Diagnóstico pré-natal de malformações nefro-urológicas ... · das crianças que apresentam...
Transcript of Diagnóstico pré-natal de malformações nefro-urológicas ... · das crianças que apresentam...
As malformações urológicas são a patologia fetal mais detectada nas ecografias obstétricas – incidência de 1-5 %
O objectivo principal do rastreio pré-natal é permitir um diagnóstico e tratamento precoce das anomalias nefro-urológicas, evitando complicações como infecções urinárias, litíase e perda progressiva da função renal
Não existe consenso em relação ao melhor protocolo de avaliação e seguimento no período pós-natal, sobretudo das crianças que apresentam hidronefrose moderada e isolada.
O grande desafio que nos põe uma criança com DPN de uropatia é este:
Realizar grande
número de exames, por vezes invasivos,
em crianças sem patologia
Limitar a investigação e correr o risco de falhar diagnósticos em que a
intervenção podia alterar a evolução natural da
doença
Ecografia pré-natal no 3º trimestre
Avaliação rins Grau de dilatação do bacinete ( mm) Presença de dilatação calicial Presença de dilatação dos ureteres Espessura do parênquima Ecogenicidade Perda de diferenciação
corticomedular Presença de quistos corticais
Avaliação da bexiga Volume do líquido amniótico
Grau de HD pré-natal
ᴓ AP bacinete 2º trimestre 3º trimestre %
Ligeiro 4-6 mm 7-8 mm 56,7-88
Moderado 7-10mm 9-14 mm 10,2-29,8
Grave > 10 mm > 15 mm 1,5-13
Ecografia pré-natal – definição do grau de HD
The Society for Fetal Urology consensus statement on the evaluation anda management of antenatal hydronephrosis. T Nguyen et al, J Pediatr Urol, 2010
Hidronefrose (observador1) Total
Normal Ligeiro Moderado Grave
Hidronefrose (observador 2)
Normal 6 5 0 0 11
Ligeiro 6 9 1 0 16
Moderado 1 4 9 0 14
Grave 0 0 1 8 9
Total 13 18 11 8 50
“Antenatal ultrasonographic anteropostrior renal pelvis diameter measurement: is it reliable way
of defining fetal hydronephrosis?” Obstetric and genecology International, 2011
A percentagem de concordância global entre 2 observadores foi de 64%: 36% nas HD Ligeiras
56% nas HD Moderadas 89% nas HD graves
Risco de patologia de acordo com o grau de HD pré-natal
HD ligeira 11,9%
HD moderada 45,1%
HD grave 88,3 %
“The Society for Fetal Urology consensus statement on the evaluation and management of antenatal hydronephrosis”. T Nguyen , J Pediatr Urol, 2010
“Renal outcome in children with antenatal diagnosis of severe CAKUT” T Ulinsky, Pediatr Nephrol, 2011
Avaliação da evolução de 34 fetos com malformação renal grave( hipodisplasia uni ou bilateral, displasia multiquística, DRP, VUP), associada ou não a oligoamnios.
A interrupção da gravidez foi proposta em 19 casos, em 12
por oligoamnios, em 7 por hipodisplasia bilateral.
em 10 casos foi recusada:
5 não sobreviveram ao 1º mês de vida
5 têm função renal conservada e TA normal, em média aos 29 meses de vida 3 sem proteinúria, 2 com proteinúria intermitente
Exame Pós-natal - Ecografia renal
Parâmetros importantes que definem o prognóstico da HD: Grau de dilatação do bacinete ( mm) Alterações do parenquima renal:
perda da diferenciação cortico-medular aumento da ecogenecidade redução da espessura
Tamanho renal / assimetria Presença de quistos
Exame Pós-natal - Ecografia renal Parâmetros importantes que definem o prognóstico da HD:
Ectasia dos ureteres
Presença de ureterocelos
Bexiga
Classificação da hidronefrose
Society for Fetal Urology 1993
Aspecto ecográfico
SFU gau 0 Ausência de
dilatação
SFU grau 1
Dilatação piélica
mínima
SFU grau 2
Dilatação piélica e
dos pequenos
calices
SFU Grade 3
Dilatação pielo-
calicial com
espessura de
parenquima
conservada
SFU Grade 4
Dilatação pielo-
calicial com
espessura de
parenquima
diminuído
“Ultrasound score – a new method to differentiate fetal physiological and pathological hydronephrosis” Zhan X .Eur j Obstet Gynecol, 2010
Grau 0 Grau 1 Grau 2 Grau 3
DAPB mm < 10 10-13 13-15 > 15
Parênquima mm ≥ 7 5 - 7 3 - 5 ≤ 3
Morfologia dos cálices *
1 2 3 4
* 1 - ectasia do bacinete dilatação dos grandes cálices 2 - ectasia dos pequenos cálices < 4 mm 3 - ectasia dos pequenos cálices entre 4 e 8 mm 4 – ectasia dos pequenos cálices ≥ 8 mm
