Dezembro - Governo do Estado de São Paulo · De 3 a 5 de dezembro, o curso será ministrado em...

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2013 Dezembro

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Dezembro

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02/12/2013 KPMG prevê expansão na exploração do gás de xisto por Fernanda B. Müller, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/relatorio.jpg

Riscos financeiros e ambientais, forte oposição de parte da opinião pública, ameaças para investimentos em renováveis e fatores geopolíticos são apontados pela consultoria como desafios. Mesmo sendo considerado um dos combustíveis fósseis com menor quantidade de carbono – o que está levando à sua inclusão em políticas voltadas à mitigação das mudanças climáticas em muitos países –, um novo relatório mostra que ainda pairam muitas incertezas na indústria do gás de xisto. Em uma nova publicação(http://www.kpmg.com/Global/en/IssuesAndInsights/ArticlesPublications/Documents/shale-gas-global-perspective.pdf), a KPMG avalia o estado atual de desenvolvimento do gás de xisto em alguns países e apresenta o seu ponto de vista em relação às perspectivas de crescimento do combustível no mix energético mundial. Cinco riscos sobre a futura viabilidade da produção de gás de xisto são identificados. Dois são referentes às incertezas quanto ao tempo que ainda levará para o valor de mercado do gás de xisto subir, já que os custos de produção aumentam junto com a crescente demanda e exigência em termos regulatórios, tecnológicos e socioambientais. O aumento do valor reduziria os riscos financeiros associados à exploração deste combustível, por enquanto tido como uma fonte barata de energia.

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Outro fator de risco é que o setor é visto negativamente por uma parte significativa da opinião pública, sendo que a exploração do combustível chegou a ser banida na França e em alguns estados norte-americanos. Poluição e alto consumo de água, tremores de terra, manejo dos resíduos químicos líquidos e sólidos, vazamentos e explosões são apontados como os principais riscos ambientais do processo, mostra o relatório. Segundo uma pesquisa da KPMG com executivos da indústria do petróleo e gás, preocupações ambientais e de sustentabilidade são tidas como os maiores desafios para o desenvolvimento do gás de xisto. Questões regulatórias vêm em segundo. Em outro ponto, o relatório alerta que o baixo custo de exploração e abundância nos depósitos de gás de xisto podem diminuir os investimentos em energias renováveis, interferindo na viabilidade econômica de projetos eólicos, solares e geotérmicos. “Enquanto os preços do gás natural permanecerem baixos, haverá menos incentivo para investir em fontes mais verdes”, coloca a KPMG. O relatório também cita os riscos geopolíticos decorrentes da mudança no equilíbrio da oferta internacional de combustíveis fósseis. A KPMG conclui que, mesmo ainda não estando claro se o gás de xisto será a peça que vai mudar o cenário global energético, parece certo que em breve o combustível terá uma parte maior do mercado global. Em sua pesquisa com executivos do setor, 93% responderam que esperam uma mudança para mais investimentos no gás de xisto. Entre 2007 e 2012, a extração do gás de xisto cresceu, em média, 50% ao ano, estima o McKinsey Global Institute. Brasil No Brasil, esta discussão está em seu ápice devido à realização do primeiro leilão(http://www.anp.gov.br/?pg=68956&m=&t1=&t2=&t3=&t4=&ar=&ps=&cachebust=1385990318193) para a exploração do gás de xisto na semana passada. As reservas do combustível estão localizadas abaixo dos principais aquíferos brasileiros (incluindo o Guarani). Há duas semanas, uma audiência pública sobre a regulamentação do método de fraturamento hidráulico (fracking), promovida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) no Rio de Janeiro, suscitou muitas críticas(http://www.jb.com.br/economia/noticias/2013/11/21/audiencia-publica-da-anp-e-marcada-por-reclamacoes/) em relação aos impactos da técnica de exploração do gás de xisto. A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do PECMA – ASIBAMA Nacional – protocolou na ANP uma notificação(http://www.asibamanacional.org.br/wp-content/uploads/2013/11/Notificacao-extrajudicial-sobre-fraturamento-hidraulico-vf.pdf) extrajudicial pedindo a moratória do fracking no Brasil. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=735856). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/kpmg-preve-expansao-na-exploracao-gas-de-xisto/)

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02/12/2013 MMA promove dois últimos cursos de sustentabilidade em 2013 111 participantes de 71 órgãos públicos serão orientados sobre eficiência energética, gestão de resíduos, licitações sustentáveis, dentre outros temas. por Tinna Oliveira

Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/8e22955011cf8d6d8ac7d13a1e62a2ee_XL.jpg

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) promove mais dois cursos de sustentabilidade na administração pública, os últimos de 2013. Ao todo, participarão 111 servidores públicos de 71 órgãos de 17 Estados. Os cursos objetivam aprimorar e ampliar as ações de sustentabilidade na gestão pública e reforçar a implantação do programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) nas instituições públicas. De 3 a 5 de dezembro, o curso será ministrado em Brasília, no Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), da Câmara dos Deputados. A outra turma acontecerá de 10 a 12 de dezembro em Fortaleza, no Auditório da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMA). “A turma de Fortaleza é a primeira fora de Brasília” destaca a analista ambiental Angelita Coelho. “O objetivo é ampliar as participações dos servidores e órgãos de todo o país”. Os participantes aprenderão sobre como gerenciar projetos, construções sustentáveis, eficiência energética, eficiência no uso da água, gestão de resíduos (plano de gerenciamento), qualidade de vida no ambiente de trabalho, sensibilização e capacitação dos servidores, análise do ciclo de vida e licitações sustentáveis. Responsabilidade O programa A3P pretende estimular a reflexão sobre a responsabilidade socioambiental e a mudança de atitude no ambiente de trabalho. A iniciativa é dividida em cinco eixos temáticos: gestão de resíduos, licitação sustentável, qualidade de vida no ambiente de trabalho, sensibilização e capacitação dos servidores e uso racional de recursos. O conteúdo do curso está de acordo com os eixos temáticos do programa. Atitudes como imprimir nos dois lados da folha, apagar a luz ao sair do ambiente, realizar compras públicas sustentáveis que priorizem critérios ambientais, dentre outras, exemplificam possíveis mudanças no ambiente de trabalho. Atualmente, mais de 150 órgãos tem termo de adesão assinado com a A3P e mais de 400 servidores participam da rede A3P – canal de comunicação que serve para troca de experiências dos participantes. Mais informações aqui(http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p/item/9068). Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9839-mma-promove-dois-%C3%BAltimos-cursos-de-sustentabilidade-em-2013)

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03/12/2013 Eventos extremos afetarão mais de 100 cidades neste século por Lúcia Chayb e René Capriles, da Eco21

Caminhão com vítimas do tufão Haiya.

Foto: Aaron Favila Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/ECO-21-204-capinha.jpg

As mudanças climáticas dão seu próprio alerta. A revista ECO21, uma das principais publicações sobre meio ambiente e sustentabilidade no Brasil, abordou este assunto em sua última edição. Veja abaixo o editorial e o índice. Editorial A terrível passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas e o Sudeste asiático, com ventos de mais de 300 km/h é o segundo aviso dado pelas mudanças climáticas após o furacão Sandy que arrasou parte de Manhattan. Haiyan matou mais de 10 mil pessoas, Sandy foi menos mortal, mas as perdas econômicas foram além dos US$ 70 bilhões incluindo a destruição de mais de 650 mil casas. O Quarto Relatório do IPCC adverte que, ao redor de 2050, o nível do mar terá subido em grande escala inundando áreas urbanas em todos os continentes. Também chama a atenção para a força das ondas que destruirão centenas de cidades costeiras. Climatólogos da Universidade do Havaí recentemente divulgaram um artigo na revista Nature no qual antecipam que Nova Iorque e Washington serão as primeiras cidades a experimentar a dramática subida da temperatura média já em 2047, nos EUA. Camilo Mora, o cientista que dirigiu o informe afirma que mais ou menos em 2050 pelo menos 147 cidades de todo o mundo, mais da metade das estudadas, experimentarão temperaturas muito acima dos recordes históricos. Inúmeras cidades costeiras ficarão submergidas e milhões de refugiados climáticos iniciarão um êxodo para as regiões mais altas. Em 2100 a Terra terá 9 bilhões de pessoas (atualmente somos 7 bilhões), sendo esse número considerado reduzido devido às grandes mortandades que acontecerão por causa do avanço dos mares. Estados inteiros desaparecerão principalmente os localizados no Pacífico Sul e no Sudeste da Ásia. Já as terras altas, que dependem do degelo das neves de altitude, deixarão de irrigar as planícies mais abaixo. Este é o caso da Cordilheira dos Andes e dos Himalaias. Mas, de acordo com os dados dos cientistas do IPCC, entre eles os brasileiros Carlos Nobre e Paulo Artaxo, ainda há esperança se os grandes emissores adotarem medidas radicais de redução. Segundo o Relatório do Climate Accountability Institute divulgado no mês passado,

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apenas 90 empresas são responsáveis por dois terços (63%) das emissões de CO2 e metano provocadas pelo homem. 30% dessas emissões são de responsabilidade de 20 companhias. Uma inovadora proposta – informa o Deputado Alfredo Sirkis – é a criação de uma “moeda do clima” que permitiria a redução das emissões, ideia lançada durante o encontro “Rio Clima”, que aconteceu no mês passado no Rio. A “moeda” poderia servir para adquirir tecnologias, produtos e serviços capazes de reduzir o CO2 e gerar empregos dentro do conceito de Economia Verde. Esta ideia será levada pelo Brasil para a COP-20 (Lima, 2014) e principalmente para a COP-21, (Paris, 2015), reuniões da Convenção sobre o Clima que definirão o futuro do Protocolo de Kyoto e o destino da humanidade. Os governos e as empresas têm as soluções para evitar o desastre. Leonardo Boff, na sua sabedoria, nos adverte: “ocorre que a Terra não aguenta mais este tipo de guerra total contra ela. Ela precisa de um ano e meio para repor o que lhe arrancamos durante um ano. O aquecimento global é a febre que denuncia estar doente e gravemente doente”. Gaia Viverá! Índice 04 Rodion Ebbinghausen – Catástrofes arrasam economia das Filipinas 06 Alfredo Sirkis – Brasil inova ao propor uma moeda do clima 07 Tasso Azevedo – Brasil não deve desistir da meta desmatamento zero 08 Liszt Vieira – A fratura hídrica pode poluir o Aquífero Guarani 10 Silvia Dias – Korolec, o xisto e o Brasil 11 Flávio Aguiar – A turma do aquecimento global cabe em dois ônibus 14 Erik Von Farfan – Megacidade do C40 serão presididas por Eduardo Paes 16 Paulo Itacarambi – Falta esforço empresarial para a sustentabilidade 18 Lucas Tolentino – Parques Nacionais se renovam para as Olimpíadas 20 Sandra Hoffmann – Rio compensará emissões de CO2 das Olimpíadas 22 José Manuel Costa – Economia Verde como solução da crise econômica 23 Hasan Tuluy – Crescimento verde pode sustentar o progresso 24 Romeu de Bruns – Cultivando Água Boa é uma solução para o Semiárido 28 Washington Novaes – A seca, a desertificação e as palavras do Papa 30 Flávia Camargo – Urge mudar o rumo do Cadastro Ambiental Rural 32 Paulo Petersen – O desenvolvimento rural a partir da lupa agroecológica 34 Ivonete Lucirio – A linguagem das flores 36 Luciana Gondim – Livro Vermelho registra risco de extinção da flora 40 Helio Mattar – Educando para o consumo consciente: aprendizados 42 H. Scalambrini Costa – Energia solar: sem incentivo não há esperança 43 Fabiano Ávila – Etiópia inaugura maior parque eólico da África 44 Elton Alisson – Insetos conseguem prever tempestades e ventanias 46 José Eli da Veiga – Cooperar para transformar 48 Thalif Deen – Dia Mundial do Vaso Sanitário não é uma piada 50 Leonardo Boff – Seremos uma célula cancerígena a ser extirpada? Para assinar clique aqui(http://www.eco21.com.br/assinaturas/assinaturas.asp). Fonte: Eco21/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/eventos-extremos-afetarao-mais-de-100-cidades-neste-seculo/)

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03/12/2013 A fratura hídrica pode poluir o Aquífero Guarani por Liszt Vieira*

Exploração do gás de xisto em Youngstown, Ohio.

