Diário do Comércio - 14/08/2013

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R$ 1,40 www.dcomercio.com.br São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2013 Ano 87 - Nº 23.935 Jornal do empreendedor Conclusão: 23h40 Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 9 3 5 Ônibus com escala em Gaza. Rumo à paz. O governo de Israel libertou ontem 26 presos palestinos como gesto de boa vontade para as negociações de paz, que recomeçam hoje em Jerusalém, com a bênção dos Estados Unidos. Pág. 11 Viu só como você precisa de proteção? O alto Kerry, secretário de Estado dos EUA, disse ao baixo ministro Patriota que espionagem digital protegeu o Brasil. Pág. 10 US$ 1 milhão no tiro certeiro dos quadrinhos Autor vendeu 2 Guns por uma ninharia, mas ficou milionário com a versão para o cinema (Dose Dupla). Pág. 24 Até o último centavo Agora na ofensiva, o governador quer indenização "centavo por centavo" da Siemens. E lembra: o cartel também deve ter agido junto a órgãos federais, não só SP. Pág. 5 ESPECIAL Plugado e high-tech: o Brasil 2016. A evolução do Homo brasilis computerus Alckmin vai processar a Siemens Ontem: Hospital Sírio-Libanês quase foi invadido. Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Suhaib Salem/Reuters Ueslei Marcelino/Reuters Manifestações devem parar a Cidade a partir das 15h

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Ano 87 - Nº 23.935 - Quarta-feira, 14 de agosto de 2013

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R$ 1,40

www.dcomercio.com.br São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ano 87 - Nº 23.935 Jornal do empreendedor

Conclusão: 23h40

Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23935

Ônibus comescala em Gaza.

Rumo à paz.O governo de Israel libertou ontem 26

presos palestinos como gesto de boavontade para as negociações de paz, que

recomeçam hoje em Jerusalém, com abênção dos Estados Unidos. Pág. 11

Viu só comovocê precisa de

proteção?O alto Kerry, secretário de Estado dos EUA,

disse ao baixo ministro Patriota queespionagem digital protegeu o Brasil. Pág. 10

US$ 1 milhão

no tirocerteiro dos

quadr inhos

Autor vendeu 2 Guns

por uma ninharia, mas

ficou milionário com a

versão para o cinema

(Dose Dupla). Pág. 24

Até o último centavoAgora na ofensiva, o governador quer

indenização "centavo por centavo" da Siemens.E lembra: o cartel também deve ter agido junto

a órgãos federais, não só SP. Pág. 5

ESPECIALPlugado e high-tech:

o Brasil 2016.

A evoluçãodo Homob ra s i l i scomputer us

Alckmin vaiprocessar a

Siemens

Ontem: HospitalSír io-Libanês

quase foi invadido.

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Suhaib Salem/ReutersUeslei Marcelino/Reuters

M a n i fe s t a ç õ e sdevem parar a Cidadea partir das 15h

quarta-feira, 14 de agosto de 20132 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Quando se fala na inapetênciagerencial do governo – umeufemismo para definir sériosproblemas na hora de fazer as

coisas, de tirar ideias e discursosdo papel – o Planalto se sente

agastado, com os brios feridos.

opinião

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Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de Camargo TicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

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O governo teve uma boa desculpa agora para alterar mais uma vez os planos do trem bala.José Márcio Mendonça

PROJETOS DO GOVERNOEM BANHO-MARIA

JOSÉ MÁRCIO

MENDONÇA

DA informação, pu-blicada na segun-da-feira pelo jornalValor Econômico é

estarrecedora, para dizer omínimo: por erros de projeto ede planejamento, a energiaque já começou a ser produzi-da nas usinas do Rio Madeiranão poderá ser aproveitadaimediatamente nas regiõesfora da Amazônia.

Como os equipamentos desegurança utilizados não sãocompatíveis entre si, o risco éque, com as transmissões pa-ra longe, as turbinas queimeme haja um grande curto-circui-to. Segundo a reportagem,desde 2010 as autoridades jásabem do problema, mas sóagora se tornou conhecido fo-ra de um pequeno círculo deeletrocratas. Na melhor dashipóteses o problema só serácorrigido no fim do ano.

Odistúrbio de planeja-mento no Rio Madeiraguarda grande seme-

lhança com outro na mesmaárea de energia, revelada háalguns meses: a produção deum enorme volume nas usi-nas eólicas no Nordeste atéhoje não chegou aos consu-midores porque, simples-mente, as linhas de transmis-são não foram construídas.Tudo isso em um país que, pa-ra evitar apagões, está utili-zando, a plena capacidade, asusinas térmicas, a diesel, gáse carvão, mais caras e maispoluentes do que as estão em"fogo morto" por culpa da in-cúria oficial.

Por coincidência, além darevelação da falta de planeja-mento em um dos mais impor-tantes projetos energéticosdos governos Lula da Silva/Dil-ma Rousseff, o ministro dosTransportes, Cesar Borges, e opresidente da Empresa Brasi-leira de Logística (EPL), Ber-

nardo Figueiredo – um com acara mais constrangida que ooutro – deram entrevistas emBrasília para anunciar que ogoverno adiou por um ano,mas sem data certa, o leilão deconcessões do trem bala(Trem de Alta Velocidade)que, um dia, deverá unir Cam-pinas, São Paulo e Rio de Janei-ro por trilhos. A divulgação doedital seria depois de amanhãe o leilão de concessão ocorre-ria em setembro.

Aideia do governo, dis-serem os dois tecno-cratas elétricos, será

realizar nova rodada em 2014,para que as obras sejam inicia-das imediatamente e estejamconcluídas em 2020, de acor-do com o último cronogramatraçado pela presidente DilmaRousseff, depois de dois fra-cassos de leilões anteriores.

Inicialmente, o trem bala foiplanejado para ser usado du-rante a Copa do Mundo de2014. Vistas as primeiras difi-culdades, o prazo foi estendi-do para a Olimpíada de 2016.

O TAV entrou nos planos deLula em 2007 e foi depois foiabraçado pela presidente Dil-ma Rousseff como o grandeprojeto de seu governo, a mar-ca dos tempos dilmistas. Amarca de Lula – que deveriaestar funcionando plenamen-te ao fim do mandato dele, em2011, mas até hoje rateando –

é a transposição do Rio SãoFrancisco. No ritmo em que acarruagem está indo, a obranão ficará totalmente prontanem ao final deste mandato deDilma Rousseff.

Ogoverno teve uma boadesculpa agora – o am-biente econômico,

que afastou alguns possíveisconcorrentes – para alterarmais uma vez os planos dotrem bala. Porém, quando seobserva toda a novela do TAV,iniciada há seis anos, com idase vindas, mudanças de pla-nos, mudanças de modelo denegócios, alterações de cro-nogramas, alterações no cus-to total da obra (começou comcerca de R$ 14 bilhões, o go-verno já admite algo como R$35/36 bi e os especialistas es-timam que será mais de R$ 50bi) tem-se um retrato mais doque bem acabado do improvi-so e da incapacidade oficial deplanejar e de executar bem as

coisas. Até hoje não existe umprojeto de engenharia deta-lhado, que permita realmentefazer um cálculo mais detalha-do da obra.

Segundo disse BernardoFigueiredo, o governovai aproveitar este in-

terregno de tempo criado peloadiamento para contratar aelaboração de um projeto deengenharia mais específico.

Quando se fala na inapetên-cia gerencial do governo (naverdade, um eufemismo paradefinir sérios problemas nahora de fazer as coisas, de tirarideias e discursos do papel)normalmente o Palácio do Pla-nalto se sente agastado, comos brios feridos.

Aempre que pode, nasinaugurações que rea-liza pelo País, a presi-

dente responde a essas críti-cas bem a seu estilo – com ira econtundência. Porém, o casoagora revelado da energia doRio Madeira e o caso do trembala mostram que a realidadeé bem outra. Como, aliás,mostra o plano de concessõesna área de logística, de maisde R$ 100 bilhões, com leilõesde ferrovias, rodovias, portos,aeroportos. O plano foi mar-queteado, ao melhor estilo ofi-cial, em agosto de 2012, isto é,exatamente um ano atrás. Atéagora, nada foi leiloado. Pro-metem-se os primeiros leilõespara setembro. Há que espe-rar para crer.

Tanto quanto um choque deconfiança, receitado por al-guns analistas para que DilmaRousseff recupere seu prestí-gio junto à opinião popular, ogoverno está precisando mes-mo, nesse momento, é de umchoque de gestão.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

ARNALDO NISKIER

UM ACADÊMICOABENÇOADO

"Precisamosmuitoconversar."

"Vamos pediràs nossas esposas quemarquem um jantar."

Dois dias antes defalecer, de formasurpreendente, foi esseo último diálogoque mantive com oacadêmico Luiz PauloHorta, no chá da ABL, naúltima quinta-feira.

Era uma figura doce,de fala mansa, comuma extraordináriacapacidade de elaborareditoriais e críticasmusicais para o jornalO Globo, onde trabalhavahá mais de vinte anos.

Conhecemo-nosainda nos tempos do

Jornal do Brasil. A suapersonalidade eraa mesma, e, segundoconfessava, só tinhamenos experiência. Foium crítico atento aostrabalhos da Secretariade Estado da Educaçãoe Cultura, no período1979-1983, observandocom rigor e sabedoriatoda a sua programaçãode óperas, balés econcertos nacionais einternacionais.

Tinha sempre umapalavra de incentivo, amaior das quais foi no diaseguinte ao término domeu mandato, quandoescreveu o generosoeditorial intitulado"Missão cumprida".

Apreciou todas astemporadas, reservandoum destaque especialpara a ópera Tristão eIsolda, de quatro horasde duração, com ofamoso tenor JohnVickers. Revelou quedificilmente, em qualqueroutra parte do mundo,far-se-ia coisa melhor.

Horta trouxe maisvida à Academia

Brasileira de Letras.Integrando a diretoria,realizou uma sériecompetente de sarausartísticos, valorizandoa música de câmera.Ainda na semanapassada, a pianistaCarol Murta Ribeiro fezum magnífico concerto,exaltando a obra deChopin, uma das paixõesde Luiz Paulo Horta, que,aliás, era também umexímio pianista.

Num dos seus alegresjantares, em companhiada esposa Ana Cristina,serviu de sobremesaum concerto docompositor polonês. Foiuma grande emoção.

Nas últimassemanas, Horta

trabalhou muito. Foi oprincipal redator da visitado Papa Francisco ao Riode Janeiro, confessandono jornal que "cada um de

nós deveria se sentir umelo nessa correntedo amor." Escreveudiversos pensamentosfranciscanos, pugnandopela igualdade de todos erevelando o seu ladomístico-religioso: apaixão pelos pobres.

Sempre foi coerentenos seus juízos e meperguntou se euatentara para as seguidasreferências à sabedoriajudaica, de que eraprofundo conhecedor.Elogiei suas lembrançasdo rabino de Bratislava.

Horta colocou emprática o pensamento doPapa João Paulo II:"Devemos prestar maisatenção no que dizemos nossos irmãos maisvelhos, os judeus." Tinhaespírito ecumênico e por

Ministro dos Transportes, Cesar Borges, anuncia adiamento do leilão de concessões do trem bala, projeto que não conseguiu decolar ainda.

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Luiz Paulo Horta:acadêmico e jornalista

isso mesmo era aindamais respeitado.

Lembro da suaemoção ao contar,

na Academia, comose comovera aoreceber, em Juiz deFora, a medalha daInconfidência: "Todaa família do meu paiera mineira."

Luiz Paulo Hortaera muito religioso. Cedoperdeu a sua primeiraesposa, a professoraCecília. Agora, com asolidariedade de nóstodos, deixa, antes decompletar 70 anos, a vidaterrena e vai para o céudos justos. Sua atualesposa Ana Cristina, osfilhos, Ana Magdalena,José Maurício (Kiko)e Ana Clara, seus netos eos incontáveis amigosficam com a dor deuma saudade infinita.

ARNALDO NISKIER É INTEGR ANTE

DA AC ADEMIA BR ASILEIR A DE

LETR AS, PRESIDENTE DO CIEE/RJ EP RO F E S S O R DE HISTÓRIA E

FI LO S O F I A DA EDUC AÇÃO

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião COMUNISMONÃO MORREU: ESTÁ MAIS FORTE DO QUE NUNCA, SOBRETUDO NA AMÉRICA LATINA.

Estudar antesde falar

OLAVO DE CARVALHO

PAULO SAAB

DEMAGOGIA NO T R Â N S I TO

A mais recentedemagogiaocorre em SãoPaulo, onde ogoverno petista, atítulo de priorizaro transportepúblico, estápiorando otrânsito dacidade.

Ocaminho mais cur-to para a destrui-ção da democraciaé fomentar o ban-

ditismo por meio da cultura etentar controlá-lo, em segui-da, pelo desarmamento civil.A esquerda nacional tem tri-lhado coerentemente essadupla via há pelo menos cin-co décadas, e sempre soubeperfeitamente qual seria oresultado: o caos social, se-guido de endurecimento doregime se ela estiver no po-der, de agitação insurrecio-nal se estiver fora dele.

Essa estratégia é antiga,clássica, imutável, mas ospretextos com que se legiti-ma conforme as conveniên-cias do momento têm sido va-riados o bastante para des-nortear a plateia, que se en-trega a animadas e às vezesferozes discussões sobre ospretextos mesmos e nuncaatina com a unidade do proje-to por trás deles. Às vezes,como acontece no Brasi l ,nem chega a perceber queentre as duas vias simultâ-neas existe alguma relação.

Pessoas mentalmente co-vardes vendem a mãepara não correr o risco de

ser rotuladas de "teóricas daconspiração". Rebaixam-seao ponto de defender deunhas e dentes a "teoria daspuras coincidências", segun-do a qual as ações acontecemsem autores.

Imaginem então o medoque essa gente tem de reco-nhecer algo que no resto domundo já é obviedade paten-te: que o comunismo não mor-reu em 1990, que está hojemais forte que nunca, sobre-tudo na América Latina. Trezeanos atrás, quando Jean-Fran-çois Revel publicou seu últimolivro, La Grande Parade, nin-guém na Europa ou EstadosUnidos o contestou quanto aesse ponto, que no Brasil ain-

da é um segredo esotérico.Há até quem negue que Dil-

ma ou Lula sejam comunis-tas, mas faz isso porque nãosabe exatamente o que é umcomunista e, como em geralos liberais, imagina que équestão de ideais e ideolo-gias. Na verdade, um sujeitoé comunista não porque creiaem tais ou quais coisas, masporque ocupa um lugar numaorganização que age comoparte ou herdeira da tradiçãorevolucionária comunista,com toda a pletora de varie-dades e contradições ideoló-gicas aí contida.

Aunidade do movimentocomunista, sobretudodesde Antonio Grams-

ci, da New Leftf americana e doremanejamento dos partidoscomunistas após a dissoluçãoda URSS, é mais de tipo estra-tégico do que ideológico.

Na verdade, esse movi-mento, cuja extinção a quedada União Soviética pareciaanunciar como iminente einevitável, conseguiu pros-perar e crescer formidavel-mente desde o começo dosanos 90 só porque abdicou detoda autodefinição doutrinalhomogênea e aprimorou atécnica de articular numaunidade de ação estratégicaas mais variadas correntes edissidências cuja convivên-cia era impossível até então.Convicções, portanto, since-ras ou fingidas, não têm aí amais mínima importância.

Para um sujeito falar com al-guma propriedade sobre o

movimento comunista, deveantes ter estudado as seguin-tes coisas:

(1) Os clássicos do marxis-mo: Marx, Engels, Lênin, Stá-lin, Mao Dzedong.

(2) Os filósofos marxistasmais importantes: Lukács,Korsch, Gramsci, Adorno,Horkheimer, Marcuse, Lefeb-vre, Althusser.

(3) Main Currents of Marxism,de Leszek Kolakowski.

(4) Alguns bons livros de his-tória e sociologia do movimen-to revolucionário em geral, co-mo Fire in the Minds of Men, deJames H. Billington, The Pursuitof the Millenium, de NormanCohn, The New Science of Poli-tics, de Eric Voegelin.

(5) Bons livros sobre a histó-ria dos regimes comunistas,escritos desde um ponto devista não-apologético.

(6) Livros dos críticos maiscélebres do marxismo, comoEugen von Böhm-Bawerk,Ludwig von Mises, RaymondAron, Roger Scruton, NicolaiBerdiaev e tantos outros.

(7) Livros sobre estratégia etática da tomada do poder pe-los comunistas, sobre a ativi-dade subterrânea do movi-mento comunista no Ocidentee principalmente sobre as"medidas ativas" (desinfor-mação, agentes de influên-cia), como os de Anatolyi Golit-syn, Christopher Andrew, JohnEarl Haynes, Ladislaw Bitt-man, Diana West.

(8) Depoimentos, no maiornúmero possível, de ex-agen-tes ou militantes comunistasque contam a sua experiênciaa serviço do movimento ou degovernos comunistas, comoArthur Koestler, Ian Valtin, IonMihai Pacepa, Whit takerChambers, David Horowitz.

(9) Depoimentos de alto va-lor sobre a condição humananas sociedades socialistas,como os de Guillermo CabreraInfante, Vladimir Bukovski,Nadiejda Mandelstam, Ale-

xander Soljenítsin, RichardWurmbrand.

Éum programa de leituraque pode ser cumpridoem quatro ou cinco anos

por um bom estudante. Nãoconheço, na direita ou na es-querda brasileiras, ninguém,absolutamente ninguém queo tenha cumprido.

Há tanta gente neste paísquerendo dar palpite no as-sunto, quase sempre com aresde sapiência, e ninguém, oupraticamente ninguém, dis-posto a fazer o esforço neces-sário para dar alguma subs-tância às suas palavras.

Nenhum esquerdista ho-nesto o fará sem abjurar dasua crença para sempre. Ne-nhum direitista, sem reco-nhecer que era um presunço-so, um bocó e, em muitos ca-sos, um idiota útil – às vezesainda mais útil e mais idiotado que a massa de manobraesquerdista.

Aesquerda prospera naexploração da igno-r â n c i a , p r ó p r i a e

alheia. Onde quer que elaexerça a hegemonia, imperao mandamento de jamais leras obras de adversários e crí-ticos, mas espalhar versões

deformadas e caricaturaisdas suas ideias e biografias,para que a juventude militan-te possa odiá-los na ilusão deconhecê-los. Universidadesque professam dar cursos demarxismo capricham nesseponto até o limite do controlemental puro e simples.

A direita, bem, a direita cul-tiva suas formas próprias deauto-ilusão, das quais já faleibastante neste mesmo jornal.Talvez volte ao assunto em ou-tro artigo.

OL AVO DE CA RVA L H O É

E N S A Í S TA , J O R N A L I S TA E P RO F E S S O R

DE FI LO S O F I A

Há algumasatitudes de políticos– demagogos,

populistas – que prosperamna vida pública nacional sema correspondente denúnciapor parte de quem sustentatudo isso, o contribuintebrasileiro, melhor definidocomo mero pagadorde impostos, seja elepessoa física ou jurídica.

A mais recente investidademagógica está emandamento em São Paulo,onde o governo municipalpetista, com as rédeas dotrânsito nas mãos de um dosmembros da feliz Tatolândia(são três Tatos mandandoem São Paulo) a títulode priorizar o transportepúblico, está tornando aindamais insuportável o trânsitode veículos na capital.

Para melhorar avelocidade dos ônibus,

implantaram-se, semqualquer estudo de impactona cidade como um todo,corredores de ônibus.Em tese, para privilegiar otransporte coletivo.Digo em tese porque as viasde circulação de carrosforam demarcadas emmenor largura, pondo emmaior risco os motoqueirose afunilando os carros –enquanto a faixa exclusivade ônibus, na maiorparte do tempo, seguevazia. Ou melhor, quase. Osfiscais amarelinhos,

marronzinhos, enfim,a aquarela toda, ficammultando os incautos quecaem na esparrela da faixaúnica que não foi divulgada,não foi assinaladade forma adequada.

Ademagogia estáem tentar mostrar aos

populares que se servem deônibus que os proprietáriosde veículos – sonho deconsumo de quase todosos brasileiros – são osresponsáveis pelo tempoperdido no transporte.A culpa, pois, não é do poderpúblico, que não investeem obras que acompanhemo crescimento da demanda

por carros particulares.A mesma demandaque o governo estimula, atéconcedendo benefíciosfiscais, porque se parar a

produção de veículos, osempregos diminuem muito,assim como os impostos.

O governo apoia oaumento da produção evendas de veículos, que vãopara as ruas, nas mãos decidadãos que economizame se submetem aos jurosaltos para comprar seuscarros e sair do aperto dosônibus. Mas o governonão investe no transportepúblico. Não templanejamento, projeções,nada, a não ser medidastacanhas, punitivas aosproprietários de carros,em busca do voto dosobrigados a andar de ônibusenquanto não têm carro.

Numa demagogiagritante, ataca a produçãode autos de um lado, pelasrestrições crescentes nacirculação, enquanto deoutro lado vai em busca damaior produção e vendas,para obter arrecadaçãoe bons índices industriais.

Éum populismo barato,do tipo: vejam vocês,

pobres, como nós osdefendemos e punimos osque têm carros, por que sãoricos (presunção tambémpopulista), Ou qualquerbobagem nesta linha.O estilo petista de gestãoé o de Maquiavel: dividirpara governar. Jogarpobres contra remediados,enquanto os ricos deverdade não estão nemaí, porque ou andam dehelicóptero ou emveículos blindados e comsegurança particular.

Paralisar mais ainda o

fluxo dos veículos, a títulode favorecer a massa queanda de ônibus é falácia,conversa para boi dormir.

Se os políticos, osgovernantes, não tivessemperdido o bonde da História,se tivessem feito a cidadeevoluir em obras, sejamestruturais ou na áreade metrô e transportespúblicos, a situação nãoteria chegado ao caos atual.

Éimportante frisare peço desculpas ao

leitor pela insistência: amesma mão que estimulaa produção e as vendas é amesma que, de outro lado,esbraveja contra quemcompra seus carros,fazendo demagogia baratacom soluções baratas quecustam caro a todos.

Ninguém diz nada. E ficatudo por isso mesmo. Eles,os membros e adjacentes daTatolândia, posam de heróispopulares para garantir àfamília o voto dos maisnecessitados e ignorantes,

e a população se espremeno mau transporte públicoe/ou fica parada nos carroscomprados para sustentar–mais do que a indústriaautomobilística, tão útilao País, a indústria dosjuros, esta sim, nefastapara o bolso de quem pagaprestação, com ganhospara o mesmo governo.

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo

quarta-feira, 14 de agosto de 20134 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: é a festa da lava-gem da rua 46 e tambémhaverá bonecos deObama, Chaplin e Chuck,o Brinquedo Assassino.

MISTURA FINA

Fotos: Paula Lima

Cubanosàvista

Carase bocas

IN OUT�

Lenço de lapela. Prendedor de gravata.

Bonecos gigantes de Pelé,Ronaldo, Neymar eLampião, no estilo carna-val de Olinda, desfilarão,dia 31 em Nova York.

��� No começo da semana, noJockey Club do Rio de Janeiro,o coquetel de lançamento doprograma Damas da TV, docanal Viva, reuniu grande grupo

de famosas e veteranas da televisão brasileira. Para celebrar os50 anos da telenovela no país, a nova atração do canal entrevis-tará a cada semana, uma atriz de aplaudido currículo na históriado showbiz. Detalhe: todas possuem mais de 40 anos decarreira. Entre tantas, estavam lá, da esquerda para a direta, EvaWilma e Betty Faria; Laura Cardoso e Yoná Magalhães; IreneRavache e Ana Rosa; e Nathalia Timberg e Débora Duarte.

��� Afastada das novelas desdeSalve Jorge, Paloma Bernardiacaba de rodar Lascados – OFilme, com direção de VitorMafra e com Guilherme Fontes

e Angela Dip no elenco, com estréia prevista para fevereiro.Agora, posa para um editorial de moda praia, usando um maiôde recortes de Amir Slama – e exibindo grande forma. Oscliques são de Adriano Dória que também resolveu fazeroutro ensaio com Paloma, cheio de caras e bocas, revelan-do o lado divertido da atriz. E o namoro com o ator a cantorThiago Martins vai bem, obrigado.

Querserdeputado��� Quem dirá: o ex-diretor do Dnit, LuizAntonio Pagot, que deixou o cargo debaixo deuma série de denúncias de irregularidades,deverá se candidatar a deputado federal,no ano que vem, pelo PTB de Mato Grosso.O senador Blairo Maggi, do PR, considera-do o rei da soja, deverá lhe emprestar todas

as condições para uma super-campanha. Maggi até acha quese, Pagot crescer muito nas pesquisas, poderá ser candidato aogoverno de lá. O próprio Blairo, a propósito, também já pensouem ser candidato: só que ainda não resolveu nada.

��� O governo deverá anunciaramanhã a ampliação do programaMais Médicos, com a participaçãode médicos estrangeiros eespecialmente, os cubanos. Só

que o pessoal de Havana não quer ganhar os anunciados R$ 10mil. Pretendem receber, no mínimo, R$ 17 mil, o que o governonão quer pagar porque desfiguraria o foco do Mais Médicos. OPlanalto deverá assinar convênios com os governos de Portugale Cuba e com universidades da Argentina e Espanha. A condiçãobásica para receber a bolsa é enviar os estrangeiros paralugares distantes, para onde os brasileiros não se ofereceram.Mais: como as pesquisas registraram aprovação popular aoprograma, o Congresso já não quer rejeitar a Medida Provisó-ria. Só não abre mão aos estrangeiros de uma rígida avalia-ção. O Planalto não quer: acha que atrasaria o Mais Médicos.

“Adoro programas com obesos, drogados, presidiários e gente comanomalias.”

Bye, bye, Brazil��������������� Um dos grandes investidores no mercado de ações (e umdos grandes freqüentadores de cassinos de Las Vegas e AtlanticoCity), da mesma safra de Naji Nahas e Mathias Machline, LeoKryss, ex-dono da Ewadin, que minguou nas mãos de seu irmão,acaba de se transferir, definitivamente, com sua segunda mulhere quatro filhos (dois casais de gêmeos) desse casamentopara Miami. Há muitos anos, ela foi convertida em Israel.Kryss também opera no Caribe, através de seu Banco Tendên-cia. Quer que sua família viva melhor, sem medo. E levou juntoseu super-jato Gulfstream 650, pelo qual pagou US$ 50 milhões.

Veteranasna guerra

MAITÊ PROENÇA // falando sobre o que gosta de assistir na televisão.

Canção da maconha��� Depois de aparecertotalmente nua num vídeo demeditação, praticando métodoaplicado pela artista sérviaMarina Abramovic, a cantoraLady Gaga revelou no Twitterparte da letra da música MaryJane Holland, produzida peloDJ Madeon, que fala sobre ouso da maconha e que deveráestar de seu novo álbum Artpop.Diz: “Quando eu acendo aschamas e coloco você emminha boca/A grama esquentameu interior e a minha morenacomeça a brotar”. Mary Janeé uma espécie de apelidopopular de marijuana.

COINCIDÊNCIA��� Nomeada por DilmaRousseff em 2011 para umacadeira no Tribunal de Contasda União, com total apoio do PT(e de Lula, claro), Ana Arraes,mãe do governador EduardoCampos, de Pernambuco,acaba de ser sorteada paraexaminar as contas dogoverno Dilma referentes a2013. A tarefa será cumpridaem 2014, por coincidência, anoem que Dilma disputa suareeleição e, quem sabe, tendoo filho da conselheira do TCUcomo um de seus adversários.

Calote geral��� Há menos de um ano, aIgreja Mundial do Reino deDeus, comandada pelo apóstoloValdemiro Santiago, que vendetoalhas e martelinhos da féaté em suaves prestações eassegura que são milagrosos,usava 320 retransmissoras deTV. De lá para cá, todos osmeses, foi encerrando contratosaté ficar com metade delas. Comalgumas emissoras, não renovoue em outras, teve seus programascortados por falta de pagamen-to. Uma delas foi a CNT doParaná, na qual Santiago deuum calote e está sendo cobradona justiça. Nos finais desemana, contudo, ele continuareunindo milhares em seusuper-templo nas imediaçõesde Guarulhos, em São Paulo.

NOVO PARQuem diria: o jogador Alexan-dre Pato, ex-Sthefany Britoe ex-Barbara Berlusconi,de gorro e óculos escuros,devorava uma pizza, na noitede domingo passado, norestaurante A Esperança, emSão Paulo, ao lado da modeloRaica Oliveira, ex-RonaldoFenômeno. Dois segurançastratavam de impedir quequalquer freqüentador localpudesse flagrar o encontrovia celular. Pato tambémandou circulando com apromoter Fernanda Barbo-sa: aí, corria tudo na áreaprofissional. Ele querfrequentar lugares elegan-tes e conhecer pessoas.

Mais lojas��� Depois de anos de negoci-ação, a GAP deverá inaugurar,no mês que vem, no shoppingJK Iguatemi, em São Paulo,sua primeira loja no Brasil. Daépoca em que se transformouem verdadeira febre, a GAPteve por aqui um verdadeirofestival de modelos pirateados– e vendidos a preços muitodemocráticos. Por outro lado,dentro de semanas, a redeRiachuelo estará inauguran-do uma flagship numa dasesquinas mais cobiçadas dosJardins, rua Oscar Freire comrua Haddock Lobo. Hoje,Riachuelo faz moda de qualida-de a preços baratos, guerrean-do nesse segmento com C&A,Renner e até mesmo com Zara.

RECUADO��� Como as novas pesquisassinalizaram que Lula, se fossecandidato à Presidência daRepública, é o único quelevaria no primeiro turno, oex-presidente resolveujogar recuado – e por umbom tempo. Como choveramtelefonemas de companhei-ros bradando, com maisforça, o bordão Volta, Lula, oex-Chefe do Governo nãoquer fazer marola nessemomento para não respingarna pupila Dilma Rousseff. Aoschegados, ele repete quevoltar às urnas seria passarum recibo nacional de queerrou na escolha de Dilma.

��� A CÂMARA de Coordena-ção e Revisão do MinistérioPúblico Federal decidiu, porunanimidade, homologar oarquivamento de denúncia deprática de nepotismo querecaia sobre a ex-chefe daCasa Civil, Erenice Guerra eo ex-presidente dos Correios,David José de Matos.

��� O MINISTRO FernandoPimentel e o Luiz Dulci, quetrabalha no Instituto Lula, estãoguerreando em Minas Geraispara ver quem consegueemplacar o novo presidenteestadual do PT. Pimentel querOdair Cunha; Dulci quer GleideAndrade. O ministro é candida-to ao governo mineiro e nãoquer fazer campanha com opartido comandado pelobloco de seu adversário.

��� QUEM chega a São Pauloem outubro para promover aanimação Justin e a Espadada Coragem é o ator AntonioBanderas. Fica quatro dias,participa da première, dáentrevistas e voa para Santia-go Chile, na mesma missão.Banderas esteve no Brasil háalguns meses lançando seuperfume.

��� O NOME do presidentedo Supremo Tribunal Federal,Joaquim Barbosa, começa aaparecer em pesquisas deintenção de votos para aPresidência da República.Ele já garantiu que não tem amenor intenção de entrar navida política, mas entre SãoPaulo e Rio, alguns carrosestão circulando com dois tiposde adesivos: Joaquim BarbosaPresidente e Joaquim 2014.

��� O VETERANO fotógrafoLuis Tripoli inaugura, antesdo final do mês, nos Jardins,em São Paulo, o Café dosPrazeres, misto de bar, casade shows e exposições. Nasparedes, mais de 100 fotos depessoas conhecidas feitas emsua carreira. Há muitos anos,o mesmo Tripoli criou o CaféPhoto, vendido depois etransformado na mais conheci-da e até sofisticada casa degarotas de programa da cidade.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

MENSALÃO RECOMEÇA HOJEA subprocuradora-geral da República, Helenita Acioli, assumirá interinamente o

cargo de procuradora-geral da República hoje. Ela acompanhará parte dojulgamento dos recursos do mensalão no Supremo Tribunal Federal até que o

substituto de Roberto Gurgel seja indicado pela presidente Dilma Rousseff.

política

Haddad: aumentoda gasolina podebaixar tarifa.Estudo indica que aumento da gasolina pode subsidiar o transporte público

Oprefe i to de SãoPaulo, FernandoHaddad (PT), de-fendeu ontem o au-

mento do preço da gasolinapara reduzir o valor da tarifado transporte público. A decla-ração foi dada durante encon-tro da Frente Nacional dos Pre-feitos, que discutiu alternati-vas para o financiamento dotransporte público.