Score ≤ 3 – hidronefrose fisiológica Score ≥ 8 – hidronefrose patológica Score > 4 e < 8 – vigilância clínica e ecográfica pós-natal
Exame Pós-natal Cisto-uretrografia miccional seriada (CUMS)
Presença e grau de refluxo vesico-ureteral
Avaliação da bexiga: divertículos, ureterocelos
Avaliação da uretra: válvulas da uretra posterior
Exame Pós-natal- Radiofármacos
Tc 99 Diethylenetriamina ( DTPA)
Filtração glomerular*
Renograma
Tc99Mercaptoacetyltriglycina ( Mag 3)
Secreção tubular
Renograma
Tc 99 Dimercaptosuccinico (DMSA)
Ligação aos tubulos contornados proximais
Imagem do parênquima renal
*Dependente da clearance
Exame Pós-natal- Radiofármacos ( Mag 3) As imagens precoces (1-2 min) são as que melhor definem a função renal – se o bacinete estiver muito dilatado vai acumular o radiofármaco e sobrevalorizar a função renal
Radiofármacos – Mag 3
Os bacinetes demasiado
dilatados e sem obstrução,
servem como reservatório para o
radiofármaco e não há
emininação mesmo após
adminstração do diurético
Menino de 18 meses com DPN de hidronefrose á esquerda •Ecorenal aos 15 meses – DAPB 23 mm •MAG 3 – função diferencial de 56%
drenagem nos primeiros 20 minutos drenagem aos 45 min, pós-miccional
Risco de patologia de acordo com o grau de HD pré-natal
HD pré-natal % IC 95%
Ligeira Moderada Grave
Sind Junção 4,9 ( 2-11,9) 17,0 ( 7,6-33,9) 54,3 (21,7-83,6)
RVU* 4,4 (1,5-12,1) 14,0 ( 7,1-25,9) 8,5 ( 4,7-15,6)
VUP 0,2 ( 0,0-1,4) 0,9 ( 0,2-2,9) 5,3 ( 1,2-21,0)
Estenose UV 1,2 (0,2-8,0) 9,8 (6,3-14,9) 5,3 ( 1,4-18,2)
Outros 1,2(0,3-4,0) 3,4(0,5-19,4) 14,9(3,6-44,9)
* Diferença não significativa e semelhante á da população geral
Antenatal hydronephrosis. as a predictor of postnatal outcome RE lee et al, Pediatrics , 2006
Dilatações pielo-caliciais de diagnóstico pré-natal Estudo multicêntrico região norte – 2008
Coordenadores: Teresa Costa, Artur Alegria
Grupo de trabalho: Álvaro Sousa, António Pereira,
Carla Carvalho, Célia Madalena, Cláudia Tavares,
Laura Soares, Lia Rodrigues, Liliana Rocha, M.ª José
Costa, Nádia Rodrigues, Paula Matos.
Material e Métodos
Estudo retrospetivo de crianças com DPN ectasia pielocalicial, vigiadas em 7 Hospitais Distritais e um Centro de referencia para Nefrologia Pediátrica
H Barcelos, H Oliveira de Azeméis, H Pedro Hispano,
H Padre Américo, H Póvoa de Varzim/V. Conde, H Guimarães, H Santo Tirso, H Vila Real, Centro Hospitalar do Porto
n = 1312 crianças
2,3 ♂: 1 ♀
Sem confirmação de alterações na ecografia pós-natal: 439
(39%)
67%
33%
0%
< 7 mm 7-14 mm ≥ 15mm
Resultados
12%
38%
50%
< 5mm 5-14mm ≥ 15mm n = 84
Casos com patologia nefro-urológica identificada (vigilância > 2 anos) de acordo com o grau de hidronefrose nas ecográficas pós-natais
Resultados
Resultados Diagnósticos nas 84 crianças que mantiveram vigilância >
2 anos
Refluxo vesico-ureteral 30 (36%)
Síndrome de junção 27 (32%)
Estenose uretero-vesical 5 (6%)
Megaureter 3 (4%)
Válvulas da uretra posterior 2 (2%)
Diagnóstico pré-natal de malformações nefro-urológicas
Estudo multicêntrico nacional - 2009
Coordenadora: Paula Matos
Grupo de trabalho: Teresa Costa, Artur Alegria, Caldas Afonso, Helena Pinto, Filipa Flor de Lima, Clara Gomes, Gabriela Mimoso, José Esteves, Cecília Monteiro, Margarida Abranches
Objectivos
Avaliar a evolução de crianças com diagnóstico pré-natal de uropatia, vigiadas nas 5 Unidades Nacionais de Nefrologia Pediátrica
Material e Métodos Estudo retrospectivo (Janeiro de 2005 e Dezembro de 2006)
Ecografia do 3º trimestre de gestação:
Ectasia piélica: diâmetro antero-posterior do bacinete (DAPB) ≥ 5 mm Outra alteração morfológica da árvore renal
Material e Métodos
Todas as crianças realizaram uma ecografia renal inicial entre os 7 dias e as 4 semanas de vida e depois regularmente até aos 24 meses
As que apresentaram na evolução DAPB ≥ 10 mm < 10 mm e caliectasias ou ectasia do ureter
realizaram cisto-uretrografia miccional seriada ( CUMS) e/ou renograma com Mag 3
As crianças com Displasia multiquística realizaram DMSA e/ou CUMS
A análise estatística foi efectuada através do programa SPSS®17 (teste qui-quadrado), nível de significância < 0,05
