACABAMENTO

na construção, proteger o peitoril do vão eauxiliar no escoamento de águas pluviaispara fora do prédio. Pode ser menor, maiorou igual à espessura da parede. Muitasvezes apresenta uma pequena saliênciavoltada para o exterior. É comum apresen-tar uma PINGADEIRA na sua face inferior sali-ente, evitando o escoamento de águas plu-viais pela parede. 3. Por extensão, paredeentre o piso e o peitoril do vão de janela.Quando a parede que contém o vão da ja-nela tem a espessura de 30 cm ou mais,usualmente possui menor espessura, crian-do maior comodidade para quem debruçana janela. É também chamado parede depeitoril ou parapeito. 4. O mesmo que guar-da-corpo. Ver Guarda-Corpo.

2.

3.

PEITORIL À FRANCESANas JANELAS RASGADAS, CAIXILHO fixo quecompleta a altura do PANO-DE-PEITO, for-mando PEITORIL com 1 m de altura.

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Page 145: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PELE DE VIDRO / PENA-D'ÁGUA

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fi] PELE DE VIDROElemento de vedação externo à estruturado edifício feito unicamente de qrandesPAINÉIS de VIDRO e seus CAIXILHOS de ALU-

MíNIO. Alguns desses painéis podem seconstituir em janelas. Em geral, é utiliza-da em prédios de vários pavimentos. Éuma solução de fachada recente nas edi-ficações brasileiras, influenciada pelaarquitetura americana dos anos 60. Suaaplicação em áreas de clima mais quenteestá condicionada à instalação de ar-con-dicionado, portanto se apresentando mui-tas vezes inconveniente. É também cha-mada curtaín wall e fachada-cortina.

PELOURINHOMarco, geralmente de pedra, comumenteem forma de coluna, que simbolizava aautoridade do poder de Portugal nas anti-gas vilas e cidades coloniais. Tem sem-pre como arremate superior as armas dorei. Situava-se na praça principal dos po-voados. Junto a ele eram expostos ouaçoitados criminosos e escravos. Tambémeram divulgados os editais públicos. Foiextinto durante o Império. É uma das ca-racterísticas mais marcantes dos antigosnúcleos urbanos. Em algumas das anti-gas cidades coloniais, até hoje se encon-tra o antigo pelourinho. É o caso de Caetée São João dei-Rei em Minas Gerais.

PENA-D'ÁGUAEm canalizações de água, dispositivo quelimita o consumo em prédios. Estrangulao ramal fazendo a água passar atravésde orifício calibrado. Impede o consumoexagerado e colabora para que a redepública mantenha a pressão necessáriaao abastecimento. Permite a cobrança dofornecimento de água pela empresa dedistribuição. É usada em substituição aoHIDRÔMETRO quando a rede de abasteci-mento de água não é suficiente para aten-der toda a solicitação da cidade.

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Page 146: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

-_ PENDENTE / PERCINTA

til PENDENTECada um dos triângulos esféricos situa-dos nos quatro cantos das CÚPULAS SOBRE

PENDENTES. É também chamado perchinaou trompa.

til PENDURALNas TESOURAS do telhado, peça vertical queune as extremidades superiores das PER-

NAS à LINHA ou à FALSA LINHA, e na qual seapóia a CUMEEIRA. Em geral, é ligado à li-nha com auxílio de um ESTRIBO metálico.As extremidades das pernas são usual-mente encaixadas no pendural, podendoser também ligadas com auxílio de estri-bo metálico. Em algumas tesouras, serveigualmente de apoio a MÃOS-FRANCESAS eESCORAS.

PÊRAPequena peça alongada que contém umINTERRUPTOR elétrico, unida a fio elétricoaparente nos aparelhos de iluminação ouem campainhas.

til PERCINTA1. Cada um dos ESTRIBOS circulares dosPILARES CINTADOS. Seu diâmetro é aproxi-madamente 5 cm inferior ao diâmetro dopilar. O espaçamento entre percintas deveser menor ou igual a 1/5 do seu diâmetroou 8 cm. 2. O mesmo que cinta de amar-ração. Ver Cinta de Amarração.

1.

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Page 147: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PERFIL

PERFIL1. Contorno de um terreno, de umaedificação ou de qualquer elemento ar-quitetônico. 2. Representação gráfica deseção vertical feita em terreno, via,edificação ou parte da edificação. O ter-mo se aplica particularmente quando re-ferido à seção vertical feita em terrenoou via. Nos projetos de loteamento earruamento é indispensável a apresen-tação do perfil de todas as vias propos-tas, indicando as COTAS do terreno. 3.Nome dado às peças metálicas resisten-tes, de forma alongada e estreita, usa-das, de acordo com seu porte, na estru-tura da edificação ou de um elemento daconstrução. O perfil metálico tem usual-mente a forma de I, 1, duplo 1, U, ou L. Otermo é aplicado em parte como modode distinguir as peças metálicas em for-ma de chapa.

1.

2.

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PERFILADO / PÉRGULA

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PERFILADO

1. Atribuição dada a qualquer elementoou peça da construção disposto na posi-ção vertical. O elemento perfilado é tam-bém chamado de aprumado. 2. Atribuiçãodada aos elementos da construção, emgeral iguais, dispostos de modo que umade suas faces, ou um ponto de uma desuas faces, passem por uma mesma li-nha reta. O elemento perfilado é tambémchamado de alinhado. 3. Reentrância ousaliência, contínua e vertical, feita em umelemento da construção, por exemplo,ENTABLAMENTO ou CIMALHA, para efeito de-corativo. Pode ou não conter MOLDURAS.É também chamado perfilatura.

7f/

3.

PERFILATURA

Ver Perfilado.

PÉRGOLA

Ver Pérgula.

PERGOLADO

Ver Pérgula.

PÉRGULA

1. Construção ou cobertura feita em jar-dins, terraços ou espaços externos, paraefeito decorativo ou abrigo. É apoiada emCOLUNAS, PILARES ou está em BALANÇO.

Comumente, sua cobertura é vazada,constituída por peças delgadas, paralelasou cruzadas, feitas de MADEIRA, ALVENARIA,

CONCRETO ARMADO ou FERRO, revestida pormaterial leve, muitas vezes transparenteou translúcido, ou por trepadeiras. 2. Porextensão, espaço sobre a pérgula. Nossentidos 1 e 2, é também chamadapérgola ou pergolado.

1.

459-

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PERISTILO / PÉROLAS

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PERISTILO

GALERIA que circunda o edifício ou um PÁ-

TIO, ou que está situada em frente à fa-chada. É formado de um lado por COLU-

NAS isoladas e do outro, pela paredecomumente externa do edifício. Exemplo:Palácio do Supremo Tribunal, Brasília, DF.

PERNA

Ver Banzo, Empena e Perna-de-Serra.

PERNA-DE-SERRA

Peça de madeira cuja seção mede 3" x 3". Éempregada principalmente no canteiro deobras em serviços auxiliares, usualmentecomo ESCORA. Em geral, é feita de pinhode primeira, segunda ou terceira qualida-des. É também chamada perna-de-três ousimplesmente perna.

PERNA-DE-TRÊS

Ver Perna-de-Serra.

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PÉROLAS

ORNATO linear na forma de pequenas es-feras encarreiradas, usado como MOLDU-

RA ou associado a molduras, principal-mente em CIMALHAS e FRISOS. São tambémchamadas contas.

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PERPIANHO / PERSIANA DE CORRER

PERPIANHO1. Nome dado a pedra APARELHADA dispos-ta em ALVENARIA de modo que atravessetoda a espessura de parede ou muro. Aparede formada por pedras de perpianhoé chamada parede de perpianho. 2. Porextensão, principalmente em Portugal,parede estreita feita de CANTARIA. 3. TIJo-

LO disposto na alvenaria de modo que seucomprimento forme a espessura da alve-naria. É também chamado tijolo perpianho,tijolo de perpianho, tijolo tição ou tijolo atição. A parede formada por perpianhosé chamada parede de perpianho.

1.

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Anteparo de proteção ao sol, feito indus-trialmente, formado por um conjunto delâminas móveis, estreitas e alongadas,disposto pelo lado interno de janelas ePORTAS-JANELAS, para evitar o excesso deluminosidade no interior de compartimen-tos. As lâminas das persianas são usual-mente de alumínio plastificado, com umalargura variável. Elas são movimentadaspelo manejo dos fios de tergal que asunem, regulando a luminosidade e esten-dendo ou recolhendo a persiana. As lâmi-nas da persiana podem estar dispostasno sentido vertical ou horizontal.

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PERSIANA DE ENROLAR

Anteparo de proteção contra a lumino-sidade usado em janelas. É formada poruma armação em geral metálica ondecorrem palhetas paralelas horizontais demadeira, metal ou plástico. As palhetassão levantadas ou abaixadas por meio deuma cinta de lona. Na parte superior, aci-ma do vão da janela, fica uma caixa ondese enrola quando suspensa. É fabricadaindustrialmente por firmas especializadas.

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PERSPECTIVA / PERSPECTIVA A SENTIMENTO

PERSPECTIVA

Representação gráfica de uma peça, umelemento, uma parte da edificação, um edi-fícioou até mesmo do conjunto formado peloedifício e o seu entorno, de modo que seapresentem as suas três dimensões, per-mitindo melhor visualização da obra a serconstruída. É feita pelo traçado das modifi-cações aparentes produzidas pela distân-cia e pela posição no objeto desenhado.Muitas vezes é integrada no PROJETO ARQUI-

TETÔNICO, principalmente nas etapas doestudo preliminar e do projeto de execução.Existem várias técnicas de traçar uma pers-pectiva, que são utilizadas de acordo como que se pretende representar. Represen-tar uma peça, um elemento, uma parte daedificação, um edifício ou o seu entorno emperspectiva é chamado perspectivar. O pro-fissional, arquiteto ou desenhista, que fazperspectivas é chamado perspectivista.

PERSPECTIVA AÉREA

PERSPECTIVA CÔNICA que considera o pon-to de vista do observador acima da su-perfície superior do objeto. Seu ponto defuga pode estar acima ou abaixo do pia-no horizontal em que se projeta a figura.

PERSPECTIVA A SENTIMENTO

PERSPECTIVA feita sem acompanhamentorigoroso de nenhuma das técnicas exis-tentes de perspectiva, utilizando basica-mente a sensibilidade do perspectivista.

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PERSPECTIVA A VÔO DE PÁSSARO / PERSPECTIVA AXONOMÉTRICA

PERSPECTIVA A VÔO DE PÁSSARO

PERSPECTIVA CÔNICA que considera o pontode vista do observador a uma distânciaconsiderável do plano onde será projeta-do o objeto considerado. Seu ponto defuga se encontra acima do plano horizon-tal. Resulta na possibilidade de melhorvisualização da superfície superior doobjeto. Em geral, é utilizada na represen-tação do edifício e do seu entorno.

PERSPECTIVA AXONOMÉTRICA

PERSPECTIVA AÉREA que considera a projeçãodo objeto sobre um plano oblíquo, estandoesse objeto relacionado a três eixos coor-denados ortogonais. Suas verticais são pro-jetadas na verdadeira grandeza, resultan-do que todas as dimensões no planohorizontal, além das verticais, se encontramem escala. Suas diagonais e curvas no pia-no vertical são distorcidas. É principalmenteutilizada na representação do edifício. É tam-bém chamada simplesmente axonométrica.

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PERSPECTIVA CAVALEIRAj PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

PERSPECTIVA CAVALEIRAPERSPECTIVA traçada a partir de projeçõescilíndricas do objeto. E considerada umcaso particular da PERSPECTIVA LINEAR, emque o observador se encontra no infinito,numa determinada direção. É mais apli-cável a objetos isolados e de pouca gran-deza, sendo portanto freqüentementeusada na representação de peças e ele-mentos da construção. É pouco indicadapara a representação de um prédio exter-namente, pois o que aparece mais é suacobertura. Sua execução é simplificada.É também chamada perspectiva cilíndri-ca ou perspectiva militar.

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\).,'y 'YPERSPECTIVA CILíNDRICAVer Perspectiva Cavaleira.

PERSPECTIVA CÔNICAVer Perspectiva Linear.

PERSPECTIVA ISOMÉTRICAPERSPECTIVA AXONOMÉTRICA que represen-ta a altura, a largura e a profundidade doobjeto considerado na mesma escala. Emgeral, suas linhas horizontais partem si-metricamente do plano, formando comeste 30°. Possibilita um desenho muitosimples. É muitas vezes utilizada na re-presentação de elementos ou peças daconstrução, pela maior facilidade no seudesenho. Apresenta-se, no entanto, par-ticularmente rígida, e chega a ser confu-sa em objetos simétricos. É também cha-mada simplesmente isométrica.

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PERSPECTIVA LINEAR / PERSPEX

PERSPECTIVA LINEAR

PERSPECTIVA que utiliza na representaçãode um objeto um plano vertical, que sesupõe disposto entre o observador e oobjeto considerado, um plano horizontal,em que se acha o objeto, e um ponto devista. Baseia-se nas projeções cônicas doobjeto, em que todas as linhas de projeçãosão concorrentes a um ponto, sendo esseponto o olho do observador. É muito utili-zada na representação do edifício ou departes da edificação externamente. É tam-bém chamada perspectiva cônica.

PERSPECTIVA MILITAR

Ver Perspectiva Cavaleira.

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PERSPECTIVA PANORÂMICA

PERSPECTIVA traçada sobre superfície ci-líndrica circular de eixo vertical, o pontode vista sendo tomado sobre o eixo des-sa superfície. Em geral, é utilizada na re-presentação de um conjunto formado pordiversos edifícios e o seu entorno.

PERSPECTIVAR

Ver Perspectiva.

PERSPECTIVISTA

Ver Perspectiva.

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PERSPEX

RESINA acrílica transparente, usada emsubstituição ao VIDRO. É mais forte e maisleve que o vidro. Não estilhaça. É inferiorao vidro na resistência ao fogo. Pode serfabricado na forma e dimensão desejada.Pode ser obtido incolor ou tingido, planoou corrugado, encurvado ou emoldurado.Sua espessura varia de 1 mm a 25 mm.Suas chapas podem ser unidas porcolagem ou massa. Quando tingido, écomumente usado em DIVISÓRIAS ou PAINÉIS

internos. É também chamado plexig/ass.

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PERXINA/ PIA BATISMAL

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PERXINA

Ver Pendente.

PESTANA

1. Pequeno prolongamento EM VERGASeSOBREVERGAS,principalmente de PORTAS-JANELAS, ou nas LAJES, servindo deproteção às esquadrias contra chuva. 2.O mesmo que rufo. Ver Rufo.

PEZ

Qualquer substância resinosa aglutinante,sólida ou sem i-sólida, natural ou artificial,resíduo de destilação ou evaporação par-cial de materiais densos. PICHE,ALCATRÃOe BREUsão pez. É usado principalmenteem impermeabilizações ou fabricação deVERNIZES.

PEZ LOURO

Ver Pez Seco.

PEZSECO

PEZ duro e frágil, obtido da destilação deterebintina. Pode ser dissolvido em álcool,acetona, benzol e éter. Serve para fabri-cação de VERNIZESe para SOLDA. É tam-bém chamado pez louro e colofônia.

PIA BATISMAL

Em igrejas, BACIA de pedra, apoiada naparede ou em COLUNA, onde se verte aágua utilizada no batismo. Em geral, estásituada na entrada da igreja ou em com-partimento especial destinado aosbatismos. Comumente possui altura dopiso de cerca de 90 cm. Em antigas igre-jas coloniais mineiras, era esculpida emPEDRA-SABÃO,formando LAVaRES.

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PIA DE ÁGUA BENTA/ PiÇARRA

PIA DE ÁGUA BENTA

Em igrejas, pequena BACIA, apoiada nasparedes, contendo água que recebeu bên-ção especial e com a qual se aspergem.os fiéis. Muitas vezes tem forma de concha.Comumente encontra-se na entrada daigreja. Em antigas igrejas coloniais minei-ras, freqüentem ente era feita de PEDRA-

SABÃO.

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Núcleo central cheio e vertical das ESCA-

DAS DE CARACOL. É também chamado mas-tro, pilarete ou escaparate.

PICÃO

Ferramenta composta por um cabo liga-do a uma peça de FERRO pontiaguda emambas as extremidades. É usada peloCANTEIRO para LAVRAR pedras de modo tos-co. Em Portugal é também chamado pico.

PICARETA

Ferramenta composta por um cabo com-prido de madeira unido a uma peça deferro alonqada, estreita e em geralaguçada. E usada principalmente paraescavar terra ou arrancar pedras, no can-teiro de obras.

PiÇARRA

Cascalho ou terra misturados com areia ePEDREGULHO, formando AGLOMERADO natu-ral resistente. Constitui-se em solo naturalincompressível, servindo de FUNbAÇÃO.

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PICHE / PíER

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PICHE

Substância preta, resinosa, muito pega-josa, obtida da destilação do ALCATRÃO.Possui muitas aplicações na construção.É usado, misturado com areia, na feiturade MÁSTIQUEpara impermeabilizaçâo deterraços e coberturas. E empregado naface inferior dos TACOSde madeira, para

. facilitar sua fixação ao piso. Serve de iso-lante contra umidade em paredes. É utili-zado na pintura das partes de peças demadeira, como MOURÓES,postes e PÉS-DI-REITOSde ANDAIMES,que ficam enterrados,para evitar rápido apodrecimento.

PICOVer Picão.

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PICOLA

ESCODAque possui apenas um dos ladosachatado e provido de dentes. É usadapara alisar placas de pedra, como GRANI-TO,preparadas anteriormente com outrosinstrumentos. É também empregada paraalisar o CONCRETOdepois de desenformado.Alisar placa de pedra, ou mesmo concre-to, com picola, é às vezes chamado picolar.

PICOLAR

Ver Picola.

PICTOGRAMA

Representação figurativa para sinalizar oudemarcar uma área ou um compartimen-to determinado. É usado na programa-ção visual de ambientes, em geral,coletivos ou públicos. .

PíERPAVIMENTOsobre armação metálica ou demadeira que se projeta na água em la-gos, lagoas, rios ou mar, usado como caispara embarcações. Sua estrutura éencravada na terra sob a água. É um ele-mento componente de clubes e parquesnaúticos.

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PILAR / PILAR-GARFO

PILAR

Elemento estrutural vertical que serve desustentação às construções. Em geral, otermo é aplicado quando referido ao ele-mento de seção poligonal, usualmenteretangular ou quadrado, sendo chamadoCOLUNA o pilar de seção cilíndrica. Nasconstruções de CONCRETO ARMADO, formajuntamente com as VIGAS e as LAJES a es-trutura do ediflcro. Recebe as cargas devigas e lajes e as transmite às FUNDAÇÕES.Seu dimensionamento é feito pelo calcu-lista em função da carga que suportará edo número de pilares distribuídos no pré-dio. Freqüentemente, em concreto arma-do, tem no mínimo 12 cm de largura, sen-do que quando quadrado tem usualmentea largura mínima de 20 cm. O pequenopilar é chamado pilarete.

PILAR CINTADO

PILAR feito de CONCRETO ARMADO, cuja AR-MADURA é constituída por PERCINTAS. É uti-lizado quando a forma do pilar é cilíndri-ca. A distância da percinta à face do pilaré de aproximadamente 5 cm. O espaça-mento entre as percintas é menor ou iguala 8 cm ou de cerca de 1/5 do diâmetro dapercinta.

PILARETE

Ver Pião e Pilar.

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PILAR-GARFO

PILAR comumente PRÉ-MOLDADO, que tema forma de um garfo com dois dentes cur-tos. Em geral, é associado a vigas-telha,formando PÓRTICO.

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PILASTRA / PILOTI

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PILASTRAElemento decorativo, com a forma de umPILAR, freqüentemente de seção retangularou quadrada, sem i-embutido no paramen-to da parede. Em geral, é utilizado nasfachadas, dividindo-as em panos verticais.Em construções antigas é usualmentedividida em BASE, FUSTE e CAPITEL, muitasvezes acompanhando uma ORDEM arqui-tetônica, principalmente em prédiosNEOCLÁSSICOS. Quando está situada naquina do edifício é chamada CUNHAL.

PILASTRA MISULADAVer Quartelão.

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2.

PILOTI1. Conjunto de PILARES ou COLUNAS de sus-tentação, que permitem a utilização deespaço livre, não compartimentado. Emgeral, está situado no andar térreo ou empavimentos imediatamente superiores aele. Foi uma solução amplamente utiliza-da na ARQUITETURA MODERNA, constituindoum dos seus preceitos fundamentais. Tor-nou-se viável com o uso do CONCRETO AR-MADO nas construções. Exemplo: Ministé-rio da Educação e Cultura, Rio de Janeiro,RJ. 2. Por extensão, pavimento predomi-nantemente de PLANTA LIVRE, em conse-qüência do uso de pilotis. Freqüentemen-te, em grande parte, constitui-se em umespaço aberto. Seu uso é recomendávelpara prédios em locais de clima quente,pois garante a livre circulaçãodo ar. Nosprimeiros prédios em que foi utilizado,esse pavimento comumente correspondiaao andar térreo. Atualmente situa-se fre-qüentemente em pavimentos mais altos,imediatamente inferiores aos andares uti-lizados por apartamentos ou escritórios.É usado principalmente como área de re-creação ou garagem.

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PILOTO / PINÁSIO

PILOTONos aquecedores a gás, pequeno bicoque é acendido inicialmente, ou que per-manece aceso, e a partir do qual se acen-dem os demais, quando principia a circu-lação de água através do aparelho.

PINÁCULOVer Coruchéu e Grimpa.

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2.

1.

PINÁSIO1. Cada uma das peças delgadas, emgeral feitas de madeira, que seguram, eàs vezes separam, os vidros em portas,janelas e BANDEIRAS envidraçadas. Nasedificações antigas, algumas vezes erasinuoso, formando desenho. Quando seconstitui em estreita FASQUIA, em geralcom as bordas arredondadas, é mais fre-qüentemente chamado cordão. 2. Cadaum dos montantes que divide o vão deportas e janelas duplas, triplas, quádru-plas etc. O termo é mais aplicado quandoreferido a MONTANTES de madeira. 3. Prin-cipalmente no Sul e no Rio de Janeiro,TRAVESSA de PORTAS ENGRADADAS. 4. EmSão Paulo, especificamente, travessa in-ferior de portas engradadas, em geralmais larga que as demais travessas.5. Cada uma das TÁBUAS verticais quesustentam as tábuas horizontais que ser-vem de piso em escadas. 6. Em Portu-gal, nas lareiras, particularmente de co-zinhas, cada uma das peças de CANTARIA

que compõe o fechamento [ateral daabertura onde se faz o fogo. E tambémutilizada a grafia pinázio.

4.

5.

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3.

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PINÁZIO/ PINGUELA

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PINÁZIOVer Pinásio.

PINGADEIRA1. Sulco ou rebaixo longitudinal feito nassuperfícies inferiores de elementos oupeças da construção em BALANÇOvoltadopara o exterior. Tem como função evitarque as águas pluviais escorram pelo pa-ramento de paredes. É comum seu usono PEITORILde janelas e em CIMALHAS.Nospeitoris, é conveniente ter perfil especial.2. Sulco longitudinal feito na face inferiorde MOLDURAsinuosa disposta na parte in-ferior das FOLHASde portas e janelas. Temcomo função evitar que as águas da chu-va entrem no interior do compartimento,escorrendo pela SOLEIRAou pelo peitoril.

PINGUELATORO largo ou PRANCHAde madeira atra-vessado sobre córrego, servindo de pon-te. Pode constar de projeto de paisagismo. . ..

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PINHAl PINTURA

liIPINHA

ORNATO imitando o fruto do pinheiro. Foimuito usada na ornamentação externa deantigas edificações, nos arremates supe-riores dos PILARES de BALCÕES e portõesou nos cantos dos telhados. Comumenteera feita de porcelana ou vidro colorido. Étambém chamada pinhão.

PINHÃO

Ver Pinha.

PINO

1. Genericamente, qualquer peça; emgeral cilíndrica e alongada, que éintroduzida em orifício de duas ou maispeças para uni-Ias ou articulá-Ias. O pinode aço é comumente usado na constru-ção para fixação de elementos estruturaismetálicos ou PRÉ-MOLDADOS. 2. Nas DOBRA-DiÇAS, peça cilíndrica e alongada que soli-dariza as suas duas asas e que serve deeixo de articulação.

2.

o BO O1.

PINTURA

Revestimento aplicado às superfícies deelementos e peças da construção, dan-do-Ihes ACABAMENTO e coloração. Facilitaa conservação e limpeza dos elementose peças em que é utilizada. Permite umefeito decorativo. Em geral, apresentacusto inferior ao de outros tipos de reves-timento. Existem vários modos e váriasespécies de pintura. Cada tipo de pinturaexige tintas e ferramentas específicas. Asprincipais ferramentas usadas na pinturasão: pincéis, broxas, rolos, espátula, pis-tola, bandeja, lixa e escova de aço. Podeser feita no canteiro de obras ou industrial-mente, dependendo principalmente dotipo de peça ou elemento a ser pintado edo material que é empregado. E um dosúltimos serviços feitos na obra.

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PINTURAA COLA/ PINTURAA TÊMPERA

PINTURA A COLA

PINTURAfeita com pigmentos misturadoscom água e temperados com cola. Sópode ser empregada internamente e so-bre REBOCO.Foi usada em antigas edifi-cações antes da introdução da PINTURAAÓLEO.

PINTURA A ÓLEO

Ver Tinta a Óleo.

1.

PINTURA ARQUITETÔNICA

PINTURAque representa em superfícies,geralmente de tetos, elementos constru-tivos perspectivados, criando a ilusão dapresença de espaço arquitetõnico. Permitevariadas perspectivas, de acordo com osdiferentes ângulos em que se coloque oobservador. Foi usada principalmente nosFORROSde tábuas corridas das antigasedificações coloniais, sobretudo religio-sas. Constituía-se em verdadeira obra-pri-ma feita por artistas. O quadro central,que é chamado visão, comumente repre-sentava uma imagem sacra, e era feitoem PINTURAA ÓLEO.As lateraisgeralmen-te apresentavam elementos arquitetõni-cos, e recebiam PINTURAA TÊMPERA.Emantigas igrejas e capelas das últimas dé-cadas do século XVIII e primeiras do sé-culo XIX, freqüentemente apresentava arepresentação ilusória de um novo andarcom BALCÕES,PILASTRASe COLUNAS.É tam-bém chamada pintura de perspectiva epintura ilusionista. Exemplos: Igreja deNossa Senhora da Conceição da Praia,Salvador, BA; Igreja de São Francisco deAssis, Ouro Preto, MG; Igreja de NossaSenhora da Abadia, Goiás, GO.

PINTURA A TÊMPERA

1. PINTURAfeita com pigmentos dissolvidosem um adstringente, como cola ou clarade ovo, facilitando sua aderência à super-fície. Foi muito usada antes da introduçãoda PINTURAAÓLEO.2. Pintura que utiliza tin-ta encorpada, composta de CALe GESSO,na proporção meio a meio. Permite umACABAMENTOrugoso, áspero e bonito. Nãopode ser lavada, sendo somente usadainternamente. Tornou-se ultrapassada como aparecimento de melhores tintas parapinturas. Em geral, era aplicada batendo-se a tinta com uma escova. É também cha-mada pintura gesso-cola.

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PINTURA DE BONECA/ PIQUE

PINTURA DE BONECA

Ver Boneca.

PINTURA DE PERSPECTIVA

Ver Pintura Arquitetônica.

PINTURA ELETROSTÁTICA

PINTURAfeita industrialmente ou por firmasespecializadas, usada em PERFISe chapasmetálicas. Utiliza tinta líquida ou a pó. Pro-porciona qualidade de ACABAMENTOe varie-dade de cores. Torna elementos e peçasmais duráveis e resistentes.

PINTURA GESSO-COLA

Ver Pintura a Têmpera.

PINTURA ILUSIONISTA

Ver Pintura Arquitetônica.

PINTURA LÁTEX

Ver Tinta Látex.

PINTURA POLIÉSTER

PINTURAindustrial para colorir e protegerPERFISe chapas metálicos.

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Na TAIPA-DE-MÃO,cada uma das VARASqueforma o GRADEADObarreado a mão.

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PIQUETAGEM DIRETA/ PIQUETEAR

PIQUETAGEM DIRETAProcesso de lOCAÇÃO da obra que consis-te na medição e marcação com um PIQUE-TE de cada ponto importante da constru-ção, ou seja, em eixos de PILARES, paredese FUNDAÇÕES. É usada principalmente empequenas obras. Utiliza como instrumen-tos auxiliares TEODOLlTO e ESTADIA ou TRE-NA, régua, NíVEL DE TUBO e PRUMO.

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PIQUETECada uma das peças cravadas no chão,para materializar com exatidão um pontoimportante no terreno. É usado em lEVAN-TAMENTOS TOPOGRÁFICOS ou lOCAÇÃO daobra. Seu formato e tamanho são variá-veis de acordo com o tipo de terreno ouserviço realizado. Em trabalhos topográ-ficos, comumente consiste em uma peçade madeira pontiaguda que tem um pe-queno furo no centro do topo. É cravadode modo que apenas 1 cm de altura seencontre sobre a superfície do terreno. Nofuro do piquete é encaixada uma BALIZA.Usualmente, em ruas reduz-se a um pre-go ou parafuso cimentado no chão. Nalocação da obra, geralmente consiste empeça de madeira pontiaguda que recebeum prego ou tacha no centro do topo.Cravar piquetes no terreno é chamadopiquetear.

PIQUETEARVer Piquete.

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PISO/ PISO ELEVADO

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PISO1. Superfície construída, externa ou inter-na, que recobre o chão ou elemento es-trutural horizontal, e sobre a qual se pisa.É feito nos mais variados materiais, de-pendendo comumente do uso dado aorecinto ou compartimento em que é utili-zado. Nas antigas construções, o piso in-terno era em geral constitu[do por TÁBUASde MADEIRAou por LADRILHOHIDRAÚLlCO.Atualmente, além de CERÂMICA,PEDRA,outábuas e TACOS de madeira, são empre-gados inúmeros materiais industriaiscomo piso. É também chamado pavimen-to, principalmente quando referido à su-perfície externa. 2. Cada um dos andaresda construção. Nos antigos prédios con-siderava-se piso térreo aquele situadoacima do RÉS-DO-CHÃO.O andar acima dopiso térreo era considerado o primeiropiso. É também chamado pavimento eandar. 3. No degrau das escadas, partehorizontal na qual se pisa. A sua larguraé freqüentemente determinada segundoa sua relação com a altura do degrau,considerando o comprimento habitual dopasso. Em geral, esta medida varia de 25cm a 30 cm. A largura mínima admitidapara o piso de ESCADASDE CARACOLé de10 cm. É também chamado coberta e,principalmente em Portugal, cobertor.

2.

liI PISO ELEVADOPISO com estrutura AUTOPORTANTE,situa-do a pequena altura do pavimento, per-mitindo instalação de CABOS,ELETRODUTOSe tubulações sob ele. É fornecido comer-cialmente por firmas especializadas. Fa-cilita acesso às instalações situadas noentrepiso. Possibilita redução de peso nascargas da estrutura do edifício, se com-parado a outros pisos convencionais. Pos-sui custo elevado. Em geral, é compostopor placas moduladas justapostas apoia-das em armação sobre suportes metáli-cos reguláveis. Comumente eleva-se a 10cm do piso. Usualmente, suas placas sãode AÇO ou MADEIRAAGLOMERADA,com ACA-BAMENTOSvariados. Em geral tem cercade 60 em x 60 em.

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PISO EM TIJOLEIRA / PISO VINíLlCO

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PISO EM TIJOLEIRAPISOformado por TIJOLOSde barro cozi-do, assentados sobre terra sacada. Foiusado em antigas construções.

PISO ROMANORevestimento feito à base de pedaços deMÁRMOREirregulares. Em geral, é usado emPISOSde VARANDAS,VESTíBULOS,salas, cozi-nhas e copas. Comumente é fixado comARGAMASSAde CIMENTOe AREIA,acrescidaou não de SAIBRO.OS trechos não ocupa-dos pelos pedaços de mármore são pre-enchidos por uma argamassa feita com póde mármore e pequenos pedaços de már-more. Quando convenientemente REJUN-TADOé muito resistente. Deve ser polidoapós a aplicação. Em pequenos comparti-mentos, o polimento pode ser feito compedras de esmeril. Em superfícies maio-res, freqüentemente é utilizada a politrizdo CALAFATE.É às vezes também designa-do pelo nome italiano terrazzo, principal-mente quando referido às edificações an-tigas. Étambém chamado mosaico romano,principalmente quando forma padrões.

PISO TÉCNICONome dado ao PAVIMENTOutilizado somen-te para disposição de equipamentos, porexemplo, de ar condicionado central, einstalações hidráulicas, elétricas e telefô-nicas. Tem altura bem inferior à do pavi-mento comum, que varia de acordo comas instalações ou equipamentos que re-cebe. Em geral, é utilizado em prédios demaior porte com função especial, comoem indústrias ou grandes hospitais. É tam-bém chamado espaço técnico.

PISO VINíLlCOPISOformado por placas ou rolos flexíveisfeitos com substância vinílica, sobretudoPVC, à qual são adicionados pigmentos.Constitui-se em piso impermeável, de fá-cil instalação e, principalmente, manuten-ção e limpeza. Usualmente, suas placaspossuem dimensões de 30 cm x 30 cm eespessura de 2 mm ou 3 mm. Proporcio-na grande variedade de cores. Pode sercolado sobre qualquer material, desdeque a base existente seja regularizadacom ARGAMASSAà base de PVA, uma mis-tura de CIMENTO,água e cola branca, paracorrigir suas imperfeições. É.indicado parahospitais, supermercados, bancos, escri-Ó 'os, escolas, 'as e adras esportivas.

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PISTOLA/ PLANIMETRIA

PISTOLA

Aparelho de ar comprimido usado em pin-tura ou envernizamento das superfícies depeças ou elementos da construção, so-bretudo metálicos.

PIVÔ

FERRAGEM composta por duas peças arti-culadas, usada principalmente para mo-vimentar as FOLHAS de JANELAS PIVOTANTES.

PLACA

Chapa ou folha pouco espessa, mas rígida.

PLACAGEM

Ver Forra.

n/r-----7--fi] PLAFONIER

Dispositivo metálico usado para fixar glo-bos e receptáculos de lâmpadas e prendê-los a tetos ou paredes.

PLAINA

1. Instrumento de carpinteiro e marcenei-ro composto por uma lâmina de aço dis-posta inclinada na abertura de paralelepí-pedo de madeira, atravessando toda asua espessura, de modo que seu bordocortante fique aparente na sua face infe-rior. É usada para alisar peças de madei-ra no sentido das suas fibras, tornando asuperfície uniforme. 2. Máquina usada emSERRARIAS para aparelhar PRANCHAS e TÁ-

BUAS de madeira. Comumente é chama-da plaina mecânica, para distinção da plai-na manual.

PLAINA MECÂNICA

Ver Plaina.

PLANIMETRIAVer Levantamento Planimétrico.

2.

479

Page 169: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PLANO DA TESTA / PLANO DE TRABALHO

PLANO DA TESTA

Cada um dos planos ideais que delimitamas extremidades das ABÓBADAS. Em geral, ~a abóbada possui dois planos das testas,paralelos e verticais. ABÓBADAS ESFÉRICASnão têm planos das testas.

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PLANO DAS IMPOSTAS

Ver Impostas.

PLANO DE ESCORREGAMENTO

Plano do talude natural dos terrenos. Aci-ma do plano de escorregamento, qual-quer material do terreno não se mantémpor si próprio, podendo escorregar paraa base.

PLANO DE NASCENÇA

Ver Impostas.

PLANO DE TRABALHO

Plano horizontal, em geral situado entre75 cm e 1 m acima do piso do comparti-mento, considerado nos projetos de ilu-minação interna.

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PLANTA/ PLANTA DE COBERTURA

PLANTA1. Genericamente, desenho que repre-senta a projeção horizontal de um elemen-to da construção, de uma edificação, deum terreno ou de uma área. Existem vá-rios tipos de planta, que, de acordo como que representam, recebem denomina-ções especiais. A função essencial daplanta é apresentar as medidas das dis-tâncias. 2. Por extensão, disposição doselementos construtivos, principalmentedos elementos de vedação, que são re-presentados em PLANTA BAIXA, na constru-ção. 3. Especificamente, o mesmo queplanta baixa. Ver Planta Baixa.

2.

PLANTA BAIXADesenho que representa a projeção hori-zontal da edificação -ou de parte daedificação. É traçado a partir de um cortehorizontal feito um pouco acima da alturado PEITORIL das janelas ou distando cercade 1 m do PISO. Consta de todas as eta-pas do PROJETO ARQUITETÔNICO, diferindoem cada uma dessas etapas quanto aograu de informações apresentado.

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PLANTA DE COBERTURAPlanta que mostra o edifício visto de cima,apresentando o contorno total da edi-ficação. Tem por finalidade caracterizar otelhado e indicar o modo como as águasda chuva serão retiradas e conduzidaspara o solo. Usualmente é feita em esca-la de 1:100. É também chamada plantade telhado.

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PLANTA DE LOCAÇÃO / PLANTA EM QUADRA

PLANTA DE LOCAÇÃO

Desenho que representa a projeção hori-zontal dos elementos estruturais e devedação, tendo como referência um sis-tema de coordenadas, de modo a permi-tir definir os níveis de assentamento, asdimensões e a forma da construção. Fazparte do anteprojeto e do projeto de exe-cução, tendo nesta última etapa as infor-mações definitivas para a obra. Usualmen-te é feita na escala de 1:50.

PLANTA DE SITUAÇÃO

Planta que indica o terreno, seus princi-pais acessos, a orientação e a implanta-ção das edificações e de elementos cons- .trutivos. Define a posição da edificação nointerior do terreno e a posição deste emrelação ao logradouro e aos terrenos vizi-nhos. Em geral, consta do estudo prelimi-nar, do anteprojeto e do projeto de exe-cução, em escala de 1: 100 ou 1 :200.Apresenta, em cada uma dessas etapas,diferentes níveis de informações.

PLANTA DE TELHADO

Ver Planta de Cobertura.

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PLANTA EM QUADRA

Disposição dos elementos de vedação demodo a tomarem, em PLANTA, a forma igualou aproximada de um quadrado. O termoé mais aplicado quando referido à dispo-sição dos elementos de vedação externosde todo o edifício. Exemplos: Mosteiro deSão Bento, Rio de Janeiro, RJ; Palácio doItamaraty, Rio de Janeiro, RJ.

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Page 172: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PLA TA GEOMÉTRICA / PLASTICIDADE

PLANTA GEOMÉTRICA

Nos projetos de loteamento e arruamento,planta que indica o traçado de ruas e cal-çadas, as divisões dos lotes e de áreaspara equipamentos, as faixas nonaedifícandi e as áreas verdes e especiais.Usualmente é feita em escala de 1:500ou 1:1000.

liiI PLANTA LIVRE

Disposição dos elementos de vedação emum recinto ou uma edificação de modo apermitir sua não compartimentação. Naplanta livre, os únicos elementos verticaisinternos são constituídos por PILARES ouCOLUNAS. Tornou-se possível com a intro-dução do CONCRETO ARMADO e de estrutu-ras metálicas na construção, que dispen-saram os elementos de vedação de umafunção estrutural, possibilitando a distri-buição dos elementos verticais de acordocom as conveniências espaciais e plásti-cas. Constitui um dos fundamentos bási-cos do MODERNISMO.

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~ . PLANTA TOPOGRÁFICAPlanta que representa as declividades doterreno por intermédio do desenho decurvas de nível e de alguns pontos deCOTAS da área. É realizada a partir do LE-

VANTAMENTO TOPOGRÁFICO do terreno. Emgeral, as curvas de nível são traçadas de5 m em 5 m ou de metro em metro, sen-do que no último caso a planta topográfi-ca se torna mais confiável. Usualmente éfeita na escala de 1:500 ou 1:1000. Antesde iniciar o PROJETO ARQUITETÔNICO em ter-reno com declives é indispensável ter umaplanta topográfica da área.

PLASTICIDADE

Propriedade dos materiais de se deixaremmoldar por efeito de uma ação exterior. AARGAMASSA deve possuir boa plasticidade,possibilitando o preenchimento de irregu-laridades nas ALVENARIAS. Solos argilosostêm plasticidade, apresentando menorestaxas de resistência à COMPRESSÃO.

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PLATAFORMA / PLATÉIA

PLATAFORMA1. Superfície plana e alteada, feita de ter-ra, ALVENARIA ou MADEIRA, sobre a qual po-dem estar assentes ou não elementos daconstrução, para os quais serve comobase. Quando constituída por terra é tam-bém chamada platô. 2. Espaço destinadoaos passageiros que embarcam ou de-sembarcam, nas estações rodoviárias,ferroviárias ou metroviárias. Basicamen-te é constituída por um piso elevado naaltura aproximada do chão de ônibus,vagões de trens ou metrôs, facilitando oembarque e desembarque. O número deplataformas e sua separação em platafor-ma de embarque e desembarque depen-dem em geral do porte das estações. Porse tratar de um espaço de grande movi-mentação de pessoas, deve ter materialde piso resistente ao desgaste e de fácillimpeza, como piso CERÂMICa, ARGAMASSA

mineral de alta resistência ou piso de bor-racha sintética.

1.

PLATÉIA1. Genericamente, qualquer recinto des-tinado ao público para assistir a espetá-culos, em teatros, cinemas ou casas deespetáculo. 2. Especificamente, em tea-tros, cinemas ou casas de espetáculo,espaço destinado ao público, situado jun-to ao PALCO, no qual se assiste ao espe-táculo. Tem formas variadas, que acom-panham o formato dos palcos, depen-dendo do tipo de espetáculo a que sedestina. A profundidade da platéia tam-bém depende do tipo de espetáculo apre-sentado. Em geral, considera-se adequa-do que a platéia possua profundidadequatro vezes a largura do palco. Os ma-teriais utilizados no revestimento de pisos,paredes e tetos na platéia atendem prin-cipalmente às necessidades de ACÚSTICA

do prédio.

