DEZEMBRO 2015 * ANO IV O RIOMOINHENSE 11 - Início · inauguração do Jardim de Santa Sofia de...

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Rio de Moinhos um esépio vivo PÁG. 4 PÁG. 13 PÁG. 14 EMPREENDER SALSICHARIA MF UMA EMPRESA FAMILIAR rePORTAGEM CAFÉ “DUAS BICAS” ABRE COM NOVA GERÊNCIA ASSOCIATIVISMO RANCHO FOLCLÓRICO TRANSMITE A TRADIÇÃO O RIOMOINHENSE 11 PUBLICAÇÃO NÚMERO BOLETIM INFORMATIVO DA FREGUESIA DE RIO DE MOINHOS associação juvenil remoinhos d’água TRIMESTRAL * DEZEMBRO 2015 * ANO IV

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1O RIOMOINHENSE

DEZEMBRO 2015

Rio de Moinhosum presépio vivo

PÁG. 4 PÁG. 13 PÁG. 14

EMPREENDERSALSICHARIA MF

UMA EMPRESA FAMILIAR

rePORTAGEMCAFÉ “DUAS BICAS” ABRE

COM NOVA GERÊNCIA

ASSOCIATIVISMORANCHO FOLCLÓRICO

TRANSMITE A TRADIÇÃO

O RIOMOINHENSE11

PUBLICAÇÃO NÚMERO

BOLETIM INFORMATIVO DA FREGUESIADE RIO DE MOINHOS

associação juvenilremoinhos d’água

TRIMESTRAL * DEZEMBRO 2015 * ANO IV

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DEZEMBRO 2015

Neste mês de dezembro, as coleti-vidades vão arregaçar mangas e pro-porcionar momentos culturais para todos os fregueses. A título de exem-plo a Banda Filarmónica realizará o seu tradicional concerto de Natal, o Centro de Apoio a Idosos irá promo-ver uma noite de fados, a Junta de Freguesia repetirá o Bingo Social e a Casa do Povo irá receber uma feira de artesanato e a sua festa de Natal.

Numa altura destas, talvez pare-ça quase desnecessário refletir sobre Rio de Moinhos, quando todos os dias somos invadidos por notícias que nos perturbam, que nos deixam apreensivos, que nos dão a conhecer um mundo cada vez mais violento e inseguro. Contudo olhando para as nossas ruas, casas e diversos es-paços, talvez sejam eles verdadeiros “cantinhos do céu”, onde se respira tranquilidade, onde se confia nos de-mais e onde ainda há muito por fazer em 2016.

No fim de contas, e tal como disse Filipe Morais ao Riomoinhense “é extremamente difícil viver longe dos que mais amamos”, por isso quem tem essa oportunidade e privilégio, que aproveite e que neste Natal este-ja junto de quem mais ama, valoriza e que acima de tudo respeita!

Feliz Natal e um Bom Ano Novo a todos os leitores!

EDITORIALFICHA TÉCNICA

APOIOS

DiretoraJoana Margarida Carvalho

RedaçãoAndré VirtuosoAndré SantosBárbara BretesCatarina AssunçãoCláudia FerreiraDaniela GasparJoana Margarida CarvalhoLiliana CarvalhoMicaela GonçalvesNuno LopesSónia Pacheco

CronistasMário PernadasNuno MiguelRui André

PublicidadeAdriana Antunes

Design e PaginaçãoDaniela Gaspar

ImpressãoGráfica Prova de CorAbrantes

Tiragem200 exemplares

Contactos918 818 [email protected]

ProprietáriaAssociação JuvenilRemoinhos d’Água

UM CANTINHO DO CÉU

JOANA MARGARIDACARVALHO

Aproxima-se uma épo-ca que deverá signi-ficar amor, partilha, solidariedade, paz, e acima de tudo união

– Família!Finalizamos mais um ano e chega

o momento de refletir sobre o que é que passou, o que é que foi mais e menos relevante, o que é que deve-rá continuar a ser uma aposta e uma máxima para cada um de nós.

A freguesia acompanhou o andar dos tempos, por vezes mais ativa, por vezes mais apagada, mas certo é que Rio de Moinhos foi acordando com novidades ao longo destes me-ses. Significa que ainda há pessoas que têm a preocupação de dinamizar e fazer mais e melhor pela sua terra.

