DIAGNÓSTICO DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DA ... · Grande impacto ambiental, social e econômico...
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DIAGNÓSTICO DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA:
DIFICULDADES E INOVAÇÕES
Antonioni Batista VenturimEngenheiro Ambiental (Faculdades Integradas São Pedro UC de Engenharias e Ciências Agronômicas – FAESAII). Mestrando Profissional em Tecnologia Ambiental (FAACZ).
Renato Ribeiro SimanEngenheiro Químico (UFRRJ). Doutor em Hidráulica e Saneamento do Departamento de Hidráulica eSaneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP). ProfessorTitular e Coordenador do Mestrado Profissional em Tecnologia Ambiental da Faculdade de Aracruz (FAACZ).
I CONGRESSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
1. INTRODUÇÃO
• Com o crescimento significativo do setor imobiliário
nos últimos anos, gerou-se um grande volume de
resíduos da construção civil;
• Mercado Imobiliário – 10% PIB capixaba e 3,5% do
PIB Nacional;
• RCC representa 40-70% da massa de RSU para
cidades de médio e grande porte.
1. INTRODUÇÃO
• Aproximadamente 60% dos RCC são provenientes
de reformas, ampliação e demolição;
• Atualmente, as medidas para gestão dos RCC são
meramente emergenciais;
• O município de Vitória-ES enfrenta dificuldades em
relação ao gerenciamento do RCC devido a falta de
estrutura fisíca.
2. OBJETIVO GERAL
Realizar o diagnóstico do gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil no município de Vitória.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Demonstrar as fragilidades e dificuldades do município de Vitória no que se refere ao gerenciamento dos resíduos da construção civil (RCC);
Retratar as mudanças no atual panorama da gestão dos RCC de algumas capitais brasileiras.
3. DESENVOLVIMENTORESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
CONCEITOResíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras da construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos (CONAMA 307/02);
CLASSE RESÍDUO
A cerâmicos, argamassas, solos, concretos, telhas
B papel e papelão, plásticos, vidros, madeiras, metais
C gesso, manta asfáltica, lixas (não foram desenvolvidas tecnologias de recuperação)
D tintas, solventes, óleo e outros resíduos contaminados como por exemplo entulho de radiológicos
3. DESENVOLVIMENTOEXPERIÊNCIAS DE SUCESSO EM MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Belo Horizonte
Implantação do Programa para a Correção das Deposições e Reciclagem de RCC’s (Pinto, 1999).
O projeto piloto foi implantado na região oeste do município com as seguintes metas (Pinto, 1999):
Criação da Rede de Aterros Municipais;Criação da Rede de áreas para Reciclagem;Criação da Rede para Recepção de Pequenos Volumes;Implantação do Subprograma de Informação e fiscalização (educação ambiental).
Salvador
O Projeto de Gestão Diferenciada do entulho, transformará o descarte clandestino em disposição correta dos RCC’s (Oliveira, 2001);
Programa de monitoramento, educação ambiental e orientação à população usuária (Nunes, 2004);
3. DESENVOLVIMENTOEXPERIÊNCIAS DE SUCESSO EM MUNICÍPIOS BRASILEIROS
3. DESENVOLVIMENTOLOCAIS DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RCC NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Composição média e destino de RCC no ES (SENAI/ES, 2005; CIRSUCC/IEMA, 2006):
Os RCC são depositados hoje na maioria das vezes em locais a céu aberto ou em lixões sem nenhum tratamento (CIRSUCC/IEMA, 2006);A parte mineral dos RCC que é a maior fração está sendo encaminhada a aterros privados da Grande Vitória, licenciados a receber resíduos Classe A;A menor fração dos RCC, que são os de Classes B, C e D são direcionados a UTCV;
3. DESENVOLVIMENTOLOCAIS DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RCC NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Falta da política estadual de resíduos sólidos urbanos;O Estado ainda depende da criação de locais de recebimento de pequenos volumes;Poucos locais licenciados de disposição final dos RCC’s;Falta de usinas de reciclagem da parte mineral;Baixo nível de escolaridade (trabalhador braçal).
3. DESENVOLVIMENTOPRINCIPAIS DIFICULDADES QUANTO AO ATENDIMENTODA CONAMA 307 NO ES
Criação do Comitê Interno de Resíduos Sólidos Urbanos e da Construção Civil (CIRSUCC) (IEMA,2005); Promove reuniões para criação de políticas públicas;Lei Estadual 9.264/2009 – Política Estadual de Resíduos Sólidos;Projeto de Regionalização de Aterros sanitários (ES sem Lixão);Promove palestras, cursos; Incentivo ao treinamentos prático no canteiro obra.
3. DESENVOLVIMENTOPAPEL DOS GESTORES PÚBLICOS NA GESTÃO DOS RCC’S NO ES
Em 2007 a geração mensal do ENTUV-ES variou de 8.342,43 toneladas a 7.066,40 toneladas referentes ao período de janeiro a abril (UTCV, 2007).
3. DESENVOLVIMENTOGERAÇÃO DE ENTULHO NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA/ES
Uma pequena parte da coleta e transporte é feita pela Associação de Locadores de Caçamba Estacionária do ES (Alaces);Carroceiros.
3. DESENVOLVIMENTOCOLETA E TRANSPORTE DE RCC NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA/ES
Na maioria dos casos ainda são depositados em locais a céu aberto;
Os resíduos Classe B, C e D são direcionados a UTCV e a usinas de reciclagem;
Aterros sanitários privados.
3. DESENVOLVIMENTODESTINO DE RCC NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA/ES
Grande impacto ambiental, social e econômico trazidos pelos RCC’s no Município de Vitória/ES.
Tem que ter mudança na cultura do gerenciamento dos RCC’s de Vitória/ES buscando soluções sustentaveis;
Aprovação da Política Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos;
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Falta de usinas de reciclagem dos RCC’s para os resíduos Classe A;
Poucos locais licenciados a receber RCC’s em Vitória;
Pouco uso de outras ferramentas de gestão.
5. CONCLUSÕES
BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –CONAMA. Resolução n˚ 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, nº 136, 17 de julho de 2002. Seção 1, p. 95-96.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB, 2000.
IEMA – INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE. Comissão Interna de Resíduos Sólidos Urbanos e da Construção Civil – CIRSUCC, 2006
NUNES, K. R. et al. Diagnósticos das gestões municipais de resíduos sólidos da construção. In: 23° Congresso brasileiro de engenharia sanitária e ambiental. Campo Grande, 2004.
OLIVEIRA, M. T. E. et al. Resíduos de concreto: classe III versus Classe II. In: SEMINÁRIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A RECICLAGEM NA CONSTRUÇÃO CIVIL, 4 2001, São Paulo. Anais. São Paulo: IBRACON/IPEN, 2001. p.87-96.
PINTO, Tarcísio de Paula. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção urbana. São Paulo, 1999. 189p.
PINTO, T. P.; GONZÁLES, J. L. R. (Coord.). Manejo e gestão dos resíduos da construção civil. Volume 1 – Manual de orientação: como implementar um sistema de manejo e gestão nos municípios. Brasília: CAIXA, 2005.194p. PINTO E GONZÁLES (2005).
SCHNEIDER DM. Deposições irregulares de resíduos da construção civil na cidade de São Paulo. São Paulo; 2003. [Dissertação de Mestrado – Faculdade de Saúde Publica da USP].
6. BIBLIOGRAFIA