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2.

:PALCO

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Page 174: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PLA TERESCO I PLINTO

PLATERESCOOrnamentação assemelhada aos LAVORESrebuscados feitos em prata ou ouro du-rante o período pós-renascentista naEspanha. Foi usado nos ORNATOSem BAI-XO-RELEVOdas obras de TALHAem igrejasbaianas durante o século XVI. Exemplos:altar dos Santos Mártires e altar das Vir-gens Mártires, Catedral de Salvador, BA.

fi] PLATIBANDAElemento vazado ou cheio disposto no altode fachadas, coroando a parede externado prédio, formando uma espécie de.mureta que esconde as águas dos telha-dos e eventualmente serve de proteçãoem terraços. Em geral, é utilizada para daracabamento decorativo à fachada daconstrução.

PLATÔVer Plataforma.

PLEXIGLASSVer Perspex.

1.fi] PLINTO

1. Peça quadrangular lisa, que serve debase a um PEDESTALou a uma COLUNA.2.BASEsobre a qual é assentada uma está-tua. 3. Base compacta, lisa, contínua e depouca altura, de um elemento da cons-trução, principalmente de GRADILde fecha-mento. 4. Parte superior ou ÁBACOdoCAPITELTOSCANO.Nos sentidos 1, 2 e 3, oplinto é também chamado soco.

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485

Page 175: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PLUGUE / poço DE EXPLORAÇÃO

PLUGUE

Ver Bujão.

PÓ-DE-PEDRA

Material proveniente do britamento depedras, composto de fragmentos de mica.Possui diâmetro máximo inferior a 0,075mm. Foi muito usado, adicionado ao RE-BOCO, nas fachadas e muros de prédiosna década de 30. Exemplo: Igreja daSoledade, Boa Vista, Recife, PE.

PÓ DE SAPATOS

Ver Negro de Fumo.

PÓ LEVEVer Negro de Fumo.

PÓ NEGRO

Ver Negro de Fumo.

PÓ XADREZ

Produto fabricado industrialmente usadopara queimar piso cimentado.

POÇO ARTESIANO

Poço em geral profundo cujas águas sãoimpelidas naturalmente até a superfície dosolo sem necessidade de bombeamento.Raramente é encontrado um poço arte-siano completo. Sua água é pura e per-feitamente potável.

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roco DE EXPLORAÇÃO

Nas SONDAGENS, escavação feita no terre-no, possibilitando sua inspeção direta, emprofundidade.

Page 176: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

poço DE VENTILAÇÃO / POÇO NEGRO

poço DE VENTILAÇÃOÁrea aberta de pequenas dimensões,destinada a ventilar compartimento de usoespecial e curta permanência em prédiosde vários pavimentos.

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poço DE VISITAAcesso à galeria de águas pluviais feitono calçamento de vias, para permitir suainspeção e limpeza.

fi] poço FREÁTICOPoço para abastecimento de água queatinge lençol freático. Pode ser superficial,quando o lençol de água está próximo donível do terreno, ou profundo, quando seencontra entre duas camadas imper-meáveis do solo. Quando superficial,usualmente é aberto com auxílio de bro-cas ou ALVIÃO. Quando profundo, é perfu-rado mecanicamente. Suas águas podemser retiradas com bombas manuais oumecânicas. Freqüentemente, suas águasnão são potáveis, devendo submeter-sea processo de tratamento.

poço NEGROVer Fossa Negra.

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Page 177: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

poço SEMI-ARTESIANO / POLEGADA

poço SEMI-ARTESIANO

POÇOem geral profundo que não possuiartesianismo completo, precisando serprovido de meios de elevação de água.Comumente são usados dois processospara elevação de água. O sistema ma-mute consiste na introdução de dois tu-bos concêntricos no poço. No tubo demenor diâmetro é comprimido ar, que,misturado à água, permite que esta seeleve pelo de maior diâmetro por efeitode pressão. Outro processo consiste nouso de bombas submersas, cujo funcio-namento é mais precário que o anterior.

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liI POIAL

1. Genericamente, saliência em parede,muro ou outro elemento da construção,formando assento fixo ou apoio paraobjetos. 2. Especificamente, nos CHAFARI-ZES, bordos largos de tanques e baciasonde são colocados vasos, potes ou ou-tros recipientes. Em antigas construções,em geral era feito de pedra lavrada,

POLEGADA

1. Medida inglesa e americana de com-primento equivalente a 2,54 em. Usual-mente divide-se em meios, quartos, oita-vos, 16 e 32 avos. É utilizada no dimen-sionamento de muitas peças da cons-trução, principalmente metálicas ou demadeira. Corresponde à 12a parte do PÉ.2. Antiga medida de comprimento de Por-tugal equivalente a 2,75 em. Subdividia-se em 12 linhas.

2.

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Page 178: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

POLlCARBONATO / POLlETILENO

POLlCARBONATO

Material fabricado a partir de uma resinaplástica, resistente a impactos e atóxico.Suporta alta e baixa temperaturas. É usa-do na fabricação de torneiras, e sob a for-ma de chapas ou telhas transparentes àluz, em substituição ao vidro. Substituin-do o vidro, pode ser empregado em FA-

CHADAS, COBERTURAS, vitrines, PARAPEITOS,

DIVISÓRIAS ou GUICHÊS. A chapa de poli-carbonato é leve, permitindo economia naestrutura do edifício. Pode ser plana oucurva. É de fácil manuseio. Possui índicede condutibilidade térmica inferior ao dovidro, bem como custo inferior.

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--~\~(-----------------y------POLlESTIRENO

Resina clara e transparente, extremamen-te leve e excelente isolador elétrico. Éusado pela indústria da construção na fa-bricação de LADRILHOS para parede. Podereceber adição de pigmentos coloridos.Não se presta para uso externo, pois sedeteriora com a luz solar.

POLlESTIRENO EXPANDIDO

Ver Isopor.

POLlETILENO

Resina termoplástica, translúcida, flexívele isolante elétrica. É empregado sob aforma de canos em tubulação, principal-mente de condicionadores de ar. Na for-ma de manta e fita é usado sob pisos etelhados para evitar ressonância e prote-ger contra umidade.

9

Page 179: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

POLlURETANO _

Substância sintética caracterizada por suaexcepcional aderência à superfície. Pos-sui grande resistência química e física. Émuito durável e impermeável. É empre-gado na fabricação de vernizes, principal-mente para revestimento de pisos ou AL-

VENARIA de CONCRETO APARENTE. Na formade espuma rígida é utilizado no miolo demateriais isolantes, por suas proprieda-des termoacústicas.

?OLlURETANO / PONTA E BOLSA

POLlVINIL CLORIDO

Resina vinílica termoplástica, atóxica, re-sistente, imune à ação de ácidos, álcalis,sais e óleos. Não propaga chama. Seuemprego mais comum é em tubos e CONE-XÕES. E particularmente indicado para tu-bulação de água fria, pois não afeta a com-posição, gosto, odor ou cor da água. Éfabricado em canos de 6 m de comprimen-to, com diâmetro entre 20 mm e 110 mm,para instalações residenciais, e 1/2" e 6",para industriais. Usualmente é produzidonas cores branco, marrom e azul. Recen-temente vem sendo aplicado também nafabricação de CAIXILHOS de janelas. AsESQUADRIAS de polivinil clorido têm comovantagens facilidade na manutenção eestabilidade de dimensões em diferentescondições de temperatura ou umidade.Vulgarmente é também chamado PVC. .

PONTA

1. Extremidade de menor dimensão detubos ou MANILHAS, na qual é encaixada aextremidade de maior dimensão de outrapeça igual, em tubulações. A extremida-de de maior dimensão é chamada BOLSA.

2. Extremidade de menor dimensão daTELHA-CANAL.

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2.

PONTA DE DIAMANTE

Ver Bico-de-Diamante.

PONTA E BOLSA

Nome dado ao tubo ou MANILHA que pos-sui extremidades com diferentes diâme-tros, para facilitar seu encaixe nas canali-zações.

Page 180: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PONTAL/ PONTE DORMENTE

PONTAL1. Prego cuja cabeça tem seção qua-drangular, feito de FERRO FORJADO, usadonas antigas construções, principalmentepara unir peças de ferro em peças demadeira. 2. Na TAIPA-DE-PILÃO, peça demadeira disposta verticalmente sobre astampas do TAIPAL, impedindo que estas seinclinem para fora, assegurando a ver-ticalidade das paredes. Suas extremida-des são embutidas nos orifícios de peçaschamadas AGULHA ou cangalha. Quandofeito de pau roliço, o mais comum, é tam-bém chamado costa.

2.

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PONTALETE1. Genericamente, qualquer peça de ma-deira ou metal disposta A PRUMO ou ligei-ramente inclinada, trabalhando a COM-PR·ESSÃO. Auxilia na sustentação de umelemento ou de outra peça da construçãode maior dimensão. 2. Especificamente,em TESOURAS do telhado, peça vertical si-tuada entre a PERNA e a LINHA, que temcomo função evitar a FLEXÃO da perna. Emgeral, situa-se mais próximo do encontroentre a linha ea perna. Comumente apre-senta seção de 6 cm x 12 cm. É usado natesoura aos pares, simetricamente, ten-do como eixo o PENDURAL. Dependendodo porte e da forma como é estruturada,uma tesoura pode ter mais de um par depontaletes. Quando não apresenta na suaparte inferior uma pequena base comoapoio, é também chamado TIRANTE. É tam-bém chamado contrapendural.

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2.

PONTE DORMENTEEm antigas FORTIFICAÇÕES, rampa fixa deacesso às PONTES LEVADiÇAS.

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Page 181: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PONTE LEVADIÇA/ PONTILHÃO

PONTE LEVADiÇA

1. Em antigas FORTIFICAÇÕES, PASSADiÇOmóvel situado sobre fosso que as circun-dava. Quando levantada, impossibilitavao acesso à fortificação. 2. Ponte móvel quese eleva e se abaixa por intermédio deum mecanismo. Quando levantada, per-mite passagem de embarcações altas.

PONTE PÊNSILVer Ponte Suspensa.

1.

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PONTE SUSPENSA

Ponte formada por tabuleiro sustentadopor hastes ou TIRANTES verticais, que porsua vez são seguros em CABOS que seestendem de uma à outra margem docurso de água. Em geral, os cabos sãofortemente ancorados nas extremidadesem altos PILARES de ALVENARIA construídosnas margens do curso de água. É tam-bém chamada ponte pênsil.

PONTEIRAPequena haste de metal pontiaguda utili-zada no canteiro de obras com o auxíliode uma MARRETA ou um martelo, para ra-char uma superfície. É empregada, porexemplo, na retirada de um revestimentode piso.

PONTILHÃO

Ponte pequena, de vão inferior a 10m. Emgeral situa-se sobre ribeirões ou valas.

Page 182: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PONTO DE LUZ / PONTO DO ARCO

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PONTO DE LUZ

Nas instalações elétricas, cada um doslocais que recebe um aparelho de ilumi-nação. Está situado em paredes e tetos.Nos projetos de instalação elétrica, pos-sui diferente representação gráfica, emcaso de se tratar de ponto de luz no tetoou na parede.

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PONTO DO ARCO

Relação existente entre a FLECHA e o VÃOdo ARCO.

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Page 183: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PONTO DO TELHADO / PORCA

PONTO DO TELHADO

Relação existente entre a altura do telha-do e a largura do seu vão. A altura do te-lhado está compreendida entre os planosda CUMEEIRA e dos FRECHAIS. Indica a incli-nação do telhado.

PORÃO

Espaço situado entre o solo e o primeiropiso da construção, e com altura tal quepermita minimamente dispor nas suasparedes externas pequenos vãos de ja-nela, ÓCULOS ou SETEIRAS. Tem como fun-ção básica impedir o contato entre o soloe o primeiro piso da edificação. Cria umacirculação de ar abaixo do primeiro pavi-mento, evitando a umidade no seu inte-rior. Em geral, seu piso localiza-se pelomenos um pouco abaixo do nível do chãoou da pavimentação que circunda aedificação. Antigamente só era conside-rado porão o espaço que tivesse no míni-mo a quarta parte do seu PÉ-DIREITO abai-xo do chão ou pavimentação circundante,sendo chamado RÉS-DO-CHÃO o espaçoque não fosse tão enterrado. Quando suaaltura permite que uma pessoa fique depé, é chamado porão habitável, e tem usofreqüente de depósito ou adega. Seuemprego foi comum nas habitações demaior porte construídas no final do sécu-lo XIX e início deste. Eram chamadas CA-

SAS DE PORÃO ALTO. Com o uso do CONCRE-

TO ARMADO na construção e de técnicas emateriais que permitiam a impermeabili-zaçáo do piso, deixou de ser utilizado nasconstruções.

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PORCA

Pequena peça de metal e às vezes demadeira, provida de um furo rosqueado,no qual entra um parafuso. Em geral, parauso na construção, tem a forma externasextavada ou quadrada. É apertada noparafuso com uma CHAVE INGLESA ou umaCHAVE FIXA.

Page 184: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PORCELANA/ PÓRFIRO

'PORCELANA

Produto cerâmico proveniente da argilapura, composta de caulim. É um materialtranslúcido, impermeável, de textura fina,grande dureza e cor branca. Pode servitrificada. A vitrificação lhe dá a proprie-dade do isolamento térmico e elétrico. Éusada na fabricação de aparelhos sanitá-rios, peças de instalação elétrica, elemen-tos decorativos e PASTilHAS para revesti-mento de pisos e paredes. As pastilhasde porcelana possuem índice de absor-ção muito baixo, resistência a agentesquímicos e à ação de intempéries. Sãoproduzidas em variados tamanhos, fosca,brilhante, esmaltada ou acetinada.

PÓRFIRO

1. Variedades de MÁRMORE caracterizadaspor maior dureza e resistência e belasmanchas muito brancas sobre fundos ver-des, purpúreos ou arroxeados. Sua lindaaparência ressalta com polimento. É usa-do em COLUNAS decorativas, tampos demesa, BANCAS e PISOS. 2. Variedade deBASALTO, muito dura e de cor vermelho-escura, composta de feldspato, quartzo emica. Torna-se mais belo pelo polimento.É usado em pisos, bancas e tampos demesa.

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Page 185: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PORTA

PORTA

1. Abertura em paredes ou muros, ao ní-vel do piso, vedada por FOLHA móvel, pelaqual pessoas e veículos têm acesso aoedifício, aos recintos e compartimentos.É composta de uma parte fixa e de umaparte móvel. A parte fixa corresponde emgeral ao MARCO ou CAIXÃO e à GUARNiÇÃO.A parte móvel é constituída por uma oumais folhas, também chamadas VEDOS ouBATENTES. Existem vários tipos de porta.Em geral, suas dimensões estão vincula-das ao tamanho do objeto ou fluxo depessoas para os quais serve como pas-sagem. Ao longo do tempo houve umatendência à diminuição da sua altura. Emgrande parte deve-se ao uso de novosmateriais estruturais que permitiram aampliação das janelas, tornando desne-cessário seu uso para ventilar e iluminaro edifício. Sua utilização restringiu-se apermitir a passagem. O aproveitamentodo espaço interno depende da disposiçãoe do sentido de abertura das portas. De-pendendo do modo como é feita ou doseu funcionamento, recebe muitas vezesnomes especiais. 2. Parte móvel da portaque permite vedar sua abertura. Usual-mente é feita de madeira, e menos fre-qüentemente de metal. Comercialmenteé encontrada em dimensões padroniza-das de: 0,60 m x 2,10 m; 0,70 m x 2,10 me 0,80 m x 2,10 m. Pode receber trata-mento especial em compartimentos ondesão necessários isolamento acústico outérmico. É também chamada folha, baten-te ou vedo.

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Page 186: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PORTAALMOFADADA/ PORTA BASCULANTE

PORTA ALMOFADADA

PORTA ENGRADADAcomposta por ALMOFA-DAS que constituem o MACHO no encaixeMACHO E FÊMEAfeito cO,m as peças queformam o ENGRADADO.E o tipo mais co-mum de porta engradada. É também cha-mada porta de almofadas rebaixadas.

PORTA ARTICULADA

Ver Porta de Abrir.

PORTA AUTOMÁTICA

Porta que possui comando por sensor quepermite sua movimentação pela aproxima-ção de pessoas ou objetos móveis. Seuacionamento pode ser pneumático oueletromecânico. Freqüentemente possuidispositivo especial colocado sob o pisojunto à SOLEIRA,combinado ou não a célu-las fotelétricas. É utilizada em prédios quetenham fluxo constante de pessoas, comohotéis e aeroportos.

PORTA BASCULANTE

Porta usada em grandes vãos cujo vedogira sobre eixo horizontal colocado próxi-mo à sua PADIEIRA.Comumente, seu eixositua-se a cerca de 2/3 da sua altura e,quando aberta, fica em posição horizon-tal. Comparada à PORTADE CONTRAPESO,também usada no fechamento de gran-des vãos, apresenta como desvantagensmaior dificuldade de execução e desper-dício na altura do vão. Sua FOLHAem ge-ral é feita com material muito leve parafacilitar a sua movimentação, usualmen-te um esqueleto metálico revestido comfolha de ZINCO. Pode ser instalada asso-ciada a comutadores elétricos que permi-tam sua abertura por controle remoto por

entro ou por fora do edifício. É às vezestambé m ada orta levadiça.

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Page 187: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PORTABLINDADA! PORTACOMPENSADA

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PORTA BLINDADA

Porta de AÇO feita de modo a apresentarresistência a fogo e arrombamento. É com-posta de uma estrutura de aço em formade espinha de peixe, preenchida commaterial resistente a alta temperatura,usualmente VERMICULlTA,revesti da por pla-cas de aço, que podem ser pintadas ourecobertas com folhas de madeira ou deFÓRMICA.Exige ser encaixada em paredede CONCRETO.É também chamada portacorta-fogo.

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PORTA CHAPEADA

Porta revesti da em ambos os lados porchapas metálicas, usada freqüentemen-te nos compartimentos especiais, em in-dústrias e laboratórios.

PORTA CHEIA

PORTA COMPENSADAcujo miolo não apre-senta vazios. É o tipo de porta comumenteutilizado nos compartimentos internos dasedificações. Às vezes é também chama-da porta maciça.

PORTA COMPENSADA

Porta constituída por um miolo feito deSARRAFOScruzados a MEIA MADEIRAou deTÁBUASjustapostas, revestido por folhasfinas 'de COMPENSADOcoladas. É a portamais utilizada na construção e em geral épadronizada e feita industrialmente. É tam-bém chamada porta-prancheta.

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PORTA CORREDIÇA/ PORTA DE ALMOFADA DE SOBREPOSTO

fi] PORTA CORREDiÇA

Porta usada no fechamento de grandesvãos, cujo vedo desliza sobre trilhos pro-vidos. de roldanas, movimentando-se nosentido vertical ou horizontal. No primeirocaso, os trilhos são dispostos junto àPADIEIRAe sobre a SOLEIRAda porta; e, nosegundo caso, nas suas laterais. Em ge-ral, sua FOLHA é subdividida em lâminasou seções articuladas, facilitando a suaabertura.

PORTA CORTA-FOGO

Ver Porta Blindada.

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fi] PORTA DE ABRIRPorta cuja abertura é feita pelo movimen-to de rotação de seu vedo com auxílio deFERRAGEMde articulação. É a mais comumna construção, principalmente em com-partimentos internos. Em geral, possuiuma ou duas FOLHAS. Usualmente é dis-posta de modo a permitir a abertura nosentido direito. Sua abertura no sentidoesquerdo é usada somente quando o ar-ranjo interno do compartimento exige essetipo de abertura. A superfície da porta deabrir voltada para o sentido de rotação daporta, que nas antigas portas externascorrespondia usualmente ao interior doedifício, é chamada TARDOZ.A superfícieoposta ao tardoz é chamada FACE.É tam-bém chamada porta articulada.

PORTA DE ALMOFADA DE SOBREPOSTO

PORTAENGRADADAcujas ALMOFADASconsti-tuem a FÊMEAno encaixe MACHOE FÊMEAfeito com as peças que formam o ENGRA-DADO,resultando na sobreposição das al-mofadas ao engradado. E também cha-mada porta de almofada envaziada.

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PORTA DE ALMOFADA ENVAZIADA / PORTA DE CALHA ENCABEÇADA

PORTA DE ALMOFADA ENVAZIADA

Ver Porta de Almofada de Sobreposto.

PORTA DE ALMOFADAS REBAIXADAS

Ver Porta Almofadada. DOOU[][]

PORTA DE ALMOFADAS LISAS

PORTAENGRADADAcujo centro é preenchi-do por uma única FOLHAde madeira me-nos espessa que as peças que formam oENGRADADO.

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PORTA DE CALHA

Porta formada por um TABUADO verticalunido por encaixe MACHOE FÊMEA,conso-lidado por TRAVESSAShorizontais EMALHE-TADAS no TARDOZ. Para que as travessasfiquem perfeitamente ENGASGADAS temperfil ligeiramente cônico. Pode ser lisa ouemoldurada. Suas tábuas têm usualmentea espessura de 2 cm ou 2,5 cm. Foi muitousada em construções antigas mais mo-destas. É também chamada porta dechanfro.

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PORTA DE CALHA ENCABEÇADA

PORTA DE CALHA cujo TABUADOvertical éconsolidado no sentido horizontal por TRA-VESSAS,dispostas nas extremidades dasFOLHAS, e no sentido vertical por peçaschamadas COUCEIRAS,dispostas nas suasextremidades laterais. As travessas e ascouceiras são engastadas no tabuadovertical por encaixe a MEIAMADEIRAou MA-CHO E FÊMEA.Possui acabamento menosrústico que a porta de calha comum. Emgeral, as tábuas verticais têm a espessu-ra de 2 cm ou 2,5 cm e as travessas e ascouceiras espessura de 3 cm. Quando oencaixe entre o tabuado e as travessas ecouceiras é macho e fêmea, chama-setambém porta macho e fêmea ..

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PORTA DE CHANFRO / PORTA DE ENTRADA DE BORBOLETA

PORTA DE CHANFRO

Ver Porta de Calha.

lí1 PORTA DE CONTRAPESO

Porta basculante cuja abertura é feita pelarotação horizontal de seu vedo, por meiode um sistema de contrapeso que anuleou reduza seu peso. Quando aberta, ficasuspensa na altura da parte superior doseu vão. É muito usada em vãos de gara-gem. Pode ser instalada associada acomutadores elétricos que permitam suaabertura por controle remoto por dentroou por fora do edifício. Às vezes é tam-bém chamada porta levadiça.

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PORTA DE CORRER

Porta cuja abertura é feita por meio dodeslizamento de seu vedo, possuindo FER-

RAGEM de suspensão composta de rolda-nas e trilhos na sua parte superior e GUIAS

na sua parte inferior. Em geral, possuiduas FOLHAS. Pode ser ou não embutidana parede. No primeiro caso, seu vedodesliza para dentro da parede, facilitandoo arranjo interno do compartimento, masexigindo maior espessura na parede, im-possibilitando o conserto sem danificar aALVENARIA e dificultando sua limpeza. Nosegundo caso, o vedo da porta desliza naface ou em rebaixo na parede quecorresponde a um pouco mais da espes-sura da folha da porta. É usualmente utili-zada quando há amplos vãos de porta.

PORTA DE DOBRAR EM FOLE

Ver Porta de Sanfona.

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PORTA DE ENROLARPorta metálica cujo vedo desliza vertical-mente em trilhos de FERRO ou de ALUMíNIO

fixos nas suas laterais. Quando estendi-da, tem seu fecho na SOLEIRA e, quandoaberta, se enrola sobre eixo horizontal naparte superior, junto à PADIEIRA. É usadaprincipalmente em lojas e armazéns. Emgeral, seu vedo é feito de FERRO CORRU-

GADO, alumínio ou FERRO REDONDO dobra-do em forma de grega, constituindo umarótula. A porta de enrolar de rótula permi-te a visão do interior quando fecháda,sendo por isso muito usada em lojas quedesejem mostrar suas mercadorias mes-mo quando fechadas. Não é facilmentemanobrada e, por esse motivo, às vezesapresenta uma portinhola removível.

PORTA DE ENTRADA DE BORBOLETA

Ver Porta Giratória.

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PORTA DE PIÃO CENTRAL! PORTA DOBRÁVEL

PORTA DE PIÃO CENTRAl

Ver Porta Giratória.

PORTA DE SANFONA

Porta feita com material flexível ou complacas ftnas articuladas, de modo quepossa abrir 0Sl fechar mediante retraçãoou extensão. E movimentada por rodíziosdispostos em GUIAS junto à PADIEIRAe àSOLEIRA.É usada principalmente no inte-rior do edifício, dividindo ambientes de ummesmo compartimento ou recinto. É tam-bém chamada porta sanfonada, portarebatível e porta de dobrar em fole.

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PORTA DE VAIVÉMPORTA DE ABRIR provida de FERRAGEMdearticulação com molas especiais, que per-mitem sua abertura para dentro e parafora. É usada freqüentem ente em restau-rantes. É também chamada portapendular.

PORTA DE VIDRO

PORTADEABRIRcujo vedo constitui um gran-de painel de vidro especial sem CAIXILHOS.Suas dimensões dependem da espessu-ra do vidro utilizado, que varia usualmen-te de 4,5 mm a 22 mm. De acordo comsua espessura, tem freqüentem ente lar-gura máxima entre 70 cm e 1,30 m.

PORTA DOBRÁVELPorta composta por vedos leves, articula-dos entre si, apoiados sobre rodízios, dis-postos na parte superior da porta ou nassuas laterais, que fazem sua movimenta-ção. É usada freqüentemente no fecha-mento de grandes vãos.

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PORTAENGRADADA/ PORTAENVIDRAÇADA

liI PORTA ENGRADADA

Porta formada por peças de madeira dis-postas no sentido horizontal e vertical,constituindo um ENGRADADO,cujos vaziossão preenchidos por PAINÉISou ALMOFADAS.O engradado é feito, em geral, com duasCOUCEIRASe três TRAVESSASunidas porMECHA E ENCAIXE.As travessas e as cou-ceiras são usualmente emolduradas. A es-pessura das peças do engradado variaem geral de 3 cm a 5 cm. As almofadasou painéis possuem menor espessura queas peças do engradado, tendo freqüente-mente no máximo 3 cm na sua seção maisreforçada. As almofadas da porta engra-dada podem ser lisas ou decoradas. Foimuito usada em antigas edificações e ain-da hoje é bastante utilizada.

PORTA ENRELHADA

Ver Porta Ensilhada.

liI PORTA ENSILHADA

Porta formada por TÁBUASgrossas verti-cais unidas por encaixe MACHO E FÊMEA,consolidada pOrTRAVESSASou TALEIRAScomseção em forma de cunha totalmenteembutidas no TABUADOvertical. Foi muitousada em edificações antigas mais mo-destas. É também chamada porta relha-da, porta enrelhada ou porta entaleirada.

PORTA ENTALEIRADA

Ver Porta Ensilhada.

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PORTA ENVIDRAÇADA

1. PORTAformada por um ou mais de umgrande painel de vidro, muitas vezes detipo especial, ENCAIXILHADO.Usualmente,seus CAIXILHOSsão metálicos ou de ma-deira. 2. O mesmo que porta-vidraça. VerPorta-Vidraça.

1.

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Page 193: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PORTA GIRATÓRIA/ PORTA MACiÇA

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PORTA GIRATÓRIA

Porta composta por três ou quatro FOLHAS

que se interceptam no centro do vão, ondese encontra um eixo vertical em torno doqual giram. É utilizada em locais de gran-de fluxo de pessoas, como bancos ou ca-sas de espetáculos, em geral como meiode organizar o acesso ao edifício. Muitasvezes constitui-se em PORTA ENVIDRAÇADA.

É também chamada porta de pião centralou porta de entrada de borboleta.

PORTA GRADEADA

Porta constituída por GRADES de FERRO dis-postas no sentido vertical, usada freqüen-temente em penitenciárias ou outras ca-sas de detenção.

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PORTA INTEIRIÇA

Porta que não é subdividida verticalmen-te ou horizontalmente, constituindo umpano único.

PORTA LEVADiÇA

Ver Porta Basculante e Porta de Contra-peso.

PORTA MACHO E FÊMEA

Ver Porta de Calha Encabeçada.

PORTA MACiÇA1. Porta compacta, constituída basica-mente por uma só peça, usualmente demadeira, utilizada freqüentemente comoporta externa por apresentar maiores con-dições de segurança. 2. O mesmo queporta cheia. Ver Porta Cheia.

1.

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PORTA PANTOGRÁFICAI PORTA SEM l-OCA

fi] PORTA PANTOGRÁFICA

Porta constituída por barras metálicas ar-ticuladas, dispostas de modo a formaremum gradeado retrátil, usada para aumen-tar a segurança do prédio. Em geral, quan-do externa, é utilizada associada a umaPORTAENVIDRAÇADA.

PORTA PENDULAR

Ver Porta de Vaivém.

fi] PORTA PIVOTANTEPorta que gira em torno de eixo verticalsituado no meio de seu vão.

PORTA REBATíVEL

Ver Porta de Sanfona.

PORTA RELHADA

Ver Porta Ensilhada.

PORTA SANFONADA

Ver Porta de Sanfona.

fi] PORTA SEMICHEIA

PORTACOMPENSADAcujos SARRAFOSou TÁ-BUASsão dispostos de modo a deixar al-guns vazios internamente. É muitoeconômica, mas apresenta maior possi-bilidade de EMPENARe não oferece segu-rança. É usada apenas internamente oucomo porta de armários. É também cha-mada porta sem i-oca.

PORTA SEMI-OCA

Ver Porta Semicheia.

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PORTA TELESCÓPICA/ PORTA-E-JANELA

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PORTA TELESCÓPICA

Porta composta de vários vedas parale-los que correm em trilhos contíguos. Éusada no fechamento de grandes vãos,em geral internamente.

PORTA-COCHEIRA

Nas antigas edificações, porta de acessomais larga da casa, por onde passavamos veículos.

PORTADA

Grande porta de acesso ao edifício, en-quadrada por larga MOLDURA, muitas ve-zes ornamentada e feita com materiaisnobres como CANTARIA e MADEIRA DE LEI.

Muitas igrejas e prédios importantes anti-gos possuíam portadas suntuosas. É àsvezes também chamada portal. Exemplos:Casa de Câmara e Cadeia de Mariana,Mariana, MG; Seminário de São Dâmaso,Salvador, BA.

PORTA-E-JANELAVer Casa de Porta-e-Janela.

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PORTA TRAVESSA

Porta da fachada lateral de uma edifi-caçâo. A expressâo é mais utilizada quan-do referida às edificações antigas.

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PORTA-JANELA/ PORTAL

liI PORTA-JANELA

Porta que tanto serve de passagem comopossibilita ventilar e iluminar um compar-timento, portanto assumindo também asfunções de janela. É usada em BALCÕES,ALPENDRESe TERRAÇOS.Em geral, consti-tui-se em uma PORTADE ABRIRcom duasFOLHASou em uma PORTADE CORRER.

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liI PORTA-JANELA À FRANCESA

PORTA-JANELAde abrir com duas FOLHAS,cujo sentido de rotação é para o interiordo edifício, possibilitando o acesso e autilização de BALCÕEScom maior facilida-de. Foi usada principalmente nas edifica-ções NEOCLÁSSICASda primeira metade doséculo XIX.

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liI PORTAL

1. Parte fixa da porta, compreendendo oMARCOou CAIXÃOe a GUARNiÇÃO.Pode serliso ou REFENDIDOe SOQUETIADO.É tambémchamado umbral. 2. Acesso principal deum edifício, composto por uma ou maisportas, com ornamentação e de aspectomonumental. Quando é constituído porapenas uma porta é também chamadoportada. Alguns SOLARESdo século XVII einício do século XVIII construídos em Sal-vador, assim como alguns antigos prédiosde casa de câmara e cadeia tiveram no-táveis portais. Exemplos: Solar doSaldanha, Salvador, BA; Paço Municipal,Rio de Janeiro, RJ. 3. Por extensão, omesmo que portada. Ver Portada.

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PORTÃO / PORTA-VENEZIANA

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PORTÃO

Porta de acesso a terreno, LOTE,garagem,edifício industrial e áreas de serviço deprédios de grande porte. Antigamente eraem geral feito de MADEIRAou FERRO,comduas FOLHAS de abrir. Atualmente, nasgaragens, é freqüentemente BASCULANTE,feito em material leve, ALUMíNIOou MADEI-RA. Sua largura mínima para passagemde automóveis é de 2,30 m a 2,50 m ealtura de 2,50 m; e de caminhões, de 3m, com altura de 4,50 m. Em geral, alémda FERRAGEMde articulação fixa nas late-rais, os vedas do portão de abrir são,quando fechados, articulados também nasSOLEIRASe às vezes, ainda, na PADIEIRA.

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PORTA-PRANCHETAVer Porta Compensada.

PORTA-SACADA

JANELA RASGADAem cujo vão se encontraengastado um GUARDA-CORPOde BALAUS-TRADA, que pode ou não estar alinhadocom o paramento externo da parede.

PORTA-VENEZIANA

Porta cujo vedo é constituído por VENEZIA-NA. Nas antigas edificações de finais doséculo XIX constituía-se freqüentementena porta externa de uma porta dupla, sen-do a porta interna uma PORTA-VIDRAÇA.Aporta-veneziana girava para fora e a por-ta-vidraça para dentro.

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PORTA-VIDRAÇA/ PÓRTICO

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PO RTA-VI DRAÇAPORTA ENGRADADAem que os PAINÉISouALMOFADASsão em parte ou totalmentesubstituídos por vidros. As peças queconstituem o ENGRADADOtêm nos seusbordos um rebaixo para os vidros. Foimuito usada nas edificações das primei-ras décadas do século, principalmente nointerior do edifício ou como PORTA-JANELA.É também chamada porta envidraçada.

PÓRTICO1. Elemento em ressalto na fachada prin-cipal do edifício, em geral destacando seuprincipal acesso, constituindo uma espé-cie de PORTALALPENDRADO.Comumente écomposto por COLUNAS, PILASTRAS ouPILARETESadornados, além de outros ele-mentos de ornamentação. Quando a fa-chada possui pórtico no pavimento térreoe no pavimento superior, é chamado pór-tico duplo ou duplo porticado. O pórticoduplo é muitas vezes encimado por umFRONTÃO.Atribui um aspecto monumentalao prédio. Exemplos: Reitoria da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro, antigoHospício Dom Pedro 11,Rio de Janeiro, RJ;Museu da Inconfidência, Ouro Preto, MG.2. GALERIA ou ÁTRIO aberto em pelo me-nos um de seus lados, apoiado em PILA-RES ou colunas, freqüentemente forman-do ARCADAS,situado na fachada principaldo prédio, por onde se tem o acesso prin-cipal ao edifício. Pode constituir-se emcorpo saliente ou em reentrância na fa-chada. Em muitos prédios NEOCLÁSSICOS,o teto do pórtico formava um terraço nopavimento superior. Quando a fachadapossui pórtico no pavimento térreo e nopavimento superior, é chamado pórticoduplo ou duplo porticado. Exemplos: Casade Câmara de Salvador, BA; Teatro SantaIsabel, Recife, PE; Casa da rua Veridiananº 527, São Paulo, SP. 3. Elemento estru-tural formado por dois suportes verticaisque trabalham a COMPRESSÃO,unidos porum terceiro elemento que tem a funçãode VIGA ou TRAVE,que trabalha a FLEXÃO,vencendo um vão. Freqüentemente é umelemento PRÉ-MOLDADO.Exemplo: Termi-nal Rodoviário de João Pessoa, PB.

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3.

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POSCÊNIO / POSTE DE ILUMINAÇÃO

POSCÊNIOVer Bastidores.

PÓS-MODERNISMOMovimento arquitetônico desenvolvidonos anos 70 em reação ao MODERNISMOe seus ideais racionalistas e funciona-listas. Tem como intenção incorporar osimbólico ao formal, funcional e técnico,influenciando-se por aspectos visuais ecenográficos. Caracteriza-se pela apro-priação e reinterpretação do vasto reper-tório da história da arquitetura e pelodesinteresse na uniformidade e simplici-dade próprios do modernismo. Volta ausar eixos, criando relações abstratas naconstrução de plantas e volumes. Utili-za-se freqüentemente de um sistema deformas dissociado da estrutura funcionale espacial da construção.

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POSTEHaste de madeira, ferro ou cimento, fixa-da verticalmente no solo. Serve de supor-te a isoladores ou acumuladores sobre osquais se apóiam cabos das redes elé-tricas, telefônicas ou telegráficas. Em ge-ral, situa-se nas calçadas das vias.

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POSTE DE ILUMINAÇÃOLuminária vertical, fixada no chão de ruas,praças, parques e jardins. Existem diver-sos tipos de poste de iluminação, com al-tura e iluminamento variados. Quando usa-do em via pública, exige para sua instalaçãolargura mínima de calçada de 2 m.

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POSTIGO / POZOLANA

POSTIGO

1. Pequena abertura quadrangular feitaem portas na altura aproximada de 1,50m, de modo a permitir a visão ou a co-municação externa sem ser necessárioabrir a porta. Pode ser provido de vedomóvel ou de CAIXILHO com vidro fixo. É tam-bém chamado postigo de entrada. 2. Vedomóvel feito em portas ou janelas cujasFOLHAS sejam de maior dimensão, permi-tindo a ventilação interna ou a comunica-ção externa sem necessidade de abertu-ra da ESQUADRIA. Em antigas edificaçõesera ALMOFADADO, ENVIDRAÇADO, de RÓTULA

ou de ESCUROS, de acordo com o tipo deedificação e com a época em que foi usa-do. 3. Abertura em parede interna permi-tindo a passagem de um objeto de umcompartimento para outro. É usado prin-cipalmente na comunicação entre a cozi-nha e a sala de refeições, em refeitórios.

POSTIGO DE ENTRADA

Ver Postigo.

1.

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POTERNANas antigas FORTIFICAÇÕES, porta ou pas-sagem secreta dando acesso ao fosso.Permitia fuga da praça fortificada.

POZOLANA

Substância avermelhada que, misturadacom CAL GORDA, possibilita seu uso comoCAL HIDRATADA ou CIMENTO hidráulico, ouseja, permite sua aplicação em terrenosúmidos ou em construções debaixo daágua: Pode ser natural ou artificial. Quan-do natural, consiste em terra vulcânica.Quando artificial, é resultante da calei-nação de argilas calcárias. Usualmente éempregada na execução de FUNDAÇÕESpara evitar TRINCAS. Seu uso é indicadoem fundações que requerem grande vo-lume de co CRETO ou com grande profun-i a e.

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PRAÇADEARMAS/PRANCHÃO

PRAÇA DE ARMAS

Área geralmente descoberta no interiordas FORTIFICAÇÕES, destinada aos exercí-cios ou revistas militares e concentracãodas tropas. É também chamada praçaforte.

PRAÇA FORTE

Ver Praça de Armas.

PRANCHA

1. Grande TÁBUA, grossa e larga, resultan-te do corte de um PRANCHÃO, que podeser desdobrada em peças de menoresdimensões com auxílio de SERRA CIRCULAR,em SERRARIAS. Em geral, é desdobrada emtábuas para SOALHO ou peças paraESQUADRIAS. Comumente possui espessu-ra entre 2" e 3" e largura igualou superiora g". No CANTEIRO DE OBRAS é utilizadacomo PASSADiÇO para materiais, instru-mentos pesados e operários. 2. Cada umadas folhas de papel na qual são feitos osdesenhos do PROJETO ARQUITETÕNICO. Co-mumente apresenta, além do desenhoarquitetõnico, margem, numeração e to-das as informações referentes ao desenhoapresentado, contidas em um carimbo.

1.

2.

PRANCHÃO

Grande TÁBUA, muito grossa e larga, obti-da no primeiro desdobro de um TORO, comauxílio de SERRA VERTICAL, em SERRARIAS.Sua espessura é variável. Em geral, pro-cura-se aproveitar ao máximo o toro. Co-mumente tem seção igualou superior a3" x g".Sua resistência é também variá-vel, pois a consistência das fibras não é amesma no centro do tara ou em suas bor-das. Se houver fendas no interior do tara,pode tornar-se imprestável para constru-ção. Pode ser desdobrado em PRANCHAS,

VIGAS ou TÁBUAS. Suas partes defeituosase as COSTANEIRAS são aproveitadas paraCAIBROS, RIPAS ou peças de utilização se-cundária na construção. Em antigos pré-dios foi usado como apoio do TABUADO depiso, quando este estava assente nochão. É também chamado tabuão outalhão.

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PRATEAÇÃO / PRÉ-FABRICAÇÃO ABERTA

PRATEAÇÃO

Revestimento feito com prata principal-mente em obras de TALHA.Existem diver-sas técnicas de prateação. Entre as anti-gas estão a prateação em folhas, porfervura, por têmpera a quente e a frio, apincel, a rolha e a dedo. Atualmente, emgeral emprega-se a GALVANOPLASTIA,numbanho feito com uma solução de cianetoduplo de potássio e prata. Foi usada emobras de talha de antigas edificações reli-giosas, sobretudo utilizando processo se-melhante .ao DOURAMENTOem folhas. Étambém chamada prateadura.

PRATEADURA

Ver Prateação.

PRÉ-FABRICAÇÃO

Processo empregado na construçãobaseado na racionalização dos métodosconstrutivos pela utilização de elementosproduzidos em série em usinas no cantei-ro de obras ou em fábricas e apenas mon-tados mecanicamente na obra. Com a pré-fabricação pretende-se obter redução notempo da construção, economia de mate-riais e melhores condições de trabalho paraos operários. Exige disponibilidade demaquinaria apropriada e a planificação daconstrução. É empregada na construçãoem escala variável. Existem edificaçõesfeitas com o uso da pré-fabricação em ape-nas alguns de seus elementos, freqüente-mente estruturais ou de vedação, e outrasem que a pré-fabricação abrange o totalda construção. Seu emprego é recente naarquitetura brasileira. Exemplos: CIEPs, Riode Janeiro, RJ; Centro Administrativo daBahia, Salvador, BA.

