Diana vasconcelos nº10 11ºa3

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Diana Vasconcelos nº10 11ºA3 “Margarida”

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“Margarida”

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Pesquisas ! !!!!!!!!!!!!!!!!!

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Figurado Português !

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O figurado português é um trabalho desenvolvido por oleiros, que se

dedicam a trabalhar no barro, dando-lhe formas que representavam o

imaginário ou a realidade das suas vidas quotidianas. Começou como

atividade subsidiária da olaria, e a sua função era unicamente lúdica.

Atualmente as famílias com maior tradição nesta arte são os descendentes

de Rosa Ramalho, os descendentes de Domingos Mistério, Júlia Côta e os

irmãos Baraça.

Rosa Ramalho foi a primeira barrista a ser conhecida individualmente

pelo próprio nome e teve o reconhecimento que até àquele momento

ninguém tinha tido. Depois de falecer em 1977, Júlia Ramalho, sua neta deu

continuidade ao seu trabalho.

Na olaria a matéria-prima era o barro, que era extraído das terras dos

agricultores, já que naquela altura os oleiros não era possuidores de terras. O

trabalho era distribuído de maneiras distintas pelos dois sexos, o homem

levantava peças á roda num espaço da casa, enquanto que a mulher

alternava as tarefas domésticas e a educação dos filhos com o figurado. As

mulheres também construíam peças de figurado a partir de trabalhos já

levantados a roda pelos maridos.

Estas tarefas já eram definidas desde tenra idade, os rapazes

aprendiam a trabalhar à roda com o pai, enquanto que as raparigas eram

iniciadas e encaminhadas nos trabalhos domésticos e no figurado pela mãe.

Em alguns casos pode não ser a mãe e sim avó, como aconteceu com a

barrista Júlia Ramalho.

Quando o homem tinha algum problema físico que o impedisse de

executar as tarefas que eram atribuídas ao sexo masculino ajudavam não só

as mulheres nas pinturas do figurado como também na sua construção.

Para além dos trabalhos referidos anteriormente a mulher também era

responsável pela venda dos produtos de ambos na feira.

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Na região do norte de Portugal, o trabalho ligado ao barro era

considerado inferior ao trabalho agrícola e sem significado em termos

estatísticos, dando continuidade à invisibilidade da mulher. Esta situação era

tão levada ao extremo que as mulheres não eram mencionadas como

mulheres ativas mas sim como viúvas e mães.

Inicialmente faziam-se peças para as crianças brincarem,

nomeadamente figuras de pessoas ou animais onde se colocavam na base

das mesmas um apito ou instrumentos musicais, especialmente ocarinas,

rouxinóis, cucos e gaitas. Posteriormente, com a desvalorização da olaria no

mercado, grande parte dos produtores deixaram de produzir peças de olaria

para se dedicarem exclusivamente à produção de figurado, onde se

retratavam, essencialmente, cenas e figuras do mundo rural e do imaginário

religioso e do fantástico.

No séc. XX, trabalhar em barro, era sinónimo de uma vida muito

precária, porém com o passar do tempo, pela década de 60, o figurado

começou, através da figura de Rosa Ramalho, a ser valorizado por pessoas

desconhecidas à comunidade, pessoas ligadas ao mundo artístico,

concretamente por alguns professores da faculdade de Belas Artes do Porto.

Outra mudança que se sentiu com este passar do tempo, foi o estatuto social

do consumidor destas peças de figurado, pois antes da década de 60 os

principais consumidores eram as crianças de um estatuto social baixo,

posteriormente os interessados nestas peças são pessoas de um estatuto

social mais elevado, já que também o preço das mesmas aumentou.

Estas peças deixaram de ser vendidas nas feiras comuns e passaram

a ser vendidas em lojas de artesanato, galerias, feiras de artesanato e

sobretudo em casa das barristas. Esta atividade passa então a ser

valorizada e a ter sucesso em termos de nome, prestígio e monetário. A partir

desta altura só as mulheres que tinham realmente vocação para esta arte

tradicional é que a exercem, ou seja, só a partir deste momento é que

escolhem se querem seguir os passos dos familiares ou não. Sendo assim,

passam a trabalhar não só por interesses monetários mas também pela

paixão que têm por este ofício.