Haddad também voltou apedir a munici-p a l i z a ç ã o d aContribuição deIntervenção noDomínio Econô-mico (Cide) inci-dente nos com-bust íveis . Se-gundo o prefei-t o , o t r i b u t opoderia ser in-vestido direta-mente nos sub-sídios ao trans-porte público – para conse-quentemente reduzir a tarifado sistema.

"A Fundação Getúlio Vargas(FGV-SP) anunciou dados pre-liminares de uma pesquisaque vem sendo feita desdemarço deste ano, dando contaque uma Cide de R$ 0,50 sobreo litro da gasolina poderia pro-

porcionar um desconto deR$ 1,20 no preço da tarifa",disse o prefeito.

Entenda– A Cide é um tributofederal cobrado na comercia-lização de combustíveis. Cria-do em 2001, suas regras de-terminam repasse de 29% dovalor arrecadado para os Esta-dos e o Distrito Federal – quedepois rateiam parte do tribu-to com os municípios. O tribu-to deve ser investido em finan-

c i a m e n t o d eprogramas dein fr ae st ru tu rade transportes.

A alíquota so-bre o álcool estázerada desdeabril de 2004, esobre o diesel ea gasolina, des-d e j u n h o d e2012.

Para Haddad,criar um subsí-

dio cruzado entre transportecoletivo e individual é impor-tante tanto para o ponto devista social quanto para o am-biental. Segundo ele, a medi-da é uma forma de incentivar apopulação a utilizar o trans-porte público.

A proposta foi apresentadapelo professor da FGV-SP, Sa-

muel de Abreu Pessoa. Segun-do ele, a proposta beneficiaria78% da população e atingiriaaqueles que ganham de 1 a 12salários mínimos, principal-mente. A consequente quedano valor da tarifa do transpor-te público ainda geraria umadeflação de 0,026% no IPCA(índice de preços ao consumi-dor amplo).

O índice apresentado peloprofessor faz parte de um es-tudo que seria apresentado noevento de ontem, porém devi-do a problemas técnicos na ta-bulação dos resultados não foiconcluído em tempo hábil.

Segundo Samuel de AbreuPessoa a pesquisa deverá serapresentada em breve.

Perguntado se a populaçãoestaria disposta a arcar com oacréscimo de R$ 0,50 no preçoda gasolina, Haddad defen-deu um amplo debate sobre aproposta. E disse que a con-cretização da proposta de-pende de aprovações no Con-gresso Nacional.

O pesquisador do Institutode Pesquisa Econômica Apli-cada (Ipea), Carlos Ribeiro deCarvalho, lembra que, hoje, amaior parcela do transportepúblico é custeada pelos maispobres. ( Fo l h a p r e s s )

Estado vai cobrarcentavo por centavo

É o que garante o governador Geraldo Alckmin sobre o caso Siemens

Ogovernador de SãoPaulo, Geraldo Alck-min (PSDB), afirmou

ontem que o governo de SãoPaulo vai abrir um processo ju-dicial contra a Siemens "por le-são aos cofres públicos" porconta da formação de cartelem licitações da CPTM e do Me-trô. "Na terça-feira consegui-mos na Justiça acesso aos do-cumentos do Cade, agora va-mos fazer um processo contraa Siemens pela lesão aos co-fres públicos e ao Estado, exi-gindo indenização da lesãoproferida", disse Alckmin.

O governador classificou aSiemens como "ré confessa" edisse que a empresa "vai inde-nizar centavo por centavo" oEstado de São Paulo. Alckminnão descartou, porém, entrarna Justiça contra as demaisempresas envolvidas no su-posto cartel: "A medida serátomada a partir da confirma-ção do envolvimento de cadauma delas".

Apesar disso, Alckmin afir-mou que os contratos atuaiscom a Siemens estão manti-dos. Questionado se o gover-no estadual falhou na fiscali-zação desses contratos, o go-vernador negou. "Conluio en-t r e e m p r e s a s n o m u n d ointeiro não é fácil de ser iden-tificado. O Cade, que é respon-sável por isso, só conseguiucom um acordo de leniência",disse, citando o acordo da Sie-mens com o órgão do Ministé-rio da Justiça.

Mais envolvidos– O governa-dor aproveitou o anúncio paraemitir um alerta a outros go-vernantes. "Quero recomen-dar aos meus colegas gover-nadores e ao governo federal,porque não houve cartel só emSão Paulo, uma investigaçãorigorosa quanto a transporte eenergia, para que nenhum en-te federativo seja lesado porconluio entre empresas."

De acordo com Alckmin, osdocumentos que antes esta-

vam sob sigilo do Cade de-monstram que não havia aparticipação de agentes públi-cos na formação de cartel:"Acordo de leniência não citanenhum agente público do Es-tado. Se tiver agente públicoele será responsabilizado, se-ja quem for".

O governador afirmou tam-bém que já há investigaçãoaberta na Controladoria-Geraldo Estado (CGE) e voltou a en-fatizar que o governo quer "averdade total, transparênciaabsoluta" no caso.

Inidônea – Segundo o gover-no paulista, a Siemens poderáser declarada inidônea e ficarimpedida de participar de lici-tações. "É um outro procedi-mento que será aberto a medi-da do seu tempo", afirmou oprocurador-geral do Estado,Elival da Silva Ramos.

As declarações foram dadasontem no Palácio dos Bandei-rantes, sede do governo esta-dual. Ao lado do governadorestavam o secretário-chefeda Casa Civil, Edson Apareci-do, secretário de Planejamen-to, Julio Semeghini, o Procura-dor-Geral do Estado, Elival daSilva Ramos, e outros mem-bros do governo. (Agências)

Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), antecipa resultado de estudo da Fundação Getulio Vargas.

Werther Santana/ Estadão Conteúdo

Quero recomendaraos meus colegasgovernadores e aogoverno federaluma investigaçãorigorosa.

GER ALDO ALC K M I N ,GOVERNADOR DE SÃO PAU LO

Governo desacelera trem-bala

Asuspeita da participa-ção de cartel das princi-pais interessadas no

leilão do trem-bala brasileirocolaborou para que a concor-rência marcada para amanhãfosse adiada.

A alemã Siemens delatou àsautoridades antitruste do Paísque participou de um cartelpara o fornecimento de equi-pamentos para metrôs e trensem São Paulo e no Distrito Fe-deral de 1998 a 2008.

Na denúncia, a Siemensapontou que as empresas Als-tom (França), Bombardier(Canadá), Mitsui (Japão) e CAF(Espanha) eram as que opera-vam em cartel no Brasil.

Essas empresas são daspoucas no mundo que detêm atecnologia de construção dotrem-bala. Além delas, algu-mas empresas na China, naCoreia do Sul, Japão, Espanha

e na Itália também podem pro-duzir o equipamento.

Na entrevista coletiva paraanunciar o adiamento, o mi-nistro dos Transportes, CésarBorges, disse que o principalmotivo para oadiamento erahaver apenasum concorren-te. Mas o presi-d e n t e d a E m-presa de Plane-jamento e Logís-t i c a ( E P L ) ,B e r n a r d o F i-gueiredo, admi-t iu que "a de-núncia do cartelajudou na toma-da de decisão do governo".

As companhias que efetiva-mente demonstraram ao lon-go dos últimos quatro anos in-teresse no projeto brasileiroeram, em sua maioria, as que

estão sendo investigadas pelaformação de cartel.

Interessadas – A Alstom tinhauma proposta pronta paraapresentar na concorrência.Já a Bombardier tinha nego-

ciações em an-damento comoutra empresae s p a n h o l a , aTalgo, para en-trar no projeto. Ea Mitsui repre-senta no Brasilos fabricantesjaponeses dee qu i p am e n to sde trem de altavelocidade.

J o c h e n E i-ckholt, presidente da Sie-mens, foi quem pediu, em no-me da empresa, o adiamentopor mais um ano do leilão mar-cado para ocorrer amanhã.( Fo l h a p r e s s )

A denúnciado cartelajudou natomada dedecisão dogoverno.

BERNARDO FI G U E I R E D O,PRESIDENTE DA EPL

Um aumento deR$ 0,50 no litro dagasolina podegerar, na formade imposto, re-dução de R$ 1,20nas passagens.

FERNANDO HA D D A D, P R E F E I TO

Evelson de Freitas/ Estadão Conteúdo

quarta-feira, 14 de agosto de 20136 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃOTÉCNICADESUPRIMENTOS-SMS.3ABERTURADELICITAÇÃOEncontra-se aberto no Gabinete, o seguinte pregão:PREGÃO ELETRÔNICO 313/2013-SMS.G, processo 2013-0.126.516-7, destinadoao registro de preço para o fornecimento de FIOS CIRÚRGICOS SINTÉTICOSABSORVÍVEIS, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico deCompras - GTC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço.A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 10 horasdo dia 27 de agosto de 2013, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da1ªComissãoPermanentedeLicitações da Secretaria Municipal da Saúde.RETIRADADEEDITALO edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br,quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde,na Rua General Jardim, 36 - 3º andar -Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010,mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital,através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO-PREGÃOELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

SECRETARIADASAÚDE

A Lei da Ficha Limpa é um marco para moralizar a esfera pública brasileira.Senadores Randolfe Rodrigues, Pedro Simon e Pedro Taquespolítica

Os independentescontra Renan e Sarney

Agenda positiva de do presidente do Senado é farsa, dizem os 13 senadores que não poupam Sarney.

Ogrupo de 13 sena-dores " indepen-dentes" deflagrouontem uma ofensi-

va contra o presidente do Se-n a d o , R e n a n C a l h e i r o s(PMDB-AL), e contra práticasadotadas pela instituição nosúltimos meses.

Eles dizem que a "agendapositiva" adota-da por Renanem resposta àonda de protes-tos populares éuma "farsa" eacusam a ele e aseus aliados deadotarem con-dutas "não re-publicanas" noSenado.

Os "indepen-dentes" reagi-ram depois queo plenário do Senado rejeitou,em duas votações secretas,indicações de procuradorespara o Conselho Nacional deJustiça (CNJ) e o Conselho Na-cional do Ministério Público. A

rejeição foi orquestrada porsenadores do PMDB, PT e PTBem retaliação ao procurador-geral da República, RobertoGurgel, que denunciou diver-sos membros da Casa.

"Essa rejeição é vingança,não representa o pensamentodo Senado, são 13 senadoresque acham isso indigno. O que

podemos fazer éa advertência ea repulsa. Quemia fazer a vendi-ta abertamen-te? Quem faz se-cretamente émáfia", atacou osenador JarbasVa sc on ce l l os(PMDB-PE).

O s 1 3 t a m-bém denunciam"ameaças" con-tra os senadores

Randolfe Rodrigues (PSol-AP)e João Capiberibe (PSB-AP). Osdois contam que foram procu-rados por senadores aliadosde Renan, nos últimos dias,que teriam ameaçado acelerar

o processo a que respondem noConselho de Ética da Casa emresposta à postura ofensivaque adotam no Senado.

"Estamos nos sent indoameaçados. Chega de basti-dor, de conchavo. Vamos falaras coisas abertamente aqui. OConselho de Ética não arqui-vou procedimentos similares,que são suma-riamente arqui-vados" , d isseRandolfe.

Os do i s res-pondem a pro-cesso no Conse-lho de Ética so-bre acusação ar-q u i v a d a p e l aP ro cu ra do r i aGeral da Repú-blica. A acusa-ção é a de queCapiberibe, en-tão governador do Amapá, te-ria pago "mensalão" de R$ 20mil a deputados estaduais emtroca de apoio político em1999 e 2000. Randolfe seriaum dos beneficiados.

Jarbas disse ser "estranho"as denúncias serem relacio-nadas a dois adversários dosenador José Sarney (PMDB-AP), aliado de Renan e ex-pre-sidente do Senado. "Vamosrepudiar essa ofensiva noAmapá, terra do ex-presiden-te Sarney. O Conselho de Éticadeveria ser extinto por ter pes-

soas escolhidaspelo Renan e pe-lo Sarney."

Além dessestrês senadores,integram o gru-po Pedro Simon(PMDB-RS), Pe-d r o T a q u e s(PDT-MT), Cris-tovam Buarque(PDT-DF), Rodri-go Rollemberg(PSB-DF), Antô-nio Carlos Vala-

dares (PSB-SE), Lídice da Mata(PSB-BA), Ana Amélia Lemos(PP-RS), Armando Monteiro(PTB-PE), José Agripino (DEM-RN) e Aloysio Nunes Ferreira(PSDB-SP). (Fo l h a p r e s s )

Aprovado oOrçamentoi m p o s i t i vo

Por 378 votos a favor, 48 con-tra e 13 abstenções, a Câ-

mara dos Deputados aprovouontem, em 1º turno, a Propostade Emenda à Constituição(PEC) que obriga o Executivo fe-deral a pagar as emendas par-lamentares individuais apre-sentadas ao Orçamento daUnião. Depois, a PEC do "Orça-mento impositivo" seguirá parao Senado.

Para alterar a Constituição,a proposta precisa ser aprova-da em duas votações por cadauma das Casas do Legislativo,por maioria de 3/5 dos mem-bros (308 deputados e 49 se-nadores). Contrário à PEC, oPalácio do Planalto tentou, nomomento em que se conven-ceu de que a derrota era imi-nente, assegurar que ao me-nos 50% do d inhe i ro dasemendas fosse para a saúde.

Mas o texto aprovado nãoreserva qualquer porcentualpara a área. Hoje, a peça orça-mentária é "autorizativa", nãoimpositiva, podendo o gover-no cumprir ou não a previsãoaprovada pelo Legislativo pa-ra gastos que não são obriga-tórios, como investimentos.

Em geral, as emendas parla-mentares incluem no Orça-mento despesas para obrasde interesse local dos deputa-dos e senadores, em Estados emunicípios onde possuem ba-ses eleitorais.

Segundo o texto, o conjuntode emendas individuais nãopoderá ultrapassar 1% da re-ceita corrente líquida do anoanterior. Se a regra já estives-se valendo agora, cada políti-co teria o direito de indicarR$ 10,4 milhões à peça orça-mentária com base na receitacorrente de 2012. (Agências)

SEM MALHA

OSenado rejeitou ontem oprojeto que inclui

automaticamente na malhafina da Receita Federal asdeclarações de Imposto deRenda de quem possuimandatos eletivos, caso dosdeputados e senadores.

Os integrantes daComissão de AssuntosEconômicos do Senadoentenderam por maioria quea análise detalhada pelaReceita da renda dos políticosnão deve ocorrer de formaautomática e sim seguir oatual modelo, em que ainstituição seleciona asdeclarações que devem irpara a malha fina. Como oprojeto tramita de formaterminativa na comissão, eleserá arquivado sem passarpelo plenário da Casa.

"Esse projeto estáconsagrando acriminalização da classepolítica. Por que não osmembros do SupremoTribunal Federal? Por queessa metralhadora dirigidapara os deputados federais,estaduais e senadores?",questionou o senadorRoberto Requião (PMDB-PR).

Autor da proposta, osenador Cristovam Buarque(PDT-DF) defendia amudança por considerar queconstantes denúncias demau uso do dinheiro públicopor aqueles que têmmandato justificam a análisedetalhada das declarações deImposto de Renda. "Ainclusão automática eobrigatória das declaraçõesanuais do imposto de rendade parlamentares, chefes doExecutivo e seus ministros,magistrados, membros dostribunais de contas, poderiaevitar que muitasirregularidades só viessem aser descobertas anosdepois", disse. ( Fo l h a p r e s s )

Procurador-geralpede investigaçãode Chalita

Oprocurador-geral da Re-pública, Roberto Gurgel,

enviou ao Supremo TribunalFederal (STF) um pedido deabertura de inquérito para in-vestigar o deputado GabrielChalita (PMDB-SP).

O inquérito pretende apurardenúncia feita pelo analista desistemas Roberto LeandroGrobman, 41 anos, que traba-lhou com o grupo educacionalCOC e diz que foi indicado parase aproximar de Chalita paraprospectar negócios para ogrupo. Como a Folha de S.Paulorevelou no início do ano, Grob-man disse ao Ministério Públi-co que o COC pagou despesascomo a locação de aviões e he-licópteros, viagens, presentese reforma de um apartamentode Chalita em Higienópolis.

O grupo também comproumilhares de livros escritos porChalita e computadores paraa emissora de televisão daCanção Nova, grupo católico.

Empresas do COC, incluindoa Interactive, receberamR$ 14 milhões da Secretariade Estado da Educação nagestão de Chalita, por com-pras sem licitação, de 2002 a2006. O advogado de Chalita,Arnaldo Malheiros Filho, disseque enviou à Justiça documen-tos como movimentação ban-cária do deputado, declaraçãode imposto de renda e laudopericial contábil. (Fo l h a p r e s s )

Senado aprovaFicha Limpa paratodos servidores

OSenado aprovou ontemprojeto que estende os

efeitos da Lei da Ficha Limpa aseus servidores contratados –sem concurso público – emcargos nos gabinetes dos se-nadores, nas lideranças dospartidos e na Mesa Diretora daCasa. A decisão deve ser pro-mulgada nos próximos dias ejá passará a valer.

Com a decisão, a Casa ficaobrigada a contratar servido-res que não tenham sido con-denados por crimes graves,como previsto pela lei.

A Lei da Ficha Limpa, aprova-da pelo Congresso em 2010,determina que os políticos sópodem ser empossados emcargos eletivos se não tiveremsido condenados por crimescomo hediondos e contrários àadministração pública.

Basta uma sentença colegia-da, por mais de um juiz, paraque o político se torne inelegí-vel, como prevê a Lei da FichaLimpa. Se houver condenaçãodefinitiva, o político fica inelegí-vel por até 8 anos. Autores daproposta, os senadores Ran-dolfe Rodrigues (PSol-AP), Pe-dro Simon (PMDB-RS) e PedroTaques (PDT-MT) dizem que aLei da Ficha Limpa é um "mar-co" para moralizar a esfera pú-blica brasileira. (Fo l h a p r e s s )

Juízes livres de IR sobre férias

AJustiça Federal noDistrito Federal deci-diu que os juízes fe-

derais não vão pagar Impos-to de Renda (IR) sobre o adi-cional de um terço das fé-rias, cobrado de todos ostrabalhadores no País. E de-terminou ainda que a Uniãorestitua os valores “indevi-damente recolhidos” nos úl-timos cinco anos com corre-ção monetária e juros.

A União, por meio da Pro-curadoria-Geral da Fazenda

Nacional, entrou com recur-so no Tribunal Regional Fe-deral da 1ª Região e disse es-tudar "a melhor maneira pa-ra cassar os efeitos imedia-tos da decisão".

Segundo decisão da juízafederal substituta da 17ª Va-ra Federal Cível do DF, MariaCândida de Almeida, o adi-cional de 1/3 tem caráter in-denizatório e não pode inci-dir sobre ele a cobrança deIR. A Associação dos JuízesFederais (Ajufe), autora da

ação, informou que não temcálculo do impacto financei-ro. A associação tem 1.664juízes beneficiados.

"Não temos o valor que is-so pode representar, mas fi-ca nos bilhões. Quem estána faixa salarial máxima, oIR é de 27,5%. Além disso, osjuízes gozam duas férias porano", disse o procurador-ge-ral adjunto de consultoria daProcuradoria-Geral da Fa-zenda, Fabrício da Soller.(Estadão Conteúdo)

Gabriel Chalita (PMDB-SP)

Laercio Bernardo Jr/Ag.Câmara

Índios de diversas etnias durante protesto realizado ontem, em frente ao Paláciodo Planalto, em Brasília. Eles pedem que os parlamentares alterem os projetos de leique envolvem a demarcação das terras indígenas, em andamento no Congresso Nacional.

Nos sentimosameaçados.Chega debastidor, deconchavo.Vamos falarabertamente.

RANDOLFE RODRIGUES

O Conselho deÉtica deveriaser extinto porter pessoasescolhidaspelo Renane pelo Sarney.

JA R BA S VA S CO N C E L LO S

Fotos: Uéslei Marcelino/ReutersÍNDIOS NO CONGRESSO

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

continua...

Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento MercantilEmpresa da Organização Bradesco

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHODEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - Em Reais mil

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHODEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - Em Reais mil

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDODEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Em Reais mil

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHODEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - Em Reais mil

2013 2012RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................................ 4.074.175 5.077.920Operações de Crédito ................................................................................................................................... 36.856 32.120Operações de Arrendamento Mercantil......................................................................................................... 1.825.120 1.970.240Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários (Nota 6b) ......................................................... 2.212.199 3.075.560DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................................................................... 3.700.485 4.432.516Operações de Captações no Mercado (Nota 11c) ........................................................................................ 2.230.151 2.880.213Operações de Empréstimos e Repasses (Nota 12b) .................................................................................... 5.894 10.501Operações de Arrendamento Mercantil......................................................................................................... 1.499.345 1.526.148Provisão/(Reversão) para Créditos de Liquidação Duvidosa (Nota 7f e g) ................................................... (34.905) 15.654RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA....................................................................... 373.690 645.404OUTRAS RECEITAS/(DESPESAS) OPERACIONAIS................................................................................. (34.743) (52.339)Outras Despesas Administrativas (Nota 16).................................................................................................. (15.215) (16.452)Despesas Tributárias (Nota 17) ..................................................................................................................... (20.665) (35.921)Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (Nota 9a) ............................................................ 921 1.231Outras Receitas Operacionais (Nota 18)....................................................................................................... 25.907 26.422Outras Despesas Operacionais (Nota 19)..................................................................................................... (25.691) (27.619)RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................................................................... 338.947 593.065RESULTADO NÃO OPERACIONAL (Nota 20) ............................................................................................ (14.689) (19.852)RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ...................................................................... 324.258 573.213IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 22) ................................................................... (144.198) (238.649)LUCRO LÍQUIDO.......................................................................................................................................... 180.060 334.564Número de ações (Nota 15a) ........................................................................................................................ 23.422 23.422Lucro por ação em R$................................................................................................................................... 7.687,64 14.284,18

1 - RECEITAS ...................................................................................... 4.094.607 1.187,1 5.041.217 827,51.1) Intermediação Financeira...................................................... 4.074.175 1.181,2 5.077.920 833,61.2) Reversão/(Provisão) para Créditos de Liquidação

Duvidosa............................................................................... 34.905 10,1 (15.654) (2,6)1.3) Outras ..................................................................................... (14.473) (4,2) (21.049) (3,5)

2 - DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................ (3.735.390) (1.083,0) (4.416.862) (725,1)3 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS .................................... (14.768) (4,3) (16.005) (2,5)

Serviços de Terceiros...................................................................... (149) (0,1) (219) -Apreensão de Bens......................................................................... (1.726) (0,5) (1.405) (0,2)Serviços do Sistema Financeiro ..................................................... (1.164) (0,3) (911) (0,1)Propaganda, Promoções e Publicidade.......................................... (570) (0,2) (376) (0,1)Transportes ..................................................................................... (53) - (88) -Jurídicas Processuais ..................................................................... (5.160) (1,5) (2.374) (0,4)Emolumentos Judiciais e Cartorários ............................................. (1.115) (0,3) (5.129) (0,8)Serviços Técnicos Especializados .................................................. (3.484) (1,0) (3.960) (0,7)Processamento de Dados............................................................... (1.158) (0,3) (1.433) (0,2)Outras ............................................................................................. (189) (0,1) (110) -

4 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2-3)........................................... 344.449 99,8 608.350 99,95 - DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO .............................................. (447) (0,1) (447) (0,1)6 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA

ENTIDADE (4-5)............................................................................ 344.002 99,7 607.903 99,87 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA .......... 921 0,3 1.231 0,2

Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .............. 921 0,3 1.231 0,28 - VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (6+7).................................. 344.923 100,0 609.134 100,09 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO................................... 344.923 100,0 609.134 100,0

9.1) Impostos,Taxas e Contribuições ......................................... 164.863 47,8 274.570 45,1Federais ................................................................................... 161.049 46,7 270.344 44,4Municipais ................................................................................ 3.814 1,1 4.226 0,7

9.2) Remuneração de Capitais Próprios ..................................... 180.060 52,2 334.564 54,9Dividendos ............................................................................... 42.765 12,4 79.459 13,0Lucros Retidos ......................................................................... 137.295 39,8 255.105 41,9

Saldos em 31.12.2011................................................. 7.127.800 157.848 2.092.456 16 - 9.378.120

Ajustes de Avaliação Patrimonial ................................. - - - (5) - (5)

Lucro Líquido................................................................ - - - - 334.564 334.564

Destinações: - Reservas............................................... - 16.728 238.377 - (255.105) -

- Dividendos Propostos........................... - - - - (79.459) (79.459)

Saldos em 30.6.2012................................................... 7.127.800 174.576 2.330.833 11 - 9.633.220

Saldos em 31.12.2012................................................. 1.627.800 186.945 2.507.093 19 - 4.321.857

Ajustes de Avaliação Patrimonial ................................. - - - (3) - (3)

Aumento de Capital com Reservas .............................. 662.200 - (662.200) - - -

Lucro Líquido................................................................ - - - - 180.060 180.060

Destinações: - Reservas............................................... - 9.003 128.292 - (137.295) -

- Dividendos Propostos........................... - - - - (42.765) (42.765)

Saldos em 30.6.2013................................................... 2.290.000 195.948 1.973.185 16 - 4.459.149

2013 2012Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais:Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e Contribuição Social ....................................................... 324.258 573.213Ajustes ao Lucro Líquido antes dos Impostos ..................................................................................... 1.473.489 1.533.785Provisão/(Reversão) para Créditos de Liquidação Duvidosa .................................................................... (34.905) 15.654Depreciações e Amortizações ................................................................................................................... 1.284.751 1.513.579Provisões Cíveis, Trabalhistas e Fiscais .................................................................................................... 7.816 7.410Resultado de Participações em Coligadas e Controladas......................................................................... (921) (1.231)Insuficiência/(Superveniência) de Depreciação......................................................................................... 201.134 (22.337)Perda na Venda de Bens não de Uso Próprio ........................................................................................... 2.589 7.453Provisão para Desvalorização de Bens não de Uso Próprio ..................................................................... 13.025 13.257

Lucro Líquido Ajustado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social......................................... 1.797.747 2.106.998(Aumento)/Redução em Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................................................... (12.318.441) 31.656.249(Aumento)/Redução em Títulos para Negociação e Instrumentos Financeiros Derivativos........................ 9.500.582 (21.292.383)(Aumento)/Redução em Outros Créditos e Outros Valores e Bens............................................................. (39.595) (36.391)(Aumento)/Redução em Operações de Arrendamento Mercantil................................................................ (4.449) (1.056)Aumento/(Redução) em Obrigações por Empréstimos e Repasses ........................................................... (42.395) (55.857)Aumento/(Redução) em Outras Obrigações ............................................................................................... (91.783) (75.887)Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos ......................................................................................... (206.034) (197.303)

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) das Atividades Operacionais..................................................... (1.404.368) 12.104.370Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos:(Aumento)/Redução em Títulos Disponíveis para Venda ............................................................................ 2 3Aquisição de Imobilizado de Uso e de Arrendamento................................................................................. (1.287.142) (1.601.720)Alienação de Imobilizado de Uso e de Arrendamento................................................................................. 454.014 464.717Aquisição de Bens não de Uso Próprio....................................................................................................... (20.558) (28.489)Alienação de Bens não de Uso Próprio....................................................................................................... 12.545 14.848

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) das Atividades de Investimentos............................................... (841.139) (1.150.641)Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamentos:Aumento/(Redução) em Recursos de Emissão de Debêntures .................................................................. (1.218.890) (1.715.703)Dividendos Pagos........................................................................................................................................ - (335.883)

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) das Atividades de Financiamentos ........................................... (1.218.890) (2.051.586)Aumento de Caixa e Equivalentes de Caixa ............................................................................................. (3.464.397) 8.902.143Caixa e Equivalentes de Caixa - Início do Período ....................................................................................... 15.931.079 987.814Caixa e Equivalentes de Caixa - Fim do Período .......................................................................................... 12.466.682 9.889.957Aumento/(Redução) Líquida, de Caixa e Equivalentes de Caixa ............................................................ (3.464.397) 8.902.143

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHOBALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - Em Reais milATIVO 2013 2012CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 63.162.505 52.572.571DISPONIBILIDADES (Nota 4) ....................................................................................................................... 11.721 34APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 5) ...................................................................... 45.573.650 29.549.471Aplicações no Mercado Aberto ..................................................................................................................... 27.844.376 24.541.496Aplicações em Depósitos Interfinanceiros..................................................................................................... 17.729.274 5.007.975TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 6) ......... 17.417.548 22.934.180Carteira Própria ............................................................................................................................................. 17.350.279 22.870.438Vinculados à Prestação de Garantias ........................................................................................................... 67.269 63.742OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 7)....................................................................... (147.501) (173.496)Operações de Arrendamentos a Receber:- Setor Público ............................................................................................................................................... - 1.379- Setor Privado............................................................................................................................................... 2.610.969 3.085.259Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil. .......................................................................................... (2.500.990) (2.971.732)Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa .............................................. (257.480) (288.402)OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................... 265.032 207.566Rendas a Receber (Nota 8a)......................................................................................................................... 32 2.903Diversos (Nota 8b)......................................................................................................................................... 265.089 204.747Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa............................................................................... (89) (84)OUTROS VALORES E BENS........................................................................................................................ 42.055 54.816Outros Valores e Bens................................................................................................................................... 90.509 89.020Provisões para Desvalorizações ................................................................................................................... (48.454) (34.204)

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO................................................................................................................. 3.681.055 13.466.399APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 5) ...................................................................... 3.201.834 13.008.988Aplicações em Depósitos Interfinanceiros..................................................................................................... 3.201.834 13.008.988OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 7)....................................................................... (194.663) (226.152)Operações de Arrendamentos a Receber:- Setor Privado............................................................................................................................................... 3.102.675 3.842.746Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ........................................................................................... (3.102.137) (3.842.234)Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa .............................................. (195.201) (226.664)OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................... 673.079 683.091Diversos (Nota 8b)......................................................................................................................................... 673.152 683.227Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa............................................................................... (73) (136)OUTROS VALORES E BENS........................................................................................................................ 805 472Despesas Antecipadas.................................................................................................................................. 805 472

PERMANENTE ............................................................................................................................................. 8.872.344 9.934.196INVESTIMENTOS (Nota 9) ........................................................................................................................... 46.065 39.324Participações em Coligadas:- No País........................................................................................................................................................ 39.250 32.509Outros Investimentos..................................................................................................................................... 26.394 26.394Provisões para Perdas .................................................................................................................................. (19.579) (19.579)IMOBILIZADO DE USO (Nota 10)................................................................................................................. 5.163 6.057Imóveis de Uso.............................................................................................................................................. 11.118 11.118Reavaliações de Imóveis de Uso .................................................................................................................. 13.939 13.939Outras Imobilizações de Uso......................................................................................................................... 155 155Depreciações Acumuladas............................................................................................................................ (20.049) (19.155)IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO (Notas 7h e 10) ................................................................................ 8.821.116 9.888.815Bens Arrendados........................................................................................................................................... 13.109.726 13.980.287Depreciações Acumuladas............................................................................................................................ (4.288.610) (4.091.472)

TOTAL ........................................................................................................................................................... 75.715.904 75.973.166

PASSIVO 2013 2012CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 2.016.835 2.107.765OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Nota 12)...................................... 97.891 136.169FINAME......................................................................................................................................................... 97.891 136.169OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 1.918.944 1.971.596Sociais e Estatutárias.................................................................................................................................... 180.977 79.459Fiscais e Previdenciárias (Nota 14a)............................................................................................................. 510.900 568.206Diversas (Nota 14b)....................................................................................................................................... 1.227.067 1.323.931

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO....................................................................................................................... 69.239.920 64.232.181RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS (Nota 11)..................................................................................... 66.456.117 61.381.350Recursos de Debêntures............................................................................................................................... 66.456.117 61.381.350OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Nota 12)...................................... 128.652 177.390FINAME......................................................................................................................................................... 128.652 177.390OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 2.655.151 2.673.441Fiscais e Previdenciárias (Nota 14a)............................................................................................................. 580.423 561.098Diversas (Nota 14b)....................................................................................................................................... 2.074.728 2.112.343

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 15)................................................................................................................ 4.459.149 9.633.220Capital:- De Domiciliados no País ............................................................................................................................. 2.290.000 7.127.800Reservas de Lucros....................................................................................................................................... 2.169.133 2.505.409Ajustes de Avaliação Patrimonial................................................................................................................... 16 11

TOTAL ........................................................................................................................................................... 75.715.904 75.973.166

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃORELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃOSenhores Acionistas,

Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis do semestre findo em 30 de junho de 2013, da Bradesco Leasing S.A. -Arrendamento Mercantil (Bradesco Leasing ou Instituição), de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas afuncionar pelo Banco Central do Brasil.