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PRÉ-FABRICAÇÃO ABERTA

PRÉ-FABRICAÇÃOque utiliza elementos MO-DULADOS,produzidos em série, de dife-rentes procedências, prestando-se àmontagem segundo combinações muitovariáveis.

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Page 203: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PRÉ-FABRICAÇÃO FECHADA / PRÉ-FABRICAÇÃO PESADA

PRÉ-FABRICAÇÃO FECHADA

PRÉ-FABRICAÇÃO que utiliza elementos pro-duzidos em série não previstos para apossibilidade de serem modificados poroutros de diferente procedência.

PRÉ-FABRICAÇÃO LEVE

PRÉ-FABRICAÇÃO que utiliza elementos quenão ultrapassem o peso de 300 kg. É fei-ta com materiais como o C'ONCRETO CELU-

LAR, o AÇO, o ALUMíNIO e a MADEIRA.

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PRÉ-FABRICAÇÃO PARCIAL

PRÉ-FABRICAÇÃO utilizada em apenas par-te da construção. Em geral, é empregadade duas maneiras: apenas nos elemen-tos estruturais, processo mais freqüentenas edificações industriais; e apenas noselementos de vedação internos, comu-mente em edificações comerciais e deserviço.

PRÉ-FABRICAÇÃO PESADA

PRÉ-FABRICAÇÃO cujos elementos ultrapas-sem o peso de 300 kg.

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PRÉ-FABRICAÇÃOTOTAL/ PREGO

PRÉ-FABRICAÇÃO TOTAL

PRÉ-FABRICAÇÃOempregada em todos osprincipais elementos da edificação. Pres-supõe um projeto preestabelecido em to-dos os seus aspectos.

liI PRÉ-FABRICADO

Elemento construtivo tradicionalmente fei-to no local em que é disposto na edifi-cação, fabricado industrialmente, fora doCANTEIRODEOBRAS,e apenas montado naobra. Em geral, é um elemento estruturalou de vedação. Nas edificações de finaldo século XIX e início deste foi comum ouso de delgadas peças de FERRO,princi-palmente COLUNAS,pré-fabricadas, vindasda Inglaterra. Atualmente, em geral é fa-bricado em CONCRETO,moldado portantofora do local da obra, e por esse motivotambém chamado PRÉ-MOLDADO.

PREGARIA

Conjunto de pregos usado em elementosda construção com função simultanea-mente utilitária e decorativa. Em antigasconstruções foi empregada nas super-fícies de portas, janelas e mobiliário, for-mando variados desenhos.

PREGO

1. Pequena peça alongada de metal, comuma extremidade pontiaguda e a outra comuma cabeça, que serve para fixar uma peçaem outra. Antigamente era feito em FERROFORJADOe tinha seção irregular, na maioriadas vezes quadrangular. Oxidava-se comrapidez, o que impedia quase que comple-tamente sua retirada. A partir de meadosdo século XIX passou a ser industrializado,feito de ARAME,comumente com seção cir-cular e com tratamento contra a FERRUGEM.Existem vários tipos de prego. Atualmenteé identificado por um número que indicasuas dimensões e seu peso. Alguns pre-gos mantêm ainda seus nomes antigos,como, por exemplo, o CAIBRALe a ESCÁPULA.Em função de suas dimensões e de suasfinalidades, os pregos antigos, fabricadosmanualmente, eram chamados: prego de3/4 de palmo, palmar, ripal, pau-a-pique,caixar ou de encaixar, cavilha, telhado,meio-telhado, galeota e meia-galeota. 2.Massa usada pelos ESTUCADORESpara se-gurar o revesti ento estucado que se de-

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Page 205: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PREGO ASA-DE-MOSCA/ PRENSA

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PREGO ASA-DE-MOSCAVer Escápula.

PREGO CAIBRALVer Caibral.

PREGO DE GALEOTAVer Caibral.

PREGO DE RIPARVer Ripal.

PRÉ-MOLDADOElemento, em geral de CONCRETO, produzi-do fora do local em que será implantadona construção, sendo somente montadona obra. Usualmente é fabricado em sérieem usinas no CANTEIRO DE OBRAS ou em in-dústrias, e constitui-se em peçasestrutu-rais ou de vedação. Fabricado industrial-mente, permite qualidade e homogenei-dade de ACABAMENTO, dispensando reves-timentos. De modo geral, feito no canteiro,corresponde a uma economia na obra, poispossibilita o total reaproveitamento dasFÔRMAS utilizadas na sua confecção.

PRENDEDORPequena FERRAGEM composta de duaspeças, uma disposta na parte inferior daporta e outra na parede. Serve para pren-der a FOLHA da porta, quando aberta, jun-to à parede.

PRENSAInstrumento usado pelos carpinteiros paraprender ou comprimir uma peça de MADEI-RA. Muitas vezes é disposta na BANCADA docarpinteiro, permitindo que a peça de ma-deira fique presa enquanto é trabalhada.Existem prensas com formas variadas.

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PRESBITÉRIO / PRETO DE VIDE

PRESBITÉRIO

Nas igrejas, espaço elevado situado àfrente do ALTAR-MOR.

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PRETO ANIMAL

Garante negro resultante da calcinação deossos. Era usado em antigas construçõespara escurecer ARGAMASSAS ou produzirtons cinzentos nas tintas.

PRETO DA ESPANHA

Garante negro resultante da carbonizaçãode aparas de CORTiÇA. Era usado em anti-gas construções para escurecer ARGAMAS-

SAS ou produzir tons cinzentos nas tintas.É também chamado preto de vide.

PRETO DE MARFIMGarante negro de excelente qualidaderesultante da calcinação de aparas demarfim. Era usado em antigas constru-ções dissolvido em ÓLEO DE LINHAÇA fervi-do, para escurecer ARGAMASSAS ou produ-zir tons cinzentos nas tintas.

PRETO DE VIDE

Ve Preto da Espanha.

5 7

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PRIMER / PRISMA DE VENTILAÇÃO

PRIMER

Tinta protetora básica aplicada dire-tamente sobre superfície a ser pintada.Comumente é feito à base de ZARCÃO,óxido de FERRO ou cromato de ZINCO. Noselementos de ferro protege contra FERRU-

GEM. É especialmente recomendado paraALVENARIAS aparentes, por permitir melhoraderência da tinta. Passar primer é cha-mado imprimar. ~I~::'\'I l" ,-\I--l' . o'. .,.":'

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PRISMA DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

Espaço não edificado, mantido livre den-tro do lOTE em toda a altura do prédio,para garantir a iluminação e ventilação deCOMPARTIMENTOS habitáveis que com elese comuniquem. Em geral, suas dimen-sões são definidas por legislação nos có-digos de obras municipais.

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PRISMA DE VENTILAÇÃO

Espaço não edificado, mantido livre den-:tro do lOTE em toda a altura do prédio,para garantir a ventilação de COMPARTIMEN-

TOS não habitáveis que com ele se comu-niquem. Em geral, suas dimensões sãodefinidas por legislação nos códigos deobras municipais.

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PROCESSO CONSTRUTIVO CONVENCIONAL! PROGRAMA DE NECESSIDADES

PROCESSO CONSTRUTIVO CONVENCIONAL

Processo construtivo que utiliza a ALVENA-

RIA de TIJOLO como elemento estrutural ede vedação.

PROCESSO CONSTRUTIVO TRADICIONAL

Processo construtivo que utiliza materiaistradicionais da arquitetura brasileira,como MADEIRA, TAIPA ou ADOBE, na constru-ção do edifício. Emprega técnicas cons-trutivas presentes nas antigas edificaçõescoloniais.

PROGRAMA

Ver Programa Arquitetônico.

PROGRAMA ARQUITETÔNICO1. Espaço arquitetõnico definido de acor-do com o conjunto de atividades sociais efuncionais nele exercido e com o papelque representa para a sociedade. Os pro-gramas arquitetõnicos modificam-se notempo segundo as novas necessidadescriadas pelo homem. A igreja e a CASA DE

CÂMARA E CADEIA eram importantes progra-mas arquitetõnicos do Brasil colonial. Re-centemente, novos programas surgiram,como é o caso do shoppíng center ou dohotel residência. É também chamado deprograma. 2. Classificação, em termos ge-néricos ou minuciosa, do conjunto de ne-cessidades funcionais correspondentes àutilização do espaço interno e à sua divi-são em ambientes, recintos ou comparti-mentos, requerida para que um edifíciotenha um determinado uso. É fundamen-tal sua definição antes de iniciar o PROJE-

TO ARQUITETÔNICO. É também chamadoprograma de necessidades ou simples-mente programa.

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Ver Programa Arquitetônico.

1.

2.

.- 519

Page 209: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PROJETURA/ PROJETOS COMPLEMENTARES

liI PROJETURA

Qualquer elemento da construção que seprojete externamente na fachada de umedifício, interrompendo sua vertical idade,como SACADAS ou CORNIJAS. O termo é maisaplicado quando referido ao BEIRAL do te-lhado.

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PROJETO ARQUITETÔNICO

Conjunto de desenhos arquitetõnicos etextos que compõem a representação grá-fica e escrita do edifício. Pode constar ain-da do projeto arquitetõnico maquete daobra. Em geral, é composto de três eta-pas: o ESTUDO PRELIMINAR, o ANTEPROJETO

e o PROJETO DE EXECUÇÃO.

PROJETO DE EXECUÇÃO

Etapa final do PROJETO ARQUITETÔNICO queconsiste no desenvolvimento do ANTE-

PROJETO aprovado pelas autoridades mu-nicipais, contendo todas as informaçõesarquitetõnicas necessárias à construçãodo edifício. Usualmente contém PLANTA DE

SITUAÇÃO, PLANTA DE LOCAÇÃO, PLANTAS BAI-XAS de todos os pavimentos, CORTES ge-rais, transversal e longitudinal, FACHADAS

e DETALHES. Para a elaboração do projetode execução é necessária a consulta aosdados constantes dos PROJETOS COMPLE-

MENTARES.

PROJETORVer Holofote.

PROJETOS COMPLEMENTARES

Projetos que complementam tecnicamen-te as proposições do PROJETO ARQUITETÔ-

NICO. Variam de acordo com o caráter e adimensão do edifício a ser executado. Demodo geral, constam dos projetos com-plementares o projeto de estrutura, osprojetos de instalações e o projeto depaisagismo. Usualmente não são realiza-dos pelo autor do projeto arquitetõnico,cabendo a profissionais especializados emcada uma dessas áreas sua elaboração.

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PROSCÊNIO / PROTO-RACIONALlSMO

PROSCÊNIOEm teatros, espaço situado na frente doPALCO, compreendido entre o PANO DE

BOCA e a PLATÉIA ou a ORQUESTRA.

PROSPECÇÃO GEOTÉCNICAVer Sondagem.

PROTENSÃOVer Concreto Protendido.

PROTOMODERNISMOTendência arquitetõnica surgida na Euro-pa na década de 1910. Situa-se cronoloqi-camente entre o ECLETISMO e o MODERNIS-

MO. Caracteriza-se pela adoção simultâneade vertente CLASSICISTA e de uma atitudemoderna coincidente com a difusão do CON-

CRETO ARMADO e maior racionalização naconstrução. Plantas simétricas ou quasesimétricas, volumes compactos, forte rela-cionamento da rua com o edifício, valori-zação da esquina, distribuição internacompartimentada e telhados tradicionaissão aspectos clássicos das edificaçõesprotomodernistas. Elementos curvos,MARQUISES e PESTANAS de janelas em con-creto armado, usados no protomodernis-mo, evidenciam o desenvolvimentotecnológico. No Brasil é empregado sobre-tudo nas décadas de 1930 e 1940 em edi-fícios de apartamentos, edifícios de escri-tórios e prédios para cinemas. É tambémchamado proto-racionalismo. Exemplo:Edifício Itayá, rua Rainha Elizabeth nº 729,Copacabana, Rio de Janeiro, RJ.

PROTO-RACIONALlSMOVer Protomodemismo.

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Page 211: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PRUMADA / PRUMO

PRUMADA

1. Posição vertical de um elemento ou deuma peça. Dois elementos estão na mes-ma prumada quando podem ser tangen-ciados por uma mesma reta na vertical.2. Espaço que abrange um conjunto depeças, elementos ou compartimentosiguais, como elevadores, banheiros ouCONDUTORES elétricos, dispostos em ummesmo alinhamento vertical na constru-ção. 3. No Distrito Federal, conjunto deapartamentos superpostos, que possuamuma entrada comum e servidos pela mes-ma circulação vertical.

3.

2.

PRUMADA-DE-GUIA

Faixa vertical formada por peças iguais,justapostas ou alinhadas, que serve dereferência na execução de um elementoou revestimento. E-necessária na execu-ção de ALVENARIAS, no revestimento deAZULEJOS ou no EMBOÇO em paredes. Étambém chamada prumada-guia ou sim-plesmente guia.

PRUMADA-GUIAVer Prumada-de-Guia.

PRUMO

1. Instrumento formado por uma peça demetal suspensa por um fio, usado princi-palmente por pedreiros, para verificar avertical idade de paredes, muros ou PILA-

RES, por paralelismo. É também chamadofio de prumo. 2. Nas GAIOLAS ou ESQUELE-

TOS das paredes de TAIPA, ESTEIOS exter-nos que se apóiam nos BALDRAMES, unin-do-os aos FRECHAIS. 3. Verticalidade depeças ou elementos da construção. VerA Prumo.

1.

Page 212: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

PÚLPITO / PUXADOR

liI PÚLPITOEm igrejas, espécie de BALCÃO não muitoelevado do piso, disposto freqüentemen-te em um dos lados da NAVE, destinadoàs pregações e aos sermões do sacerdo-te. Nas antigas igrejas era em geral muitoornamentado, com LAVORES em madeira.Pode ou não ser encimado por um DOSSEL,

favorecendo suas condições acústicas.

PUXADAVer Puxado.

PUXADOConstrução formada por um prolonga-mento do corpo principal do edifício, emgeral nos seus fundos. Muitas vezes cons-titui-se em acréscimo não previsto na plan-ta original. Quase sempre é destinado aserviços. Freqüentemente possui PÉ-DIREI-

TO mais baixo do que o corpo principal doprédio. Uma das principais modificaçõesque ocorre no século XVII na residênciacolonial tradicional é o acréscimo de umpuxado nos fundos para cozinha. Nascasas das antigas fazendas de café, abri-gava cozinha, copa, despensa e fornos.As modestas casas urbanas de final doséculo XIX têm acrescido à sua planta tra-dicional um puxado para cozinha e banhei-ro. No Nordeste é comum seu empregoaté hoje nas casas rurais, destinado àcozinha. É também chamado puxada.

PUXADORPeça freqüentemente de metal, madeiraou plástico, por onde se puxa ao abrirgavetas, portinholas e portas.

523

Page 213: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

QUADRA

1. O mesmo que quarteirão. Ver Quartei-rão. 2. Campo de esportes, utilizado prin-cipalmente nos jogos de futebol, voleibol,basquetebol ou tênis. Existem medidas dequadras estabelecidas oficialmente paracada tipo de esporte. As dimensões míni-mas da quadra de futebol são 90 m x 45m, e as regulamentadas, 105 m x 70 m.As dimensões mínimas da quadra de bas-quetebol são de 24 m x 13 m. A quadra devoleibol deve ter 18 m x 9 m e a de tênisduplo, 11 m x 24 m.

QUADRA INTERNAEspaço no interior de um QUARTEIRÃO, nãoocupado por LOTES, constituindo em guma área de uso coletivo ou público, mtas vezes com um acesso ao logradopúblico.

2.

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Page 214: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

QUADRO

QUADRO

1. MOLDURA de ALVENARIA, MASSA, PEDRAOU MADEIRA que circunda as ESQUADRIAS,freqüentemente pelo lado externo, prote-gendo-as e dando às fachadas um efeitodecorativo. As antigas edificações comu-mente apresentavam quadros nas suasesquadrias. O quadro de pedra era emgeral feito de PEDRA-DE-LANCIL, sendo tam-bém chamado ARO-DE-LANCIL. 2. Por ex-tensão, MARCO ou CAIXÃO de esquadriasquando ressaltados do paramento dasparedes. O quadro de portas é maisfreqüentemente chamado PORTAL. 3. Par-te da alvenaria em ressalto na parte exter-na dos vãos das esquadrias, para proteçãodos marcos de intempéries. 4. Nas es-quadrias ALMOFADADAS, uma ou maismolduras que envolvem as almofadas.5. No Nordeste, principalmente Ceará ePernambuco, AVENIDA ou CORTiÇO cujascasas ou quartos estão implantados demodo a formarem um PÁTIO central qua-drado.

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3.

4.

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Page 215: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

::::UARTEIRÃO / QUARTILHA

QUARTEIRÃO

1. Espaço freqüentemente delimitado porruas, em geral dividido em LOTES comacesso comum, constituindo um dos prin-cipais elementos da estrutura urbana. Suaforma depende do traçado do sistema viá-rio e da topografia do terreno em que seencontra. Convém que não seja muito lon-go, pois dificulta o percurso dos pedestres,nem muito curto, pois acarreta um aumen-to dos custos das redes de infra-estruturae de pavimentação. Em geral considera-se adequado o comprimento do quartei-rão entre 100 m e 120 m. Pode apresentarQUADRA INTERNA, vielas, PÁTIOS coletivosou praças. É também chamado quadra. 2.VIGA que parte de cada um dos quatrocantos do teto.

2.

QUARTELA

Peça ou pequeno elemento da construçãoque tenha como função o suporte de umaoutra peça como a PEANHA,o CONSOLOoua MíSULA. Nas antigas edificações era emgeral ornamentada, tendo portanto tam-bém efeito decorativo.

QUARTELÃO

PILASTRAcom a face principal muito orna-mentada, assemelhando-se na parte su-perior a uma MíSULA. Nas antigas igrejasmineiras da primeira metade do séculoXVIII era comum o emprego do quartelãode TALHA ornamentada nos RETÁBULOS.Étambém chamado pilastra misulada.

QUARTILHA

Peça semelhante a uma pequena COLUNAou PILARETE, colocada no começo da es-cada para sustentar a parte inicial do COR-

I -o. Nas antigas edificacões é em ge-ral ornamentada. É também chamadaarranque.

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QUARTINHO / QUINA VIVA

QUARTINHOVer Latrina.

liI QUARTO DE CíRCULOMOLDURA côncava ou convexa cujo perfilforma um quarto de circunferência. É tam-bém chamado quarto-redondo, quarto deredondo e ovado. Em Portugal, quandocôncavo, é também chamado caveto.

QUARTO DE REDONDOVer Quarto de Círculo.

QUARTO-REDONDOVer Quarto de Círculo.

QUEBRA-SOLVer Brise.

QUEIMA DE CALVer Extinção de Cal.

QUEIMAÇÃO1. Primeira DEMÃO de tinta aplicada nasparedes já REBOCADAS. 2. ACABAMENTOaplicado em pisos CIMENTADOS ou paredesrevesti das com ARGAMASSA de CIMENTO.Consiste no alisamento das superfíciespassando ferramenta em movimentos cir-culares, no polvilhamento das superfíciesainda úmidas com cimento ou cimentomisturado ao PÓ XADREZ €i em novoalisamento com a ferramenta. Resulta emacabamento bem liso. 1.

QUINCUNCEDisposição de edifícios ou elementos deforma que tenham distribuição espacialalternada. Os doze prédios que compõemos ministérios em Brasília têm uma dispo-sição em quincunce.

QUINAVer Aresta e Cunhal.

QUINA VIVAVe Aresta Viva

527

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QUIOSQUE / QUIRÓFANO

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QUIOSQUE1. Pequeno PAVILHÃO, freqüentemente degosto oriental ou com características pito-rescas, para ornamentação de jardins. 2.Pequena construção, em geral ornamen-tada e com características pitorescas, si-tuada em ruas e praças da cidade, desti-nada usualmente à venda de jornais,flores, plantas e refeições ligeiras. Foi co-mum a implantação de quiosques no Riode Janeiro em finais do século XIX, che-gando mesmo a constituírem uma das ca-racterísticas mais marcantes da paisagemurbana. Tinham formato de um prismahexagonal, cobertura metálica ornamen-tada no estilo chinês ou de CHALÉS, de 3 ma 4 m de altura, menos de 2 m2 de área,aberturas ENVIDRAÇADAS e eram pintadosde vermelho, verde e azul. A partir de iní-cio do século, passou a ser consideradoinconveniente pelas autoridades munici-pais, a pretexto da higiene, da moral e daestética, e foi proibido em 1911. Atual-mente é muito encontrado, com forma pa-dronizada, na orla marítima de muitas ci-dades, para venda de refeições ligeiras.

1.

2.

QUIRÓFANONos hospitais, sala de cirurgia provida devisores ou DIVISÓRIAS ENVIDRAÇADAS, atra-vés dos quais é possível assistir às opera-ções. Atualmente vem sendo dispensado,com a possibilidade de assistir à transmis-são direta e imediata das operações porintermédio de câmaras de televisão.

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RABICHO

Cano estreito e externo na parede que unea torneira à canalização de água.

RABO DE ANDORINHA

Ver Cauda de Andorinha.

RABO DE-MINHOTO

Ver Cauda de Minhoto.

RABOTE

Ferramenta usada principalmente porcarpinteiros, para rebaixar e alisar pe-ças de madeira, sobretudo TÁBUAS. As-semelha-se à GARLOPA, porém é maiscurta e em geral não tem punho. Medecerca de 40 cm, enquanto a garlopamede mais de 50 cm. Tem forma de pa-ralelepípedo com arestas bem vivas eface inferior perfeitamente DESEMPENADA.No centro da face inferior possui umaabertura com rebaixo a 45° provida deuma ou duas lâminas cortantes. Quan-do possui uma única lâmina, seu gumeé voltado para baixo. Quando possuiduas, a primeira tem o gume voltadopara baixo, e a segunda, que se sobre-põe à primeira como uma capa, tem ogume voltado para cima. A segunda lâ-mina serve para cortar a apara levanta-da pela primeira. É também chamadorebate.

RACHA

1. Lasca ou fragmento de pedra resultan-te de fratura ou estilhaçamento de um blo-co. 2. Defeito que ocorre nas pedras, porexemplo GRANITOS, decorrente de fraturaou estilhaçamento de um bloco do qualresultaram rachas. Pedras com rachasdevem ser recusadas para uso na cons-trução.

2.

1.

529

Page 219: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

RACIONALlSMO / RALO

RACIONALlSMO

Tendência arquitetônica, introduzida noinício do século na Europa, comprometi-da com a estética do cubismo, movimen-to das artes plásticas. Busca realizar umaconstrução racional com o uso de formasgeométricas elementares na composiçãoarquitetônica, caracterizando-se pela uti-lização do ângulo reto, da regularidade doconjunto e dos detalhes. Teve muita influ-ência no MODERNISMO. Entre seus princi-pais propagadores estavam os arquitetoseuropeus Walter Gropius (1883-1969) eLe Corbusier (1887-1966). É a tendênciaque teve maior influência na arquiteturamoderna brasileira. Expressa-se pelo usode materiais novos, estrutura aparente,coberturas planas, despojamento de or-namentação, grandes superfíciesenvidraçadas de CAIXILHOS metálicos.Prioriza o espaço interno na edificação.

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til RADIER

Fundação superficial feita em concretoarmado. Consiste em uma placa estrutu-ral abrangendo toda a área construída querecebe as cargas e as transmite unifor-memente pelo terreno. É flexível em rela-ção ao terreno, embora mantendo umaassociação rígida com os elementos daconstrução. Pilares ou paredes do edifí-cio podem ser diretamente assentadossobre a placa ou, o mais freqüente, sobrevigas apoiadas na placa. As vigas sobrea placa podem formar uma grelha, cons-tituindo o radier em grelha. Seu cálculo éigual ao de uma laje invertida. Por seu altocusto só é indicado quando for necessá-rio executar fundação superficial em ter-reno de taxa de compressão admissívelmuito baixa. É o caso de pântanos e ter-renos alagadiços e lodosos com matériaorgânica. Nestes terrenos, evita perigo deafundamento ou recalque da estrutura. Étambém chamado fundação flutuante.

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RALO

Caixa aberta conectada às tubulações deesgoto ou águas pluviais, cuja parte su-perior se situa no nível de piso ou na LAJEda cobertura do edifício. Serve de escoa-mento às águas servidas, de lavagem oudas chuvas. Comumente é feito de COBRE,FERRO FUNDIDO ou PVC, e vedado na su-perfíciepor uma GRELHA. Em geral é indis-pensável em lajes de cobertura, TERRAÇOSe BALCÕES, ligado aos CONDUTORES da ca-nalização de águas pluviais. Em cobertu-ras e terraços, usualmente tem 20 cm x20 cm ou 30 cm x 30 em, e e balcões,10 em x 10 em.

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RALO SIFONADO / RANCHO

RALO SIFONADO

RALO provido de SIFÃO usado nas instalaçõesde esgoto. Emgeral recebetodo esgotamen-to secundário proveniente de LAVATÓRIOS,

bidês, ralos simples e às vezes tanques emáquinas de lavar roupa. Seu sifão servepara impedir a entrada de gases contidosna canalização e vedar a passagem de de-tritos flutuantes e areias. Pode ser feito deCONCRETO, COBRE ou PVC.Comumente tem15 cm x 15 cm ou diâmetro de 6". Usual-mente possui tampa em GRELHA de FERRO

FUNDIDO. É ligado à tubulação de esgoto porcano de PVCou ferro fundido de 75 mm.

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RALO SIMPLES

RALO usado nas instalações de esgoto,para receber águas de lavagem dos pi-sos de banheiros, chuveiros e áreas deserviço. Pode ser feito de CONCRETO, bar-ro vidrado, FERRO FUNDIDO ou PVC.Comumente tem 10 cm x 10 cm. É ligadoà tubulação de esgoto por cano de PVCou CHUMBO de 30 mm ou 40 mm.

RAMPA

Superfície inclinada que se constitui em umelemento de circulação vertical. Exige maisespaço no seu desenvolvimento do queuma escada. Para circulação de pessoas,deve ter no máximo inclinação de 15°, exi-gindo um revestimento no piso rugoso queevite deslizamento. Para veículos, pode terinclinação maior, sendo considerado con-fortável até o máximo 20% de inclinação. Oconjunto de rampas é chamado rampado.

RAMPADO

Ver Pedral, Rampa e Rampante.

RAMPANTE

Atribuição dada a terreno ou elemento daconstrução, como ARCOS, ABÓBADAS e GUAR-

DA-CORPOS, em declive, ou seja, em formade rampa. É também chamado de rampado.

RANCHO

1. Antigamente, abrigo rústico ou rudi-mentar à beira de estradas. Servia depouso aos viajantes e tropeiros e resguar-do à carga transportada. Em volta de al-guns, surgiram postos de abastecimentode gêneros, moradias e capela, dandoorigem posteriormente a povoados. Al-guns foram construídos pelo governo epor ele zelados, especialmente em SãoPaulo no final do século XVIII. 2. Habita-ção rústica em áreas rurais ou seringal.Freqüentemente é a sede de pequena pro-priedade rural. 3. O mesmo que telheiroe ' eas r ls, Ve Telheiro.

2.

Page 221: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

RANHURA/ RASGO

RANHURA1. Genericamente, sulco estreito e alon-gado na superfície de qualquer elemen-to da construção. O elemento comranhuras é chamado de ranhurado.2. ENCAIXEna espessura e no sentido docomprimento entre duas peças de ma-deira, de modo que uma delas tenha.urna reentrância na qual se engasta sa-liência da outra peça. Muitas vezes éfeita de forma a permitir que a peça coma saliência deslize pela reentrância daoutra. A reentrância encaixada é tam-bém chamada de ranhura, sendo asaliência da outra peça freqüentementechamada de LINGÜETA.

RANHURADOVer Ranhura.

RASCADORVer Raspadora.

1.

2.

RASGAMENTOInclinação da ENGRAde portas ou janelasrasgadas. Era comum em antigas edifi-cações coloniais de maior porte.

1.

2.

RASGO1. Abertura em parede para iluminação,ventilação ou acesso ao interior do edifí-cio, correspondendo muitas vezes aosvãos de portas e janelas do prédio. Nasantigas construções com paredes de mui-ta espessura, a profundidade dasESQUADRIASera inferior à profundidade dosrasgos. 2. Rebaixo na espessura da pa-rede nos vãos das esquadrias, de modoa facilitar a abertura das FOLHASde por-tas ou janelas. As paredes de pouca es-pessura não podem ter rasgo no vão desuas esquadrias. Em algumas edificaçõesantigas cujas paredes possuíam espessu-ra superior a 30 em, o rasgo em vãos dejanelas descia até o piso, formando umareentrância no PARAMENTOda parede.

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Page 222: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

RASGO ENSUTADO / REBAIXAR

liI RASGO ENSUTADO

RASGO cujas faces laterais são inclinadasem relação ao PARAMENTO da parede, demodo a favorecer a iluminacão no interiorda edificação. É também chamadoensutamento. As faces inclinadas do ras-go ensutado são chamadas ENGRA eenxalço.

RASPADEIRA

Pequena ferramenta usada principalmen-te por pedreiros, pintores e bombeirospara raspar a superfície de um elementoou peça da construção. É composta poruma chapa retangular ou triangular cor-tante e um cabo. É também chamadaraspador.

RASPADOR

Ver Raspadeira.

RASPADORA

Pequena ferramenta usada principalmen-te por pedreiros e SERRALHEIROS para ras-par, lascar e desbastar. É composta deuma peça alongada cuja extremidade écortante e um cabo de madeira. Principal-mente em Portugal é também chamadarascador.

REATORDispositivo que aciona a LÂMPADA FLUORES-

CENTE. A tendência é o uso de peças to-talmente eletrônicas nos reatores maismodernos.

REBAIXADEIRA

Ferramenta de forma retangular origina-da da PLAINA. É usada por carpinteiros emarceneiros para rebaixar peças de ma-deira, como BATENTES, MARCOS e CAIXILHOS

de ESQUADRIAS.

REBAIXADO

Ver Rebaixo.

REBAIXAMENTO

Abaixamento da cota do nível natural demateriais ou substâncias encontrados nosubsolo, principalmente de lençol de água.Permite ou facilita a construção sobretu-do de FUNDAÇÕES no subsolo.

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REBAIXARV, Rebaixo.

Page 223: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

REBAIXO / REBITE

REBAIXO

1. Corte em parte da superfície de umapeça ou de um elemento da construção.2. Diminuição na altura de peça ou ele-mento da construção. O elemento ou peçacom rebaixo é chamado de rebaixado.Fazer um rebaixo é chamado rebaixar. 3.FORROcolocado a certa distância do TETOde um compartimento. Tem como funçãodiminuir o PÉ-DIREITOdo compartimento oupermitir a colocação de equipamentos ouinstalações no espaço entre forro e teto.

1. 2.

3.

REBARBA1. Aspereza que surge na superfície deuma peça da construção depois de traba-lhada com ferramentas de desbaste. 2.Pequena lasca que se forma na beiradade peças metálicas ao serem trabalhadas.3. REBOCOque, comprimido, atravessatela metálica ou ENGRADADOna constru-ção de TABIQUESde ESTUQUE.Garante aaderência de nova camada de reboco co-locada sobre a tela ou o engradado.

1. 2.

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REBITADOR

Ferramenta usada para REBITARpeças ouchapas metálicas. Pode ser manual oumecânica.

REBITAR

Ver Rebite.

REBITE

1. Pequeno cilindro metálico, com cabe-ça em uma das extremidades, usado parasolidarizar duas chapas ou peças de me-tal. Depois de introduzido em orifícios queatravessam as chapas ou peças, a extre-midade oposta à cabeça é martelada demodo a formar outra cabeça, impedindoque saia dos orifícios. O martelamentopode ser feito com sua extremidadeaquecida ou na temperatura ambiente.Possui comprimento e diâmetro variáveis.2. Dobra na extremidade oposta à cabe-ça do prego, para que este una mais soli-damente duas peças de madeira. No sen-tido 1 e 2, unir peças ou chapas por meiode rebi es é a rebi

1.

2.

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Page 224: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

REBOCADO / REBOCO GROSSO

REBOCADOVer Reboco.

REBOCARVer Reboco.

REBOCO1. Genericamente, camadas de ARGAMAS-SA usualmente de CIMENTO ou CAL e AREIApara revestimento de ALVENARIAS. É cons-tituído por uma primeira camada maisgrossa, o EMBaço, revestida de outra ca-mada mais fina, o reboco ou reboco fino.No reboco fino, a areia da argamassa épeneirada, enquanto que no emboço elanão é peneirada. 2. Especificamente, ca-mada fina de argamassa para revesti-mento de alvenarias colocada sobre ca-mada de argamassa mais grossa queserve de base, o emboço. Proporcionamelhor acabamento à alvenaria e a pro-tege da umidade. Freqüentemente é feitode cimento ou cal e areia, podendo sertambém de GESSO. Seu acabamento de-pende do último revestimento da alvena-ria, que pode ser pintura, papel elaminados. Comumente, em paredes in-ternas, é feito com areia e cal no TRAÇO1:1, e em paredes externas, com cimen-to, areia e cal no traço 1:5:1 ou 1:4:2. Naargamassa que compõe o reboco podemser misturados corantes ou aditivos. É tam-bém chamado reboco fino e revestimen-to fino. Nos sentidos 1 e 2, colocar rebo-co na alvenaria é chamado rebocar e asuperfície com reboco é chamadarebocada. É também chamado reboque.

REBOCO A TRalHAVer Trolha.

REBOCO DE GESSOVer Estuque.

1.

-1 :

2.

REBOCO DUROREBOCO denso, não poroso, que apresen-ta superfície dura. É usado principalmen-te em tetos como tratamento acústico,para propiciar maior reflexão do som.

REBOCO FINOVer Reboco.

REBOCO GROSSOe Emboço.

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REBOCOPAULlSTA/ RECALQUE

REBOCO PAULISTA

REBOCOfeito apenas com EMBOÇOforma-do por ARGAMASSAcom AREIAfina.

REBOCO PENTEADO

REBOCOfeito com ARGAMASSAde CIMENTOeAREIA,sobre o qual, enquanto úmido, é pas-sada uma lâmina de aço em forma de pen-te ou uma escova. A superfície revestidacom reboco penteado apresenta uma sériede linhas estreitas reentrantes.

REBOCO RÚSTICO

Revestimento feito com ARGAMASSAde CI-MENTOe AREIA,executado atirando-se coma COLHERDE PEDREIROa massa contra asuperfície da ALVENARIAatravés de umapeneira. Resulta em ACABAMENTOdesu-niforme e rugoso. É usado antes de iniciaro serviço do EMBOÇOem alvenarias muitolisas, como as de CONCRETOARMADO,paraaumentar sua aderência, ou em paredese muros para dar ACABAMENTORÚSTICO.

REBOQUEVer Reboco.

REBaTE

Ver Rabote.

RECALCARVer Recalque.

RECALQUE

1. Rebaixamento do terreno ou daedificação após a construção da obra. Podese dar em função de acomodação do solo,comum, por exemplo, em terrenos à beira-mar; alteração no lençol de água, com aconstrução de prédios de grande porte pró-ximo ao edifício; trepidação no solo; e mo-dificações na edificação, gerando excessode carga. Em edifícios de maior porte, o tipode FUNDAÇÃOadotado é às vezes feito pre-vendo eventuais recalques, evitando danosposteriores na construção. 2. Elevação daágua pelas tubulações acima do nível emque se encontra. Em geral, é feito com au-xílio de BOMBAHIDRÁULICA.Fazer recalque échamado de recalcar.

1.

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2.

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Page 226: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

RECOBRIMENTO / REDO oo

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RECOBRIMENTOSuperfície de contato entre uma TELHA eoutra. Quanto menos inclinado o telhado,maior deve ser o recobrimento.

RECONTROSVer Rins.

RECORTESLAvaR feito freqüentem ente em placas oupeças finas de madeira, metal ou pedra,pelo corte ou perfuração do material se-guindo um desenho determinado. Muitasvezes são feitos em peças do GUARDA-COR-

PO ou BEIRAL.

RECUOIncorporação à via pública de faixa de ter-reno pertencente a um LOTE privado econtígua a essa via. Em geral, tem comofinalidade possibilitar o alargamento devias ou calçadas previsto em projeto dealinhamento estabelecido pelos órgãosmunicipais competentes.

REDENTE1. Em FORTIFICAÇÕES, cada uma das sali-ências nas MURALHAS que forma ânguloagudo e saliente. Freqüentemente éconstruído em série. 2. Por extensão, cadauma das saliências triangulares feitas emqualquer tipo de edificação ou elementoda construção, dando-lhe forma de serra.3. Cada um dos degraus feitos nos toposdos muros construídos em terrenos incli-nados, de modo que tenha altura médiaconstante.

1.

3. 2.

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REDONDOVer Astrágalo.

Page 227: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

=icDUÇÃO / REFENDIDO

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REDUÇÃO

1. No Brasil colonial, núcleo de povoamen-to fundado pelos jesuítas, destinado àconversão e civilização dos indígenas. Asantigas reduções localizaram-se no inte-rior do Sul do país. Eram formadas poruma praça retangular central, ocupada deum lado pela igreja, o colégio dos padrese suas dependências. As habitações dosindígenas eram dispostas em filas suces-sivas. Das antigas reduções restam ape-nas algumas FUNDAÇÕES e paredes emruína. Exemplo: Redução de São Miguel,Santo Ângelo, RS. 2. Pequeno tubo metá-lico ou de PVC, cujas extremidades têmdiâmetros com medidas diversas, usadoem instalações hidráulicas, sanitárias oude gás, na união de dois tubos com diâ-metros diferentes. Em geral, a medida dosseus diâmetros é dada em polegadas.Freqüentemente é rosqueada, facilitandoa junção dos tubos maiores. Faz parte doconjunto de CONEXÕES das instalações.

1.

2.

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2.

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REFENDIDO

1. Atribuição dada a elemento ou peça daconstrução ornamentados com ENTALHES,

RANHURAS ou RECORTES longitudinais. O ter- 1.

mo é particularmente aplicado quandoreferido às ESQUADRIAS, qualificando POR-TAIS, FOLHAS ou ALMOFADAS. 2. Atribuiçãodada a elemento ou peça da construção ~~~~resculpidos em ALTO-RELEVO. l r.o ~ TV

REDUTO

1. Pequeno recinto provido de sua pró-pria MURALHA de proteção, construído nointerior de uma FORTIFICAÇÃO, para aumen-tar sua defesa. 2. Nas antigas cidades ouvilas fortificadas, pequena fortificação emlocal estratégico, externamente ou inter-namente a um sistema defensivo maior.

REENTRÂNCIA

Descontinuidade no ALINHAMENTO de peçada construção, elemento construtivo ouedificação, causada por recuo ou rebaixode sua superfície, formando uma con-cavidade. Pode constituir-se em pequenosulco, freqüentemente para efeito deco-rativo, ou em grande espaço, usualmen-te decorrente do não alinhamento de pa-redes.

2.

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Page 228: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

REFLETOR / REGIONALISMO CRíTICO

liI REFLETOR

LUMINÁRIAdestinada a refletir a luz. Per-mite reforçar a iluminação em uma direçãodeterminada. Quando em forma elipsóideou parabolóide, possibilita concentrar osraios luminosos paralelos ao seu eixo numponto único.

REFRATÁRIO

Qualidade atribuída ou atribuição dada adeterminadas peças ou materiais da cons-trução que resistem a altas temperaturassem se fundirem. Materiais ou peçasrefratários têm a propriedade de isolamen-to térmico. O AMIANTOe alguns tipos deCERÂMICAsão refratários. TIJOLOSrefratáriossão muito empregados na construção defornos, churrasqueiras e fornalhas.

REFUGO

No CANTEIRODEOBRAS,material de quali-dade inferior ou com defeitos iniciais queé rejeitado, não sendo usado na obra anão ser como ENTULHO.

REGIONALISMO

Tendência arquitetônica caracterizadapela observância no projeto das condi-ções naturais e sociais da região onde éconstruído o edifício. Contrapõe-se aointernacionalismo gerado pelo movimen-to MODERNO.Prioriza o sítio natural, o cli-ma, os costumes e os materiais locais.Busca harmonizar a construção ao con-texto e à escala locais. Lúcio Costa (1902-1998) é considerado um representantedessa tendência por algumas de suasobras. Exemplo: Hotel do Parque São Cle-mente, Nova Friburgo, RJ.

REGIONALISMO CRíTICOTendência principalmente da arquiteturalatino-americana caracterizada pela buscade soluções contemporâneas aos distintosdesafios de seus países. Trata-se de ummovimento que visa reafirmar valores tradi-cionais locais utilizando uma linguagemMODERNA.Apropria-se de materiais e técni-cas recentes, adaptando-os à realidade fí-sica, social e cultural do lugar. OscarNiemeyer (1907- ) e Affonso Eduardo Reidy(1909-1964) são considerados arquitetosbrasileiros representantes dessa tendên-cia. É também chamado modernidadeapropriada

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539

Page 229: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

~cGISTRO / RÉGUA-PARALELA

REGISTRODispositivo destinado a fechar ou abrir apassagem de líquido, gás ou outro fluidona tubulação. Em geral, é acionado ma-nualmente e pode ser controlado de modoa deixar passar mais ou menos fluido. Di-ferentemente das torneiras, usualmentenão é destinado ao funcionamento muitorepetido, mas eventual. Quando éacionado automaticamente, é chamadoVÁLVULA. Comumente é fabricado em LA-TÃO, BRONZE ou FERRO FUNDIDO. Pode serde globo, de gaveta ou de macho. Oregistro de macho não deve ser usadopara controlar colunas de água muitograndes. O registro de globo se prestabem para água, gás e vapor. Usualmenteé empregado o registro de gaveta nastubulações de água fria do edifício. Noschuveiros geralmente situa-se a 1,30 mdo piso, e nas banheiras, de 75 cm a 90cm. É às vezes também chamado tornei-ra de passagem.