Foto: Dimiter Kenarov/Pulitzer Center Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/gasdexisto.jpg

Correu o mundo a famosa foto da água saindo da torneira e pegando fogo. Essa foto continua disponível na Internet. O fato ocorreu na pequena cidade de Dimock, na Pensilvânia, nos EUA. A explicação desse estranho fenômeno é simples. Trata-se da presença de metano, liberado pela exploração de gás de xisto nas redondezas da cidade. O metano é um gás tóxico que, supondo proporções iguais, contribui 25 vezes mais do que o dióxido de carbono para o Efeito Estufa e aquecimento global. Além de água contaminada com metano, as áreas vizinhas aos poços de exploração de gás de xisto já tiveram de suportar explosões, contaminação do lençol freático e da terra agricultável, inviabilizando a produção agropecuária, além de pequenos abalos sísmicos, em regiões onde as construções não estão preparadas para tremores de terra. A exploração de xisto utiliza o método de fraturação hidráulica, chamado em inglês de “fracking”. Trata-se de injeção de toneladas de água, sob altíssima pressão, misturada com areia e produtos químicos, com o objetivo de quebrar a rocha e liberar o gás nela aprisionado. Nos EUA, 90% dos poços de gás de xisto são perfurados com a utilização dessa técnica. Após inúmeras manifestações e protestos da população, alguns Estados da América do Norte, como Nova York, Maryland e Ohio nos EUA, Quebec no Canadá, proibiram o “fracking”. Na Europa, a fraturação hidráulica está proibida na França, Bulgária e em diversos governos locais de vários países (Alemanha, Espanha, Irlanda e Holanda). A fraturação hidráulica não é uma técnica nova. A primeira aplicação comercial ocorreu no Kansas em 1946, mas esse procedimento só conheceu um crescimento significativo no início dos anos 2.000, com a descoberta de jazidas de gás natural. Ele aumenta de forma considerável a produção nas jazidas que, em geral, situam-se a uma profundidade de mil e quinhentos a dois mil metros. Esse tipo de extração utiliza vinte vezes mais recursos hídricos do que as técnicas convencionais. Com isso, as pequenas cidades norte-americanas nos arredores dos poços de gás de xisto enfrentaram problemas de falta d’água para consumo e agricultura, além da contaminação dos aquíferos subterrâneos e das reservas de água potável. Mas a falta de água não é o único problema. Destaca-se ainda a excessiva circulação de caminhões, a injeção de fluidos que provocam pequenos abalos sísmicos, a ausência de regulamentação, a presença na água de pequenas quantidades de produtos químicos e metais pesados cancerígenos bem como a acumulação de metano que pode provocar explosões. Tudo isso para uma duração de vida relativamente curta para os poços de gás de xisto: o pico de produção é alcançado em dez anos e a produtividade começa a cair a partir do primeiro ano. Acredita-se que o Brasil tenha reservas de gás de xisto da ordem de 7 trilhões de m3 em bacias geológicas do Parnaíba, Solimões e Amazonas, Recôncavo, São Francisco e Paraná. A Agência Nacional do Petróleo

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(ANP) decidiu realizar um leilão em 28/29 de Novembro para pesquisar as bacias de Parecis, Recôncavo, Acre, Parnaíba, São Francisco e Paraná. A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental e mais 12 entidades enviaram à Presidenta Dilma Rousseff um pedido para cancelar o leilão, até que se discuta melhor a exploração do gás não convencional no País. E um parecer técnico elaborado por um grupo de trabalho coordenado pelo IBAMA alertou que o Brasil não possui estudos geológicos suficientes que permitam a exploração segura de “gás não convencional”, eufemismo usado para o gás de xisto.

Área de abrangência do aquífero.

Foto: http://pt.wikipedia.org/ Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/Aquiferoguarani.jpg

No caso do Paraná, a rocha a ser fraturada (o Folhelho Irati) se encontra a algumas centenas de metros abaixo do Aquífero Guarani, na Bacia Geológica do Paraná. O Aquífero Guarani é considerado a maior reserva subterrânea de água doce do mundo, abastecendo o Brasil e países vizinhos. Como se sabe, além da contaminação entre as camadas de rocha sedimentar, pelo menos metade da água injetada retorna à superfície com todos os aditivos químicos e componentes naturais da rocha como óleo, metano, enxofre e outros tipos de metais pesados. A contaminação do Aquífero Guarani seria uma catástrofe ecológica de impacto internacional. Do ponto de vista econômico, especula-se que a expansão massiva da produção e oferta de gás poderá reduzir a demanda e preço do petróleo, o que desestimularia os pesados investimentos de longo prazo no pré-sal, que é prioridade do Governo. Parece estar faltando planejamento estratégico na área energética e, principalmente, planejamento integrado de energia e meio ambiente. É bom lembrar que, do ponto de vista jurídico, o Brasil é signatário de tratados internacionais que recomendam o Princípio de Precaução, ignorado pela ANP ao decidir leiloar áreas para a exploração de gás de xisto sem regulamentação e estudos prévios de impacto ambiental, contando certamente com o silêncio complacente das autoridades ambientais. * Liszt Vieira é ambientalista, Doutor em Sociologia pelo IUPERJ. ** Publicado originalmente no site Eco21(http://www.eco21.com.br/textos/textos.asp?ID=3129). Fonte: Eco21/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/fratura-hidrica-pode-poluir-o-aquifero-guarani/)

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03/12/2013 Economia verde como solução à crise econômica por José Manuel Costa*

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/economiaverde.jpg

Passaram 20 anos entre a primeira Cúpula da Terra e a RIO+20. Durante essas duas décadas muito se evoluiu em termos de política ambiental. Mas ainda há muito a se fazer. Sabe-se que o crescimento da economia mundial e o aumento da população (9 bilhões de habitantes até 2050) têm conduzido a um rápido esgotamento dos recursos naturais do nosso Planeta. Por outro lado, o aumento da concorrência para a obtenção de alguns recursos contribuirá para a sua escassez e para o aumento dos preços, com consequentes impactos na economia e na desestabilização de muitas regiões do mundo. Por estas razões, é cada vez mais necessária uma gestão mais eficiente dos recursos durante todo o seu ciclo de vida, desde a extração até o destino final, passando pelo transporte, a transformação e o consumo. Esta preocupação levou o Green Project Awards (prêmio realizado pela GCI, empresa de consultoria portuguesa) a incluir, tanto em Portugal como no Brasil, dois dos países em que já distingue as melhores práticas em prol do desenvolvimento sustentável, a categoria Gestão Eficiente de Recursos, que visa premiar os projetos que contribuam para uma gestão inovadora enquanto fator fundamental para atingir uma utilização eficaz dos recursos naturais e energéticos. Assim, na cerimônia de prêmios do início deste mês, em São Paulo, o Green Project Awards atribuiu o prêmio principal a “Extrair – Óleos Naturais”, de Bom Jesus do Itabapoana, no Rio de Janeiro, um projeto que trata da extração de óleo de semente de maracujá a partir de resíduos de indústrias de sucos. Em Portugal, a cerimônia deste ano laureou a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL); um prêmio justificado pelos bons resultados na redução de perdas de água na rede de abastecimento. São dois exemplos que podem fazer diferença rumo a uma economia mais verde. As sociedades estão dependentes de vários elementos, como metais, combustíveis, madeira, água ou solos férteis, todos recursos fundamentais para as mais variadas atividades econômicas. Mas estes são recursos limitados, que estão se esgotando a uma velocidade superior àquela com a qual poderão se regenerar. Por isso, é um imperativo de nosso tempo utilizar os recursos limitados da Terra de uma forma mais sustentável, o que implica o comprometimento de todos – de governos a empresas passando pelas organizações não-governamentais e sociedade civil – a criar uma nova agenda, que hoje denominamos de Economia Verde. O potencial de crescimento desta economia é evidente: a economia de baixo carbono já representa 4 bilhões de euros. Para muitos, o atual contexto de crise econômica e financeira deve ser encarado como mais uma razão para desenvolver a Economia Verde e encarar o combate às mudanças climáticas, uma vez que, de acordo com o Informe mais recente do IPCC, os sinais da mudança climática registrados nos últimos anos são consequência das emissões de GEE. Um novo paradigma de consumo terá que lançar as bases para a sustentabilidade e fomentar uma Economia Verde. Esta tendência internacional, recentemente assumida como ambição e compromisso por muitos países, é pouco intensiva em carbono, é eficiente no uso dos recursos naturais e é socialmente inclusiva.

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Pela sua capacidade mobilizadora, o Green Project Awards tem capacidade para ajudar a dinamizar esta economia nos países em que já está presente: Portugal, Brasil e Cabo Verde. Mas o objetivo é o de contribuir para criar oportunidades de mercado, valorizar o patrimônio e fixar investimentos em todos os países de língua portuguesa, trazendo novas possibilidades de expansão aos projetos e empresas premiados. * José Manuel Costa é presidente do GCI, consultoria portuguesa especializada em projetos de sustentabilidade, que realiza o Green Project Awards. ** Publicado originalmente no site Eco21. Fonte: Eco21/Envolverde(http://envolverde.com.br/economia/economia-verde-como-solucao-crise-economica/)

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03/12/2013 Universalizar coleta de lixo custa cerca de R$ 94 b ilhões, revela estudo por Redação do EcoD

A pesquisa calcula que em 2050 o salto de produção de lixo será ainda maior: cerca de quatro bilhões de toneladas de resíduos urbanos.

Foto: Emidio Batista Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/lixo.jpg

Os sete bilhões de habitantes do planeta geram, anualmente, cerca de 1,4 bilhão de toneladas de resíduos sólidos. Só metade da população mundial é atendida pela coleta desse lixo. Os dados são da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa). Segundo um estudo desenvolvido pela organização, as pessoas que carecem de coleta estão concentradas em países da África, do sudeste asiático e da América Latina, como o Brasil. Os pesquisadores calculam que, atualmente, para atender toda a população mundial seria necessário um novo investimento de US$ 40 bilhões (cerca de R$ 94 bi) somente para conseguir levar a coleta para essas regiões. O valor não leva em conta reciclagem e nem compostagem. David Newman, presidente da Iswa, afirma que a produção de lixo está crescendo rapidamente porque a população além de crescer, também tem cada vez mais acesso a renda, o que aumenta o consumo. “Fica claro que temos uma confusão. E ela está nos países mais pobres. A confusão é que muito do lixo que não está sendo coletado está indo para os rios, se acumula nas cidades, causa doenças, acaba nos mares. Dez milhões de toneladas de plástico vão para os oceanos todos os anos”, explica ao Estadão. A pesquisa calcula que em 2050, quando se estima que a população mundial chegará a 9 bilhões, o salto de produção de lixo será ainda maior: cerca de quatro bilhões de toneladas de resíduos urbanos. No Brasil O Brasil, que tem uma meta estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos de acabar com os lixões até meados de 2014, não está em uma posição muito confortável, segundo o trabalho dos pesquisadores. O estudo aponta que são necessários R$ 6,7 bilhões, em um ano, para resolver a questão da coleta e destinação dos nossos resíduos. “Na última década a população no Brasil cresceu 9,65% e a geração de resíduos, 21%. A projeção para 2042 é que teremos 230 milhões de habitantes, 15% a mais que hoje. Se o padrão de aumento da geração de resíduos se mantiver, ela vai crescer 30%. O dobro do crescimento da população”, alertou Carlos Silva, presidente da Abrelpe, parceira da Iswa no Brasil. * Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/dezembro/universalizar-coleta-de-lixo-pode-custar-cerca-de?tag=economia-e-politica).