O bom desempenho da Empresa está sedimentado na forma de atuação plenamente integrada à Rede de Agências do Banco Bradesco S.A.,mantendo estratégias de diversificação dos negócios nos vários segmentos do mercado, bem como implementando acordos operacionais com grandesfabricantes, principalmente nos setores de veículos pesados e de máquinas e equipamentos, destacando-a como uma das principais arrendadoras nomercado nacional, e com marcante atuação no arrendamento de aeronaves executivas e helicópteros.

Em 17 de abril de 2013, a Bradesco Leasing comunicou ao mercado o encerramento da distribuição pública das debêntures referente 7ª EmissãoPública de Debêntures nominativas, escriturais, não conversíveis em ações, em série única, da espécie subordinada, efetivada em 15 de outubro de 2012,nos termos da Instrução da CVM nº 400, no montante de R$ 10,0 bilhões, na data da emissão, com valor unitário de R$ 10,00. No fim do semestre, aInstituição possuía 611.862.389 debêntures de sua própria emissão em tesouraria.

A Bradesco Leasing não possui acordo de acionistas relativo à política de reinvestimento de lucros e distribuição de dividendos.No final do semestre, a Bradesco Leasing registrou Lucro Líquido de R$ 180,060 milhões, correspondendo a R$ 7.687,64 por ação e Patrimônio

Líquido de R$ 4,459 bilhões, proporcionando rentabilidade anualizada de 8,36% sobre o PL médio.

Em 30 de junho, o total de Ativos somava R$ 75,716 bilhões, destacando-se R$ 48,775 bilhões em Aplicações Interfinanceiras de Liquidez,R$ 5,712 bilhões em Operações de Arrendamento Mercantil de Leasing Financeiro, a valor presente. O total de captações, estava representado porR$ 66,456 bilhões de Debêntures e R$ 226,543 milhões de FINAME e o saldo do Valor Residual Parcelado ou Antecipado representava R$ 3,220 bilhões.

No semestre, a Bradesco Leasing, em conformidade com a Instrução nº 381/03, da Comissão de Valores Mobiliários, não contratou e nem teveserviços prestados pela KPMG Auditores Independentes não relacionados à auditoria externa, em patamar superior a 5% do total dos honorários relativosa serviços de auditoria externa. Outros serviços prestados pelos auditores externos foram de assistência no atendimento de requerimentos relacionados aassuntos fiscais. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do Auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos,quais sejam: o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste. Resumo daexposição justificativa do Auditor Independente: no entendimento de nossos Auditores Independentes, a prestação dos serviços descritos acima não afetaa independência e nem a objetividade necessárias ao desempenho dos serviços de auditoria externa efetuada na Bradesco Leasing, conforme definiçõesda regulamentação em vigor e da mencionada política.

Agradecemos aos nossos clientes o apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores a dedicação ao trabalho.

Osasco, SP, 19 de julho de 2013.

Diretoria

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISNOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS1) CONTEXTO OPERACIONALA Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil (Bradesco Leasing ou Instituição) tem como objetivo, exclusivamente, a prática das operações dearrendamento mercantil, sendo observadas as disposições da legislação em vigor. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operaçõesconduzidas de modo integrado a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiros e de capitais, utilizando-se dos recursos administrativos etecnológicos e na gestão de riscos. Suas demonstrações contábeis devem ser entendidas neste contexto.Em 12 de setembro de 2012, o Conselho de Administração aprovou a 7ª Emissão Pública de Debêntures nominativas, escriturais, não conversíveis emações, em série única, da espécie subordinada, para distribuição pública, sob o regime de melhores esforços de colocação sob a coordenação do BancoBradesco BBI S.A. A operação foi efetivada em 15 de outubro de 2012, nos termos da Instrução nº 400 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nomontante de R$ 10,0 bilhões, na data da emissão (Nota 11).Em 10 de outubro de 2012 o Banco Central do Brasil (BACEN) aprovou a Assembleia Geral Extraordinária de 8 de outubro de 2012do Conselho de Administração da Instituição, propondo ajustar seu capital próprio às suas necessidades mediante a redução em R$ 5,5 bilhões, semcancelamento de ações, nos termos do Artigo 173 da Lei nº 6.404/76, restituído em dinheiro ao Banco Bradesco S.A., seu único acionista (Nota 15).

2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISAs demonstrações contábeis foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas das Leis nos 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro Nacional)e 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) com as alterações introduzidas pelas Leis nos 11.638/07 e 11.941/09, para a contabilização das operações,associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil (BACEN) e da Comissão de Valores Mobiliários(CVM), quando aplicável. Incluem estimativas e premissas, tais como: a mensuração de perdas estimadas com operações de crédito e de arrendamentomercantil; estimativas do valor justo de determinados instrumentos financeiros; provisões cíveis, fiscais e trabalhistas; perdas por redução ao valorrecuperável (impairment) de títulos e valores mobiliários classificados na categoria de títulos disponíveis para venda e ativos não financeiros; e outrasprovisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daqueles estabelecidos por essas estimativas e premissas.

As demonstrações contábeis foram aprovadas pela Administração em 19 de julho de 2013.

3) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEISa) Moeda funcional e de apresentaçãoAs demonstrações contábeis estão apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Bradesco Leasing.

b) Apuração do resultadoO resultado é apurado de acordo com o regime de competência, que estabelece que as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração dos resultadosdos períodos em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. As operaçõescom taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutorados respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério pro rata dia e calculadas com base nométodo exponencial.As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço.As receitas de arrendamento mercantil são calculadas e apropriadas, mensalmente, pelo valor das contraprestações exigíveis no período (Portaria nº 140/84do Ministério da Fazenda) e considera o ajuste a valor presente das operações de arrendamento mercantil.

c) Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades em moeda, aplicações no mercado aberto e aplicações em depósitos interfinanceiros,cujo vencimento das operações, na data da efetiva aplicação, seja igual ou inferior a 90 dias e apresentem risco insignificante de mudança de valor justo,que são utilizados pela Instituição para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.

d) Aplicações interfinanceiras de liquidezAs operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. As demais aplicações são registradas aocusto de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável.

e) Títulos e valores mobiliários - Classificação• Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São registrados pelo custo de aquisição, acrescidos

dos rendimentos auferidos e ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período;• Títulos disponíveis para venda - são aqueles que não se enquadram como para negociação nem como mantidos até o vencimento. São registrados pelo

custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período e ajustados pelo valor de mercado em contrapartidaao patrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários, os quais só serão reconhecidos no resultado quando da efetiva realização; e

• Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São registradospelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias de negociação e disponível para venda, bem como os instrumentos financeiros derivativos, sãodemonstrados no balanço patrimonial pelo seu valor justo estimado. O valor justo geralmente baseia-se em cotações de preços de mercado ou cotações depreços de mercado para ativos ou passivos com características semelhantes. Se esses preços de mercado não estiverem disponíveis, os valores justos sãobaseados em cotações de operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa descontado ou técnicas similares, para as quais a determinaçãodo valor justo possa exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administração.

f) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos)São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data da contratação da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é paraproteção contra riscos (hedge) ou não.As operações que envolvam instrumentos financeiros derivativos destinam-se a atender as necessidades próprias para administrar a exposição global daInstituição, no sentido de administrar suas posições. As valorizações ou desvalorizações são registradas em contas de receitas ou despesas dos respectivosinstrumentos financeiros.g) Operações de arrendamento mercantilA carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria nº 140/84, do Ministério da Fazenda, que contém cláusulasde: a) não cancelamento; b) opção de compra; e c) atualização pós-fixada ou prefixada e são contabilizados de acordo com as normas estabelecidas peloBACEN, conforme segue:I - Arrendamentos a receberRefletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente.II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil e Valor Residual Garantido (VRG)Registrados pelo valor contratual, em contrapartida às contas retificadoras de rendas a apropriar de arrendamento mercantil e valor residual a balancear,ambos apresentados pelas condições pactuadas. O VRG recebido antecipadamente é registrado em Outras Obrigações - Credores por Antecipação do ValorResidual até a data do término contratual. O ajuste a valor presente das contraprestações e do VRG a receber das operações de arrendamento mercantilfinanceiro é reconhecido como superveniência/insuficiência de depreciação no imobilizado de arrendamento mercantil, objetivando compatibilizar as práticascontábeis. Nas operações que apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriação ao resultado passa a ocorrer quando do recebimento dasparcelas contratuais, de acordo com a Resolução nº 2.682/99 do CMN.III - Imobilizado de arrendamentoÉ registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com o benefício de reduçãode 30% na vida útil normal do bem, prevista na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são asseguintes: veículos e afins, 20%; móveis e utensílios, 10%; máquinas e equipamentos, 10%; e outros bens, 10% e 20%.IV - Perdas em arrendamentosOs prejuízos apurados na venda de bens arrendados são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstradosjuntamente com o Imobilizado de Arrendamento (Nota 7h).V - Superveniência (insuficiência) de depreciaçãoOs registros contábeis das operações de arrendamento mercantil são mantidos conforme exigências legais, específicas para esse tipo de operação.Os procedimentos adotados e sumariados nos itens “II” a “IV” acima diferem das práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira, principalmenteno que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em consequência,de acordo com a Circular BACEN nº 1.429/89, foi calculado o valor presente das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno decada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência dedepreciação, respectivamente, registradas no Ativo Permanente (Nota 7h), com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regimede competência.VI - Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosaA provisão estimada para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva emconsideração as normas e instruções do CMN e do BACEN, associadas às avaliações realizadas pela Administração na determinação dos riscos de crédito.As operações de arrendamento mercantil são classificadas nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resoluçãonº 2.682/99 do CMN, que requerem a sua classificação de riscos em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação daAdministração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscosespecíficos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidosna Resolução nº 2.682/99 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes, da seguinte forma:

Período de atraso (1) Classificação do cliente• de 15 a 30 dias................................................................................................................................................................ B• de 31 a 60 dias................................................................................................................................................................ C• de 61 a 90 dias................................................................................................................................................................ D• de 91 a 120 dias.............................................................................................................................................................. E• de 121 a 150 dias............................................................................................................................................................ F• de 151 a 180 dias............................................................................................................................................................ G• superior a 180 dias.......................................................................................................................................................... H

(1) Para as operações com prazo a decorrer superior a 36 meses é realizada a contagem em dobro dos períodos de atraso, conforme facultado pelaResolução nº 2.682/99 do CMN.

A atualização (accrual)l das operações vencidas até o 59º dia é contabilizada em receitas e, a partir do 60º dia, em rendas a apropriar, sendo que oreconhecimento em receitas só ocorrerá quando do seu efetivo recebimento.As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então, são baixadas contra a provisãoexistente e controladas em contas de compensação por no mínimo cinco anos.

Ajustes deAvaliação

Capital Reservas de Lucros Patrimonial LucrosEventos Social Legal Estatutárias Próprias Acumulados Totais

Descrição 2013 % 2012 %

quarta-feira, 14 de agosto de 20138 DIÁRIO DO COMÉRCIO

...continuação...continuação

continua...

Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento MercantilEmpresa da Organização Bradesco

CNPJ 47.509.120/0001-82Sede: Cidade de Deus, s/nº - Prédio Prata - 2º Andar - Vila Yara - Osasco - SP

6) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOSa) Classificação por categoria e prazos

Em 30 de junho - R$ mil2013 2012

Valor de Valor Marcação Valor de Marcação1 a 30 31 a 180 181 a 360 Acima de mercado/ de custo a mercado mercado/ a mercado

Títulos (1) dias dias dias 360 dias contábil (2) atualizado (5) contábil (2) (5)Títulos para negociação (3) .............................................................. 16.383.791 109.755 72.320 851.639 17.417.505 17.417.475 30 22.934.146 94Letras financeiras do tesouro .............................................................. 602.687 93.725 45.828 785.647 1.527.887 1.527.857 30 329.895 94Certificados de depósito bancário ....................................................... - 16.030 26.179 2.281 44.490 44.490 - 25.130 -Debêntures.......................................................................................... - - 313 42.558 42.871 42.871 - 4.109 -Letras do tesouro nacional .................................................................. 3.187.988 - - 21.153 3.209.141 3.209.141 - 15.435.533 -Notas do tesouro nacional................................................................... 12.593.116 - - - 12.593.116 12.593.116 - 7.091.845 -Notas promissórias.............................................................................. - - - - - - - 4.346 -Outros.................................................................................................. - - - - - - - 43.288 -Títulos disponíveis para venda (4)................................................... 43 - - - 43 17 26 34 18Ações................................................................................................... 43 - - - 43 17 26 34 18Total em 2013 ..................................................................................... 16.383.834 109.755 72.320 851.639 17.417.548 17.417.492 56Total em 2012 ..................................................................................... 22.635.892 32.293 37.504 228.491 22.934.180 112

(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. No encerramento do período, os investimentos em fundos exclusivos administrados pelo Conglomerado Bradesco somavamR$ 17.350.236 mil (2012 - R$ 22.870.404 mil). Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil;

(2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de precificação, modelos decotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor de mercado das respectivas cotas;

(3) Para fins de apresentação do Balanço Patrimonial os títulos classificados como “para negociação” estão demonstrados no ativo circulante;(4) No período não foram realizadas perdas que não temporárias para os títulos classificados na categoria de disponíveis para venda; e(5) A marcação a mercado dos títulos para negociação foram registradas em contas de resultado, enquanto a dos títulos disponíveis para venda, foram registradas no patrimônio, líquidos dos impostos.

b) Resultado de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativosSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2013 2012Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 5b).................................................................................... 1.587.098 2.506.245Títulos de renda fixa................................................................................................................................ 2.301 2.921Fundos de investimento........................................................................................................................... 622.800 566.394Total ........................................................................................................................................................ 2.212.199 3.075.560c) Instrumentos financeiros derivativosA Bradesco Leasing não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2013 e de 2012.Análise de Sensibilidade - Instrução CVM nº 475/08A Instituição é parte integrante da Organização Bradesco e como boa prática de governança de gestão de riscos, possui um processo contínuo degerenciamento de suas posições, que engloba o controle de todas as posições expostas ao risco de mercado através de medidas condizentes com asmelhores práticas internacionais e o Novo Acordo de Capitais - Basileia II. Destacamos, ainda, que as instituições financeiras possuem limites e controlesde riscos e alavancagem regulamentados pelo Bacen.As propostas de limites de riscos são validadas em Comitês específicos de negócios e submetidas à aprovação do Comitê de Gestão Integrada de Riscose Alocação de Capital, observando os limites definidos pelo Conselho de Administração, conforme os objetivos das posições, as quais são segregadas nasseguintes Carteiras:Carteira Trading: consiste em todas as operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação oudestinadas a hedge de outros da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. As operações detidas com intençãode negociação são aquelas destinadas à revenda, obtenção de benefícios dos movimentos de preços, efetivos ou esperados, ou realização de arbitragem.Carteira Banking: operações não classificadas na Carteira Trading. Consistem nas operações estruturais provenientes das diversas linhas de negócio daOrganização e seus eventuais hedges.De acordo com a natureza das suas atividades, a empresa Bradesco Leasing Arrendamento Mercantil S.A. possui em seu portfólio apenas operaçõesBanking e não tem exposição a instrumentos financeiros derivativos.

Em 30 de junho - R$ milCarteira Banking (1)

2013 20121 2 3 1 2 3

Taxa de Juros Exposições sujeitas a variaçõesem Reais de taxas de juros prefixadas e

cupom de taxas de juros (316) (79.253) (152.957) (417) (84.986) (164.840)Renda Variável Exposições sujeitas à

variação do preço de ações - (7) (13) - (5) (10)Total sem correlação (316) (79.260) (152.970) (417) (84.991) (164.850)Total com correlação (316) (79.254) (152.959) (417) (84.986) (164.840)

(1) Valores líquidos de efeitos fiscais.

As análises de sensibilidade foram efetuadas a partir dos cenários elaborados para as respectivas datas, sempre considerando as informações de mercadona época e cenários que afetariam negativamente nossas posições.Cenário 1: Com base nas informações de mercado (BM&FBovespa, Anbima, etc.) foram aplicados choques de 1 ponto base para taxa de juros e 1% devariação para preços. Por exemplo: no cenário aplicado sobre as posições de 28.6.2013 o Índice Bovespa foi de 46.983 pontos. Para o cenário de juros, ataxa prefixada de 1 ano aplicada nas posições de 28.6.2013 foi de 9,42% a.a.Cenário 2: Foram determinados choques de 25% com base no mercado. Por exemplo: no cenário aplicado sobre as posições de 28.6.2013 o Índice Bovespafoi de 35.593 pontos. Para o cenário de juros, a taxa prefixada de 1 ano aplicada nas posições de 28.6.2013 foi de 11,76% a.a. Os cenários para os demaisfatores de risco também representaram choque de 25% nas respectivas curvas ou preços.

Cenário 3: Foram determinados choques de 50% com base no mercado. Por exemplo: no cenário aplicado sobre as posições de 28.6.2013 o Índice Bovespafoi de 23.729 pontos. Para o cenário de juros, a taxa prefixada de 1 ano aplicada nas posições de 28.6.2013 foi de 14,12% a.a. Os cenários para os demaisfatores de risco também representaram choque de 50% nas respectivas curvas ou preços.

7) OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL, OUTROS CRÉDITOS E PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

a) Os contratos de arrendamento mercantil possuem atualização prefixada ou pós-fixada e podem ter as seguintes características:• Arrendamento financeiro, com cláusula de não-cancelamento e opção de compra; e• Arrendamento operacional, com cláusula que possibilita o cancelamento e asseguram ao arrendatário a opção pela aquisição do bem a qualquer

momento, pelo valor de mercado.

b) Conciliação da composição da carteira de arrendamento financeiro, a valor presente, com os saldos contábeisEm 30 de junho - R$ mil

2013 2012Arrendamentos financeiros a receber ..................................................................................................... 5.713.644 6.929.384(-) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber ............................................................ (5.603.127) (6.813.966)Bens arrendados financeiros + perdas em arrendamentos (líquidas)..................................................... 13.109.726 13.980.287(-) Depreciação acumulada sobre bens arrendados financeiros:............................................................ (4.288.610) (4.091.472)

- Depreciações acumuladas............................................................................................................... (7.183.322) (7.210.266)- Superveniência de depreciação....................................................................................................... 2.894.712 3.118.794

(-) Valor residual garantido antecipado (Nota 14b).................................................................................. (3.219.527) (3.338.955)Total do valor presente ......................................................................................................................... 5.712.106 6.665.278

c) Carteiras e prazosEm 30 de junho - R$ mil

Curso normal1 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 360 Acima de Total Totaldias dias dias dias dias 360 dias 2013 (A) 2012 (A)

Operações de arrendamentomercantil ................................ 305.058 242.703 235.463 671.986 1.131.416 2.648.946 5.235.572 6.088.565

Outros créditos (1)................... 261 258 256 753 1.444 2.443 5.415 7.346Total em 2013 ......................... 305.319 242.961 235.719 672.739 1.132.860 2.651.389 5.240.987Total em 2012 ......................... 340.732 282.609 274.641 783.079 1.336.818 3.078.032 6.095.911

Em 30 de junho - R$ mil

Curso anormalParcelas vencidas

1 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 720 Total Totaldias dias dias dias dias 2013 (B) 2012 (B)

Operações de arrendamentomercantil ......................................... 22.128 18.267 12.605 22.712 17.137 92.849 100.197

Total em 2013 .................................. 22.128 18.267 12.605 22.712 17.137 92.849Total em 2012 .................................. 24.989 20.269 13.794 24.139 17.006 100.197

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISNOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISAs operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações que já haviam sido baixadas contraa provisão e que estavam controladas em contas de compensação são classificadas como nível “H”, e os eventuais ganhos provenientes da renegociaçãosomente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. Quando houver amortização significativa da operação, ou quando novos fatos relevantesjustificarem a mudança do nível de risco, poderá ocorrer a reclassificação da operação para categoria de menor risco.

h) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo)Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica“Outros Créditos - Diversos”, e as provisões para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dostítulos e valores mobiliários são registradas na rubrica “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”, sendo que para a superveniência de depreciação éaplicada somente a alíquota de imposto de renda.Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foramconstituídos. Tais créditos tributários são reconhecidos contabilmente com base nas expectativas atuais de realização, considerando os estudos técnicos eanálises realizadas pela Administração.A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%. A contribuição social sobre o lucroé calculada considerando a alíquota de 15% para empresas do segmento financeiro.Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.De acordo com a Lei nº 11.941/09, as modificações no critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquidodo período, introduzidas pela Lei nº 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38 da Lei nº 11.941/09, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real, devendoser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. Para fins contábeis, os efeitos tributários daadoção das mencionadas Leis estão registrados nos ativos e passivos diferidos correspondentes.

i) Despesas antecipadasSão representas pelas aplicações de recursos em pagamentos antecipados, cujos direitos de benefícios ou prestação de serviços ocorrerão em períodosfuturos. São registrados no resultado de acordo com o princípio da competência.Os custos incorridos que estão relacionados com ativos correspondentes, que gerarão receitas em períodos subsequentes, são apropriados ao resultadode acordo com os prazos e montantes dos benefícios esperados e baixados diretamente no resultado, quando os bens e direitos correspondentes já nãofizerem parte dos ativos da Instituição ou quando benefícios futuros não são mais esperados.

j) InvestimentosOs investimentos em empresas coligadas, com influência significativa ou participação de 20% ou mais no capital votante são avaliados pelo método deequivalência patrimonial.Os incentivos fiscais e outros investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas/redução ao valor recuperável(impairment), quando aplicável.

k) ImobilizadoCorresponde aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive osdecorrentes de operações que transfiram os riscos, benefícios e controles dos bens para a entidade.É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômicaestimada dos bens, sendo: imóveis de uso/edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistema de transportes -20% ao ano; e sistemas de processamento de dados - de 20% a 50% ao ano e ajustados por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável.

l) Redução ao valor recuperável de ativos (impairment)Os ativos financeiros e não financeiros são avaliados para verificar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido uma perda no seu valor recuperável.A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderam valor pode incluir o não pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, indicações deprocesso de falência ou mesmo, um declínio significativo ou prolongado do valor do ativo.Uma perda por redução ao valor recuperável (impairment) de um ativo financeiro ou não financeiro é reconhecida no resultado do período se o valor contábildo ativo ou unidade geradora de caixa exceder o seu valor recuperável.

m) Provisões, ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciáriasO reconhecimento, a mensuração e a divulgação das provisões, das contingências ativas e passivas e também das obrigações legais são efetuados deacordo com os critérios definidos pelo CPC 25, o qual foi aprovado pela Resolução nº 3.823/09 do CMN e pela Deliberação CVM nº 594/09, sendo:• Ativos Contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui controle da situação ou quando há garantias reais

ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não caibam mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo e pela confirmação dacapacidade de sua recuperação por recebimento ou compensação com outro passivo exigível. Os ativos contingentes, cuja expectativa de êxito é provável,são divulgados nas notas explicativas;

• Provisões: são constituídas levando em consideração a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores,a complexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos paraa liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança;

• Passivos Contingentes: de acordo com o CPC 25, o termo “contingente” é utilizado para passivos que não são reconhecidos, pois a sua existênciasomente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros e incertos que não estejam totalmente sob o controle da Administração.Os passivos contingentes não satisfazem os critérios de reconhecimento, pois são considerados como perdas possíveis, devendo apenas ser divulgadosem notas explicativas, quando relevantes. As obrigações classificadas como remotas não são provisionadas e nem divulgadas; e

• Obrigações Legais - Provisão para Riscos Fiscais: decorrem de processos judiciais, cujo objeto de contestação é sua legalidade ouconstitucionalidade que, independentemente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmentenas demonstrações contábeis.

Detalhamento dos processos judiciais, bem como a segregação e movimentação dos valores registrados, por natureza, estão apresentados na Nota 13.n) Outros ativos e passivosOs ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias, auferidas (em basepro rata dia) e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e mensuráveis, acrescidos dosencargos e das variações monetárias, incorridos (em base pro rata dia).o) Eventos subsequentesCorrespondem aos eventos ocorridos entre a data-base das demonstrações contábeis e a data de autorização para sua emissão.São compostos por:• Eventos que originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que já existiam na data-base das demonstrações contábeis; e• Eventos que não originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que não existiam na data-base das demonstrações contábeis.Não houve qualquer evento subsequente que requer ajustes ou divulgações para as demonstrações contábeis encerradas em 30 de junho de 2013.

4) CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXAEm 30 de junho - R$ mil

2013 2012Disponibilidades em moeda nacional ...................................................................................................... 11.721 34Total de disponibilidades (caixa) ......................................................................................................... 11.721 34Aplicações interfinanceiras de liquidez (1) .............................................................................................. 12.454.961 9.889.923Total caixa e equivalentes de caixa ..................................................................................................... 12.466.682 9.889.957

(1) Referem-se a operações cujo vencimento na data da efetiva aplicação, foi igual ou inferior a 90 dias e que apresentem risco insignificante de mudançade valor justo.

5) APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZa) Vencimentos

Em 30 de junho - R$ mil1 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 360 Acima de Totaldias dias dias dias dias 360 dias 2013 2012

Aplicações no mercadoaberto:

Posição bancada (1).............. 6.451.032 3.284.529 673.117 11.896.644 4.972.727 566.327 27.844.376 24.541.496Debêntures.............................. 4.301.105 3.284.529 673.117 11.794.287 4.972.727 566.327 25.592.092 21.157.660Letras do tesouro nacional ...... 2.149.927 - - - - - 2.149.927 3.000.000Outros...................................... - - - 102.357 - - 102.357 383.836Aplicações em depósitosinterfinanceiros:................... 8.000.000 - - 9.729.274 - 3.201.834 20.931.108 18.016.963

Aplicações em depósitosinterfinanceiros ...................... 8.000.000 - - 9.729.274 - 3.201.834 20.931.108 18.016.963

Total em 2013 ......................... 14.451.032 3.284.529 673.117 21.625.918 4.972.727 3.768.161 48.775.484Total em 2012 ......................... 12.411.480 1.298.239 934.191 10.124.753 4.220.694 13.569.102 42.558.459

(1) Prazo dos papéis que estão lastreando as operações.b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidezClassificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil2013 2012

Rendas de aplicações em operações compromissadas:Posição bancada ..................................................................................................................................... 850.631 1.405.757Subtotal .................................................................................................................................................. 850.631 1.405.757Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ............................................................................. 736.467 1.100.488Total (Nota 6b)........................................................................................................................................ 1.587.098 2.506.245

Em 30 de junho - R$ milCurso anormal

Parcelas vincendas Total Total Geral1 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 360 Acima de 2013 2012 2013 2012dias dias dias dias dias 360 dias (C) (C) (A+B+C) (A+B+C)

Operações de arrendamento mercantil ............................................... 21.034 19.200 18.938 53.646 87.556 183.311 383.685 476.516 5.712.106 6.665.278Outros créditos (1)............................................................................... - - - - - - - - 5.415 7.346Total em 2013 ..................................................................................... 21.034 19.200 18.938 53.646 87.556 183.311 383.685 5.717.521Total em 2012 ..................................................................................... 23.909 22.382 21.896 63.326 108.007 236.996 476.516 6.672.624

(1) A rubrica “Outros créditos” compreende devedores por compra de valores e bens.

d) Concentração de operações de arrendamento mercantil e outros créditosEm 30 de junho - R$ mil

2013 % 2012 %Maior devedor................................................................................... 62.804 1,1 32.405 0,5Vinte maiores devedores.................................................................. 541.890 9,5 414.054 6,2

e) Setor de atividade econômicaEm 30 de junho - R$ mil

2013 % 2012 %Setor público................................................................................... - - 1.379 -Intermediários financeiros ................................................................ - - 1.379 -Setor privado .................................................................................. 5.717.521 100,0 6.671.245 100,0Indústria .......................................................................................... 1.104.673 19,3 1.239.283 18,6Siderúrgica, metalúrgica e mecânica ............................................... 251.682 4,4 271.326 4,1Alimentícia e bebidas ....................................................................... 141.031 2,5 188.232 2,8Extração de minerais metálicos e não metálicos ............................. 97.833 1,7 96.592 1,4Química ............................................................................................ 91.198 1,6 65.753 1,0Artigos de borracha e plásticos ........................................................ 82.868 1,5 108.596 1,6Edição, impressão e reprodução...................................................... 77.663 1,4 85.923 1,4Materiais não metálicos.................................................................... 74.974 1,3 87.906 1,3Móveis e produtos de madeira ......................................................... 69.852 1,2 80.691 1,2Têxtil e confecções........................................................................... 51.951 0,9 61.563 0,9Autopeças e acessórios ................................................................... 44.924 0,8 45.602 0,7Eletroeletrônica................................................................................. 36.069 0,6 51.877 0,8Refino de petróleo e produção de álcool.......................................... 23.368 0,4 18.357 0,3Papel e celulose ............................................................................... 17.098 0,3 21.255 0,3Artefatos de couro ............................................................................ 13.121 0,2 15.746 0,2Veículos leves e pesados ................................................................. 12.833 0,2 15.100 0,2Demais indústrias............................................................................. 18.208 0,3 24.764 0,4

Em 30 de junho - R$ mil2013 % 2012 %

Comércio ......................................................................................... 1.226.773 21,5 1.427.953 21,4Produtos em lojas especializadas .................................................... 401.957 7,0 445.734 6,7Produtos alimentícios, bebidas e fumo............................................. 155.709 2,7 184.287 2,8Varejistas não especializados .......................................................... 122.580 2,2 135.654 2,0Reparação, peças e acessórios para veículos automotores ............ 99.344 1,7 130.689 2,0Resíduos e sucatas.......................................................................... 73.470 1,3 108.720 1,6Intermediário do comércio................................................................ 61.268 1,1 60.420 0,9Vestuário e calçados ........................................................................ 52.877 0,9 50.761 0,8Artigos de uso pessoal e doméstico................................................. 52.185 0,9 62.762 0,9Combustíveis.................................................................................... 42.887 0,8 59.085 0,9Atacadista de mercadorias em geral ................................................ 42.397 0,7 48.852 0,7Veículos automotores ....................................................................... 36.911 0,7 51.582 0,8Produtos agropecuários ................................................................... 16.408 0,3 20.776 0,3Demais comércios ............................................................................ 68.780 1,2 68.631 1,0Intermediários financeiros............................................................. 11.612 0,2 27.906 0,4Serviços........................................................................................... 2.828.623 49,5 3.168.960 47,5Transportes e armazenagens........................................................... 949.017 16,6 1.131.110 17,0Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas 650.114 11,4 687.856 10,3Construção civil ................................................................................ 555.555 9,7 584.575 8,8Atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial ................ 219.163 3,8 223.260 3,3Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas ........... 135.442 2,4 155.136 2,3Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social...... 119.502 2,1 147.400 2,2Alojamento e alimentação ................................................................ 59.696 1,1 66.040 1,0Telecomunicações ............................................................................ 11.809 0,2 16.585 0,2Produção e distribuição de eletricidade, gás e água........................ 5.830 0,1 13.530 0,2Demais serviços ............................................................................... 122.495 2,1 143.468 2,2Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal 80.020 1,4 105.859 1,6Pessoa física................................................................................... 465.820 8,1 701.284 10,5Total ................................................................................................. 5.717.521 100,0 6.672.624 100,0

f) Composição da carteira e da provisão para créditos de liquidação duvidosa por nível de riscoEm 30 de junho - R$ mil

% Mínimode provisio- Carteira Provisão Mínima Requerida

namento Curso Curso Específica 2013 2012Nível de risco requerido normal anormal Total (1) % Vencidas Vincendas Genérica Total % Total %AA............................................................................... - 59.224 - 59.224 1,0 - - - - - - -A ................................................................................. 0,5 433.278 - 433.278 7,6 - - 2.166 2.166 0,5 2.639 0,5B ................................................................................. 1,0 1.247.736 3.463 1.251.199 21,9 2 33 12.477 12.512 2,8 13.022 2,5C................................................................................. 3,0 3.206.975 60.582 3.267.557 57,2 162 1.655 96.209 98.026 21,6 118.561 23,0Subtotal ..................................................................... 4.947.213 64.045 5.011.258 87,7 164 1.688 110.852 112.704 24,9 134.222 26,0D................................................................................. 10,0 183.984 125.393 309.377 5,4 1.345 11.194 18.398 30.937 6,8 34.766 6,7E ................................................................................. 30,0 20.435 43.651 64.086 1,1 2.018 11.077 6.131 19.226 4,3 26.302 5,1F ................................................................................. 50,0 26.471 37.723 64.194 1,1 3.553 15.309 13.235 32.097 7,1 33.748 6,6G................................................................................. 70,0 6.912 28.844 35.756 0,6 4.435 15.756 4.838 25.029 5,5 37.592 7,3H................................................................................. 100,0 55.972 176.878 232.850 4,1 53.632 123.246 55.972 232.850 51,4 248.656 48,3Subtotal ..................................................................... 293.774 412.489 706.263 12,3 64.983 176.582 98.574 340.139 75,1 381.064 74,0Total em 2013 ............................................................ 5.240.987 476.534 5.717.521 100,0 65.147 178.270 209.426 452.843 100,0% ................................................................................ 91,7 8,3 100,0 14,4 39,4 46,2 100,0Total em 2012 ............................................................ 6.095.911 576.713 6.672.624 100,0 67.077 199.342 248.867 515.286 100,0% ................................................................................ 91,4 8,6 100,0 13,0 38,7 48,3 100,0

(1) Inclui o valor dos resíduos das contraprestações, dos residuais parcelados e final, dos contratos de arrendamento mercantil com cláusula de variação cambial, que estão sendo questionados judicialmente.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

...continuação...continuação

continua...

Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento MercantilEmpresa da Organização Bradesco

CNPJ 47.509.120/0001-82Sede: Cidade de Deus, s/nº - Prédio Prata - 2º Andar - Vila Yara - Osasco - SP

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISNOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosaEm 30 de junho - R$ mil

2013 2012Saldo inicial............................................................................................................................................ 499.668 510.438(Reversão)/constituição de provisão ....................................................................................................... (34.905) 15.654Baixas para prejuízo................................................................................................................................ (11.920) (10.806)Saldo final .............................................................................................................................................. 452.843 515.286- Provisão específica (1).......................................................................................................................... 243.417 266.419- Provisão genérica (2) ............................................................................................................................ 209.426 248.867Recuperação de créditos baixados como prejuízo (3) ...................................................................... 36.856 32.120Renegociação de créditos no semestre.............................................................................................. 68.457 82.764

(1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias;(2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; e(3) Registrada em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN.h) O imobilizado de arrendamento é composto como segue:

Em 30 de junho - R$ mil2013 2012

Veículos e afins ....................................................................................................................................... 7.342.380 8.357.061Máquinas e equipamentos ...................................................................................................................... 3.644.720 3.846.938Outros...................................................................................................................................................... 1.981.684 1.629.752Perdas em arrendamentos a amortizar (líquida) (Nota 3g - IV) .............................................................. 140.942 146.536Total de bens arrendados ..................................................................................................................... 13.109.726 13.980.287Depreciação acumulada de bens arrendados......................................................................................... (7.183.322) (7.210.266)Superveniência de depreciação (Nota 3g -V).......................................................................................... 2.894.712 3.118.794Total da depreciação acumulada ......................................................................................................... (4.288.610) (4.091.472)Imobilizado de arrendamento............................................................................................................... 8.821.116 9.888.815

A Bradesco Leasing apurou no período insuficiência de depreciação no montante de R$ 208.815 mil (2012 - superveniência de R$ 12.188 mil) registrada emimobilizado de arrendamento, sendo R$ 7.681 mil (2012 - R$ 10.149 mil) com a realização de superveniência classificada em bens não de uso próprio, emdecorrência de reintegração de posse de bens arrendados e R$ 201.134 mil (2012 - R$ 22.337 mil) em resultado do período.

8) OUTROS CRÉDITOS

a) Rendas a receber

Em 30 de junho - R$ mil

2013 2012

Dividendos............................................................................................................................................... 32 2.903Total ........................................................................................................................................................ 32 2.903

b) DiversosEm 30 de junho - R$ mil

2013 2012

Créditos tributários (Nota 22c)................................................................................................................. 321.386 328.960Devedores por depósitos em garantia..................................................................................................... 489.689 457.040Impostos e contribuições a compensar/recuperar................................................................................... 103.819 67.531Pagamentos a ressarcir........................................................................................................................... 15.787 15.683Devedores por compra de valores e bens............................................................................................... 5.415 7.346Outros...................................................................................................................................................... 2.145 11.414Total ........................................................................................................................................................ 938.241 887.974

9) INVESTIMENTOS

a) Ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”:Em 30 de junho - R$ mil

Patrimônio Quantidade de ações/cotas Participação Lucro Ajuste decorrentelíquido possuídas (em milhares) no capital líquido Valor contábil de avaliação (1)

Empresas Capital social ajustado Ações Cotas social % ajustado 2013 2012 2013 2012Aquarius Holdings Ltda. .............................................................................. 32.658 65.434 - 6.368 19,500 1.438 12.760 12.196 280 348Serel Participações em Imóveis S.A. .......................................................... 212.000 1.517.313 257 - 1,781 35.992 26.490 20.313 641 883Total ............................................................................................................ 39.250 32.509 921 1.231

(1) Ajuste decorrente de avaliação considera os resultados apurados, periodicamente, pelas companhias e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, quando aplicável.

b) Outros investimentosEm 30 de junho - R$ mil

2013 2012Aplicações por incentivos fiscais ............................................................................................................. 25.988 25.988Títulos patrimoniais ................................................................................................................................. 3 3Outros investimentos............................................................................................................................... 403 403Subtotal .................................................................................................................................................. 26.394 26.394Provisão para perdas em outros investimentos....................................................................................... (19.579) (19.579)Total ........................................................................................................................................................ 6.815 6.815

10) IMOBILIZADO DE USO E DE ARRENDAMENTOEm 30 de junho - R$ milCusto líquido

de depreciaçãoTaxa Custo Depreciação 2013 2012

Imóveis de uso:- Terrenos.......................................................................................... 2.714 - 2.714 2.714- Edificações..................................................................................... 4% 22.343 (19.894) 2.449 3.343Outras imobilizações de uso ............................................................ 20% 155 (155) - -Imobilizado de arrendamento ........................................................... 13.109.726 (4.288.610) 8.821.116 9.888.815Total em 2013 .................................................................................. 13.134.938 (4.308.659) 8.826.279Total em 2012 .................................................................................. 14.005.499 (4.110.627) 9.894.872

11) RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS - DEBÊNTURESa) A sociedade mantém registros na CVM de emissão para distribuição pública de debêntures escriturais, não conversíveis em ações, da espéciesubordinada aos demais credores, remuneradas pela variação dos “Certificados de depósitos interfinanceiros”, conforme segue:

Em 30 de junho - R$ milValor da Valor contábil

Emissão operação Vencimento Remuneração 2013 2012Fevereiro/2005 (1) ............................................................... 4.000.000 2025 100% CDI 10.236.168 9.548.834Fevereiro/2005 (2) ............................................................... 4.050.000 2025 100% CDI 10.058.189 9.668.195Fevereiro/2005 (3) ............................................................... 8.775.000 2025 100% CDI 19.419.958 20.947.756Janeiro/2008 (4) .................................................................. 6.750.000 2028 100% CDI 11.441.858 10.673.565Junho/2011 (5) .................................................................... 4.750.000 2016 100% CDI 5.650.947 5.271.500Junho/2011 (5)..................................................................... 4.750.000 2021 100% CDI 5.453.426 5.271.500Outubro/2012 (6) (Nota 1) ................................................... 10.000.000 2032 100% CDI 4.195.571 -Total .................................................................................... 43.075.000 66.456.117 61.381.350

Sob nº CVM/SRE/PRO/2005/004, em 15 de abril de 2005, foi arquivado na CVM o Primeiro Programa de Distribuição Pública de Debêntures, com prazode duração de até 2 anos e limite de R$ 10,0 bilhões do qual foram realizadas, até 30 de setembro de 2005, as seguintes emissões:

(1) Sob nº CVM/SRE/DEB/2005/017, simples, 40.000.000 (1a emissão), com valor unitário de R$ 100,00, com data de emissão em 1º de fevereiro de 2005,perfazendo o valor total da emissão de R$ 4,0 bilhões com prazo de 20 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratóriosna data de vencimento das debêntures;

(2) Sob nº CVM/SRE/DEB/2005/045, simples, 30.000.000 (3a emissão), com a utilização do excedente de 35%, com valor unitário de R$ 100,00, com datade emissão em 1º de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 4,05 bilhões, com prazo de 20 anos, contando da data de emissão,com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures;Sob nº CVM/SRE/PRO/2006/003, em 28 de junho de 2006, foi arquivado na CVM o Segundo Programa de Distribuição Pública de Debêntures, comprazo de duração de até 2 anos e limite de R$ 10,0 bilhões do qual foi realizada, até 18 de dezembro de 2006 a seguinte emissão:

(3) Sob nº CVM/SRE/DEB/2006/024, simples, 65.000.000 (4a emissão), com utilização do excedente de 35%, com valor unitário de R$ 100,00, com data deemissão em 1º de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 8,8 bilhões, com prazo de 20 anos, contados da data de emissão, compagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures. Em junho de 2013 contemplava 11.862.389 debêntures em tesouraria, novalor de R$ 3,0 bilhões;Sob nº CVM/SRE/PRO/2008/002, em 17 de janeiro de 2008, foi arquivado na CVM o Terceiro Programa de Distribuição Pública de Debêntures, comprazo de duração de até 2 anos e limite de R$ 10,0 bilhões do qual foi realizada, até 31 de março de 2008 a seguinte emissão:

(4) Sob nº CVM/SRE/DEB/2008/003, simples, 50.000.000 (5ª emissão), com utilização do excedente de 35%, com valor unitário de R$ 100,00, com datade emissão em 2 de janeiro de 2008, perfazendo o valor total da emissão de R$ 6,75 bilhões, com prazo de 20 anos, contados da data de emissão, compagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures;

(5) Simples, 190.000.000 (6ª emissão, duas séries, sendo 95.000.000 cada série), com valor unitário de R$ 50,00, com data de emissão em 20 de junho de2011, perfazendo o valor total da emissão de R$ 9,5 bilhões, com prazo de 5 anos a 1ª série e 10 anos a 2ª série, contados da data de emissão, compagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures; e

(6) Sob nº CVM/SRE/DEB/2012/023, em 17 de outubro de 2012, foi registrado na CVM a 7ª emissão de 1.000.000.000 de Debêntures simples, com valorunitário de R$ 10,00, com data de emissão em 15 de outubro de 2012, perfazendo o valor de R$ 10,0 bilhões, com prazo de 20 anos, contados da datade emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures. Em junho de 2013 contemplava 600.000.000 debênturesem tesouraria, no valor de R$ 6,2 bilhões.

b) Repactuação de debênturesEm 2 de janeiro de 2013, houve a repactuação das debêntures, relativa à 5ª emissão com vencimento para 2028, conforme AGE do Conselho deAdministração, realizada em 4 de dezembro de 2012, deliberando:I - Juros Remuneratórios: a partir de 2 de janeiro de 2013 e até 2 de janeiro de 2028, as Debêntures renderão juros equivalentes à variação acumulada de100% (cento por cento) das taxas médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros - DI de um dia, Extra-Grupo (Taxas DI), expressas na forma porcentual aoano, base 252 (duzentos e cinquenta e dois) dias úteis, calculadas e divulgadas pela CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos, incidente sobreo valor nominal da debênture, pro rata temporis; eII - Esclarecer que permanecem inalteradas todas as demais características das Debêntures.c) Despesas de DebênturesO montante de despesas de atualização das operações de debêntures no período somou R$ 2.230.151 mil (2012 - R$ 2.880.213 mil), apropriadas emcontas de resultado.

12) OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍSa) Obrigações por repasses

Em 30 de junho - R$ mil1 a 30 31 a 60 61 a 180 181 a 360 1 a 3 Acima dedias dias dias dias anos 3 anos 2013 2012

FINAME................................... 10.357 9.195 33.944 44.395 102.365 26.287 226.543 313.599Total em 2013 ......................... 10.357 9.195 33.944 44.395 102.365 26.287 226.543% ............................................. 4,6 4,0 15,0 19,6 45,2 11,6 100,0Total em 2012 ......................... 14.700 12.935 47.634 60.900 137.047 40.343 313.559% ............................................. 4,7 4,1 15,2 19,4 43,7 12,9 100,0b) Despesas de Operações de Empréstimos e RepassesO montante de despesas de operações FINAME no período somou R$ 5.894 mil (2012 - R$ 10.501 mil), apropriadas em contas de resultado.

13) PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIASa) Ativos contingentesNão são reconhecidos contabilmente ativos contingentes, porém, existem processos em curso cuja perspectiva de êxito é provável, tais como: a) Programade Integração Social - (PIS), que pleiteia a compensação do PIS sobre a Receita Operacional Bruta, recolhido nos termos dos Decretos Leis nº 2.445/88e nº 2.449/88, naquilo que excedeu ao valor devido nos termos da Lei Complementar nº 07/70 (PIS Repique); e b) outros tributos, cuja legalidade e/ouconstitucionalidade está sendo questionada, que poderão ocasionar o ressarcimento dos valores recolhidos.b) Provisões classificados como perdas prováveis e Obrigações legais - fiscais e previdenciáriasA Instituição é parte em processos judiciais de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades.Na constituição das provisões a Administração leva em conta: a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processosanteriores, a complexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável.A Administração da Bradesco Leasing entende que a provisão constituída é suficiente para atender às perdas decorrentes dos respectivos processos.O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o desfecho da ação, representado por decisões judiciais, sobre as quais nãocaiba mais recursos, ou a sua prescrição.I - Processos trabalhistasSão ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial, o pagamento de “horas extras” em razão de interpretação do artigo224 da Consolidação das Leis do Trabalho. Nos processos em que é exigido depósito judicial para garantia de execução, o valor das provisões trabalhistasé constituído considerando a efetiva perspectiva de perda destes depósitos. Para os demais processos, a provisão é constituída com base no valor médioapurado dos pagamentos efetuados de processos encerrados nos últimos 12 meses.II - Processos cíveisSão pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente por meio de sistema informatizado e provisionadassempre que a perda for avaliada como provável, considerando a opinião de assessores jurídicos, natureza das ações, similaridade com processos anteriores,complexidade e posicionamento de Tribunais.Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multasque possam causar impactos representativos no resultado financeiro da Instituição.III - Obrigações legais - Provisão para riscos fiscaisA Bradesco Leasing vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmenteprovisionados, não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazos, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. Essas obrigaçõeslegais e as provisões avaliadas como de risco provável, tem acompanhamento regular de suas evoluções nos trâmites do Judiciário, e no decorrer ou noencerramento de cada processo, poderão resultar em condições favoráveis à Instituição, com a reversão das respectivas provisões.A principal questão é:CPMF - R$ 108.772 mil (2012 - R$ 104.170 mil) pleiteia, isonomicamente às instituições financeiras, a aplicação da alíquota “zero” de CPMF sobre asmovimentações financeiras típicas de seu objeto social, relacionadas no artigo 3º das Portarias MF nos 06/97 e 134/99, incisos I, XIX e XXVI.IV - Movimentação das provisões

Em 30 de junho - R$ milFiscais e

Trabalhistas Cíveis previdenciárias (1)No início do 1º semestre de 2013.................................................................. 439 63.271 261.410Atualização monetária...................................................................................... 154 2.380 5.241Constituições líquidas de reversões................................................................. - 41 -Baixa por pagamento ....................................................................................... (18) (2.345) (1.495)No final do 1º semestre de 2013 (Nota 14) ................................................... 575 63.347 265.156No final do 1º semestre de 2012 (Nota 14) ................................................... 435 64.773 224.229

(1) Compreende, substancialmente, obrigações legais.c) Passivos contingentes classificados como perdas possíveisA Bradesco Leasing mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a Instituição figura como “autora”ou “ré” e, amparada na opinião dos assessores jurídicos, classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Periodicamente são realizadasanálises sobre as tendências jurisprudenciais e efetivada, se necessária, a reclassificação dos riscos desses processos. Neste contexto, os processoscontingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente. Os principais processos com essa classificação relacionam-se ao ISSQN de empresas de Arrendamento Mercantil, cuja totalidade dos processos corresponde a R$ 1.045.429 mil (2012 - R$ 974.916 mil), em que sediscute a exigência do referido tributo por municípios outros que não aqueles onde as empresas estão instaladas para os quais o tributo é recolhido na formada lei, havendo casos de nulidades formais ocorridas na constituição do crédito tributário.

14) OUTRAS OBRIGAÇÕESa) Fiscais e previdenciárias

Em 30 de junho - R$ mil2013 2012

Provisão para riscos fiscais (Nota 13b) ................................................................................................... 265.156 224.229Provisão para impostos e contribuições diferidos (Nota 22c).................................................................. 789.010 835.189Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar...................................................................................... 33.783 56.780Impostos e contribuições a recolher........................................................................................................ 3.374 13.106Total ........................................................................................................................................................ 1.091.323 1.129.304b) Diversas

Em 30 de junho - R$ mil2013 2012

Credores por antecipação de valor residual (Nota 7b)............................................................................ 3.219.527 3.338.955Provisão para riscos - cíveis (Nota 13b).................................................................................................. 63.347 64.773Obrigações por aquisição de bens e direitos .......................................................................................... 3.920 8.228Provisão para riscos - trabalhistas (Nota 13b) ........................................................................................ 575 435Outras...................................................................................................................................................... 14.426 23.883Total ........................................................................................................................................................ 3.301.795 3.436.274

15) PATRIMÔNIO LÍQUIDOa) Capital socialO capital social, no montante de R$ 2.290.000 mil (2012 - R$ 7.127.800 mil), totalmente subscrito e integralizado, dividido em 23.422 ações ordinárias,nominativas escriturais, sem valor nominal.b) Movimentação do capital social

Quantidadede ações R$ mil

Em 1º de janeiro de 2012....................................................................................................................... 23.422 7.127.800Redução de Capital - AGE de 8.10.2012 (1)........................................................................................... - (5.500.000)Aumento de Capital - AGE de 30.4.2013 (2) ........................................................................................... - 662.200Em 30 de junho de 2013........................................................................................................................ 23.422 2.290.000

(1) Homologação pelo BACEN em 10 de outubro de 2012 da Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Administração da Instituição, deliberando aredução do capital social no montante de R$ 5.500.000 mil, sem cancelamento de ações, a fim de ajustar o excesso de capital às suas necessidades(Nota 1); e

(2) Homologação pelo BACEN em 27 de maio de 2013 da Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Administração da Instituição, deliberandoaumentar o capital social em R$ 662.200 mil, sem emissão de ações.

c) Reservas de LucrosEm 30 de junho - R$ mil

2013 2012Reservas de lucros................................................................................................................................ 2.169.133 2.505.409- Reserva Legal (1).................................................................................................................................. 195.948 174.576- Reservas Estatutárias (2)...................................................................................................................... 1.973.185 2.330.833

(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescidodas reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capitalou para compensar prejuízos; e

(2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100%do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado.

d) Dividendos e Juros sobre o CapitalAos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendo mínimo obrigatório, em cada exercício, que somados não seja inferior a25% do lucro líquido ajustado, nos termos da legislação societária. Fica a Diretoria autorizada a declarar e pagar dividendos/juros sobre o capital próprio,intermediários, especialmente semestrais e mensais, utilizando-se das contas de lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes, e, podendoainda, autorizar a distribuição de lucros a título de juros sobre o capital próprio em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, ou, em adiçãoaos mesmos.Demonstrativo dos dividendos relativos aos semestres findos em 30 de junho

R$ mil2013 2012

Lucro Líquido......................................................................................................................................... 180.060 334.564(-) Reserva Legal - 5% sobre o lucro....................................................................................................... (9.003) (16.728)Base de cálculo ..................................................................................................................................... 171.057 317.836Dividendos propostos........................................................................................................................... 42.765 79.459Percentual em relação à base de cálculo............................................................................................ 25,0% 25,0%Valor em Reais por ação....................................................................................................................... 1.825,85 3.392,49

16) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVASSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2013 2012Jurídicas processuais .............................................................................................................................. 5.160 2.374Serviços técnicos especializados............................................................................................................ 3.484 3.960Apreensão de bens ................................................................................................................................. 1.726 1.405Serviços do sistema financeiro................................................................................................................ 1.164 911Processamento de dados........................................................................................................................ 1.158 1.433Emolumentos judiciais e cartorários........................................................................................................ 1.115 5.129Propaganda, promoções e publicidade ................................................................................................... 570 376Depreciações e amortizações ................................................................................................................. 447 447Serviços de terceiros............................................................................................................................... 149 219Transportes.............................................................................................................................................. 53 88Outras...................................................................................................................................................... 189 110Total ........................................................................................................................................................ 15.215 16.452

17) DESPESAS TRIBUTÁRIASSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2013 2012COFINS................................................................................................................................................... 13.098 26.179ISS........................................................................................................................................................... 3.814 4.226PIS........................................................................................................................................................... 2.128 4.254Outras...................................................................................................................................................... 1.625 1.262Total ........................................................................................................................................................ 20.665 35.921

18) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAISSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2013 2012Variações monetárias ativas.................................................................................................................... 16.953 21.047Aditivos contratuais ................................................................................................................................. 5.025 3.889Reversão de outras despesas operacionais............................................................................................ 3.915 1.384Outras...................................................................................................................................................... 14 102Total ........................................................................................................................................................ 25.907 26.422

19) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAISSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2013 2012Descontos concedidos ............................................................................................................................ 16.324 14.382Variações monetárias passivas ............................................................................................................... 5.418 5.933Outras provisões operacionais ................................................................................................................ 2.624 3.103Indenizações pagas................................................................................................................................. 1.091 477Doações - Lei Rouanet............................................................................................................................ - 3.714Outras...................................................................................................................................................... 234 10Total ........................................................................................................................................................ 25.691 27.619

20) RESULTADO NÃO OPERACIONALSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2013 2012Provisão para desvalorização de outros valores e bens ......................................................................... (13.025) (13.257)Resultado na alienação de outros valores e bens................................................................................... (2.589) (7.453)Aluguéis................................................................................................................................................... 925 858Total ........................................................................................................................................................ (14.689) (19.852)

21) TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASa) As transações com o controlador e empresas coligadas estão assim representadas:

Em 30 de junho - R$ mil2013 2012 2013 2012

Ativos Ativos Receitas Receitas(passivos) (passivos) (despesas) (despesas)

Disponibilidades:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... 11.721 34 - -Aplicações em depósitos interfinanceiros:Banco Bradesco S.A. ...................................................................... 10.931.108 18.016.963 736.467 1.100.488Banco Bradesco Financiamentos S.A. ............................................. 10.000.000 - - -Aplicações no mercado aberto:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... 27.844.376 24.541.496 850.631 1.405.757Dividendos:Banco Bradesco S.A. (Pagar)........................................................... (180.977) (79.459) - -Outras Coligadas (Receber)............................................................. 20 2.891 - -Debêntures (Nota 11):Banco Bradesco S.A. ....................................................................... (66.456.117) (61.381.350) (2.230.151) (2.880.213)Aluguel:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... - - 925 858b) Abertura por vencimento e taxa

Em 30 de junho - R$ milValor contábil

Vencimento Taxa 2013 2012i - Aplicações em depósitos interfinanceiros:2012........................................................................................................... CDI 100% - 5.007.9752013........................................................................................................... CDI 100% 17.729.274 -2016........................................................................................................... CDI 100% 3.201.138 486.4742016........................................................................................................... PRÉ 9,2% - 100.0242025........................................................................................................... CDI 100,5% 696 478.6632025........................................................................................................... CDI 101% - 11.410.3992028........................................................................................................... CDI 101% - 533.428Total .......................................................................................................... 20.931.108 18.016.963

ii - Aplicações no mercado aberto (1):2012........................................................................................................... CDI 100% - 605.1872013........................................................................................................... CDI 100% 308.670 1.876.3802013........................................................................................................... SELIC 100% - 3.000.0002014........................................................................................................... CDI 100% 3.025.383 2.993.5832014........................................................................................................... SELIC 100% 500.000 -2015........................................................................................................... CDI 100% 2.580.868 2.923.9692016........................................................................................................... CDI 100% 2.495.031 3.014.8492016........................................................................................................... SELIC 100% 1.495.000 -2017........................................................................................................... CDI 100% 2.900.142 1.358.6602018........................................................................................................... CDI 100% 3.420.938 3.270.4432019........................................................................................................... CDI 100% 2.061.863 7.6062020........................................................................................................... CDI 100% 4.262.155 2.695.6612021........................................................................................................... CDI 100% 2.754.828 2.588.8742022........................................................................................................... CDI 100% 1.813.770 -2024........................................................................................................... CDI 100% 225.728 206.284Total .......................................................................................................... 27.844.376 24.541.496

(1) Prazo dos papéis que estão lastreando as operações.c) Remuneração do pessoal-chave da AdministraçãoAnualmente na Assembleia Geral Ordinária é fixado:• O montante global anual da remuneração dos Administradores, que é definido em reunião do Conselho de Administração da Organização Bradesco, a ser

paga aos membros do próprio Conselho e da Diretoria, conforme determina o Estatuto Social.A Instituição é parte integrante da Organização Bradesco e seus administradores são remunerados pelos cargos que ocupam no Banco Bradesco S.A.,controlador da Instituição. Não há pagamento de remuneração de curto prazo a empregados e administradores.A Instituição não possui benefícios de longo prazo de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração em instrumento baseado em ações, nos termos doCPC 10 - Pagamento Baseado em Ações, aprovado pela Resolução CMN nº 3.989/11, para seu pessoal-chave da Administração.

quarta-feira, 14 de agosto de 201310 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento MercantilEmpresa da Organização Bradesco

CNPJ 47.509.120/0001-82Sede: Cidade de Deus, s/nº - Prédio Prata - 2º Andar - Vila Yara - Osasco - SP

...continuação...continuação

Outras informaçõesConforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos para:a) Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau;b) Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; ec) Pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer diretores ou administradores da própriainstituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º grau.Dessa forma, não são efetuados pelas instituições financeiras empréstimos ou adiantamentos a qualquer subsidiária, membros do Conselho de Administraçãoou da Diretoria Executiva e seus familiares.

22) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição socialSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2013 2012Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ................................................................... 324.258 573.213Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 15% (1)...................... (129.703) (229.285)Efeitos das adições e exclusões no cálculo dos tributos:Participações em coligadas..................................................................................................................... 369 492Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis .................................................................. (14.509) (13.603)Outros valores ......................................................................................................................................... (355) 3.747Imposto de renda e contribuição social do semestre........................................................................ (144.198) (238.649)

(1) A alíquota da Contribuição Social para as empresas do segmento financeiro foi elevada para 15% de acordo com a Lei nº 11.727/08 (Nota 3h).

b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição socialSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2013 2012Impostos correntes:Imposto de renda e contribuição social devidos...................................................................................... (134.139) (248.341)Impostos diferidos:Constituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias........................................................ (10.059) 13.279Utilização de saldos iniciais de:Prejuízo fiscal .......................................................................................................................................... - (3.587)Total dos impostos diferidos................................................................................................................ (10.059) 9.692Imposto de renda e contribuição social do semestre........................................................................ (144.198) (238.649)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidosR$ mil

Saldo em Saldo em31.12.2012 Constituição Realização 30.6.2013

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ...................................... 225.298 - 13.916 211.382Provisões cíveis...................................................................................... 25.308 1.050 1.019 25.339Provisões para contingências fiscais e trabalhistas ............................... 58.489 2.104 209 60.384Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ....................... 4.877 - - 4.877Provisão para desvalorização de bens não de uso................................ 16.564 5.210 3.178 18.596Outros valores ........................................................................................ 909 - 101 808Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias........... 331.445 8.364 18.423 321.386Total dos créditos tributários (Nota 8b).............................................. 331.445 8.364 18.423 321.386Obrigações fiscais diferidas (Notas 14a e 22e) ................................. 836.404 4.945 52.339 789.010Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas........ (504.959) 3.419 (33.916) (467.624)

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporáriasEm 30 de junho de 2013 - R$ mil

Diferenças temporáriasImposto Contribuiçãode renda social Total

2013........................................................................................................... 58.260 34.206 92.4662014........................................................................................................... 70.884 41.768 112.6522015........................................................................................................... 64.566 38.400 102.9662016........................................................................................................... 4.211 2.558 6.7692017........................................................................................................... 3.998 2.431 6.4292018 (1º Sem.) .......................................................................................... 65 39 104Total .......................................................................................................... 201.984 119.402 321.386

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente doscréditos tributários, calculado considerando a taxa média de captação, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 308.968 mil (2012 - R$ 317.570 mil) dediferenças temporárias.e) Obrigações fiscais diferidasAs obrigações fiscais diferidas no montante de R$ 789.010 mil (2012 - R$ 835.189 mil) são relativas à superveniência de depreciação R$ 723.678 mil(2012 - R$ 779.698 mil), atualização monetária sobre depósitos judiciais R$ 64.586 mil (2012 - R$ 54.456 mil), ajuste a valor de mercado dos títulos e valoresmobiliários R$ 107 mil (2012 - R$ 130 mil) e reserva de reavaliação R$ 639 mil (2012 - R$ 905 mil), respectivamente.

23) OUTRAS INFORMAÇÕESa) Conforme previsto no Ofício Circular CVM nº 01/07, a Bradesco Leasing está dispensada de apurar o valor de mercado das operações de arrendamentomercantil, os quais encontram-se registrados, a valor presente, de acordo com a Lei nº 6.099/74, substancialmente, como imobilizado de arrendamento.O valor contábil dos demais instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais em 30 de junho de 2013 equivale, aproximadamente, ao valor derealização desses instrumentos.b) O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento mercantil.Os bens de uso da sociedade não estão segurados, estando os possíveis riscos sob a responsabilidade da Instituição.c) Gerenciamento de riscosA atividade de gerenciamento dos riscos é altamente estratégica em virtude da crescente complexidade dos serviços e produtos, e da globalização dosnegócios da Organização Bradesco, motivo de constante aprimoramento desta atividade na busca das melhores práticas.A Organização Bradesco exerce o controle corporativo dos riscos de modo integrado e independente, preservando e valorizando o ambiente de decisõescolegiadas, desenvolvendo e implementando metodologias, modelos, ferramentas de mensuração e controle. Promove ainda a atualização dos colaboradoresem todos os níveis hierárquicos, desde as áreas de negócios até o Conselho de Administração.O processo de gerenciamento permite que os riscos sejam proativamente identificados, mensurados, mitigados, acompanhados e reportados, o que se faznecessário em face da complexidade dos produtos financeiros e do perfil de atividades da Organização Bradesco.A Bradesco Leasing, como parte integrante da Organização Bradesco adota a estrutura de gerenciamento de riscos desta, no gerenciamento de risco decrédito, de mercado, de liquidez e operacional.d) Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiuvários procedimentos contábeis, bem como suas interpretações e orientações, os quais serão aplicáveis às instituições financeiras somente quandoaprovado pelo CMN.Os pronunciamentos contábeis já aprovados foram:• Resolução nº 3.566/08 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01);• Resolução nº 3.604/08 - Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03);• Resolução nº 3.750/09 - Divulgação sobre Partes Relacionadas (CPC 05);• Resolução nº 3.823/09 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25);• Resolução nº 3.973/11 - Evento subsequente (CPC 24);• Resolução nº 3.989/11 - Pagamento baseado em Ações (CPC 10);• Resolução nº 4.007/11 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro (CPC 23); e• Resolução nº 4.144/12 - Pronunciamento Conceitual Básico (R1).Atualmente, não é possível estimar quando o CMN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis do CPC e tampouco se a utilização dos mesmos seráde maneira prospectiva ou retrospectiva.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISNOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISRELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Aos Administradores da

Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento MercantilOsasco - SP

Examinamos as demonstrações contábeis da Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil (“Instituição”), que compreendem o balanço patrimonial em30 de junho de 2013 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre findo naqueladata, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeisA Administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos controles internos que ela determinoucomo necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo comas normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria sejaplanejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nasdemonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevantenas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internosrelevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Instituição para planejar os procedimentos de auditoria que sãoapropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Instituição. Uma auditoria inclui,também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como aavaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva.

Base para opinião com ressalvaA Instituição registra as suas operações e elabora as suas demonstrações contábeis com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo BancoCentral do Brasil, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil na rubrica “provisão para superveniência ou insuficiênciade depreciação”, classificada no ativo permanente, conforme mencionado nas notas explicativas às demonstrações contábeis nº 3g.V e 7b. Essas diretrizesnão requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com as disposições da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativocirculante e realizável a longo prazo, e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado e do patrimônio líquido, de acordocom as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Opinião com ressalvaEm nossa opinião, exceto quanto a não reclassificação de saldos mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações contábeis acima referidas apresentamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil em 30 de junhode 2013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadasno Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Outros assuntos

Demonstração do valor adicionadoExaminamos também a demonstração do valor adicionado (DVA), elaborada sob a responsabilidade da administração da Instituição, para o semestre findoem 30 de junho de 2013, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas. Essa demonstração foi submetida aosmesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes,em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Osasco, 19 de julho de 2013

KPMG Auditores Independentes Cláudio Rogélio SertórioCRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP212059/O-0

DIRETORIA

PresidenteLázaro de Mello Brandão

Vice-PresidenteAntônio Bornia

MembrosMário da Silveira Teixeira JúniorLuiz Carlos Trabuco CappiCarlos Alberto Rodrigues GuilhermeMilton Matsumoto

Conselho de Administração

Célio Magalhães

Contador – CRC 1SP199295/O-5

Diretor-PresidenteLuiz Carlos Trabuco Cappi

Diretores Vice-PresidenteJulio de Siqueira Carvalho de AraujoDomingos Figueiredo de AbreuJosé Alcides MunhozAurélio Conrado BoniSérgio Alexandre Figueiredo ClementeMarco Antonio Rossi

Diretor Gerente e Diretor deRelações com InvestidoresLuiz Carlos Angelotti

Diretoria

Estamos avançando ao máximo para facilitar a questão do visto.John Kerry, secretário de Estado dos EUApolítica

Kerry tenta defender a espionagemSecretário de Estado dos EUA, John Kerry, diz que a coleta de informações protegeu os norte-americanos e também outros povos, caso dos brasileiros.