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Antes desta mudança as barristas não assinavam as suas obras,

admitindo que tinham vergonha de o fazer, porém, com o pedido dos clientes

passaram a assinar.

As peças anteriormente eram pequenas e possuíam o assobio já

referido, contudo o assobio desapareceu e as peças passaram a ser de maior

dimensão, que implica a utilização de novas técnicas, como a roda ou

moldes. Estes novos processos permitiram o aumento do corpo da figura,

que deixou de ser maciço para ser oco. Desta forma esta técnica vai torna-las

em parte dependentes de uma técnica, só exercida por homens (roda de

oleiro).

Relativamente à temática, hoje, santos e outras figuras relacionadas

com a religião são temas tratados no figurado, contudo não são usados para

devoção, não são benzidos, nem tão pouco postas nos altares. Já na

temática da sexualidade a representação mais conhecida é um galo a galar a

galinha. Hoje em dia este tipo de temática é abordada com o intuito de

mostrar a fuga dos pecados relacionado com a religião.

Uma das peças de figurado português mais conhecidas é o galo de

Barcelos que sofreu alterações ao longo dos tempos.

O figurado não tinha prestígio porque era feito por

mulheres ou era feito por mulheres porque não tinha

prestígio?

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Cubismo !!

O cubismo surgiu no séc. XX, mais propriamente no período de 1907 a

1914, tendo como fundadores Pablo Picasso e Georgeus Braque .

Os primeiros trabalhos que deram origem ao movimento cubista foram

as paisagens de Braque, que utiliza formas geométricas e perspectiva

própria, e a obra de Picasso “as senhoritas de Avignon”, que foi influenciada

por artes primitivas nomeadamente máscaras africanas.

O cubismo também se originou a partir da obra de Cézanne, pois para

ele a pintura deveria tratar as formas da natureza com formas geométricas,

cones, esferas e cilindros.

O movimento cubista tem como características o abstracionismo e a

representação de objetos em três dimensões, numa superfície plana

que dá ao espectador a sensação de que todos os planos se fundiram num

só plano. Não se representa a aparência real das coisas, há uma estilização

das formas, muitas das vezes a ordem normal das coisas é alterada

causando uma confusão e uma estranheza no espectador.

Este movimento dividiu-se em duas fases, o cubismo analítico em que

se fazia a desconstrução de todos os elementos da obra. O artista registava

todos os elementos em planos sucessivos e sobrepostos. Fazia também uma

grande fragmentação dos elementos que fez com que se torna-se difícil em

muitos casos reconhecer o que era representado. A segunda fase foi o

cubismo sintético que procurou voltar a tornar as figuras mais reconhecíveis

do que no cubismo analítico. Nesta segunda fase eram utilizados também

outro tipo de materiais, como a madeira, vidro, metal nas pinturas para que

se pudesse criar novos efeitos plásticos á obra, e para puder ultrapassar os

limites das sensações somente visuais que a pintura transmite, podendo

fazer despertar no observador sensações táteis.

O cubismo rejeita a representação num espaço pictórico projectado

para além do plano do quadro, criando um espaço justo, que aceita a

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materialidade objectiva da tela, e nesta desenvolve uma superfície onde os

objetos plásticos se situam e se interrelacionam. Esta característica virá

marcar profundamente a Arte de todo o séc. XX.

O cubismo foi um movimento em pintura e escultura, e a sua acção

influenciou consideravelmente o gosto e a moda, a partir de 1920,

especialmente nas Artes Decorativas. Foi também um movimento

abstracionista como já referi anteriormente, e não uma arte figurativa, visto já

não se basear diretamente na imitação da Natureza, mas também não é uma

arte abstrata, porque no cubismo refere-se ainda a objectos reais, apesar de

não os representar fielmente. Neste caso, o cubismo fica no meio da arte

figurativa e a arte abstrata, atribuindo-se o termo abstracionismo.!

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