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Fonte: EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/universalizar-coleta-de-lixo-custa-cerca-de-r-94-bilhoes-revela-estudo/)

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03/12/2013 Banco Mundial e ONU lançam plano para financiar ene rgia renovável por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/ONu.jpg

Organizações afirmam que fundos serão arrecadados para fornecer eletricidade para países mais pobres, e somente serão investidos em fontes de energia limpa; futuros financiamentos para a energia nuclear foram descartados. Press ConferenceO Banco Mundial (BM) e as Nações Unidas (ONU) lançaram na última sexta-feira (29) um plano para arrecadar bilhões de dólares para fornecer eletricidade para nações pobres, mas ressaltaram que o foco será em fontes limpas, e nem mesmo a energia atômica receberá investimento. O presidente do BM comentou que o banco está desenvolvendo planos de energia para 42 países que estariam prontos em junho, e que todo o dinheiro arrecadado com esses planos será investido apenas em novas fontes de energia alternativa. Juntas, as iniciativas atingiriam 361 milhões de pessoas sem acesso à eletricidade. “Não financiamos energia nuclear”, colocou o coreano Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial. Kim e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, enfatizaram a necessidade de se criar esforços para garantir que todas as pessoas no mundo tenham acesso à eletricidade até 2030. “A energia nuclear, de país a país, é uma questão extremamente política. O Grupo Banco Mundial não envolve na prestação de apoio à energia nuclear. Acreditamos que essa é uma conversa extremamente difícil”, disse ele. “E como realmente não estamos nesse negócio, nosso foco é encontrar formas de trabalhar com a hidrelétrica, geotérmica, solar e eólica. Estamos realmente focando em aumentar o investimento nessas modalidades e não financiamos energia nuclear”, acrescentou. O coreano observou que, para atingir as metas da campanha, seria necessário arrecadar entre US$ 600 bilhões e US$ 800 bilhões por ano, dobrando a eficiência energética e a participação das energias renováveis até 2030. Para se ter uma ideia, em alguns países do mundo apenas 10% da população tem acesso à eletricidade. Até agora, a campanha já conseguiu promessas de doação de um bilhão de dólares do Fundo Internacional de Desenvolvimento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e de US$ 500 milhões do Banco da América através do que está sendo chamado como a primeira ‘aliança verde’ do mundo. Além disso, a Noruega se comprometeu em gastar dois bilhões de Krones (o equivalente a US$ 325 milhões) até 2014 para estimular a energia renovável. Para alguns cientistas climáticos, essa recusa em relação à energia nuclear não é exatamente uma boa notícia, já que alguns deles defendem que essa fonte, por não gerar gases do efeito estufa (GEEs), pode ajudar a combater o aquecimento global. Para ambientalistas, contudo, a declaração do BM e da ONU é tranquilizante, pois a geração de energia nuclear envolve muitos riscos, que podem acabar em desastres como o acidente ocorrido na usina de Fukushima em 2011.

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Kim enfatizou a importância do financiamento privado para a expansão da energia em países pobres como a Nigéria e a Costa do Marfim, e lembrou que esforços estavam sendo feitos para lançar um plano semelhante para Myanmar, onde o governo criou uma série de reformas nesse sentido. O coreano informou que tem sido difícil encontrar capital para os países mais pobres, mas insistiu: “Mostraremos aos investidores que a energia sustentável é uma oportunidade que eles não podem perder”. Junto com o lançamento do plano, o Banco Mundial e as Nações Unidas também revelaram alguns avanços no campo da energia sustentável, como a conquista do programa brasileiro ‘Luz para Todos’, que atingiu o marco de 15 milhões de beneficiários, fazendo com que agora 99% da população do país tenha acesso à eletricidade. O lançamento do plano internacional faz parte da iniciativa Energia Sustentável para Todos (SE4ALL), que visa levar a toda a população mundial o acesso à eletricidade. “Oitenta e um países estão atualmente participando dessa iniciativa. Suas ações são complementadas pelas das companhias e associações privadas, assim como por grupos da sociedade civil. Continuaremos a trabalhar com interessados para levar energia sustentável a todos, para incentivar ações que transformam vidas”, concluiu Kandeh Yumkella, diretor executivo da SE4ALL. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=735863). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/banco-mundial-e-onu-lancam-plano-para-financiar-energia-renovavel/)

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03/12/2013 Exploração de gás de xisto no Paraná preocupa ambie ntalistas por Marco Aurélio Weissheimer, da Carta Maior

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/extracao-de-gas-natural__.jpg

A introdução do método “fracking” no Paraná para a produção de energia a partir da exploração de reservas de gás que exigem esse método para sua extração preocupa ambientalistas e técnicos da área de energia. O “fracking” ou fraturamento hidráulico (também conhecido pelos nomes de gás de xisto, gás extraído por processo não convencional ou “shale gas”) é considerado um dos processos de produção de energia mais agressivos ambientalmente e está proibido em vários países do mundo. Ele consiste de uma fórmula contendo 609 componentes químicos (alguns deles radioativos) que são injetados no subsolo, sob a pressão de 5 mil atmosferas para fazer o metano se desprender do solo. Antes da injeção desse coquetel químico são realizadas violentas explosões no subsolo para quebrar as rochas sedimentares. Em um artigo intitulado “Copel ignora riscos ambientais e socioeconômicos do fracking para gerar energia no Paraná”, Zuleica Nycz e Ivo Pugnaloni advertem para os graves problemas ambientais e econômicos que essa atividade pode causar na região. Zuleica Nycz é diretora da Toxisphera Associação de Saúde Ambiental, ex-conselheira do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e representante do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Sustentável na Comissão Nacional de Segurança Química, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente. Ivo Pugnaloni é engenheiro eletricista, ex-diretor de Planejamento e de Distribuição da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e presidente do Grupo Enercons Consultoria em Energias Renováveis. Pino Solanas denuncia “fracking” na Argentina O texto aponta os problemas que estão sendo enfrentados na província argentina de Neuquén, uma região produtora de maçãs que, em função da contaminação dos lençóis freáticos, estão proibidas de entrar na Europa. O mesmo ocorre com produtos de origem animal da região. O cineasta argentino Fernando Pino Solanas fez um documentário para denunciar as consequências do “fracking” no interior da Argentina. “La Guerra del fracking” foi filmado em Neuquén e mostra os efeitos da exploração de petróleo na região por meio do método do faturamento hidráulico. O Papa Francisco I posou para fotógrafos exibindo uma camiseta da campanha contra o “fracking” durante encontro que manteve com Pino Solanas este mês. E anunciou que boa parte de sua próxima encíclica será dedicada a problemas ambientais no planeta. Zuleica Nycz e Ivo Pugnaloni denunciam que o “fracking”, produção de energia elétrica a partir de depósitos residuais de óleo e gás em poços de curta vida útil, representa “um método devastador para o solo, ar, as aguas superficiais, subterrâneas, que afetará a segurança dos grupos indígenas e das unidades de conservação, ameaçando igualmente e de forma devastadora toda a economia baseada nas atividades agroindustriais no Estado do Paraná”. No dia 28 de novembro, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizará um leilão no Rio de Janeiro envolvendo áreas de 169 mil quilômetros quadrados no Oeste do Paraná, a região mais rica do Estado em termos de agricultura, avicultura e suinocultura. Uma armadilha está sendo preparada para explodir nesta área, que é maior do que o Rio de Janeiro e Pernambuco juntos, adverte o artigo. Método é proibido por lei na França O método do “fracking” e seus efeitos sobre o meio ambiente, acrescentam os autores, são conhecidos há mais de 40 anos. Em 2005, o então presidente dos Estados Unidos, George Bush, valeu-se do clima de terror alimentado a partir dos atentados de 11 de setembro e do fantasma da escassez de energia para

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editar a Lei das Exceções, que isentou as empresas produtoras que utilizassem o “fracking” de cumprirem qualquer legislação ambiental sobre a qualidade da água e do ar. Esse tipo de isenção, alertam Nycz e Pugnaloni, “já pode ser operacionalizado no Brasil por meio da Lei Complementar 140/2011, que em seu artigo 7º permitiria, segundo a vontade da União, retirar dos órgãos ambientais, tanto do Ibama quanto dos órgãos estaduais, a competência para licenciar esse tipo de processo”. O artigo aponta ainda que esse método de exploração de gás e petróleo já é proibido por lei na França, na Bulgária, na Irlanda, na Irlanda do Norte e está sendo questionado em praticamente todos os países da Europa. Foi graças à pressão da sociedade, acrescenta, que o primeiro-ministro francês, François Hollande, fez aprovar na Assembleia Nacional uma lei estabelecendo a moratória do “fracking” no país. Na Inglaterra, Romênia, Holanda, Espanha, Canadá, Costa Rica e Estados Unidos também há campanhas e mobilizações em curso com o mesmo objetivo. No caso do Paraná, haveria mais um fator agravante: a área visada para a exploração, num polígono formado pelas cidades de Pitanga, Paranavaí, Toledo e Cascavel, fica situada bem próxima do Aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce do mundo. Água da torneira pegando fogo Nos Estados Unidos, assinalam Nycz e Pugnaloni, agricultores de estados como Pensilvânia, Arizona, Ohio e Colorado lamentam o fato de terem caído no canto da sereia que acenou com uma suposta sorte grande de “ter petróleo na minha terra”. Quando passaram a ver seus rios e a água de suas torneiras pegando fogo viram que estavam com um sério problema nas mãos. Um dos efeitos colaterais desse tipo de exploração é a contaminação dos lençóis freáticos e aquíferos com metano. Após as explosões, o gás sobe do fundo da terra para a superfície e mistura-se com a água dos poços das casas. Além disso, os efeitos da ingestão do metano diluído em água podem causar sérios problemas de saúde envolvendo o sistema nervoso central, fígado e coração. Os críticos do método denunciam que ele já foi responsável por várias mortes e internamentos antes que esses vazamentos do solo para a água fossem descobertos, uma vez que o metano é inodoro, insosso e incolor. O assunto já virou tema de filme também nos Estados Unidos: “A Terra Prometida” (Promised Land, EUA, 2012), dirigido por Gus van Sant, conta a história de dois funcionários de uma grande corporação da área de energia que desembarcam em uma pequena cidade rural dos EUA, para tentar negociar com os moradores os direitos de perfuração de suas propriedades para a exploração de gás natural. A salvação oferecida pela grande corporação está baseada, porém, em um polêmico processo de extração de gás natural: o “fracking”. O tema parece ter desembarcado definitivamente também ao Brasil. * Publicado originalmente no site Carta Maior(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Exploracao-de-gas-de-xisto-no-Parana-preocupa-ambientalistas/3/29582). Fonte: Carta Maior/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/exploracao-de-gas-de-xisto-parana-preocupa-ambientalistas/)

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05/12/2013 Agência da ONU enfatiza necessidade de garantir des envolvimento industrial sustentável e inclusivo por Redação da ONU Brasil

Fazenda de energia eólica na Dinamarca.