Cobrado tanto pelapresidente DilmaRousseff quanto pe-lo chanceler brasilei-

ro, Antonio Patriota, o secretá-rio de Estado dos EUA, JohnKerry, saiu ontem em defesada "coleta de informações"promovida pela Casa Branca edisse que a medida ajudou aproteger cidadãos, inclusivebrasileiros. Kerry esteve emBrasília, completando o rotei-ro pela América do Sul, apósuma parada na Colômbia, egarantiu que o Brasil receberáas respostas que quiser sobrea intercepção de dados.

"Estamos convencidos quea nossa coleta de informaçãoajudou a proteger a nossa na-ção de uma série de ameaçase que também protegeu brasi-leiros", disse, ao responder àpergunta de jornalistas sobreo programa americano de es-pionagem, em coletiva conce-dida no Palácio Itamaraty.

"Posso lhes prometer que opresidente Obama está deter-minado a fazer com que os EUArespeitem os padrões maiselevados de responsabilidade,transparência e compromissopara o desenvolvimento dasnossas capacidades de nosprotegermos e protegermosoutros povos do mundo."

Em audiência com Dilma noPalácio do Planalto, Kerry foinovamente cobrado sobre anecessidade de esclarecer oepisódio. Segundo o Grupo Es-tado apurou, Dilma tambémpediu ao secretário america-no que a Casa Branca dê ga-rantias de que os dados dosbrasileiros serão protegidosde qualquer violação. Os doistambém trataram da visita ofi-

cial que a presidente fará emoutubro aos Estados Unidos.

Glenn Greenwald, o jornalis-ta americano do jornal britâni-co The Guardian responsávelpela publicaçãod a s i n f o r m a-ções sobre o sis-tema de espio-nagem eletrôni-ca dos EUA, dis-se ao Senado terprovas de queos americanosusam a rede pa-ra obter vanta-gens comerciaise tecnológicas.A afirmação der-ruba o argumento de Obamade que a Agência de Seguran-ça Nacional (NSA) usa a vigi-lância para proteger seus ci-dadãos do terrorismo.

Defensiva – Kerry disse aosjornalistas que os "elos cres-centes entre o Brasil e os EUAsão uma das parcerias essen-ciais do século 21" e fez um

apelo à popula-ção brasileira."Eu peço que aspessoas fiquemfocadas na im-portância dasnossas relaçõesbilaterais."

Patriota citoua polêmica dai nt er c ep ta çã ode dados na falainicial: "Caso asi m p l i c a ç õ e s

desse desafio não sejam resol-vidas de modo satisfatóriocorre-se o risco de se projetaruma sombra de desconfiançasobre nosso trabalho."

Segundo Patriota, os escla-recimentos estão sendo solici-tados, mas não são um fim emsi mesmo: "Ouvir esclareci-mentos não significa aceitar ostatus quo. Precisamos des-continuar práticas atentató-rias da soberania e das rela-ções de confiança e violatóriasdas liberdades individuais quenossos países tanto prezam."

E Kerry afirmou que os EUAnão estão "surpresos" nem"aborrecidos" com as pergun-tas das autoridades brasilei-ras: "O Brasil merece respos-tas e as receberá. Nos últimosanos, infelizmente (...) houvemuitos atentados a bomba,muitos inocentes foram sacri-ficados e mortos. O que os Es-tados Unidos buscam fazer éevitar que essas coisas acon-teçam." (Estadão Conteúdo)

John Kerry (o alto), secretário dos EUA, e o chanceler Patriota, empenhados em contornar a saia justa.

O Brasil merecerespostas e asreceberá.O que os EUAbuscam é evitaressas coisas(atentados).

JOHN KE R RY

Estados Unidosaguardam Dilma

Após encontro de cercade uma hora com apresidente Dilma

Rousseff, o secretário deEstado norte-americano, JohnKerry, disse que a reunião foimuito boa e que o governodos Estados Unidos estáaguardando a ida dapresidente. Dilma irá aosEstados Unidos em outubro.

O ministro das RelaçõesExteriores, Antonio Patriota,o assessor especial paraassuntos internacionais daPresidência da República,Marco Aurélio Garcia, e oembaixador do Brasil nosEstados Unidos, Mauro Vieira,

também participaram dareunião entre Dilma e Kerry,no Palácio do Planalto.

Em dois meses, apresidente será recebida nosEstados Unidos com honrasde chefe de Estado. A visitaestá marcada para 23 deoutubro. O último brasileirorecebido da mesma forma foio então presidente FernandoHenrique Cardoso, em 1995.A honraria é concedida pelosnorte-americanos a rarasautoridades. Dilma deve serrecebida na Casa Branca comum tapete vermelho ehomenageada com um jantarde gala. (Estadão Conteúdo)

Isenção de visto

Ochanceler AntonioPatriota disse ontemque as discussões

entre Brasil e Estados Unidossobre o programa GlobalEntry têm apresentadoresultados satisfatórios, coma possibilidade de algumresultado ser noticiado nospróximos meses.

Em março, os governos doBrasil e dos EUA acertaram aparticipação inicial de 1.500viajantes frequentes noprograma Global Entry, quepermite a entrada emterritório norte-americanosem passar pelas filas deimigração. A facilidade nãovai beneficiar turistaseventuais, só os que visitam

mais os EUA, na maioria dasvezes em viagens a trabalho.

Ontem, o secretário deEstado dos EUA, John Kerryafirmou que o governo dosEUA está empenhado em"apressar ao máximo" oprocesso de solicitação dovisto por parte dosbrasileiros. "Nos orgulhamosde ter dinamizado nossasoperações. Queremos quemais brasileiros venham aosEUA, em viagens a negócio,turismo, estudo, queremosfacilitar esse processo.Vamos abrir novosconsulados em BH e PortoAlegre, estamos avançandoao máximo para facilitar aquestão do visto." (EC)

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

COREIA DO NORTEConhecido pela censura, Pyongyang divulgou ontemo seu primeiro smartphone. Batizado de Arirang, umaconhecida canção popular, o aparelho roda o sistemaAndroid. Analistas acreditam que a sua origem é chinesa.nternacional

KCNA/Reuters

POVOANDO JERUSALÉMRonen Zvulun/Reuters

Do alto da muralha que cerca a Cidade Antiga de Jerusalém, turistas observam bairros árabes na parte oriental da cidade.

Ogoverno municipal de Jeru-salém aprovou a polêmicaconstrução de mais 942 uni-

dades habitacionais na regiãooriental da cidade, informou umfuncionário ontem, na véspera daretomada das negociações de pazcom os palestinos.

Essas unidades se somam a maisde 1,2 mil novas residências na Cis-jordânia e em Jerusalém Oriental,aprovadas pelo governo israelen-se no domingo, medida que irritouos palestinos e atraiu críticas da co-munidade internacional.

Efrat Orbach, porta-voz do Minis-tério do Interior israelense, confir-mou ontem a aprovação do projeto.As 942 casas serão construídas emGilo, um bairro para judeus ao sul deJerusalém e construído sobre territó-rio ocupado em 1967, cujos planospreveem que se expanda ao sul emdireção a municípios palestinos.

Orbach afirmou, porém, que sãonecessárias novas aprovações e

que pode levar anos até que os tra-balhos de construção tenham iní-cio. Mas Lior Amihai, do grupo ati-vista Peace Now, que defende umasolução de dois Estados para a re-gião, disse que o projeto não preci-sa de mais aprovação e que, teori-camente, os trabalhos poderiamter início em semanas.

E UA - O secretário de Estado nor-te-americano, John Kerry, reiterouontem que Washington considera aconstrução 'ilegítima'. "Nos opomosa que esses assentamentos se fa-çam a qualquer momento, não sódurante o período de processo depaz", disse ele, em visita ao Brasil.

Kerry revelou que o tema foi dis-cutido em conversa com o primei-ro-ministro de Israel, Benjamin Ne-tanyahu. "(Netanyahu) disse queia anunciar novas construções quejá estavam programadas, mas queeram em locais que não teriam ne-nhum impacto no processo depaz", afirmou Kerry. (Agências)

UM ÔNIBUSA CAMINHODA PAZ

Israel libertou 26 prisionei-ros palestinos na quarta-feira (horário local), em umgesto para garantir a se-

gunda rodada de negociaçõesde paz, que começa hoje, em Je-rusalém. Os presos foram rece-bidos como heróis na Faixa deGaza e na Cisjordânia, enquan-to ativistas israelenses protes-taram contra a medida.

Um grupo de 11 presos foi le-vado até a passagem de Betu-nia, na Cisjordânia, para serementregues à Autoridade Nacio-nal Palestina (ANP), que prepa-rara uma cerimônia de boas-vindas na Muqata (sede da pre-sidência), em Ramallah.

Escoltados por carros que fa-ziam soar suas buzinas e combandeiras palestinas e do Fa-tah, do presidente da ANP, Mah-moud Abbas, os presos foramrecebidos por líderes políticos,familiares e civis.

Algumas das pessoas carre-gavam fotos de familiares ain-da presos, outros usavam ca-misetas com os d izeres :"Bem-vindos a casa".

"É o dia mais feliz da minha vi-

da, tomara que algum dia todosos presos sejam libertados",disse um dos prisioneiros, Ab-del Nabi Wahhab Gamal Yamil.

Abbas os felicitou por "te-rem saído da escuridão da pri-são à luz da liberdade" e insis-tiu que continuará trabalhan-do sem descanso até que to-dos os palestinos presos emIsrael retornem a seus lares.

O outro grupo, de 15 palesti-nos, cruzou para Gaza pela pas-sagem de Erez. Eles também

foram recebidos com buzinaçoe escolta até suas casas.

Os 26 presos são os primei-ros de um total de 104 palesti-nos que receberão indulto co-mo garantia israelense nasnegociações de paz que co-meçam hoje, em Jerusalém.

Reuniões posteriores são es-peradas em poucas semanasem locais como Jericó, na Cisjor-dânia, a fim de cumprir o prazodos EUA de chegar a um acordoem nove meses. (Agências)

Os primeiros 26 prisioneiros palestinos são libertados da prisãoisraelense como parte dos esforços para retomar as negociaçõesde paz. As conversas, mediadas pelos Estados Unidos, começamhoje, em Jerusalém. O prazo para um acordo é de nove meses.

Considerado um herói, preso palestino é recebido com festa perto da passagem de Erez, entre Israel e Gaza.

Suhaib Salem/Reuters

Ativistas israelenses protestam diante de vans que levavam os presos

Amir Cohen/Reuters

Tensão nas ruas do CairoGrupos a favor e contra Morsi entram em choque; um islamita é morto.

Um membro da Irmanda-de Muçulmana foi ba-leado e morto, e pelo

menos 11 pessoas ficaram fe-ridas ontem no Egito, segundoas forças de segurança, emum dia em que o grupo islami-ta apontou policiais à paisanacomo autores de disparos con-tra uma passeata.

A morte pode acirrar o impas-se entre o governo provisório ea Irmandade, que exige a reins-tauração do mandato do presi-dente Mohamed Morsi, depos-to em julho por militares.

Os confrontos aconteceramdois dias após o ultimato dadopara os islamitas desalojaremdois acampamentos no Cairo,um na praça da Universidadedo Cairo e outro em frente à

mesquita de Rabia al Adawiya.Segundo testemunhas, a bri-

ga começou após um grupo dejovens liberais atirar pedras egarrafas de vidro contra os mi-lhares de manifestantes islami-tas, que seguiam em direção aoMinistério do Interior. Algunsdos agressores os chamaramde terroristas e disseram quenão eram bem-vindos.

Os apoiadores de Morsi rea-giram lançando pedras. A polí-cia então disparou gás lacri-mogêneo contra os manifes-tantes pró-Morsi, provocandouma correria. Mulheres e crian-ças fugiram em pânico, en-quanto dois homens armadoscom punhais foram vistos per-seguindo manifestantes.

Em seguida, os islamitas se

juntaram a outros grupos dealiados a Morsi que seguiam aoutros ministérios. Os manifes-tantes decidiram então voltarao acampamento.

Os esforços internacionaispara resolver a crise fracassa-ram na semana passada. Masuma iniciativa da mesquita euniversidade Al Azhar, princi-pal autoridade religiosa doEgito, trouxe certa esperançade que os lados em conflitopossam finalmente negociar.

O porta-voz da Irmandade,Gehad el-Haddad, disse à Reu -tersque o grupo está pronto pa-ra dialogar. No entanto, condi-cionou a reunião à "restauraçãoda legitimidade constitucio-nal", termo usado para se refe-rir à volta de Morsi. (Agências)

87 anos deFidel. Sem oaniversariante.

Olíder cubano Fidel Castrocomemorou ontem seu

87º aniversário, sem aparecerem público desde abril, en-quanto eram realizadas ativi-dades em sua honra em toda ailha caribenha.

A imprensa local lembrou emartigos e fotos o líder da revolu-ção cubana. Os últimos regis-tros oficiais de Fidel foram fei-tos em julho, durante a visita àilha do presidente da Venezue-la, Nicolás Maduro.

É o oitavo aniversário de Fidelfora do poder, desde que umadoença intestinal o fez abrirmão da presidência em 2006.

Nas ruas de Havana era pos-sível ver alguns cartazes de fe-licitação ao ex-presidente emuitos cidadãos desejaramfeliz aniversário pela rádio."Eu gostaria de vê-lo mais. De-sejo o melhor e que tenha todaa vida do mundo. Sem ele nãosomos ninguém", comentouYulia Hernández, uma cabe-leireira de 28 anos.

A última aparição pública deFidel foi em abril, quando inau-gurou uma escola em Havana,e antes em fevereiro, quandoaconteceram as eleições geraise o comandante foi votar emum colégio da capital cubana.

"(Fidel) está mais velho,mas segue ativo intelectual-mente, estuda e analisa a po-lítica internacional", disse suasobrinha Mariela, fi lha doatual presidente de Cuba,Raúl Castro.

"Agora está muito preocu-pado com o tema da seguran-ça alimentar, os problemasecológicos e confiante nasmudanças que estão aconte-cendo em Cuba", destacouMariela, que dimensionou aposição do tio no cenário atual"como líder histórico da revo-lução, Fidel dá suas opiniões,

mas deixa que outros tomemas decisões".

O último texto de Fidel foi di-vulgado em julho. Em cartaaberta, o ex-presidente faziareferência à questão do navionorte-coreano flagrado no Pa-namá com material bélico deCuba. (Agências)

Em Havana, pichações e cartazes. Mas nenhuma aparição de Fidel.

Enrique de la Osa/Reuters

J.L. Pino/EFE

Ativistas em Madri protestamcontra o líder cubano (acima)

no dia de seu aniversário.

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quarta-feira, 14 de agosto de 201312 DIÁRIO DO COMÉRCIO

cidades

Após calmaria, SP tem novos protestos.Duas manifestações estão marcadas para hoje, uma no Vale do Anhangabaú e outra na Assembleia. Movimento Passe Livre estará presente em ato no Centro.

Odia do paulistano se-rá marcado por doisprotestos, hoje, am-bos sobre o trans-

porte e com críticas ao escân-dalo envolvendo suposto cartelem licitações do Metrô e trensmetropolitanos no Estado.

A primeira manifestação,marcada para as 15 horas noVale do Anhangabaú pelo Movi-mento Passe Livre (MPL) e peloSindicato dos Metroviários (Me-troviários-SP), tenta se desco-lar da bandeira "Fora Alckmin",enquanto a reunião convocadapela Central Única dos Traba-lhadores (CUT) de São Paulo emfrente à Assembleia Legislati-va, às 17h, vai pressionar pelaabertura de uma CPI para in-vestigar o envolvimento dos tu-canos no caso Siemens.

Metroviários contam com oapoio do MPL para organizar amanifestação, que sai do Valedo Anhangabaú, circula peloCentro e segue para a Secreta-ria dos Transportes Metropoli-tanos, na Rua Boa Vista. Emtexto publicado na internet, oMPL aponta que a manifesta-ção "é mais uma mobilizaçãona luta por um transporte ver-dadeiramente público, orga-nizado de acordo com os inte-resses dos seus trabalhadorese usuários, e não pelo lucrodas empresas e políticos".

Para Nina Capello, uma dasrepresentantes do MPL, o atovai dialogar com a população eé bastante diferente dos pro-testos organizados pelo movi-mento em junho, quando foiconquistada a revogação doaumento da tarifa de ônibusna cidade de São Paulo.

"O ato de amanhã (hoje) nãoserá muito grande. É um ato

denúncia, para panfletar. Nãoé nos moldes do que fizemosem junho, quando eram pro-testos subsequentes compauta clara", comentou.

Até ontem à noite, 7,1 milpessoas confirmaram presen-ça pelo Facebook no eventocriado pelo metroviários. A ex-pectativa do sindicato é deque pelo menos 5 mil pessoasparticipem da mobilização.

CPI – No ato organizado pelaCUT-SP, a pauta é direta: "Nósqueremos apuração rigorosadas denúncias sobre o que es-tá sendo acusado, dos gover-nos tucanos", disse o presi-dente da central em São Pau-lo, Adi dos Santos Lima. "A di-ferença entre os protestos é olocal. Achamos que é impor-tante pressionar na Assem-bleia porque é lá que vai servotado o pedido de aberturade CPI", completou Lima.

A CUT-SP admite apoio aoprotesto do Vale do Anhanga-baú, mas metroviários e MPLressaltam a diferença entre osdois atos. Moraes, do sindicatodos metroviários, aponta paraa tentativa de "politização" dodia de protestos pela central.

' Tr e n s a l ã o ' – Na semana pas-sada, o presidente nacional doPT, Rui Falcão, batizou o es-cândalo de "trensalão". Na se-gunda-feira, ao ser indagadocomo encarou o uso do termo"trensalão", o governador Ge-raldo Alckmin (PSDB) ironi-zou: "Eles querem misturarcoisas totalmente distintas;querem confundir a opiniãopública. Uma coisa é corrup-ção, crime comprovado; outracoisa é setor privado fazerconluio para prejudicar o Esta-do". (Estadão Conteúdo)

Fotos: Coletivo Mídia NINJA/Divulgação

Tropa de choque em frente ao Estádio Nacional, em Brasília, durante um dos jogos da Copa das Confederações.

Manifestantes em escultura na Avenida 23 de Maio, em São Paulo. Protesto pela redução das tarifas em Belo Horizonte (MG)

Manifestantes tentaminvadir Sírio-Libanês

Protesto começou em frente à Prefeitura e foi até a Bela Vista

Nelson Antoine/Estadão Conteúdo

Um grupo de cerca de50 servidorespúblicos municipais e

estaduais da saúdeprotestou em frente aoHospital Sírio-Libanês, naregião central, ontem ànoite. Os manifestantesentraram em confrontocom a Polícia Militar apósuma tentativa de invasãodo hospital.

A manifestação começoupor volta das 18h30 emfrente à Prefeitura, noViaduto do Chá, e chegouao Sírio por volta das19h30. No tumulto, pelomenos uma pessoa chegoua ser detida, mas foi soltana sequência, apósmanifestantes gritarempela liberação da jovem.Após a ação da PM, o grupo

se dispersou pelas ruas daBela Vista.

O grupo, chamado dePasse Livre da Saúde,protesta por melhorescondições de trabalho eatendimento à populaçãono SUS (Sistema Único deSaúde). Esse é o segundoprotesto em frente ao SírioLibanês em menos de umasemana. Tambémparticiparam integrantesde movimentos sociais

Ontem, a direção dohospital disse, em nota, que"lamenta, mais uma vez,que as manifestações pormelhorias na área da saúdeestejam acontecendodessa forma, em prejuízodo bem-estar de pacientesque merecem respeito."(Agências)

Das ruas para as páginas do livro

As manifestações ocorri-das em todo o País nosúltimos meses ganha-

ram o primeiro livro sobre o as-sunto. Cidades rebeldes: passelivre e as manifestações que to-maram as ruas do Brasil ( B o i-tempo, 112 páginas, R$ 10) éuma coletânea de diversosautores que traz perspectivasvariadas sobre os protestos,analisando a questão urbana,a mídia e a importância das re-des sociais para as mobiliza-ções, entre outros temas. O li-vro também conta com umensaio fotográfico do MídiaNINJA, coletivo que usa smart-phones e conexões 3G paratransmitir as manifestaçõesao vivo na internet.

O preço acessível da obra sófoi possível porque os autores,entre eles diversos estrangei-ros, cederam gratuitamenteseus textos, tradutores nãocobraram pelos seus serviçose os quadrinistas e fotógrafosabriram mão de pagamentopor suas imagens.

"É um livro de militância. Ovalor baixo é um convite à lei-tura coletiva, à organizaçãode grupos de estudo e de reu-niões em espaços públicos.Inclusive, ele já está sendoadotado em alguns colégiosde São Paulo", conta Kim Do-ria, editor da Boitempo.

Em 18 de junho, dia seguin-

te à grande manifestaçãoque reuniu milhares de pes-soas em São Paulo, a equipeda editora achou que era omomento de lançar uma pu-blicação que seguisse a linhado livro Occupy: movimentosde protestos que tomaram asruas, também da Boitempo,que aborda o Occupy WallStreet, movimento de pro-testo americano.

"A coletâ-nea foi escritae editada nocalor do mo-mento, masem vez de serum esforçode reporta-gem jornalís-tica que des-se respostas,ela deveriaresponder àsp e r g u n t a sc o m m a i sq u e s tõ e s " ,afirma Doria.

Le onar doSaka moto ,professor de jornalismo daPontifícia Universidade Ca-tólica de São Paulo, é o autordo texto "Em São Paulo, o Fa-cebook e o Twitter foram àsruas" . A mobi l ização deusuários do Facebook e doTwitter foi considerada umadas principais forças por trásdas manifestações que atin-giram todo o País.

Em junho, os protestos de

norte a sul foram pratica-mente o único tema presentenas duas redes sociais maisacessadas por brasileiros.Segundo mapeamento reali-zado pela empresa Scup, oscompartilhamentos de con-teúdos relacionados ao temaatingiram mais de 79 mi-lhões de internautas entre osdias 13 e 17 daquele mês.

"Os políticos tradicionaistêm dificul-dade em as-s i m i l a r d eque forma osmovimentosse uti l izamde ferramen-tas como oTwitter e oF a c e bo o k .Ac red i tamque essas re-des funcio-nem apenascomo um es-p a ç o p a r am a r k e t i n gpessoal ou,no máximo,

um canal para fluir informa-ção e atingir o eleitor", regis-trou Sakamoto. "Quando al-guém atua através de umadessas redes, não está sim-plesmente reportando, mastambém inventando, articu-lando, mudando. Isto, aospoucos, altera também a ma-neira de se fazer política e asformas de participação so-cial", completou.

O Twitter foi apontado co-mo uma das principais fontesde informações em temporeal sobre o que acontecia du-rante as manifestações. O ser-viço de microblogging conta-bilizou cerca de 11 milhões detweets com a palavra "Brasil"e dois milhões mencionando"protesto", entre os dias 6 e 26de junho. O Facebook, por ou-tro lado, foi usado principal-mente para organizar atos deprotesto e demonstrar posi-cionamentos políticos.

Para o professor, os protes-tos são um acontecimento"que nem esfriou ainda e va-mos continuar falando muitoa respeito disso". Ele nãoacha que as redes sociais fo-ram as responsáveis por le-var as pessoas às ruas, maselas foram um catalisador,"acelerando um processoque demoraria mais tempo"para se concretizar.

Sakamoto, que acompa-nhou de perto diversos pro-testos em São Paulo, diz quemuitas pessoas que encon-trou nas ruas em junho – o au-ge das manifestações até en-tão – "ainda estavam em for-mação, havia muita gentedespolitizada".

"É muito cedo para falarque os protestos vão conti-nuar, aumentar ou diminuir.Vai depender de como estaenergia vai se transformar, ese vai se transformar em algopositivo", afirma o autor.

Capa de 'Cidades rebeldes'

Rio: mais umanoite de caosapós protesto.

Obairro de Laranjeiras, nazona Sul do Rio, amanhe-

ceu ontem com agências ban-cárias, orelhões, pontos deônibus, postes de sinalização

e lixeira quebrados após ma-nifestação que reuniu cercade 300 pessoas, na noite desegunda-feira.

O protesto começou na Can-delária, no Centro, e seguiuaté o Palácio Guanabara, sededo governo do Estado, sem tu-multo. A confusão começoudepois de uma reunião entreprofessores e o vice-governa-dor, Luiz Fernando Pezão. O

grupo quis ocupar o Palácio efoi expulso por policiais. Do la-do de fora houve confrontocom a polícia, que usou bom-bas de gás lacrimogêneo paradispersar manifestantes quederrubaram as grades de pro-teção. A depredação começoudepois que o grupo deixou aentrada do Palácio. Algumaspessoas fizeram barricadasde fogo na Rua Pinheiro Ma-

chado, que ficou fechada porcerca de quatro horas.

Vândalos depredaram umabanca de jornal até serem con-tidos por moradores. "Vou gas-tar uns R$ 4 mil para consertar oar-condicionado e R$ 7 mil só nopainel de propaganda. E o go-vernador não vai pagar paramim", lamentou Luiz CarlosFernandes, dono do comércio.(Estadão Conteúdo)

Kety Shapazian

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

A guitarra do bluesAndré Cristovam sobe ao palco para interpretar repertório próprio e versões diversas de blues.

Bar Madeleine. Rua Aspicuelta, 201. Tel.: 2936-0616. Quarta (14). 21h30. Couvert artístico. Até 28/8.dcultura

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O pecadooriginal, numa

visãoc o n te mp o râ n e a .

Renato Pompeu

De interesse particular paraos católicos-romanos,mas de interesse geral

também para outros crentes, cris-tãos ou não, e para os própriosnão-crentes, é o livro do frade do-minicano francês nascido na Ar-gélia Jean-Michel Maldamé, 74anos, O Pecado Original - Fé Cristã,Mito e Metafísica, lançado pelasEdições Loyola cinco anos após apublicação original em 2008. Poisse trata, entre outras coisas, dediscutir a origem e a prevalênciado mal em todas as sociedades hu-manas, constatações difíceis deconciliar com a concepção de umDeus onipotente, onipresente eonisciente, infinitamente bom.

Na verdade, o livro do frei Mal-damé é mais desafiador para o ca-tólico tradicionalista do que para ointelectual contemporâneo for-mado dentro das modernas vi-sões cientificistas. É que o autor,ordenado em 1966, aos 25 anos,estudou, além de filosofia e teolo-gia, também temas científicos,em particular a alta matemática ea filosofia da ciência. Tendo ocu-pado altos cargos no ensino supe-rior católico na França, também é

o editor de ciência da Revue tho-miste e membro da Academia Pon-tifícia de Ciências. Ele é considera-do um dos principais expoentes dadiscussão internacional sobre asrelações entre religião e ciência.

Em seu livro, o frei Maldamé fazum completo levantamento dosproblemas do pecado original e daorigem e prevalência do mal taiscomo foram tratados em textos bí-blicos e dos primeiros intelectuaiscristãos, os chamados Pais daIgreja, e ainda em textos magis-trais da autoridades religiosas,tanto católicas como protestan-tes. Discute o mal também à luz deconceitos científicos e filosóficos eaté a partir de textos literários.

Suas conclusões, como se disseacima, escandalizam mais oscrentes tradicionais do que atémesmo os agnósticos e os ateus.Em primeiro lugar, ele procura de-monstrar que a tradição cristã,desde a Bíblia até Santo Tomás deAquino, passando por Santo Agos-tinho, nega terminantemente quea tendência a praticar o mai sejainerente ao ser humano desde asua Criação. Mas que, apesar dis-so, são imprescindíveis o dom e a

necessidade da Graça para o serhumano se redimir do pecado.

Na verdade, a grande contribui-ção do frei Maldamé é distinguir o"pecado original", de um lado, do"pecado de Adão", e, de outro, do"pecado do mundo". Tradicional-mente a doutrina cristã se divideem considerar o ser humano comopecaminoso e em julgar que ele sóse tornou pecaminoso a partir dadesobediência cometida por Adãoao comer do fruto proibido. No Ve-lho Testamento, o pecado de Adãoabre o caminho para a redenção esalvação de todos os seres huma-nos; nos Evangelhos, o Cordeirode Deus vence o pecado do mun-do, que pesa como uma herançasobre todos os seres humanos.

Maldamé procura esclarecerque o pecado original está crista-lizado em cada ato de renegar aDeus por via da prática voluntáriado mal. Ele se apoia na evoluçãoda tradição católica romana: noséculo XVI, o Concílio de Trentonegou que o pecado original sur-gisse da "geração" e, no séculoXX, o Concílio Vaticano Segundodesqualificou a leitura factual dolivro do Gênesis e negou que o pe-

cado original seja uma herança dopecado de Adão e Eva.

Em seguida, já começando a in-corporar a seu discurso, além daspreocupações religiosas, tam-bém os questionamentos filosófi-cos e ainda as constatações cien-tíficas, o frei Maldamé postula queo que se poderia chamar de ori-gem do pecado original é uma ori-gem mais metafísica do que histó-rica. Em suma, não se trata de queo pecado surgiu no passado e foiherdado até o presente: ao con-trário, o pecado surge em cada serhumano a cada momento que oser humano peca, ou seja, rejeitaDeus ao cometer voluntariamen-te o mal.

Assim seria possível a coexis-tência da bondade divina com a li-berdade humana de cometer ounão o mal, sendo o mal possívelsempre que o amor humano a simesmo superar, na sua ânsia pos-sessiva, o amor humano a Deus.C o m o o a m o r d e D e u sé que prevalece, e não o amor doser humano, é possível ter espe-rança num Reino de Deus em que oamor dos seres humanos a Deuseliminará o mal.

O precioso silêncio e a expressão da prosaRita Alves

Começa na próxima quinta(15), no Sesc Vila Mariana,o ciclo de palestras

Mutações, idealizado e dirigidopelo jornalista e filósofo AdautoNovaes (à dir.). Com o tema OSilêncio e a Prosa do Mundo, oevento reúne diversospensadores brasileiros efranceses.

Entre os convidados, o músicoe ensaísta José Miguel Wisnik, ocompositor e poeta AntonioCícero e a filósofa Olgária Matos.Já o time francês traz oespecialista em MichaelFoucault, Frédéric Gros, oengenheiro e epistemólogo Jean-Pierre Dupuy e o antropólogoPacal Dibie, entre outros.

O objetivo do ciclo é tratarsobre o conceito da fala e dosilêncio, tão raro hoje em diadiante do volume de informaçõesproduzido a todo instante. “Aorelacionarmos silêncio e prosa,queremos, com isso, fazer oelogio da fala. É certo que abanalidade nos domina; mas écerto também que, sem a fala,seremos reduzidos a seres sempolítica, sem tolerância, sempoesia, em síntese, sem ohumano”.

Mutações - O Silêncio e a Prosado Mundo começa com o filósofoFrancis Wolff participando dapalestra O Silêncio é a Ausência dequê?, na próxima quinta (15), às19h30.

Sesc Vila Mariana (Sala Corpo& Artes). Rua Pelotas, 141.Inscrições pelo sitewww.sescsp.org.br oupessoalmente nas Centrais deAtendimento das unidades doSesc SP(Capital eInter ior).Infor mações:De terça asábado, das10h às 19h,pelo telefone(11) 5080-3077 oue-mailmutaco es@vilamar iana.s e s c s p. o rg. b r.Taxas deinscrição por

palestra: R$ 2 a R$ 8 (diferentedas edições anteriores, nesteano o participante poderá seinscrever em uma ou maispalestras, com soma do valorindividual).

Animação até domingo: 513 filmes.Krishna Versus Kans (Índia): Espaço Itaú Augusta - Sala 1. Sábado (17), 12h. AninA (Uruguai/Colômbia): Espaço Itaú Augusta - Sala 1, 14h.