Resultados
0
50
100
150
200
2005 2006
C. H. P.
H. S. João
H Pediátrico Coimbra
H. Stª Maria
H. D- Estefânia
n =736
2,3 : 1
Hidronefrose 620 *
Displasia multiquistica 37
Agenesia 8
Megaureter 7
Duplicidade pielo-ureteral 3
Rim Pélvico 1
Rim em ferradura 1
Nos casos de patologia bilateral (330 fetos) ,foi considerado o bacinete
com maior DAPB
* 59 casos excluídos por DAPB não quantificado
Resultados – Ecografia prénatal 3º trimestre
n =736
Ecografia prénatal 3º trimestre
21%
65%
14%
DAPB < 7 mm
DAPB 7 - 14 mm
DAPB ≥ 15 mm ou < se associado a outras alterações
n = 620 crianças com hidronefrose
31% 51%
18%
DAPB < 5 mm
DAPB 5-14 mm
DAPB ≥ 15 mm ou < se associado a outras alterações
n = 620 crianças com hidronefrose
Ecografia pós-natal
Ecografia
pré-natal
1ª Ecografia pós-natal
< 5 mm 5 – 14 mm
15 mm ou < com outras
alterações ecográficas
Total
< 7 mm n 70 52 8 130
% 54 40 6
7 – 14 mm n 118 255 28 401
% 29 64 7
≥ 15 mm ou
< com outras alterações ecográficas
n 3 12 74 89
% 3 13 84
Resultados DAPB pré-natal 3º trimestre / DAPB na 1ª Ecografia pós-natal
n = 620
p < 0,05
n %
HD não obstrutiva 591 80,5 RVU sem cicatriz ( 15 grau I-III e 11 grau IV-V) 26 3.5
RVU com cicatriz ( 5 grau I-III e 10 grau IV-V) 15 2,5
Displasia multiqística 37 5
Sind junção 26 3,5 Duplicidade pielo-ureteral 12 1.6
Megaureter não obstrutivo 10 1
Agenesia 7 1
VUP 5 .6
Megaureter obstrutivo 5 .6 Rim ferradura 1 .1
Rim pélvico 1 .1
Resultados - Diagnósticos finais n = 736
Diagnóstico final
Grau de HD pré-natal
< 7 mm 7-14 mm
15 mm ou
com outras alterações ecográficas
HD não obstrutiva 120 193 39
Sind junção 1 5 20
RVU sem cicatriz 3 7 7
RVU com cicatriz 2 5 6
Megaureter não obstrutivo
6 2 2
Megaureter obstrutivo
0 1 2
VUP 0 1 3
p < 0,0001
Resultados Diagnósticos finais / Grau de HD pré-natal n=620
Resultados Diagnósticos finais / Grau de HD pós-natal
Diagnóstico final
1ª Ecografia pós-natal
< 5 mm 5 -14 mm
15 mm ou
com outras alterações ecográficas
HD não obstrutiva 175 66 19
Sind junção 1 3 22
RVU 27 6 8
Megaureter não obstrutivo
5 3 0
Megaureter obstrutivo
1 2 2
VUP 0 2 2
p < 0,0001
Grau de HD / RVU / DMSA
CUMS
DMSA
Ecografia pós-natal
< 5 mm
5-14 mm
≥ 15 mm
Total
RVU I-III normal 11 2 2 15
lesão 5 1 0 5
RVU IV-V normal 4 2 5 11
lesão 7 1 1 9
p = 0.204
Grau de HD pós-natal / Correcção cirúrgica
51/736 crianças
com patologia
significativa
( 7% )
Normal: 2 (0,9%) reimplante de megaureter: 1 correcção endoscópica de RVU:1
HD ligeira: 14 (16%) reimplante vesicoureteral: 4 pieloplastia : 3 correcção endoscópica de RVU: 2 heminefrectomia: 3 fulguração de VUP: 2
HD grave: 35 (66%) pieloplastia: 22 reimplante vesicoureteral: 5 correcção endoscópica RVU: 1 fulguração de VUP: 2 heminefrectomia : 1 nefrectomia: 4
p < 0,0001
Seguimento das HD “primárias”
Normal DAPB
5 – 14 mm
DAPB>15 mm ou outras alterações
Total
n % n % n %
< 5 mm n =122
12 m 63 75 21 25 0 0 84
24 m 19 61 12 39 0 0 31
5-14 mm n = 379
12 m 157 55 125 43 5 2 287
24 m 70 48 71 48 5 4 146
≥ 15 mm ou outras
alterações n = 27
12 m 7 32 10 45 5 23 22
24 m 6 33 11 61 1 6 18
Das 591 crianças com HD primária, 393 foram vigiadas até aos 12 meses e 195 até aos 24 meses