Foto: ONU/Eskinder Debebe Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/energiaeolica.jpg

Garantir o desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo é primordial para a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), de acordo com o novo quadro de prioridades da agência divulgado esta semana. Há quase 40 anos, os Estados-membros adotaram a Declaração de Lima sobre o Desenvolvimento Industrial e Cooperação – cujo objetivo era aumentar a participação mundial da produção industrial dos países em desenvolvimento e abrir o caminho para que a UNIDO pudesse se tornar uma agência especializada da ONU. Na segunda-feira (2), a UNIDO adotou a Nova Declaração de Lima(http://www.unido.org/fileadmin/user_media_upgrade/Media_center/2013/News/GC15/UNIDO_GC15_Lima_Declaration.pdf), que salienta a importância do desenvolvimento industrial inclusivo e sustentável como base para o crescimento econômico contínuo. “Apesar de integrar de forma equilibrada todas as três dimensões do desenvolvimento sustentável – econômico, social e ambiental -, acreditamos que as medidas eficazes para o desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo devem englobar o reforço das capacidades produtivas de forma que sustentem a transformação estrutural da economia, encorajem o crescimento econômico – criando empregos decentes -, aumentem a produtividade e o desenvolvimento, a transferência e absorção de tecnologia e apoiem as pesquisas relacionadas ao desenvolvimento”, afirma o documento. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-monn, disse na abertura da Conferência Geral da UNIDO que o mundo enfrenta a desigualdade, a volatilidade e a incerteza. “Nós vemos a rápida urbanização. O crescimento da população mundial significa que precisamos produzir mais bens e serviços, utilizando cada vez menos recursos e gerando cada vez menos resíduos e poluição”. Segundo o diretor-geral da UNIDO, Li Yong, o documento é uma manifestação de apoio e confiança dos Estados-membros na agência, enfatizando a experiência crítica da UNIDO na área de desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo e na formação de novas parcerias para o desenvolvimento. * Publicado originalmente no site ONU Brasil(http://www.onu.org.br/agencia-da-onu-enfatiza-necessidade-de-garantir-desenvolvimento-industrial-sustentavel-e-inclusivo/). Fonte: ONU Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/agencia-da-onu-enfatiza-necessidade-de-garantir-desenvolvimento-industrial-sustentavel-e-inclusivo/)

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05/12/2013 Cientistas alertam sobre efeitos severos do aquecimento global por Fernanda B. Müller, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/relatorio1.jpg

Um novo relatório ressalta que os impactos das mudanças climáticas podem ser abruptos e que são necessárias mais pesquisas para conhecer os ‘pontos sem retorno’, além da criação de um sistema de alerta As mudanças climáticas têm desencadeado temores que, dentro de algumas décadas ou mesmo anos, a atmosfera, os oceanos e a superfície terrestre sofram modificações sistemáticas, deixando pouco tempo para que a sociedade e os ecossistemas se adaptem. Um novo relatório(http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=18373) do Conselho Nacional de Pesquisas, dos Estados Unidos, sugere que mesmo alterações graduais no sistema climático podem ter impactos abruptos – por exemplo, na infraestrutura humana e nos ecossistemas – se limiares críticos forem ultrapassados. Assim, sistemas de alerta precisam ser desenvolvidos para ajudar a sociedade a prever mudanças súbitas e impactos emergentes.

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“Pesquisas nos ajudaram a começar a distinguir ameaças mais iminentes daquelas que tem menor probabilidade de acontecer neste século”, comentou James W.C. White, professor de Ciências Geológicas da Universidade de Colorado, Boulder, e presidente do comitê que escreveu o relatório. “Avaliar as mudanças climáticas e os impactos em relação à sua magnitude potencial e à probabilidade de materialização ajudará os legisladores e comunidades a tomarem decisões informadas sobre como se preparar ou se adaptar a elas”. Alterações abruptas e os impactos já atuantes são o que mais preocupa imediatamente, coloca o relatório, como o desaparecimento do gelo no final do verão ártico e o aumento nas taxas de extinção de espécies marinhas e terrestres. Outros cenários, como a desestabilização das geleiras no oeste da Antártica, têm consequências potencialmente enormes, mas a probabilidade de ocorrerem no próximo século não é bem compreendida, enfatizando a necessidade de mais pesquisas. Em alguns casos, o conhecimento científico evoluiu o suficiente para determinar se certos impactos significativos devem ocorrer no próximo século. O estudo nota que agora se sabe que eventos como a estagnação dos padrões de circulação oceânica no Atlântico ou uma liberação rápida de metano do permafrost (solo congelado) em altas latitudes ou do gelo submerso são improváveis neste século – mas continuam preocupantes em longo prazo. Entretanto, mesmo mudanças no sistema físico-climático que acontecem gradualmente, ao longo de muitas décadas ou séculos, podem causar alterações ecológicas e socioeconômicas a partir do momento em que o ‘ponto sem retorno’ (‘tipping point’) for alcançado.

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/eventosclimaticos.jpg

Por exemplo, o aumento do nível dos oceanos, mesmo que relativamente lento, pode afetar diretamente a infraestrutura local, como estradas, aeroportos, dutos ou sistemas de metrôs. Um incremento suave na acidez ou na temperatura do oceano pode superar níveis além dos quais espécies não podem sobreviver, levando a mudanças irreversíveis e rápidas nos ecossistemas, que contribuem para ampliar os eventos de extinção. Mais pesquisas e o monitoramento dos sistemas climático, ecossistêmico e social devem ajudar a fornecer informações sobre a iminência ou materialização do ‘ponto sem retorno’. “No momento, não sabemos identificar muitos destes limiares”, comentou White. O relatório identifica várias pesquisas necessárias, como a identificação de espécies chave, que no caso de um declínio populacional teriam efeitos em cascata sobre os ecossistemas e as provisões humanas. Se a sociedade espera prever estes ‘pontos sem retorno’, é necessário o desenvolvimento de um sistema efetivo de alerta para mudanças abruptas, nota o relatório, o que incluiria um monitoramente cauteloso e

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vigilante. Além disso, seria preciso aproveitar os sistemas de satélite existentes e modificá-los se necessário, ou criar novos sistemas quando viável. O Conselho Nacional de Pesquisa é a principal agência operacional da Academia Nacional de Ciências e da Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/mudancas_climaticas1/noticia=735890). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/cientistas-alertam-sobre-efeitos-severos-aquecimento-global/)

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05/12/2013 Avanços no estudo sobre conversão de biomassa em et anol celulósico por Luiz Paulo Juttel

Workshop no CTBE aborda pesquisas em áreas como produção de enzimas e leveduras para etanol celulósico e genômica de fungos

Foto: CTBE Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/fotos/2013/49/foto_dentro18323_1.jpg

Agência FAPESP – As primeiras plantas industriais de produção de etanol de segunda geração devem entrar em operação no Brasil a partir de 2014, em escala comercial ou de demonstração de tecnologia. A expectativa é que produzam de 3 a 82 milhões de litros de combustível por ano, colocando à prova os esforços dos cientistas de todo o globo para desenvolver um processo eficiente de quebra da biomassa em açúcares capazes de serem fermentados em etanol. Os principais desafios científicos e tecnológicos da produção em escala do etanol celulósico foram tema de workshop promovido pelo Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas. O Second Generation Bioethanol 2013: Enzymatic Hydrolysis, apoiado pela FAPESP(http://www.bv.fapesp.br/pt/auxilios/82195/second-generation-bioethanol-2013-enzymatic-hydrolysis/), reuniu mais de 130 profissionais para debater temas como hidrólise enzimática, relações entre estrutura e função de enzimas, aspectos relacionados a bioprocessos, metagenômica aplicada a biocombustíveis, produção de proteínas, transdução de sinal em fungos filamentosos, fermentação de pentoses por leveduras, evolução molecular de enzimas e novas fontes de energia. Os grandes gargalos do setor continuam sendo o alto custo e a baixa eficiência dos coquetéis enzimáticos, este último causado por diversos inibidores da reação. Os próprios componentes da biomassa interferem na reação de hidrólise. “O bagaço de cana é um material muito heterogêneo, contempla celulose, hemicelulose e lignina, um composto que transpassa a fibra e inibe a atividade enzimática”, disse André Ferraz, pesquisador da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo (USP). Apesar da complexidade do processo, avanços significativos foram obtidos nos últimos anos. Neil Brown, pesquisador da USP de Ribeirão Preto, destacou o aumento considerável de dados genômicos ligados a microrganismos que secretam enzimas com potencial para degradar a biomassa, assim como a ampliação do conhecimento sobre sistemas de ação relacionados à produção dessas enzimas e o uso em larga escala de abordagens “ômicas”, como metagenômica e proteômica. “Para continuar a avançar nas pesquisas, precisamos de sistemas de biologia computacional que combinem dados dessas diversas abordagens em modelos que contribuam para a criação de sistemas enzimáticos mais eficazes. No Reino Unido, quem trabalha com bioinformática atualmente possui uma longa lista de cientistas desejando a sua atenção”, comentou Brown. Na área de genômica, Igor Grigoriev, do DOE Joint Genome Institute, dos Estados Unidos, abordou o projeto 1000 Fungal Genome (http://genome.jgi.doe.gov/programs/fungi/1000fungalgenomes.jsf). A iniciativa agrega diversas instituições norte-americanas em torno do sequenciamento de 1000 espécies de fungos até 2016. Esses microrganismos são os principais secretores de enzimas que degradam a biomassa em açúcares que podem ser utilizados para a produção de biocombustíveis e outros produtos de alto valor agregado.

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Química e biomassa A edição deste ano do workshop Second Generation Bioethanol contemplou novas sessões sobre estudos com leveduras capazes de converter açúcares de cinco carbonos em etanol. As leveduras industriais atuais não conseguem fermentar tais compostos presentes na biomassa lignocelulolítica, como xilose ou galactose. Entretanto, estes representam mais de 30% dos açúcares presentes na biomassa de cana. Yong-Su Jin, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, mostrou resultados de estudos com modificações genéticas em espécies de Saccharomyces cerevisiae com o propósito de metabolizar pentoses. O grupo introduziu na levedura genes para a fermentação de celobiose e xilose. Outra espécie foi modificada para cofermentar o aceto, um coproduto da reação anterior. As espécies modificadas obtiveram resultados expressivos na fermentação simultânea dos compostos. “Nossos resultados sugerem que a cofermentação simultânea de inúmeros açúcares é uma estratégia promissora para produzir combustíveis e substâncias químicas a partir de biomassa”. Ao final do workshop, os coordenadores do evento e pesquisadores do CTBE Gustavo Goldman, Juliana Velasco de Oliveira e Fábio Squina destacaram que um dos maiores desafios do Brasil na área é também sua principal solução. “O nosso país possui uma matéria-prima que produz grandes volumes de biomassa, assim como um complexo industrial de produção de etanol de primeira geração otimizado. Isso representa uma vantagem competitiva perante outros países, ao mesmo tempo em que obriga a futura tecnologia de segunda geração a ser mais eficiente do que a desenvolvida em nações concorrentes”, disse Goldman. Os três pesquisadores coordenam linhas de pesquisa no CTBE que combinam abordagens “ômicas”, como genômica funcional, metagenômica, transcriptômica e proteômica. Tecnologias de alto desempenho são empregadas para a descoberta de enzimas com aplicação biotecnológica e a compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na conversão da biomassa vegetal por sistemas enzimáticos. “Como consequência desses estudos, temos disponibilizado à comunidade científica uma coleção de enzimas recombinantes com amplas aplicações biotecnológicas, provenientes de diversas fontes, como microrganismos hipertermofílicos, cupins, metagenoma de solo, fungos filamentosos e genes sintéticos”, detalhou Squina. Além de publicações científicas, o grupo depositou algumas patentes (http://www.bioetanol.org.br/interna/index.php?pg=OTE=) nos últimos anos. Fonte: Agência FAPESP > Notícias(http://agencia.fapesp.br/18323)

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06/12/2013 Emissões de CO 2 serão reduzidas e compensadas em Fernando de Noron ha por William Kelba Ramos, do Governo PE

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/FernandodeNoronha.jpg

Reduzir e compensar todos os impactos ambientais geradores de CO2 e se tornar um território de carbono neutro. Esse é o objetivo do arquipélago de Fernando de Noronha. Na ilha, a aviação é responsável por 55% das emissões dos gases causadores do efeito estufa, seguida pela energia, com 31%, e o transporte interno, com 8%. Entre as iniciativas para a diminuição destes impactos estão a coleta seletiva dos resíduos sólidos, transporte coletivo com veículos híbridos, conscientização dos turistas e disponibilização de bicicletas elétricas movidas a energia solar, além de acordos para que empresas aéreas usem biocombustíveis nas viagens para a ilha. Sérgio Xavier, Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, estado que administra o arquipélago, destaca as ações previstas para acontecerem já em 2014, como a implementação de energias renováveis. “A nossa meta é até 2019 conseguir neutralizar todas emissões da ilha. Algumas ações já vão ser implantadas imediatamente. No começo do ano vamos inaugurar a primeira usina solar, no meio do ano que vem a segunda usina solar também entra em operação isso vai representar uma redução de 15% do uso de energia a óleo na ilha. Também estão sendo implantados dois aerogeradores que vão garantir energia à todos os prédio públicos da ilha, isso representa 5% do consumo de energia a óleo”. Sérgio Xavier também aponta as soluções para os casos em que não há possibilidades de redução. “Naqueles casos onde não dá para reduzir, fazer a compensação. Hoje, se nós fossemos compensar todas as emissões da ilha, que representam 35 mil toneladas de CO2 equivalentes por ano nós teríamos que plantar cerca de 130 hectares de mata atlântica todos os anos. Portanto é um desafio que não é pequeno, apesar da ilha ter cerca quatro mil habitantes. E destacar que a humanidade tem um grande desafio de fazer as reduções e compensações em escala global”. Fernando de Noronha é um arquipélago formado por 21 ilhas, localizadas a 543 quilômetros da costa brasileira. Em 2001 foi declarado pela UNESCO como sítio do patrimônio mundial natural.