REGISTRO DE BÓiAVer Torneira de Bóia.

Z,10 A 2,1.0

rMURD

RÉGUA1. Peça longa e estreita, de faces retan-gulares e superfície plana, feita principal-mente de madeira ou metal, usada no CAN-TEIRO DE OBRAS para traçar linhas retas.Pode ser dividida em unidades de medidalinear, servindo então também para medir.É também chamada régua de pedreiro. 2.Peça de madeira, estreita, lisa e longa,usada como ORNATO ou ACABAMENTO.

RÉGUA DE PEDREIROVer Régua.

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2.

RÉGUA-PARALELAPeça chata, alongada e lisa, feita em ge-ral de plástico, provida de roldanas nassuas extremidades, fixada com fios denáilon na prancheta de desenho, para tra-çar retas paralelas.

Page 230: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

RÉGU.A-TÊ / RELEVO

~RÉGUA-TÊ

Régua com a forma da letra T usada naspranchetas de desenho deslizando suapeça central, para traçar linhas paralelas.Atualmente é pouco empregada, tendo sidosubstituída pela RÉGUA-PARALELA E às vezestambém chamada simplesmente de tê.

liI REIXATábua ou barra de FERRO estreita ealongada, de pequeno comprimento, usa-da em TRELIÇAS ou RÓTULAS. Quando feitade MADEIRA é também chamada fasquia.

REJUNTADO

Ver Rejuntar.

REJUNTAMENTO

Ver Rejuntar.

~REJUNTAR

Tampar com ARGAMASSA fina, em geral àbase de cimento, as JUNTAS de ALVENARIAS

de TIJOLO ou PEDRA e ~s frestas entre pe-ças de revestimento. E um serviço indis-pensável nas alvenarias de tijolo aparen-te. O material, a superfície ou o elementosubmetido à tarefa de rejuntar é chama-do de rejuntado. A camada de argamas-sa empregada para rejuntar é chamadarejuntamento.

RELEVADO

Ver Relevo.

liI RELEVO1. Descontinuidade na superfície de peçaou elemento da construção em decorrên-cia de ressalto ou saliência. O termo émais aplicado quando referido a peque-nas saliências ou pequenos ressaltos fei-tos para efeito decorativo. O elemento ou

f\>peça em relevo ou com relevo é chama-do de relevado. É também chamado res-salto. 2. ORNATO escultórico, em geral fi-gurativo, em relevo. De acordo com aprofundidade dos motivos representados,é chamado ALTO-RELEVO, MEIO-RELEVO ouBAIXO-RELEVO.

1.

2.

Page 231: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

:ELHA / RENDILHADO

RELHA

Em PORTAS e JANELAS ENRELHADAS, peça demadeira que atravessa as TÁBUAS que com-põem a ESQUADRIA, solidarizando-as e evi-tando que EMPENEM. Fica inteiramente em-butida no TABUADO da porta ou janela.

REMATAR

1. Fazer na obra os últimos ACABAMENTOS

da construção que são chamados rematesou arremates. 2. Dispor no alto ou na partesuperior de um elemento construtivo ou daprópria edificação um ORNATO que conclui asua construção. O ornato que encima oucoroa um elemento ou uma edificação échamato remate ou arremate. Nos sentidos1 e 2, é também chamado arrematar.

1.

2.

REMATEVer Rematar.

REMEMBRAMENTO

Reagrupamento de dois ou mais LOTES

contíguos para formação de um único lotemaior. A construção de um prédio de apar-tamentos muitas vezes exige o remem-bramento de dois ou mais lotes anterior-mente ocupados por casas unifamiliares.

RENDA

Ver Rendilhado.

RENDADO

Ver Rendilhado.

RENDERIZAÇÃO

Processo de computadorização obtido comsoftwares de visualização, acrescentandoefeitos de iluminação, cor e textura ao tra-balho gráfico, para criar um visual atraentenos desenhos arquitetõnicos.

RENDILHADO

Elemento ou peça da construção ou atri-buição dada ao elemento ou à peça cons-trutiva que apresenta ENTALHES, RECORTES

ou RELEVOS semelhantes a uma renda.Constitui-se em ornamento muito delicado.Elementos rendilhados, ou os rendilhados,em FERRO, MADEIRA ou ESTUQUE, foram co-muns no final do século passado em pré-dios urbanos. Os rendilhados são tambémchamados rendas e arrendados. A peçaou o elemento rendilhado é também de-signado de rendado. Tornar um el e or di! ado é chamado re dil

Page 232: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

RE DILHAR / RESERVATÓRIO SUPERIOR

RENDILHAR

Ver Rendilhado.

REPARTI M ENTO

Ver Compartimento.

liI REPUXO

1. Orifício que permite jato contínuo e ver-tical em CHAFARIZES. 2. Por extensão, cha-fariz com repuxo. 3. JORRAMENTO dado aoPÉ-DIREiTO dos ARCOS, aumentando suasustentação.

REQUADRADO

Ver Requadro.

REQUADRAMENTO

Ver Requadro.

1.

3.

2.

liI REQUADRO

MOLDURA retangular ou quadrangular usa-da para dar ACABAMENTO ou efeito deco-rativo em elementos da construção, real-çando-os. O termo é muito aplicadoquando referido a janelas. Nesse caso étambém chamado quadro. Genericamen-te é também denominado requadra-mento. O elemento com requadro é cha-mado de requadrado.

RÉS-DO-CHÃO

Pavimento ao nível do terreno que circun-da a edificação. O termo é particularmen-te utilizado quando referido a prédios an-tigos cujo rés-da-chão correspondia emgeral a um pavimento sem condições acei-táveis de conforto e higiene, uma vez queseu piso estava em contato com o solo.Era freqüentemente usado como depósi-to ou área de serviço. Nem todos os pré-dios apresentavam rés-da-chão. Se o pri-meiro piso da construção fosse elevadomais de 20 cm do chão, esse pavimentoera considerado o primeiro pavimento, esendo afastado do solo não apresentavaos inconvenientes do rés-da-chão. Atual-mente, com as novas técnicas de IMPER-

MEABILlZAÇÃO, o pavimento ao nível do chão

RESERVATÓRIO

Ver Caixa d'Água, Castelo d'Água e Cis-terna.

RESERVATÓRIO INFERIORVer Cisterna.

RESERVATÓRIO SUPERIORV Caixa d'Água.

pode apresentar condições adequadaspara qualquer uso. Esse andar nos novosprédios deixou de ser chamado rés-do-chão, passando a ser conhecido como pa-vimento térreo.

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Page 233: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

RESILlENTE / RESSONÂNCIA

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RESILlENTE

Atribuição dada a materiais, como borra-chas e grampos metálicos, que sirvamcomo isolantes de vibrações. Materiaisresilientes são usados principalmente emtratamentos acústicos, CONEXÕES e liga-ções para condutos e canos ou apoios deSOALHOS, DIVISÓRIAS ou FORROS.

RESINA

Qualquer substância vegetal ou sintética,viscosa e inflamável, usada principalmen-te na fabricação de VERNIZES. Resinas ve-getais são retiradas de várias espécies deárvores. O COPAL, a LACA, o ELEMI são resi-nas vegetais. São insolúveis na água egeralmente dissolvidas no álcool. As resi-nas sintéticas são constituintes básicas dematérias plásticas, obtidas por meio dereações naturais ou artificiais. Sãomoldáveis e maleáveis. Podem dissolver-se em diversos solventes.

RESPIGA

Em SAMBLADURAS, encaixe feito em umapeça de madeira para que nele sejamembutidos a MECHA ou MACHO de outrapeça.

RESPIRADOUROAbertura ou orifício feito em recintos, mo-biliário, tubulações ou aparelhos fechados,para entrada e saída de ar ou gases. Emantigas construções era feito na espes-sura das paredes de PORÕES. Freqüen-temente tinha forma tronco-cônica. Quan-do feito em tubulações e aparelhos, é àsvezes também chamado respiro.

RESPIRO

Ver Respiradouro.

RESSALTO

Ver Relevo e Saliência.

RESSONÂNCIAVer Reverberação.

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RESTAURAÇÃO/RETORNO

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RESTAURAÇÃO

Conjunto de obras executadas em comple-xo arquitetônico, edifício ou parte de umaedificação deteriorados pela ação do tem-po, para que possa se apresentar em bomestado e ser reutilizado, conservando tan-to quanto possível suas características for-mais e construtivas originais. Muitos dosprédios ou conjuntos arquitetônicos sujei-tos à restauração constituem-se em benstombados por órgãos responsáveis pelapreservação de patrimômio artístico e his-tórico e têm suas obras de restauracão fis-calizadas por estes. É também chamadarestauro. Fazer uma restauração é chama-do de restaurar.

RESTAURAR

Ver Restauração.

RESTAURO

Ver Restauração.

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RESTOS

Edificações ou partes de edificação rema-nescentes de épocas passadas, passíveisde serem consideradas para preservaçãoou já protegidas por órgão de preserva-ção. Em geral, o termo é aplicado referi-do às construções muito antigas, exem-plares raros de uma determinada épocaou ciclo em uma região.

RETÁBULO

Elemento ornamental em TALHA ou pedraLAVRADA disposto junto a parede por trásdo ALTAR em igrejas, constituindo-se umaespécie de NICHO ou recanto adornado.Seu remate ou coroamento tem formaarqueada. Uma igreja pode ter um ou maisretábulos de acordo com o número de al-tares que possua. Nas antigas igrejas re-cebia tratamento especial. Sua ornamen-tação, muitas vezes em profusão, seguiaestilos identificados segundo uma classi-ficação própria. Dependendo do estilo doretábulo, que se modifica em diferentesmomentos, ele possui ORNATOS diversifi-cados.

RETÂNGULO ÁUREO

Ver Seção Áurea.

RETíCULA

Ver Malha.

RETOR O10 eto o.

Page 235: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

riETRAÇÃO/REVERBERAÇÃO

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RETRAÇÃODiminuição de volume permanente que osAGLOMERADOS sofrem durante a PEGA. Otermo é particularmente empregado refe-rido ao CONCRETO ARMADO.

RETRANCA1. Nos MADEIRAMENTOS do telhado, pauroliço apoiado entre as EMPENAS das TE-SOURAS ou entre os CAIBROS e os CACHOR-ROS dos BEIRAIS, para impedir a queda ouo movimento desta última peça. 2. NoNordeste, peça de madeira disposta noTARDOZ de portas externas rústicas comomeio de trancá-Ias.

RETRETEVer Latrina, Vaso Sanitário e W.C.

1.

2.

REVELlMNas FORTIFICAÇÕES, construção externaformando saliência angular, para defesade acesso, ponte ou CORTINA. Em geral,tem planta triangular ou trapezoidal.Exemplo: Forte de São José, Macapá, AP.

REVERBERAÇÃOPersistência das sensações sonoras emum ambiente depois de ter cessado aemissão do som. Decorre da reflexão dosom, provocada principalmente pelo choquedas ondas sonoras com as superfícies dolocal. O tempo de reverberação tem umaimportância fundamental na audibilidadedos ambientes. Seu controle é indispen-sável nos projetos que exijam CONDICIO-NAMENTO ACÚSTICO, como de teatros e au-ditórios. Para cada ambiente existe umtempo de reverberação ótimo, dependen-do de seu volume, sua lotação e seu uso.As salas destinadas à audição da palavradevem ter uma reverberação baixa, istoé, uma absorção relativamente alta dosom. Nos locais destinados à música, areverberação deve ser maior, variável deacordo com o gênero musical. É requla-da basicam.ente pela forma dada às prin-cipais superfícies refletoras e pela aplica-ção de materiais adequados, absorventesou ref1eores do som. E també a-a ess ância.

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REVESSA / RINCÃO

REVESSAVer Madeira Revessa e Rincão.

REVESTI MENTO1. Material que cobre a superfície de umelemento da construção, dando-lhe umACABAMENTO, protegendo-a e às vezesadornando-a. Os materiais usados comorevestimento são muito variados e depen-dem basicamente do elemento que reves-tem, do uso dado ao espaço onde se en-contram estes elementos e da qualidadeda construção. Usualmente, paredes,tetos e pisos possuem revestimento. 2.Obra de PEDRA, TIJOLO, MADEIRA ou outrotipo de material, feita para manter, conso-lidar e proteger um TALUDE de terra. 3.Camada mais superficial que recobre opavimento de uma via, feita muitas vezesde CONCRETO ou ASFALTO.

REVESTIMENTO FINOVer Reboco.

REVESTIMENTO GROSSOVer Emboço.

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RIBALTANos teatros, série de REFLETORES situadosna parte dianteira do PALCO para iluminara cena.

RIBEIROVer Rincão.

RINCÃO1. Canal ou linha formados pelo encontrode duas ÁGUAS DE TELHADO convergentes,por onde escoam as águas pluviais. Mui-tas vezes é revestido com placa de metaldobrada em forma de calha, para captare conduzir a água pluvial despejada pe-las duas águas de telhado. É tambémchamado laró, ribeiro, revessa, espigãoabatido e guieiro morto. 2. Por extensão,CALHA que recolhe as águas pluviais norincão. 3. Em Portugal, o mesmo queguieiro. Ver Guieiro. 4. Reentrância ge-ralmente alongada em obras de cantariaou numa peça de metal para efeito deco-rativo. 5. Canto ou ângulo interno forma-do pelo encontro de duas paredes oumuros.

2.5.

Page 237: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

=u S/ RIPAL

RINS

Nas ABÓBADAS,espaços compreendidospelos prolongamentos dos PÉS-DIREITOS,atangente traçada pelo vértice e o EXTRA-DORSO.Podem ser cheios, formando uma-ABÓBADAEXTRADORSADA,ou vazios. Sãotambém chamados recontros.

RIPA

1. Peça de madeira estreita, com poucaespessura, em geral comprida. Tem seçãoinferior à do SARRAFO,usualmente de 1" x1". Freqüentemente é usada nas constru-ções em GRADEAMENTOS,como nas obrasde ESTUQUEou TAIPA-DE-MÃO.2. Nos MADEI-RAMENTOSdos telhados, peça de madeirafixada aos CAIBROS,na qual se apóiam ese prendem as TELHAS.De acordo com otipo de telhado e o material da cobertura,apresenta seção que varia entre 0,5 cm a2 cm de espessura e 2,5 cm a 5 cm delargura.

RIPADO

1. Conjunto de RIPASque formam o MADEI-RAMENTOdo telhado. E também chamadoripamento e enripamento. 2. GRADEA-MENTOfeito com ripas. 3. PAVILHÃOou PÉR-GULAfeitos com ripas, dispostos em par-ques ou jardins usualmente para abrigarplantas.

2.

3.RIPAMENTO

Ver Ripado.

RIPAL

Prego curto usado para fixar as RIPASnoMADEIRAMENTOdo telhado. É um dos tiposde prego utilizados nas antigas edificaçõesque teve a sua denominação mantida atéhoje. Nos antigos prédios, tinha cabeçacom seção quadrangular e era çomu-mente feito com FERROFORJADO.E tam-bém chamado ripar e prego de ripar.

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RIPAR / ROCOCÓ

RIPARVer Ripal.

RISCOTraços mais marcantes de um elementoda construção, um edifício, um conjuntoarquitetõnico ou um conjunto urbano, quepor si só sejam capazes de expressar ascaracterísticas espaciais essenciais daobra arquitetõnica ou urbana. É tambémchamado traçado e, antigamente, traça.

ROCAILLE

Ver Rocalha.

ROCALHA1. ORNATOcuja forma é derivada dos con-tornos de pedras e principalmente de con-chas. É um elemento decorativo caracte-rístico das construções influenciadas peloestilo ROCOCÓ.Nas antigas edificações,em geral era em TALHA.Foi usada sobre-tudo na ornamentação dos interiores deigrejas, em RETÁBULOS,ARCOSCRUZEIROSe PAINÉIS.2. Atribuição dada à tendênciadecorativa voltada para o uso na ornamen-tação de curvas caprichosas, formasassimétricas e delicadeza dos ornatos,principalmente de conchas estilizadas. Otermo é mais aplicado quando referido àarquitetura civil. Na arquitetura religiosa,o gosto rocalha é chamado maisfreqüentemente gosto rococó. Nos senti-dos 1 e 2, a rocalha ou o gosto rocalha étambém chamado pelo nome em francêsrocaille.

ROCOCÓ

Manifestação artística correspondente àúltima fase do BARROCO.Predomina naEuropa sobretudo no século XVIII. Basi-camente expressa-se pela ornamentação,delicada e elegante, freqüentem enteassimétrica e abstrata. Caracteriza-se tam-bém pela profusão decorativa e pelo usode curvas caprichosas, principalmentenas ondulações de paredes. No Brasil, sóse expressa na arquitetura religiosa parti-cularmente de meados do século XVIII.Sua contribuição à arquitetura civil con-siste sobretudo na introdução de formasmais delicadas e caprichosas nos elemen-tos decorativos. Tetos pintados com ce-nas pastorais, PAINÉISde AZULEJOScommuito movimento, ORNATOSem relevos nosFRISOS,CUNHAISe CAPITÉISde antigas ca-sas coloniais mineiras são exemplos dainfluência rococó. Exemplo: Igreja do Ro-sário, Ouro Preto, MG.

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=-ODAPÉ / ROLL-ON

RODAPÉ

1. Barra de proteção na parte inferior dasparedes internas, junto ao piso, para Ihesdar melhor ACABAMENTO e evitar que cho-ques, aparelhos ou materiais de limpezaestraquern seu revestimento. Comu-mente, é ligeiramente abaulado na suaparte superior, evitando acúmulo de pó.Diferentes materiais são usados nosrodapés, dependendo do revestimento deparedes e pisos, do uso dado ao espaçointerno e da qualidade do acabamento daconstrução. O tipo mais comum de rodapéé a peça de madeira com altura aproxi-mada de 7,5 cm e espessura entre 1 cme 1,5 cm, encontrado já pronto no comér-cio. Nas antigas edificações tinha em ge-ral altura de 15 cm a 20 cm e espessurade 2 cm e às vezes, em prédios maissuntuosos, alcançava 50 cm, para efeitodecorativo. Antigamente era também cha-mado guarda-vassouras. 2. Pequenosoco contínuo rente ao piso ou chão queserve de base a alguns elementos daconstrução, como GRADES de JANELAS RAS-GADAS e muretas de proteção.

RODATETO

Ver Aba.

2.

ROLDANA1. Equipamento usado no canteiro deobras para facilitar o manuseio e trans- 1.porte de materiais. Consiste em uma má- ---'1'---quina simples, composta unicamente poruma roda provida de um sulco na circun-ferência, a qual, fixada por eixo, permiteelevar com mais comodidade pequenascargas. 2. Pequena FERRAGEM formada poruma roda com um sulco em sua circunfe-rência, e que gira sobre eixo colocado noseu centro. É usada em JANELAS e PORTAS

DE CONTRAPESO ou DE CORRER.

ROLETA

Ver Molinete.

ROLL-ON

Sistema de cobertura industrializado queutiliza bobinas de aço para coberturas. Aschapas da bobina de aço se apóiam so-bre estrutura metálica em treliças. É indi-cado para cobrir grandes coberturas,como de hipermercados. Tem como van-tagem, quando comparado a uma estru-tura espacial, rapidez de instalação e nãorealizar captação de águas pluviais no in-terior da construção. Implica no entanto,na maioria dos casos, a implantação dear-condicionado e adoção de forro para

inimizar a incidência de calor.

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ROLO / ROSÁCE;.

ROLO1. Equipamento formado por um ou maiscilindros de ferro que giram em torno deeixo horizontal. É usado em COMPACTAÇÃOou NIVELAMENTOdos solos. Existem váriostipos de rolo, empregados de acordo como tipo de solo ou etapa executada. Em geralconsta de pesada máquina a vapor oumotor diesel. Pode ser rebocado por tratorou ser de autopropulsão. É também cha-mado rolo compressor ou compressor. 2.Cilindro de ferro que gira em torno de umeixo horizontal provido de um cabo longode metal. Serve para comprimir ou tornarásperos pisos cimentados. 3. Instrumentocomposto por pequeno cilindro revestidode lã ou espuma, transpassado por um eixoe provido de cabo. É usado na pintura eCAIAÇÃOde superfícies planas. Pode tertamanhos variados. 4. Cilindro de madeiracolocado por baixo de blocos de pedrapesados, permitindo que estes sejam em-purrados pelos operários nos canteiros.

ROLO COMPRESSORVer Rolo.

2.

:.• '..'-: . .'. : .:.'

ROLO PÉ-DE-CARNEIRO1. ROLOcompressor cujo cilindro possuisaliências em sua superfície. Permite au-mentar a pressão sobre o solo. Em geralé usado em terrenos argilosos. 2. ROLOprovido de saliências no seu cilindro usa-do em pisos cimentados para torná-Iasásperos. Possibilita dar ao cimentado as-pecto rústico. Nos sentidos 1 e 2, é tam-bém chamado pé-de-carneiro.

2.

°,0 :. t""

ROMANTISMOExpressão da arquitetura que predominaa partir da segunda década do século XIXaté as primeiras décadas deste século.Possui variadas manifestações formais.Sua principal característica é a revives-cência de estilos históricos, como o góti-co, e o uso de formas exóticas ou pitores-cas, como CHALÉS. Deu margem aoflorescimento do ECLETISMO.

ROSÁCEA1. Abertura circular ENVIDRAÇADA,divididaem muitas partições, formando desenhos.Foi usada sobretudo em igrejas. Sua vi-draça era muitas vezes constituída porVITRAIS.2. ORNATOcircular com forma apro-ximada de uma rosa ou de uma estrelacom muitos raios, usado geralmente emcentro de tetos ou INTRADORSOdas ABÓBA-DAS.Quando possui forma que lembra ada é ~, ada ose

1.

Page 241: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

~OSETA/ ROTUNDA

ROSETA

1. Pequena chapa metálica circular comum orifício central no qual são fixados FE-CHOS ou MAÇANETAS. Serve para dar me-lhor ACABAMENTO às FERRAGENS dasesquadrias. 2. O mesmo que rosácea comforma aproximada de uma rosa. VerRosácea.

1.

RÓTULA

Painel móvel ou fixo formado por GRADEfeita de REIXAS cruzadas, usado navedação de portas, janelas, POSTIGOS, SA-CADAS e ALPENDRES. Possibilita que o inte-rior do prédio tenha ventilação, protegen-do-o do sol, e impossibilita a visão dointerior pelo exterior. No Brasil colonial foicomum o uso de rótulas nas casas. Emgeral, era feita por uma grade com reixasdispostas internamente no sentido verti-cal e externamente, no sentido diagonal,formando uma espinha. Quando era mó-vel, sua DOBRADiÇA localizava-se muitasvezes na sua parte superior. Em iníciosdo século XIX foi proibida por legislaçãoem muitas cidades brasileiras, como noRio de Janeiro, por ser considerada umelemento remanescente de uma arqui-tetura ultrapassada. A partir de meadosdo século XIX foi substituída pela VENEZIA-NA. Disposta em vãos de janelas, é tam- .bém chamada gelosia. O elemento comrótulas é às vezes chamado de rotulado.

ROTULADO

Ver Rótula.

ROTUNDA

Construção circular freqüentem ente co-berta por uma CÚPULA, podendo constituir-se em edificação isolada ou um CORPO daedificação.

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RUDENTURA/RUMPANTE

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RUDENTURA

ORNATO em forma de haste nodosa oucorda, usado muitas vezes no interior dasCANELURAS dos FUSTES das colunas, abran-gendo da BASE ao primeiro terço.

RUDENTURA EM RELEVO

ORNATO em forma de haste nodosa oucorda que constitui uma saliência no ele-mento da construção.

RUFO

1. Chapa metálica dobrada, fixada na li-nha de encontro do telhado com paredemais elevada. Evita que as águas pluviaisque escorrem pela parede se infiltrempara o interior da construção. É indispen-sávelquando o prédio possui OITÃO ouPLATIBANDA. Às vezes é também chamadopestana. 2. LIMA cujas SERRILHAS são gros-sas e afastadas uma das outras. Em ge-ral é feito de FERRO GALVANIZADO. 3. Motivodecorativo ou GUARNiÇÃO em forma de pre-gas, debrum ou franzido.

2.

1.

3.

RUMPANTEVer Saimel.

553

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2.SACADA

1. Atribuição dada ao elemento que for-ma uma saliência no PARAMENTO da pare-de. O termo quase não é mais usadoatualmente, restringindo-se seu empregoàs SOLEIRAS que, quando salientes, formama BACIA dos BALCÕES. Foi praticamentesubstituído pelo termo em BALANÇO. 2. Porextensão, bacia dos balcões quando embalanço. Ver Bacia. 3. Por extensão, bal-cão em balanço. Ver Balcão.

SACADA CORRIDA

Ver Balcão Corrido.

1.

SACRÁRIO

Nas igrejas, pequeno compartimento ouarmário provido de porta onde são guar-dados objetos sagrados como hóstias ourelíquias. Quase sempre se situa no cen-tro do ALTAR-MOR. Em antigas igrejas doséculo XVIII, usualmente era feito de TA-

LHA ornamentada. É também chamadotabernáculo.

SACRISTIA

Nas igrejas, dependência para guarda deparamentos e objetos do culto e onde ospadres vestem os hábitos litúrgicos. Em Vgeral constitui-se em um compartimentopróximo à CAPELA-MOR ligado diretamentea esta ou por meio de corredor lateral.Pode situar-se em edificação adjacente aoprédio da igreja ou no próprio edifício prin-cipal. Freqüentemente possui entrada in-dependente.

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SAGUÃO / SALA DO CONSISTÓRIO

SAGUÃO1. Em edifícios de maior porte, principal-mente públicos ou coletivos, amplo recin-to na entrada do prédio usado freqüen-temente como local de espera. Algumasvezes constitui-se em um espaço cober-to, aberto para o exterior. 2. Pátio desco-berto no interior da edificação, fechado emparte ou totalmente por paredes. É àsvezes também chamado saguão interno.

1.

2.

SAIANos FORROS DE SAIA-E-CAMISA, cada umadas TÁBUAS pregadas, espaçadas e eqüi-distantes, sobrepostas ao conjunto de tá-buas, também espaçadas e eqüidistantes,chamadas CAMISAS.

SAIBROMaterial composto por argila e areia gros-sa usado na composição de ARGAMASSAS.Adicionado à argamassa de cimento eareia, lhe dá maior aderência. As arga-massas com saibro são comumente em-pregadas em EMBaças, fixação de AZULE-JOS, LADRILHOS e TACOS e pavimentaçãoexterna. Revestir uma superfície com sai-bro é chamado de ensaibrar.

SAIMELEm ARCOS e ABÓBADAS feitos com tijolos oupedras, cada uma das ADUELAS que seapóiam diretamente nos PÉS-DIREITOS, es-tando portanto sobre o PLANO DAS IMPOS-TAS. E também chamado arranque,rumpante e seguintes de nascença.

SALA DO CONSISTÓRIOe Co sistório.

555

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-- - elA / SAMBLAGEM

SALIÊNCIA

Descontinuidade no alinhamento de peça,elemento construtivo ou edificação, cau-sada por ressalto ou relevo em sua su-perfície. Pode ser mínima, freqüentementepara efeito decorativo, ou constituir-se emum CORPO AVANÇADO na edificação. Na fa-chada do edifício cria jogo de luz e som-bra e ritmo diferenciado. É também cha-mada ressalto.

SAMBAQUI

Depósito pré-histórico de conchas. Encer-ra, em meio às conchas, fósseis, objetosde pedra e cerâmica. Encontra-se disse-minado pelo litoral brasileiro. Acredita-seque se trata de enorme monumento fu-nerário. Desde os tempos coloniais atérecentemente fornecia matéria-prima paraobtenção de CAL. Algumas das áreas ondeforam identificados sambaquis são tom-badas por órgãos de patrimônio culturalvisando sua preservação. Em São Pauloe Santa Catarina, é também chamadocasqueiro e concheira.

SAMBLADURA

Junção entre duas peças de madeira pormeio de cortes ou entalhes que permitamseu encaixe. É utilizada para alongar pe-ças quando estas são curtas, aumentarsua resistência reforçando a peça no sen-tido da largura, fixar encontros consoli-dando os cruzamentos entre peças econstituir vedos contínuos como nos TA-BUADOS. Quando bem executada, os cor-tes nas peças ficam ocultos, deixandoapenas visíveis as linhas de união. Exis-tem vários tipos de sambladura. De acor-do com o uso dado às peças de madeirae o esforço suportado pelas peças emen-dadas, é mais apropriado o emprego deuma ou outra sambladura. O mais comumé a utilização de MEIA-MADEIRA ou MECHA E

ENCAIXE. E feita de modo a solidarizar aspeças sem auxílio de pregos ou ferra-gens. No entanto, às vezes é necessárioseu reforço com TALEIRAS, ESQUADROS, ES-

TRIBOS, parafusos. É também chamadaensambladura, samblagem, ensambla-gem, ensamblamento e entalhe. Fazeruma sambladura entre peças de madeiraé chamado de ensamblar e samblar.

S BLAGEM::::....Sambladura.

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SAMBLAR/ SA EF

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SAMBLAR

Ver Sambladura.

SANCA1. Peças do MADEIRAMENTOdo telhado quese apóiam na espessura da parede. Emgeral ficam aparentes na fachada e fazemparte do BEIRALdo telhado, sendo respon-sáveis pela sua conformação. O termo seaplica principalmente quando referido aostelhados cobertos por TELHASCERÂMICASeamplos beirais que usualmente recobremedificações antigas cujas paredes sãomuito espessas. Os telhados nos séculosXVII e XVIII caracterizavam-se por suasacentuadas sancas. Com o uso de :PLATIBANDAS,perdeu sua importância. 2.CIMALHA convexa ou superfície convexafeita em qualquer tipo de material que uneo teto às paredes. 3. MOLDURA freqüen-temente feita em gesso disposta ao lon-go das paredes próxima ao teto. É usadaprincipalmente para colocação de pontosde luz camuflados, permitindo instalaçãode ILUMINAÇÃOINDIRETAem compartimen-tos ou ambientes.

1.

2.

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SANCADILHA

CUNHA de madeira usada em obras dereforma ou reconstrução para calçar jun-to ao piso ESCORASou PONTALETESdispos-tos obliquamente.

SANEFA

1. TÁBUA atravessada que prende umasérie de outras tábuas dispostas emdireção contrária. É usada em SOALHOS.2. Tábua que arremata superiormentecortinas ou reposteiros. 3. O mesmo quebaldaquim. Ver Baldaquim.

2.

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SAPATA/SAPATAEXCÊNTRICA

SAPATA1. Genericamente, parte inferior e maislarga dos ALICERCESapoiada diretamentenas FUNDAÇÕESde modo a melhor distri-buir as cargas verticais e receber a reaçãodas fundações. Usualmente é feita emCONCRETOARMADO.Pode ter várias formas,sendo contínua para alicerces corridos ouisolada para alicerces de PILARES.Comu-mente é utilizada em construções comcargas entre 120 t e 130 t. 2. Especifica-mente, FUNDAÇÃODIRETAcuja parte inferi-or dos alicerces tem seção com formaaproximada de um trapézio. Em geral éfeita em concreto armado e é usada so-bre pilares. Suas dimensões dependembasicamente da carga que irá suportar.Normalmente considera-se que deva seapoiar sobre base quadrangular com al-tura mínima de 15 cm e tenha um ângulode inclinação menor ou igual a 30°. E re-comendável para prédios de médio portequando a fundação natural é encontradaem profundidades não muito exageradas.Há no centro comercial de São Paulo vá-rios edifícios de dez pavimentos com fun-dação de sapata cuja profundidade variaem cerca de 7 m. 3. Ponta de ferro dis-posta na extremidade da ESTACApara fa-cilitar sua cravação. 4. Peça de madeiraou ferro disposta sobre o pilar para refor-çar ou equilibrar a peça do MADEIRAMENTOdo telhado que nela se apóia.

1.

3.

SAPATA ESCALONADASAPATAconstituída por um bloco formadopor degraus. O degrau da sapataescalonada tem altura variável entre 20cm e 30 cm. Quando feita em ALVENARIAde TIJOLO,considera-se adequado queseu ângulo de inclinação tenha 45° e emCONCRETO,60°. É também chamada blocoem degraus.

SAPATA EXCÊNTRICASAPATAcuja forma é decorrente de sualocalização junto a linha de divisa do LOTEou prédio já construído. Tem a face contí-gua à linha de divisa ou FUNDAÇÃOdaedificação vizinha alinhada com o pilar doALICERCE.

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SAPÊ/SARRAFÃO

SAPÊGramínea de grande porte e folhas durasusada na cobertura de construções rústi-cas ou precárias principalmente em árearural. Oferece condições razoáveis deimpermeabilidade e isolamento térmico.É empregado nas coberturas em molhosamarrados com CIPÓS ou outro material,assentados em TÁBUAS superpondo-se em2/3 do seu comprimento. Tem como des-vantagens ser combustível e se prestarao abrigo de insetos. É também designa-do sapé.

SARGENTOPrensa de madeira ou ferro usada porcarpinteiros e marceneiros para fixar naBANCADA uma ou mais tábuas largas comas quais se pretende trabalhar. Quandofeito de ferro, constitui-se em um grampode grandes dimensões com uma hastedentada na face externa. Internamentetem forma de uma calha aberta por ondedesliza as peças.

SARILHOCilindro solidário a um eixo com uma ouduas manivelas nas extremidades coloca-do horizontalmente e no qual se enrolamcorda, cabo ou corrente em geral de equi-pamento de levantar pesos. É usado noCANTEIRO DE OBRAS em transporte verticalde materiais e auxílio a trabalhos de SON-DAGEM. t,

SARJETACanal de escoamento das águas pluviaisprincipalmente em vias. Comumente situa-se junto ao MEIO-FIO. Em geral é feita deCONCRETO ou pedra. Quando as vias nãosão pavimentadas, são necessários cui-dados especiais na sua execução, pois écomum o aparecimento de sulcos de ero-são junto a elas.

SARRAFÃOVer Vigota.

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ARRAFEAR/SEÇÃO

SARRAFEARAplainar a MASSA do EMBaço aplicada emALVENARIAS com régua de madeira tornan-do-a mais regular. Se a alvenaria vai re-ceber REBOCO FINO, após ser sarrafeada,é ainda alisada com DESEMPENADEIRA.

Quando a alvenaria é revestida com ce-râmica, não há necessidade de ser DESEM-

PENADA após ser sarrafeada.

SARRAFOPeça de madeira estreita e comprida usa-da principalmente em serviços auxiliaresno canteiro de obras. Possui seção supe-rior à RIPA. Usualmente tem espessuraentre 1" e 1,5" e largura entre 1" e 4".

SAZONAMENTOVer Cura.

SEBEVedação com varas, estacas ou ramosentrecruzados ou entrelaçados. O termoé muito usado quando referido às veda-ções feitas com PIQUES que são barreadosformando paredes de PAU-A-PIQUE. A sebede ramos secos é muito comum nas ve-dações de terrenos, principalmente rurais.

SEBE VIVAVer Cerca Viva.

SECANTESubstância usada por pintores e pedrei-ros na composição de tintas e massas.Constitui um dos ingredientes da TINTA A

ÓLEO, MASSA DE VIDRACEIRO e MASSA PLÁSTI-CA. É um componente essencial para fa-zer tintas e dar consistência às massascom rapidez. Comercialmente são encon-trados vários tipos de secante.

SEÇÃOCorte.

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SEÇÃO ÁUREA / SECESSÃO

SEÇÃO ÁUREA

Divisão de um segmento em duas partesseguindo um parâmetro estabelecido apartir das proporções existentes nas me-didas do corpo humano consideradas deharmonia ideal. Corresponde aproximada-mente à proporção de 5 para 8. Tem aseguinte propriedade: se o menor seg-mento é rebatido sobre o maior segmen-to, o segmento restante originado nestanova seção mantém com o segmento re-batido a mesma proporção que os doissegmentos secionados inicialmente, eassim por diante. Serve de base na deter-minação de uma proporção áurea ou umretângulo áureo passíveis de serem em-pregados no traçado do edifício, partedeste ou elementos da construção. Origi-nariamente foi utilizada nas edificações daantiguidade grega, sendo incorporadaposteriormente pelos estilos CLÁSSICOSeCLASSICIZANTESprincipalmente nas parti-ções das fachadas dos prédios. Exemplo:FRONTISpíCIOda antiga Casa de Câmara eCadeia de Mariana, MG, atual Paço Mu-nicipal.

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SECESSÃO

Movimento arquitetônico de raízesgermânicas e tendências nacionalistassurgido em fins do século XIX. É empre-gado principalmente na Alemanha e Aus-tria. Dá origem ao Deutschwerkbund deColônia, na Alemanha, do qual, por suavez, se originou a Bauhaus, precedenteda ARQUITETURAMODERNA.Freqüente-mente é confundido com o ART-NOUVEAU.No Brasil, nas primeiras décadas desteséculo foram construídos alguns prédiosseguindo suas tendências. Exemplos:antigo Matadouro Municipal de Petrópolis,RJ; volumetria e fachada da Vila Pentea-do, São Paulo, SP.

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SECRETA / SELADA

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SECRETANas antigas construções, local ou compar-timento destinado às dejeções. Podia serou não ligada à canalização de água eesgoto. Quando não tinha canalização,situava-se em construção independentedo CORPO principal do edifício. NasENXOVIAS de algumas das antigas CASAS

DE CÂMARA E CADEIA era formada por umSOCO corrido de alvenaria coberto porgrossas LAJES de pedra. Nas lajes eramabertos buracos circulares espaçados/Possuía tubulação de água e esgoto. Etambém chamada comua e senti na.

SEDEEm antigas edificações, assento de pedrafixado junto ao PEITORil da janela.

SEGUINTES DE NASCENÇAVer Saimel.

SEGUINTES DO FECHOVer Contrafecho.

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SEIXOPequena pedra com dimensões superio-res às da areia grossa e inferiores às docascalho. Possui entre 2 em" e 20 em" desuperfície. O termo é mais aplicado refe-rido à pequena pedra arredondada pelodesgaste encontrada à beira-mar ou nosleitos dos rios caudalosos.

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SEIXO ROLADO1. Pequena pedra arredondada comumnos leitos dos rios usada no revestimentode piso e eventualmente de paredes. 2.Por extensão, PAVIMENTO feito com pedrasde rio redondas sobre solo ou ARGAMASSA.

É empregado na pavimentação de vias ouno piso principalmente externo de edifíci-os. Foi usado em VESTíBULOS e PÁTIOS inter-nos de antigas edificações coloniais minei-ras de maior nobreza. Às vezes formavadesenhos geométricos de duas cores.Exemplo: piso do vestíbulo do sobrado darua Alvarenga n° 56/58, Ouro Preto, MG.

SELADAVer Selador e Selar.

2.

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SELADOR / SENTI NA

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SELADOR

1. INDUTO industrial usado na superfície deparedes e muros antes da aplicação doREBOCO para sua impermeabilização. Per-mite aumentar a aderência das tintas. Eindispensável para cobrir superfícies mui-to porosas que receberão pintura impe-dindo que a tinta seja absorvida. Colocarselador na superfície de paredes e murosé chamado de selar. O muro ou a paredeque recebe selador é chamada de sela-da. 2. INDUTO industrial usado na superfí-cie de peças de madeira antes da aplica-ção de verniz ou pintura. Melhora orendimento e a qualidade do ACABAMEN-

TO, evitando a penetração demasiada dabase líquida do material de acabamento.Freqüentemente é feito à base deNITROCELULOSE.

SELAGEM

Etapa industrial na produção de peçasmetálicas onde são vedados os poros deCAIXILHOS ou PERFIS metálicos para evitardeterioração. ~~~. ~'~~('s'~~0

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SELAR

1. Ação do peso sobre peças de madeira,provocando seu arqueamento. A peça demadeira alterada pela ação do peso échamada de selada. 2. Colocar seladorna superfície de paredes e muros. VerSelador.

1.

SELANTE

Material produzido industrialmente usadopara preencher e vedar a superfície deuma JUNTA. Previne a entrada de água,poeira ou som. Em geral é aplicado emJUNTAS de CONCRETO e de outros materi-ais porosos, de vidro com vidro, alumíniocom vidro, plástico com vidro e vidro commetal. Comumente é feito à base deSILlCONE. Neste caso, vulcaniza-se à tem-peratura ambiente e forma uma borrachade alta resistência, flexível e imune à açãodas intempéries.

SENÁBRIA

Ver Terça.

SENTINA

'" . a Secreta e Vaso Sanitário.

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~~ ZALA / SERPENTINA

~úJ.iilSENZALA

1. Antigamente, cada uma das unidades demoradia dos escravos no Brasil colonial. 2.Por extensão, construção que servia de alo-jamento para os escravos negros em fazen-das e casas senhoriais no Brasil colonial eimperial. Nos engenhos de açúcar, localiza-va-se entre as edificações da CASA-GRANDE eda casa-de-engenho. Nas fazendas de cafésituava-se em um dos lados do terreno quecircundava o TERREIRO para secagem de café.Comumente era feita de TAIPA, tinha formaretangular alongada e possuía uma únicaentrada com porta baixa e estreita. Em geraltinha cobertura de telha, às vezes de palha, echão de TERRA BATIDA. Freqüentemente dispu-nha de vários quartos grandes destinados aossolteiros e de alguns menores para casados.Não tinha instalações sanitárias e a cozinhasituava-se na frente da edificação sobre GA-LERIA coberta. Poucos dos antigos engenhose fazendas conservam ainda hoje a constru-ção que abrigava a senzala devido à precari-edade de sua técnica construtiva e falta dealternativa para continuidade de uso. Exem-plos: senzala do Engenho Vitória, Cachoeira,BA; senzala do Engenho Pimentel, São Se-bastião do Passé, BA.

SEPULCROVer Sepultura.

1.

2.

