Diario de viagens 15

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O livro Diário de Viagens, em um primeiro momento, seria um diário da autora para relatar seu dia a dia em Portugal, país para onde foi com seu esposo, em uma delegação internacional a trabalho. Durante o período, muitas viagens foram acontecendo, e amigos e familiares, curiosos, lhes pediam para contar todos os detalhes de cada aventura, mas o casal aproveitava tudo tão intensamente que era difícil contar em detalhes apenas por e-mail ou telefonema...

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Diário de ViagensEuropa 2010

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Diário de ViagensEuropa 2010

Luciana Maria Florisbelo

São Paulo 2015

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Copyright © 2015 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa Monica Rodrigues

Diagramação Felippe Scagion

Revisão Priscila Loiola

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

________________________________________________________________F663d

Florisbelo, Luciana Maria Diário de viagens / Luciana Maria Florisbelo. - 1. ed. - São Paulo : Baraúna, 2014.

ISBN 978-85-437-0057-1

1. Portugal - Descrições e viagens - Guias. 2. Literatura brasileira. I. Título.

14-11721 CDD: 914.469 CDU: 913(469)________________________________________________________________29/04/2014 06/05/2014

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTAEDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo - SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br

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Agradecimentos

À minha família que sempre torceu por mim, pela minha felicidade e sucesso!

O Danio agradeceria aos pais dele que o direcionaram.Eu tenho que agradecer a ele, a Deus e ao Amor.Deus nos abençoou.O amor nos uniu. O Danio planejou, patrocinou e literalmente me

puxou, não deixando que eu desistisse de conhecer algo nas horas de cansaço, pois, com certeza, me arrependeria.

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SumárioIntrodução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

PreParando Para a vIagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Porto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

a cIdade romântIca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

desPedIdas da cIdade do Porto . . . . . . . . . . . . . 39

LIsboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

madrId . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

25 de setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

ProcLamação da rePúbLIca Portuguesa . . . . . . . 57

conhecendo outros horIzontes . . . . . . . . . . . . . 65

ItáLIa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

de voLta a PortugaL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

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amo a esPanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89

um novo contInente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .95

os úLtImos dIas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .107

um ano de euroPa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117

adeus, PortugaL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .143

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Introdução

O conhecimento é o único bem quese multiplica quando você compartilha-o.

Marie Freifrau Von Ebner-Eschenbach, escritora austríaca. (1830-1916).

Desde quando comecei meu namoro com o Danio tive vontade de escrever um livro, pois sempre achei uma história muito bonita. Mas, como sempre, faltava coragem.

Você acaba achando que sua história não é uma boa his-tória, ou que existem muitas outras histórias tão boas quanto a sua. Então, meu primeiro projeto ficou adormecido.

Após muitos anos, comecei a ler alguns livros e no-vamente veio a vontade. E por que não escrever um livro? Segundo a sabedoria popular, só temos uma vida comple-ta quando plantamos uma árvore, escrevemos um livro e temos um filho. Eu não fiz nada disso, então poderia começar pelo livro.

Foi aí que surgiu a oportunidade de morar um ano em Portugal, de viajar muito pela Europa, de conhecer e ter muitas coisas para contar para os amigos e familia-res. Eu tinha duas opções: escrever o livro ou deixar essa oportunidade passar em branco.

No início era apenas um diário. Quando o que eu relatava era muito engraçado ou diferente, até passava al-

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guns e-mails para as amigas com o título “Diário de Lú”. Mas foram tantas as experiências, curiosidades e aventu-ras que passamos durante o primeiro ano na Europa, que surgiu novamente a vontade de escrever um livro, dividir as experiências e até mesmo dar dicas dos lugares ou co-midas típicas para as pessoas que viajam. No início até pensamos em um blog, mais eu queria algo mais.

Antes de sairmos do Brasil, fizemos na Siemens um curso de Migração. E nesse curso nos foi falado que en-contraríamos anjos, nome dado a pessoas boas que te aju-dariam em algum momento. Em nossa viagem encontra-mos esses anjos.