OFestival Anima Mundi chegahoje à Cidade, em sua 21ª edi-

ção. A participação de 53 paísescontribui para a produção de de umpacote de 513 filmes, incluindo

obras do Líbano, Ucrânia, Croácia,Irã, Rússia e Dinamarca. O Brasil é opartcipante com mais filmes (106),seguido por França (80), EUA e Ale-manha (30 cada um) e Reino Unido

(28). O grande volume é de curtas-metragens. Mas 13 filmes de longa-metragem também estão tambémna programação. A exibição estáagendada em três salas do Espaço

Itaú de Cinema (tel.: 3288-6780 e3287-5590) e Cine Olido (tel.: 3331-7703). Um dos destaques é o filmeAprovado para Adoção, que conquis-tou o troféu do público no Festival

de Annecy, na França. Outro desta-que é AninA, filme uruguaio premia-do em Buenos Aires. Nesta quarta(14), o longa-metragem Padak, daCoreia do Sul, é a grande atração.

Espaço Itaú Augusta - Sala 1. Outrofilme recomendado é Zambézia, daÁfrica do Sul. Está programado paradomingo (18). Espaço Itaú Augusta- Sala 1. 12h. (MMJ)

O Quarteto de Cordas da Cidade, formadopor Betina Stegmann e Nelson Rios

(violinos), Marcelo Jaffé (viola) e RobertSuetholz (cello) continua o ciclo de

Quarteto de Beethoven.Nesta semana, o programa é este:Quarteto Nº 1 em Fá Maior Op. 18 e

QuartetoNº 15 em Lá Menor Op. 132.Praça das Artes - Sala do Conservatório.

Avenida São João, 281.Tel.: 3311-0194. Quinta (15). 20h. R$ 30.

O italiano Giuseppe Verdi (1813-1901) estreouAida, sua ópera mais conhecida, em 24 de

dezembro de 1871, no Cairo. Dividida em quatroatos, tem como personagem central Aida, escrava

etíope de Amneris, filha de Ramphis, grão-sacerdote egípcio. Montagem do TMS, com a

Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de JohnNeschling. Teatro Municipal. Praça Ramos de

Azevedo. Tel.: 3397-0327. Quinta (15) e sábado(17). 20h. Domingo (18). 18h. R$ 40 a R$ 100.

Mutações - OSilêncio e a Prosa do

Mundo: conceito da fala e dosilêncio em ciclo de palestras.

quarta-feira, 14 de agosto de 201314 DIÁRIO DO COMÉRCIO

E UA

Michelle Obama adere ao rap

D ESIGN

De mãos dadasSabonetes criados por

Marie e David Gardeski emformato de mãos sãosimpáticos. Com os perfumesmel, aveia e leite.

http://bit.ly/1a1HpKQ

A STRONOMIA

Brasil e Argentinacontruirão telescópio

Brasil e Argentinafirmaram acordo paraconstruir o telescópio Llama,que será instalado a 5.000metros de altitude em SanAntonio de los Cobres, naArgentina, a 200 quilômetrosdo Alma (Chile), maiorobservatório astronômico domundo. Pelo acordo, o Brasilficará responsável pelaconstrução da antena e aArgentina cederá o local efornecerá a infraestruturanecessária para sustentar oprojeto.

T ECNOLOGIA

Encontrando Mecanum céu de brigadeiro

Um aplicativo para iPhonechamado "Crescent Trips"oferece a solução paramuçulmanos que precisamrezar quando estão voando.Além de alertar para ohorário das cinco oraçõesdiárias, o aplicativo indica emque direção está Meca. Paraisso, o usuário precisaregistrar as informações dovoo. O aplicativo é gratuito efoi criado pela empresaCrescentrating, deCingapura, especializada emviagens para muçulmanos.

M ARKETING

Café com retratoCasal divide um café com leite com

sua foto no café Family Mart em Taipei,Taiwan. O café com retrato foi umbrinde da loja para os casais que

passaram por lá durante o Qixi, o diados namorados local.

M ÍDIA

L i v ro - re p o r t a g e mé tema de evento

O livro-reportagem seráo tema central do II SalãoNacional do JornalistaEscritor, que acontecerá noAuditório Simon Bolívar doMemorial da AméricaLatina, em São Paulo, nosdias 6, 7 e 8 de setembro.Com curadoria do jornalistae escritor Audálio Dantas, oevento terá as presençasde Caco Barcellos, MiriamLeitão, Fernando Morais,Eliane Brum e RicardoKotscho, entre outros.

Informações: 5576-5600 ou

[email protected]

T RANSPORTE

Vi a j a n d oemtubos

O milionárioElon Muskteve umaideia queprometerevolucionar otransporte.Trata-se deum sistemade pequenosvagões comcapacidadepara 28passageirosque rodamsobre arpressurizadodentro de umtubo a até1.200 km/h.A proposta écriar oprimeirodesses tubosligando LosAngeles a SanFrancisco, naCalifórnia.O empecilho éo custo:US$ 6 bilhões.http://bit.ly/19fVfpT

C IÊNCIA

Um coração novoUma equipe de

cientistas daUniversidade dePittsburgh, na

Pensilvânia (EUA), divulgouontem ter conseguidodesenvolver cardíacohumano a partir de células-tronco. O tecido desenvolvidoapresentou contraçõesespontâneas em uma placade petri, representando umavanço na busca da produçãode órgãos para transplante.

As células-tronco utilizadas

são chamadaspluripotenciais induzidas(iPS) e foram geradas a partirde células-tronco humanaspara criar células precursorascardíacas denominadasMCPs. As iPS são célulashumanas maduras que sãomodificadas de modo a"retornar" a um estadoprimitivo, a partir do qualpodem ser manipuladas paradesenvolver células dequalquer parte do corpohumano.

J. Adam Fenster/Reuters

COBRAS E LAGARTOS - Os répteis mais estranhos do mundo (alguns deles na montagem acima) são aespecialidade do pesquisador Daniel Scantlebury, doutorando em biologia da Universidade deRochester. Ele estuda principalmente lagartos encontrados na ilha de Madagascar.

A primeira-dama dos EUA,Michelle Obama, organizouum disco de rap para inspiraro povo de seu país a sealimentar de maneira maissaudável. A esposa dopresidente democrataBarack Obama se juntou àorganização nãogovernamental Partnershipfor a Healthier America, quepromove a conscientizaçãodos norte-americanos para oproblema da obesidade ejuntos eles criaram o discoSongs for a Healthier America,no qual convidaram artistasamericanos famosos para

gravar músicas sobrealimentação saudável. Asmúsicas têm títulos como U RWhat You Eat (Você é o quevocê come) e Veggie Luv(Amor vegetariano). Entre osmúsicos que participam doálbum, estão DMC (do RunDMC), Ashanti, Jordin Sparks,Matisyahu, Ariana Grande eTravis Barker (do Blink-182).Os três últimos participamcomo o trio Salad Bar (Buffetde salada). Embora ela nãocante no disco, a primeira-dama se comprometeu afazer aparições nos vídeosdas músicas. (Fo l h a p r e s s )

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contra os raios solares prejudiciais.

Assim, a pesquisa dribla apolêmica do uso de células-tronco embrionárias. Ascélulas cardíacas criadasforam alimentadas ao longode 20 dias com sangue,cresceram e desenvolverammúsculo que se contraiuvoluntariamente ao ritmo de40 a 50 batimentos porminuto, segundo um artigoapresentando a pesquisapublicado na redigiram narevista NatureCommunications.

"Ainda estamos longe defazer um coração humanocompleto", acrescentou opesquisador sênior Lei Yang.Segundo ele, o desafio agoraé conseguir que o músculoque se contrai tenha forçapara bombear sangue deforma eficaz e reconstruir osistema de condução elétricado coração. "No entanto, nósoferecemos uma nova fontede células para a futuraengenharia de tecidocardíaca", disse ele.

Pichi Chuang/Reuters

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

DE S O N E RA Ç Ã O DA FO L H A C H EG A AOVA R E J O . QUEM GANHA E QUEM PERDE.

Governo incluiu setores do comércio namudança da tributação, mas micro e

pequenas empresas podem ser prejudicadas.

Arobustez da folha desalários é a principalvariável na determi-nação das vanta-

gens ou não da política de de-soneração anunciada pelo go-verno. Para o comércio vare-j i s t a , r e c e n t e m e n t econtemplado na lista de seto-res que trocaram a tributaçãosobre a folha de salários porpagamento de uma alíquotacom base no faturamento, aconta é relativamente sim-ples. Só haverá redução decusto para o empresário quan-do a soma dos salários de to-dos os funcionários corres-ponder a 5% ou mais do fatura-mento da empresa. Os cálcu-l o s f o r a m f e i t o s p e l aFecomercio-SP e Confirp Con-tabilidade.

A desoneração da folha sa-larial começou a ser adotadapelo governo federal em agos-to de 2011 como uma das me-didas de apoio à competitivi-dade, o chamado Plano BrasilMaior. Os três primeiros seto-res a experimentar a troca dabase de cálculo foram o têxtil,calçados e vestuário.

Na segunda rodada entra-ram os setores de call centerse hotéis, intensivos em mão deobra, mas não expostos à con-corrência internacional. Erauma medida focalizada e tem-porária. Hoje, entretanto, anova sistemática abrange 52setores e sobram críticas à for-ma como o governo vem tra-tando o assunto.

Re clam açõe s – "É grande onúmero de reclamações nocomércio. Apenas as grandesredes são beneficiadas. Para

os pequenos comerciantes,com poucos funcionários,houve aumento de custo", dis-se o vice-presidente da Asso-ciação Comercial de São Paulo(ACSP), Roberto Mateus Ordi-ne. No caso de grandes redescomo Magazine Luíza e Ria-chuelo, o impacto é franca-mente positivo. Na Riachuelo,uma grande rede de vestuá-rio, com 40 mil funcionários, adesoneração causou um im-pacto positivo de R$ 20 mi-lhões no seu Ebitda (lucro an-tes dos impostos, juros eamortização), segundo a pró-pria rede divulgou.

Cálculos à parte, o fato é quegrande parte do empresaria-do, que sempre reivindicou aredução de encargos sobre osalário dos trabalhadores,agora faz pressão para que ouso dessa fórmula seja opcio-nal. Artigo nesse sentido foi in-serido na Lei nº 12.794/13.Mas o governo vetou usandovários argumentos: essa pos-sibilidade aumentaria a com-plexidade do sistema tributá-rio, tornaria a fiscalizaçãomais difícil e quebraria a espi-nha-dorsal da medida, que é amigração da tributação sobrea folha de salários para o fatu-ramento das empresas.

So net o – "A emenda saiupior que o soneto. A medidacriou uma situação incômodapara muitas empresas do co-mércio", criticou o presidentedo Conselho de Assuntos Sin-dicais da Fecomercio-SP, IvoDall’Acqua Júnior, que tam-bém defende o enquadra-mento voluntário na sistemá-tica. "As empresas deveriam

TELECOMUNIC AÇÕESO conselho da Telebras aprovou a

recomendação para que a francesa ThalesAlenia Space seja fornecedora de novo satélite

e a Arianespace seja a lançadora.economia

Novos imóveis dão salto em São PauloZé Carlos Barretta/Hype

Sílvia Pimentel

escolher da mesma forma quefazem com o Simples Nacio-nal." De acordo com Dall’Ac-qua Júnior, a Fecomercio vemrecebendo reclamações a res-peito do aumento da carga tri-butária a partir da desonera-ção. E um dos setores que cer-tamente está pagando mais éo e-commerce. "Uma das pe-culiaridades desse segmentoé trabalhar com uma estruturamais enxuta em que a folha desalários não tem representati-vidade", explica.

Em artigo, o economista Jo-sé Roberto Afonso, pesquisa-

dor do Ibre/FGV e ex-superin-tendente do Banco Nacionalde Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES), criticaa falta de critérios na escolhados setores. "Não há mais umalógica coerente e consistentepara incluir esta ou aquela ati-vidade entre as beneficiadas,pois se perdeu qualquer para-digma técnico", afirma. Elechama a atenção também pa-ra a falta de acompanhamen-to dos impactos da desonera-ção, que seria feito por umacomissão tripartite, formadapor governo, setor produtivo e

sociedade civil.A Secretaria de Política Eco-

nômica (SPE), do Ministério daFazenda, confirma a ideia dacomissão. "A Comissão Tripar-tite de Desoneração da Folha(CTDF), que reúne semestral-mente representantes do go-verno, trabalhadores e indús-tria, está aprofundando seusestudos sobre a medida. Por-tanto, não há nada conclusivono momento", respondeu aoDiário do Comércio, via asses-soria de imprensa.

De acordo com dados daSPE, a desoneração para o co-

mércio varejista, em 2013, se-rá de R$ 1,27 bilhão – vale di-zer, renúncia fiscal. Em 2014,deve alcançar R$ 2,11 bilhões.Contando todos os setorescontemplados, a renúnciaprevista é de R$ 16 bilhões, em2013, passando para R$ 23,6bilhões no próximo ano.

Para o economista José Ro-berto Afonso, as evidênciasiniciais apontam para uma re-núncia crescente e muito su-perior à estimada no início, oque gera preocupação com ofinanciamento da previdênciae seguridade social.

Atropelo e confusãona interpretação da lei

Aentrada do comérciovarejista no rol de se-tores econômicos que

trocaram a tributação sobreos salários pagos aos traba-lhadores por uma contribui-ção de 1% sobre o fatura-mento foi marcada por atro-pelos. A inclusão do setor es-

tava prevista na MedidaProvisória 601, que perdeu aeficácia porque não foi vota-da há tempo no Congresso.Essa situação levou muitasempresas a manterem o pa-gamento da contribuiçãoprevidenciária com uma alí-quota de 20% sobre a folha

de pagamento. Outras, en-tretanto, preferiram seguir adeterminação da MP, mesmotendo perdido a validade.

A Lei nº 12.844 foi publica-da em 19 de julho, no mesmodia da perda de eficácia daMP, mas restabeleceu a de-soneração dos setores ante-riormente divulgados.

De acordo com a contabi-lista Elvira de Carvalho, daKing Contabilidade, a demo-ra na publicação da legisla-

ção gerou confusão, pois háduas sistemáticas sendo uti-lizadas, o que pode geraruma discussão judicial. Pre-vendo a confusão, a legisla-ção publicada recentementeestabelece que as empresasque recolheram sobre a folhade salários (sistema antigo)devem continuar sendo tri-butadas nessa forma até omês de outubro. A troca dabase de cálculo começa a vi-gorar em novembro. (SP)

Lançamentos residenciaiscresceram 52% na Capital

Os lançamentos de imóveisresidenciais na cidade deSão Paulo cresceram 52%

ao longo do primeiro semestredeste ano em relação a igual pe-ríodo de 2012 com o número ab-soluto de unidades de 14 mil, con-tra 9,2 mil na primeira metade doano passado. Os dados são do ba-lanço semestral do Sindicato daHabitação de São Paulo (Secovi-SP). De acordo com o levanta-mento, as vendas totalizaram17,5 mil unidades de janeiro a ju-nho, o que representa um cresci-mento de 45,8% sobre as 12 milunidades vendidas em igual pe-ríodo do ano passado.

Na avaliação do Secovi, o pri-meiro semestre de 2012 tanto pa-ra vendas quanto para lançamen-tos foi melhor que o primeiro se-mestre de 2010, até então consi-derado o melhor da história.Naquele período, foram lançadas13,6 mil unidades e vendidas 17mil unidades.

O Secovi-SP elevou sua expec-tativa para o crescimento dasvendas de imóveis novos na Capi-tal, de cerca de 5% para 30% em2013. A revisão ocorreu depoisque o mercado imobiliário no pri-meiro semestre surpreendeu, eapresentou resultado superior aoesperado.

A estimativa é de que sejamvendidas 35 mil unidades em2013, ante 27 mil de 2012. A pre-visão no início do ano era de queseriam vendidas 28 mil unidadesneste ano. A revisão tambémocorreu para o número de lança-mentos. Segundo o Secovi, 33 milunidades devem ser lançadasneste ano, ante 28,5 mil do anopassado, um crescimento de16%, ante 10% da última previsão(31 mil novas unidades).

A alta ocorre em um momentode pessimismo com a economia,em que as previsões de cresci-mento do Produto Interno Bruto(PIB) do País estão sendo revisa-

das para baixo. "A percepção daeconomia é diferente do que ocor-re na economia real. Nós pode-mos estar mais negativos do que aeconomia real, e isso é o que acon-teceu no mercado imobiliário noprimeiro semestre", afirma CelsoPetrucci, economista do Secovi.

Mas outro fator explica o resul-tado: a prefeitura aumentou em22,2%, segundo o sindicato, aaprovação de plantas. Os aparta-mentos de dois dormitórios aindarepresentam a maioria dos lança-mentos na Capital. (Agências)

quarta-feira, 14 de agosto de 201316 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

O meio digital é mais seguro, porque permite rastrear o fraudador, o que nem sempre é fácil quando as provas são físicas.Marcos Nader, CEO da Comprovaeconomia

Como dificultar a vida dos fraudadoresPara os 50 milhões de consumidores que farão compras pela internet neste ano, todo cuidado é pouco. Mas os sites de e-commerce também estão se preparando.

Divulgação

Guasti: o consumidor deve cuidar melhor de seus dados e separar um cartão de crédito, de limite menor, apenas para comprar pela internet.

Afalta de atenção ede desconf iançasão característicasdo comportamento

humano que facilitam a vidados fraudadores – que podematacar por meio da internet,do telefone e pessoalmente.No meio virtual, as defesasestão aumentando, restandoao consumidor a tarefa depermanecer atento na horade fornecer informações. "Sealgum estranho abordar vocêna rua e pedir o seu cartão decrédito, você não dá. E porque faz isso quando entra emu m s i t e e s t r a-nho?", questio-nou Pedro Guasti,p r e s i d e n t e d oConselho de Inte-ração e ComércioEletrônico da Fe-comercioSP e di-retor da Ebit, du-rante o 5º Con-g resso C r imesEletrônicos e For-mas de Proteção,organizado pelaentidade. Ele ainda disse queé difícil prever uma fraudemesmo pessoalmente, quan-do o consumidor entrega ocartão em restaurantes oupostos de gasolina.

Ainda assim, defendeu queo consumidor deve cuidar me-lhor de seus dados e separarum cartão de crédito, de limitemenor, apenas para fazercompras pela internet. Na en-trevista a seguir, Guasti dá di-cas ao consumidor e comentaa segurança dos sites de co-mércio eletrônico. O diretor daEbit fala sobre as medidas queas empresas de e-commerceestão tomando para melhorarseus sistemas de segurança,com a ajuda de prestadoras deserviços na área de pagamen-tos e de análise de risco detransações.

Diário do Comércio – Os cri-mes digitais refletiram no núme-ro de consumidores que com-pram pela internet?

Pedro Guasti – Não. Na Ebit,verificamos um número cres-cente de consumidores vir-tuais, principalmente porcausa da entrada de pessoasda classe C que antes nãocompravam. A estimativa éque, neste ano, em torno de50 milhões de consumidoresfaçam compras pela internet.As pessoas estão aprenden-do com o tempo a ter um hábi-to saudável de navegação. Oconsumidor tem de fazer aparte dele, porque a tentativade crime sempre vai existir,

na internet ou nomundo real.

DC – Que reco-mendações o se-nhor dá para o con-sumidor dificultara ação de crimino-sos na internet?

PG – O consu-midor não deveclicar em e-mailssuspeitos, que in-formam que ele

perdeu algum documento ouque oferecem uma oferta ma-ravilhosa, com desconto de50% em um produto nos próxi-mos 15 segundos. O consumi-dor também não deve forne-cer seus dados pessoais aqualquer empresa. Primeiroprecisa se certificar de que éséria e, para isso, terá de pes-quisar se o site tem o selo decertificação da Ebit, além deverificar a opinião de consumi-dores da mesma loja virtualnos sites de reclamações e re-des sociais. O risco que existena internet é o mesmo queexiste no posto de gasolina ouno restaurante, quando o con-sumidor entrega seu cartão decrédito.

DC – Como os sites de comér-cio eletrônico estão aperfei-

Para especialista, meio digital é seguro.

' ' Omeio físico émais insegurodo que o digi-

tal. Quando entregamos umdocumento sigiloso a umportador – não importaquem ele seja –, não esta-mos vendo para onde ele es-tá indo. E eu pergunto: émais fácil para o fraudadorter acesso a um envelopecom um documento ou inva-dir um datacenter? A segun-da alternativa certamente éa mais difícil", explica Mar-cos Nader, CEO da Compro-va, empresa de formaliza-ção digital que está há dezanos no mercado. A empre-sa é especializada em certi-

ficação e comprovação jurí-dica de entrega de emails etambém no gerenciamentode contratos digitais.

Na opinião de Nader, oBrasil tem uma legislaçãoavançada e que não ofere-ce nenhuma barreira jurídi-ca aos contratos digitais. "Éo País que tem a maior ado-ção. Hoje, atendemos 40bancos e seguradoras queusam frequentemente oserviço, além de quase milempresas fora do segmen-to financeiro. Pela platafor-ma digital, passam contra-tos de empréstimo, câm-bio, apólices de seguro,contratos de compra e ven-

da e duplicatas digitais", ex-plica. Além disso, a Compro-va também organiza assem-bleias de acionistas de com-panhias abertas no meiodigital, prática autorizadapela Comissão de ValoresMobiliários (CVM).

Nader diz que o meio digitalé mais seguro porque – se fo-rem tomadas as medidas desegurança necessárias – per-mite rastrear o fraudador, oque nem sempre é fácil quan-do as provas são físicas.

Nos últimos dois anos, aempresa experimentou umcrescimento mais intenso,em boa parte atribuído aofim de barreiras culturais

com o universo digital. Oprocesso foi ajudado pelapopularização de e-mail edas redes sociais e tam-bém pelo fato de boa partedos executivos acompa-nharem esses movimen-tos. A mudança também ésentida no segmento depequenas e médias em-presas, que estão maisa c o s t u m a d a s c o m o smeios digitais por terem deemitir obrigatoriamentenotas fiscais eletrônicas."O nosso trabalho é dar omesmo valor jurídico a do-cumentos que uma notafiscal eletrônica tem", afir-ma Nader. (RT)

çoando a segurança?PG – O mercado desenvol-

veu ferramentas para minimi-zar os problemas com frau-des. Exemplos são os meios depagamento digital seguro,oferecidos por empresas co-mo BCash, PayPal, PagSeguroe Moip. São empresas que fa-zem o intermédio entre o site eo consumidor e o dinheiro nãoé transferido imediatamentepara a loja. Isso reduziu a per-cepção e a quantidade de er-ros e problemas.

DC – As empresas que fazem aintermediação de pagamentosestão ajudando o setor a se tor-nar mais seguro?

PG – Sim, porque elas cria-ram ferramentas que prote-gem os dois lados da opera-ção. Quando a loja contrata ointermediador de pagamento,oferece ao consumidor possi-

bilidade de fazer o pagamentopara a empresa de serviços.Nesse caso, ambos têm cober-tura. O lojista, porque tem cer-teza que vendeu para um con-sumidor e que vai receber o di-nheiro e o consumidor, que senão receber o produto terá odinheiro de volta.

DC – Nesse sentido, as empre-sas de e-commerce estão cadavez mais encarando a segurançacomo um investimento, tal co-mo o setor bancário tradicional-mente faz?

PG – Sim, no mercado de e-commerce foram cr iadasempresas nacionais que fa-zem análise de risco para aprevenção à fraude. Hojepraticamente todas os sitesde comércio contratam al-gum tipo de solução, porquefazer isso internamente émais dispendioso. Exemplos

de empresas que oferecemesse serviço são a FControl(da Buscapé Company) e aClearsale. Elas oferecem umserviço de inteligência neu-ral, ou seja, que é retroali-mentada com processos defraude, impedindo que outroconsumidor venha a cair nomesmo tipo de golpe.

DC – O lojista também precisase proteger do consumidor mal-intencionado?

PG – Sim, principalmente oque vende bens de consumode valor elevado, como ele-trodomésticos, eletrônicos eitens de informática. Existemconsumidores mal-intencio-nados, que roubam a identi-dade de pessoas, usandoseus dados e cartão para fa-zer compras. Se o lojista nãotoma cuidado, pode entregarum produto e depois de doismeses ter de estornar o valor,

sistuação conhecida comochargeback. Se ele for peque-no ou microempresário quevende computadores, porexemplo, pode quebrar. Paraisso, recomendamos a con-tratação de uma empresa deanálise de risco.

DC – Quanto o e-commerceinveste em segurança?

PG – Não tenho essa infor-mação, mas cada loja virtualpaga um valor por transaçãoanalisada, que pode custarpoucos centavos, dependen-do da escala. O serviço classi-fica as transações de compranas cores verde, amarelo evermelho. De acordo com atransação, o lojista toma umaatitude. Se for verde, vende;se for amarelo, verifica; e sefor vermelho, decide se nega avenda ou se pede mais docu-mentos ao consumidor.

Cada um tem defazer sua parte,porque atentativa decrime semprevai existir.

PEDR O GUA S T I ,D I R E TO R DA EBIT

Dia dos Pais na internet: 26% melhor.Ocomércio eletrônico

alcançou um total deR$ 1,023 bilhão em

vendas nas duas semanasque antecederam o Dia dosPais, de acordo com levan-tamento da E-bit, empresaespecializada em informa-ções do setor. O faturamen-to entre os dias 27 de julho e10 de agosto subiu 26% nacomparação com o mesmoperíodo do ano passado. Fo-ram feitos 2,684 milhões depedidos via web.

O desempenho confir-mou as expectativas da E-bit, de vendas no patamarde R$ 1 bilhão na data. Paraa E-bit, o comércio eletrôni-co tem sido mais procuradopelos consumidores mesmono atual cenário de desace-leração da economia. A faci-l idade para pesquisar ecomparar preços, além de-

prazos de pagamento maiselásticos, ajudam o setor.

No Dia dos Pais, itens demoda e acessórios foram osmais procurados e respon-deram por 12% do total dasvendas. Os eletrodomésti-cos ficaram em segundo lu-gar, com 11% do todo. De-pois vêm Informática, com9%, telefonia e celularestambém com 9%, e casa edecoração, com 8%.

O desempenho do comér-cio virtual contrasta com aslojas de ruas no feriado. Da-dos divulgados pelas em-presas de informações fi-nanceiras indicaram o piorDia dos Pais dos últimos trêsanos. A desaceleração nosnegócios já era esperadapelo varejo em meio a umcenário de inflação elevada,alta dos juros e perda daconfiança. (Agências)

Rejane Tamoto

Chegam os celulareschineses feitos no Brasil

Achinesa HuaweiTechnologies iniciousua produção de

smartphones de baixo custono Brasil, informou a empresaontem. O primeirosmartphone da marca a serproduzido localmente será oHuawei Ascend G510, quetambém será comercializadopela operadora Vivo em seuscanais de vendas. A CompalElectronics, localizada emJundiaí (SP), será a parceirada Huawei para a produção.

O aparelho, para 3G, temprocessador dual-core de 1.2GHz e sistema operacionalAndroid 4.1 Jelly Bean"Emotion UI", desenvolvidopela companhia. "Apesar dachegada da rede 4G ao Brasil,ainda há muito a serexplorado dentro datecnologia 3G", comentou odiretor de negócios daHuawei, Li Kefeng.

O aparelho estarádisponível ao preço sugeridode 699 reais para clientespré-pagos. Para pós-pagos, ovalor varia de acordo com oplano escolhido. "Nossaestratégia com a fabricaçãolocal é reduzir as taxas e ocusto total de produção paraoferecer aparelhos a umpreço acessível para omercado brasileiro",comentou o presidente-executivo da Huawei doBrasil, Veni Shone.

De acordo com o executivo,a produção inicial será de100 mil aparelhos, quepoderá ser ampliada deacordo com a demanda.

A Huawei está no Brasil hámais de 15 anos, atuando nomercado de banda larga fixae móvel por meio deparcerias com operadoras detelecomunicações do país.(Reuters)

Divulgação

Ascend G510, com3G e Android 4.1,

é o primeiromodelo da

chinesa Huawey asair da novafábrica emJundiaí, SP.

quarta-feira, 14 de agosto de 201320 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Inovação é isso: retorno. Se não der, então não é.Nelson Sete, da Autometal.economia

USP ensina empreendedor a competirPrograma mostra como a inovação pode ser mais eficiente e como pode melhorar as empresas, preparando-as para enfrentar o mercado internacional.

Divulgação

Corrêa e Milena, com sua máquina: hoje, há mais de 160 delas espalhadas pelo País.

Tem empresa com 12anos de mercado quemelhorou processosprodutivos e ampliou

o faturamento, reduzindo cus-tos de matéria-prima e demão-de-obra, automatizan-do-os de forma eficiente – esem cortar pessoal. Tem tam-bém a lançadora de uma ideiainovadora – uma máquina re-movedora de chicletes – e con-quistou grandes clientes emvárias áreas, de shoppingscenters a empresas de trans-porte, passandopor parques te-máticos e até aRede Globo.

E m pr e n de d o-res como esses,que aprenderama ganhar compe-titividade e am-pliar seu espaçono mercado, sãoencontrados en-tre os 450 partici-pantes do "Pro-grama de Capacitação emEmpreendedorismo e de Ge-renciamento e Execução deProjetos de Inovação". Reali-zado pela Agência USP de Ino-vação em parceria com a Fe-deração das Indústrias do Es-tado de São Paulo (Fiesp), essegrupo concluirá a primeira edi-ção do programa neste mês.

O primeiro caso é da fabri-cante de autopeças Autome-tal, do ABC Paulista, que pro-duz peças plásticas para mon-tadoras. A empresa desenvol-via anteriormente processosinternos de melhoria contí-nua, mas faltavam-lhe maisconhecimentos em inovação,

conta o gerente industrial Nel-son Sete. "Além de (o curso)abrir janelas na parte técnica,também nos mostra que há in-centivos fiscais do governopara quem inova. Antes ban-cávamos 100% de tudo o quedesenvolvíamos, por purodesconhecimento. Hoje, o di-nheiro dessa restituição vaipara novos projetos inovado-res. É um 'looping' que nos dei-xa em condições de competirno mercado", comemora.

A empresa, que já põe emprática o que aprendeu, en-cerrará o programa com oitoprojetos em andamento, se-

gundo Sete, to-dos para otimizarprocessos de pro-dução e reduzirc u s t o s . C o m oexemplos, o ge-rente aponta ofim de operaçõesq u e n ã o a g r e-gam, como usarum profissionalpara "apertar pa-rafusos" oito ho-ras por dia, ou ter

dois turnos na linha de produ-ção de calotas.

"Para automatizar os pro-cessos, qualificamos essaspessoas para tomar conta dosdispositivos. Sem demitir nin-guém; apenas melhoramosprocessos e qualificamos ope-radores para serem técnicosem mecatrônica. Ou para tra-balhar no laboratório, comoprojetistas, em suprimentos,no RH", afirma, lembrandoque, com tudo isso, se há dozeanos a empresa faturava R$1,98 milhão, hoje fatura R$ 6milhões – e com o mesmo nú-mero de empregados.

Outras mudanças positivas

para a Autometal foram a cria-ção de uma incubadora de en-genheiros em pesquisa e de-senvolvimento (P&D), e os co-mitês internos que incenti-v a m a p a r t i c i p a ç ã o d efuncionários no processo deinovação por meio de opiniõese sugestões. "O mercado éagressivo, e essas medidasgeram ganhos sem a necessi-dade de investir. Inovação é is-so: retorno. Se não der, entãonão é", acredita Sete.

Sem chiclete – A ideia de criaruma máquina de limpeza re-movedora da sujeira conside-rada difícil de lidar – a goma demascar – era boa, atendia auma necessidade do mercadoe, o melhor, como se diz no jar-gão das startups, se mostrou

"escalável" e "monetizável".Mas tudo aconteceu tão rápi-do que faltava um plano de ne-gócios abrangente, um pós-vendas mais eficiente e a im-plantação de melhorias noequipamento. Essa carêncialevou ao programa da USP osempreendedores responsá-veis pela Remover (pronun-cia-se Remôver), Milena Rodri-gues e Flávio Augusto Corrêa.

Criada pelo engenheiro Cor-rêa e um ex-sócio, técnico emeletrônica, a Remover foiapresentada pela primeiravez há cerca de três anos, emuma feira de higiene e limpe-za, explica Milena, responsá-vel pelas áreas administrativae de marketing. Ela conta queo desafio era entrar no merca-do com a máquina limpadora(que funciona com um siste-ma de limpeza a vapor alimen-tado com detergente biode-gradável e remove chicletesem até cinco segundos). De-pois do evento, 40 máquinasforam vendidas.

