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O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

DIA NACIONAL DE LUTAS 20 DE JUNHO

Edição Diária 7230 | Salvador, segunda-feira, 12.06.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

NOVA DIRETORIA

A nova diretoria, empossada na quinta-feira, inicia o mandato com o grande desafio de enfrentar e derrotar o projeto neoliberal no país, que tem

Para derrotar o neoliberalismo

prejudicado o conjunto dos trabalhadores. As reformas do governo Temer beneficiam exclusivamente o grande capital. Páginas 2 e 3Presidente reeleito, Augusto Vasconcelos

Bancários, amigos, familiares e importantes lideranças prestigiam a solenidade de posse do Sindicato. Gestão será marcada por grandes desafios

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, segunda-feira, 12.06.20172 3o bancário

• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 16.03.2017NOVA DIRETORIA NOVA DIRETORIA

O principal desafio é barrar a ofensiva do governo de Temer. Conjuntura difícilANA BEATRIZ LEALimprensa@bancariosbahia.org.br

fotoS joão ubaldo e manoel porto

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Preparada para derrotar o projeto neoliberal em curso no país

Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTE 4645 DRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz Leal - Reg. MTE 4590 DRT-BA e Rafael Barreto. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Carolina Sales. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

ApESAR dos grandes desafios que tem, diante do avanço do projeto neoliberal no país, onde os direitos dos trabalhadores têm sido frontalmente atacados para que as elites

Discursos bem afinados“Vivemos em um momento extremamente difícil no país. Nosso Sin-dicato faz a defesa da sociedade, faz a luta de classe. O desafio que está posto talvez esteja colocando toda uma geração à prova de fogo para preservar os interesses da elite financeira. Se formos juntos em um am-plo movimento conseguiremos restaurar a democracia no Brasil. Não temos medo do desafio”.Augusto Vasconcelos - presidente

“Temos consciência da nossa capacidade de mobilização. Neste momen-to, a unidade é fundamental para conter a ofensiva neoliberal, que tem re-tirado direitos e penalizado, sobretudo, a população mais carente do país. Defendemos com muita garra e convicção os interesses dos bancários e da sociedade em geral. Nós vamos vencer”. Euclides Fagundes - vice-presidente

Importância reconhecida“Hoje, o país vive uma ofensiva que promove um conjunto de ações que requer um posicionamento firme. A sociedade está carente e refém de um sistema excludente. E o Sindicato pode, junto com a sociedade, promover as transformações do novo tempo”.Adilson Araújo – presidente nacional da CTB

“O Sindicato dos Bancários da Bahia está em sintonia com a luta dos tra-balhadores. Cabe a nós valorizarmos, sobretudo, neste momento em que está em curso uma grande disputa de projetos no país. Precisamos acabar com o desmonte do Estado”.Julieta Palmeira - secretária estadual de Política para as Mulheres

“O Sindicato está diariamente na luta, defendendo os interesses dos tra-balhadores. Foi fundamental no fortalecimento das entidades sindicais na Bahia”. Helio Ferreira – vereador

“Estamos diante de gravíssimas ameaças. Estão querendo quebrar a Constituição de 1988 para agradar o sistema financeiro. Tenho acompa-nhado de perto a luta do Sindicato em defesa dos trabalhadores brasilei-ros, em especial os bancários”.Daniel Almeida – deputado federal

“O Sindicato tem uma enorme importância para os bancários de todo o Brasil. A nova diretoria tem o desafio de enfrentar a conjuntura de crise econômica e política”. Roberto von der Osten – presidente da Contraf-CUT

“Os novos desafios são ainda mais difíceis. O país vive uma grave trans-formação social. O governo rasga o Estado-nação. O Sindicato tem a res-ponsabilidade de enfrentar a grave crise”.Aurino Pedreira – presidente da CTB Bahia

“Quero parabenizar a diretoria que traz a insígnia de um dos sindica-tos mais representativos do Brasil, que tem se empenhado para derrotar as reformas ultraliberais que desconstroem a arquitetura do trabalho no Brasil”.Alice Portugal – deputada federal

“Faço uma homenagem ao ímpeto da diretoria. Nossa luta hoje é para barrar as reformas e retomar o protagonismo dos trabalhadores”.Emanoel Souza – presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe

“O Sindicato é referência nas lutas gerais no nosso país. Tem característi-ca classista. Vivemos uma das maiores desestruturações. É um processo de desnacionalização violento”.Davidson Magalhães – deputado federal

sejam atendidas, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Bahia foi empossada, na noite de quinta-feira, no Hotel Portobello, em cli-ma de festa, expectativa e otimismo.

A seleta plateia pôde ouvir e resgatar de cada pessoa que fez o uso da palavra o his-tórico de combatividade e luta da entidade por um Brasil mais justo e democrático. O passado e o presente se misturam. O resta-belecimento da democracia, mais uma vez, é a prioridade.

A nova diretoria, que tem à frente o presi-

dente Augusto Vasconcelos e mescla renova-ção com experiência, tem a convicção de que a força do povo brasileiro unificado é capaz de derrotar o neoliberalismo. O Sindicato tem a disposição para a luta como essência e está preparado para enfrentar projeto tão

ofensivo para os trabalhadores, que só agra-da o grande capital, financiador do golpe.