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* Publicado originalmente no site do Governo do Estado de Pernambuco e retirado do site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=735902). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/emissoes-de-co2-serao-reduzidas-e-compensadas-em-fernando-de-noronha/)

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06/12/2013 Limite de 2ºC para aquecimento é alto demais para e vitar efeitos das mudanças climáticas por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/grafico.jpg

Segundo um novo estudo(http://pubs.giss.nasa.gov/abs/ha08510t.html) de 18 pesquisadores climáticos renomados, a meta de limitar o aquecimento global a 2ºC Celsius, estabelecida durante as negociações climáticas de 2009 em Copenhagen, pode ser alta demais para evitar os impactos mais preocupantes das mudanças climáticas. De acordo com os autores, um limite melhor seria metade disso, ou seja, 1ºC. Além disso, os cientistas afirmaram que a quantidade aceitável de emissões estabelecida pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) também está errada. A pesquisa, liderada por James Hansen, da Universidade de Colúmbia, concluiu que a quantia de um trilhão de toneladas métricas do IPCC faria com que a atmosfera se aquecesse duas vezes o limite internacional, ou quatro vezes mais do que o novo estudo afirma que deveria ser. Infelizmente, os cientistas sugerem que, devido às atuais negociações climáticas, mesmo a meta de 2ºC pode não ser alcançada. Visto que o planeta já está 0,8ºC mais quente, parece impossível aos pesquisadores manter apenas 1ºC de aquecimento. Isso porque, para manter esse limite, as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) teriam que ser reduzidas em 6% ao ano já a partir de 2013, o que resultaria em 500 bilhões de toneladas métricas (551, 16 bilhões de toneladas) de carbono acumulado na atmosfera até o final do século. Contudo, se as emissões continuarem a aumentar até 2020, essa redução teria que ser de 15% ao ano para atingir 500 bilhões de toneladas métricas apenas no final do século. “A enorme infraestrutura de energia de combustíveis fósseis atualmente em vigor torna praticamente certo que o limite de 500 [bilhões de toneladas métricas] será excedido”, colocaram os autores. Os cientistas esperam que essa pesquisa possa servir como base para uma futura ação jurídica contra os governos por não conseguirem reduzir as emissões e proteger as gerações futuras. “Continuar as altas emissões de combustíveis fósseis, dado o atual conhecimento das consequências, seria um ato de extraordinária injustiça entre as gerações”, observa o estudo. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/mudancas_climaticas1/noticia=735901).

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Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/limite-de-2oc-para-aquecimento-e-alto-demais-para-evitar-efeitos-das-mudancas-climaticas/)

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10/12/2103 Gás de xisto no Brasil: os problemas que se avizinh am por Raul do Valle, do ISA Na última quinta (05/12), houve uma excelente audiência pública, convocada pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, para discutir a exploração de “gás de xisto” no país, cujo pontapé inicial foi dado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na semana retrasada, após malandramente dar um “drible da vaca” no Ministério Público Federal. Diferentemente da audiência ocorrida alguns meses atrás no Senado, esta contou com representantes da área ambiental do governo federal (Ministério do Meio Ambiente e Agência Nacional de Águas), além dos representantes da ANP e da Petrobrás (grande vencedora do leilão da semana retrasada). Contou ainda com representantes da academia e da sociedade civil organizada, o que ajudou a qualificar o debate. O representante da ANP fez duas correções semânticas ao debate que vem ocorrendo na sociedade. A primeira, de que na verdade se trata de “gás de folhelho”, e não de “xisto”, como vem sendo impropriamente falado por nós, leigos. São duas formações geológicas distintas e todos deveríamos saber disso. O geólogo Luiz Fernando Scheibe, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no entanto, nos tranquilizou: embora seja verdade que a formação na qual será usado o faturamento hidráulico (fracking) no Brasil é o folhelho, o termo “gás de xisto” já se popularizou e não há porque abandoná-lo. O importante é que todos saibamos sobre o que estamos falando. E foi nesse ponto que a segunda correção semântica trazida pela ANP desperta alguma preocupação. Foi afirmado na audiência que a licitação ocorrida prevê que o ganhador da concessão de cada bloco tem direito (e o dever) à “exploração” do gás de xisto, mas que esse termo, no jargão dos petroleiros, não tem o mesmo significado da linguagem comum. Exploração significaria, na verdade, “pesquisa”. Retirar o gás seria, na verdade, “produção”. Segundo Luciano Teixeira, da ANP, essa exploração é necessária para que tenhamos dados das bacias sedimentares nas quais se localiza o gás de forma a, daqui a uma década, poder decidir-se sobre sua efetiva produção. Por alguns minutos vários respiraram aliviados: estaríamos, felizmente, fazendo uma tempestade num copo d’agua? Estaríamos apenas na fase de pesquisas, coleta de dados, para tomar uma decisão madura mais adiante? Todos esses bons sonhos desapareceram quando uma questão singela foi feita ao advogado da ANP presente à audiência: se estamos tratando apenas de pesquisa, uma vez encontrado o gás e tomada a decisão de que é possível explorá-lo (ou produzi-lo), terá de haver novo leilão? Não. Então terá de haver uma nova autorização pela ANP para a produção? Sim. Essa autorização pode ser negada pela ANP em função dos riscos ambientais mesmo que exista gás no bloco concedido? Não se sabe. O fato é que os concessionários ganharam o direito à exploração, desde que exista o gás, obviamente. Não tem nada no edital que diga que eles vão simplesmente fazer pesquisas e levantar dados para, em algum momento do futuro, saber se poderão produzir. O leilão ocorreu como todos os anteriores, na regra vigente: se há gás, é teu e pode usá-lo. Se o edital tivesse tido o cuidado de dizer que, nesse caso, não há direito adquirido, que a produção do gás não convencional está sujeito a outra autorização, futura e incerta, boa parte dos problemas poderiam ter se resolvido. Só que não foi assim. Tanto que o advogado da ANP admitiu que, caso a agência não dê autorização para a produção, os concessionários poderiam ter “algum sucesso” em ações de indenização por lucro cessante. Ou seja: a sociedade pagaria a essas empresas para que elas não colocassem os aquíferos de água em risco! Esse é apenas um dos riscos que se avizinham, o financeiro. Mas o que assusta mesmo são os riscos ambientais e, consequentemente, sociais. Embora os representantes da ANP e da Petrobrás tenham tentado minimizar os impactos desse tipo não convencional de exploração de gás, eles são óbvios, e muito bem documentados. Foi dito que hoje já se faz fraturamento hidráulico em explorações “convencionais”, para “estimular” a produção, o que tornaria a técnica corriqueira. Só que não foi dito que, nas explorações convencionais, feitas em bolsões de gás, os poços são espalhados em alguns quilômetros de distância um do outro, e duram vários anos no mesmo lugar. Já na exploração do xisto, não só o processo de “estímulo” é muito mais severo, como os poços são muitíssimo mais próximos uns dos outros. E, além disso, como a produção declina em poucos anos (o pico ocorre até o segundo ano), essa é uma exploração itinerante, que precisa se deslocar com frequência, criando uma paisagem como a mostrada na foto abaixo, de uma região em exploração nos Estados Unidos.

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Foto de região com exploração de gás de xisto nos EUA

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/xisto.jpg Isso faz com que os problemas convencionais da produção de gás se multipliquem em muitas vezes, e o principal é a contaminação de água. O professor da UFSC, estudioso do aquífero Guarani, deixou claro que a exploração intensiva com fraturamento hidráulico (injeção de água misturada com areia e químicos, a altíssima pressão, nos poços perfurados) pode não só criar novas, como reabrir fraturas naturais existentes na rocha que permitiriam o gás entrar em contato com a água, contaminando as reservas subterrâneas. E isso pode ocorrer não só no aquífero Guarani, mas em diversos outros aquíferos situados na área de influência dos blocos leiloados, tão ou mais importantes para o uso humano que aquele. Não há porque o Brasil se aventurar nesse tipo de exploração apenas porque os EUA já o fazem. Nossa situação é muito distinta. Temos muitas outras fontes, muitas delas subaproveitadas. Em vez de importar uma tecnologia altamente impactante, poderíamos investir todo esse esforço em desenvolvimento nacional de tecnologia solar por exemplo. Mas, independente disso, precisamos de estudos sistematizados para orientar onde e como seria possível a exploração. Uma moratória e a criação de um espaço público para análise e discussão dos dados, que levem a uma Avaliação Ambiental Estratégica, são fundamentais. Para ver as apresentações feitas na audiência da semana passada, clique aqui(http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cmads/audiencias-publicas/audiencia-publica-2013/05-12-2013-a-exploracao-do-xisto-em-territorio-nacional-e-seus-efeitos-sobre-o-meio-ambiente/apresentacoes). * Publicado originalmente no site Instituto Socioambiental(http://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-ppds/gas-de-xisto-no-brasil-os-problemas-que-se-avizinham). Fonte: Instituto Socioambiental/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/gas-de-xisto-brasil-os-problemas-que-se-avizinham/)

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11/12/2013 Avaliação com 90 especialistas prevê elevação do ní vel do mar de até 1,2 metro até 2100 por Fernanda B. Müller, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/graficoniveldomar.jpg

Um novo estudo publicado no periódico Quaternary Science Reviews(http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0277379113004381) sugere que as estimativas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) para o aumento do nível do mar são, na verdade, conservadoras. Reunindo 90 especialistas dentre os cientistas mais ativos na publicação de artigos sobre o assunto, o estudo compilou as suas avaliações probabilísticas do aumento do nível do mar entre 2100 e 2300 sob dois cenários de temperatura. Um deles, considerando a concretização de medidas para mitigação das mudanças climáticas, limita o aquecimento a dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e apresenta uma temperatura que retrai lentamente após 2050. O aumento no nível do mar nesta situação seria de entre 40 e 60 centímetros até 2100 e 60 cm a um metro até 2300. Já no cenário de alto aquecimento (4,5º C até 2100 e 8ºC até 2300), o mar poderia subir entre 70 cm e 1,2 metro neste século e dois a três metros nos próximos três séculos. Isso colocaria em jogo a sobrevivência de algumas cidades costeiras e ilhas. O mais recente relatório do IPCC prevê que, em um cenário com alto nível de emissões, o nível do mar subiria entre 52 e 98 cm até 2100. Em um cenário com reduções fortes nas emissões de GEEs, o aumento seria de 28 a 61 cm. No ritmo em que as negociações internacionais para um novo acordo climático estão avançando, fica difícil de acreditar que a meta de aquecimento de dois graus Celsius seja alcançada, portanto, o cenário não parece muito promissor. Grandes incertezas ainda cercam as projeções sobre o aumento do nível do mar devido às dúvidas sobre o aquecimento futuro e a uma compreensão incompleta dos processos complexos e mecanismos de feedback que causam a subida das águas. Consequentemente, os modelos atuais produzem uma gama de estimativas até mesmo para cenários que consideram as mesmas temperaturas da atmosfera, explicam os pesquisadores, justificando a importância de um estudo reunir projeções variadas.