"Começamos a trabalharsem muito planejamento,constatamos que as necessi-dades do mercado mudam acada dia, e que é preciso fazertestes sempre – assim comoinvestir muito em planos de

marketing para ajudar ven-der, já que o produto exige de-monstração. Por telefone, nin-guém acredita!", diverte-seMilena, lembrando que o pro-grama de inovação ensinou aRemover a não cair na fase de"deixar como es-t á " . A l é m d onetwork, os em-p r e e n de d o r e sa p r e n d e r a m amontar planos deinovação e a in-vestir em tecnolo-gias para desen-volver outras fun-cionalidades, jáque a máquinapode ser ajustadapara outros usos.Pode, por exemplo limpar pe-dras de piscina – e ao fazer es-se ajuste a empresa ganhouum grande cliente, o parqueaquático Wet'n'Wild.

Hoje, com mais de 160 má-quinas espalhadas pelo País, aRemover continua inquieta,correndo atrás da inovação."Játemos projetos para obter maisvantagens no uso de água du-rante o processo, além de de-senvolver outras formas delimpeza, como a remoção deadesivos antigos. Estamosabrindo cada vez mais o leque –

inclusive para investidores",empolga-se Milena.

Eficiência – A Agência USP deInovação, que aposta em cur-sos e programas para incenti-var os processos de inovação ena formação de cultura inova-dora dentro das empresas, temcomo objetivo abrir aos empre-endedores o conhecimento dauniversidade, explica o coorde-nador, professor e doutor Van-derlei Salvador Bagnato.

"Seja para trazer ideias ouvir com demandas para a USP,a meta é mostrar aos empre-endedores que nos procuramcomo a inovação pode sermais eficiente, melhorar acompetitividade e preparar aatuação de suas empresas nomercado internacional. Hoje,quem não inova, fica paratrás", afirma.

Nesses cursos – semi-pre-senciais, com 240 horas de du-ração – para empresários egestores de empresas não seensina que "inovação é impor-tante" – segundo Bagnato, is-so o empreendedor já sabe. Noprograma, aprende-se a con-duzir, avaliar e gerenciar pro-jetos de inovação tecnológica– algo ainda não rotineiro nasempresas brasileiras.

"É sair de umaideia e chegar aum produto e, nomeio do proces-so, saber se é pre-ciso abortar oua c e l e r a r e s s eprojeto para tersucesso", explicaBagnato, refor-çando que umaboa ideia só nãobasta. "Esse é oprincipal erro. É

preciso obedecer regras, nor-mas técnicas, e ter em mentepré-requisitos essenciais, co-mo o custo. A meta é trazer oparticipante ao curso e fazê-loterminar preparando um pro-jeto realmente inovador parasua empresa".

Segundo o professor Bagna-to, a próxima turma do cursoestá com inscrições abertas pa-ra empresas de todos os portes,e deve iniciar em setembro.Mais informações sobre aulas evalores podem ser consultadasno www.inovacao.usp.br.

Dono da Oracle ataca o Google

Stephen Lam/Reuters

Ellison, ementrevista:"Acho que oque elesfizeram foiabsolutamentemau".

Olema informal doGoogle é "não sejamau", mas seu

presidente-executivo, LarryPage, foi acusado de agirmaldosamente pelobilionário Larry Ellison,presidente-executivo eco-fundador da gigante dosoftware Oracle. Elison,famoso por seus ataquescontra rivais nos negócios,provoca Page no momento

em que as empresas deambos brigam nos tribunaisnorte-americanos em umprocesso envolvendo oAndroid, sistema operacionaldo Google.

"Só achamos que elespegaram nossas coisas, e issofoi errado", disse Ellison ementrevista ao programa "CBSThis Morning", que foi ao arontem. Ele não chegou achamar o adversário de

"mau". Quando perguntadose qualificaria Page assim,respondeu: "Acho que o queeles fizeram foiabsolutamente mau".

Os ataques contra Pagecomeçaram após a aquisiçãoda plataforma deprogramação Java pelaOracle, com a compra da SunMicrosystems. Na época,Ellison disse que aquele era osoftware mais valioso que játinha adquirido.

A Oracle entrou com umaação contra o Google em2010, alegando que osistema operacional decelulares da empresa, oAndroid, infringia patentesJava. Um juiz federal decidiua favor do Google no anopassado. A Oracle estáapelando da decisão.(Reuters)

Antesbancávamos100% do quedesenvolvíamos.Hoje, o dinheirovai para novosprojetos .

NELSON SETE

A meta émostrar como ainovação podeser maiseficiente emelhorar acompetitividade

VANDERLEI BAG N ATO

Karina Lignelli

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

Trabalhamos com prudência e a carteira tem crescido de forma sustentávelAldemir Bendine, presidente do BB.economia

BB anuncia lucro recordistade R$ 7,5 bilhões no trimestreO acumulado do primeiro semestre também é recorde: R$ 10 bilhões, ante R$ 5,5 bilhões da primeira metade do ano passado.

OBanco do Bras i lanunciou ontemlucro l íqu ido deR$ 7,47 bilhões no

segundo trimestre, conside-rando o efeito da oferta deações da BB Seguridade. Issoé mais que o dobro do regis-trado em igual período do anopassado e quase três vezes ovalor obtido de janeiro a mar-ço deste ano. É um recorde e ofeito se repete no acumuladodo primeiro semestre: R$ 10bilhões ante R$ 5,5 bilhões daprimeira metade do ano pas-sado. De acordo com a consul-toria Economatica, esse é omaior lucro para primeiro se-mestre da história dos bancosbrasileiros.

"A gente está vendo umagrande oportunidade de fazeruma expansão, enquanto omercado recua, para ganharmarket share. O recado para oacionista é: trabalhamos comprudência, temos crescido acarteira de forma sustentávele com níveis de inadimplênciacada vez menores" comemo-rou Aldemir Bendine, presi-dente do BB.

O forte crescimento do lucrodo BB ficou em linha com a ex-pansão anual de 25,7% nos fi-nanciamentos, totalizandoR$ 638,7 bilhões ao final de ju-nho deste ano – o correspon-dente a 20,8% do mercado decrédito nacional –, à frente deItaú (R$ 467,5 bilhões), Bra-desco (R$ 402,5 bilhões) eSantander (R$ 218,1 bilhões).

Outro bom registro foi abaixa na inadimplência aci-

ma de 90 dias, que encerroujunho em 1,87%, menor pata-mar registrado nos últimos11 anos. Sem contar o BancoVotorantim – no qual o BB temparticipação de 49,9% – es-pecializado no financiamen-to de carros usados, a ina-dimplência foi ainda menor,de 1,65%. Para Bendine, aeconomia brasileira deve se-guir crescer mais que a mé-dia mundial em 2013 e 2014,e a inadimplência do bancodeve seguir caindo.

Apesar da baixa inadim-plência, o banco aumentou asdespesas com provisões paracalote em 14,8% na compara-ção anual, para R$ 4,2 bi-lhões, mesmo tendo mantidoa estratégia de elevar o crédi-to de menor risco, como con-signado e financiamento imo-bi l iár io. "A provisão estámaior pelos volumes e nãopor deterioração; o crédito ébom e saudável", explicou opresidente do BB.

Mais crédito – Ao contráriodo Bradesco e do Itaú Uniban-co, que cortaram projeçõesde aumento do crédito para oano, o BB pretende expandiressa carteira: elevou a esti-mativa para o crescimentodos financiamentos de 16% a20% para 17% a 21%. A alte-ração é apoiada em expecta-tivas mais otimistas nos seg-mentos de crédito agrícola(passou de 13% a 17% para22% a 26%) e de pessoas jurí-dicas (para 18% a 22% vindode anteriores 16% a 20%). Aprojeção para o crédito às

pessoas físicas baixou, pas-sando de um crescimento en-tre 18% e 22% para a faixa en-tre 16% e 20%.

Bendine considera acerta-

da a estratégia agressiva dobanco na área de crédito edisse que não há riscos de de-terioração da qualidade dacarteira. Ele rebateu comen-tários de analistas que apon-tam esse risco alegando quea economia do País tem cres-cido pouco. "Se projetásse-mos o banco de acordo com avisão dos analistas, teríamos

quebrado faz tempo", afir-mou. Rebateu também asalegações de que a carteirado banco iria se deteriorar. "Éum prognóstico absurdo, er-rado; basta ver o comporta-mento da inadimplência",afirmou.

Desconsiderado o efeito daoferta de ações da BB Seguri-dade, que trouxe quase R$ 10bilhões, o lucro líquido do BBdo segundo trimestre foi deR$ 2,63 bilhões, 11,8% menorque o de um ano antes, em li-nha com o esperado por ana-listas. O banco fechou junhocom ativos totais de 1,214 tri-lhão de rea is , avanço de15,5% na comparação comum ano antes.(Agências)

Segundo o presidente do BB,Aldemir Bendine, esta é a"oportunidade de fazer umaexpansão, enquanto omercado recua". Ele defendea estratégia agressiva naárea de crédito e garanteque não há riscos dedeterioração na qualidadeda carteira.

Newton Santos/Hype

Aumento decombustível:só estudos.

Ogoverno avalia opedido da Petrobras

sobre reajuste de preçosde combustíveis, mas issonão significa que areivindicação da estatalserá atendida pelo seucontrolador, disse ontem oministro de Minas eEnergia, Edison Lobão. "APetrobras estápermanentementepedindo aumentos deseus preços, até porqueestão defasados hámuitos anos. Vamosexaminar pelo Ministérioda Fazenda, peloConselho e pelo Ministériode Minas e Energia",completou. "Não estamosdizendo que se vai atendera reivindicação. Estamosexaminando."

A preocupação dogoverno é com o impactode eventuais aumentos depreços de combustíveissobre a inflação. "Nenhumaumento de preço é bom",comentou Lobão.

Na segunda-feira, odiretor financeiro daPetrobras, Almir Barbassa,afirmou que a estatalbusca "intensamentealinhar os preços internosde derivados de petróleoaos internacionais". Após avalorização do dólar frenteao real, a companhia teveanulados os efeitos dosreajustes de combustíveisfeitos no ano passadoe no início deste ano. E aempresa continuavendendo combustíveisno Brasil a preçosinferiores aos do mercadoexterno. (Reuters)

Um bloqueio à super fusãode companhias aéreas nos EUA

Departamento de Justiça quer impedir a união da American Airlines à US AirwaysLarry Downing/Reuters

Além de criar a maior companhia aérea do mundo, fusão ajudaria a American a sair do processo de recuperação judicial.

O horizontedos jatosexecutivos

Ovice-presidente deOperações da

Embraer Executive Jets,Marco Túlio Pellegrini,disse ontem que aestimativa mais otimistada empresa para omercado de jatos executivosprojeta apenas para2016 uma recuperaçãonas entregas paraos níveis de antes da eclosãoda crise financeirainternacional. No cenáriomais conservador, a viradade jogo só vaiocorrer em 2020. "Sabemosque a recuperaçãoocorrerá em algum momentoentre essas duasprevisões", afirmou."Em 2008 tivemoso pico de 1.200 entregas deaeronaves executivas.Se a economia voltara reagir, esse númerovoltará a se materializarem 2016".

O executivo dissetambém que a desaceleraçãoda atividade globalleva a uma queda daconfiança do comprador deaeronaves executivas,já que a venda do produtoestá atrelada aodesempenho da economiados países e blocoseconômicos. Além disso, avariação cambial provocareceio no cliente. "O câmbiotambém atrapalha, poisquanto maior é o preço,menor o interesse."

Segundo Pellegrini, é difícilfazer previsões, mas háindicadores mundiais quedão esperanças ao setorquanto à recuperação domercado de jatos executivos.Ele citou um aumento donúmero de ricos no mundo ecrescimento de tráfego deaeronaves. "Falta o momentode investir", finalizou.(Estadão Conteúdo)

Prejuízo daGol baixa, masainda é alto.

AGol, segunda maiorempresa aérea brasileira

em participação de mercado,conseguiu reduzir seuprejuízo no segundotrimestre deste ano paraR$ 433 milhões, 39,5%abaixo de igual período doano passado. A reduçãoapoiou-se em recursosadicionais com a vendaantecipada de passagenspara a unidade Smiles, queem abril levantouR$ 1,3 bilhão com uma ofertapública inicial de ações (IPO).O resultado também foiimpulsionado pelo aumentode preços de passagens eredução de custos depois quea empresa cortou voos efuncionários.

A receita líquida daempresa totalizouR$ 1,9 bilhão no trimestre,alta de 4,6% acima doresultado de um ano antes,que a companhia atribuiu aoaumento de 13% noyield (o valor médio pagopor passageiro porquilômetro voado).

Segundo o presidente daempresa, Paulo Kakinoff, aGol não espera a concessãode subsídios por parte dogoverno na reunião que asempresas aéreasterão com o ministro daSecretaria da Aviação Civil,Wellington Moreira Franco,na próxima semana."Será apenas uma reunião deatualização de números",garantiu. Anteontem,Moreira Franco afirmou que amelhora do sistemaaeroportuário brasileiroprecisa ser acompanhado decompanhias aéreasfinanceiramentesaudáveis, e que iria sereunir com as empresas napróxima semanapara discutir suas situaçõesfinanceiras. (Reuters)

ODepartamento deJustiça dos EstadosUnidos iniciou ação

judicial ontem parabloquear a fusão daAmerican Airlines com aAMR, controladora da USAirways. As empresas nãose pronunciaram. Aoperação, avaliada em US$11 bilhões, resultaria nacriação da maior companhiaaérea do mundo. Mas asautoridades alegam que onegócio pode causar danosaos consumidoresamericanos, que teriam dearcar com preços maioresde bilhetes aéreos e tarifas

devido à menorconcorrência no setor.

"Se a fusão for adiante,mesmo um pequenoaumento no preço dosbilhetes, das bagagens enas tarifas para mudança debilhetes resultaria numprejuízo milionário para osconsumidores", afirmou osubprocurador responsávelpor assuntos deconcorrência noDepartamento de Justiça,Bill Baer.

A principal preocupaçãodas autoridades seconcentra no aeroporto deWashington, onde as duas

companhias teriam 63% dosvoos diretos. Ainda segundoo Departamento de Justiça,a fusão concentraria 80%dos voos comerciais nosEUA em quatro companhias.

A fusão das duasempresas foi definida emfevereiro deste ano, pelosconselhos de administraçãode ambas. A transação,além de criar a maiorcompanhia aérea do mundo– oferecendo 6.700 voosdiários para 336 destinosem 56 países –, casoconcretizada, ajudaria aAmerican a deixar oprocesso de recuperação

judicial em que se encontradesde 2011. O negócio,contudo, depende daaprovação do órgão dedefesa da concorrência eoutras autoridades dos EUA.

Pelo acordo, credores daAmerican Airlines ficariamcom 72% da novacompanhia deixando orestante aos acionistas daparceira. A nova empresaseria comandada pelopresidente-executivo da U.SAirways, Doug Parker. Já olíder da American, ThomasHorton, ficaria comopresidente do conselho até2014. ( Fo l h a p r e s s )

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013 ECONOMIA/LEGAIS - 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

Edukar Educação e Formação Profissional S.A.CNPJ: 16.854.555/0001-30 - NIRE: 3530044390-0

Ata da 2ª Assembleia Geral ExtraordináriaData, Hora e Local: 28/05/2013, 16:00, na sede da companhia, na R. José Maria Lisboa, 860, cj. 82, São Paulo - SP.Convocação e Presença: dispensadas, conforme artigo 124, §4º, da Lei 6.404/76. Mesa: Pres.: Roberto Felipe Tesch; Sec.:Renato De Vita. Ordem do Dia: deliberar sobre (i) aumento do capital social; (ii) remuneração dos Diretores; (iii) alteraçãodo §5º do Cap. 10 do Estatuto; (iv) consolidar o Estatuto Social. Deliberações: foi deliberado, por unanimidade: (i) Aumentodo capital social, de R$30.110,00, para R$140.643,41, mediante a emissão de 10.497 ações preferenciais, nominativase sem valor nominal Classe Investidores (“Ações”), pelo preço de emissão de R$10,53 cada, totalizando R$110.533,41,sendo (a) 1.000 Ações subscritas por Bruno Semino, totalizando R$10.530,00; (b) 9.496 Ações subscritas por LeonardoVittorio Mantovani Teixeira, totalizando R$ 99.992,88; e (c) 1 Ação subscrita por Renato De Vita, totalizando R$10,53,todas integralizadas mediante capitalização dos valores da conta de AFAC. (ii) Estabelecimento da remuneração mensal deR$3.000,00 para os Diretores Renato De Vita, Eva Chaska Uchitel Tesch e Felipe Tesch, permanecendo a remuneraçãomensal de R$690,00 para os demais Diretores. (iii) Adequação do §5º do Cap. 10 do estatuto; (iv) Consolidação do EstatutoSocial. Encerramento e Aprovação da Ata: Nada mais a ser tratado, foi encerrada a Assembleia Geral, da qual se lavroua presente ata que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. São Paulo, 28/05/2013.

Boulevard Jardins Empreendimentos e Incorporações S.A.CNPJ/MF nº 07.153.900/0001-18 - NIRE 35.3.00.322266

Edital de Convocação - Assembléia Geral ExtraordináriaFicam convocados os acionistas detentores de ações ordinárias e ações preferencias classe A da Boulevard Jardins Emp.e Incorp. S.A., para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a se realizar em 2ª convocação aos 19.08.2013, às10h, na sede de sua acionista GP Desenvolvimento - FIP, localizada na Capital do Estado de SP, na Av.Pres. JuscelinoKubitschek, 50, 4º and., V. Nova Conceição, 04543-011, com a seguinte Ordem do Dia: (i) dar ciência da sentença arbitralproferida em 07.06.2013, pelo Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil - Canadá, Arbitragem nº 44/2010; (ii) consolidar a resolução do Acordo de Acionistas, determinada por decisão do Tribunal Arbitral; (iii) extinguir o Con-selho de Administração; (iv) ratificar os atos praticados pelos atuais membros da Diretoria, da data da sentença, até a dataem que se realizar a presente assembleia; (v) reeleger/eleger novos membros da Diretoria; (vi) alterar a sede social; (vii)alterar o estatuto social, tendo em vista as deliberações supra, e consolidá-lo em sua nova redação. SP, 12.08.13. JorgeCarlos Nuñez-Pres. do Cons.de Administração. (13, 14 e 15)

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FDE AVISAPregão Eletrônico de Registro de Preços nº 36/00588/13/05

OBJETO: AQUISIÇÃO DE MESA ACESSÍVEL PARA ALUNO EM CADEIRA DE RODAS - MF- 04.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação paraAquisição de Mesa Acessível para Aluno em Cadeira de Rodas - MF- 04.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 14/08/2013, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.brou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira,no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 28/08/2013,às 10:00 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe eindicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico,após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data doinício do prazo para envio da proposta eletrônica será de 14/08/2013, até o momento anterior ao início da sessão pública.

BARJAS NEGRIPresidente

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FDE AVISATOMADA DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação paraexecução de Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR- GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/03120/13/02 - EE Jd. São Francisco - Rua Thomaz Zonfrille, 124 - Cep: 19880-000 - Jd. São Francisco - Cândido Mota/SP; EE Santo Hino- Rua Massae Hino, 350 - Cep: 19880-000 - Porto Almeida - Cândido Mota/SP - 120 - R$ 111.545,00 - R$ 11.154,00 - 14:00 - 30/08/2013.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI naSEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet peloendereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 14/08/2013, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Os interessados poderão adquirir o CD-ROM referente às Planilhas, ao custo de R$ 3,00 (três reais), na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, dentro do horário de expediente, das 08:30 às 17:00 horas.Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE,conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamente com aSolicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia de participação, no Setor deProtocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕESGERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

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FDE AVISATOMADAS DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇO

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação paraexecução de Elaboração de Projeto Executivo e Apresentação de Pasta Técnica Contemplando a Documentação Relativa ao ProjetoTécnico de Segurança:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)46/00533/13/02 - EE Dr. José Fornari - Rua Aparecida, 198 - Cep: 09751-330 - Baeta Neves - São Bernardo do Campo/SP; EE Profª AnesiaLoureiro Gama - Rua Eduardo de Oliveira, 35 - Cep: 09608-010 - Jd. Silvestre - São Bernardo do Campo/SP - 90/180 - 10:30 - 16/09/2013.46/00534/13/02 - EE Vicente de Carvalho - Av Puglisi, 188 - Cep: 11410-000 - Centro - Guarujá/SP - 90/180 - 11:00 - 16/09/2013.46/00536/13/02 - Terreno Diretoria de Ensino de Santo Anastácio - Rua Osvaldo Cruz, s/nº - Vila Lunardi - Santo Anastácio/SP - 120/210- 14:00 - 16/09/2013.46/00595/13/02 - EE Profª Antonieta Ferrarese - Rua Matuso Matuchima, 180 - Cep: 18112-680 - Jd. São Luiz - Votorantim/SP - 120/210 - 14:30 - 16/09/2013.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís,99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 14/08/2013, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Os invólucros contendo a Proposta Técnica, a Proposta Comercial e os documentos de Habilitação, deverão ser entregues,juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação, no Setor de Protocolo daSupervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕESGERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

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FDE AVISACONCORRÊNCIAS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação paraexecução de Construção de Prédio Escolar em Estrutura Pré-Moldada de Concreto:CONCORRÊNCIA Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DEPARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/03267/13/01 - Terreno B. Alto Jaraguá - Rua Juvenal Bastos Esq.c/ R. Carlos Pereira Bicudo, s/nº - Parque Jaraguá - Bauru/SP - 270- 3.453,91 - R$ 529.485,00 - R$ 52.948,00 - 09:30 - 16/09/2013.69/03272/13/01 - Terreno Jd. Wenszel/Jd. Santa Elisa - Avenida 40, s/nº - Jardim Wenzel - Rio Claro/SP - 270 - 3.453,91 - R$526.720,00 - R$ 52.672,00 - 10:00 - 16/09/2013.69/03273/13/01 - Terreno Jd. Picerno / Bordon - Avenida Manuel Alves Esq. Rua Santo Denadai Netto, s/nº - Residencial Bordon -Sumaré/SP - 210 - 3.453,91 - R$ 580.867,00 - R$ 58.086,00 - 15:00 - 16/09/2013.69/03335/13/01 - Terreno Jd. Sta Terezinha I - Rua Profª Olivia Campanha Affonso do Amaral (Antiga Rua 2), s/nº - Cep: 17240-000 -Jardim Santana - Bocaina/SP - 210 - 3.165,88 - R$ 600.680,00 - R$ 60.068,00 - 15:30 - 16/09/2013.69/03359/13/01 - Terreno Jd. Boer - Rua Otimismo/Rua Glória/ Rua Bom Recreio, s/nº - Jardim Boer - Americana/SP - 270 - 3.165,88 -R$ 492.966,00 - R$ 49.296,00 - 16:00 - 16/09/2013.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI naSEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet peloendereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 14/08/2013, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais).Os interessados poderão adquirir o CD-ROM referente às Planilhas, ao custo de R$ 3,00 (três reais), na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, dentro do horário de expediente, das 08:30 às 17:00 horas.Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE,conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamente com aSolicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia de participação, no Setor deProtocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕESGERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

BARJAS NEGRIPresidente

Requerente: Banicred Fomento Mercantil Ltda. Requerido: Filizola S.A. Pesagem e Automação. Rua João Ventura Batista, 450-C – Vila Guilherme - 1ª Vara de Falências.Requerente: Itema Indústria e Comércio de Aviamentos de Malhas Ltda. Requerido: Danupe Confecções Ltda. Rua Cabinari, 437 – Sala 3 – Vila Formosa - 2ª Vara de Falências.

Recuperação JudicialRequerente: Waideman Comércio, Importação e Exportação de Produtos Eletro Eletrônicos Ltda. Requerido: Waide-man Comércio, Importação e Exportação de Produtos Eletro Eletrônicos Ltda. Rua Monte Serrat, 399 – Conjunto 2 – Tatuapé.Requerente: Vencedor Comércio, Papelaria e Tecnologia Ltda. ME. Requerido: Vencedor Comércio, Papelaria e Tecnologia Ltda. ME. Rua Monte Serrat, 399 – Conjunto 1 – Tatuapé - 2ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 13 de agosto de 2013, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial

e recuperação judicial:

PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA HIDROMINERAL DE

ÁGUAS DE SÃO PEDROTOMADA DE PREÇOS Nº 15/2013

A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à PraçaPrefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimentode interessados, que se acha aberta a Tomada de Preços 15/2013, que objetiva a aquisição demedicamentos, por fornecimento parcelado e a pedido. O edital poderá ser retirado diretamente noendereço supracitado, das 12:00 às 17:00 horas, de segunda a sexta-feira. Será exigido cadastramentoprévio. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados até às 13:30horas do dia 03/09/2013 sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia às 14:00 horas.

Águas de São Pedro/SP, 13/08/2013. Paulo César Borges – Prefeito Municipal.

ASSOCIAÇÃO PAULISTANA DOS CONDUTORES DE TRANSPORTECOMPLEMENTAR DA ZONA LESTE

ComunicadoAtravés do presente, os Senhores Wilson Roberto Ribeiro, Edivaldo Nascimento Barboza, LeonardoNunes de Assis, Marcelo Paschoal Cardoso, Luiz Carlos Calegari, Juberto Lucas de Lima, representandoa ASSOCIAÇÃO PAULISTANA DOS CONDUTORES DE TRANSPORTE COMPLEMENTAR DAZONA LESTE e respectivamente as garagens GI, GII, GIII e o Senhor Willamys da Silva Bezerra,representando a COOPERALFA – COOPERATIVA DE TRABALHO DOS CONDUTORESAUTÔNOMOS, vêm tornar público que, no dia 24 de julho de 2013, foi encaminhado pela empresa dosCorreios, carta com Aviso de Recebimento AR nº 440556146-BR, aos cuidados do Conselho deAdministração da FECOOTRANSP – FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS DE TRANSPORTE DOESTADO DE SÃO PAULO, Ofício de Solicitação de Desvinculação ao quadro de filiados desta entidade,conforme previsto no artigo 10º do fulcro Estatuto Social da FECOOTRANSP, aos representantes eentidades supramencionadas, solicitando ainda a devida averbação ao Livro de Matrículas da mesma.Comunicam, ainda, que serve este, para tornar público que a referida FEDERAÇÃO, a partir do dia 12de julho de 2013, não mais terá representatividade sobre os interesses das entidades acima mencionadas.São Paulo, 12 de agosto de 2013. Associação Paulistana dos Cond. Transp. Compl. Zona Leste - Líder.WILSON ROBERTO RIBEIRO - Diretor-Presidente.

PREFEITURA DA ESTÂNCIA

BALNEÁRIA DE MONGAGUÁ/SP AVISO DE EDITAL

Acha-se aberto, na Prefeitura da Estância Balneária de Mongaguá, o Pregão Presencial nº 030/2013com Registro de Preços, Objeto: Fornecimento parcelado de combustível, 20.000 (vinte mil) litros deÓleo Diesel S10 para Abastecimento dos veículos da frota municipal, pelo período de 12 (doze) meses,conforme descrição e quantidades constantes do Anexo I – Termo de Referência, visando aquisiçõesfuturas pelo órgão interessado. O Início da sessão de lances dar-se-á às 09h30min, do dia 27 de agostode 2013. O edital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessados, no endereço eletrônicowww.mongagua.sp.gov.br, através do aplicativo “Licitações” Pregão Presencial, ou ser retirado no De-partamento de Licitação, ou ainda solicitar por e-mail: [email protected]. Para qualqueresclarecimento, entrar em contato pelos telefones (13) 3445-3067 – 3445-3082.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

ABERTURA DE EDITAL RESUMIDO PREGÃO Nº 023/2013

A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, oPP nº 23/13, que cuida da “Aquisição de “Vale -Transporte” das linhas intermunicipaisdas empresas prestadoras de serviços de passageiros aos funcionários da PrefeituraMunicipal de Pindamonhangaba”, com encerramento dia 26/08/2013, às 15h30, eabertura às 16h. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. emaiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através dotel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 13 de agosto de 2013.

PREGÃO Nº 085/2013A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, oPP nº 85/13, que cuida da “Contratação de empresa especializada na realização deexames de eletroencefalograma sem sono induzido e com sono induzido”, comencerramento dia 23/08/2013, às 15h30, e abertura às 16h. O edital estará disponível nosite www.pindamonhangaba.sp.gov.br. e maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 12 de agosto de 2013.

PREGÃO (REGISTRO DE PREÇOS) Nº 092/2013A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, oPPRP nº 92/13, que cuida da “Contratação de empresa especializada na prestação deserviço de arbitragem na modalidade futebol de salão”, com encerramento dia 23/08/2013, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. e maiores informações poderão ser obtidas no endereçosupra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 12 de agosto de 2013.

PREGÃO Nº 116/2013A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, oPP nº 116/13, que cuida da “Aquisição de escadas para uso no setor de elétrica,atendendo a demanda dos serviços executados evitando acidentes”, comencerramento dia 26/08/2013, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. e maiores informações poderão ser obtidas no endereçosupra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 13 de agosto de 2013.

PREGÃO Nº 126/2013A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, oPP nº 126/13, que cuida da “Aquisição de 01 (um) veículo tipo picape”, com encerramentodia 23/08/2013, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. e maiores informações poderão ser obtidas no endereçosupra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 12 de agosto de 2013.

PREGÃO Nº 142/2013A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, oPP nº 142/13, que cuida da “Aquisição de materiais de construção a serem utilizadosnas obras no Distrito de Moreira César”, com encerramento dia26/08/2013, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. e maiores informações poderão ser obtidas no endereçosupra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 13 de agosto de 2013.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIRETI-RATI doEDITALNº 084/2.013

RPdePREGÃOPRESENCIALNº 064/2.013.OBJETO:Face a exclusão da cláusula 6.3.1.2 do edital, ficaalterada a data de abertura para 29/08/2013, as 08:00 horas,permanecendo as demais condições do Edital do PregãoPresencial nº 064/2.013, Registro de Preços para aquisiçãode óleos lubrificante, óleo hidráulico, graxa para rolamento efluído de freio, destinados à secretaria de serviços públicos,água e esgoto, pelo período de 12 (doze) meses. Melhoresinformações poderão ser obtidas junto a Seção de Licitaçõesna Rua Santos Dumont nº 28, Centro, ou pelos telefones (018)3643-6126. O Edital e sua retificação poderão ser lidos naquelaSeção e retirado gratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br.Paulo Roberto Bearari, Prefeito Municipal - Interino, Birigui,13/08/2.013.