RIO DE MOINHOS

ERRATA:No Boletim O Riomoinhense nº6, no artigo da página nº3, relativo à

inauguração do Jardim de Santa Sofia de Amoreira, por lapso não foi refe-rida a homenagem feita a Fernando Alberto Moura Neves e seu filho Vasco Moura Neves, responsáveis pela doação do terreno para a construção do referido jardim. Vimos por este meio pedir desculpa aos visados.

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EDITORIAL FESTIVIDADES

CASA DO POVO ENCHEUPARA OUVIR CANTAR O FADO

Realizou-se no passado dia 21 de novembro, na Casa do Povo de Rio de Moi-nhos, a tradicio-

nal noite de fados. Este ano, a noi-te contou com os fadistas António Pinto Basto e Dora Maria, acompa-nhados na viola por João Chora e na guitarra portuguesa por Bruno Mira e João Vaz.

O salão da Casa do Povo de Rio de Moinhos foi decorado a rigor para esta noite. A sala ficou reple-ta, com a presença de cerca de 80 pessoas para assistir ao espetáculo que não defraudou as expectativas dos presentes. A noite principiou com o habitual jantar, de seguida os fadistas convidados começaram os fados demostrando a sua qualidade vocalística.

O entusiasmo foi uma constante, e todos os presentes acompanharam os fadistas a cantar as músicas mais conhecidas. Foram também convi-

dados alguns presentes a subir ao palco e a demonstrar os seus dotes de fadistas. No decorrer da noite, todos os presentes puderam degus-tar o caldo verde e o chouriço as-sado, seguindo-se novamente a se-gunda parte do evento.

Os aplausos foram constantes, e muitas foram as fotografias tiradas durante a noite, sendo este um fee-

dback positivo, de que as pessoas ficaram muito satisfeitas com o es-petáculo que assistiram.

O sucesso da noite de fados foi enaltecido pela direção da institui-ção que pretende continuar a dar vida à freguesia, proporcionando momentos culturais assinaláveis.

POR ANDRÉ VIRTUOSO

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EMPREENDER

“GOSTO DE CONTACTAR, GOSTO DE FAZER, GOSTO DE PRODUZIR”

Em que ano começou o negó-cio?

O negócio é bastante antigo. Foi há muitos anos, foi o meu bisavô que deu início à salsicharia. Estamos por-tanto na quarta geração.

Tinha quantos colaboradores?Tínhamos mais colaboradores

porque fazíamos o abate dos porcos e nesses dias eram necessárias mais pessoas. Comprávamos os animais vivos e o abate era feito aqui. Portan-to no dia da matança tínhamos cerca de doze pessoas (5 só para lavar as tripas) e durante a semana 6 trabalha-dores fixos. Hoje, temos 6 colabora-dores.

Quem foram os mentores do projeto?

O grande mentor foi o meu bisavô e depois o negócio foi crescendo e tornou-se uma empresa familiar que passou para as gerações seguintes. Quem sabe passe para as minhas fi-lhas também (risos).

Hoje em dia quais são as va-lências do espaço de Rio de Moi-nhos?

Hoje em dia, compramos a carne a três fornecedores que selecionamos para garantir uma boa qualidade da matéria-prima e basicamente dedica-mo-nos à produção e transformação da carne em enchidos. Ainda vende-mos alguma carne fresca, mas é um valor residual no volume de negócios

da empresa.

Que tipo de investimento fize-ram para continuar a correspon-der às exigências desta área de negócios?

Ao longo dos anos ou melhor, to-dos os anos, temos estado a investir apesar de continuarmos a manter um fabrico artesanal. Fizemos as gran-des obras quando remodelámos a salsicharia no seu total. Passámos a ter um circuito único de entrada da matéria-prima onde a matéria-prima entra e circula pelas várias salas de preparação, armazenamento, depois produção, fumeiro, embalamento, expedição e saída. Hoje em dia, qual-quer unidade destas tem de ter um circuito onde a matéria-prima e os produtos entram e nunca podem “an-dar para trás”.

Ao longo dos tempos temos con-tinuado a investir em remodelação, climatização de salas e novos equi-pamentos. Há uns quatro anos ad-quirimos um carro com frio. Vamos sempre remodelando, mas continua-mos a produzir manualmente, esse é o nosso foco. Fumamos com lenha de sobro e zinco sendo que a maior parte das indústrias aplicam ar força-do e outros tipos de estufa, mas nós mantemo-nos assim.

Vendem na vossa loja, mas também para fora. Onde pode-mos encontrar os produtos MF?