No curso, também ouvimos falar que nosso emocio-nal estaria à prova e teríamos altos e baixos. Realmente é uma montanha russa, tem dias que você se sente sozinho, faz contagem regressiva para voltar para casa, tem sau-dade da família, principalmente quando algo dá errado e você não tem ninguém para chorar as “pitangas”. Tem dias realmente difíceis! Mas os momentos bons são tan-tos, e em maior número, e as experiências são tantas, que vou relatar só as coisas boas.

Outras coisas que vou citar neste livro, pois nos mar-caram muito, são as palavras e frases ditas em português de Portugal, como o “ora pois”, que todos já conhecem.

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Preparando para a viagem

Eu morei 20 anos na mesma casa, cheguei lá quando ia completar sete anos de idade. Nesse meio tempo, eu via meus vizinhos se mudarem e outros novos chegarem. Sempre pensava como deveria ser morar em outro lugar, outra casa, conhecer novos lugares e novas pessoas.

Até que conheci o Danio, ele era estudante univer-sitário e eu vivia fazendo mudanças para ele, aí dei gra-ças a Deus por meus pais nunca terem mudado de casa.

Enquanto namorávamos, ele fez pelo menos cinco mudanças. Até o dia que ele se mudou para São Paulo e eu fui com ele, afinal já namorávamos há oito anos.

Em São Paulo, moramos por 4 anos e fizemos 3 mudanças. Então nos mudamos para fora do país, fo-mos para Portugal.

Em abril, fizemos nossa primeira viagem a Portugal, fomos para Lisboa. Mas ainda não era para morar, apenas uma Orientation Trip, para conhecer o país, ter uma idéia de onde iríamos morar. Essa viagem para mim foi mui-to marcante, minha primeira viagem para Europa! Curti cada momento, desde a hora que entrei no avião e me surpreendi com o tamanho dos aviões para viagens inter-nacionais. Foram dez horas de viagens, eu e o Danio, ali, juntinhos, foi melhor que férias.

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Alugamos um carro. Ficamos em um hotel localiza-do na Praça Marquês de Pombal, o Thiara Park, o melhor hotel que já fiquei na minha vida, muito luxuoso, daqueles que vem um homem abrir a porta do carro quando você chega à entrada do hotel.

No primeiro dia, já saímos a pé pelo centro de Lisboa, nos perdemos pelas ruazinhas, tirei muitas fotos de tudo, pois tudo era novidade. As roupas penduradas nos varais pelo lado de fora das janelas, as vitrines das padarias, as dos restaurantes com as lagostas vivas, como víamos em filmes, os carris, as ruas estreitas, tudo muito diferente e curioso.

O trânsito de Lisboa é único. Passam trens elétricos, carris, autocarros, pedestres e carros nas mesmas vias. Eu já havia lido antes da viagem que se você alugasse carro não era para ir para a cidade antiga, são ladeiras muito es-treitas e não se encontra vaga para estacionar. Quando vi um ônibus de excursão subindo, o carris passando, o carro esperando, fiquei louca com aquilo tudo.

Fomos até o Castelo de São Jorge, lá de cima se tem uma vista linda da cidade. Os telhados são todos da mesma cor. É impossível não notar a harmonia de cores da cida-de, não tem nada muito colorido ou chamativo. Fizemos compras na loja da Adidas, para poder ganhar bilhetes para o jogo do Benfica, e comemos comidas típicas. Estava um clima agradável, tinha sol mas estava fresco, tudo a favor do clima mágico que eu estava vivendo.

O Danio não queria perder um só minuto e falou que íamos conhecer tudo o que desse, como se nun-ca mais fôssemos voltar. Não iríamos deixar nada para conhecer depois.