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Imagem: Aumento do nível do mar ao longo do período 2000-2100 para dois cenários de aquecimento. A amplitude mostra a média estimada por todos os especialistas. Para efeito de comparação, são apresentadas projeções realizadas pela NOAA em 2012 (linhas pontilhadas) e pelo IPCC (barras à direita). * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/mudancas_climaticas1/noticia=735924). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/avaliacao-com-90-especialistas-preve-elevacao-nivel-mar-de-ate-12-metro-ate-2100/)

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11/12/2013 Problemas das zonas urbanas vão ficar ainda mais cr íticos em 2020 por Luciene de Assis, do MMA

Foto: http://www.shutterstock.com/

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/shutterstocktransitocapa.jpg Para o MMA, em pouco mais de uma década 90% dos brasileiros viverão nas cidades Até 2020, 90% dos brasileiros viverão nas cidades, agravando ainda mais os problemas de mobilidade urbana, segurança, fornecimento de energia elétrica, água potável, esgotamento sanitário e moradia. A informação foi prestada, na tarde dessa terça-feira (10), pela secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Mariana Meirelles, durante o Seminário sobre Construção Sustentável, realizado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. O setor da construção civil, segundo Mariana Meirelles, emprega, hoje, 3,3 milhões de trabalhadores formais e movimenta cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “Mas, por outro lado, responde por 50% a 70% dos resíduos gerados pelas obras, consome de 15% a 50% de recursos naturais e 54% de energia elétrica somente na fase de produção”, alertou. Preocupação Na exposição, a secretária disse que a preocupação do MMA é desenvolver uma cultura em que a sustentabilidade seja considerada essencial, tendo por base a segurança no trabalho, a ecoeficiência hídrica e energética, a geração de resíduos sólidos e a adoção de compras sustentáveis associadas aos grandes investimentos do setor da construção civil. “O melhor, hoje, é a incorporação dos critérios de sustentabilidade, que orientam, principalmente, o programa habitacional do governo federal, o Minha casa, minha vida”, ilustrou. Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Ney Maranhão, no que se refere a resíduos sólidos na construção civil, a competência é garantir a sustentabilidade dos recursos naturais e sua regeneração. Maranhão acredita que o crescimento desordenado das cidades dificulta o acesso das pessoas a melhores condições de vida, pois o adensamento populacional em áreas frágeis faz aumentar as ondas de calor, reduz a qualidade do ar, da água, e gera impactos ambientais, sociais, econômicos, e culturais negativos. “Afeta, inclusive, a segurança pública, a cidadania e a prevenção a catástrofes naturais”, insistiu. O problema é tão sério, disse a representante do Ministério das Cidades, Carolina Baima, que, hoje, 28% da população do País vivem em favelas em total precariedade. Segundo ela, o Brasil é o segundo maior poluidor da América Latina. Na sua opinião, uma das soluções para o problema da construção civil passa pela busca da sustentabilidade, restaurando e mantendo a harmonia entre os ambientes, considerando as questões ambientais, econômicas, sociais e culturais para garantir qualidade de vida às pessoas nas cidades.

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* Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente(http://www.mma.gov.br/informma/item/9858-problemas-das-zonas-urbanas-v%C3%A3o-ficar-ainda-mais-cr%C3%ADticos-em-2020). Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/sociedade/problemas-das-zonas-urbanas-vao-ficar-ainda-mais-criticos-em-2020/)

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13/12/2013 Rio vai cumprir a lei e acabar com lixões até 2014, diz Minc por Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-13/minc-promete-que-estado-do-rio-vai-cumprir-lei-e-acabar-com-lixoes-ate-2014)

Carlos Minc, secretário do ambiente do Rio de Janeiro (RJ).

Foto: Marcello Casal Jr./Abr Fonte: http://www.ebc.com.br/sites/default/files/styles/large/public/carlos-minc.jpg

Rio de Janeiro – O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse hoje (13) que o estado deve ser o primeiro do país a acabar com os lixões, o que está previsto para ocorrer no próximo ano. Ele apresentou, nesta sexta-feira, o balanço de 2013 do Programa Coleta Seletiva Solidária, da Secretaria de Estado do Ambiente, que reuniu cerca de 180 pessoas, entre representantes de prefeituras, cooperativas de catadores de lixo e agentes ambientais. “Em 2014 vamos acabar com todos os lixões do estado. Talvez seremos o primeiro estado do Brasil a cumprir a lei, segundo a ministra [do Meio Ambiente] Izabella Teixeira”, adiantou Minc. Segundo ele, no entorno da Baía de Guanabara já foram fechados todos os grandes lixões, citando Itaoca, em São Gonçalo, na região metropolitana; e Babi, em Belford Roxo, e Gramacho, em Caxias, ambos na Baixada Fluminense. “Em matéria de lixão, em seis anos, invertemos de 90% do lixo em lixões para 10%, e os 10% de lixo em aterros, para 90%”, assegurou De acordo com ele, o Rio de Janeiro deu um grande salto com o fechamento dos lixões e a abertura de aterros sanitários para substituí-los. No entanto, como ocorre segundo ele em todo o Brasil, está atrasado na coleta seletiva e na reciclagem. “Do ponto de vista da reciclagem, nesses mesmos anos, passamos de 1% de coleta seletiva domiciliar para 3%. Ou seja, 95% das residências ainda não fazem a separação e a coleta seletiva”, admitiu Minc. Durante o evento, foram avaliadas duas estratégias para solucionar o problema da coleta seletiva e reciclagem no estado. A primeira sugestão da secretaria é apoiar os municípios a organizarem a coleta seletiva, dividindo as cidades por bairros, fazendo galpões, organizando a distribuição de material reciclado para as cooperativas e conseguindo transportes. A outra proposta é apoiar as cooperativas, qualificando os catadores, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Ministério do Trabalho, porém com recursos e orientação do órgão estadual. Além disso, a secretaria disponibilizaria às cooperativas instrumentos, como compactadores e esteiras. No encontro, também foi abordada a hipótese das licenças estaduais e municipais concedidas às empresas agregarem uma condicionante ambiental. Nele, as empresas entregariam seu lixo reciclável às cooperativas de catadores, já que esse insumo é vital para a categoria. O Programa Coleta Seletiva Solidária foi criado em 2011, a fim de assessorar os municípios fluminenses na elaboração, implantação e acompanhamento da coleta seletiva, valorizando a categoria dos catadores de materiais recicláveis. Ao longo desses dois anos, a Secretaria de Estado do Ambiente apoiou ações em 60 prefeituras, qualificando mais de 60 cooperativas de catadores.

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“Essas ações estão em curso, mas vimos que é necessário um maior volume de recursos, mais setores das prefeituras envolvidos, orientar as empresas para que forneçam seu resíduo limpo. Essas medidas vão impulsionar para que o resultado da reciclagem atinja outra escala”, explicou Carlos Minc. Pela Lei 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados. Edição: Davi Oliveira Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0 Fonte: EBC > Notícias > Meio Ambiente(http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/12/minc-promete-que-estado-do-rio-vai-cumprir-a-lei-e-acabar-com-lixoes-ate)

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16/12/2013 TERRAMÉRICA – Um festival para o lixo por Fabiana Frayssinet*

Uma pequena parte do lixão de Bouwer.

Foto: Cortesia Bouwer Sin Basura Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/ArgentinaLixaoBouwer.jpg

Bouwer, Argentina, 16 de dezembro de 2013 (Terramér ica) – É tradição cada povoado ter uma festividade associada ao que mais o caracteriza. O povoado de Bouwer, na província de Córdoba, centro da Argentina, decidiu “comemorar” o lixo. O Primeiro Festival Provincial da Contaminação e Contra a Discriminação não é motivo de orgulho, mas instrumento de resistência de um município contra continuar sendo a “zona de sacrifício ambiental” de Córdoba. No festival, que está sendo organizado para o dia 22 de fevereiro, essa localidade de dois mil habitantes, 17 quilômetros ao sul da capital provincial, “terá assado com couro – prato típico de carne argentina – e vários artistas”, segundo os cartazes. Durante 28 anos, Bouwer foi conhecido por abrigar um lixão que acumulou, em oito locais sem membrana e outro de enterramento de altura, 12 milhões de toneladas de lixo da capital e municípios vizinhos. Após anos de luta, foi fechado em 2010, mas nunca foi “remediado” para reduzir seus impactos ambientais e sanitários, como pedem os moradores e a prefeitura local. “Além de afetar a qualidade de vida, o lixão ainda contamina a água, o solo, por escorrimento superficial, e a atmosfera, pelos gases emitidos”, disse ao Terramérica o assessor ambiental do município, Adolfo González. Mas o festival de contaminações tem outros convidados, disse ao Terramérica a encarregada de imprensa do movimento Bouwer Sin Basura (Bouwer Sem Lixo), Nayla Azzinnari. Um depósito judicial de veículos, um incinerador de lixo patogênico (já fechado), uma fundição de chumbo cuja chaminé aberta intoxicou, entre 1984 e 2005, dezenas de moradores, um carregamento de 12 toneladas de DDT e outros praguicidas perigosos que chegou também em 2005 e teve de ser retirado pelos protestos dos moradores, uma fossa com dejetos industriais tóxicos… E, como se não bastasse tudo isso, a constante aplicação de agrotóxicos que são lançados sobre as plantações vizinhas de soja, como no resto dos municípios rurais de Córdoba. “É um coquetel de contaminantes. Não podemos aceitar novas fontes”, protestou González. E Bouwer tem muito mais para seu festival. A municipalidade de Córdoba e o governo provincial instalarão um novo lixão, a 600 metros do primeiro, que receberia cerca de 2.500 toneladas diárias de resíduos dessa cidade e de municípios vizinhos. “Soa como piada. Tirar um lixão e trazer outro para o mesmo lugar”, opinou ao Terramérica outra integrante da Bouwer Sin Basura, Mónica Rescala. Na escola rural Cornelio Saavedra, próxima ao antigo lixão e a cerca de mil metros do novo, alunos, professores e mães como Rescala veem um vídeo que explica seus riscos. “Chamavam nossa atenção o cheiro e a quantidade de bichos na escola: ratos gigantes, moscas. Não podíamos trabalhar nesse ambiente insalubre”, contou ao Terramérica sua diretora, María Teresa Destéfanis. A instituição, em cruel ironia, não tem serviço de coleta de lixo.

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Em outubro, o prefeito Juan Lupi decretou estado de “emergência sanitária”. Entre 2000 e 2012, a mortalidade infantil de Bouwer foi de 22,01 mortes para cada mil nascidos vivos. A taxa, obtida a partir de nascimentos e mortes de seu Registro Civil, quase duplica a provincial, de 11,1 mortos para mil, em 2010. A mortalidade perinatal (bebês nascidos mortos ou falecidos na primeira semana de vida) foi de 25,27 para cada mil, duas vezes e meia maior do que a taxa da província. No entanto, não há estudos epidemiológicos a respeito. Também causa alarme a quantidade de doenças respiratórias e dermatológicas, câncer, abortos espontâneos, nascimentos prematuros. “Começamos a ver malformações em animais, que aconteceram em grande número em 2008: cães com lábio leporino, porcos que nasciam pelados, com a pança e os testículos cheios de água, gatos sem dedos, frangos sem patas”, descreveu Rescala. A Fundação para a Defesa do Meio Ambiente (Funam) alerta que viver perto de um lixão “é perigoso, porque seus gases podem provocar câncer de bexiga, estômago, fígado, próstata, pulmão, coluna cervical e útero, leucemia, alterações no desenvolvimento embrionário e fetal, menor peso dos bebês ao nascer e inclusive malformações”. Esses lixões “emitem majoritariamente metano e dióxido de carbono, além de outros compostos que incluem gases tóxicos e cancerígenos”, segundo a entidade.

Um dos muitos cartazes com que os moradores pressionaram e denunciaram a situação que vivem.