Aqui na região e aqui à volta. Em

Abrantes a grande maioria das su-perfícies têm os nossos produtos. Felizmente, temos também pontos de venda em Santarém, Cartaxo e Rio Maior. Podem sempre encontrar os nossos produtos aqui em casa.

Que tipo de produção é que fa-zem?

Compramos a carne e depois pre-paramos: escolhemos, separamos, temperamos. Depois fica a maturar, é enchida a tripa, atada manualmente, fumada e depois vai para o consumi-dor.

Como é que produzem com tanta qualidade? Algum segre-do?

O segredo é a dedicação e a qua-lidade da matéria-prima. Um pro-duto artesanal que produzimos com paixão. O segredo passa por fazer as coisas com uma rigorosa seleção da matéria-prima e dos ingredientes que usamos. Tentamos sempre, com os nossos fornecedores, escolher carne de maior qualidade e na parte dos in-gredientes também. Há muito tempo que podíamos estar a usar outro tipo de tripa, de massa de pimentão ou de massa de alho mas não, usamos pro-dutos de primeira qualidade, de mar-cas de referência. Nós também temos um controlo onde regularmente so-licitamos análises da matéria-prima que nos fornecem para ver se estão dentro dos padrões que queremos. Nós temos um plano analítico que .

Júlio Manuel Dias Flôr tem 41 anos e a sua irmã, Maria Otília Dias Flôr, tem 38 anos. Após o falecimento do seu pai Manuel da Costa Flôr, em 1997, começaram a tomar conta da salsicharia com a sua mãe Maria da Luz Dias Pedro. Júlio é responsável pela área comercial, Otília pela parte financeira e a sua mãe pela produção e controlo de qualidade.

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mantê-la é difícil. Após a morte do meu pai, a minha

mãe já não queria continuar com o negócio e foi precisamente na altu-ra em que ou fazíamos obras ou isto fechava. Foi nessa altura que eu e a minha irmã avançámos e também porque na altura conseguimos ter al-guns apoios que foram importantes. Não podemos esquecer essa parceria importante. Fizemos as obras, as-seguramos os postos de trabalho e fizemos com que isto se mantivesse porque infelizmente em Rio de Moi-nhos, freguesia que chegou a ter 5 salsicharias, agora só restamos nós. Mas é preciso estar continuamente a investir, a última vez que fizemos investimento foi na parte de etiqueta-gem, tivemos de comprar uma nova máquina para etiquetar.

Sem a minha mãe não era possí-vel e sem o apoio das trabalhadoras que é essencial. As pessoas têm a ne-cessidade de trabalhar mas também é preciso gostar disto. Há alturas em que é duro, no inverno têm de se estar a trabalhar com “frio”. As salas são climatizadas e trabalhar com coisas frias é desagradável. É o posto de tra-balho delas que está em causa, por-que antigamente este era um trabalho sazonal. Hoje, já temos trabalho con-tinuamente.

POR DANIELA GASPAR

temos de cumprir. O fumo da lenha de sobro e zinco também vai conferir um gosto muito sui generis à carne. E é o facto de ser artesanal, pois não adicionamos qualquer intensificador de sabor, qualquer aditivo no sentido de conferir gostos, nem conservan-tes. Produzimos de forma mais tradi-cional possível.

Que produtos têm para venda?Para venda neste momento temos

o chouriço de carne, as mouras, a fa-rinheira, a morcela de assar, a mor-cela de arroz e a morcela de carne (uma morcela que depois de cozida é fumada). Temos ainda umas bolas de carne, paios, linguiça de farinheira e de carne. Brevemente, vamos lan-çar cacholeira, porque alguns clientes têm pedido e fizemos alguns testes que correram bem. Até ao final do ano vamos lançar dois produtos no-vos, mas temos de aguardar, não que-ro divulgar já. São produtos diferen-tes, mas onde mantemos a qualidade e assim “agarrar” o cliente .

Sendo que hoje em dia temos um mercado tão competitivo, como está a correr o vosso negó-cio?

O mercado é muito competitivo e acima de tudo as exigências para poder manter uma casa destas a fun-cionar são muitas. Os encargos men-sais são muito elevados. Fazendo as coisas da forma como trabalhamos temos um custo na produção mais elevado, mas é assim que queremos. Claro que nos ressentimos, os nossos clientes também se ressentem. Mas felizmente, de ano para ano, temos conseguido manter e ir crescendo a nossa produção com passos susten-tados.