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Viajamos para cidade de Ourém, até o Santuário de Fátima, fomos para Óbidos, uma cidade medieval toda murada, Batalha, Alcobaça. Passeamos por Belém e vimos o Mosteiro dos Jerônimos, lugar onde se encontram os tú-mulos de Vasco da Gama e Luís Vaz de Camões. Também fomos até o monumento dos Descobrimentos e a Torre de Belém, que sempre estava fechada, pois passávamos lá só no final do dia. Mesmo assim tiramos muitas fotos.

No centro de Lisboa comemos os famosos pastéis de natas. Eu achava graça que o moço da pastelaria dava uma risadinha quando eu pedia Pastel de Belém. Só de-pois então descobri que Pastel de Belém só na fábrica dos pastéis, em Belém.

Foi uma semana que eu jamais vou esquecer na mi-nha vida. Antes de sair de São Paulo, eu fique encarrega-da de fazer o roteiro da viagem e peguei muitas dicas de lugares e comidas. Encontrei até um lugar que tinha uma pizza maravilhosa, e fomos lá.

Fomos a um lugar chamado Cabo da Roca, eu me apaixonei por aquele lugar, ainda mais que era verão e estava tudo florido, o mar azul, o céu azul. O Cabo da Roca é o ponto mais ocidental de Portugal, Luís Vaz de Camões descreveu-o como o local “onde a terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, Canto III).

Fizemos tudo que eu tinha planejado e muito mais. No último dia, ainda estávamos viajando e tentando co-nhecer mais. Conhecemos exaustivamente, até a hora de nosso voo em que voltaríamos para o Brasil.

Chegamos ao Brasil e a correria começou. Não fa-ríamos mudança, apenas viajaríamos com duas malas

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grandes cada um. Mas tivemos que vender o carro, esva-ziar nossa casa para deixar alugada, guardar e encaixotar todas as coisas.

A correria e loucura foram até a última hora, pois como estávamos sem carro, alugamos um e tínhamos que devolvê-lo em Jundiaí. No dia da viagem, acordamos cedo e fomos entregar o carro.

Nossa volta para Cabreúva foi de ônibus. Caminha-mos pela Avenida 9 de Julho até a Avenida Jundiaí para pegarmos o ônibus, sem saber muito os horários e pon-tos, pois não tínhamos esse hábito. Fomos para o ponto e aí passou um ônibus para Cabreúva, o qual pegamos, pagamos e entramos. Mas na próxima parada o ônibus teve que brecar tão forte que uma senhora que estava sen-tada sobre uma caixa caiu e não conseguiu se levantar, pois havia se machucado. Então o motorista chamou a ambulância e todos ficaram ali, parados.

Não preciso dizer que estávamos apressados e que tínhamos horário para o táxi nos pegar em Cabreuva e nos levar até ao aeroporto. Ficamos preocupados com a senhora, mas não podíamos ficar ali, então saímos do ônibus e caminhamos de volta ao ponto.

Quando passou um novo ônibus, entramos, paga-mos novamente e sentamos. Então este ônibus parou no próximo ponto, onde o ônibus anterior ainda estava pa-rado, e pegou todas as outras pessoas que estavam ali no nosso ônibus anterior.

Chegamos em casa já atrasados, pois mal chegamos e o táxi já estava lá para nos pegar. Então embarcamos e fomos para Guarulhos.

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Chegamos cedo, comemos algo, minha família me ligou para dar tchau, foi um momento tenso, feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz pela viagem e vida nova que nos esperava e triste, pois não sabíamos em quanto tempo estaríamos juntos novamente com nossas famílias.

No aeroporto, já dentro da sala de embarque, en-contramos a Seleção Brasileira de Futsal. O Danio tirou fotos com o Falcão, e eu com o Thiago, outro jogador. O Falcão fez positivo para sair na foto. Isso marcou nossa vida para sempre, ou melhor, as nossas fotos, pois agora todas as fotos que o Danio tira ele faz positivo. E quando estamos com nossos amigos, falamos: “Vamos tirar a foto Falcão”. E todo mundo, já sabendo, faz positivo. Vou criar um álbum “Falcão” e colocar todas as fotos. Acho que é uma boa idéia!