Comentários
O grau de HD é preditivo do tipo de patologia subjacente
encontrámos uma relação estatisticamente significativa (p = 0,0001) entre o grau de HD na ecografia pré-natal / pós-natal e o diagnóstico final
81% das crianças apresentaram ectasia piélica ou ureteral não obstrutiva e evoluíram para a normalidade ou registaram melhoria do grau de HD nos 2 anos de seguimento
Destas, 80 % tinham DAPB < 15 mm sem outras alterações ecográficas no estudo pré-natal
Comentários
Das crianças que necessitaram de intervenção cirúrgica, 77% ( 35/45) estavam no grupo com DAPB ≥ 15 ou menor associado a ectasias caliciais, dilatação do ureter, alteração da bexiga ou aspectos ecográficos sugestivos de displasia
2 crianças evoluíram para IRC nos dois anos de seguimento; apresentavam HD grave associada a VUP e RVU IV-V com lesão renal bilateral
Comentários
Todas as crianças com hidronefrose detectado no período fetal, ainda que não confirmada na ecografia pós-natal, devam ser sinalizadas como crianças de risco para infecção urinária e os pais instruídos para a necessidade de realização de urocultura em caso de intercorrencia febril ou outro sintomas sugestivos de infecção urinária
“Fetal pyelectasis as predictor of decreased differential renal function”Y Kim. J Urol , Outubro 2009
Das crianças com hidronefrose pré-natal,
16 % tinham função diferencial < 35% no renograma
efectuado no estudo pós-natal:
• 36 % tinham DAPB > 10 mm no 2º trimestre
• 64% tinham DAPB > 16 mm no 3º trimestre
“Pre-natal diagnosis: what do we know of long-term outcomes?”D Thomas. J Pediatr Urol , 2010
Revisão de estudos publicados com tempo de seguimento mínimo de 5 anos
Se ectasia piélica isolada, com DAPB < 15 mm, não tem significado clínico e a evolução é benigna
10-15% terão RVU ligeiro, transitório e raramente complicada com ITU
Com este grau de hidronefrose não será necessário realizar rastreio de RVU nem renograma
“The predictive value of the first postnatal ultrasound in children with
antenatal hydronephrosis”. T Nguyen, J Ped Urology, 2011
n= 1441
Classificação da hidronefrose
Society for Fetal Urology 1993
Aspecto ecográfico
SFU Grade
3
Dilatação pielo-
calicial com
espessura de
parenquima
conservada
SFU Grade
4
Dilatação pielo-
calicial com
espessura de
parenquima
diminuído
“Observation of infants with SFU grades 3-4 hydronephrosis” S Ross. J Pediatr Urol Abril 2011
“Observation of infants with SFU grades 3-4 hydronephrosis” S Ross. J Pediatr Urol Abril 2011
115 RN
SFU 3 (71) e SFU 4(54)
98 em vigilância
Ecografia e Renograma
27 operados
Média 3,5 meses
4% SFU 3
44% SFU 4
21 operados
Média 17 meses
12% SFU 3
43% SFU 4
77 em vigilância
Média 24 meses
88% SFU 3
56% SFU 4
p = 0,0001
“Prediction of the outcome of antenatally diagnosed hydronephrosis: a multivariable analysis” M Longpre, . J Pediatr Urol ,2012
Revisão de 100 crianças com DPN de hidronefrose isolada Vigilância média 34 meses ( 3 a 204)
-24 realizaram pieloplastia -53 mantiveram/ reduziram o grau de HD -23 resolveram a HD
Os fatores preditivos independentes da necessidade de cirurgia foram