Estamos a ficar um pouco aperta-dos com a capacidade do nosso fu-meiro e temos de pensar se damos um passo importante para nós, mas tem de ser bem pensado, avançar para mais um fumeiro.

Havendo uma necessidade e co-meçando a haver uma diversidade de produtos começa a não existir espaço suficiente e hoje em dia a rapidez é importante. O cliente pede e nós te-mos de ter o produto para lhe forne-cer porque se não vai comprar a outro lado.

Com o envolvimento que têm nas festividades da freguesia, como classificam essa preocupa-ção e importância?

Para nós é importante e motivo de satisfação e sempre que nos é solici-tado apoio, dentro das nossas possi-bilidades, tentamos apoiar as várias coletividades da freguesia. É bom para a coletividade e é bom para nós, porque gostamos de estar presentes e dar apoio para tentar que a freguesia ganhe espaço e ganhe força e que as pessoas também se unam à volta das associações, porque sempre andaram muito distantes.

O que tem sido mais difícil e compensador?

Os votos que faço é que consiga manter isto por muitos anos, porque gosto. Nasci no meio deste trabalho e gosto disto. Gosto de contactar, gos-to de fazer, gosto de produzir, mas é uma luta terrível para tentar manter com as exigências de hoje em dia. Fazer uma casa demora anos e depois

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A equipa de futebol de Amoreira venceu no passado dia 18 de outubro a taça concelhia de pré-época inatel de fute-bol em Abrantes, batendo na final por 2-1 a equipa da Concavada. No mes-mo dia, Rio de Moinhos conseguiu

também garantir o lugar no pódio após vencer a equipa de Carvalhal por 3-1.

A competição decorreu de 26 de setembro a 18 de outubro, sendo os jogos realizados nos fins-de-semana. Este ano, o torneio apresentou um formato diferente de anos anteriores, organizou-se por dois grupos distintos, onde o primeiro classificado de cada grupo apurava-se para a final, os segundos classificados para o jogo de apuramento do 3º e 4º lugar e assim sucessivamente.

As duas equipas da nossa freguesia, integraram o gru-po B da taça Incup, composto por mais 4 equipas, entre elas, Sentieiras, Casais de Revelhos, Bemposta e a equi-pa da Venda Nova, convidada a participar nesta competi-ção, pois não pertence ao concelho de Abrantes.

A equipa da Amoreira destacou-se em primeiro lugar deste grupo completando os cinco jogos realizados com quatro vitórias e um empate, conferindo um total de 13 pontos. Rio de Moinhos conseguiu o segundo lugar do grupo com 8 pontos, conseguidos através de duas vitó-rias, dois empates e uma derrota. As duas equipas de-frontaram-se no passado dia 10 de outubro, no campo de futebol da Amoreira, tendo sido o resultado favorável à

AMOREIRA VENCE INCUP 2015 E RIO DE MOINHOS

GARANTE 3º LUGAR

equipa da casa por 4-0.Mais um ano de participação das equipas da nossa

freguesia neste torneio, onde os resultados têm sido bas-tante positivos, conseguindo classificações de destaque. Em especial este ano, pois a equipa da Amoreira conse-guiu arrebatar o troféu e fazer a festa, perante centenas de espectadores que preencheram a bancada do Estádio Municipal de Abrantes.

Importa destacar o fair-play de todas as equipas no decorrer das competições, bem como a quantidade de espectadores que assiste aos jogos pelas aldeias do con-celho de Abrantes.

POR ANDRÉ VIRTUOSO

DESPORTO

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CRÓNICA

Este ano letivo e em parceria com a Câma-ra Municipal de Abrantes c o n s e g u i -mos ajudar o jovem estu-

dante universitário Daniel Seabra de Amoreira, que frequenta o 1º ano do curso de Comunicação Empresarial da ESTA. Apesar das suas limita-ções motoras é um jovem promissor que luta cada dia da sua vida para melhorar as suas competências e aptidões. O médico-psiquiatra Ro-berto Shinyashiki referiu que: “tudo o que um sonho precisa para ser rea-lizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado”.O Daniel tem essa força …

Por sua vez, já iniciámos, com ajuda da autarquia abrantina, as obras na antiga escola primária a

fim de instalar a Casa Mortuária. Os Serviços Municipalizados de

Abrantes concluíram as obras da nova conduta desde do adro até ao depósito (junto ao cemitério) in-cluindo a Rua Dr. João de Deus, a Rua do Adro e a Rua do Canto.