SEPULTURA

Local onde é enterrado cadáver. Pode tratar-se de uma cova rasa em geral fechada poruma CAMPA ou de um monumento fúnebre.No primeiro caso é também chamada sepul-tura rasa ou campa. A organização das se-pulturas nós cemitérios varia muito, assimcomo suas dimensões. Usualmente tem pro-fundidade de 2 m a 2,40 m e largura de 75cm a 1,20 m. É também chamada túmulo,tumba e, mais raramente, sepulcro.

SEPULTURA RASA

Ver Sepultura.

SERPENTINA

1. Pedra esverdeada carregada de manchasbrancas e escuras. Foi usada em antigas edi-ficações coloniais mineiras. Exemplo: antigaCasa de Câmara e Cadeia de Mariana, MG,atual Paço Municipal. 2. Conduto metálico comnumerosas dobras sobre si mesmo dentro doqual circula fluido que executa trocas de calorcom o meio em que está imerso o DUTO. Éutilizada em vários tipos de aparelhos de aque-

írnento ou resfriamento de ar ou água, Colo-ca a ju o ao fogão e ligada a caixas de 150a 200 ' , usada e anti gas construções

2.

1.

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SERRA/ SERRA TICO-TICO

SERRA

Instrumento que tem como peça principaluma lâmina cortante de aço. E usada noCANTEIRO DE OBRAS ou em SERRARIAS e SER-RALHERIAS para cortar madeiras ou metais.Existem vários tipos de serra, emprega-dos de acordo com o material e a dimen-são da peça a ser serrada. Para peçasmaiores são usualmente utilizadas serrasmecânicas, que muitas vezes recebemdenominações especiais. Para corte demadeira e para corte de metal manual éem geral formada por lâmina dentadacujos dentes são ligeira e alternadamenteafastados para a direita e para a esquer-da. Quando mecânica para metal, com-põe-se usualmente de lâmina lisa de açomacio.

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SERRA CIRCULAR

Serra mecânica formada por um disco deaço com movimento rotativo usada fre-qüentemente para o corte de madeira emais raramente de metais. Para corte demadeira possui disco dentado em um de

'seus bordos. Trabalha com velocidadeaproximada de 20 m a 30 m por segun-do. É muito usada no desdobramento damadeira para FÔRMAS de CONCRETO e pe-ças do MADEIRAMENTO do telhado. Paracorte de metais pode ser constituída porum disco liso que, movimentando-se agrande velocidade, provoca o corte poroxidação ou a quente.

SERRA DE FITA

Serra mecânica formada por uma lâminafina dentada que se enrola em duas po-lias atravessando por uma fenda a mesana qual se apóia a peça para serrar. Tra-balha em velocidade de até 100 m porsegundo e é usada no corte de madeiras.OS LAMBREQUINS de antigas edificaçõeseram feitos com serra de fita.

SERRA TICO-TICO

Pequena serra, mecânica ou não, cuja lâ-mina se desloca em movimento de vaivémcontínuo. Permite fazer cortes circulares,angulares e curvos em peças de madeira.Quando mecânica, além de permitir o cor-te de madeiras, é apropriada para o traba-lho com chapas aglomeradas, plásticos,chapas de ALUMíNIO e AÇO, peças cerâmi-cas, de CIMENTO-AMIANTO, papelão e couro.Para cada grupo de materiais e cada tipo

e abalho existe um modelo apropriado

J1

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_3="=- VERTICAL / SERRALHEIRO

SERRA VERTICAL

Serra mecânica composta freqüente-mente de várias lâminas paralelas mon-tadas num quadro vertical dotado de mo-vimento alternativo de baixo para cima. Éusada nas SERRARIAS para o desdobro si-multâneo de um TORO de madeira em vá-rios PRANCHÕES.

SERRADORA-REFILADORA

Máquina equipada com disco e dentesusada no canteiro de obras para opera-cões de refilamento em pecas de ALUMí-NIO. É feita de DURALUMíNIO~ Auxilia o fa-bricante de ESQUADRIAS de alumínio nosserviços executados em obra.

1.

SERRAGEMPÓ ou partículas que saem da madeiraquando é serrada. Pode ser usada naCALAFETAGEM de SOALHOS, PARQUETES ououtras peças de madeira.

SERRALHARIA

1. Oficina onde são fabricadas ou conser-tadas peças de FERRO. OS elementoscomumente confeccionados nas serra-Iharias são: GRADIS, CAIXILHOS e PORTÕES.O oficial que trabalha na serralharia é cha-mado serralheiro. 2. Conjunto de obrasfeitas em ferro na edificação.

SE RALHEIROo e Serralharia.

2.

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SERRARIA/ SERVIDÃO ADMINISTRATIVA

liI SERRARIA

Local onde peças de MADEIRA são desdo-bradas e beneficiadas.

SERRILHA

1. Cada uma das saliências nos SHEDS. 2.Cada um dos pequenos dentes nas LIMAS.É também chamada picadura.

SERROTE

Ferramenta de corte para peças de MA-DEIRA. É composto basicamente por umalâmina denteada e um cabo. Existemmuitas variedades de serrote, como detraçar, de folha, de costas e de ponta.

L ===:rtSERVENTE

No CANTEIRO DE OBRAS, operário de maisbaixa qualificação que executa tarefasauxiliares principalmente para o pedreiro,como carregamento de materiais e ferra-mentas. Algumas vezes aprende um ofí-cio no próprio canteiro, tornando-se umoficial. E também chamado peão de obra.

SERVIDÃO

Encargo imposto a um terreno ou umaedificação de propriedade particular emproveito de outro terreno ou edificação dedono diferente ou do interesse público.Pode dizer respeito a passagem de pes-soas, veículos, cabos condutores, tubula-ção, iluminação, ventilação etc. O prédioou terreno sujeito à servidão chama-se ser"viente e o que dele se utiliza, dominante.

SERVIDÃO ADMINISTRATIVAI Servidão Pública.

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ERVIDÃO DE AR E LUZ / SETEIRA

SERVIDÃO DE AR E LUZ

Servidão adquirida pelo proprietário de umprédio para obtenção de ventilação e ilu-minação em terreno vizinho pertencentea outro dono. Em geral é obtida pela omis-são do proprietário que não reclamou ju-dicialmente em tempo hábil seus direitos.

SERVIDÃO DE PASSAGEM

Servidão adquirida por um terreno ou pré-dio para passagem usualmente de pes-soas por terreno ou edificação pertencen-te a outro dono. É o tipo mais comum deservidão no Rio de Janeiro, decorrentemuitas vezes do DESMEMBRAMENTO de umlote ocupado por vários domicílios, comoé o caso de VILAS e AVENIDAS, que causouo impedimento de acesso à via pública.Em geral é encerrada com o REMEMBRA-MENTO dos terrenos.

2.

SERVIDÃO PÚBLICA

Servidão de uso imposta pela administra-ção pública à propriedade particular a fimde realizar e manter obras e serviços pú-blicos ou de utilidade pública. Em geral éfeita para passagem de cabos conduto-res de energia elétrica, fios telegráficosou canalização. É também chamada ser-vidão administrativa.

SETEIRA1. Em FORTIFICAÇÕES, abertura estreita elonga feita nas MURALHAS originariamentepara lançamento de flechas. Permite res-guardar o atacante. Antigamente era tam-bém chamada abocadura e frecheira. 2.Pequena abertura em geral estreita e lon-ga feita em paredes. Tem como função pos-sibilitar maior iluminação e às vezes ventila-ção ao interior do edifício. Pelo seu tamanhoreduzido, usualmente tem FOLHA fixa for-mada por CAIXILHO com vidro ou é gradea-

a Foi muito usada nas CASAS DE pORÃoO para ventilar o RÉS-[)()-c - o. as anti-

ificaçôes e a

• •

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SHED / SILHARIA

liI SHED

Cobertura com perfil em forma de dentesde serra. Alternadamente possui umaÁGUA DE TELHADO feita com material trans-parente ou translúcido permitindo ILUMINA-çÃO ZENITAL. É usado principalmente emfábricas, armazéns e depósitos. A ilumi-nação interna proporcionada pelo shed émuito uniforme. Mesmo com acúmulo depó sobre a cobertura, ilumina eficiente-mente. A eficiência da iluminação em pré-dios com shed está também relacionadacom a orientação adequada dos dentesda cobertura. Deve-se evitar que os raiossolares incidam diretamente nas superfí-cies transparentes. Seu emprego exige

um cuidado especial em garantir o escoa-mento de águas pluviais sempre em gran-de quantidade. Para tanto, as CALHAS de-vem ser amplas e os CONDUTORES nume-rosos. É também chamado telhado emdente de serra.

SIFÃO

Nas tubulações de líquidos residuais, fe-cho hidráulico que impede a entrada nointerior da construção de gases contidosna canalização. Possibilita eliminar maucheiro. Quando o líquido cai verticalmen-te, comumente trata-se de um tubo cur-vado em forma de S. É usado em pias decozinha, LAVATÓRIOS, VASOS SANITÁRIOS etubulação de esgoto. Tem também comofunção vedar passagem de detritos flutu-antes e areias nas canalizações.

liI SIFÃO ATMOSFÉRICO

Tubo de ARENITO poroso de seção reta emgeral pentagonal colocado espaçado nasparedes de alvenaria com o eixo inclina-do para o exterior. Destina-se a desumi-dificação das paredes.

liI SILHAR

1. Peça quadrangular cortada em ESQUA-

DRO usada juntamente com outras peçasiguais para o revestimento decorativo deparedes. Em geral, o termo refere-se apeças de pedra ou AZULEJO. 2. Pedra la-vrada em ESQUADRO APARELHADA pelo me-nos na sua face aparente. É usada naconstituição ou no revestimento de pare-des. 3. Pedra colocada na parede demodo que uma de suas faces e parte desua espessura estejam embutidas na al-venaria. Freqüentemente era usada emantigas construções para dar ACABAMEN-TO em vão de janela ou no alto da pare-de. Nos sentidos 1 e 2, a obra feita comsilhares é chamada silharia ou ensilharia.A silharia apresenta um aspecto uniforme.

SllHARIA

Ve Silhar.

1.

3.

569

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SILlCONE

Substância termoplástica utilizada pelaindústria da construção na fabricação deSELANTES e MASSAS. Possui alta resistênciaao calor, durabilidade e flexibilidade. Osprodutos feitos com silicone são aplicadosprincipalmente em áreas externas por re-pelirem água e sujeira. Comumente sãousados em REJUNTAMENTO de placas devidros ou tijolos aparentes e nas JUNTASde pavimentos, possibilitando sua melhorconservação. Não podem ser emprega-dos em elementos construtivos situadosabaixo do solo porque não são inteiramen-te impermeáveis.

s :JCON E / SOALHAR

SIMPLES1. Armação de madeira ou ferro paramolde e suporte de ARCOS e ABÓBADAS emconstrução que depois de prontos é reti-rada. Deve ser bastante resistente e exe-cutado com o máximo cuidado para nãosofrer RECALQUE durante a construção dosarcos e das abóbadas. É também chama-do cimbre. 2. Estrutura de madeira quesuporta as FÔRMAS para execução de ele-mentos, principalmente LAJES em CONCRE-

TO ARMADO. Atualmente é mais freqüen-temente chamado cimbramento.

1.

2.

SINEIRAAbertura em paredes freqüentemente deTORRES onde são instalados sinos. Naspartes laterais da abertura é em geral fi-xado o eixo que sustenta o sino. É tam-bém chamada janela-sineira e vão cam-panário.

SINHANINHAVer Lambrequim.

SOALHADO

Ver Soalho.

SOALHAR

e Soalho.

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SOALHO / SOALHO À PORTUGUESA

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SOALHOPiso formado por TÁBUAS de madeira jus-tapostas. Nas antigas construções erasustentado por uma armação de madei-ra, o SOBRADO. O conjunto formado pelosoalho e pelo sobrado formava o pavimen-to da edificação. No primeiro pavimento oespaço compreendido pelo sobrado e ochão era muito variável, sendo às vezesutilizado como compartimento. Atual-mente é mais comum o soalho apoiar-seem SARRAFOS assentados no pavimento.As tábuas do soalho são usualmente uni-das por encaixe MACHO E FÊMEA ou MEIA-MADEIRA e sua fixação no vigamento é fei-ta com pregos ocultos. As JUNTAS dastábuas devem ser sempre alternadas.Comumente a largura das suas tábuas éde 10 em. Tábuas mais largas em soa-lhos estão sujeitas a ACANOAR. Comercial-mente as tábuas para soalho são encon-tradas no comprimento aproximado de4,40 m. A madeira utilizada em soalhosdeve ser de boa qualidade e estar emperfeitas condições. Peroba, canela, ipêe sucupira são alguns dos tipos de ma-deira adequados para soalho. Existemvários tipos de soalho que, de acordo coma disposição das tábuas no piso e com otipo de encaixe feito entre elas, recebemnomes especiais. É também chamadoassoalho e mais raramente soalhado eassoalhamento. Colocar o soalho na cons-trução é chamado de soalhar ou assoa-Ihar. A tarefa de dispor o soalho é tam-bém denominado assoalhamento. Opavimento que possui soalho é chamadode assoalhado.

SOALHO À INGLESASOALHO PARALELO cujas TÁBUAS são unidaspor encaixe MACHO E FÊMEA. No soalho àinglesa, o MACHO da tábua não deve tercomprimento igual à profundidade da FÊ-MEA, e a fêmea por sua vez não deve ternas extremidades a mesma largura. Es-tas precauções evitam que o soalho apre-sente frinchas nas JUNTAS das tábuas.

SOALHO À PORTUGUESASOALHO cujas TÁBUAS unem-se a MEIA-MA-DEIRA. Cada uma de suas tábuas apresentana sua parte superior de um de seus bor-dos uma MECHA e do outro, um ENCAIXE. Étambém chamado soalho de meio-fio re-cortado.

571

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::lOALHO CAVEIRADO / SOALHO DIAGONAL

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SOALHO CAVEIRADO

SOALHO cujas TÁBUAS são dispostas emdiferentes direções, formando no pisodesenhos geométricos. Freqüentementeo piso fica dividido em diversos retângulos.

SOALHO DE CENTRO

SOALHO que divide o piso em quatro partesque se encontram com o das partes contí-guas em ESQUADRIAe cujo TABUADO de cadaparte está disposto a 45° com as paredesdo compartimento. Desse modo parecemenvolver o centro do compartimento. Foiusado em construções antigas suntuosas,dando um efeito decorativo ao piso.

SOALHO DE CHANFRO

SOALHO cujas JUNTAS entre as TÁBUAS sãoinclinadas.

SOALHO DE JUNTAS

SOALHO cujas TÁBUAS são simplesmentejustapostas.

SOALHO DE MACHO E FÊMEA

Ver Soalho à Inglesa.

SOALHO DE MEIO-FIO

SOALHO cujas TÁBUAS se unem à MEIA-MA-DEIRA de modo que alternadamente umatábua tenha a MECHA voltada para cima ea outra o ENCAIXE. .

SOALHO DE MEIO-FIO RECORTADO

Ver Soalho à Portuguesa.

SOALHO DIAGONAL

SOALHO formado por TÁBUAS paralelas emtoda a superfície do piso dispostas a 45°das paredes do compartimento.

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SOALHO EM ESPINHA/SOBEIRA

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SOALHO EM ESPINHA

SOALHO que divide o piso em seções longi-tudinais iguais, cujas TÁBUAS de cada seção,que formam um ângulo de 45° com as pa-redes do compartimento, são dispostas demodo a se encontrar com as da seção con-tígua com seus topos em ESQUADRIA. Apre-senta um efeito decorativo. É também cha-mado soalho espinhado.

SOALHO ENCABEÇADO

Ver Soalho Encabeirado.

SOALHO ENCABEIRADO

SOALHO constituído por TÁBUAS paralelas,chamadas ENCABEÇADAS, emoldurado du-plamente por tábuas na perpendicular,chamadas ENCABEIRAS. As encabeiras queemolduram o soalho formam a CABEIRA dopiso. É também chamado soalho encavei-rado e soalho encabeçado.

SOALHO ENCAVEIRADO

Ver Soalho Encabeirado.

SOALHO ESPINHADO

Ver Soalho em Espinha.

SOALHO PARALELO

SOALHO formado por TÁBUAS paralelas que,por sua vez, são paralelas a duas dasparedes do compartimento em que seencontra, em geral as de maior comprimen-to. É o tipo mais econômico de soalho.

SOALHO TRESPASSADO

SOALHO cujas TÁBUAS são emendadas noseu comprimento, portanto não atingindoo comprimento total do compartimento emque se encontram.

SOALHO-A-ENCHER

SOALHO formado por TÁBUAS cujo compri-mento é igual ao do compartimento noqual serve de piso. Possui, portanto, ta-buado sem emendas.

SOBEIRAV cr alha de Boca-de- Telha.

573

Page 263: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

SOBRAOAOO/ SOBRELEITO

SOBRADADOVer Sobrado,

1.

fi] SOBRADO1. PAVIMENTOem geral formado por umam armação de madeira que no primeiro an-dar é afastado do solo, Usualmente a ar-

~mação que compõe o sobrado é coberta••na parte superior ou na parte inferior ou emambas por TABUADO,Quando recobre suaparte superior, o tabuado constitui-se noSOALHOe, quando recobre sua parte inferior,no FORRO,Em geral, no primeiro pavimentonão possui recobrimento na parte inferior,e no último pavimento, na parte superior,

2,Nas antigas edificações, o espaço entre ochão e o sobrado era variável, sendo àsvezes utilizado como compartimento, Even-tualmente o pavimento formado por LAJEdeconcreto é também chamado sobrado, An-tigamente era também chamado solho. 2.Andar do prédio que fica acima do sobra-do, As antigas edificações tinhamcomumente um ou dois sobrados e maisraramente três sobrados, 3. Por extensão,prédio que possui sobrado, Quando o pré-dio possui um único sobrado é tambémchamado assobradado. 4. Por extensão,edifício com mais de um pavimento quenas antigas edificações implicava o usodo sobrado, O termo é mais aplicado paradesignar prédios antigos, Nos sentidos 1 3.

e 2, o prédio com sobrado é chamado desobradado ou assobradado. Construir so-brado é chamado de assobradar, 4,

fi] SOBREARCO1. O mesmo que arco-de-descarga, VerArco-de-Descarga, 2. Nos RASGOS em

2.

paredes de maior espessura, parte supe-rior da ALVENARIA não abrangida pelasPADIEIRASdas portas e janelas, Quando éformado pela face inferior do ARCO-DE-DES-CARGAé também chamado volta-de-den-tro. 3. Por extensão, mais raramente, omesmo que verga, Ver Verga,

SOBRECÉUVer Dossel.

fi] SOBRELEITOFace inferior horizontal de pedras ou tijolosem ALVENARIAS,Sobrepõe-se ao CONTRALEITOnos APARELHOS,Genericamente, as faceshorizontais superiores e inferiores do apa-relho, ou seja, o contraleito e o sobreleito,são chamadas LEITOS;e qualquer das fa-ces da peça do aparelho, horizontais e ver-'cais, é chamada JUNTA. O termo é mais

r; a arias de pedras,

--

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SOBRELOJA / SOCALCO

SOBRELOJA

PAVIMENTOintermediário entre o térreo ouRÉs-Da-cHÃo e o primeiro andar, em geralencontrado em prédios comerciais. Nasantigas edificações era caracterizada porseu PÉ-DIREITOreduzido em relação aosdemais pavimentos. Atualmente nem sem-pre possui pé-direito inferior aos demais.No Rio de Janeiro, a legislação paraedificações permite que tenha pé-direitomínimo de 2,50 m. Pode ter área inferiorao do pavimento térreo principalmente seestá situada no JIRAUde uma loja.

fiI SOBREPORTA

1. Parte superior do PORTALgeralmentequando ornamentada. 2. O mesmo quebandeira. Ver Bandeira.

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1.

fiI SOBREVERGA

MOLDURAcolocada nas fachadas sobre asVERGASde janelas e portas, realçando-ase proteqendo-as das águas da chuva. Foicomum seu uso nos prédios ,em estiloECLÉTICOno final do século XIX e iníciodeste. Muitas vezes possuía ORNATOSemESTUQUE.

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SOCALCO

1. Em terrenos de encosta, cada um dosATERROSnivelados, sustentados por MUROSDE ARRIMO,dispostos espaçados forman-do degraus. 2. Em terrenos inclinados,aterro nivelado constituído por terra ououtro material, apoiado em MURODEARRI-MO que forma a base da construção. Nossentidos 1 e 2, é também chamado calço.

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SOCO / SOLAR

SOCO1. Ressalto contínuo de pequena altura epouca espessura situado na parte inferi-or de parede, muro ou GUARDA-CORPO.Emgeral é feito externamente. Tem como fun-ção dar melhor ACABAMENTOao elementodo qual faz parte. Pode constituir-se naparte superior de ALICERCESsobre a qualsão assentadas as paredes do edifício.Usualmente é feito de ALVENARIAde TIJOLOou CONCRETO.É também chamado PLIN-TO. Quando possui maior altura é chama-do EMBASAMENTO.2. BASE lisa retangularde pouca altura e espessura na parte in-ferior de PILARES,CUNHAIS,PILASTRASe PE-DESTAIS.Quando quadrangular é tambémchamado plinto, principalmente em colu-na ou pedestal. O elemento que possuisoco é chamado de soquetiado. 3. BASEquadrangu!ar lisa que serve de suporte auma estátua. É também chamado plintoe pedestal.

2.

3.

lí1 SÓFITOFace inferior de um elemento arquitetônicocomo CORNIJAe ARQUITRAVE,exceto teto.Em geral o termo é utilizado quando a faceinferior do elemento é decorada.

~riliilSOLARAntiga casa de residência ampla econstruída com requintado ACABAMENTOcircundada por vasto terreno ocupado porjardim e quintal situada na periferia da ci-dade. Freqüentemente era residência decampo de famílias abastadas. Possuía asvantagens de uma localização rural, con-vivência com a natureza e proximidade afontes de abastecimento; e os benefíciosde alguns serviços urbanos, como trans-porte para o centro e água encanada. Al-guns solares apresentavam grandiosi-dade e luxo, como capela junto à residên-cia e lago no jardim. No Rio de Janeiro foicomum na primeira metade do século XIXem bairros então aprazíveis como Tijucae Botafogo. Muitos dos antigos solarestransformaram-se em estabelecimentosde serviços, por exemplo, colégios. É tam-bém chamado casa solarenga.

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SOLÁRIO / SOLHO

SOlÁRIO

1. Originariamente, nos hospitais, TERRA-ço OU VARANDA exposto à luz do sol desti-nado aos tratamentos por radiação solarou simplesmente aos banhos de sol paraos doentes. 2. Por extensão, terraço ouparte de terraço exposto à luz solar desti-nado aos banhos de sol.

SOLDASubstância metálica e fusível usada paraunir peças também metálicas. Pode reali-zar ligações entre peças de topo ou an-gular, frontal ou lateral. As soldas maiscomuns são de CHUMBO, ESTANHO e LATÃO.

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SOLEIRA1. Parte inferior do vão da porta situadajunto ao piso. É também chamada limiare mais raramente arrebate. 2. Peça re-tangular em geral de madeira ou pedradisposta na parte inferior do vão da portajunto ao piso. Comumente é feita do mes-mo material com que é feito o piso do com-partimento contíguo. Freqüentemente apedra empregada na soleira é o MÁRMO-

RE, com espessura de 2,5 cm a 3 cm. Nasportas externas, é NIVELADA com o piso in-terno, formando comumente pequenodegrau pela parte de fora.

SOLEIRA SACADAVer Bacia.

SOLEIRA RESSALTADA

Ver Bacia.

SOLHOV. EntTessolho e Sobrado.

577

1.

2.

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sor EIRO / SOOUETE

- ~

SOMEIRO1. Pequena TRAVE que serve de VERGA àporta ou janela. 2. Em antigas edificações,pedra talhada de forma que assente, so-bre COLUNA ou PÉ-DIREITO, sirva de apoio àprimeira ADUELA de um ARCO.

1.

2.

SONDAQualquer instrumento ou aparelho de per-furação do terreno para conhecimento dosubsolo. Existem vários tipos de sonda, dosmais simples aos mais complexos. A AGU-

LHA e o TRADO são sondas elementares.

SONDAGEMProcesso de exploração do subsolo pormeio de perfurações feitas no terreno paraseu melhor conhecimento e determinaçãoda FUNDAÇÃO apropriada. Verifica-se basica-mente a natureza geológica do solo, suasdiversas camadas e inclinação e a presen-ça e localização de lençóis de água. De ummodo geral existem dois tipos de sondagem.No primeiro, são abertas covas que permi-tam acesso aos operários. No segundo, sãoperfurados poços de diâmetros pequenose coletado material com auxílio de SONDAS.

É também chamada prospecção geotécnica.

SOPAPOVer Taipa-de-Mão.

. ", .

SOQUETEInstrumento composto por um cabo compri-do na extremidade do qual é fixada um peçacompacta usualmente cilíndrica. É usado parasocar ou comprimir manualmente sobretu-do terra. Em geral é feito de madeira. Podeser metálico, com o cabo provido de argola,onde é fixo cabo de aço que passa por rol-dana. Neste caso serve para APISOAR o fun-do das VALAS dos ALICERCES. Soquetes pesa-dos eram usados para calcar terra úmidadentro do TAlPAL nas paredes de t PA-DE-PI-- O de antigas construções.

ate é chamado soq

- - --~----- - -. . --

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SOQUETEAR / SPRINKLER

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SOQUETEAR

Ver Soquete.

SOQUETIADO

Ver Soco.

SÓTÃO

Espaço compreendido pelo último pavi-mento do edifício e pela cobertura do te-lhado usado como compartimento princi-palmente para depósito. Em geral distin-gue-se da ÁGUA-FURTADA não só pelo seuuso, mas também por possuir PÉ-DIREITO

reduzido e não ter aberturas para o exte-rior. Muitas vezes é interligado aos de-mais COMPARTIMENTOS do prédio por umALÇAPÃO.

SOTÉIA

Ver Açotéia.

SPOT

LUMINÁRIA fixada em teto ou parede cujaforma possibilita iluminação dirigida. Emgeral é feito de material metálico. Freqüen-temente é uma luminária multidirecional,permitindo mudanças na direção da ilu-minação quando desejado. É usada mui-tas vezes com lâmpadas especialmenteapropriadas, sendo por isso chamadaslâmpadas spot. Um conjunto de spotspode estar associado a um trilho eletri-ficado possibilitando uma iluminaçãodirigida em uma maior superfície. É muitoutilizado no interior de lojas, estúdios egalerias.

SPRINKLER

Sistema de extinção de incêndio compos-to de uma série de dispositivos unidosentre si por canos, instalados no teto decada pavimento do prédio. Em geral, umdispositivo é colocado no teto a cada 3 m.A extremidade mais baixa do ramal é se-lada com um plug de metal que se derre-te a uma temperatura de cerca de 68DC.Desse modo, quando a temperatura atin-ge o ponto máximo de derretimento doplug, os dispositivos despejam gás car-bônico ou outra substância que impeça apropagação do fogo. Comumente é ado-tado em prédios comerciais ou públicosde maior porte.

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SUMIDOURO / SUPEDÂNEO

SUMIDOUROAbertura no terreno destinada a recebero efluente das FOSSAS em esgotamentossanitários. Diferencia-se de acordo com otipo de solo em que se encontra, permeá-velou impermeável. Nos solos permeá-veis é composto por construção cilíndricasem fundo e com as paredes laterais nãototalmente vedadas, de modo a se cons-tituírem em superfícies de filtração. Nossolos impermeáveis é formado por valaspreenchidas com terreno permeável ondeé colocada MANILHA com drenos ou mani-lha comum em JUNTA SECA. O esquemade esgotamento sanitário composto porfossas e sumidouros só é recomendávelpara áreas com densidade de até 150habitantes por hectare. É mais recomen-dável sua utilização quando o solo não éimpermeável, tendo boa capacidade deabsorção, e exista um sistema seguro deabastecimento de água. Se o edifício ti-ver seu abastecimento de água feito porpoços ou CISTERNAS é conveniente queestes distem do sumidouro e da fossapelo menos em 25 m.

SUMOSCAPOExtremidade superior das COLUNAS quenão possuem BASE nem CAPITEL.

SUPEDÂNEO1. Nas igrejas, ESTRADO situado próximoao ALTAR, onde fica o sacerdote quandorealiza rituais religiosos. 2. O mesmo quepeanha. Ver Peanha.

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SUPERESTRUTURA/SUTA

liI SUPERESTRUTURAConjunto formado pelas peças estruturaisda cobertura.

SUPERQUADRAEspaço com ampla superfície delimitadopor vias, destinado predominantemente aouso residencial. Foi concebida pelo movi-mento MODERNISTA em substituição à QUA-DRA tradicional. Possui cerca de 200 m x200 m a 400 m x 400 m. Em geral, as viasque a delimitam são de tráfego rápido depassagem. Internamente possui vias parapedestres e ruas de veículos apenas deacesso aos prédios. Foi adotada emBrasília, DF Nesta cidade obedece a doisprincípios: ocupação por blocos resi-denciais sobre PILOTIS com GABARITO máxi-mo de seis pavimentos e separação dotrânsito de veículos e pedestres.

SUTAInstrumento de medição formado por duasréguas articuladas pelos seus extremos.Permite medir todos os ângulos. Constitui-se em ferramenta fundamental para linhade risco. É usado principalmente por car-pinteiros e marceneiros para marcar ân-gulos de qualquer abertura em peças daconstrução. Éempregado, por exemplo, naexecução de SOALHOS quando há necessi-dade de riscar as TÁBUAS em MEIA-ESQUADRIA

anteriormente ao seu corte.

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TABATINGA

1. Originalmente, terra argilosa branca ouamarela usada em antigas construçõesem substituição à CALna CAIAÇÃOde pare-des. Era empregada principalmente naárea rural, pela dificuldade de obtençãoda cal. Em pinturas mais requintadas adi-cionavam-se à calda de tabatingafixadores, como leite de sorveira, leite devaca e soluções de pedra-ume. 2. Porextensão, qualquer terra argilosa, mole euntuosa, em geral usada na execução deTAIPAS.

1.

2.

TABEIRA

1. MOLDURAde arremate formada por TÁ-BUAS de madeira, situada junto às pare-des em SOALHOSou FORROS.Permite me-lhor ACABAMENTOem pisos ASSOALHADOSeforros formados por tábuas. As extremi-dades de suas tábuas podem encontrar-se em MEIA-ESQUADRIAou de topo. Às ve-zes, para maior efeito decorativo,empregam-se na sua execução tábuasmais escuras contrastando com o restan-te das tábuas do soalho ou forro. É tam-bém chamada cabeira. 2. ABA vertical fei-ta em qualquer tipo de material, paraarrematar o telhado. É também chamadatesteira. 3. Cercado em ESQUADRO,forma-do por tábuas verticais ou SARRAFOSNIVE-LADOS,fixados em BARROTESenterrados nosolo, dando-lhe rigidez. É usada para LO-CAÇÃOda obra. 4. Por extensão, proces-so que utiliza tabeira para marcação daconstrução no terreno. Cada ponto indi-cado no projeto arquitetõnico é materiali-zado no encontro de dois fios de aço per-pendiculares esticados, presos na tabeira.

1.

3.

TABERNÁCULOSacrário.

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TABIQUE /TÁBUA DE BARBATE

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TABIQUE

Elemento de vedação não estrutural utili-zado na divisão interna de compartimen-tos. Freqüentemente é composto de ESQUE-LETO e enchimento, resultando em parededelgada, e feito com materiais leves. Pos-sui usualmente espessura que varia de 5cm a 11 cm. É comum o uso de TÁBUAS,

GRADEADO de madeira revestido com pla-cas, tijolo A CUTELO, CONCRETO CELULAR oumesmo vidro, na construção de tabiques.A partir do século XVIII teve uso generali-zado nas divisões internas das constru-ções, tanto em SOBRADOS suntuosos comoem pequenas casas urbanas. Em geral,era feito de TAIPA. Sanitários coletivos,W.Cs. e chuveiros podem ser divididos portabiques de azulejo, que têm espessuraaproximada de 5 cm. Quando referido aconstruções recentes, implicando em ge-ral o uso de novos materiais, é mais fre-qüentemente chamado DIVISÓRIA.

TABIQUE ALIVIADO

Ver Tabique Suspenso.

TABIQUE SUSPENSO

TABIQUE feito de modo a não sobrecarre-gar a estrutura do pavimento do prédio.Nas antigas construções, era composto porTÁBUAS e TRAVESSAS de madeira fixadas nasparedes e em VIGAS presas no teto. So-mente apoiavam-se no piso, não sobrecar-regando a estrutura do SOBRADO. Principal-mente quando referido a antigas constru-ções, é também chamado tabique aliviado.

TABLADO

Ver Estrado e Palco.

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TÁBUA

1. Peça plana de madeira serrada ao com-prido, um tanto larga e de pouca espessu-ra. Comumente possui espessura entre0,5" e 1,5" e largura superior a 4". Muitasvezes recebe nomes específicos de acor-do com seu uso na construção e sua es-pessura. Cobrir de tábuas uma superfícieé chamado de entabuar. Retirar tábuas,principalmente de FORROS e SOALHOS, échamado de desentabuar. 2. Por extensão,lâmina ou placa semelhante a uma tábuade madeira feita de qualquer tipo de mate-rial, como, por exemplo, o MÁRMORE.

2.

TÁBUA DE BARBATE

Nos MADEIRAMENTOS do telhado, TÁBUA as-sentada na extremidade inferior da ÁGUA

DO TELHADO em substituição à RIPA. É dis-ta I go acima do FRECHAL.

Page 273: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

-ABUA DE BEIRA /TABUADO

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TÁBUA DE BEIRA

Nos MADEIRAMENTOSdo telhado, TÁBUAas-sentada na extremidade do CACHORRO,onde se apóia a telha na ponta do BEIRAL.

TÁBUA-DE-PEITO

1. TÁBUA de madeira que reveste em par-te ou totalmente o PEITORILda janela. 2. Omesmo que pau-de-peito. Ver Pau-de-Peito.

1.

TÁBUA DE PONTO

Nos MADEIRAMENTOSdo telhado, TÁBUAquesubstitui a RIPAem cima da CUMEEIRA.

TÁBUA DE SAMBLAR

TÁBUA larga que se constitui no tampo daBANCADAdo carpinteiro.

TÁBUA DE SOALHO

TÁBUA de madeira utilizada em SOALHOS,com largura entre 5 cm e 8,5 cm, providade MACHO e FÊMEA para encaixar-se emoutras iguais.

TÁBUA ENCABEÇADA

TÁBUAcom uma ou duas de suas extremi-dades encaixadas em outras tábuas dis-postas no sentido transversal a ela. Fa-zem parte, por exemplo, do TABUADOquecompõe FORROSe SOALHOSENCABEIRADOSou de PORTASDECALHA.

TABUADO

Conjunto de TÁBUASde madeira encaixa-das ou justapostas, constituindo parte deum elemento ou o próprio elemento daconstrução. FORROS,SOALHOSe TABIQUESsão constituídos muitas vezes em parteou totalmente por tabuados. É tambémchamado entabuamento, que é a mes-ma denominação para a execuçã de .ço de formar um tabua

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Page 274: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TABUADOCORRIDO/TAÇA

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TABUADO CORRIDO

SOALHOde TÁBUASsem emendas, em ge-ral largas.

TABUADO LISO

FORROcomposto por TÁBUASdispostas nomesmo plano, topo a topo.

1.

TABUÃO

1. TÁBUA larga e de grande espessura. Foimuito usado em antigas construções noTABUADOde SOALHOS,em geral arremata-do por RODAPÉSde grande altura. 2. Omesmo que pranchão. Ver Pranchão.

TABULEIRO

1. Camada de CONCRETOde espessurareduzida colocada na parte superior dasFUNDAÇÕESpara que estas ofereçam su-perfície perfeitamente NIVELADA.Trata-sede solução adotada em FUNDAÇÃOPROFUN-DA. Cravadas todas as ESTACAS,termina-se a fundação fazendo sobre elas o tabu-leiro que servirá de apoio ao ALICERCEdaedificação. Com seu auxílio, a carga doedifício é distribuída igualmente sobre to-das as ESTACAS.2. Parte plana de pontese viadutos que se apóia em COLUNASouARCOSe recebe a superestrutura das vias.3. Espaço plano entre a ESCADARIAde aces-so e o FRONTISpíCIOdo edifício. É encon-trado no ADRO de muitas igrejas antigas.4. Atribuição dada ao PARTIDOarquitetõnicoque estabelece a implantação do edifíciosobre uma superfície plana feita em ter-reno acidentado.

1.

2.

3.

TAÇA

BACIAsemicircular em BALANÇOde SACADAS,PÚLPITOS,CHAFARIZESe LAVABOS.Foi co-mum seu emprego nas sacadas de edifí-cios no estilo MISSÕES. Exemplo: antigaEscola de Medicina, praça do Derby, Re-cife, PE.

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TACANIÇA/TACO

liI TACANIÇA

1. Originariamente, peça componente dosMADEIRAMENTOS do telhado que vai da ex-tremidade da CUMEEIRA ao ponto de en-contra entre dois FRECHAIS, limitando porum lado uma ÁGUA DE TELHADO triangular.O termo é ainda hoje utilizado no Norte eNordeste. Atualmente é mais freqüente-mente chamada ESPIGÃO. 2. Por extensão,água de telhado triangular formada entredois espigões em construções com maisde duas águas. A maioria das antigasedificações, quando isoladas no terreno,possuíam tacaniças laterais. Em telhadosde várias águas, sua execução pode apre-sentar dificuldades, principalmente nocaso de tacaniça esconsa. Em alguns lo-cais do Rio de Janeiro é também chama-da copiar ou copiara.

1.

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2.

TACO

1. Cada uma das peças de madeira quecompõem o PARQUETE. Suas dimensõessão muito variáveis. Usualmente tem 7 cmde largura, 21 cm de comprimento e 2 cmde espessura. Tacos alongados têm de 4,5cm a 11 cm de largura e comprimento de70 cm a 80 cm. É aplainado na face supe-rior e nas JUNTAS. Para que tenha melhorfixação, comumente sua face inferior é pin-tada com PICHE, pulverizada com PEDRA

BRITADA bastante fina, dando aspecto delixa grossa, e pregadas duas ou trêsESCÁPULAs. Para seu assentamento é ne-cessário um pavimento contínuo. Usual-mente, seu assentamento é feito com AR-

GAMASSA de CIMENTO e AREIA bastanteresistente, preparada com pouca água eperfeitamente nivelada. O oficial coloca ostacos na posição que deseja e bate comuma MANOPLA para que os pregos afun-dem na argamassa e esta fique perfeita-mente aderente. Algumas vezes é prega-do sobre RIPADO. Alguns tacos possuemRANHURAS na face inferior para aumentarsua aderência na argamassa. É importan-te para que tenha boa fixação uma exe-cução bem cuidada. Tem melhor conser-vação em ambientes secos e quandoencerado. Deve ser feito com madeirabastante dura, perfeitamente seca e bemAPARELHADA. Ipê, peroba, canela, sucupirae aroeira são boas madeiras para execu-ção de taco. É possível fazer parquetesvariados com o uso de tacos. O oficial queassenta os tacos no piso é às vezes cha-mado taqueiro. A tarefa de dispor os ta-cos no piso é chamada taqueamento.2. Pequena peça de madeira e b idaem paredes de ALVE deco c ETO ara rece e _:: ":=.- - _ -

pregos na fixação de peças ou elementosda construção como MARCOS, RODAPÉS demadeira e LAMBRIS. É também chamadotarugo. 3. Pequeno LADRILHO em geral decimento disposto entre outros maiores nacomposição de piso ladrilhado. É usadoprincipalmente para completar o assenta-mento em pisos feitos com ladrilhos corta-dos nos cantos, como é o caso dos ladri-lhos octogonais.

1.

2.

3.

Page 276: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TAIPA/TAIPA-DE MÃO

TAIPASistema construtivo usado na execucãode paredes e muros que emprega cornomaterial de construção básico a terra ar-gilosa, umedecida ou molhada, sem ne-nhum beneficiamento anterior. Outrosmateriais, como AREIA, CAL, CASCALHO,fi-bras vegetais e estrume animal, podemser adicionados à terra, dando maiorplasticidade e resistência à taipa. Exigeboa proteção contra águas pluviais. Aparede feita com taipa deve ser revestida.Recomendam-se no mínimo três DEMÃOSde ARGAMASSAno seu revestimento. É con-veniente ainda que o prédio de taipa te-nha amplos BEIRAISno telhado, protegen-do a parte superior das paredes. Foi muitoutilizada nas antigas construções, associa-da ou não a outras técnicas e materiaisconstrutivos, como ALVENARIAde pedra ede tijolo. Os dois tipos de taipa mais usa-dos foram a TAIPA-DE-PILÃOe a TAIPA-DE-MÃO.A tarefa de executar a construção com tai-pa é chamada taipamento e entaipamento.A obra construída com taipa é chamadataipado. Construir com taipa é chamadoentaipar e taipar. O operário que faz pare-des de taipa é chamado taipeiro.

