Dialética

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Módulo: Origem e Evolução do Conhecimento.

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Trabalho acadêmico, 2013.

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Módulo: Origem e Evolução do Conhecimento.

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DIALÉTICA:

Etimologicamente, dialética vem do grego:

Dia: dualidade; troca.

Lektikós: palavra, razão, apto à palavra.

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OUTRAS DEFINIÇÕES:

Do grego dialégein: Arte do Diálogo e da

Discussão.

Arte de descobrir a verdade no diálogo.

Processo gerado por oposições (tese x

antítese) que temporariamente se resolve

em uma unidade (síntese).

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O QUE É DIALÉTICA?

Grécia Antiga

Dialética na acepção

moderna

Aristóteles Zenôn de Eléia Sócrates

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PRINCIPAIS PRECURSORES DA

DIALÉTICA:

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ZENÔN/ ZENÃO DE ELÉIA – APROX.

489 a.C.:

Discípulo mais conhecido

de Parmênides.

Com Zenôn a dialética

tornou-se um organon, o

instrumento da razão par

excellence, um método de

pensamento, uma arte que

consiste em confrontações

de teses constituídas por

intermédio de perguntas e

respostas.

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ARGUMENTOS DE ZENÔN CONTRA A

PLURALIDADE:

Zenão vai criticar o pluralismo levando-os

às ultimas consequências e demonstrando

logicamente os absurdos contidos nas

teses sobre as quais se fundamentavam a

defesa da multiplicidade e do movimento.

Nesta passagem, coisas devem ser

entendidas como conjuntos de unidades, ou

seja, de corpúsculos.

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PARMÊNIDES DE ELÉIA – 540 a.C. –

470 a.C.:

Opõe-se a dialética de

Heráclito de Éfeso;

Primeiro filósofo a formular o

princípio de identidade e de

não-contradição, princípios

supremos de todo o

pensamento metafísico;

Valoriza o ser da razão

(estático) e desvaloriza o ser

dos sentidos (dinamismo);

O ser é, o não-ser não é.

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HERÁCLITO DE ÉFESO:

Heráclito de Éfeso (séc. VI a.C)

Em Heráclito, a dialética encontra-se na estrutura contraditória da realidade; ou seja uma coisa se transforma na outra, está na outra;

Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio;

É a mesma coisa, ser vivo ou ser morto, jovem ou velho, desperto ou adormecido.

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SÓCRATES:

Com Sócrates, (470-399 a.C) a dialética adquiriu uma função decisiva na elaboração do conhecimento.

Sócrates realiza um caminho que leva da ignorância ao saber.

Fase da ironia (interrogação): estabelece uma espécie de combate (demolição de preconceitos, falsas opiniões, arrogância do saber).

Nesta fase, Sócrates através de perguntas feitas com sabedoria e ciência, conduz o interlocutor ao reconhecimento de sua ignorância, possibilitando através da maiêutica (parto) o desenvolvimento de um processo construtivo que vai gerar o verdadeiro conhecimento.

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PLATÃO – 428/427 a.C. – 348/347

a.C.:

Foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.

Para Platão o mundo é uma aparência (é o mundo dos prisioneiros da Caverna), é uma cópia ou sombra do mundo verdadeiro e real.

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A DIALÉTICA PLATÔNICA:

É um procedimento intelectual e linguístico que parte de

alguma coisa que deve ser separada ou dividida em dois ou

duas partes contrárias ou opostas, de modo que se conheça

sua contradição e se possa determinar qual dos contrários é

verdadeiro e qual é falso.

A cada divisão surge um par de contrários, que devem ser

separados e novamente divididos, até que se chegue a um

termo indivisível, isto é, não formado por nenhuma oposição

ou contradição e que será a ideia verdadeira ou a essência da

coisa investigada.

Partindo de sensações, imagens, opiniões contraditórias

sobre alguma coisa, a dialética vai separando os opostos em

pares, mostrando que um dos termos é aparência e ilusão e o

outro, verdadeiro ou essência.

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ARISTÓTELES – 384 a.C. – 322 a.C.:

Foi um filósofo grego, aluno de

Platão e professor de

Alexandre, o Grande.

Seus escritos abrangem

diversos assuntos, como a

física, a metafísica, as leis da

poesia e do drama, a música, a

lógica, a retórica, o governo, a

ética, a biologia e a zoologia.