O projeto da Escola dos Sor-risos e do Esquecimento teve, no ano letivo passado, uma avaliação muito positiva. Este ano, as aulas começaram no mês de setembro e continuam a ter uma parceria com o Centro de Apoio a Idosos. As áreas lecionadas são: Troca de Saberes (prof.a Conceição Martins), Traba-lhos Manuais (prof.a Ana Catarina Assunção) e Informática em parce-ria com a Cruz Vermelha (prof. João Bexiga).

Este ano, foi realizado o Passeio dos Idosos ao Convento da Graça (Coimbra) e visitámos na mesma localidade o Memorial da Irmã Lú-cia.

Brevemente, a Junta de Freguesia irá dispor de uma plataforma online no sentido de puder aproximar dos seus fregueses da autarquia. O Por-tal e-freguesias resulta da concreti-zação do Projeto de Modernização Administrativa das Freguesias pro-movido pela ANAFRE - Associa-ção Nacional de Freguesias na qual esta Junta de Freguesia concorreu e recebeu gratuitamente equipamento para o efeito. O Projeto permite a conjugação de imperativos de eficá-cia e eficiência para com os utentes,

através da criação de uma nova es-trutura de gestão de processos infor-máticos e a prestação de serviços no âmbito do Atendimento Digital As-sistido. Desta forma será possível às Freguesias aumentarem a qualidade dos serviços públicos numa lógi-ca de modernidade e transparên-cia, através da redução de custos, simplificação, desburocratização e racionalização de processos, com recurso ao uso intensivo das Tecno-logias de Informação e Comunica-ção (TIC).

Um trabalho de proximidade sempre a pensar no próximo e no seu bem-estar.

Finalizo o meu texto referin-do o Papa Francisco que disse um dia: “Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens. Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti. Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo. Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer. Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente. Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade. Com as coisas que vão nos aconte-cendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante”.

Um bem-haja.

Boas Festas e Um Bom Ano de 2016

RUI ANDRÉPRESIDENTE DA JFRM

JÁ LÁ VÃO DOISANOS DE MANDATO…

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REPORTAGEM

OS DIREITOSNÃO ENVELHECEM

A violência que envolve idosos é um fenómeno em cresci-mento. Continua a ser tabu, mas uma sociedade que se remete ao silêncio é uma so-ciedade que compactua com a violência perpetuada contra os nossos idosos.

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Começa assim a Declara-ção Universal dos Direitos Humanos. Todos nós o de-fendemos, o afirmamos e repetimos inúmeras vezes. Tantas e tantas vezes que, provavelmente, já nem da-mos conta do seu significado. Ou simplesmente nos tornámos demasiado egoístas e apenas sabemos o que significa quando as vítimas somos nós próprios. Espe-remos que assim não seja!

Rio de Moinhos tem uma população maioritaria-mente envelhecida. Também já o repetimos inúmeras vezes. No entanto, vamos dar um pouco mais de aten-ção a esta importante franja da sociedade. Mas agora, olhemos para a população idosa de uma outra forma, como potenciais vítimas de violência. Um tema que parece continuar a ser tabu, masque não pode ser ig-norado.

“As pessoas idosas têm direito à segurança econó-mica e a condições de habitação e convívio familiar e comunitário que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalização social”, diz o artigo 72.º da Constituição da Repúbli-ca Portuguesa. Ou seja, mulheres e os homens têm os mesmos direitos que qualquer outra pessoa, indepen-dentemente da sua idade ou da sua situação de depen-dência.

Que direitos devem os idosos reivindicar? Preser-vação da sua imagem; integridade e desenvolvimento da sua personalidade; respeito pelo seu percurso de vida; privacidade e reserva da vida privada; liberdade de expressão; liberdade de escolha; liberdade religio-sa; uma vida social, afectiva e sexual; respeito pela sua autonomia na gestão do seu património; garantia

da qualidade dos cuidados que lhe são prestados; par-ticipação e convívio familiar e comunitário…

Porque devem os idosos exercer estes direitos? Porque estimula o desenvolvimento pessoal e social, o bem-estar emocional, o bem-estar material, o bem-estar físico, a autonomia, a capacidade de escolha, a participação, a integração social, as relações pessoais, a qualidade de vida e o envelhecimento activo.