Aliado ao plano macro, a entidade mantém a mobilização por melhorias para a categoria no que diz respeito aos salários, saúde, segu-rança e condições de trabalho.

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Posse é marcada por comemorações, alegria e reencontros com pessoas que têm ajudado e apoiado a trajetória de luta do Sindicato dos

Banários da Bahia

Diretoria do Sindicato, que expressa a representatividade de diversos bancos, eleita por 96,36% da categoria, mantém o compromisso com os bancários, mas, acima de tudo, para salvar o país do abismo

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, segunda-feira, 12.06.20174

SAQUE

BRASIL

Antes, no dia 20, os trabalhadores do país fazem o esquente ANA BEATRIZ LEALimprensa@bancariosbahia.org.br

À luta. Greve geral no dia 30

AS RUAS são a única saída para o Brasil, totalmente desestrutu-rado pela crise. No dia 30 de junho, os trabalhadores fazem uma nova greve geral em de-fesa dos direitos trabalhistas e sociais, pelas Diretas Já e pelo Fora Temer.

A resistência deve ser am-pliada para deter o projeto ne-oliberal em curso no país. Além

de reduções de investimentos em áreas imprescindíveis para o desenvolvimento do país, o governo Temer já liberou a ter-ceirização e quer aprovar a todo custo as reformas da Previdên-cia e trabalhista.

A mobilização é decisiva. Por isso, cresce a cada dia. Em 20 de junho, acontece o Dia Nacional de Mobilização rumo à greve geral. O presidente da CTB, Adilson Araújo, afirma que "o momento exige resis-tência e luta contra as propos-tas de Temer, que acabam com direitos consagrados da classe trabalhadora e de toda a socie-dade brasileira".

Congresso da CTB Bahia debate comunicação"A COmUNICAçãO sempre foi e sempre será um instrumento de dominação". Assim, o jor-nalista Rogaciano Medeiros, editor do jornal diário do Sin-dicato dos Bancários da Bahia, O Bancário, abriu a exposição feita na sexta-feira, durante o 4º Congresso da CTB Bahia.

Rogaciano Medeiros tam-bém criticou os governo Lula e Dilma que não investiram na comunicação alternativa. Pelo contrário, reforçaram o poder da grande mídia por meio da

publicidade de governo. "A co-municação é a principal apa-relho da elite, utilizada para reproduzir a ideologia domi-nante, que se vale da despoliti-zação para seduzir o público", acrescenta.

Atuando na imprensa sindi-cal há 26 anos, Rogaciano con-vocou os sindicatos a investirem na comunicação como forma de ajudar a mudar os rumos do país. O Congresso da CTB ter-minou no sábado, quando foi eleita a diretoria da entidade.

ESpELHO mEU A vaidade descontrolada está deixando o procurador federal Deltan Dallagnol completamente fora da ra-zão. Nas considerações finais do documento em que pede a con-denação de Lula, mesmo sem apresentar prova, no caso do tri-plex de Guarujá (SP), chega ao absurdo de, por sete vezes, fazer citações de textos produzidos por ele próprio. Não há registro de tamanho absurdo na literatura judiciária.

LEIS SAGRADAS Palestrante em igrejas evangélicas, conhe-cido por defender posições ultraconservadores, deterministas, adorador de leis sagradas, imutáveis, o procurador federal Del-tan Dallagnol é autor de um livro que causou susto não apenas no mundo da magistratura, mas também nos meios acadêmicos. Resumidamente, ele vincula o julgamento à capacidade de ar-gumentação e a definição de sentenças à fé cristã. É ultradireita.

mEIO COmpLICADO Com certeza, é preciso fortalecer a liderança de Lula, maior expressão política das camadas popu-lares e, sem dúvida, o grande candidato para derrotar a direita no próximo ano. Mas, a declaração da nova presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), de que o ex-presidente “é o pla-no A, B e C do partido”, causa certa apreensão entre as demais forças progressistas e de esquerda que compõem a resistência ao projeto neoliberal. Soa autoritário.

DIRETAS JÁ Questionamento, muito pertinente, feito pelo senador João Capiberibe (PSB-AP), sobre as diretas já. "Os que se opõem argumentam haver casuísmo e, em alguns casos, ile-galidades. Raciocínio estranho, porque as PECs têm sido farta-mente utilizadas pelo governo e pela maioria no Congresso na tentativa de aprovar medidas que são contrárias aos interesses populares. Por que, então, usar o mesmo recurso para legislar a favor da soberania popular seria casuístico ou ilegal?". O gol-pismo explica.

TRISTE VOLTA O Brasil corre risco de retornar ao mapa da fome mundial, do qual só conseguiu sair nos governos Lula e Dilma. É o que afirma o economista Francisco Menezes, pes-quisador nas áreas de pobreza e segurança alimentar da orga-nização ActionAid. Os cortes drásticos nos investimentos nas áreas sociais e as reformas neoliberais constituem uma ameaça concreta aos avanços populares conquistados nos últimos anos.

A vontade popular tem de ser respeitada. O país precisa de eleições diretas, já

Congresso da CTB abre espaço para discutir a comunicação sindical

manoel porto