Foto: Cortesia Bouwer Sin Basura Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/ArgentinaCartazLixaoBouwer.jpg

“Nesses campos contaminados, carentes de membrana, nota-se a persistência dos resíduos, cujas substâncias voláteis, muitas delas tóxicas e cancerígenas, podem ser levadas pelo vento para lugares distantes. Além do mais, o cheiro é nauseabundo”, explica a Funam. Segundo González, está para ser aprovada a instalação de um “landfarming”, local para tratamento biológico de resíduos da indústria petroleira, a dois quilômetros e meio de Bouwer. Os alunos da escola desenham o que interpretaram do vídeo. “Não quero que haja lixo neste lugar”, disse Alan Serrano, de dez anos. “Vivendo no campo enorme, não há lugar para jogar futebol. Quero estar livre na rua, mas tenho que ficar em casa, e sempre com um pano para impedir a entrada de moscas e do mosquito da dengue”, lamentou. O informe que considerou “ótimas” as imediações de Bouwer para a instalação do novo lixão esteve a cargo da Universidade Nacional de Córdoba, a pedido do governo municipal da capital provincial. Mas o secretário de Ciência e Tecnologia dessa universidade, Joaquín Navarro, esclareceu ao Terramérica que se trata apenas “da primeira parte do estudo”. “A segunda parte, sobre os aspectos socioambientais específicos das zonas trabalhadas pelas equipes nos territórios, está em sua etapa final, estão sendo feitas as correções do rascunho já revisado pela municipalidade”, detalhou. Porém, nessa primeira parte fica claro que Bouwer é um lugar muito vulnerável no panorama cordobês. Seu desemprego e analfabetismo estão entre os mais altos, 63,3% de sua população não têm cobertura de saúde – a maior proporção entre as localidades estudadas – e quase 24% de seus habitantes vivem com necessidades básicas insatisfeitas. Enquanto setores acadêmicos e governamentais analisam esse informe, e nos bastidores se justifica que “em algum lugar é preciso jogar o lixo”, os moradores de Bouwer sabem que há outras soluções. “Que todos

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se conscientizem e comecem a reciclar”, afirmou Rescala, que recicla quase 100% de seus resíduos, apesar de ter à mão tantas lixeiras. “Sabemos que não pode haver uma zona de sacrifício. Desta vez cabe a Bouwer, mas poderia ser qualquer outro povoado”, ressaltou. * A autora é correspondente da IPS. Artigos relacionados da IPS “Queimar o lixo é desperdiçar recursos finitos e energéticos”(http://envolverde.com.br/ambiente/terramerica-queimar-o-lixo-e-desperdicar-recursos-finitos-e-energeticos/) Um assassino silencioso à espreita no lixo(http://envolverde.com.br/sociedade/um-assassino-silencioso-a-espreita-no-lixo/) O lixo se amontoa debaixo da terra, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2010/04/ambiente-argentina-la-basura-se-amontona-bajo-tierra/) Um assentamento inflamável, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2006/09/ambiente-argentina-un-asentamiento-inflamable/) Artigo produzido para o Terramérica, projeto de com unicação apoiado pelo Banco Mundial Latin America and Caribbean, realizado pela Inter Press S ervice (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde. Fonte: Terramérica/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/terramerica-um-festival-para-o-lixo/)

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17/12/2013 Minc promete que estado do Rio vai cumprir a lei e acabar com lixões até 2014 por Redação da Agência Brasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2012/08/lixo.jpg

Rio de Janeiro – O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse hoje (13) que o estado deve ser o primeiro do país a acabar com os lixões, o que está previsto para ocorrer no próximo ano. Ele apresentou, nesta sexta-feira, o balanço de 2013 do Programa Coleta Seletiva Solidária, da Secretaria de Estado do Ambiente, que reuniu cerca de 180 pessoas, entre representantes de prefeituras, cooperativas de catadores de lixo e agentes ambientais. “Em 2014 vamos acabar com todos os lixões do estado. Talvez seremos o primeiro estado do Brasil a cumprir a lei, segundo a ministra [do Meio Ambiente] Izabella Teixeira”, adiantou Minc. Segundo ele, no entorno da Baía de Guanabara já foram fechados todos os grandes lixões, citando Itaoca, em São Gonçalo, na região metropolitana; e Babi, em Belford Roxo, e Gramacho, em Caxias, ambos na Baixada Fluminense. “Em matéria de lixão, em seis anos, invertemos de 90% do lixo em lixões para 10%, e os 10% de lixo em aterros, para 90%”, assegurou. De acordo com ele, o Rio de Janeiro deu um grande salto com o fechamento dos lixões e a abertura de aterros sanitários para substituí-los. No entanto, como ocorre segundo ele em todo o Brasil, está atrasado na coleta seletiva e na reciclagem. “Do ponto de vista da reciclagem, nesses mesmos anos, passamos de 1% de coleta seletiva domiciliar para 3%. Ou seja, 95% das residências ainda não fazem a separação e a coleta seletiva”, admitiu Minc. Durante o evento, foram avaliadas duas estratégias para solucionar o problema da coleta seletiva e reciclagem no estado. A primeira sugestão da secretaria é apoiar os municípios a organizarem a coleta seletiva, dividindo as cidades por bairros, fazendo galpões, organizando a distribuição de material reciclado para as cooperativas e conseguindo transportes. A outra proposta é apoiar as cooperativas, qualificando os catadores, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Ministério do Trabalho, porém com recursos e orientação do órgão estadual. Além disso, a secretaria disponibilizaria às cooperativas instrumentos, como compactadores e esteiras. No encontro, também foi abordada a hipótese das licenças estaduais e municipais concedidas às empresas agregarem uma condicionante ambiental. Nele, as empresas entregariam seu lixo reciclável às cooperativas de catadores, já que esse insumo é vital para a categoria. O Programa Coleta Seletiva Solidária foi criado em 2011, a fim de assessorar os municípios fluminenses na elaboração, implantação e acompanhamento da coleta seletiva, valorizando a categoria dos catadores de materiais recicláveis. Ao longo desses dois anos, a Secretaria de Estado do Ambiente apoiou ações em 60 prefeituras, qualificando mais de 60 cooperativas de catadores. “Essas ações estão em curso, mas vimos que é necessário um maior volume de recursos, mais setores das prefeituras envolvidos, orientar as empresas para que forneçam seu resíduo limpo. Essas medidas vão impulsionar para que o resultado da reciclagem atinja outra escala”, explicou Carlos Minc.

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Pela Lei 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados. * Edição: Davi Oliveira. ** Publicado originalmente no site Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-13/minc-promete-que-estado-do-rio-vai-cumprir-lei-e-acabar-com-lixoes-ate-2014). Fonte: Agência Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/minc-promete-que-estado-rio-vai-cumprir-lei-e-acabar-com-lixoes-ate-2014/)

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17/12/2013 Novo gás do efeito estufa descoberto é sete mil vez es mais potente que o CO 2 por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/efeitoestufa.jpg

Cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram recentemente um gás do efeito estufa (GEE), o perfluorotributilamina (PFTBA), que é 7,1 mil vezes mais potente do que o dióxido de carbono, podendo ter um impacto ainda maior no aquecimento global. O gás é usado na indústria elétrica desde a metade do século 20, e não é um elemento que ocorre naturalmente, sendo produzido em laboratório. Os pesquisadores afirmam que o PFTBA tem uma eficiência radiativa maior do que qualquer outra molécula detectada na atmosfera até hoje, o que sugere seu possível impacto no clima. O potencial de aquecimento do gás foi descoberto recentemente e divulgado por um estudo publicado no periódico Geophysical Research Letters(http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/2013GL058010/abstract). Na pesquisa, os cientistas afirmam que as concentrações de PFTBA na atmosfera são baixas (0,18 unidades por trilhão em Toronto), ainda mais se comparado ao CO2, com 400 unidades por milhão. Mesmo assim, o gás pode permanecer durante muito tempo na atmosfera. “O PFTBA é extremamente duradouro na atmosfera e tem uma eficiência radiativa muito alta; o resultado disso é um potencial de aquecimento global muito alto. Calculado em um período de 100 anos, uma única molécula de PFTBA tem o impacto climático equivalente à de 7,1 mil moléculas de CO2”, colocou Angela Hong, uma das pesquisadoras que trabalhou no estudo. Além disso, não se sabe de nenhum processo para eliminar ou remover o PFTBA da atmosfera mais baixa, e por isso o gás é considerado um problema de longo prazo, podendo durar na atmosfera por cerca de 500 anos. O PFTBA só é destruído na parte mais alta da atmosfera. “Esse é um alerta para nós de que esse gás pode ter um impacto muito grande nas mudanças climáticas – se houver muito dele. Já que não há muito dele agora, não temos que nos preocupar com isso no presente, mas temos que garantir que não se torne um grande contribuinte para o aquecimento global”, observou Drew Shindell, climatologista do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA, ao jornal The Guardian. “O PFTBA é apenas um exemplo de um químico industrial que é produzido, mas não há políticas que controlem sua produção, uso ou emissão. Não está sendo regulado por qualquer tipo de política”, alertou Hong.

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* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/mudancas_climaticas1/noticia=735986). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/novo-gas-efeito-estufa-descoberto-e-sete-mil-vezes-mais-potente-que-o-co2/)

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20/12/2013 Cuidar da água é um dever energético do Brasil por Mario Osava, da IPS

O rio Paraná, reduzido pela barreira de concreto da represa do complexo hidrelétrico binacional de Itaipu.

Foto: Mario Soares/IPS Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/12/Itaipu-ago13-011-001-629x472.jpg

Foz do Iguaçu, Brasil, 20/12/2013 – A construção de grandes centrais hidrelétricas no Brasil coloca governo e empresas em numerosas escaramuças com ambientalistas, indígenas e movimentos sociais. Mas a geradora binacional de Itaipu é uma exceção, onde se pratica a colaboração. Com um conjunto de 65 ações ambientais, sociais e produtivas, o programa Cultivando Água Boa (CAB) é dirigido e apoiado por ativistas. Setores governamentais estudam usá-lo como modelo em outros grandes projetos de infraestrutura, para mitigar impactos e conflitos. Comparado com o que ocorre nas demais hidrelétricas, “é um avanço”, reconhece Robson Formica, coordenador do Movimento de Afetados por Represas (MAB) no Estado do Paraná, em cujo extremo oeste fica a gigantesca usina energética. A Itaipu Binacional, empresa que opera a hidrelétrica compartilhada por Brasil e Paraguai, decidiu garantir a geração elétrica eficiente no longo prazo, cuidando da baía do rio Paraná para assegurar água em quantidade e com qualidade. Isso facilita convergências com o ambientalismo. Mais de 80% da eletricidade do Brasil provém dos rios, por isso sua segurança energética depende das chuvas e do melhor aproveitamento possível de suas águas. O CAB de Itaipu foi lançado em 2003, duas décadas após ser enchida a represa de 1.350 quilômetros quadrados (que expulsou milhares de famílias camponesas e indígenas da área) e quando a empresa havia se consolidado como a maior geradora mundial de eletricidade. Para Formica, essas ações são “importantes, mas limitadas e isoladas”. Além disso, “não estabelecem uma política de desenvolvimento local, nem uma mudança estrutural no território”, ponderou o dirigente do MAB, forte crítico das hidrelétricas e que estima em um milhão as pessoas deslocadas por causa delas no Brasil. A demanda de que a empresa assuma funções que cabem ao Estado ganhou força diante da proliferação de megaprojetos que transtornam de forma abrupta extensos hábitats. Além disso, leis ambientais tentam impor-lhes o pagamento de compensações, que costumam cobrir omissões dos serviços a cargo do Estado. No caso de Itaipu, essa exigência se justifica particularmente. Trata-se de uma empresa singular, duplamente estatal e com faturamento de US$ 3,797 bilhões em 2012. Seus domínios, em terras e águas