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Aristóteles, no entanto, considerou a dialética

inadequada ao pensamento;

Considera desnecessário separar realidade e

aparência em dois mundos diferentes;

Em segundo lugar, Aristóteles considera que a

dialética não é um procedimento seguro para o

pensamento e a linguagem da Filosofia e da

ciência;

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Aristóteles criou a lógica propriamente

dita, que ele chamava de analítica;

Diferença entre a dialética platônica e a

lógica (ou analítica) aristotélica;

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GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL –

1770 a 1831: A dialética como método

encontra sua primeira

formulação moderna com

Georg Friedrich Hegel.

Em sua obra Fenomenologia

do Espírito ele apresenta o

exemplo da flor e do fruto.

Com esse exemplo, Hegel

quer demonstrar um processo

fundado na evolução

ininterrupta da realidade, ou

seja o caminho dialético

percorrido pela realidade.

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HEGEL AFIRMA:

Em Lógica I, Hegel afirma:

O único meio de alcançar o processo científico é o conhecimento desta proposição lógica: o negativo está junto com o positivo, ou seja: aquilo que se contradiz não se resolve no zero, no nada absoluto, mas se resolve essencialmente só na negação do seu conteúdo particular (...)

Surge então um novo conceito, superior e mais rico que o precedente, pois contém em si aquele e ainda mais: é a unidade deste e de seu contrário.

O método dialético é uma visão da realidade – do homem, do mundo, da história - que ressalta o desenvolvimento através da luta.

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KARL HEINRICH MARX – 1818 a

1883:

Foi um intelectual e

revolucionário alemão,

fundador da doutrina

comunista moderna,

que atuou como

economista, filósofo,

historiador, teórico

político e jornalista.

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LEIS GERAIS DA DIALÉTICA MARXISTA:

1) lei da passagem da quantidade à qualidade (e vice-versa):

A primeira lei se refere ao fato de que, ao mudarem, as coisas não

mudam sempre no mesmo ritmo; o processo de transformação por

meio do qual elas existem passa por períodos lentos (nos quais se

sucedem pequenas alterações quantitativas) e por períodos de

aceleração (que precipitam alterações qualitativas, isto é, "saltos",

modificações radicais)

2) lei da interpenetração dos contrários:

A segunda lei é aquela que nos lembra que tudo tem a ver com tudo,

não se pode compreender um fenômeno sem conhecer aqueles que

estão a ele interligados, não se pode conhecer um fenômeno

isoladamente

3)lei da negação da negação:

A terceira lei seria a síntese, o surgimento do novo, isto porque você

nega aspectos negativos da tese e traz aspectos positivos da síntese.

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CONCLUSÃO:

Uma das características essenciais da dialética é o espírito crítico e

auto-crítico. Assim como examinam constantemente o mundo em que

atuam, os dialéticos devem estar sempre dispostos a rever as

interpretações em que se baseiam para atuar.

A dialética não dá "boa consciência" a ninguém. Sua função não é

tornar determinadas pessoas plenamente satisfeitas com elas mesmas.

O método dialético nos incita a revermos o passado à luz do que está

acontecendo no presente; ele questiona o presente em nome do futuro,

o que está sendo em nome do que "ainda não é" (Ernst Bloch). Um

espírito agudamente dialético como o poeta Bertolt Brecht disse uma

vez: "O que é, exatamente por ser tal como é, não vai ficar tal como

está".

A dialética intranquiliza os comodistas, assusta os preconceituosos,

perturba desagradavelmente os pragmáticos ou utilitários.

A dialética resistiu, prevaleceu e evoluiu a partir do renascimento,

sendo atualmente um importante instrumento para os estudos

científicos, a política e a evolução de ideias.

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REFERÊNCIAS:

ASSMANN, Selvino José. Filosofia. CAD/UFSC, Florianópolis, 2006.

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000.

GENEROSO, Ruy Alexandre. A Dialética de Hegel. Material Apostilado.

Disponível em <http://ruyalexandre.zzl.org/arquivos/peddialetica.pdf>.

Acesso em 24 mar 2012 às 20:15 horas.

HAMLYN, David Walter. Uma história da Filosofia Ocidental. Ed. Jorge

Zahar, 1990.

KONDER, Leandro. O que é Dialética. Ed. Brasiliense, Brasília, 25ª

edição, ano ?. Disponível em

<http://araguaia2.ufmt.br/professor/disciplina_arquivo/16/20110814530.pdf

>. Acesso em 15 mai 2013 às 19:52 horas.