TAIPA-DE-MÃO

TAIPAformada por uma estrutura de madei-ra entremeada por GRADEADOde varaseqüidistantes preenchido com barro colo-cado à mão. A estrutura de madeira é com-posta por peças verticais, os ESTEIOS,uni-das a peças horizontais, que, de acordo coma posição em que se encontram na estrutu-ra, recebem nomes diferentes. As peçashorizontais inferiores são os BALDRAMES,aspeças horizontais superiores são osFRECHAISe as peças horizontais intermediá-rias são as MADRES.OS esteios são crava-dos firmemente no solo. Os baldrames sãoafastados do chão. Os frechais servem deapoio ao telhado. As madres sustentam ospavimentos quando a construção possuimais de um andar. As varas organizadasem sebe que entremeiam a estrutura sãoos PIQUES. OS piques são amarradosalternadamente, pelo lado de dentro e pelolado de fora, aos esteios, com CIPÓS,EMBIRAS,e mais recentemente, arames. Nataipa-de-mão, os ALICERCESsão descontí-nuos, e quando a construção possui SOCOou EMBASAMENTO,estes são apenas paravedação. Da taipa-de-mão resultam pare-des leves, com cerca de 15 em de espes-sura, pois os PANOSde taipa não recebemnem transmitem esforços. À terra utilizadana taipa-de-mão é freqüentemente adicio-nado um pouco de capim ou crina animalou CAL e areia, para aumentar seu endure-. o e evitar rachaduras. Foi o siste-

ma construtivo mais utilizado nos prédiosdo Brasil colonial. Foi também muito usadana execução de paredes internas em anti-gas construções posteriores, mesmo quan-do as paredes estruturais do prédio eramfeitas em alvenaria de pedra ou tijolo.Atualmente tem seu emprego restringido aconstruções rústicas ou pobres, principal-mente no interior. E também chamada pau-a-pique, taipa-de-sebe e barro-de-mão; noRio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso,taipa-de-sopapo e sopapo; em Minas Ge-rais, taipa-de-pescoção; no Norte, tapona;e em Portugal, frontal a galega. Em MinasGerais, a parede feita com taipa-de-mão échamada parede-de-pescoção. Exemplo:Museu do Ouro, Sabará, MG.

587

Page 277: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

- IPA-DE-PESCOÇÃO /TAIPADO

TAIPA-DE-PESCOÇÃOVer Taipa-de-Mão.

TAIPA-DE-PILÃOTAIPAexecutada com uso de terra APILOADAdentro de fôrmas de madeira. O TAIPAL,como é chamada a fôrma de madeira, édeslocado ao longo e para o alto da pare-de em construção. À medida que um tre-cho da parede vai ficando pronto, depoisde seca a terra, o taipal é retirado. A pa-rede de taipa-de-pilão é portanto forma-da de vários grandes blocos de terrasocada cujas dimensões decorrem dasmedidas dos taipais. Nos prédios antigos,a largura das paredes em taipa-de-pilãovariava de acordo com o sentimento dosMESTRES-DE-OBRAS.Sua espessura médiaera de aproximadamente 60 cm, emborapudesse ter 30 cm ou 1,50 m. A terra apro-priada para taipa-de-pilão é vermelha,uniforme, sem vestígios de matéria orgâ-nica e com grande umidade natural, nãomuito grudenta nem muito areienta, demodo a, se apertada nas mãos, formarum bolo compacto mostrando os sulcosdos dedos. Inicialmente, a terra é socadadentro das VALASdos ALICERCESe posteri-ormente é usado o taipai. No taipal, a ter-ra é socada em camadas de 15 cm apro-ximadamente, que podem ser reduzidasquando o serviço é muito bem executa-do. Os blocos são feitos desencontrados,semelhantes aos APARELHOSde alvenariade tijolo. Eventualmente incluem-se naespessura da parede peças longitudinaisde madeira, reforçando-a. Foi amplamen-te utilizada nas construções coloniais deMinas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Paranáe principalmente São Paulo. Atualmenteé pouco usada, limitando-se seu empre-go em algumas localidades de Goiás eMato Grosso, principalmente em murosde vedação nos quintais de casas modes-tas. Talvez o mais alto e maior edifícioconstruído em taipa-de-pilão seja a Cate-dral de Campinas, SP.

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TAIPA-DE-SEBEVer Taipa-de-Mão.

TAIPA-DE-SOPAPOVer Taipa-de-Mão.

TAIPADOVer Taipa.

Page 278: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TAIPAL/ TAIPAMENTO

TAIPAL

1. Armação de madeira usada na execu-ção da TAIPA-DE-PILÃO. Basicamente éconstituído por duas grandes pranchascompostas de TÁBUASemendadas de topo,que se mantêm de pé e afastadas entresi com auxílio de várias peças dispostasnos sentidos horizontal e vertical. As pran-chas de madeira, chamadas TAMPASoulados, seguram lateralmente a terra a sersocada na taipa-de-pilão. A quantidade eo tipo de peças usadas no fechamentodas tampas variaram através do tempo ede acordo com o local em que foram em-pregadas. Em taipal utilizado pelo menosno Vale do Paraíba, RJ, as tampas sãoinicialmente presas a peças verticais, quecomumente recebem o nome de COSTAS,impedindo que se inclinem para fora ousaiam da verticalidade. Pela parte supe-rior e inferior são então presas por peçaschamadas AGULHAS ou CANGALHAS. Emcada uma das extremidades das tampassão ainda colocadas tábuas perpendicu-lares, os FRONTAIS,que evitam que estasse inclinem para dentro. A largura dosfrontais determina a espessura da pare-de a ser construída. Pode também tersuas tampas unidas pOrTRAVESSASque sãoexternamente fixadas com auxílio de CA-VILHAS. É desmontável e deslocado parao alto e ao longo da parede de taipa-de-pilão formando sucessivamente trechosou blocos dessa parede. Na formação deum novo bloco acima do anteriormentefeito, as agulhas da parte inferior do taipalsão introduzidas em orifícios, os CODOS,deixados propositalmente no trecho con-cluído, facilitando a emenda entre os tre-chos da parede. 2. CAIXÃOde madeira fei-to de várias tábuas usado para construirelementos ou peças em CONCRETOARMA-DO. É particularmente empregado na exe-cução de LAJES.Genericamente é chama-do fôrma. 3. VEDO de portas ou janelasformado por uma ou mais tábuas de ma-deira justapostas de modo a vedar total-mente a iluminação no compartimento.Em fins do século XIX e primeiras déca-das deste foi comum seu uso associadoa VIDRAÇAS.Neste caso, abria para dentrodo compartimento e em geral tinha qua-tro ou seis FOLHASque quando abertas sesobrepunham, facilitando seu arranjo in-terno. Quando as paredes eram muito es-pessas, suas folhas eram muitas vezesdobradas nos RASGOSdas janelas. 4. Pa-rede interna, delgada, feita de TAIPAou deCAL e areia com armação de madeira.

TAIPAMENTOVer Taipa.

1.

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2.

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4.

Page 279: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

-AI PAR / TALEIRA

••

TAl PARVer Taipa.

1.

TAIPEIROVer Taipa.

TALAVer Cobre-Junta. 2.

TALÃO1. MOLDURA cuja seção se assemelha a umbico de ave, convexa na parte superior ecôncava na parte inferior. É também cha-mado bico. 2. Engrossamento na base dosMACHOS para reforçá-Ios quando as peçasem encaixe MACHO E FÊMEA suportammaior esforço. 3. Engrossamento em par-te da superfície de peças que são super-postas por outras, como TELHAS FRANCE-

SAS, para evitar seu escorregamento.4. Entalhe no BARROTE para assentamen-to do CHINCHAREL.

3.

TALEIRA1. Peça de madeira ou metal, estreita ecomprida, usada como reforço nas emen-das entre peças ou elementos da constru-ção. Muitas vezes é embebida na espes-sura de portas ou de quaisquer outroselementos feitos com TÁBUAS ou placaspouco espessas e largas, para evitar queEMPENEM ou se separem. 2. FERRAGEM dereforço formada por uma chapa metálicalisa usada nas espessuras ou nos PARAMEN-

TOS das FOLHAS das esquadrias. Possuipequenos furos por onde é fixada às fo-lhas com auxílio de parafusos, em geralem ângulos ou cruzamentos de CAIXILHOS.

Comumente é utilizada disfarçadamentena esquadria. Para tanto, são feitasescarvas na madeira da folha e passadauma massa sobre sua superfície antes dasua pintura. Algumas vezes é usada tam-bém para efeito decorativo, ficando apa-rente na esquadria. Neste caso, em geralé feita de BRONZE, LATÃO ou FERRO BATIDO.

1.

2.

Page 280: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TALH~ / TALOCHA

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TALHA1. Obra feita em ALTO-RELEVO ou BAIXO-RELE-

VO geralmente na madeira. Foi muito usa-da na ornamentação interna de antigas igre-jas, em elementos decorativos comoRETÁBULOS e ARCOS CRUZEIROS. O oficial ouartista que faz talhas é chamado entalhador.Fazer uma talha é chamado entalhar. É àsvezes também chamada entalhe. Exem-plos: Mosteiro de São Bento, Rio de Janei-ro, RJ; Matriz de Nossa Senhora do Pilar,Ouro Preto, MG. 2. Nos canteiros de obras,aparelho usado na elevação de materiaisou peças da construção de grande peso. Écomposta de MOITÃO, cadernal e um caboque alternadamente passa por um e por ou-tro. Pode ser mecânica ou elétrica.

1.

2.

TALHADEIRA

Ferramenta com uma das extremidadesem forma de cunha e cortante, destinadaao corte por percussão. É usada princi-palmente no corte de ALVENARIA de tijolo,CONCRETO ou revestimento para colocaçãode tubulação.

TALHA-MAR

Construção de ALVENARIA com forma an-gular usada nos PILARES de ponte ou caispara quebrar a força da corrente daságuas.

TALlSCA

Peça estreita e fina de madeira semelhan-te ao SARRAFO, porém de menor espessu-ra. Tem diversas aplicações na constru-ção. É usada, por exemplo, nos encaixeslongitudinais de TÁBUAS que formam osVEDaS de portas ou janelas.

TALOCHAFerramenta utilizada por pedreiro eESTUCADOR composta de uma pequenaTÁBUA retangular provida de um cabo. Éempregada para arrematar o revestimen-to nos cantos das paredes junto aos tetosou dos tetos junto às paredes e, às ve-zes, para aplicar MASSA. É também cha-mada esparavel.

Page 281: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

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- LUDE/TALUDE NATURAL

TALUDE

1. Superfície inclinada formada artificial-mente pela movimentação de terra. DeCORTESe ATERROSresultam taludes 'cujasinclinações diferem de acordo com a na-tureza do solo. Nos cortes, sua inclinaçãopode ser pequena, a não ser em solosmóveis, quando não deve ser inferior a45°. Nas rochas, é quase nula. Nos ater-ros, sua inclinação é muitas vezes supe-rior a 45°. Para evitar erosão e desliza-mento das camadas de terra em taludes,é recomendável que tenha perfil denta-do. Em aterros, torna-se mais sólido utili-zando na sua execução camadas alterna-das de dois tipos de terra. Quando é feitoem aterros altos, o escalonamento donúcleo do terreno torna-o seguro contradeslizamentos. A consolidação superficialé necessária em taludes muito inclinados.A segurança de um talude pouco inclina-do e arredondado é conseguida complantações de relva ou arbustos. Se formuito alto, é recomendável sua consoli-dação com torrões herbáceos, caniçadas,empedradas ou muros de revestimento eplantações de árvores. 2. Declividade detaludes, MUROSDEARRIMOe MURALHAS.Emgeral é expresso por uma fração na qualo denominador representa a distânciaentre o nível superior e o nível inferior dotalude e o numerador o quanto se eleva asuperfície dessa mesma distância.

2.

1.

TALUDE NATURAL

1. TALUDEcuja inclinação é o máximo quea natureza do solo permite para não ha-ver deslizamento espontâneo de terra. 2.Talude formado em ATERROquando a ter-ra é deixada acomodar-se naturalmentesem obras de consolidação ou MUROSDEARRIMO.

2.

1.

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Page 282: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TALVEGUE /TAMPA

TALVEGUE

Linha de maior declive de uma depressãoem terrenos. Na sua direção se dirigemas águas correntes. Algumas vezes, notalvegue, corre um curso de água.

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TAMBOR

1. Na ARQUITETURA CLÁSSICA, cada uma dasFIADAS de pedra cilíndrica que compõemos FUSTES de COLUNAS feitas em CANTARIA.

Quando o fuste é executado com peçasinteiriças, ele não possui tambor. 2. Basesobre a qual se assenta a CÚPULA, permi-tindo seu alteamento no edifício. Possibi-lita destacar a cúpula externamente noedifício. Exemplo: Teatro Municipal, SãoPaulo, SP. 3. Núcleo cheio ou vazio daESCADA DE CARACOL. 4. Cilindro das fecha-duras tipo Yale. 5. Nas BETONEIRAS, recipi-ente em forma de um cilindro onde é mis-turado o CONCRETO. Também chamadocaçamba. 6. Nos guindastes, peça cilín-drica onde é enrolado o cabo. 7. Caixaabaulada e fechada nos PÚLPITOS de igre-jas. Nas antigas igrejas, comumente pos-suía obras de TALHA. É também chamadotambor de púlpito.

TAMBOR DE PÚLPITOVer Tambor.

1.

4.

~

7.

3.

6.

TAMPA

Cada uma das pranchas laterais compos-tas de TÁBUAS emendadas de topo que fa-zem parte do TAIPAL.

593

Page 283: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TAMPÃO /TAPONA

TAMPÃO

Pequena peça em forma de tampa usadano fechamento de tubos principalmenteem instalações sanitárias. Encaixa-se in-ternamente ao tubo. Faz parte das CONE-

XÕES das instalações. É também chama-docap.

TANQUE

1. Reservatório de água feito em ALVENA-

RIA de tijolo ou CONCRETO, pedra ou PRÉ-

FABRICADO, com pouca profundidade, usa-do principalmente em jardins como orna-mentação. 2. Recipiente provido de tornei-ra e válvula de escoamento, ligado àsinstalações hidráulica e sanitária, usadoem lavanderias e áreas de serviço paralavagem de roupa. Pode ser móvel ou in-tegrado na construção. Em geral, é feitode alvenaria ou em CONCRETO PRÉ-MOLDA-

DO. Quando em alvenaria, freqüentemen-te é revestido com AZULEJOS. Minimamen-te possui entre 51 cm e 55 cm de pro-fundidade e cerca de 60 cm de largura.Sua altura é de aproximadamente 80 cm.3. O mesmo que bacia. Ver Bacia.

1.

2.

TAPONA

1. O mesmo que taipa-de-mão. Ver Tai-pa-de-mão. 2. No Norte, casa rústica fei-ta de TAIPA em geral utilizando a técnicada TAIPA-DE-MÃO. É coberta com palha outelha e é CAIADA. Usualmente possui VA-RANDA e pequenas e poucas aberturascomo meio de proteção contra o calor dosol.

Page 284: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TAPUME/TARAMELA

TAPUME

1. Qualquer tipo de vedação de terreno,com ou sem construções, permitida pe-las normas municipais. Destina-se a se-parar, vedar ou proteger o imóvel ou im-pedir seu devassamento. Usualmente éfeito com materiais leves. 2. Vedação pro-visória feita de TÁBUAS, destinada a sepa-rar a obra da via pública e dos terrenosvizinhos, evitando queda de materiais ouferramentas nos transeuntes. Tem tam-bém como função impedir ou dificultar aentrada de pessoas estranhas na obra ea saída indevida de materiais e equipa-mentos da construção. Em geral, é feitocom tábuas de pouca espessura, cercade 1 cm, que são pregadas nas GUIAS enos PÉS-DIREITOS dos ANDAIMES. Quandoexecutado no ALINHAMENTO da via públi-ca e até a altura de 5 m, é freqüente-mente feito com tábuas de maior resis-tência pregadas no sentido vertical comJUNTA coberta, para perfeita segurança.Em altura mais elevada é inadequadocobrir as juntas de suas tábuas, sendoapropriado deixar frestas entre elas, per-mitindo iluminação para o trabalho dosoperários. Em obras de CONCRETO ARMA-

DO, é transportado de um andar para ooutro, acompanhando o andamento doserviço, sendo reconstruído na execuçãodas ALVENARIAS e no revestimento das pa-redes. Sua execução é imposta pelos re-gulamentos municipais e recebe es-pecificações destes.

1.

2.

TAQUARA

Nome genérico de diversas plantas dafamília das gramíneas de caule oco. Teveusos variados em antigas construções,principalmente em Minas Gerais. Era em-pregada para fazer ESTEIRAS utilizadas sobo BEIRAL e nos FORROS e para prender aspeças dos ENGRADADOS na TAIPA-DE-MÃO.

TAQUEAMENTOVer Taco.

TAQUEIRO

Ver Taco.

TARAMELA

Ver Tramela.

595

Page 285: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

- -rlDOZ /TARJA

TARDOZ1. Genericamente, face oposta à face prin-cipal em alguns elementos ou peças daconstrução que formam superfícies, comoTACOS, CERÂMICAS e placas de MÁRMORE.Em geral, tem ACABAMENTO tosco, por nãoficar aparente na construção. 2. Face dapedra em CANTARIAS voltada para dentroda parede, em geral com acabamentotosco, por não ficar aparente. 3. Em ALVE-

NARIAS, face do tijolo voltada para baixo.4. Superfície interna da FOLHA da porta.

1.

3.

2.

TARJAORNATO pintado, esculpido ou desenha-do, composto por um contorno ornamen-tado que circunda um campo claro ondese encontra representado símbolo, ins-crição ou escudo. Freqüentemente, seucontorno tem forma de ramos, flores ouFESTÕES. Exemplo: antiga Casa de Câma-ra e Cadeia de Mariana, MG, atual PaçoMunicipal.

Page 286: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TARJETA/TATÂMI

TARJETAPequeno fecho, usualmente de correr,colocado no PARAMENTO das FOLHAS deportas. É usado principalmente em por-tas de W.Cs. e banheiros. Em geral, écomposto de lingüeta ou ferrolho acionadopor pequena maçaneta. Permite trancara porta pelo movimento do ferrolho oulingüeta que entra no orifício de pequenapeça disposta no MARCO da porta. Seu fer-rolho pode ser redondo, de veio, quadra-do ou de meia-cana. Pode dispor de molade aço situada na parte interna dalingüeta. É também chamada fecho hori-zontal ou simplesmente fecho, principal-mente quando não dispõe de mola.

TARRAXA1. Ferramenta usada principalmente porSERRALHEIROS e bombeiros hidráulicospara fazer roscas em parafusos ou canos.Pode ter formas variadas e um ou maiscossinetes, peça que produz a rosca. Ocossinete pode ser fixo, para diâmetro in-variável, ou móvel, para diâmetros variá-veis. É indispensável no trabalho com ca-nos de FERRO GALVANIZADO ou PVCroscados. 2. O mesmo que cavilha. VerCavilha.

1.

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TARUGO1. Peça cilíndrica de MADEIRA usada comose fosse um PREGO para unir duas outraspeças da construção. É introduzido sobpressão. A colocação de tarugos é cha-mada de entarugamento. É às vezes tam-bém chamado torno. 2. O mesmo quetaco. Ver Taco.

fi] TATÂMIESTEIRA de palha de origem japonesa co-locada sobre o SOALHO dos compartimen-tos. Suas dimensões são 1,80 m x 90 em.

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Page 287: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

-AUXIA/ TEFLON

TAUXIA

Obra feita com incrustação de pequenaspeças, principalmente de metal, em su-perfícies de FERROou AÇO.Era usada emantigas construções muito requintadas naornamentação das FERRAGENS deESQUADRIAS.

BJi TÊ1. ESQUADROem forma de um T, usado

~ principalmente na superfície das FOLHASde esquadrias com CAIXILHOSou VENEZIA-NAS,como reforço nos cruzamentos. Pos-sui pequenos furos para sua fixação comparafusos. Usualmente fica disfarçado naesquadria. Para isso, são feitas escarvasna madeira da esquadria e, após sua co-locação, passa-se MASSAsobre sua super-fície antes da pintura da esquadria.2. Tubo de metal ou plástico usado eminstalações hidráulicas, sanitárias ou degás para unir outros três tubos que façamparte da mesma canalização. Em geral, amedida do seu diâmetro é dada em pole-gadas. Comumente, varia de 1 1/4" a 1".Pode ou não ter roscas nas suas extremi-dades, facilitando a ligação entre os tu-bos. Faz parte do conjunto das CONEXÕESdas instalações. 3. Perfil metálico com aforma de um T É muito usado na fixaçãode VIDRAÇASem esquadrias metálicas. Écomposto pela BASEe pela ALMA.4. Omesmo que régua-tê. Ver Régua-Tê.

1.

---

TEFLONSubstância plástica fluorada de recenteemprego na indústria da construção. Pos-sui excelente resistência aos agentes quí-micos. É incombustível e insolúvel nossolventes usuais. É usada em JUNTAS,so-bretudo de encanamentos.

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Page 288: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TEIA / TELHA COLONIAL

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TEIA

1. GRADE divisória usada em igrejas ou tri-bunais e salas de sessão pública para se-parar os fiéis ou a assistência. 2. O mes-mo que urdimento. Ver Urdimento.

TELAMÃO

Ver Atlante.

1.

TELHA

Cada uma das peças que formam a co-bertura do telhado. Pode ser feita em di-versos materiais, como cerâmica, FIBRO-

CIMENTO, ZINCO, pedra, madeira, plástico,e ter variadas formas. A inclinação dostelhados depende em grande parte do tipode telha utilizado em sua cobertura. Oconjunto das telhas em um telhado é cha-mado telhamento.

TELHA CANALTELHA cerâmica curva que apresenta for-ma de meia-cana usada nas coberturascom a concavidade alternadamente vol-tada para cima e para baixo. É impermeá-vel, inalterável na forma e praticamenteno peso e bom isolante de calor e som.Pode ser feita manualmente ou mecani-camente. A telha canal manual, a de maisbaixo custo, possui uma única dimensão,tanto se usada voltada para cima comopara baixo. Para sua fixação, em geral, énecessário EMBOÇAMENTO com ARGAMASSAde CAL e AREIA. Na telha canal mecânica,as telhas voltadas para cima são um pou-co mais largas que as voltadas para bai-xo. Em geral, são fixadas por peso pró-prio ou atrito, mesmo porque possuem umTALÃO no local em que se apóiam na RIPA,

favorecendo sua fixação no MADEIRAMEN-TO do telhado. A extremidade de menordimensão da telha canal é chamada PON-

TA e a de maior dimensão, BOLSA. Suasdimensões mais freqüentes são: compri-mento, de 40 cm a 50 cm; largura, de 15cm a 20 cm; altura da ponta, 10 cm; altu-ra da bolsa, 15 cm. Exige usualmente cai-mento mínimo no telhado de 25%. Até ofinal do século XIX constituiu-se no únicotipo de telha cerâmica usada nas cons-truções brasileiras. É também chamadatelha de canal, telha colonial e telha demeia-cana.

TELHA COLONIALVer Te.lha Canal.

599

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=LHA CUMEEIRA / TELHA DE VALADIO

TELHA CUMEEIRA

Ver Telha de Espigão.

TELHA DE CANAL1. O mesmo que telha canal. Ver TelhaCanal. 2. TELHA CANAL que fica com aconcavidade voltada para cima. Tambémchamada bica, calha, canal e goteira.

TELHA DE COBERTAVer Telha de Cobrir.

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2.

TELHA DE COBRIR

TELHA CANALque fica com a concavidadevoltada para baixo. Também chamadacapa, coberta e telha de coberta.

TELHA DE ESPIGÃO

TELHAque cobre CUMEEIRASe ESPIGÕESdoVIGAMENTOdo telhado. É também chama-da telha cumeeira.

TELHA DE MEIA-CANAVer Telha Canal.

TELHA DE POLIÉSTER

Ver Telha Plástica.

TELHA DE PONTA

TELHA situada na extremidade inferior dovértice de um ESPIGÃOdo telhado, estan-do disposta portanto no canto inferior elateral do telhado. O termo refere-se par-ticularmente às telhas cerâmicas. Nasantigas construções, a telha de ponta, emgeral elevada sobre o CUNHAL,recebia ummodelo especial: arrebitada, em forma delança ou em forma de uma pomba. Estasformas são às vezes consideradas comotendo fins profiláticos. É também chama-da andorinha.

TELHA DE VALADIOTELHA CANAL fixada às outras telhas doelhado sem o uso de ARGAMASSA.

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TELHA DE VIDRO /TELHA FLAMENGA

TELHA DE VIDRO

TELHAfeita de vidro prensado permitindoiluminação interna. Sua forma é igual àdas telhas cerâmicas. Possui espessurade 10 mm. É ligada às demais com ARGA-MASSAde CAL. É resistente a choque efaíscas. Tem grande poder de dispersãoda luz. Deve ser utilizada junto com ou-tras iguais para permitir que uma quanti-dade de luz razoável seja obtida. Muitasvezes é usada em CLARABÓiAS.Algunsplásticos translúcidos ou materiais acríli-cos são empregados industrialmente nafabricação de telhas de vidro. Esses ma-teriais, no entanto, devem ser criteriosa-mente utilizados, pela sua baixa resistên-cia ao fogo.

TELHA DE ZINCO

TELHAfeita com chapa de ZINCO.É muitoleve, permitindo redução da carga sobreo VIGAMENTO.Freqüentemente apresenta1 m x 2,25 m, com espessura entre 0,95mm e 1,21 mm. É durável e de fácil as-sentamento. Necessita de poucas JUNTAS,por ser larga. Tem como inconveniente asonoridade provocada por impactos so-bre ela, como no caso da chuva. Sofrealteração de forma em conseqüência dadilatação pelo calor, exigindo assentamen-to com juntas livres. É encontrada na for-ma de folha ondulada ou corrugada. Foimuito utilizada em antigos prédiosECLÉTICOS. Atualmente é usada emGALPÕES.Exemplos: marquise da antigacasa da Marquesa de Santos, atual Mu-seu do Segundo Reinado, avenida Pedra11 n° 153, Rio de Janeiro, RJ; Palácio deCristal, Petrópolis, RJ.

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TELHA FLAMENGA

TELHAcerâmica cujo perfil tem a forma deum S. Possui na sua face inferior um TA-LÃo no local em que se apóia na RIPA.Émuito raramente encontrada nas constru-ções brasileiras, nunca tendo sidofabricada no país.

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Page 291: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

FRANCESA/ TELHAMOURISCADA

TELHA FRANCESA

TELHAcerâmica chata que possui, ao longode um de seus lados transversais, umaconcavidade que se encaixa na RIPAdo MA-DEIRAMENTOdo telhado e, ao longo de umde seus lados longitudinais, ranhuras paraencaixá-Ia em outra telha igual. Permite suacolocação sem uso de MASSAe fácil reposi-ção em caso de reparação no telhado. Tema tendência de escurecer com o passar dotempo. Suas dimensões comumente são 41cm x 24 cm. Possui um pequeno furo possi-bilitando que seja amarrada com arame naripa, evitando seu escorregamento. É maisleve que a telha cerâmica côncava, permi-tindo emprego de madeiramento mais leve.Suas ranhuras facilitam o escoamento deáguas pluviais. Exige caimento mínimo notelhado de aproximadamente 20°. Não sepresta para cobrir CUMEEIRAe ESPIGÃO.Exis-te no mercado uma telha parecida com atelha francesa feita em ARGAMASSA.É tam-bém chamada telha marselhesa e mais ra-ramente telha mecânica.

TELHA MARSELHESA

Ver Telha Francesa.

TELHA MECÂNICAVer Telha Francesa.

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TELHA METÁLICAChapa de AÇOGALVANIZADO,AÇOZINCADOpré-pintada ou ALUMíNIO,comumente onduladae com pequena altura de ombro, usada nacobertura de grandes vãos. Possui peque-na espessura, em geral entre cerca de 0,5mm e 10 mm, e conseqüentemente reduzi-do peso. Permite recobrimento rápido degrandes áreas e economia de eiementosestruturais. Usualmente apresenta o incon-veniente de ser suscetível à corrosão e de-corrente pequena durabilidade ou exigên-cia de constante manutenção. Em geral, seuuso não é indicado para ambientes ondeseja necessário isolamento acústico. É fixa-da ao VIGAMENTO,de acordo com o materialcom que este é feito, por ganchos, parafu-sos, pregos espiralados ou GRAMPOSespe-ciais. Os telhados cobertos com telhas me-tálicas devem ter caimento mínimo de 10°.Pode também ser utilizada como elementode vedação.

TELHA MOURISCADA

ElHA DE CANALfixada com ARGAMASSAe, agmentos de TIJOLO.

Page 292: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TELHA ONDULADA/TELHA TÉRMICA

liI TELHA ONDULADA

Placa ondulada de FIBROCIMENTOusadafreqüentem ente na cobertura de GALPÕES,silos, depósitos ou casas populares. Levee de simples aplicação, é também utiliza-da como elemento de vedação. Exigemuito cuidado em seu transporte e suacolocação, pois facilmente se quebra. Emgeral, possui comprimento que varia de90 cm a 2,40 m, largura de 95 cm a 1,10m e espessura de 4 mm a 8 mm. Deveser colocada na cobertura no sentido con-trário dos ventos dominantes. Sua mon-tagem deve ser iniciada por carreira, doBEIRALpara a CUMEEIRA.Na sobreposiçãode uma telha ondulada com a outra, a fi-xação é feita com ganchos às peças doVIGAMENTOdo telhado. Essas sobreposi-ções variam usualmente de 14 cm a 20cm. Em estruturas metálicas e de CONCRE-TO, para sua fixação, são empregadosgrampos especiais. E arrematada comARGAMASSAde CIMENTOe AREIAno encon-tro do ESPIGÃOcom a CUMEEIRA.A inclina-ção mínima dos telhados com telhas on-duladas é de 10%.

liI TELHA PLÁSTICA

TELHA obtida a partir de um composto deplástico reforçado por FIBRASDEVIDRO.Deacordo com as resinas empregadas, podeter propriedade antichamas, ser auto-extinguível ou resistente a agentes quími-cos. E usada para permitir iluminação na-tural. Não tem função estrutural. Temespessura de 1mm. É também chamadatelha de fibra de vidro e telha de poliéster.

liI TELHA TÉRMICA

TELHAcomposta por duas lâminas de ALU-MíNIOou AÇO ZINCADOpré-pintado que re-vestem uma espuma rígida de POLlURE-TANO,isolante térmico e acústico. Dispensautilização de FORRO. É leve e resistente.Permite vencer vãos de até 4 m. É unidanas coberturas por processo de ZIPAGEM.Usualmente tem largura entre 1 m e 1,20m. Destina-se a cobertura de GALPÕES,armazéns, silos, ginásios esportivos, es-colas e TERRAÇOS. É também chamadatermotelha.

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Page 293: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

=LHADO / TELHADO AMOU RISCADO

TELHADO

Elemento que serve de cobertura à cons-trução. O termo é principalmente utiliza-do quando o elemento é composto poruma armação estrutural e um material derecobrimento, a cobertura. A armação dotelhado sustenta a cobertura que freqüen-temente é composta por TELHAS. Sua su-perfície pode ser plana, o mais comum,ou curva. Pode ser constituído por umaou mais de uma superfície. As superfíciesque compõem o telhado são chamadasÁGUAS DE TELHADO. Usualmente, as águasde telhado são inclinadas, favorecendo oescoamento das águas pluviais.

TELHADO À MEIA-MOURISCA

TELHADO com cobertura de TELHAS CANAIScujas FIADAS são alternadamente compos-tas de TELHAS MOURISCADAS e TELHAS DEVALADIO. É também chamado telhadomeio-mouriscado.

TELHADO ACORUCHADO

TELHADO com forma semelhante a umCORUCHÉU. Em geral constitui-se em pe-quena cobertura de um CORPO de dimen-sões bem inferiores ao corpo principal doedifício e com altura bem mais elevadaque o telhado principal.

II

TELHADO AMOU RISCADO

TELHADO no qual cada três ou quatro TE-LHAS DE CANAL das FIADASsão cobertas comfragmentos de telha e ARGAMASSA e a se-guinte fiada, DE VALADIO, permitindo a en-trada de ar no espaço entre a coberturada edificação e os forros. As telhas cober-tas com fragmentos e argamassa sãochamadas MOURISCADAS. Este tipo de te-lhado foi usado com certa freqüência nas

íãcaç ões an iqas.

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TELHADO BORBOLETA/TELHADO DE CANUDO

liI TELHADO BORBOLETA

TELHADO composto por duas águas incli-nadas para o centro da construção. Exigecolocação de uma calha central. Em ge-ral, é feito em CONCRETO ARMADO. É usadonas construções brasileiras desde a déca-da de 50, principalmente em casas KITSCHinfluenciadas pelos prédios projetados porOscar Niemeyer. Exemplo: late Clube dePampulha, Belo Horizonte, MG.

liI TELHADO CINTADO

TELHADO DE VALADIO que recebe em algu-mas FIADAS de telhas uma CINTA horizon-tal de ARGAMASSA para melhor travamentodas telhas e para servir de passadiço aosoperários. A cinta de argamassa em ge-ral é disposta a cada 1 m ou 1,5 m. Notelhado cintado, as telhas da CUMEEIRA edos BEIRAIS são assentadas com argamas-sa. É característico das antigas constru-ções baianas. É também chamado telha-do percintado.

liI TELHADO CORRIDO

Em algumas regiões do Rio de Janeiro,TELHADO de duas águas. J:!..~1..

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liI TELHADO CRAVADO

TELHADO com cobertura de TELHAS CANAIScujas extremidades das TELHAS DE COBRIRsão presas ou cravadas por meio de AR-GAMASSA ou cravo às extremidades dasTELHAS DE CANAL. É também chamado te-lhado de canudo e, quando as telhas decobrir são somente presas por meio deargamassa, telhado emboçado.

TELHADO DE CANUDOVer Telhado Cravado.

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Page 295: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

-:::LHADO DE CORTES / TELHADO EMBOÇADO

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TELHADO DE CORTESEm Sergipe, TELHADO de três e maiságuas.

TELHADO DE ESCAMATELHADO com cobertura de telhas chatasde TERRACOTA cujas telhas inferiores doBEIRAL são terminadas em ponta. Em ge-ral, possui muita declividade, cerca de 40°ou 50°. Foi muito pouco usado nas cons-truções brasileiras. Somente esteve pre-sente em alguns prédios ECLÉTICOS ondese pretendia dar um ar pitoresco na cons-trução.

TELHADO DE MEIA-ÁGUATELHADO que cobre a MEIA-ÁGUA.

TELHADO DE PAVILHÃOTELHADO formado por quatro águas trian-gulares sem CUMEEIRA. Apresenta formade uma pirâmide. É também chamadotelhado-de-copiar.

TELHADO DE TELHA-VÃVer Telhado de Valadio.

TELHADO DE VALADlOTELHADO com cobertura de TELHAS CANAISunidas sem ARGAMASSA. É também chama-do telhado de telha-vã.

TELHADO EMBOÇADOV Telhado Cravado.

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TELHADO EM DENTE DE SERRA/TELHADO PERCINTADO

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TELHADO EM DENTE DE SERRA

Ver Shed.

TELHADO EMPENADO

TELHADO cujas ÁGUAS DE TELHADO não sãoplanas, ou seja, possuem pequena que-bra na sua superfície. Em geral, serve decobertura à construção com paredes prin-cipais externas não paralelas, permitindoque BEIRAIS e CUMEEIRA sejam horizontais,fazendo-se necessária a concordânciaentre a inclinação maior, na parte maisestreita, e a inclinação mais suave, naparte mais longa.

TELHADO EMPINADO

TELHADO em geral de duas águas quepossui ponto alto. OS SOBRADOS coloniaisde Recife, PE, possuíam telhados empi-nados.

liI TELHADO ENCALlÇADO

TELHADO com cobertura de TELHAS CANAIScujas TELHAS DE COBRIR são presas pelaslaterais e pelas extremidades por meio deARGAMASSA às TELHAS DE CANAL.

liI TELHADO ENSOPADO

TELHADO com cobertura de TELHAS CANAISrecoberto por uma camada de ARGAMASSApassada a COLHER e CAIADA.

TELHADO MEIO-MOURISCADOVer Telhado à Meia-Mourisca.

TELHADO MOURISCADO

Ver Telhado Amouriscado.

TELHADO PERCINTADOTel ado Cintado.

607

Page 297: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TELHADO-D E-ALPENDRE /TELHA-VÃ

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TELHADO-DE-ALPENDRE

TELHADOem geral de uma só água contí-guo ao telhado principal da construção.Possui menor altura e em geral tambémmenor largura e comprimento que o te-lhado principal. Comumente serve de co-bertura ao ALPENDRE.É também chamadosimplesmente alpendre.

TELHADO-DE-COPIAR

Ver Copiar.

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TELHADO-DE-MANSARDA

TELHADOformado com a elevação da TE-SOURA, constituindo um espaço livre noDESVÃO.O espaço formado sob a tesourado telhado-de-mansarda é chamadoMANSARDA.

TELHAMENTO

Ver Telha.

TELHÃO

TELHA mais comprida que as usuais, por-tanto de comprimento superior a 50 em.Nas antigas construções era em geralusado no revestimento externo de EMPE-NASou muros, nos BEIRAISem BALANÇO,fre-qüentemente de porcelana decorada, oucomo conduto de água nos CHAFARIZES.

TELHA-VÃ

1. TELHA CANALassente na cobertura semARGAMASSA.2. Teto sem FORROno qual fi-cam aparentes o VIGAMENTOdo telhado eas faces inferiores das telhas.

Page 298: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TELHEIRO /TENAZ

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TELHEIRO

Construção rústica em geral com cober-tura de TELHA-VÃ, aberta ou parcialmentefechada, freqüentemente utilizada comodepósito, oficina ou, nas propriedadesrurais, abrigo para animais. Pode consti-tuir-se em edificação isolada, o mais co-mum, ou estar integrado em um prédiomaior. No último caso apresenta-se comoum ALPENDRE de maior profundidade. Emárea rural é às vezes também chamadorancho.

TENACIDADE

Propriedade dos materiais de suportaremgrandes pressões sem sofrer rupturas.Quanto maior a coesão dos materiais,maior sua tenacidade. Os metais, princi-palmente o ALUMíNIO, possuem grandetenacidade. O material que tem grandetenacidade é chamado de tenaz.

TENALHA

Nas FORTIFICAÇÕES, obra de defesa queapresenta duas faces salientes externa-mente na MURALHA e forma um ânguloreentrante para o lado da PRAÇA DE ARMAS.

Exemplo: Fortaleza dos Reis Magos, Na-tal, RN.

TENALHA DOBRADA

Ver Tenalha Dobre.

TENALHA DOBRE

Nas FORTIFICAÇÕES, obra de defesa queapresenta quatro faces salientes externa-mente na MURALHA e forma três ângulossalientes e dois reentrantes. É tambémchamada tenalha dobrada e tenalhaflanqueada.

TENALHA FLANQUEADA

Ver Tenalha Dobre.

TENAZ

1. Ferramenta composta de duas peçascruzadas e articuladas, provida de longoscabos. É usada por SERRALHEIROS para ti-rar ou pôr peças nas FORJAS. 2. Materialque e grande tenacidade. Ver Tenaci-dade.

1.

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Page 299: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TENSORI TERMOTELHA

TENSOR1. O mesmo que linha. Ver Linha. 2. NasTESOURASTIPO POLONCEAU,peça metálicaem geral de ferro redondo sujeita aos es-forços de TRAÇÃO.Usualmente, a tesouratipo Polonceau possui cinco tensores.Três deles unem as partes inferiores dasEMPENASe dois deles unem a parte supe-rior das empenas aos outros tensores.

TEODOLlTOInstrumento de precisão usado principal-mente por topógrafos para medição oumarcação no terreno de um ângulo deter-minado. É indispensável em terrenosmuito acidentados.

TERÇANos VIGAMENTOSdo telhado, cada uma daspeças dispostas horizontalmente sobre asEMPENASdas TESOURAScomumente servin-do de apoio aos CAIBROS.Em geral, a dis-tância entre as terças varia de 1,50 m a 3m. Sua seção varia de acordo com o dis-tanciamento entre elas e a distância en-tre as tesouras. Nos vigamentos de ma-deira, usualmente possui seção de 6 emx 16 em. Para evitar seu escorregamento,além de pregada é muitas vezes apoiadaem um CHAPUZou em ESQUADROS.Quan-do colocada no vértice da tesoura, é cha-mada CUMEEIRA.Quando situada na parteinferior da tesoura é chamada CONTRA-FRECHALou FRECHAL.Em alguns locais dointerior é também chamada LINHA.Às ve-zes é também chamada MADRE.Em Por-tugal, a terça situada entre o frechal e acumeeira é também chamada SENÁBRIA.Atarefa de dispor terças no madeiramentodo telhado é chamada de enterçamento.

TEREBINTINAResina semilíquida com forte odor extraí-da de certas árvores. É usada na fabrica-ção do solvente AGUARRÁSe de algunsvernizes.

TERMOTELHAVer Telha Térmica.

Page 300: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TERRA BATIDA/TERRAÇO-JARDIM

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TERRA BATIDA

Piso rústico feito de terra socada. É co-mum em casas pobres, principalmente naárea rural. Muitas vezes, as cozinhas dasantigas construções coloniais, sobretudoquando externas, eram de terra batida. Étambém chamada chão batido.

TERRACENA

Antigo edifício colonial erguido junto ao caispara armazenar mercadorias. Era umaconstrução térrea, longa, com poucas aber-turas, constituída por uma única edificação,feita pela administração governamental. EmSalvador, no século XVII, além-de armazém,estavam estabelecidos na terracena ferra-ria, alfândega e casa de fazenda.

TERRAÇO

Espaço amplo, plano e descoberto, que emgeral se constitui na cobertura do edifícioou de parte da edificação, usualmente situ-ando-se no alto do prédio ou no nível deum dos seus pavimentos. Comumente édestinado ao lazer ou estar ao ar livre, for-mando um prolongamento de ambientesinternos de estar. Na sua execução, umcuidado especial deve ser dado ao esgota-mento das águas pluviais. Seu piso deveter caimento de cerca de 1,5%. Materiaisespeciais devem ser usados na irnperrnea-bilização do seu piso. É importante obser-var a quantidade de RALOS necessários, quedepende basicamente da área do terraço,e sua adequada execução. Em geral, seupiso é revestido com cerâmica, placas depedra ou blocos de CONCRETO. E conveni-ente sua localização na face do prédio ex-posta ao sol e não coincidente com os ven-tos dominantes. Com o uso do CONCRETOARMADO nas construções e a influência daarquitetura MODERNA, tornou-se comum seuemprego em prédios de vários pavimentos.