- DAPB : 29 mm no grupo que realizou pieloplastia versus 9,4 mm no grupo em vigilância ( p = 0,002) - grau 4 da SFU ( p = 0,03)
“Prediction of the outcome of antenatally diagnosed hydronephrosis: a multivariable analysis” M Longpre, . J Pediatr Urol ,2012
Idade em meses
% d
os
qu
e m
anti
vera
m H
D
Idade em meses
“Clinical Practice Guidelines for Screening Siblings of Children With Vesicoureteral Reflux and Neonates/Infants With Prenatal Hydronephrosis”. S Skoog. J Urol ,2010
% total (IC95%)
Rim contra-lateral normal
%(IC95%)
Normal ou DAPB < 5 mm
% (IC95%)
Alterado ou DAPB ≥ 5 mm
% (IC95%)
16.2 (8.9-27.3)
4,1 (2,3-7,4)
13.3 (7.0 - 24.0)
18.6 (10.3 - 31.4
23.0 (14.2 - 35.0)
16.1 (9.9 - 25.1)
P = 0,022
Prevalência do RVU
Clinical Practice Guidelines for Screening Siblings of Children With Vesicoureteral Reflux and Neonates/Infants
With Prenatal Hydronephrosis. S. J. Skoog. J Urol , Setembro 2010
Prevalencia de lesões renais nas crianças com DPN de RVU
Nefropatia cicatricial: 6,2% grau I – III 48% grau IV – V
p < 0,0001
“The Society for Fetal Urology consensus statement on the evaluation and management of antenatal hydronephrosis” Nguyen H et al. J Pediatr Urol , Junho 2010
Grau de HD Pré-natal
Profilaxia Eco pós-natal 2-4 semanas
CUMS Controle ecográfico
Ligeira 7-8 mm
não
Grau O não 12 meses
Grau I-II ?* 12 meses
Grau III-IV sim 3- 6 meses
Moderado 9-15 mm
sim Grau O não 12 meses
Grau I-IV sim ** 3-6 meses
Grave ≥ 15 mm
sim Grau O- IV sim ** 3-6 meses
* Avaliar caso a caso… ** Se ausência de RVU, realizar Mag 3
“The Society for Fetal Urology consensus statement on the evaluation and management of antenatal hydronephrosis” Nguyen H et al. J Pediatr Urol , Junho 2010
Grau de HD Pré-natal
Profilaxia Eco pós-natal 2-4 semanas
CUMS Controle ecográfico
Bilateral Moderada ou Grave
sim Primeiras 24-72h de vida
sim** Conforme a patologia
Ectasia dos ureteres
Sim 2 -4 semanas sim ** Conforme a patologia
Alterações bexiga / uretra
sim Primeiras 24-72h de vida
sim ** Conforme a patologia
** Se ausência de RVU, realizar Mag 3
Protocolo de estudo e vigilância das crianças com diagnóstico pré-natal de malformações nefro-urológicas
Paula Matos, Caldas Afonso, Helena Pinto, Clara Gomes, Gabriela Mimoso, José Esteves, Cecília Monteiro, Margarida Abranches
Secção de Nefrologia Pediátrica da SPP
Dilatação pré-natal ligeira / moderada ( 7 – 14 mm)
Ecografia pós-natal ( 2 - 4 semanas)
Bacinete < 5 mm
Ectasia piélica isolada
5 – 14 mm
•Bacinete ≥ 15 mm ou
•Bacinete 5 – 14mm e ectasias caliciais, ectasia do ureter,
parênquima alterado, assimetria renal ou
bexiga alterada Controle Clínico *
Ecografia aos 3, 6 e
12 meses
Profilaxia antibiótica
Protocolo das Dilatações graves
Se regride
Se agrava em qualquer altura
Dilatação pré-natal grave ( ≥ 15 mm)
Ecografia pós-natal ( 48-72h)
Bacinete ≥ 15 mm ou
Bacinete 5 – 14 mm e Ectasias caliciais, Ectasia do ureter,
Parênquima alterado Assimetria renal ou
Bexiga alterada CUMS
normal RVU
DMSA
Vigilância
Mag 3
Anomalias vesico-uretrais
Obstrutivo Diminuição
função
Inconclusivo
Não obstrutivo
Cirurgia
Ecografia aos 3, 6 e 12 m e
Mag 3 se indicado
VigilanciaCirurgia