Comercial Lima Figueiredo S.A.CNPJ nº 72.111.370/0001-07 – NIRE nº 35.300.041.496

Ata da AGO realizada em 18 de Julho de 2013Aos 18/07/2013, às 10 hs, reunidos em primeira convocação, à Fazenda Itaiquara, Município de Tapiratiba/SP, os acionistasda Comercial Lima Figueiredo S.A., representando 94,42% do capital social, como se verifica no Livro de Presenças deAcionistas assumiu a presidência desta assembléia, por aclamação, o Sr. Joaquim Augusto Bravo Caldeira, que convidou amim FernandoWhitaker de Souza Dias, p/ secretário.Convocação: Editais publicados no DOESP e no Jornal DCI, de SãoPaulo, nos dias 05, 06 e 11 do mês corrente, nos termos do art. 124 da Lei 6404/76.Ordem do dia com o seguinte teor: 1)Leitura, discussão e votação do Relatório da Diretoria, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras relacionadas como exercício findo em 31/12/2011 e findo exercício findo em 31/12/2012; 2) Destinação do resultado do exercício encerradoem 31/12/2011 e 31/12/2012; 3) Eleição dos membros da Diretoria para o próximo mandato. 4) Eleição dos membrosdo Conselho Fiscal e seus suplentes, caso decidida a sua instalação. Estão à disposição dos senhores acionistas, nasede social, os documentos da Administração a que se refere o art. 133, da Lei 6404/76. Deliberações: Dando inicio aordem do dia, o Sr. Presidente procedeu à leitura de considerações da Administração abrangendo o exercício de 2011,expondo as principais realizações da Cia., documento esse que ficará arquivado na sede da sociedade. Em seguida o Sr.Presidente esclareceu que o Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, das Mutações do PatrimônioLíquido, do Valor Adicionado, Demonstrativo de Fluxo de Caixa, relativos ao exercício encerrado em 31/12/2011, ou seja,os documentos referidos no art. 133 da Lei 6404/76 foram publicados no DOESP e no Jornal DCI, de São Paulo, no dia03/07/2013, conforme parágrafo 3º do art. 133 da Lei 6404/76, e estavam à disposição dos acionistas, tendo sido procedidaas respectivas leituras de tais documentos. Examinados, discutidos e votados, deliberaram aprovar por unanimidade e semressalvas o Balanço Patrimonial, as demonstrações financeiras, o relatório e contas da diretoria do exercício encerrado em31/12/2011, devidamente auditados, bem como os atos dos administradores, com abstenção dos legalmente impedidos. Nasequencia, foi feita a leitura das considerações da Administração abrangendo o exercício de 2012, expondo as principaisrealizações e perspectivas da Cia., documento esse que ficará arquivado na sede da sociedade. Em seguida o Sr.Presidente esclareceu que o Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, das Mutações do PatrimônioLíquido, do Valor Adicionado, Demonstrativo de Fluxo de Caixa, relativos ao exercício encerrado em 31/12/2012, ou seja,os documentos referidos no art. 133 da Lei 6404/76 foram publicados no DOESP e no Jornal DCI, de São Paulo, no dia04/07/2013, conforme parágrafo 3º do art. 133 da Lei 6404/76, e estavam à disposição dos acionistas, tendo sido procedidaas respectivas leituras de tais documentos. Examinados, discutidos e votados, deliberaram aprovar por unanimidade e semressalvas o Balanço Patrimonial, as demonstrações financeiras, o relatório e contas da diretoria do exercício encerrado em31/12/2012, devidamente auditados, bem como os atos dos administradores, com abstenção dos legalmente impedidos.Passando ao item “2” da ordem do dia, o Sr. Presidente esclareceu que, conforme consta das demonstrações financeiras,o prejuízo líquido apurado no exercício terminado em 31/12/2011 foi de R$ 291.692,87, foi aprovada por unanimidade asua manutenção na conta de Prejuízos Acumulados para compensação com futuros lucros. Na sequência o Sr. Presidenteesclareceu que, conforme consta das demonstrações financeiras, o prejuízo líquido apurado no exercício terminado em31/12/2012 foi de R$ 361.110,64, foi aprovada por unanimidade a sua manutenção na conta de Prejuízos Acumuladospara compensação com futuros lucros. Passando ao item “3” da ordem do dia, o Sr. Presidente solicitou que se procedesseà eleição dos membros da Diretoria para o mandato que se estenderá até abril de 2016, tendo sido eleitos os seguintessenhores: para Diretor Presidente: Joaquim Augusto Bravo Caldeira, CI-RG nº 1.126.655-SSP/SP, CPF nº 014.859.388-72e para Diretor Vice Presidente: FernandoWhitaker de Souza Dias, CI-RG nº 12.633.699-4-SSP/SP, CPF nº 114.513.208-17.Em seguida foi aprovada por unanimidade a não instalação do Conselho Fiscal, ficando, dessa forma, prejudicada a suaeleição. Nada mais havendo a tratar, foi suspensa a sessão para lavratura da presente ata, que foi feita em livro próprio eque, depois de lida em sessão reaberta, foi aprovada por unanimidade. Eu, Fernando Whitaker de Souza Dias, secretário,escrevi a presente ata que vai por mim assinada, pelo presidente da assembléia e pelos acionistas presentes. a) JoaquimAugusto Bravo Caldeira - Presidente da Assembléia; Fernando Whitaker de Souza Dias - Secretário da Assembléia;Acionistas: p/ Itaiquara Alimentos S.A.: João Guilherme Figueiredo Whitaker - Diretor Presidente. Fernando Whitaker deSouza Dias - Secretário da Assembléia. Jucesp nº 300.956/13-7 em 07/08/2013.Gisela Simiema Ceschin-Secretária Geral.

Compar Participações Ltda. - CNPJ/MF 02.599.547/0001-80 - NIRE 35.214.930.741Extrato da Ata de Reunião Anual de Sócios em 30.07.2013

Data, Hora, Local: 30.07.2013, 15hs, sede social, R. dos Pinheiros 870, 20º and., cj. 203, sl. 01, SP/SP. Convocação:Dispensada. Presença: Totalidade do capital social. Mesa: Presidente: Marcio Luiz Goldfarb, Secretário: Decio Goldfarb.Deliberações Aprovadas: Redução do capital social de R$ 3.545.746,00 para R$ 528.503,00, uma redução de R$3.017.243,00,mediante o cancelamento de parte das quotas sociais da sócia Mareasa Participações Ltda., devido ao capitalser excessivo ao objeto da sociedade. Encerramento: Nada mais. Marcio Luiz Goldfarb: Presidente, Decio Goldfarb:Secretário. Sócios: Begoldi Participações Ltda., e Mareasa Participações Ltda. p/Decio Goldfarb. Decio Goldfarb: Secretário.

RB Capital Desenvolvimento Residencial I S.A.NIRE 35.300.349.814 - CNPJ/MF nº 09.208.516/0001-09

Extrato da Ata de Assembleia Geral Extraordinária de 13/08/2013Data, Hora e Local: 13/08/2013, às 09hs, na sede social, Rua Amauri, nº 255, 5º and., parte, SP/SP. Convocação:Dispensada (§ 4º do art. 124 da Lei nº 6.404/76). Presença: Totalidade do capital social. Mesa: Presidente: RégisDall’Agnese; e Secretário: Marcelo Meth. Deliberações Aprovadas por Unanimidade: Redução do capital social,atualmente em R$ 25.906.161,21, para R$ 1.748.531,49, uma redução, de R$ 24.157.629,72, sendo R$ 6.157.629,72 paraabsorção da totalidade dos prejuízos acumulados, e R$ 18.000.000,00 por considerá-lo excessivo em relação as suasatividades. Não haverá o cancelamento de ações por conta da redução de capital, os valores devidos aos acionistas deverãoser pagos em moeda corrente nacional. Alterando-se o caput do Artigo 5º do Estatuto Social: “Art. 5º: O capital social,totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 1.748.531,49, representado por 619.072.293 ações ordinárias, todasnominativas escriturais e sem valor nominal”. Encerramento: Nada mais, lavrou-se a ata. São Paulo, 13 de agosto de2013. Mesa:Régis Dall’Agnese - Presidente da Mesa,Marcelo Meth - Secretário da Mesa.

Companhia Mutual de SegurosCNPJ 75.170.191/0001-39 - NIRE 35300333047

Em 18/04/2013, às 15h, na sede social.Presenças: Compareceu o Diretor-Presidente, Senhor MaurícioTadeu Di Giorgio, e o Diretor Executivo,Senhora Cláudia Maria Brandão Zalaf. Mesa: Maurício Tadeu Di Giorgio - Presidente e José Carlos Ferreira - Secretário. DeliberaçõesUnânimes: “Capítulo I - Constituição da Ouvidoria - Por decisão da Diretoria da Companhia Mutual de Seguros, doravante denominadasimplesmente Mutual, foi instituída sua Ouvidoria na forma da legislação em vigor. Art. 1º - A Ouvidoria decorre do interesse da Mutual emestabelecer com seus segurados/clientes um canal direto de comunicação para atuar na defesa dos seus direitos na relação contratual,orientando, prevenindo e solucionando conflitos, nos termos da Resolução CNSP nº 279, de 2013. Art. 2º - São objetivos da Ouvidoria:I - Viabilizar um canal adicional de comunicação direta entre a Mutual e os consumidores (segurados e/ou clientes) em situações diferentesdaquelas tratadas pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e Call Center: II - Atuar na defesa dos direitos dos consumidores, com orobjetivo de assegurar a estrita observância das normas legais e regulamentares relativas aos direito do consumidor; III - Atuar como canal decomunicação entre a Mutual e seus consumidores, na mediação de conflitos, esclarecendo, prevenindo e solucionando conflitos; IV - Revertereventuais percepções negativas e aumentar o nível de satisfação de seus clientes, por intermédio de processo transparente e imparcial deresoluções de conflitos;V - Reduzir a necessidade dos segurados/clientes recorrerem aos órgãos reguladores, Poder Judiciário e órgãos deproteção e defesa do consumidor;VI - Identificar eventuais pontos de conflito e propor soluções para a melhoria das relações entre as partes.Capítulo II - Do Cargo de Ouvidor, Competência dos Limites de Atuação do Ouvidor - Art. 3º - O cargo de Ouvidor e a própria Ouvidoriaestão ligados à Presidência da Mutual, sendo, portando, o Ouvidor subordinado diretamente ao Presidente.Parágrafo único - Integram a equipeda Ouvidoria, além do Ouvidor, mais uma pessoa, ligada diretamente a ele, bem como profissionais em cada área da Mutual, que fazematendimento matricial. Art. 4º - Para atender os objetivos e desempenhar as atribuições da Ouvidoria, a Diretoria da Mutual, em reunião,deliberou pela fixação de alçada financeira para limitar a decisão do Ouvidor, que só poderá apreciar e resolver reclamações em que o valortotal do direito discutido seja de até R$100.000,00, por sinistro. Art. 5º - A Ouvidoria da Mutual não terá competência para receber, analisar oupropor soluções nas manifestações cujo objeto exceda a alçada indicada no art.4º.Art.6º - A Ouvidoria da Mutual também não terá competênciapara receber, instruir, analisar ou propor solução a questões e/ou reclamações relacionadas: a) funcionários, prestadores de serviços,colaboradores e membros de sua Diretoria; b) fornecedores, prestadores de serviços; distribuidores de seus produtos e/ou corretores deseguros;e c) solicitações de demandas que versar sobre questões que estiver em discussão no Poder Judiciário.Capítulo III - Dos Requisitospara o Cargo de Ouvidor e do Mandato de Ouvidor - Art. 7º - O cargo de Ouvidor será exercido por profissional devidamente habilitado quedetenha conhecimentos nas atividades de seguro, desenvoltura para se comunicar com as diversas áreas da Mutual, sensibilidade paracompreender os problemas dos consumidores, e, ao mesmo tempo, as limitações da Mutual. Art. 8º - O mandato do Ouvidor será de 2 anos,contados de sua nomeação, admitida a recondução do titular ao cargo, sucessivamente, sem limite de tempo. § 1º - Em qualquer tempo,por deliberação da Diretoria da Mutual, o Ouvidor poderá ser destituído de sua função.§ 2º - Será resguardado ao Ouvidor o direito de solicitaro afastamento de suas funções, em caráter provisório ou definitivo, desde que comunique sua vontade à Diretoria da Mutual com antecedênciamínima de 30 dias da data do seu afastamento. § 3º - Em caso de ausência temporária do Ouvidor, em função de férias, licenças, viagens,e outros, que signifiquem afastamentos por período superior a 7 dias, responderá pela Ouvidoria o funcionário da equipe do Ouvidor por eleindicado. § 4º - Nas hipóteses previstas nos parágrafos 1º e 2º acima, será nomeado, pela Diretoria, um substituto interino para conduzir aOuvidoria da Mutual, que permanecerá no exercício das funções até nomeação de novo Ouvidor. § 5º - O Ouvidor substituto ficará investidode poderes para exercício de suas funções, logo após a sua nomeação, pelo período de 1 ano, nos mesmos termos indicados neste artigo.Capítulo IV - Das Atribuições da Ouvidoria - Art. 9º - São atribuições da Ouvidoria: I - Receber, registrar, instruir, analisar e dar andamentoformal e adequado às reclamações dos consumidores de produtos e serviços da Mutual que não forem solucionados pelo atendimento habitualrealizado por suas dependências e quaisquer outros canais de atendimento; II - Facilitar e simplificar ao máximo o acesso do consumidor aoserviço de Ouvidoria e prestar esclarecimentos necessários e dar ciência aos reclamantes, com clareza e objetividade, acerca do andamentodesuasdemandasedasprovidênciasadotadasnaprevenção/resoluçãodeconflitos,agindocomintegralidade, transparênciae imparcialidade;III - Informar aos reclamantes o prazo previsto para resposta final, o qual não poderá ultrapassar 15 dias, contados da data de protocolizaçãoda reclamação; IV - Encaminhar resposta conclusiva à demanda dos reclamantes até o prazo informado no inciso III;V - Propor à Diretoria daMutual medidas corretivas ou de aprimoramento de procedimentos e rotinas, em decorrência da análise das reclamações recebidas edeficiências identificadas; VI - Nos casos indicados nos artigos 4º, 5º e 6º, nos quais a Ouvidoria estiver impedida de deliberar sobre areclamação, o Ouvidor deverá direcionar a reclamação à Diretoria da área envolvida na reclamação para solução;VII - Elaborar e encaminharà Diretoria da Mutual, ao final de cada semestre, relatório validado pela auditoria interna com o seguinte conteúdo mínimo: a) qualidade eadequação da estrutura da Ouvidoria; b) dados e informações sobre a eficácia dos sistemas e procedimentos da Ouvidoria; c) estatísticas dasações desenvolvidas pela Ouvidoria em bases mensais e anuais, comparadas com os mesmos períodos do ano anterior; d) proposições deque trata o inciso V, mencionando a periodicidade e a forma de seu encaminhamento, discriminando as propostas não acatadas e respectivasjustificativas, as acatadas e ainda não implementadas e respectivos prazos para implementação, e as já implementadas; e e) cumprimentodos demais requisitos estabelecidos na Resolução CNSP nº 279, de 2013. VIII - Manter sistema de controle atualizado das reclamaçõesrecebidas, de forma que possam ser evidenciados o histórico de atendimentos e os dados de identificação dos consumidores de produtos eserviços, com toda a documentação e as providências adotadas. IX - Manter arquivo de todos os controles, processos e relatórios que trata oinciso VII, pelo prazo mínimo de 5 anos. Parágrafo único - O Ouvidor não está habilitado a resolver eventuais reclamações oriundas deReclamantes com quem tenha vínculo parentesco até o 2º grau, ascendentes ou descendentes, ou ainda em causa própria. CapítuloV - DasObrigações da Mutual - Art. 10º - São Obrigações da Mutual: I - Dar ampla divulgação aos consumidores sobre a existência da Ouvidoria,finalidade e forma de utilização; II - Garantir o acesso dos consumidores de produtos e serviços ao atendimento da Ouvidoria, por meio decanais ágeis e eficazes, respeitados os requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, naforma da legislação vigente; III - Criar condições adequadas para o funcionamento da Ouvidoria, bem como para que sua atuação seja pautadapela transparência, independência, imparcialidade, isenção e comprometimento com a defesa dos direitos dos consumidores; IV - Asseguraro acesso da Ouvidoria a todos os seus departamentos e informações necessárias para a elaboração da resposta adequada às reclamaçõesrecebidas, com total apoio administrativo, podendo requisitar informações e documentos para o exercício de suas atividades.CapítuloVI - DasInstâncias Internas - Art.11 - Para fornecer respostas aos segurados/clientes, visando o bom desenvolvimento de suas ações, e para fornecerrespostas e soluções aos pleitos, a Ouvidoria contatará com as seguintes instâncias internas, dentro das áreas envolvidas: I - A área onde forapontada a situação; e II - A Gerência, Superintendência e/ou Diretoria responsável pela área. Art. 12 - Não havendo resposta ou soluçãoaplica-se o disposto no inciso IV do artigo 2º deste Regulamento. 1º - Caso o valor em discussão supere a alçada da Ouvidoria, o Ouvidorpoderá propor que o assunto seja levado a Comitê, que será composto pela Presidência, Diretoria Executiva e Ouvidor, com decisão de maioriasimples.Na ausência de um dos membros, será indicado por este seu substituto, que terá o mesmo direito de voto decisório.CapítuloVII - DosRequisitos para Recorrer à Ouvidoria das Solitações e Documentação - Art. 13 - O consumidor poderá recorrer à Ouvidoria a qualquertempo, desde que esgotadas as vias de reclamação na Central de Atendimento da Mutual. Parágrafo único - Considerar-se-á esgotada a viade reclamação nas seguintes hipóteses:I - Quando houver decisão da Diretoria para que a manifestação seja tratada pela Ouvidoria, observadoo valor da alçada; II - A manifestação tenha sido apresentada a algum canal/via da Mutual há mais de 10 (dez) dias úteis, sem qualquermanifestação; e III - Quando a solução dada à reclamação atendida pela Central de Atendimento ou em quaisquer níveis de atendimento nãotenha atendido às expectativas do cliente.Art.14 -Todas as solicitações à Ouvidoria serão documentadas em ordem cronológica, cujo registrodeverá constar: I - data do recebimento da demanda; II - número do protocolo de atendimento; III - nome do solicitante; IV - endereço,telefone/e-mail do solicitante; V - proveniência da demanda; VI - área envolvida; VII - resumo da situação apresentada; VIII - resposta;e IX - data da resposta.Parágrafo único: O processo terá tramite imediato e tem prazo de 15 dias corridos para decisão, sob a condição de queo segurado/cliente se compromete a fornecer os documentos ou informações complementares necessários à apreciação da reclamação.Nestahipótese, o prazo de 15 dias começará a correr após a entrega da documentação/informações em ordem, sendo que somente será aceitarecusa que houver fundamentada justificativa. Capítulo VIII - Do Funcionamento da Ouvidoria - Art. 15 - A Ouvidoria da Mutual funcionaráde segunda às sextas-feiras, em horário comercial, e os segurados/clientes terão acesso à Ouvidoria através dos seguintes canais: I - Endereçoda Mutual localizado na R. Eng. Luiz Carlos Berrini, 1681, 6º andar, Brooklin Novo, SP-SP, Cep 04571-011; II - Endereço eletrônico da Mutual“[email protected]”; III - Telefone “0800-9415790 - Opção 6”; IV - O segurado/cliente poderá, ainda, acessar o link da Ouvidoria no sítioeletrônico da Mutual “www.mutual.com.br” e registrar a sua manifestação para ser atendida pela Ouvidoria; e V - A Ouvidoria, observada asituação, também poderá receber demandas/solicitações dos órgãos de Defesa do Consumidor, órgão de fiscalização e outras Ouvidorias.Parágrafo único - O recurso à Ouvidoria é gratuito. Capítulo IX - Das Disposições Finais - Art. 16 - Para obter maiores informações sobre aOuvidoria e seu regulamento, o cliente poderá consultar o sítio eletrônico “www.mutual.com.br/atendimento/ouvidoria”. Art. 17 - Os canais deacesso à Ouvidoria (endereços, e-mails e telefones) deverão ser permanentemente atualizados junto à SUSEP. Art. 18 - Os casoseventualmente omissivos ou controversos deste Regulamento serão levados ao conhecimento da Diretoria da Mutual e por ela decididos,incluindo-se possíveis alterações que se fizerem necessárias ao desempenho adequado das atribuições do Ouvidor. Art. 19 - O presenteRegulamento entrará em vigor na data de sua aprovação, criação da Ouvidoria e a nomeação do Ouvidor pela Diretoria da Sociedade.”. Emseguida, observados os requisitos legais e regimentais, foi aprovada, por unanimidade, a nomeação do Ouvidor Alex Tambelini, securitário,portador da CI nº 25140438-9, CPF nº 263.544.838-84, residente e domiciliado na Rua Barra Funda, nº 297, apto. 7-D, bairro Barra Funda,SP-SP, CEP 01152-000, com prazo de mandato de 2 anos contados a partir da presente nomeação, nos termos do artigo 8º do Regulamentoora aprovado.Nada mais.São Paulo, 18/04/2013.MaurícioTadeu Di Giorgio - Presidente - Diretor-Presidente;Cláudia Maria Brandão Zalaf- Diretora Executiva;José Carlos Ferreira - Secretário.JUCESP nº 255.975/13-2 em 04/07/2013.Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE IPEÚNA/SPAVISO DE LICITAÇÃO - PREGÃO PRESENCIALNº 010/2013Objeto: Aquisição de equipamentos odontológicos, destinados ao Setor de

Saúde de Ipeúna. Recebimento dos envelopes: até às 8h30 do dia 29/8/13; Sessãode lances: às 9h00 do dia 29/8/213. O edital e anexos encontram-se à disposiçãodos interessados no Setor de Licitações da Prefeitura, situado na Rua 01, 275 –Centro, Ipeúna/SP, no horário das 8h00 às 11h30 e das 13h00 às 17h30, em diasúteis. Informações pelo telefone (19) 3576-9007 ou [email protected]úna, 13/8/2013. Rossane Ap. Salla – Pregoeira.

PREFEITURA MUNICIPAL DE IPEÚNA/SPAVISO DE LICITAÇÃO - PREGÃO PRESENCIALNº 011/2013Objeto: Aquisição de diversos materiais permanentes, compreendendo:

equipamentos de informática, utensílios e mobiliários, destinados ao Setor deSaúde de Ipeúna. Recebimento dos envelopes: até às 8h30 do dia 2/9/13; Sessãode lances: às 9h00 do dia 2/9/213. O edital e anexos encontram-se à disposiçãodos interessados no Setor de Licitações da Prefeitura, situado na Rua 01, 275 –Centro, Ipeúna/SP, no horário das 8h00 às 11h30 e das 13h00 às 17h30, em diasúteis. Informações pelo telefone (19) 3576-9007 ou [email protected]úna, 13/8/2013. Rossane Ap. Salla – Pregoeira.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDESEdital de Chamamento Público 04/2013

A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes, com Paço Municipal à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP,torna público, para conhecimento de interessados, que acha-se aberto o Chamamento Público 04/2013, que ob-

jetiva a aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações,em atendimento ao Programa Nacional de Alimentação Escolar. O edital completo poderá ser retirado das 9:00 às às 16:00horas, de segunda a sexta-feira, sendo necessária a retirada no local. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail.Os envelopes com a documentação e o projeto de venda deverão ser protocolados no Paço Municipal até às 08:30 horas dodia 04/09/2013 sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia às 09:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 13/08/2013.Danielle Zanardi Leão – Comissão de Licitações.

Hong Kong mantém o posto de principal comprador da carne brasileira,com um crescimento de 71% no total de toneladas adquiridas.economia

Os embarques de carnebovina do Brasil em

julho foram os maiores

desde setembro de 2008,informou ontem aassociação que representa

as empresas do setor.O mês de julho também

registrou o melhor resultado

do ano em faturamento,disse a Associação Brasileiradas Indústrias Exportadorasde Carnes (Abiec).

As indústrias do Brasil, omaior exportador global decarne bovina, embarcaram132,4 mil toneladas emjulho, contra 112,22 miltoneladas em junho.

Recorde histórico – Emsetembro de 2008 foramembarcadas 134,9 miltoneladas. O recordehistórico havia sido

registrado em maio de 2007,com 169,5 mil toneladas.

As exportações brasileirasde julho somaram US$ 577,9milhões, contra US$ 489,3milhões em junho,aproximando-se da maiorreceita da história daindústria de bovinos doBrasil, registrada emoutubro de 2012, que foi deUS$ 598,9 milhões.

No acumulado do ano, asexportações brasileiras decarne bovina somaram

exatos US$ 3,579 bilhões,14,5% acima do mesmoperíodo do ano passado.

Em volume, houvecrescimento de 21%, para807,2 mil toneladas nos seteprimeiros meses do ano.

"Hong Kong mantém oposto de principalcomprador da carnebrasileira, com umcrescimento de 71% no totalde toneladas do produtoadquiridas", informou aAbiec, em nota. (Reuters)

Exportação de carnesegue em ritmo forte

Maior vendedor global de carne bovina, Brasil embarcou 132,4 miltoneladas em julho deste ano, contra 122,22 mil do mês anterior.

quarta-feira, 14 de agosto de 201324 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Steven Grant escreveu "O Justiceiro" e a "Vida de João Paulo II". Teve a ideia de"Dose Dupla" em 1990, escreveu o roteiro em 2001 e só foi publicado em 2005.economia

Um insulto deUS$ 1 milhão

O desenhista Steven Grant vendeu sua história "2 Guns" por uma quantia"aviltante", mas, ao virar o filme "Dose Dupla", a série lhe rendeu uma fortuna.O cinema parece se tornar o destino lucrativo das histórias em quadrinhos.

Oi t o a n o s a t r á s ,quando o fundadore executivo chefeda Boom Studios

se ofereceu para publicar umahistória em quadrinhos cha-mada "Dose Dupla" (em in-glês, "2 Guns") – sobre doisagentes infiltrados no comba-te às drogas –, ele disse franca-mente ao autor: "O pagamen-to chega a ser um insulto; éaviltante".

Porém, por trás do paga-mento insuficiente, o CEORoss Richie pôde oferecer aoautor Steven Grant um negó-cio que ainda não é comum naindústria dos quadrinhos:uma parcela significativa dequalquer adaptação para ci-nema, TV ou videogames quepudessem surgir.

Na época, a possibilidadeparecia limitada. Entretanto,em julho deste ano, "Dose Du-pla" foi lançado em filme, es-trelando Denzel Washington eMark Wahlberg. Por conta domodelo da "parcela do cria-dor" feito por Boom, Grant re-cebeu uma parcela do dinhei-ro pago pela Universal Pictu-res pelos direitos do filme. (Oacordo ficou bem próximo dossete dígitos, ou de US$ 1 mi-lhão, afirmou Richie.)

"No fim das contas, essa setornou a coisa mais bem suce-dida que já fiz", afirmou Grant,um veterano do setor. A pri-meira edição da continuaçãoda HQ, "3 Guns", chega às ban-cas em agosto e a Universaltem a opção de também trans-formá-la em filme.

Quando livros impressos sãotransformados em filmes, é co-mum que os autores se benefi-ciem do acordo. Contudo, essenem sempre é o caso no mundodos quadrinhos. Nos primór-dios, os criadores vendiam osdireitos da obra por uma mixa-ria, sem sonhar com a possibili-dade de que seus personagensdurassem anos, migrando paraa televisão, o cinema e todo o ti-po de merchandising. Ou en-tão, o trabalho dos criadoresera considerado um "trabalhosob encomen-da", de formaque a proprie-dade intelec-tual ficava nasmãos das edi-toras.

Gigantes daindústria dosquadrinhos, aMarvel Enter-tainment e aDC Entertain-m e n t p o s-suem editoras"butique", que dão aos criado-res mais controle sobre a pro-priedade intelectual. Todavia, aMarvel e a DC são conhecidasprincipalmente pelas "HQs cor-porativas" – séries com perso-nagens de peso como o Ho-mem Aranha, o Capitão Améri-ca, o Batman e o Super-Ho-mem. A vitalidade dessespersonagens beneficiou princi-palmente as casas editoriais.

A indústria dos quadrinhosvendeu entre 700 e 730 mi-lhões de dólares em ediçõesúnicas e reunidas no ano pas-sado, mas essa soma é minús-cula perto dos bilhões que ossuper-heróis faturam nas bi-lheterias do mundo todo: "OsVingadores" "Homem de Fer-ro 3" e "Batman – O Cavaleirodas Trevas Ressurge" estãoentre os 10 filmes de maior bi-lheteria da história do cinema,

George Gene Gustines*

com um faturamento superiora um bilhão de dólares cada.

A Marvel, que pertence àDisney, e a DC, uma unidadeda Time Warner, detêm juntasquase 40% do mercado deHQs. Editoras menores tam-bém publicam histórias de su-per-heróis, mas elas sabemque precisam ir além do mode-lo de negócios tradicional sequiserem competir com asgrandes.

Na Image Comics, que de-tém uma parcela do mercadoinferior a 7 %, os criadores têmtotal controle dos persona-gens. Foi na Image que RobertKirkman publicou "The Wal-king Dead", que fala sobre omundo dominado por zumbis,

e a partir deentão come-çou a escala-da que trans-formou a his-tória em umfenômeno dacultura pop."The WalkingDead" obte-ve uma alqui-m ia r a ra : éuma HQ po-pular, cujasedições reu-

nidas são sucesso de vendas,inspirou livros e jogos e setransformou em uma série deTV aclamada pela crítica.

Outra editora de menor por-te, a Dark Horse, publica ma-teriais autorais e possui acor-dos de licenciamento paraproduzir quadrinhos com per-sonagens de "Buffy, a Caça-Vampiros" e "Guerra nas Es-trelas". Boom, com uma fatiade mercado de apenas 1,5%,também faz licenciamentos,incluindo um para "Hora deAventura", baseado no dese-nho do Cartoon Network. Po-rém, a editora usa o modelo da"parcela do criador" paraatrair autores como Grant.

Grant, de 59 anos, escreveupara muitas editoras, incluin-do a Marvel, onde escreveuedições de "O Justiceiro" e a re-verente edição em 64 páginas

da "Vida de João Paulo II", em1982. Ele teve a ideia de "DoseDupla" em meados dos anos1990, mas não encontrouquem bancasse a empreitada;na época os editores estavaminteressados principalmenteem quadrinhos de super-he-róis. Ainda assim, ele escre-veu o roteiro da história em2001 e o compartilhou ao lon-go dos anos com amigos, in-cluindo Richie.

Richie se lembrou de "DoseDupla" em 2005, quando fun-dou a Boom e estava em buscade quadrinhos para publicar."Você entende que somosuma empresa minúscula eque não temos recursos", lem-bra de ter dito a Grant, que es-Foto Sandy Huffaker/The New York Times

Denzel Washington e Mark Wahlberg em"Dose Dupla" e Steven Grant, de "2 Guns".

mente de coisas que possamser transformadas em fran-quias", afirmou Jeffrey Kirs-chenbaum, copresidente deprodução da Universal Pictu-res, em uma entrevista por e-mail. Além disso, o roteiro comdois personagens principaisde "Dose Dupla" oferecia umaboa oportunidade de colocarlado a lado dois atores do pri-meiro escalão.

A experiência de Richie na

ria, além de ajudar a escolher oroteirista certo".

Richie, de 43 anos, tambémé um dos produtores de "DoseDupla". Ele trabalhou ao ladode outro produtor, Adam Sie-gel, para encontrar um autorque traduzisse os quadrinhosna forma de roteiro: BlakeMasters, criador do drama dohorário nobre "Brotherhood".

A Boom começou bem – comduas séries, "Hero Squared",

uma visão irônica dos super-heróis feita por Giffen e J.M.DeMatte is , e a anto logia"Zombie Tales". Em 2009, aBoom lançou o hit "Irredeema-ble", escrito por Mark Waid eilustrado por Peter Krause, so-bre um super-herói que se tor-nou um supervilão.

Atualmente, as revistas daeditora incluem títulos como"Next Testament", uma fanta-sia dark escrita por Clive Bar-ker; "Steed and Mrs. Peel", so-bre os espiões da série britâni-ca de TV dos anos 1960; e "Six-Gun Gorilla", uma ficção cien-tífica épica. No entanto, umdos maiores sucessos é "Horade Aventura", publicada pelamarca infantil da empresa. Emjulho, a série venceu um Eis-ner Award, o equivalente aoOscar do setor, na categoria"melhor publicação infantil".

"Certamente 'Hora de Aven-tura' é nosso campeão de ven-das", afirmou Richie. Entre-tanto, ele não é o tipo de pes-soa que se dá por satisfeita.Ele fala com orgulho da aquisi-ção feita em julho da ArchaiaEntertainment, especializadaem edições especiais em capadura e que publica "MouseGuard", sobre um mundo me-dieval povoado por ratos. Eletambém destaca o licencia-mento para a produção dequadrinhos como "Sons ofAnarchy", que começa em se-tembro e irá contar históriasque se passam entre os episó-dios da série do FX.

"Sempre farei o possível pa-ra reinventar o que fazemos",afirmou. "Se o melhor que fize-mos já ficou para trás, esta-mos fazendo o quê? Quem fa-rá o novo 'Walking Dead'? Opróximo 'Watchmen'? O próxi-mo 'Hellboy'?", questionou."As melhores HQs ainda nãoforam feitas."

*New York Times

de avião que é capaz de cana-lizar as habilidades dos passa-geiros. Contudo, quando "Do-se Dupla" foi lançado em 2007como uma série em cinco edi-ções ilustradas por MateusSantolouco, ninguém em Hol-lywood se interessou. Em con-trapartida, no ano seguinte,quando Richie estava prestesa vender "Dose Dupla" paraoutro estúdio, a Universal en-trou na negociação.

"Sempre estamos em buscade ótimos materiais, especial-

indústria cinematográfica edos quadrinhos o ajudou a al-cançar um status de fornece-dor e formador. "Uma vez queHollywood depende cada vezmais dessas franquias paraobter bons resultados, o con-teúdo da Boom se torna essen-cial e ainda mais valioso", afir-mou. "Posso ajudar Hollywooda entender por que o conteúdodas HQs está funcionando eentender o suficiente paraabrir o terreno necessário pa-ra a criação de uma boa histó-

tava igualmente desanimadoquando disse: "Está bem, é oseu funeral", ao aceitar a ofer-ta de Boom para publicar aHQ.

A Boom teve algum sucessoao atrair Hollywood para suaspropriedades. Em 2006, de-pois de uma guerra de lances,a Universal comprou "Tag",que fala sobre uma antigamaldição, e "Talent", sobre osobrevivente de um acidente

O editor Ross Richie aperta a mão de um fã na feira de quadrinhos Comic-Con de San Diego

Sempre estamos embusca de ótimosmateriais, de coisasque possam sertransformadas emfranquias,JEFFRE Y KI R S C H E N BAU M ,

CO P R E S I D E N T E DE PR ODUÇÃO

DA UNIVERSAL PICTURES