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fronteiriças do Brasil e do Paraguai, contêm a gigantesca usina, sua represa, 104 mil hectares de conservação ambiental, a Universidade de Integração Latino-Americana e o Parque Tecnológico de Itaipu. O programa CAB se estende por toda a bacia do Paraná 3, a área brasileira ao longo dos 170 quilômetros da represa. Inclui 29 municípios, com superfície de 8.339 quilômetros quadrados e um milhão de habitantes. Suas 65 ações incluem desde assistência a indígenas, aquicultura, plantas medicinais e biogás até educação ambiental, em uma aparente dispersão que um eixo central, cuidar da água, interliga em um conjunto concertado. Dessa forma, no desenvolvimento rural sustentável a prioridade é a agricultura orgânica, para reduzir os pesticidas que contaminam a represa. “Começamos com 186 famílias, hoje são 1.180” as participantes e há cerca de duas mil hortas orgânicas, detalhou Nelton Friedrich, diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu. Também foi criada a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, para proteger os rios dos dejetos de animais. Ao convertê-los em biogás, com o qual gera eletricidade, cria-se outra fonte de renda para os agricultores e evita-se a contaminação das águas. A bacia, na qual predomina a agricultura familiar, com 26 mil minifúndios, concentra milhões de porcos, aves e bovinos. Seus excrementos, se acumulados na represa, provocariam um excesso de nutrientes, e a consequente proliferação de plantas aquáticas, que, ao apodrecerem, retirariam oxigênio das águas. É o fenômeno da eutrofização, explicou Cícero Bley, superintendente de Energias Renováveis de Itaipu. “A contaminação por resíduos orgânicos é mais comum do que a de agrotóxicos” e em alguns casos obriga que seja feita limpeza permanente nas represas, acrescentou. A renovação da água na represa demora cerca de 30 dias, o que agrava a preocupação. No rio Madeira, no Estado de Rondônia, onde acabam de entrar em operação as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, bastam dois ou três dias, comparou Domingo Fernandez, pesquisador responsável de fauna itícola em Itaipu. Por isso, o saneamento e o reflorestamento de sua margem são necessidades evidentes para manter produtiva a água da bacia. Dentro do programa CAB foram plantadas mais de 24 milhões de árvores ao redor da represa. As iniciativas seguem uma metodologia que também é fundamental e que ampliou a atuação para toda a bacia afetada, “porque a natureza se organiza por bacias”, destacou Friedrich. O modelo se fundamenta na responsabilidade compartilhada, envolvendo todos os atores locais, desde órgãos públicos e privados até a sociedade civil e as universidades, e na participação comunitária, em uma espécie de “democracia direta”. Para isso foram formados comitês gestores nos 29 municípios, que incluem, em média, 57 representantes de variados setores, após numerosas reuniões de sensibilização e discussão dos problemas. Os chamados Pactos das Águas, que são compromissos comunitários assinados com cerimônia, impulsionam o desenho e a execução coletiva de planos e projetos. Essas iniciativas traçam um bom caminho, mas estão longe de redimir a dívida social de Itaipu, segundo Aluizio Palmar, fundador do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular e ex-secretário de Meio Ambiente e Comunicação de Foz do Iguaçu, município brasileiro onde está instalada a hidrelétrica binacional. A construção do megaprojeto, entre 1975 e 1983, deslocou famílias camponesas, que muitas vezes careciam de títulos de propriedade para obter indenizações, e multiplicou as favelas e os índices de violência em Foz do Iguaçu, recordou Palmar. As compensações financeiras beneficiam principalmente as prefeituras, que as usam em sedes de luxo e atrações turísticas e quase nada destinam para atender as necessidades da população, lamentou. De todo modo, o quadro de Itaipu contrasta com o de outras bacias brasileiras, especialmente a do rio São Francisco, cuja revitalização é um clamor nacional e que conta com um incipiente programa, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Cinco grandes hidrelétricas, com potência conjunta de 10.827 megawatts (77% de Itaipu), aproveitam suas cada dia mais escassas águas no interior do nordeste brasileiro. Seu maior trecho cruza esta região semiárida e, além das secas, o São Francisco sofre sedimentação e contaminação por atividades humanas, como o desmatamento de suas margens, lançamento de esgoto urbano não tratado e vários projetos agrícolas irrigados com suas águas. Fonte: IPS/Envolverde(http://envolverde.com.br/ips/inter-press-service-reportagens/cuidar-da-agua-e-um-dever-energetico-brasil/)

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23/12/2013 Meta de extinguir lixões até 2014 esbarra em pequen os municípios Plano era deixar Brasil livre de depósitos de lixo sem tratamento, mas muitos municípios, sobretudo no Nordeste, não devem cumprir prazo. Entre as razões, falta de cooperação com Estados e de planos de resíduos sólidos Por determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), todos os lixões estão condenados à extinção até agosto de 2014. A meta estipulada pelo governo federal proíbe o funcionamento desses depósitos a partir desta data e prevê a recuperação ambiental das áreas. Mas em muitas cidades, principalmente nas pequenas, a meta dificilmente será alcançada. O Ministério do Meio Ambiente não possui dados atuais de quantos municípios ainda possuem lixões em funcionamento, mas espera que as cidades cumpram os prazos estabelecidos. Quem descumprir a determinação poderá responder por crime ambiental e estar sujeito a multas, além de correr o risco de não receber mais verbas do governo federal. Os últimos dados disponíveis são de 2008 e revelaram que, então, 2.906 lixões estavam funcionando em 2.810 municípios do país. A grande maioria (98%) estava concentrada em cidades pequenas – 57% no Nordeste. A Bahia era o Estado com o maior número de lixões, com 360, seguida por Piauí (218), Minas Gerais (217) e Maranhão (207). E são justamente os municípios com a maior concentração de lixões, os pequenos, que provavelmente não devem cumprir o prazo do governo federal. A maior dificuldade é a capacidade técnica e falta de funcionários qualificados para a elaboração de planos municipais. "Os municípios teriam que fazer um plano municipal de saneamento e um de resíduos, mas como custa caro, e eles não têm equipe e recursos financeiros, então acabam não fazendo", afirma Dante Ragazzi Pauli, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). Para o especialista, a tarefa não poderia ser deixada somente na mão dos prefeitos – ela também é responsabilidade de governos estaduais. Um exemplo é o Estado do Rio de Janeiro, que solucionou o problema de maneira inteligente. O governo estadual estimula que prefeitos se reúnam em consórcios para criar aterros sanitários coletivos, além de auxiliar na elaboração de propostas para cada região. Um problema estadual Em 2007, dos 92 municípios do Rio de Janeiro, 76 descartavam os resíduos em lixões. Em 2012, o número caiu para 34. O secretário estadual de meio ambiente, Carlos Minc, afirmou que, neste ano, 90% do lixo produzido na região foi depositado em aterros sanitários. O Estado será um dos primeiros a extinguir os lixões. "Reclamamos muito do governo federal, que tem um papel fundamental, mas os governadores e prefeitos têm que se mexer também, como em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os governos estaduais podem mais facilmente negociar com prefeitos, pois estão mais próximos do que o federal. Se eles não se mexerem, realmente, a situação é complicada", diz Pauli. O presidente da Abes defende a renegociação do prazo, mas somente com a apresentação de uma proposta de cronogramas pelos prefeitos. Além disso, a prorrogação deveria levar em consideração a situação atual de cada município. "A erradicação de lixões é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade", completa. Porém, dificilmente o governo federal vai prorrogar esse prazo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, "a prorrogação passa por alteração à Lei 12.305/10, e o Congresso Nacional entende como um assunto delicado", informou a assessoria de imprensa por e-mail. Questão ambiental e de saúde A extinção dos lixões é fundamental para a preservação do meio ambiente, evitando a contaminação do solo, da água e também do ar. Essa forma de depósitos de resíduos também contribui para a transmissão de doenças. "Eliminar os lixões vai ser uma ação sanitária e de saúde pública", afirma Eglé Novaes Teixeira, engenheira civil da Universidade Estadual de Campinas.

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Em média, o brasileiro produz 1,2 quilo de lixo por dia. Somente 1,4% desse montante é reciclado. Para destinar de forma adequada esses resíduos, a PNRS prevê, além do fechamento dos lixões, a redução desse volume e estipula que todos os municípios tenham coleta seletiva, de modo a aumentar os índice de reciclagem no país. Em 2008, apenas 18% das cidades brasileiras ofereciam o serviço. Além dessas medidas, a lei também determina a redução de volume do resíduo úmido, como restos de alimentos, que devem ser, na sua totalidade, destinados à compostagem. Os últimos dados de 2008 mostraram que apenas 0,8% dos resíduos orgânicos tinham esse destino. Outra inovação da PNRS é a criação de um sistema de logística reversa, tornando os fabricantes responsáveis pela destinação final de produtos como lâmpadas fluorescentes, eletroeletrônicos, medicamentos e embalagens. Fonte: Deutsche Welle/TERRA.COM > Notícias > Ciência > Sustenatbilidade(http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/meta-de-extinguir-lixoes-ate-2014-esbarra-em-pequenos-municipios,724225e754013410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html)

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25/12/2013 Cientistas projetam clima mais quente para este séc ulo no Brasil por Redação, com ABr - de Brasília

A tendência do clima , para os próximos anos, é de mais calor

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2012/08/349reuters.jpg No início de setembro, o organismo científico, criado pelo governo federal em 2009 por meio dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Meio Ambiente, revelou que as projeções mostram que haverá alta nas temperaturas do país no decorrer do século, mais períodos de seca no Norte e Nordeste e aumento das chuvas no Sul e Sudeste. As mudanças no volume de chuva podem oscilar entre 5% e 20% e de 1 grau Celsius (°C) a 5°C na temperatura até o final do século, dependendo do aquecimento global e da emissão de gases de efeito estufa. As projeções indicam mais secas prolongadas, principalmente nos biomas da Amazônia, do Cerrado e da Caatinga. Ao divulgar as estimativas sobre o perfil das emissões de gás carbônico entre 2005 e 2010, o PBMC informou que a produção de energia foi a responsável por 32% das emissões em 2010 contra 16% do total de emissões em 2005 e foi o setor que mais cresceu no total das emissões de gás carbônico no país. Para a rede WWF-Brasil, as informações científicas do PBMC são mais do que suficientes para demonstrar ao governo brasileiro que as mudanças climáticas não podem mais ser tratadas como tema de segunda importância em políticas públicas. “Temos de investir nos recursos abundantes de fontes renováveis de energia de baixo impacto que temos à nossa disposição, como as energias solar, eólica e de biomassa, em vez de colocar 70% dos nossos investimentos em combustíveis fósseis. O governo federal não deve oferecer incentivos a combustíveis como o carvão mineral”, disse o coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, Carlos Rittl. A agricultura deve ser o setor da economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21, de acordo com a segunda parte do primeiro relatório nacional do PBMC. Segundo o estudo, o prejuízo do agronegócio com problemas climáticos pode chegar a R$ 7,4 bilhões em 2020, e R$ 14 bilhões em 2070. Até 2030, a produção de soja, por exemplo, pode ter perdas de até 24%. O estudo prevê que as mudanças nos regimes de chuva e a elevação da temperatura média prejudicarão a agricultura, principalmente em áreas secas como o Nordeste, região em que a distribuição de chuvas pode cair até 50%, segundo o relatório. O terceiro volume, divulgado no início de novembro, ressaltou a necessidade de adoção de ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “O benefício da ação imediata para mitigar a mudança do clima supera o custo da inação”, destacou a pesquisa.

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– Nesse relatório, mostramos as opções para os tomadores de decisão para reduzir as emissões, de forma que a gente não gaste tanto em adaptação (maneiras de amenizar o impacto). Existe realmente a possibilidade de redução das emissões, mas depende de decisões muito mais políticas do que econômicas – disse a presidenta do comitê científico do PBMC, Suzana Kahn Ribeiro. Fonte: Correio do Brasil > Notícias > Canal Amazônia > Meio Ambiente(http://correiodobrasil.com.br/meio-ambiente/energia/cientistas-projetam-clima-mais-quente-para-este-seculo-no-brasi/672871/)