TER RAÇO-JAR D IM

TERRAÇO formado na cobertura do edifício oude parte da edificação no qual são coloca-das plantas de modo a constituir um espaçosemelhante a um jardim. Em geral as plan-tas são dispostas em JARDINEIRAS integradasna construção. O termo é principalmente uti-lizado quando referido aos prédios de váriospavimentos. Foi um dos princípios fundamen-tais da arquitetura MODERNA, que tinha no seuuso a proposta não só de criar uma área deestar aberta no edifício, mas também ame-nizar visualmento o espaço urbano. Exem-

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Page 301: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TERRACOTA/TERRAPLENO

TERRACOTAArgila cozida e modelada em forno. Possuicor amarelada até vermelho-amarronzado.É mais uniforme e de mais fina textura quea argila comum utilizada em TIJOLOSe TE-LHAS.Não é esmaltada. Como pode ser co-zida em moldes, é apropriada para elemen-tos de ornamentação. Em antigas edifi-cações foi usada principalmente emBAIXO-RELEVOS,esculturas e vasos. É carac-terística da IMAGINÁRIAdo século XVIII de anti-gas igrejas paulistas do litoral. É tambémótimo material para revestimento de pisos,sendo empregada para fazer LADRILHOS.

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TERRAPLENAGEMConjunto de operações de escavação,transporte, depósito, compactação econsolidação de terras, necessárias àpreparação de um terreno para a cons-trução. Pode ser feita para regularizaçãodo terreno ou para construção dos ALICER-CES do prédio. É indispensável na execu-ção de TERRAPLENOS,ATERROS,CORTESeTALUDES.Pode ser manual, com empregode ferramentas comuns como pás,ENXADÕES e picaretas, ou mecanizada,com emprego de máquinas e veículosespecializados. Executar a terraplenagemé chamado de terraplenar.

TERRAPLENAGEM COMPENSADA

TERRAPLENAGEMem que os volumes deterra de CORTESe ATERROSse equivalem.

TERRAPLENARVer Terraplenagem.

TERRAPLENO1. Terreno plano resultante do preenchi-mento com terra ou outro material em de-pressões ou cavidades do solo, ou retira-da de terra em relevos. Em geral, suaconsolidação é feita de acordo com o tipode solo e a utilização dada ao terrapleno.Pode ser consolidado por diversos modos,como passagem dos veículos de transpor-te da terra, batido e vibração. Quandorecoberto com relvado ou plantações, suacamada superior deve ser mantida de ter-ra solta. 2. PAVIMENTOao nível do chão.Quando utilizado como piso de comparti-mento ou recinto do edifício, é usualmen-te recoberto por camada de 10 cm a 12cm de CONCRETO e impermeabilização.Pode ainda receber outro revestimento,como, por exemplo, LADRILHOcerâmico. 3.Em FORTIFICAÇÕES,solo interno e plano.

3.

Page 302: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TERRAZZO /TERRENO COMPRESsíVEL

TERRAZZO

Ver Piso Romano.

TERREIRO1. Terreno plano e largo situado junto aoprédio, freqüentem ente nos seus fundos.Usualmente, o termo é utilizado referindo-se a prédios antigos de maior porte ousituados em pequenas localidades ou po-voados. 2. Nas propriedades rurais, ter-reno amplo e largo em geral situado nafrente da sede da fazenda, destinadomuitas vezes às atividades externas debeneficiamento de produtos agrícolas.Nas antigas fazendas de café era usadopara secagem do café. 3. Pelo menos noPiauí, pequeno LARGO formado ao longo derua ou estrada onde em geral se encon-tram árvores ou edificações de comércioou serviço, proporcionando um ponto deparada ou encontro para os transeuntes.

1.

2.

TERRENO BALDIO

Terreno urbano não edificado e em geralnão cercado. Pode constituir-se ou nãoem lote demarcado e com propriedadedefinida.

TERRENO COMPRESsíVEL

Terreno cujo solo é pouco resistente nasuperfície ou a média profundidade. De-forma-se com o peso da construção. Emterrenos compressíveis é necessário utili-zar FUNDAÇÃO PR~FUNDA ou RADIER.

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TERRENO INCOMPRESsíVEL/TESOURA DE SISTEMA ABERTO

TERRENO INCOMPRESS~ElTerreno cujo solo é consistente na super-fície ou a pequena profundidade. Não sedeforma com o peso da construção. Naexecução de FUNDAÇÕES, freqüentemen-te é preciso encontrar a camada incom-pressível do solo. Em terrenos incom-pressíveis, para prédios de pequeno emédio portes, pode-se empregar uma FUN-DAÇÃO DIRETA.

TESOURA1. Armação triangular feita de MADEIRA,metal e às vezes CONCRETO ARMADO, com-ponente do telhado da construção. É usa-da na sustentação da cobertura. A tesou-ra de madeira, metal ou mista é formadapor um conjunto de peças que compõemum sistema estrutural indetormável. Podeser feita de diferentes modos. Suas duaspeças principais são as PERNAS ou EMPE-NAS, inclinadas de acordo com o caimen-to do telhado. Em geral, além das empe-nas, possui LINHA ou TENSOR, PENDURAL eduas ESCORAS. A estas peças podem seracrescentadas outras, usualmente deacordo com o vão a ser vencido e o tipode material utilizado na sua execução. Otelhado é composto por no mínimo duastesouras. A distância entre elas varia co-mumente de 2,5 m a 4 m. No projeto datesoura deve-se procurar a máxima sim-plicidade, permitindo economia sem pre-judicar sua estabilidade. É também cha-mada asna. 2. O mesmo que alicate paraferro. Ver Alicate.

TESOURA DE CANGA-DE-PORCO

Ver Asna Francesa.

TESOURA DE FALSO NíVELVer Asna Francesa.

1.

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TESOURA DE FUNllEIRO

Ferramenta de SERRALHEIROS, FUNILEIROSe bombeiros hidráulicos destinada ao cortede chapas metálicas finas. É usada naconfecção de CALHAS, RINCÕES, RALOS etc.

TESOURA DE LINHA ELEVADA

Ver Asna Francesa.

TESOURA DE SISTEMA ABERTOVer Asna Francesa.

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TESOURA TIPO POLONCEAU /TETO DE SAIA-E-CAMISA

TESOURA TIPO POLONCEAU

TESOURA metálica ou mista usada freqüen-temente em grandes vãos cujas peças for-mam no seu centro um triângulo isósceles.Em geral, não possui PENDURAL. Suas pe-ças possuem perfis variados de acordocom os diferentes esforços a que são sub-metidas. Usualmente, as EMPENAS são emperfil DUPLO TÊ, as BIELAS em FERRO FUNDI-

DO e os TENSORES em FERRO REDONDO.

TESSERAVer Vidrotil.

TESTA

1. Nas FECHADURAS, chapa com uma oumais aberturas retangulares através dasquais passa a LINGÜETA ou o PALHETÃO. 2.Parte superior das ESTACAS. Em geral, éprotegida para evitar que se fenda com apercussão do MACACO quando da crava-ção. 3. Cada uma das superfícies verti-cais de ARCOS e suas ADUELAS que freqüen-temente ficam aparentes.

TESTADA

Ver Frente.

TESTEIRA

Ver Aba e Tabeira.

TESTEMUNHO

Ver Dama.

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TETO

Superfície superior interna de um compar-timento ou recinto coberto. Pode ser cons-tituído pela face inferior da COBERTURA oudo FORRO.

TETO DE ARMAÇÃO

Ver Forro de Gamela.

TETO DE GAMELAVer Forro de Gamela.

TETO DE MASSEIRA

Ver Forro de Gamela.

TETO DE SAIA-E-CAMISAVer Forro de Saia-e-Camisa.

615

Page 305: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

= I o FALSO / TIJOLO

TETO FALSOTETO formado por FORRO em geral de ES-

TUQUE ou COMPENSADO de modo a rebai-xar o PÉ-DIREITO do recinto ou comparti-mento.

liI

TETO EM MASSEIRAVer Forro de Gamela.

TIJOLlTOTIJOLO pouco espesso unido na ALVENARIA

por montagem. É provido de pequenasaberturas cilíndricas nas JUNTAS para co-locação de ARGAMASSA e de furos cilíndri-cos maiores no seu centro para passa-gem de tubulação. Foi desenvolvido emlaboratório de pesquisa para substituir otijolo convencional. Seu objetivo é de evi-tar JUNTAS maiores de argamassa, que fre-qüentemente provocam fissuras.

liI

TIJOLOPeça porosa de barro cozido em geral coma forma de um paralelepípedo usada prin-cipalmente em ALVENARIAS. Apresenta gran-de variedade e riqueza de coloração, deri-vada das diferentes argilas usadas na suaexecução, bem como da temperatura etempo de duração do cozimento. Suas di-mensões são muito variáveis. Existem tijo-los com formas especiais: curvos, com ra-nhuras e saliências para encaixes de MACHO

E FÊMEA, achatados e circulares. Pode teraspecto vitrificado em cores vivas. Usual-mente é feito manualmente em fôrmas demadeira, seco ao sol e cozido em fornosnas olarias. Produzido industrialmente, éprensado ou laminado e quase sempretransfurado ou oco. O tijolo industrial é maiscaro e é principalmente utilizado em estru-turas associado a uma ARMADURA de AÇO.

Nos primeiros prédios coloniais, seu usolimitava-se à execução de pisos, ABÓBADASe ARCOS, pelo seu alto custo. Com a facili-dade de obtenção de argila, rapidamentegeneralizou-se na construção. Atualmenteé um dos materiais de maior emprego e éusado na execução da maioria das pare-des internas e de grande parte das pare-des externas dos edifícios. Por ter sido in-tensivamente empregado em antigasconstruções, é um elemento que permiteharmonizar prédios novos com antigos.Cada face do tijolo convencional recebeum nome específico. A face mais larga quefica voltada para cima na alvenaria é aFACE e a face oposta, o TARDOZ. As faceslaterais e longitudinais são as v s e as

ansversais, os T

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Page 306: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TIJOLO A TIÇÃO / TIJOLO DE TAPAMENTO

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TIJOLO A TIÇÃO

Ver A Tição e Perpianho.

TIJOLO BURRO

1. O mesmo que adobe. Ver Adobe. 2.Em Portugal, TIJOLO MACiÇO com muita es-pessura.

2.

TIJOLO CERÂMICO

1. Peça de argila cozida usada em diver-sos elementos da construção. Pode serporoso ou compacto. Fazem parte dos tijo-los cerâmicos porosos: o TIJOLO, a TELHA,a PASTILHA, o LADRILHO, o AZULEJO e a MA-NILHA. Fazem parte dos tijolos cerâmicoscompactos: os elementos feitos em GRÉSou porcelana. 2. O mesmo que tijolo. VerTijolo.

TIJOLO CRU

Ver Adobe.

1.

TIJOLO DE AMARRAÇÃO

TIJOLO saliente no PARAMENTO da ALVENA-RIA de modo a facilitar a união entre duasparedes em ESQUADRO. É dispostoalternadamente nas FIADAS no sentido desua largura, enquanto os demais são co-locados no sentido do seu comprimento.

TIJOLO DE CUNHA

TIJOLO que apresenta ligeira variação deespessura ao longo do seu comprimento.É destinado à construção de ARCOS e ABÓ-BADAS.

TIJOLO DE PERPIANHO

Ver Perpianho.

TIJOLO DE TAPAMENTO

Em Minas Gerais, TIJOLO pouco largo utili-zado em paredes internas que não rece-bem carga.

617

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TIJOLODEVIDRO/ TIJOLOPRENSADO

TIJOLO DE VIDROPeça de VIDROtranslúcido em forma deparalelepípedo usada em substituição aoTIJOLOcomum. Possui saliências em umaou duas de suas faces e é ligeiramentecôncavo. Tem baixa absorção de calor epouca resistência ao fogo, apesar de serincombustível. É utilizado para clarearambientes. Oferece agradável iluminaçãodifusa. Usualmente é empregado em lo-cais onde aberturas sejam indesejáveis,como saunas. Não pode constituir pare-des estruturais. A parede formada por ti-jolos de vidro não deve exceder 11 m2 desuperfície ou 6 m de altura. É tambémchamado bloco de vidro.

TIJOLO FURADOTIJOLOque apresenta em toda a sua es-pessura furos circulares. É o tipo maisusual de tijolo na construção. Comumen-te possui as dimensões de 20 cm x 20 cmx 10 cm. Tem sobre o TIJOLOMACiÇOasseguintes vantagens: menos peso, melho-res condições de isolamento térmico eacústico e mais impermeabilidade.

TIJOLO LAMINADOTIJOLOde fabricação mecânica que apre-senta nas faces uma série de ranhuraspara facilitar a aderência da ARGAMASSA.Pode ser cheio ou furado. Os furados sãousados em vedações. O número de furosé bastante variável. Pode ter dimensõesiguais às dos tijolos manuais ou especiais.

TIJOLO MACiÇOTIJOLOque não apresenta orifícios ou ca-nais na sua espessura. É mais resistenteque o TIJOLOFURADO,porém de maiorpeso. Suas dimensões variam muito. Co-mumente possui 23 cm x 11 cm x 7 cm. Éusado freqüentemente em paredes estrei-tas de armários, CAIXAS-D'ÁGUAou pare-des sem revestimento.

TIJOLO PERPIANHOVer Perpianho.

TIJOLO PRENSADOTIJOLOde fabricação mecânica cujasfa-ces são lisas. É usado em serviços espe-ciais como ALVENARIAaparente, coroa-mento de muros, PEITORISe degraus deescada. Pode ter formas variadas. Não éutilizado em alvenarias destinadas a re-ceber REBOCO,pois suas faces lisas difi-cultam a aderência da ARGAMASSA.

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TIJOLO REBATIDO /TIJOLO-LADRILHO

TIJOLO REBATIDO

Ver Tijolo-Ladrilho.

TIJOLO REFRATÁRIOTIJOLO feito de argila com uma boa por-centagem de alumina que tem a proprie-dade de isolamento térmico. Em geral éusado na execução de fornos, fornalhase outros elementos submetidos a altastemperaturas.

TIJOLO TIÇÃO

Ver A Tição e Perpianho.

TIJOLO VAZADOTIJOLO que apresenta em toda a sua es-pessura furos retangulares. É o tipo maisleve de tijolo. Comumente possui dimen-sões de 20 cm x 20 cm x 10 cm. Pratica-mente só é usado em paredes divisórias.

TIJOLO-LADRILHO

TIJOLO achatado de pouca espessura emgeral com dimensões aproximadas de 23em x 11 cm x 3,5 cm. E usado principal-mente como PISO. É também chamado ti-jolo rebatido.

619~----------------~---------------------------------------- -

Page 309: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

-f PANO

TíMPANO1. Nos FRONTÕES, superfície lisa ou orna-mentada, limitada pelas EMPENAS e pelaCIMALHA. Muitas vezes é ornado com RE-LEVOS em ESTUQUE ou recortes de madei-ra. Pode ainda possuir ÓCULOS ou peque-nas aberturas. Exemplos: Igreja doRosário, Ouro Preto, MG; Teatro Amazo-nas, Manaus, AM. 2. Superfície emoldu-rada de forma triangular ou em arco decírculo situada em destaque nas fachadassobre portas ou, mais freqüentemente,janelas. Comumente se apresenta emantigos prédios NEOCLÁSSICOS. Exemplos:Palacete Azul, Belém, PA; Igreja Matriz deNossa Senhora do Carmo, Rio de Janei-ro, RJ. 3. Superfície lisa ou ornamentadadelimitada por um ou mais arcos e pelaslinhas que partem verticalmente da extre-midade inferior e horizontalmente da ex-tremidade superior dos ARCOS. Em geralsitua-se sobre portas e janelas.

1.

3.

Page 310: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TíMPANO MUTILADO /TINTA A ÓLEO

liI TíMPANO MUTILADOTíMPANO cujas MOLDURAS ou EMPENAS SE in-terrompem em geral próximas ao vértice.O espaço aberto no tímpano mutilado émuitas vezes ocupado por algum ORNATO.

TINTAMaterial corante que forma uma películaflexível sobre as superfícies de elemen-tos e peças da construção por secagem,usado em pinturas. E constituída poraglutinantes, solventes, pigmentos e even-tualmente componentes secundários,como secantes, impermeabilizantes,fungicidas e cargas. Existe uma grandevariedade de tintas, cada qual indicadapara determinado elemento da constru-ção e seu uso. A preparação adequadadas superfícies é muito importante paraseu bom desempenho. Algumas tintaspodem ser preparadas no canteiro deobras, outras são feitas exclusivamentepela indústria da construção.

TINTA A ÓLEOTINTA feita com pigmentos diluídos emsolvente oleoso, especialmente ÓLEO DELINHAÇA. Produz pintura com excelenteACABAMENTO tanto externamente como in-ternamente. É durável, lavável e relativa-mente impermeável. Tem também comovantagem não dar transparência quandoseca. Pode ser fosca ou brilhante. Comu-mente é utilizada em ESQUADRIAS, GRADES,ORNATOS, forros e MADEIRAMENTO aparentede telhado, principalmente feitos de me-tal GALVANIZADO, FERRO e AÇO e quando sedeseja um acabamento brilhante. Apesarde também indicada para pintura em pa-redes, não é muito empregada pelo seualto custo. Pode ser preparada no cantei-ro de obras ou fabricada industrialmente.Freqüentemente é composta comALVAIADE, corante, óleo de linhaça, umsecante e AGUARRÁS. Comumente, suaaplicação é feita com pincéis, TRINCHAS eBROXAS. Pode ser também aplicada comRO OS e PISTOLAS. A pintura feita com tintaa '180 é ada pintura a óleo.

621

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TI TAACRíLlCA/TINTA LÁTEX

~TINTA ACRíLlCA

TINTA LÁTEX de base acrílica. É mais resis-tente que a TINTA PLÁSTICA e por isso maisindicada para uso externo. Apesar de seumaior custo, é também muito empregadana pintura interna de paredes.

TINTA ALQuíDICA

Ver Tinta Esmalte.

TINTA DUCO

Ver Laca.

~TINTA EPÓXI

TINTA constituída basicamente de resinaepóxi. Quando de sua aplicação, são adi-cionados um endurecedor, um corante eum encorpante. Possui grande resistên-cia e muita durabilidade. É aplicada emparedes ou pisos, freqüentemente emsubstituição a CERÂMICAS ou LAMINADOSPLÁSTICOS. Pode ser aplicada sobre TACOSe TÁBUAS de SOALHO. Exige mão-de-obraespecializada para sua aplicação, quecomumente é feita com ROLO de lã. Não éadequada para áreas externas, pois nãoresiste bem à incidência direta de raiossolares. É solúvel em água. Existem tin-tas epóxi especiais que aderem a superfí-cies lisas como AZULEJOS e cerâmicas.

~TINTA ESMALTE

TINTA fabricada industrialmente à base de Iresina alquídica. Possui alto teor deaglutinante na sua composição. É brilhan-te e tem boa resistência química. Eindicada para pintura de elementos e pe-ças de madeira e metálicas, especialmen-te ESQUADRIAS. A pintura com tinta esmal-te assemelha-se à pintura a óleo. Étambém chamada tinta sintética, tintaalquídica e esmalte.

~-

TINTA LÁTEX

TINTA fabricada industrialmente tendo porbase um derivado de petróleo. Comumen-te tem base acrílica ou de acetato depolivinil, o PVA. É indicada para superfíciesde elementos feitos de ALVENARIA. Propor-ciona boa uniformidade na aparência dassuperfícies. A pintura feita com tinta látexé chamada pintura látex. É também cha-mada simplesmente látex.

Page 312: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

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-:':TINTA PLÁSTICA/TIRANTE

TINTA SINTÉTICAVer Tinta Esmalte. r=>:---------------------------------------------------------------------------------l~

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TINTA PLÁSTICA

TINTA LÁTEX à base de acetato de polivinil,o PVA. É a mais freqüentem ente usadaem pintura de paredes de ALVENARIA, porsua facilidade de aplicação. Pode ser apli-cada internamente ou externamente. Érelativamente lavável. Proporciona bomaspecto e resistência ao tempo. Comu-mente é aplicada com ROLO, BROXA, TRIN-CHA e pincel. Comercialmente é encontra-da em latas de 20 litros, 1 galão, 1/2 galãoe às vezes em sacos plásticos.

TIRA-LINHAS

Instrumento de desenho composto porduas ou três hastes pontiagudas, sendoque duas delas com distância regulávelpor meio de um parafuso. Colocando tin-ta, em geral nanquim, nas hastes unidascom parafuso, traçam-se linhas sobre opapel com a mesma grossura. Permite umdesenho muito apurado. Atualmente éraramente utilizado no desenho arquite-tônico, tendo sido substituído por canetasde nanquim.

\NiERNO

TIRANTE

1. Genericamente, VIGA de madeira oumetal que une duas paredes fronteiras,em geral no sentido horizontal, submeti-da aos esforços de TRAÇÃO. 2. O mesmoque linha. Ver Linha, 3. Nas TESOURAS dotelhado, peça vertical que une as EMPE-

NAS à LINHA, exceto a do centro, que échamada PENDURAL. Quando em madeira,em geral tem seção de 6 em x 12 cm e échamado pontalete. É também chamadocontrapendural. 4. MACiÇO de ALVENARIA

encostado em geral transversalmente emPAREDE, PILAR ou muro para reforço na suasustentação. No canteiro de obras, o ter-mo é mais aplicado quando referido aomaciço disposto externamente, sendo omaciço interno chamado gigante. Quan-do se constitui em um pilar encostado naparede ou muro, é chamado gigante econtraforte.

3.

623

Page 313: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TOLDO / TOMADA

TOLDOCobertura ou resguardo feito com mate-rialleve, como lona ou plástico, e uma ar-mação metálica, disposta principalmenteem portas, janelas, VARANDAS ou TERRAÇOS,

para proteção contra o sol e a chuva. Podeser ou não retrátil.

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TOMADANas instalações elétricas, ponto por ondepassa corrente elétrica, destinado a ali-mentar aparelhos removíveis, comoeletrodomésticos, ar- condicionado e aba-jures. Em geral, está ligada ao quadro deluz por um FIO NEUTRO e um FIO FASE. Quan-to à sua instalação na parede, pode serde embutir ou de sobrepor. A tomada co-mum pode alimentar aparelhos de até 100W. Existem tomadas especiais para ali-mentação de aparelhos com maior potên-cia. Para eletrodomésticos como máqui-na de lavar roupa e ferro, é de 400 W;para geladeiras, de 600 W; para ar-condi-cionado, chuveiros elétricos ou boilers, de1.000 W. Quando possui potência de1.000 W, deve ter circuito exclusivo. Co-mumente situa-se em posição baixa, acerca de 30 cm do piso. Pode estar situa-da em posição média, a cerca de 1,45 mdo piso, ou em posição alta, a cerca de .2,20 m do piso, para atender a determi-nados aparelhos.

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Page 314: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TOMADA DE JUNTAS

Serviço efetuado nas JUNTAS de tijolos oupedras, principalmente quando aparen-tes. Consiste na limpeza das juntas comescova de aço, raspagem com ponta deferro curvo a profundidade de 1 cm a 2cm e REJUNTAMENTO com ARGAMASSA fina.Pode resultar em juntas com perfis dife-rentes. O perfil da junta deve ser tal queimpeça aderência de pó. Executar a tare-fa de tomada de juntas é chamado tomaras juntas.

TOMAR AS JUNTAS

Ver Tomada de Juntas.

TOMBADOVer Tombamento.

TOMADADEJUNTASI TOM0

TOMBAMENTO

Instrumento normativo destinado à preser-vação de bens imóveis e móveis conside-rados patrimônio histórico, artístico e cul-tural, utilizado por órgãos governamentaisde preservação federal, estadual ou mu-nicipal. A vinculação dos bens ao patri-mônio é feita tendo em vista seu interes-se público, por sua relação com fatosmemoráveis da história ou seu valor ex-cepcional arqueológico, etnográfico, biblio-gráfico, artístico ou paisagístico. Os benssujeitos ao tombamento estão submetidosa regulamentos e fiscalização feitos pe-los órgãos responsáveis. Não podem serdestruídos, demolidos, mutilados, repara-dos, pintados ou restaurados sem préviaautorização. Do mesmo modo, alteraçõesno seu entorno freqüentem ente depen-dem de autorização pelos órgãos compe-tentes, de modo a não impedir ou reduzirsua visibilidade ou desvirtuar seu conjun-to. Os bens são considerados parte inte-

TOMBAR

Ver Tombamento.

TOMBOVer Tombamento.

grante do patrimônio histórico e artísticodepois de inscritos nos livros de tombo doórgão que procedeu ao seu tombamento.Bens submetidos ao tombamento são di-tos tombados. Fazer uso do tombamentoé chamado tombar. Exemplos: Museu Im-perial, Petrópolis, RJ; antiga Vila Operáriada Fábrica de Tecidos Confiança, Vila Isa-bel, Rio de Janeiro, RJ; Parque Nacionalda Tijuca e suas florestas de proteção, Riode Janeiro, RJ.

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Page 315: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TONDtNHO /TORÇÃO

TONDINHOPequena MOLDURA delgada e com seçãosemicircular convexa usada na base deCOLUNAS.

TOPO1. Genericamente, face superior de qual-quer peça da construção. O termo é mui-to aplicado referido às peças de madeira.2. Nos TIJOLOS dispostos em ALVENARIAS,

cada uma das duas faces laterais de me-nor dimensão.

2. ~I"'''~

TOPOGRAFIAEstudo da configuração física de um ter-reno para representá-Io graficamente. Emgeral, restringe-se a uma área aproxima-da de 55 krn", O técnico responsável pelatopografia é chamado topógrafo.

TOPÓGRAFOVer Topografia.

TORAVer Toro.

TORADAVer Toro.

TORÇÃOEsforço atuante em peça ou elemento daconstrução que resulta na tendência à suarotação em direções opostas. Uma VIGAcontínua apoiada em dois pontos está fre-qüentemente sujeita à torção.

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TORCIDO /TORNEIRA DE SERViÇO

liI TORCIDO

Atribuição dada a elementos ou ORNATOSque apresentam forma espiralada, comoGRADES,BALAÚSTRESe COLUNAS,usados fre-qüentemente nas antigas edificações emGRADIS, PLATIBANDAS, BALAUSTRADAS eRETÁBULOS.

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liI TORNEADO

1. Atribuição dada a peças e elementosda construção trabalhados no TORNO.Emgeral, refere-se a peças e elementos fei-tos em madeira. As peças ou elementostorneados apresentam superfície curvilí-nea. Tornar peças e elementos torneadosé chamado de tornear. 2. Elemento tor-neado, principalmente BALAÚSTRESe GRA-DES.

TORNEAR

Ver Torneado.

2.

TORNEIRA

Dispositivo colocado na extremidade deum ramal de distribuição de água desti-nado ao controle manual da saída deágua. Comumente é feita em LATÃO,BRON-ZE ou plástico. Quando metálica, pode tero aspecto externo natural polido do metalou ser cromada ou niquelada. Quanto aoseu funcionamento, é classificada em: tor-neira de pressão, torneira de macho etorneira especial. É também chamada tor-neira de serviço ou, principalmente no in-terior, bica.

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TORNEIRA DE BÓiA

VÁLVULAdestinada a limitar o nível da águaem um reservatório. É ligada por meio deuma haste à bóia metálica que flutua naágua cujo nível se quer manter constan-te. É usada unida à tubulação de entradada água nas CAIXAS D'ÁGUA. É tambémchamada válvula de bóia e registro debóia.

TORNEIRA DE PASSAGEM

Ver Registro.

TORNEIRA DE SERViÇOVer Ternelra,

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Page 317: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TORNIQUETE /TORNO DE BANCADA

liI TORNIQUETEElemento composto de cruz móvel, emgeral metálica, colocada horizontalmentesobre um eixo para deixar passar uma sópessoa de cada vez em edifícios ou recin-tos. É comum seu uso na entrada de tea-tros, cinemas e estádios. Por meio de dis-positivo mecânico comandado pelo eixoou corrente elétrica, permite ainda somaro número de pessoas que entraram nolocal.

TORNO1. Instrumento que imprime um rápidomovimento de rotação nas peças neledispostas, possibilitando que sejamarredondadas, polidas ou lavradas. Exis-tem vários tipos de torno dependendo prin-cipalmente do material com que é feita apeça a que se destina. 2. Ferramenta quepermite fixar uma peça para que possaser melhor trabalhada. Existe uma gran-de variedade de tornos. Em geral, é com-posto de duas peças articuladas que ter-minam em garras, uma fixa e outra móvel.O afastamento ou aproximação das gar-ras é feito por meio de parafuso que ter-mina externamente por uma esfera atra-vessada por uma manivela. Quando agarra fixa se prolonga para a parte inferi-or de modo a ser fixada em BANCADA étambém chamado torno de bancada.Quando a garra móvel se desloca parale-lamente à garra fixa, é também chamadotorno paralelo. 3. O mesmo que tarugo.Ver Tarugo.

1.

TORNO DE BANCADAVer Torno.

2.

Page 318: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TORNO DE MÃO / TORO ROUÇO

TORNO DE MÃO

Pequeno TORNOpara fixação de peças,sem prolongamento na parte inferior parafixação em BANCADA.Suas garras sãoafastadas ou aproximadas por meio deuma porca de orelhas.

TORNO DE ROSQUEAR

TORNOdestinado ao rosqueamento de tu-bos. É indispensável em obras onde sãoempregados canos de grandes diâme-tros. Neste caso, em geral é movido amotor.

TORNO PARALELO

Ver Torno.

TaRa

1. Tronco roliço de árvore abatida, fal-quejado em seção aproximadamenteretangular. Nas SERRARIASé desdobradoem ~RANCHÕESou outras peças de madei-ra. E também chamado tara ou tarada.2. MOLDURAcircular convexa usada nabase das colunas. Diferencia-se doASTRÁGALOpor sua maior largura.

1.

2.

roao FALQUEJADO

TORObeneficiado nas SERRARIAScom au-xílio de máquinas mais ou menos aper-feiçoadas.

roso ROLIÇO

TOROcom acabamento imperfeito, pos-suindo principalmente nos cantos algu-mas camadas de casca.

629

Page 319: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TORRE

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TORRE

1. Originariamente, construção isoladacom altura bem superior à sua base, queservia como fortaleza. 2. Por extensão,construção isolada ou integrada no corpoprincipal do edifício cujo volume se desta-ca no sentido vertical. Apresenta seçãotransversal quadrada, circular ou pris-mática. Comumente é utilizada em igre-jas. Muitas vezes é encontrada ainda emprédios públicos antigos ou edifícios decomunicação a distância como faróis. Aconstrução em forma de torre ou providade torres é chamada de torreada. Quan-do serve para abrigar sinos é tambémchamada torre sineira e campanário.Exemplos: Museu da Inconfidência, OuroPreto, MG; Igreja de Nossa Senhora doOuteiro da Glória, Rio de Janeiro, RJ;Mercado do Ver-O-Peso, Belém, PA.3. Edifício de muitos pavimentos, isoladono centro do terreno, cujo volume se des-taca no sentido vertical. Em geral, refere-se a um prédio de uso comercial. A suautilização é decorrência da influência exer-cida pela arquitetura MODERNA, que consi-derava a construção isolada de muitos pa-vimentos a melhor alternativa de implan-tação dos edifícios nas cidades. 4. Es-trutura metálica de grande altura utilizadapor estações de rádio e televisão.

2.

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3.

4.

Page 320: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TORRE SINEIRA/TRAÇÃO

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TORRE SINEIRAVer Campanário.

TORREADOVer Torre.

TORREÃOTORRE larga e não muito alta integrada noCORPO principal do edifício. Muitas vezes,sua cobertura forma um pequeno TERRA-

ÇO AMEADO ou tem aspecto de pequenoPAVILHÃO. Freqüentemente situa-se nosângulos da construção. Foi muito usadaem antigos prédios de estilo ECLÉTICO.

TORRINHAVer Galeria.

TOSCANAOrdem da arquitetura clássica considera-da de maior simplicidade. Sua coluna éformada por CAPITEL sem ornato e possuiFUSTE e BASE lisos. A arquitetura toscanacaracteriza-se ainda por apresentar ARCA-DAS com ARCOS DE VOLTA INTEIRA. Exemplo:Solar Grandjean de Montigny, Rio de Ja-neiro, RJ.

TOSCOAtribuição dada a peças ou elementos daconstrução feitos grosseiramente ou semacabamentos. O termo é principalmenteaplicado a peças ou elementos feitos demadeira.

TRAÇAVer Risco.

TRAÇADOVer Risco.

TRAÇÃOEsforço atuante em peça ou elemento daconstrução que resulta na tendência aoseu alongamento horizontal em direçõesopostas. Alguns materiais resistem bemà tração, como é o caso do AÇO, e outrosnão, como é o caso do CONCRETO.

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TRAÇO / TRAMA

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TRAÇO

Relação entre quantidades de AGLOME-

RANTE e AGLOMERADOS na composição deARGAMASSAS e CONCRETOS representadapela seqüência de números proporcionaisaos seus volumes ou pesos. Comumen-te, a medição dos materiais representa-dos no traço é feita em volumes, não im-portando a unidade utilizada, metro cúbico,litro, pé cubico, PADIOLA ou balde. Nos con-cretos pode ser dado também por umarelação entre pesos, que, apesar de me-lhor representar a DOSAGEM, é mais difícilde realizar na prática. O traço em peso éusado freqüentem ente em estruturas deconcreto de maior porte.

1.

TRADO

1. Grande VERRUMA usada por carpintei-ros e marceneiros para fazer furos pro-fundos em forma espiral nas peças demadeira. Pode atingir a profundidade de1,20 m. 2. SONDA elementar que trabalhapor rotação usada em SONDAGENS. Possi-bilita abrir poço com diâmetro aproxima-do de 15 em. É composta por uma ferra-menta unida a uma haste espiralada comcerca de 2 m de comprimento. É possívelemendar hastes suplementares se neces-sário. As hastes são feitas de tubo de FER-

RO GALVANIZADO enroscados com LUVAS. Aemenda das hastes deve ser muito cui-dadosa, para permitir sua rotação nosdois sentidos. Só é empregada em terre-nos consistentes.

TRAMA

1. Conjunto de linhas principais ou eixosque estruturam um edifício ou uma com-posição decorativa. 2. Na ARMADURA dotelhado, conjunto de TERÇAS, CAIBROS e RI-

PAS que servem de apoio à cobertura.3. O mesmo que malha. Ver Malha.

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TRAMELA/TRANQUETA

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TRAMELA

Peça de madeira atravessada por um pre-go, que lhe serve como eixo de rotação,usada para fechar portas, janelas eportões rústicos. Comumente é cravadano PORTAL das ESQUADRIAS. É também cha-mada taramela.

TRAMO

1. Espaço compreendido entre dois ele-mentos arquitetõnicos verticais. O termoé mais aplicado referido à divisão da fa-chada de antigos edifícios por PILASTRAS eCUNHAIS. 2. ABÓBADA ou ABOBADILHA com-preendida entre dois pares de suportes.

2.

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TRANCA

Barra de ferro ou madeira disposta trans-versalmente no TARDOZ de portas e jane-las, para segurança. Em geral, é fixa nasOMBREIRAS por ganchos.

TRANQUETAPequeno fecho horizontal colocado à vistano PARAMENTO da porta. Possui FERROLHOcom movimento de rotação paralelo ao pia-no da ESQUADRIA. A seção do ferrolho écomumente retangular. Quando pode seraberta pela parte de fora, é usualmentechamada aldrava.

--- 633

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TRANSENA/TRAPICHE

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TRANSENACada uma das placas delgadas de pedrapolida que revestem uma superfície.

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TRANSEPTONas igrejas, espaço transversal que se-para a NAVE da CAPELA-MOR. Algumas ve-zes, forma em planta os braços de umacruz.

TRAPEIRA1. Abertura no telhado guarnecida de CAI-

XILHO para iluminar, ventilar ou permitir apassagem para o DESVÃO. Em geral, cons,-titui-se em janela das ÁGUAS-FURTADAS. Etambém chamada lucarna. 2. Por exten-são, o mesmo que água-furtada. VerÁgua-Furtada. 3. Pequeno PUXADO no te-lhado freqüentemente provido de janela.Muitas vezes, nos prédios antigos, cons-tituía-se em elemento decorativo da cons-trução.

3.

1.

TRAPICHEAntigo armazém para guardar mercado-rias desembarcadas ou por embarcar, nosportos ou cais. Em geral, era formado porum grande TELHEIRO ou por um conjuntode edificações que incluía um ou maistelheiros. Situava-se à beira-mar ou nopróprio cais. Originou-se dos pequenosquartos de depósitos residenciais que ti-nham igual finalidade. Toda cidade do li-toral que importava e exportava merca-dorias durante o período colonial e imperialteve muitos e importantes trapiches. EmSalvador, os trapiches são citados comosendo dos edifícios mais bem construídosnesse período. No Rio de Janeiro, com oapogeu da exportação do café, multipli-caram-se os trapiches, principalmente nasáreas e Sa' e, G ~ e San o C-o.

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TRATAMENTO ACÚSTICO / TRAVAM ENTO

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TRATAMENTO ACÚSTICO

Processo pelo qual se procura evitar apenetração ou saída de ruídos ou sonsem um recinto ou uma edificação ou ga-rantir seu CONDICIONAMENTO ACÚSTICO. Éutilizado especificamente nos projetos deACÚSTICA. (((((( ( (

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TRAVA

1. Qualquer fecho de porta horizontal quesó permita abertura por um dos lados daporta, em geral interno. TRANQUETAS eTARJETAS podem constituir-se em travaquando só permitem abertura por um doslados da porta. 2. Pequena FERRAGEM cujomanuseio é feito somente com auxílio dechave.

1.

TRAVAÇÃO

União e solidarização de peças ou ele-mentos da construção, de modo a seconstituírem num sistema rígido de sus-tentação. O termo é principalmente apli-cado quando referido a peças ou elemen-tos de madeira. É também chamadotravamento. Executar a travação de pe-ças ou elementos é chamado de travar.O elemento ou a peça submetidos àtravação são chamados de travado.

TRAVADO

Ver Travação.

TRAVADOURA

1. Peças de madeira cruzadas em formade X usadas na execução de TABIQUES eFRONTAIS de antigas edificações. Serviapara evitar que o ESQUELETO destes ele-mentos saíssem fora do PRUMO. O termoera utilizado principalmente por carpintei-ros. 2. Pedra APARELHADA maior que asdemais usada em paredes e muros feitosde pedra miúda, para aumentar sua esta-bilidade ou receber as extremidades deVIGAS e CANTARIAS.

TRAVAMENTOVer Travação.

2.

635

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TRAVAR/TRAVESSA

TRAVARVer Travação.

liI TRAVE1. Genericamente, o mesmo que viga. VerViga. 2. Por extensão, qualquer peça, prin-cipalmente de madeira ou ferro, usada nasustentação, TRAVAÇÃO ou reforço de umelemento da construção. 3. Especificamen-te, tronco ou peça grossa e comprida demadeira usada na sustentação do SOBRA-

DO ou MADEIRAMENTO do telhado. Nos sen-tidos 2 e 3, dispor as traves na edificaçãoé chamado de travejar.

TRAVEJAMENTO 3.

Ver Vigamento.

TRAVEJARVer Trave.

TRAVERSÁOVer Travessão.

~TRAVERTINO1. Pedra calcária de cores claras proveni-ente da Itália. Constitui-se em material mui-to requintado, pois seu custo é bastanteelevado. Foi usado em algumas antigasedificações. Exemplo: Edifício Matarazzo,atual sede do Banespa, praça Patriarca,São Paulo, SP.2. Por extensão, qualquerMÁRMORE de constituição e aparência se-melhante ao trayertino, seja qual for suanacionalidade. E muito usado no revesti-mento de paredes. O mais aplicado é otravertino baiano. E também chamadomármore travertino.

liI TRAVESSA1. Peça em geral de madeira disposta no

~sentido horizontal, para travar e segurarelementos ou outras peças da construçãona vertical. Pode estar embutida, encai-xada ou apoiada. É muito usada na con-formação de diversos tipos de porta. 2.Rua estreita transversal a duas outras ruasde maior largura.

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2.

1.

1.

2.

Page 326: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TRAVESSA-DE-PEITO / TRELIÇA

TRAVESSA-DE-PEITO

Ver Pau-de-Peito.

TRAVESSÃO

Nos ANDAIMES, cada uma das peças quetem uma de suas extremidades embutidana ALVENARIA já pronta e apoiada na GUIA.

Serve de apoio às tábuas ou PRANCHAS doandaime. Deve ter seção retangular e serfeito com madeira de boa qualidade ebastante resistência. É distribuído comafastamento aproximado de 1,50 m. Étambém chamado traversão.

TRELIÇA

1. Armação em geral de madeira forma-da por peças que se cruzam. Portas, BIOM-

BOS, CARAMANCHÕES, janelas e GUARDA-COR-

POS podem ser compostos por treliças. 2.VIGA metálica formada por diversas peçasque se encontram, deixando espaços va-zios. 3. Rede metálica em geral usada naestruturação de elementos como LAJES ouUBIQUES. Nos sentidos 1, 2 e 3, é tam-bém chamada treliçado.

2. 0-

1.

3.

Page 327: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TRELIÇA METÁLICA PLANA/TRENA

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TRELIÇA METÁLICA PLANA

Estrutura metálica plana de ALUMíNIO ouAÇO que forma o VIGAMENTO de sustenta-ção de coberturas. Trabalha associada atelhas de alumínio, aço ou FIBROCIMENTO.

Pode vencer grandes vãos e tem poucopeso. Em geral, é utilizada em prédios demaior porte ou GALPÕES.

TRELIÇA METÁLICA ESPACIAL

Estrutura metálica em três dimensões queforma o VIGAMENTO de coberturas. Consti-tui-se basicamente de dois tipos de peça:tubos interconectados por NÓS que resis-tem a cargas aplicadas em qualquerdireção. É feita de ALUMíNIO ou AÇO e obe-dece a uma modulação. Viabilizou-se como uso do computador no cálculo estrutu-ral. Permite grande velocidade de monta-gem e é superleve, reduzindo bastante ascargas nos PILARES e fundações. Possibili-ta grandes vãos. É associada a telhasmetálicas. É adequada para edifícios demaior porte, como estações rodoviárias,mercados e GALPÕES industriais. É tambémchamada estrutura espacial. Exemplo:Terminal Rodo-Aquaviário de Vitória, ES.

TRELlÇADO

Ver Treliça.

TRENAFita em geral metálica dividida em unida-des usada para medir construções e ter-renos em LEVANTAMENTOS e LOCAÇÃO daobra. Comumente, para uso no canteirode obras possui 25 m de comprimento.

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TRIBUNA

1. Nas igrejas, lugar elevado e guarneci-do de PARAPEITO geralmente reservado apessoas ilustres para assistir às cerimô-nias religiosas. Nas igrejas coloniais mi-neiras do século XVIII, freqüentemente .situa-se nas laterais da CAPELA-MOR. Nascapelas de alguns dos antigos engenhossituava-se em pavimento superior e des-tinava-se à família senhorial, evitando seucontato com o restante dos fiéis. 2. Nasassembléias, lugar elevado de onde fa-lam os oradores. 3. Nos teatros, CAMARO-

TE reservado às autoridades.

TRIBUNA DO TRONO

Ver Camarim.

TRIFÓLlOORNATO em forma de trevo constituído pelacombinação de três círculos que se cor-tam, cujos centros estão nos vértices deum mesmo triângulo eqüilátero.

TRIBUNA / TRIFÓLlO

1.

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2.

3.

639

Page 329: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

TRIFÓRIO / TRINCHA

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TRIFÓRIOPrincipalmente em basílicas ou catedrais,GALERIA estreita situada sobre a NAVE late-ral, com as aberturas em geral bipartidasou tripartidas voltadas para a nave cen-tral.

TRíGLlFOORNATO originário da ordem DÓRICA clás-sica situado no FRISO. Na sua face possuidois sulcos talhados em BISE L e em cadaum dos cantos uma semicanelura, soman-do ao todo três CANELURAS. Na ARQUITETURACLÁSSICA era disposto no friso em cima decada coluna intermediária e nos ângulosdo edifício. Foi utilizado em alguns prédiosem estilo ECLÉTICO.

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TRINCARachadura em elementos formados poralvenaria. Freqüentemente é decorrentede RECALQUE na construção ou infiltraçãode água.

TRINCHA1. Pincel espalmado e chato usado parapassar verniz e tinta à base de água emparedes e muros. 2. Variedade de FORMÃO

usada por carpinteiros e marceneiros noacertamento de peças de madeira circu-lares. 3. Ferramenta formada por uma has-te de FERRO FORJADO adelgaçada na ponta.Introduzida entre dois pregos, é usadacomo alavanca para levantar TÁBUAS.

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TRINCO / TROMBA

TRINCO1. Genericamente, qualquer pequena FER-

RAGEM utilizada para trancar esquadrias,como TARJETAS e TRANQUETAS. 2. Peça dafechadura que, quando a esquadria é fe-chada, entra na fenda da CHAPATESTA porsimples pressão, mas para sair da fendanecessita do manuseio de chave. 3. Pe-queno dispositivo metálico usado em por-tas para aumentar sua segurança.

1.

liI TRíPTICOObra de pintura constituída por três PAI-NÉIS justapostos de motivo único. Usual-mente, o painel central é mais largo e osdois laterais podem ser dobrados sobre odo meio. Seu emprego é mais comum emigrejas.

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TRalHA1. Instrumento parecido com uma pá usa-do por pedreiros para servir-se da ARGA-

MASSA enquanto esta é assentada nas AL-VENARIAS.É usada também para DESEM-

PENAR REBOCOS. O reboco alisado com atralha é chamado reboco a tralha. 2. Omesmo que meia-colher. Ver Meia-Co-lher.

1.

liI TROMBAParte alongada das chaminés, que se er-gue acima do CORPO da construção, pelaqual encaminha a fumaça para fora delareiras, fogões ou churrasqueiras.

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Page 331: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

o PA/TUBO

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TROMPA

Ver Pendente.

TRONONas igrejas, PEDESTAL colocado no CAMA-

RIM dos RETÁBULOS para exposição de ima-gem ou crucifixo. Em igrejas mineiras doséculo XVIII, comumente apresenta formade cântaro ou degraus.

TRÓQUILOQualquer MOLDURA côncava.

1/2" e 2 1/2". O tubo de PVC rígido de pon-ta e bolsa é comumente usado em esgo-tos. Tem diâmetro que varia de 40 mm a150 mm. O tubo de PVC flexível é empre-gado em instalações de água e életrica. Étambém chamado cano.

TUBOCano metálico ou de plástico usado nasinstalações hidráulica, sanitária, de gás eelétrica. Existe uma grande variedade detubos. Comumente é feito de CHUMBO, FER-RO FUNDIDO, FERRO GALVANIZADO, CIMENTO-

AMIANTO ou PVC. O tubo de chumbo, maisfreqüentemente chamado cano de chum-bo, é usado em instalações de água, es-goto e gás. Tem preço elevado e é difícilde trabalhar. Seu diâmetro varia de 1/4" a4". O tubo ou cano de ferro galvanizadopossuem as mesmas desvantagens dotubo de chumbo. Em geral, tem roscas nassuas extremidades. É indispensável nacanalização de água quente, vapor, arcomprimido e outros casos em que a pres-são seja muito grande. Seu diâmetro va-ria de 3/8" a 6". O tubo de ferro fundido éusado para esgoto ou água. Em geral,resiste bem à ferrugem. É rígido, não po-dendo ser dobrado como os de ferro gal-vanizado, chumbo, cobre, latão e plásti-co. Em geral, é de PONTA E BOLSA e possuidiâmetro entre 2" e 6". O tubo de cimento-amianto é barato e fácil de cortar. Podeser usado em canalizações de esgotoexternas, ventilação e como ELETRODUTO.

Seu diâmetro varia de 50 mm a 300 mm.O tubo de plástico, de PVC, é o mais usa-do, pela facilidade com que pode ser tra-balhado é por seu baixo custo. Pode serrígido com junções roscadas, rígido deponta e bolsa ou flexível. O tubo de PVCrígido e roscado é comumente usado paraágua fria. Tem diâmetro variável entre

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TUBO DE QUEDA / TÚMULO

TUBO DE QUEDANas instalações de esgotos, tubulaçãovertical que recebe esgotamento do vasosanitário e do RALO SIFONADO em cadapavimento. Na parte inferior é ligado a umaCAIXA DE INSPEÇÃO. Sua parte superior,acima do primeiro esgotamento, isto é, doúltimo pavimento, passa a ser ventilador.Só é necessário quando o prédio possuivaso sanitário a partir do segundo pavi-mento. Pode ser feito de FERRO FUNDIDOou PVC.

TUBULAÇÃOConjunto de tubos e CONEXÕES que for-mam uma rede em instalações hidráuli-cas, sanitárias, elétricas, de gás ou espe-ciais.

fi] TUBULÃOFUNDAÇÃO PROFUNDA feita com auxílio deum tubo de AÇO ou CONCRETO de grandediâmetro. O tubo vai sendo cravado nosolo à medida que um operário vai esca-vando no seu interior para sua penetra-ção. Quando o tubo chega na profundi-dade desejada, a base da CAVA é alargadae concretada, servindo de apoio para umaparte da estrutura do prédio. Pode ser feitoa céu aberto ou por pneumático. No últi-mo caso, quando é necessário injetar arcomprimido dentro dele para evitar que aágua entre no seu interior. Em geral, éusado para fundações de grandes cargase em locais onde haja lençol de água.

TUMBAVer Sepultura.

TÚMULOVer Sepultura.

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UMBRAL

Ver Ombreira e Portal.

UNIÃOPeça metálica ou em PVC, rosqueada,com a parte central saliente e sextavada,usada para unir dois tubos nas instalaçõeshidráulicas, sanitárias e de gás. Faz partedas CONEXÕES nas canalizações.

UNIDADE DE VIZINHANÇA

Critério utilizado no urbanismo para divi-são de grupos de prédios residenciais emáreas na cidade. Corresponde a um con-junto de residências geralmente com4.000 a 6.000 habitantes, em função daquantidade de alunos que a escola primá-ria de uma determinada unidade podesuportar. Abrange uma área de aproxima-damente 65 ha, considerada a distânciapossível de ser percorrida a pé por umacriança com segurança e conforto paraatingir sua escola primária. Recomenda-se que a área ocupada pela unidade devizinhança seja cortada apenas por viasde tráfego de circulação limitada. Áreasverdes e de lazer são desejáveis no seuinterior. Além da escola primária é adequa-do que contenha um pequeno centro co-mercial, um centro social e algumas cre-ches. Seus princípios foram elaboradosem 1924 pelo urbanista americanoClarence Perry e adotados pelo movimen-to MODERNISTA.

URBANISMOCiência voltada para a orqanízação, cons-trução e remodelação do espaço urbano.Envolve diversas disciplinas, como legis-lação urbanística, desenho urbano, enge-nharia de transportes e de infra-estrutura.Em geral exige um trabalho de equipeinterdisciplinar. É aplicado tanto ao nívelmacro, de uma cidade ou região, quantoao nível micro, de um bairro da cidade oumesmo de um LOTEAMENTO. Usualmente,os projetos de urbanismo são executadospor órgãos governamentais. O técnicoespecializado em urbanismo é chamadourbanista.

URBANISTA

Ver Urbanismo.

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URDIMENTO / URUPEMA

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URDIMENTO

Em teatros, espaço destinado à movimen-tação das varas da iluminação e de peçascenográficas que, ao descerem, determi-nam para o público o ambiente cênico,pela limitação da zona visual do especta-dor. Seu limite superior é a grelha, estru-tura em que se encontram a? roldanaspara as manobras das varas, e seu limiteinferior é a linha das BAMBOLlNAS.É tam-bém chamado teia.

·URUPEMA

1. ESTEIRAfeita com fibras vegetais usadaprincipalmente na vedação dos vãos deportas e janelas e em BALCÕES.Permiteboa ventilação no interior da construçãoe proteção contra o sol. Através do tempoe em diferentes regiões variou o uso deespécimes vegetais na sua confecção.PALHA,TAQUARAe CIPÓforam usados nasurupemas. Foi empregada principalmen-te em antigas construções do Norte eNordeste. Ainda hoje é utilizada nestasregiões em casas humildes do interior. 2.No Nordeste, o mesmo que gelosia. VerGelosia.

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VALA

Escavação feita no solo, comumente es-treita e longa, para construção de alicer-ces corridos, instalação de canalizaçõesde água, esgoto e gás ou escoamento deáguas pluviais e residuais. As valas daFUNDAÇÃO são locadas logo após a demar-cação do contorno geral da construção.A pequena vala é chamada valeta.

VALA NEGRA

Vala aberta ligada à instalação sanitáriapara escoamento de águas residuais. Éimpróprio seu uso, pois, além de provo-car mau cheiro e ter aspecto desagradá-vel, pode causar doenças.

VALETAVer Vala.

VÁLVULA1. Registro automático usado nas instala-ções hidráulicas, sanitárias ou especiais.Permite controlar o fluxo de água, gás evapor, sem intervenção de força manual.Existem vários tipos de válvula: válvula deretenção, de segurança, de descarga, debóia e de pé, usadas em diferentes locaisda canalização. É fabricada em LATÃO,BRONZE ou FERRO FUNDIDO. 2. Dispositivocomponente do registro que possibilitasua vedação. 3. Pequeno ralo disposto naabertura de cubas, pias, tanques e banhei-ras, por onde escoa a água para a canali-zação sanitária. Faz parte dos metais.

3.

VÁLVULA DE BÓiA

Ver Torneira de Bóia.

1.

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VÁLVULA DE DESCARGA/VÃO CAMPANÁRIO

VÁLVULA DE DESCARGAVÁLVULA que permite um fluxo forte deágua necessário aos VASOS SANITÁRIOS. Emgeral é unida à tubulação do vaso sanitá-rio a uma altura do piso entre 1,10 m e1,30 m. Deve ser instalada em tubulaçãode 1 1/4" no mínimo, sendo preferível de1 1/2", principalmente quando disposta nopavimento mais alto do edifício.

VÁLVULA DE PÉVÁLVULA DE RETENÇÃO de extremidade emtubulações. Em instalações hidráulicas écolocada na extremidade da tubulação desucção dentro das cisternas, mantendocheias a tubulação e a bomba centrífugade recalque, permitindo que a bomba per-maneça escorvada.

VÁLVULA DE RETENÇÃOVÁLVULA que tem por finalidade permitir ofluxo apenas em um sentido, impedindo-o em sentido contrário. Em instalaçõeshidráulicas é usada na coluna de recalqueque leva a água da CISTERNA para a CAIXA-D'ÁGUA.

VÁLVULA DE SEGURANÇAVÁLVULA destinada a aliviar a pressão natubulação toda vez que atinja um valor pe-rigoso. É fabricada ou regulada para de-terminada pressão.

VÃO1. Genericamente, espaço vazio nas pa-redes ou muros. 2. Especificamente, aber-tura em paredes ou muros corresponden-te a portas e janelas. 3. Nos ARCOS,

distância entre os PÉS-DIREITOS.

2.

1.

3.

VÃO CAMPANÁRIOS' eira.

Page 337: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

VÃO CEGO / VARA

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VÃO CEGO

Pano formado em paredes ou muros en-tre as aberturas de portas e janelas.

VÃO LIVRE

Distância entre dois elementos consecu-tivos de sustentacão da estrutura. É me-dido entre suas taces internas. É tambémchamado luz. YÁO i_JURE '/l.õ J,...IVf\E

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VÃO TOTALDistância entre os elementos extremos desustentação da estrutura medida entresuas faces internas.

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VÃO-DO-LARGOVão interno formado pelos RASGOS incli-nados e de maior espessura que os vãosde portas e janelas.

VARA

1. Qualquer pau roliço usado em constru-ções, principalmente nos VIGAMENTOS dostelhados ..Nas antigas construções de TAI-PA-DE-MÃO era freqüentem ente emprega-da como PIQUE. O conjunto de varas emvigamentos ou GRADEADOS é chamadovaramento. 2. Em ALVENARIAS, cada umadas duas faces do tijolo estreitas e com-pridas dispostas lateralmente. 3. Antigamedida de comprimento equivalente a1,10 m.

2.

1.

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Page 338: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

VARAMENTO/VARANDA

VARAMENTOVer Vara.

liImVARANDA1. GUARDA-CORPOem geral vazado com-ponente das PLATIBANDASdo edifício. 2.Guarda-corpo vazado em geral formadopor GRADEAMENTOnas JANELASRASGADASeJANELAS-DE-PÚLPITO.O termo é particular-mente aplicado quando referido àsedificações antigas. A varanda de peque-na altura é chamada varandim. 3. Por ex-tensão, BALCÃOCORRIDOem andar superi-or. O termo é freqüentemente utilizadoquando referido aos prédios mais recen-tes. Nas edificações antigas é usualmen-te referida como balcão corrido ou saca-da corrida. É também chamada varandacorrida. 4. Em antigas edificações, salalarga e comprida, situada nos fundos dacasa, onde eram feitas refeições diárias erealizadas tarefas domésticas. Algumasvezes, este compartimento constituía-seem um ALPENDRE.5. Por extensão, o mes-mo que alpendre. Ver Alpendre. 6. Porextensão, no interior, principalmente noAmazonas e Maranhão e no Sul, sala dejantar nas casas. 7. Por extensão, espaço

. aberto integrado à construção. Pode sercoberta ou descoberta, em pavimento tér-reo ou superior, constituir saliência oureentrância na edificação. Freqüentementeé utilizada como um prolongamento daárea de estar. O termo é aplicado princi-palmente quando referido aos prédiosmais recentes. Quando coberta e em pré-dios mais antigos é também chamada al-pendre. Quando descoberta, principal-mente em andares superiores, é tambémchamada terraço. No Norte, é tambémchamada varandado. A varanda estreita epequena é chamada varandim. 8. Por ex-tensão, no Norte, sala da frente nas casasrústicas.

3.

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Page 339: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

VARANDA

8.

Page 340: Dicionário Ilustrado de Arquitetura - Maria Paula albernaz e Cecília Modesto Lima - Volume 02

VARANDAALPENDRADA/VASO DE DESCARGAREDUZIDA

VARANDA ALPENDRADA

VARANDAcoberta por telhado independen-te do telhado principal do edifício.

VARANDA CORRIDA

Ver Varanda.

VARANDADO

Ver Alpendre e Varanda.

VARANDAS

Ver Galeria.

VARANDIM

Ver Varanda.

VAREDO

Conjunto de VIGOTASde madeira ou ferroque sustentam o RIPADO dos telhados.Quando se constitui em um conjunto deCAIBROSé também chamado caibramento.A colocação do varedo na armação dotelhado é chamada de varejamento equando se trata de caibros, encaibra-mento.

VAREJAMENTO

Ver Caibro e Varedo.

VARETA

Cada uma das FASQUIASou SARRAFOSqueformam uma RÓTULAou uma TRELIÇA.

VASO DE DESCARGA REDUZIDA

VASO SANITÁRIOfabricado especialmentepara diminuir o consumo de água, permi-tindo o controle da quantidade dosefluentes em FOSSASABSORVENTESe FOS-SASSÉPTICAS.Possibilita a implantação deredes com diâmetros inferiores a 10 cm.É empregado comumente em alternati-vas sanitárias econômicas para habita-ção de baixa renda. É também conheci-do por VDA.

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VASO SANITÁRIO

Peça em geral de louça unida às canali-zações de água e esgoto, usada em ba-nheiros e W.Cs. Necessita de um fluxo fortede água para seu funcionamento. A tubu-lação de entrada de água no vaso é usual-mente de 1 1/4" ou 1 1/2", vinda de caixade descarga ou válvula de descarga. Suasaída para a canalização de esgoto co-mumente é feita por tubulação de 4". Suasdimensões mais comuns são: entre 45 cme 55 cm de comprimento, 40 cm de largu-ra e 45 cm de altura. Necessita de umespaço de utilização de 60 cm x 1,10 m.É também chamado bacia e privada, prin-cipalmente no Norte e Nordeste, senti nae, especialmente em Portugal, retrete.

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VAZADO

Atribuição dada a qualquer elemento queapresente recortes ou que seja formadopor peças que se encontrem deixandoespaços vazios entre elas.

VAZIOS

Particularmente em paredes externas, par-te do PARAMENTO com qualquer tipo deabertura, principalmente correspondentea vãos de portas e janelas. O termo éusualmente aplicado referido a fachadasexternas ou composição arquitetõnica emcontraposição ao seu inverso, os cheios,resultantes da total ausência de aberturas.O uso de sistemas estruturais que dis-pensam apoios contínuos como CONCRE-TO ARMADO ou estruturas metálicas pos-sibilitou o acréscimo dos vazios nasedificações.

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VEDO / VENEGLASS

liI VEDO1. Genericamente, qualquer elemento quetenha como função básica a vedação,como TAPUMES,cercas e DIVISÓRIAS.2. Es-pecificamente, o mesmo que folha de por-tas e janelas. Ver Folha.

VEIAVer Veio.

1.

2.

VEIORisca irregular, comprida e estreita emmadeira ou pedras, especialmenteMÁRMO-RES, que difere na cor e na consistênciadas partes adjacentes. É também chama-do veia. ~=S4

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VENEGLASSFOLHAfixa ou móvel de ESQUADRIAScom-posta por placas de vidro com VENEZIANAno meio.

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VENEZIANA/VENTILAÇÃO CRUZADA

VENEZIANA

VEDO constituído por palhetas horizontaisparalelas, dispostas em posição inclina-da de dentro para fora e do alto para bai-xo, de modo a permitir ventilação no inte-rior do edifício, impedir visibilidade eentrada da água de chuva e obscurecero ambiente. Em geral é feita de madeiraou metal. Comumente é utilizada em por-tas ou janelas. Freqüentemente, suaspalhetas são fixas, mas podem tambémser móveis. Generalizou-se seu uso emportas e janelas das edificações brasilei-ras a partir de fins do século XIX, emboratenha sido utilizada desde o início do sé-culo. As primeiras venezianas eram apli-cadas à parte inferior das folhas de jane-las, sendo a parte superior composta porvidro fixo. Nas antigas edificações com-punha janelas ou portas de abrir.Atualmente é também encontrada em JA-.NELAS DE GUILHOTINA, JANELAS DE CORRERou BASCULANTES. As janelas e portas deveneziana devem ter largura mínima de 20cm para que haja espaço para as palhetas.Antigamente era, às vezes, também cha-mada persiana.

VENTILAÇÃO CRUZADA

Alternativa utilizada no projeto arquitetõnicopara amenizar o calor em um ambiente, umcompartimento, uma parte do edifício outoda a edificação. Consiste no estabeleci-mento de correntes de ar por meio de umaestudada localização das aberturas, demodo que ambientes ou compartimentossejam atravessados de ponta a ponta porelas sem criar desconforto para seus usuá-rios. Paredes ou DIVISÓRIAS afastadas doteto, VENEZIANAS, GRADES ou RÓTULAS sãoempregadas, por exemplo, na viabilizaçãoda ventilação cruzada. Seu funcionamen-to depende basicamente de uma orienta-ção adequada do edifício.

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VERGA / VERMICU LlT A

liI VERGAPeça disposta horizontalmente sobre ovão de portas ou janelas sustentando aALVENARIA. Dependendo da forma do vão,pode ser reta ou curva. Atualmente emgeral é feita em CONCRETO ARMADO e ficaembutida nas alvenarias. Em antigasedificações era freqüentemente feita empedra ou madeira. Formava com as OM-BREIRAS, e no caso de janelas, tambémcom o PEITORIL, o ARO do vão. Ficava apa-rente nas alvenarias. Sua forma modifi-cou-se através do tempo. Até meados doséculo XVIII,a maioria das edificações pos-suía verga reta. Aos poucos, foi se tornan-do encurvada. De início, assumiu a formade canga de boi. Em seguida, tornou-seondulada e, mais tarde, em ARCO ABATIDO.

Em meados do século XIX, era comum averga em ARCO PLENO. No final do séculoXIX, tornou-se OGIVAL, em ponta e alteada,de acordo com o estilo da construção.Quando forma o aro do vão é tambémchamada padieira. Às vezes é tambémchamada sobrearco.

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VERGALHÃOBarra de AÇO comprida usada nas ARMADU-

RAS do CONCRETO ARMADO. Comumente temseção circular, mas pode também ser qua-drada, hexagonal, octogonal ou em meia-cana. Em geral é feito com aço laminado aquente. Pode ser também deformado a frio,conferindo ao concreto melhores caracte-rísticas de resistência e aderência. Seusdiâmetros variam de acordo com as espe-cificações do calculista. Usualmente, omais empregado tem diâmetro entre 3/16"e 1". É fornecido comercialmente em va-ras, comumente de 12 m, ou rolos, princi-palmente para diâmetros menores. É tam-bém chamado ferro redondo.

VERMICULlTAMaterial mineral muito leve obtido a partirda MICA. Sua excelente capacidade de iso-lamento térmico permite aumentar a re-sistência ao fogo nos materiais em que éutilizada. É empregada pela indústria daconstrução na fabricação de DIVISÓRIAS eFORROS, tornando-os incombustíveis. Podeentrar na composição de ARGAMASSAS,

aumentando-Ihes sua propriedade isolan-te térmica. As argamassas com vermiculitasão recomendadas principalmente parapisos e LAJES.

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VFRNIZI VERTENTE

VERNIZSolução de resina natural ou artificial emdissolventes apropriados. É usado paraproteger as superfícies de elementos con-tra o ar e a umidade ou Ihes dar brilho.Comumerite é utilizado em superfícies demadeira feito de goma-laca dissolvida emálcool. Consiste em um acabamentoeconômico mas pouco resistente a sol echuva. As superfícies de madeira que re-cebem verniz devem ser limpas e polidascom lixa. Seus pequenos defeitos devemser corrigidos com cera virgem ou pó demadeira aglutinado com cola. Usualmen-te é aplicado com uma BONECA.O vernizpara metal é feito com solução denitrocelulose dissolvida em álcool, éter ouacetato de amido. Passar verniz nas su-perfícies é chamado envernizar. A tarefade passar o verniz é chamada enver-nizamento. A superfície que recebe o ver-niz é dita envernizada.

VERNIZ DA CHINAVer Laca.

VERNIZ DE BONECAVERNIZbastante consistente usado emmarcenaria e aplicado com uma BONECA.Resulta em superfície com muito brilho. Éprincipalmente utilizado em mobiliário.

VERNIZ DE PINCELVERNIZbastante fluido aplicado com pin-cel. Em geral é usado como uma camadade proteção contra o ar e a umidade nasuperfície de madeiras.

VERRUMAPequeno instrumento de ferro formado porum cabo e uma haste, cuja extremidade élavrada em espiral e termina em uma pontaaguda. É usada para abrir furos na ma-deira.

VERTENTEVer Água de Telhado.

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VESTíBULO / VIBRAR

VESTíBULO

Compartimento na entrada dos edifícios.Eventualmente pode também estar situa-do na entrada de um pavimento superiorou de uma ala do edifício com uso dife-renciado. O termo é mais aplicado referi-do às residências. Nos antigos SOBRADOS

era comum situar-se no pavimento térreojuntamente com os compartimentos des-tinados a lojas, depósitos e dependências,em frente à ESCADARIA que dava acessoaos demais compartimentos da residên-cia. Nos prédios de maior porte é maisfreqüentemente chamado saguão.

VESTIMENTAS CENOTÉCNICAS

Conjunto de elementos feitos de tecido outela plástica que complementam o palco.Comumente compreendem PANO DE BOCA,BAMBOLlNAS, rotunda, pernas e ciclorama.

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VIBRADORNo canteiro de obras, equipamento desti-nado a melhorar o adensamento do CON-

CRETO no interior das fôrmas. É compostopor um bulbo, no interior do qual gira umapeça excêntrica movida a motor elétrico.A corrente elétrica produz uma trepidaçãono bulbo transmitida ao concreto. Possi-bilita preencher todos os vazios da fôrmae o total envolvimento da ARMADURA doconcreto. Torna as peças concretadasmais compactas e uniformes.

VIBRAGEM

Ver Concreto Vibrado.

VIBRAR

00 ereto Vibrado.

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VIDRAÇA / VIDRO

VIDRAÇA1. Placa de vidro em geral transparenteusada principalmente em ESQUADRIAS. OSprimeiros prédios que possuíram vidraçasdatam de meados do século XVIII,mas seuemprego só se generalizou nas constru-ções brasileiras a partir de meados doséculo XIX. O elemento que possua vidra-ça é chamado de envidraçado. Dispor vi-draça nos elementos é chamado envidra-çar. 2. Por extensão, elemento comvidraça que vede uma abertura, principal-mente portas e janelas. 3. Por extensão,conjunto de vidraças. É às vezes tambémchamada vidraçaria.

VIDRAÇARIAVer Vidraça e Vidro.

VIDRACEIROVer Vidro.

VIDRARIAVer Vidro.

1.

II I2.

VIDROSubstância frágil e em geral transparenteusada freqüentemente em forma de placasprincipalmente em VIDRAÇAS. Usualmenteé obtido pela fusão e solidificação de umamistura de sílica, carbonato de cálcio epotassa ou soda. Sua principal caracterís-tica é permitir passagem de luz, impedin-do entrada de vento, insetos e poeira. Existeuma enorme variedade de vidros. Em ge-ral tem entre 2 mm e 13 mm de espessura,dependendo de maior ou menor resistên-cia e dimensões da peça no qual é usado.Nas janelas usualmente tem 3 mm de es-pessura e em vãos pequenos, 2 mm.Comumente é incolor, colorido, fumê ouesverdeado filtrante. Pode ser liso ou im-presso. Entre os vidros impressos estão oVIDRO MARTELADO, o vidro canelado, o vidrogranito e o vidro diamante. O vidro impres-so impede que através dele se distinga comperfeição a forma dos objetos. Também éutilizada. para formar blocos ou tijolos devidro, telhas e mais raramente degraus deescada. O oficial que coloca vidros em CAI-XILHOS ou vidraça é chamado de vidracei-ro. O estabelecimento que fabrica vidros échamado de vidraria. O estabelecimentoque vende vidros é chamado vidraçaria.

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VIDRO ARAMADO / VIDRO LAMINADO

VIDRO ARAMADO

VIDRO no qual é introduzida uma malhade arame durante seu processo de fabri-cação, tornando-o mais resistente. É utili-zado em peças de vidro que exijam gran-de segurança e parcial transparência.Pode ser liso ou ter forma ondulada. Usu-almente possui espessura entre 4 mm e10 mm.

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VIDRO BLINDADO

VIDRO DE SEGURANÇA formado por três oumais lâminas de vidro. Comumente é usa-do em BALCÕES de banco, vitrines de joa-lheria ou tesourarias.

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VIDRO CORRUGADO

Placa de vidro com ESTRIAS paralelas. Dei-xa passar os raios solares de modo difusoe evita a visão para o interior.

VIDRO DE SEGURANÇA

Placa de vidro que apresenta como prin-cipal propriedade a capacidade de não es-tilhaçar. Existem vários tipos de vidro desegurança. Pode ser formado por uma oumais lâminas de vidro. Entre os vidros desegurança estão o VIDRO TEMPERADO, o VI-DRO LAMINADO e o VIDRO BLINDADO. Nãopode ser cortado no canteiro de obras.Freqüentemente é usado em portas devidro AUTOPORTANTES, PARAPEITOS e VIDRA-ÇAS de prédios de muitos pavimentos.

VIDRO LAMINADO

VIDRO DE SEGURANÇA formado por duaschapas separadas por uma camada de ardesidratado, impedindo seu embaça-mento interno. Oferece excelente isola-mento térmico e acústico. Seu custo ébastante elevado. É indicado para aero-portos, estúdios de rádio e televisão, es-tações telefônicas e laboratórios. É mui-tas vezes usado em prédios suntuosos emgeral comerciais de muitos pavimentos.

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VIDRO MARTELADO/VIDRO TEMPERADO

VIDRO MARTELADO

Placa de 'vidro que deixa passar ligeira-mente os raios solares mas não permite avisão através dela. É fabricado em váriostons.

VIDRO OPACO

Placa de vidro que tem em uma das facesretirado o polimento. É usado em com-partimentos que se queira evitar a visãointerna.

VIDRO PLANO

Vidro de melhor qualidade que o comum.No processo de sua fabricação é fundidoe polido, tendo portanto suas duas facesbem lisas.

VIDRO REFLETIVO

VIDROLAMINADOcom acabamento especialque permite refletir os raios solares inci-didos sobre sua superfície. Seu uso resul-ta na possibilidade de aumento de eficiên-cia e economia no ar condicionado. Emgeral é usado em prédios de escritórios quepossuam panos de vidro na fachada.

VI DROTEM PERADO

VIDRO DESEGURANÇAformado por uma lâ-mina que recebe simultaneamente doisjatos de ar frio a altíssima temperatura,tornando-o muito elástico e resistente.Resiste muito bem a impactos e esforçosde FLEXÃO,TORÇÃOe COMPRESSÃO.Em ge-ral, sua espessura varia de 4 mm a:7 mm.Comumente é usado em portas de vidroAUTOPORTANTES,VIDRAÇASde prédios devários pavimentos, SHEDS, CLARABÓiASeLANTERNINS. É também conhecido porblindex por ser este o tipo mais comumdos vidros temperados.

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VI OROTI L / VIGA INVERTI OA

VIDROTIL

Cada uma das peças de VIDRO OPACO co-lorido, elaborado por processo artesanal,empregado na confecção de MOSAICOvidroso. Apresenta extrema durabilidadee possibilidade de efeitos decorativos.Possui alta resistência à poluição. Podeser usado em pisos e paredes. E aplicadosobre base áspera e rígida e MASSA deassentamento de 4 mm de espessura emparedes e 15 mm em pisos. Seu nome temorigem em uma marca de mosaicovidroso. Originariamente era chamadotéssera.

1.

VIGA

1. Genericamente, qualquer elemento es-trutural que trabalhe à FLEXÃO. Em geral édisposta no sentido horizontal. Principal-mente quando feita de madeira ou ferroou referida às antigas construções é tam-bém chamada trave. 2. Na estrutura geraldo edifício, elemento disposto comumentena horizontal que trabalhe principalmenteà flexão e transmita as cargas aos PILARES.Em CONCRETO ARMADO tem usualmente 15cm ou 20 cm de largura e 30 cm ou 40 cmde altura. Pode ser engastada, biapoiada

. ou contínua. 3. Peça de madeira de seçãoretangular. Possui espessura igualou su-perior a 2" e largura entre 4" e 8".

VIGA INVERTIDA

VIGA disposta na estrutura de modo quesua altura forme um ressalto sobre a LAJE

do piso, estando alinhada com a sua su-perfície inferior.

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VIGA MESTRA / VIGNOLESCO

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VIGA MESTRAVIGAprincipal do VIGAMENTO.A estruturado edifício ou de parte da edificação temusualmente mais de uma viga mestra.

VIGAMENTOConjunto de VIGASque formam a estrutu-ra de um edifício ou de parte da edificação.Quando em madeira é também chamadomadeiramento, principalmente quando re-ferido às peças do telhado. Principalmen-te quando referido às vigas de um deter-minado elemento como telhado ouSOALHOou referido às antigas construçõesé também chamado travejamento.

VIGIAElemento originário de FORTIFICAÇÕES,uti-lizado em edificações NEOGÓTICASou pi-torescas.

VIGNOLESCOGosto arquitetônico desenvolvido pelosseguidores do arquiteto venezianoGiacorno da Vignola (1507-73). Sua obratrata basicamente da utilização das cincoORDENSCLÁSSICASna arquitetura. No Bra-sil é difundido por engenheiros e mestres-de-obras italianos chegados a São Paulono final do século XIX, sendo de inícioempregado por empreiteiros locais e pos-teriormente adotado no Liceu de Artes eOfícios, onde na época se formavam osprofissionais da construção.

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VIGOTA/VILA OPERÁRIA

liI VIGOTA

1. Peça de CONCRETO, MADEIRA ou metal,disposta na horizontal ou inclinada, desti-nada a auxiliar na sustentação ou travaçãode um elemento da construção. Diferen-cia-se da viga pelas suas menores dimen-sões, que a impossibilitam de fazer parteda estrutura geral do edifício. 2. Peça demadeira de seção retangular. Possui es-pessura entre 1,5" e 3" e largura entre 3" e4,5". É também chamada sarrafão.

2.

1.

~[ilÜlVILA1. Conjunto de casas enfileiradas voltadaspara rua ou PÁTIO particular. Em geral; suasunidades residenciais ocupam um LOTE deigual dimensão e, quando de sua cons-trução, possuíam as mesmas característi-cas formais. É um tipo de habitação origi-nário das antigas AVENIDAS. No Rio deJaneiro teve presença marcante nas dé-cadas de 20 e 30. 2. Residência de cons-trução apurada, em geral de maior porte,em centro de terreno e com jardim. O ter-mo tem sua origem nas antigas casas decampo construídas nos arrabaldes de ci-dades italianas. No Rio de Janeiro, no iní-cio deste século, foram construídas -algu-mas vilas, freqüentemente em estiloECLÉTICO ou ART-NOUVEAU.

2.

VILA OPERÁRIA

Conjunto arquitetõnico constituído princi-palmente por casas de padrão modestoconstruídas para operários de um determi-nado estabelecimento fabril ou para clas-ses trabalhadoras. Muitas vezes possui,além das unidades residenciais, prédiosdestinados a serviços comunitários, comocreche, armazém e igreja. Surgiu em fi-nais do século XIX, freqüentemente cons-truída por proprietários de indústrias parapermitir fácil acesso às fábricas e maiorcontrole dos operários. Em geral, sua cons-trução era incentivada e regulamentadapelo governo, cujo interesse estava volta-do para a moral e higiene da habitação.Algumas vilas operárias foram TOMBADAS

por órgãos de preservação. Exemplos: VilaOperária da antiga Fábrica Confiança, VilaIsabel, Rio de Janeiro, RJ; Vila Operáriada antiga Fábrica Cia. Petropolitana da

ascatí a, etropótis, RJ.

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VILlNO/VISTA

.rnlriliilVILlNOResidência de construção apurada erguidaem São Paulo e Rio de Janeiro em finaisdo século passado e início deste. Corres-ponde à vila italiana de menores propor-ções. Em geral possuía planta simétrica,poligonal ou ovalada. Exemplo: casa na ruadas Laranjeiras n029, Rio de Janeiro, RJ.

VINíLlCOMaterial termoplástico, impermeável, usa-do em pisos. É encontrado comercialmen-te em placas, usualmente de 30 cm x 30cm. As placas de vinílico são coladas so-bre superfícies regularizadas com ARGA-MASSA à base de PVA, ou seja, de CIMEN-TO, água e cola branca. É muito usado emcompartimentos utilizados por crianças.

VIROLAPequeno aro metálico e chato para apertarou cingir uma peça da construção ou ser-vir de reforço na união entre duas peças.

VISORVer Olho Mágico.

~ VISTANo desenho arquitetônico, projeção verti-cal de um dos lados da edificação, departe desta ou de elemento ou peça daconstrução. O termo é mais aplicadoquando referido a parte da edificação ouelemento ou peça da construção. Comu-mente encontra-se no projeto arquite-tônico em pranchas de detalhes. A vistados lados externos do edifício é maisfreqüentemente chamada fachada, alça-do ou elevação.

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VITRAL/ vôo

liI VITRAL

VIDRAÇA composta por pedaços de vidrode diversas cores, desenhados e rejun-tados com varetas de chumbo ranhuradas,formando um painel decorativo. Em geralé elaborado e executado por artista.Freqüentemente é usado em igrejas. Al-guns dos antigos prédios em estilo ECLÉ-TICO possuíam vitrais.

VOAMENTO

Ver Capialçado.

VOLTA-DE-DENTRO

Ver Sobrearco.

liI VOLUTA

ORNATO de forma espiralada. Freqüen-temente é encontrada em CAPITÉIS de CO-LUNA ou no COROAMENTO de FRONTÕES. É acaracterística principal do capitel da CO-LUNA JÔNICA. Na ARQUITETURA CLÁSSICA, opequeno disco onde tem início a voluta échamado olho da voluta e a sua espiral étambém chamada enrolamento.

*~OLHO

VOLUTA CHANFRADA

VOLUTA cujas circunvoluções são separa-das por um pequeno espaço, muitas ve-zes decorado.

VOLUTA REENTRANTE

VOLUTA cuja espiral é côncava.

VOLUTA SALIENTE

VOLUTA cuja espiral sai para fora do pru-mo do elemento que ornamenta.

VÔO

Ver Capialçado.

I

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W.C.

Pequeno compartimento provido de umVASO SANITÁRIO ligado às instalações deágua e esgoto. Eventualmente contémtambém um pequeno LAVATÓRIO. Minima-mente, ocupa uma área de 80 cm x 120cm quando sua porta é aberta para fora.Principalmente em Portugal é tambémchamado retrete.

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XADREZ

Ver Grelha.

XILÓFAGO

Atribuição dada aos insetos que fazem damadeira o seu habitat, inutilizando-a. MA-DEIRAS BRANCAS estão sujeitas à ação deinsetos xilófagos.

XINXARELVer Chincharel.

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ZARCÃO

INDUTO obtido industrialmente pela dilui-ção do MíNIOem óleo, resultando em ummaterial cor de laranja ou de tijolo muitovivo. É muito usado na primeira DEMÃOdepintura em elementos ou peças de FERROou AÇO pela sua resistência à FERRUGEM.

ZIMSÓRIO

Superfície que cobre e arremata externa-mente as CÚPULASde edifícios. O termo émais aplicado quando referido a prédiossuntuosos. É também chamado domo.Exemplos: Igreja de Nossa Senhora daCandelária, Rio de Janeiro, RJ; Faculda-de de Direito da Universidade Federal dePernambuco, Recife, PE.

ZINCO

Metal de cor branco-acinzentada quequando polido apresenta brilho. É muitomaleávelà temperatura média. Comu-mente é usado na forma de chapas emcoberturas, sendo então chamado TELHADEZINCOou folha de zinco. A telha de zin-co é muito usada em GALPÕES.Tem aindaemprego freqüente no revestimento depeças e elementos de FERROou AÇO, peloprocesso de GALVANOPLASTIA.Protege oaço e o ferro contra a oxidação, tornando-os mais resistentes à corrosão. O mate-rial resultante é chamado de ferro ou açogalvanizado, usado muitas vezes em en-canamentos.

ZINGAMOCHO1. Remate de ZIMBÓRIO.2. Por extensão, omesmo que grimpa. Ver Grimpa.

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ZIPAGEM / ZORRA

ZIPAGEMProcesso de fixação de TELHAS METÁLICASem coberturas. Possibilita dilatação livredas telhas e baixíssimo caimento do te-lhado, cerca de 0,9%. Consiste na uniãode uma telha à outra por meio de VI ROLA,

ou seja, as bordas das telhas ficam justa-postas.

ZONAVer Zoneamento.

ZONEAMENTOInstrumento utilizado pelo planejamentourbano para dividir a cidade em setores.ou zonas diferenciadas. Em geral é esta-belecido em planos urbanísticos ou outrosregulamentos municipais. Especifica pri-mordialmente os usos reservados paracada setor. Sendo assim, comumente adenominação de cada zona refere-se à fi-nalidade a que se destina, por exemplo,zona comercial e zona residencial. Podemser utilizados outros critérios, além do uso,na distinção entre zonas, como ambientenatural e cultural. Na legislação urbanísti-ca, usualmente determina, além do uso,condições para edificação, como númerode pavimentos máximo e índice de apro-veitamento do terreno permitidos.

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ZORRA1. Carreta baixa, com quatro rodas, usa-da no transporte de materiais muito pesa-dos, como blocos de pedra ou TOROS demadeira. 2. Aparelho sem rodas, em ge-ral feito de tronco bifurcado, usado paraarrastar grandes pedras ou outros mate-riais muito pesados.

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