Que atitudes tomar para promover o exercício dos seus direitos? Ser independente (planear o dia-a-dia e o futuro), estar informado (procurar saber quais são os seus direitos e os seus deveres), ser participativo (participar na vida familiar, comunitária e social) e ser comunicativo (contactar regularmente os amigos e fa-miliares).

E se os seus direitos lhe forem negados? Peça ajuda. A APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) pode disponibilizar apoio psicológico, jurídico, emo-cional e social, gratuito e confidencial. Basta contac-tar a Linha de Apoio à Vítima através do número 707 200 077. Pode ainda ligar para o número 144 (Linha Nacional de Emergência Social), para o número 808 266 266 (VIA Segurança Social) ou para o número 800 203 531 (Linha do Cidadão Idoso). Em caso de emergência contacte o 112 que chamará, de imediato, a Polícia.

É aqui que a intervenção da sociedade se torna cru-cial, uma vez que a maioria das pessoas idosas vítimas de violência se remetem ao silêncio. Porquê? Porque muitas vezes, a pessoa idosa não conhece a existência de vitimação; porque sofre de perda de memória ou demências; porque não está informada sobre os seus direitos enquanto vítima de crime; porque está social-mente isolada; porque aceita a violência como uma realidade existencial, pois em muitos casos, conheceu-a toda a vida; porque depende dos cuidados do seu prestador de cuidados, tanto na prestação de cuidados propriamente dita, como em termos económicos e afe-tivos; porque sente-se culpada e responsável pela pró-pria vitimação; porque teme que, ao revelar a existên-cia da vitimação, o agressor venha a ter problemas; .

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porque teme possíveis represálias por parte do agres-sor; porque tem vergonha; porque sofre chantagem emocional; porque pensa que ninguém acreditaria em si se contasse todos os detalhes da vitimação; por-que…

É aqui que nós próprios nos tornamos cúmplices do agressor se não o denunciarmos. Discretamente e confidencialmente devemos conversar com a vítima, informá-la do que pode fazer e apoiá-la no início do fim da violência que sofre. No entanto, é importante percebermos que nunca devemos culpabilizar a pes-soa idosa por ser vítima e, principalmente, nunca de-vemos confrontar o alegado agressor porque pode ser perigoso para quem denuncia e para a pessoa idosa.

Envelhecer com dignidade é um direito inato a qualquer ser humano.

Qual a dimensão do problema?

A verdadeira dimensão do problema é desconhe-cida, precisamente porque são demasiadas as vítimas que se remetem ao silêncio. No entanto, tendo em con-ta os dados revelados pela APAV em Setembro deste ano, podemos retirar algumas conclusões.

Segundo o referido documento, o ano de 2014 re-gista, em Portugal, 852 pessoas idosas vítimas de cri-

mes, um aumento de 10,1% relativamente a 2013.Quem são as vítimas? 80% são mulheres; 50% têm

entre 65 e 74 anos de idade; 45% são casadas e 27% são viúvas; 32% inserem-se numa família nuclear com filhos.

Quem são os agressores? 68% são homens; 22% têm mais de 65 anos de idade; 40% são casados e 14% são solteiros; 23% são pensionistas ou reformados; 19% são dependentes do álcool.

Que vitimação existe? A violência é continuada sendo perpetuada por vários anos e em 55% dos ca-sos acontece na residência comum, ou seja, a vítima vive com os agressoresque são, maioritariamente, os próprios filhos e o cônjuge. Relativamente aos crimes, a violência doméstica é o mais registado (81%), desta-cando-se nesta categoria maus tratos psíquicos (29%), maus tratos físicos (19%) e ameaças/coação (14%).

De sublinhar ainda que em muitos casos a mesma pessoa idosa é vítima de vários agressores e é vítima de vários crimes. Para além do referido, os agresso-res podem também ser outros familiares, cuidadores, vizinhos, conhecidos ou qualquer outra pessoa, assim como os idosos podem ainda ser vítimas de outros cri-mes como a violência sexual, negligência e abandono ou até violência financeira.

POR SÓNIA PACHECO

DR

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AMOREIRA

À CONVERSA COM O SENSEI PEDRO FÉLIX

Quando o antigo regime mandou construir as antigas escolas primá-rias estava longe de imaginar que em pleno século XXI a maior parte es-tariam fechadas por falta de alunos. Mas mais impensável ainda seria no que muitas delas se transformaram. A escola de Amoreira não foi exce-ção: uma sala é usada para fins de cariz social e funciona como mesa de votos durante as eleições, já a outra foi transformada num Dojo (local de prática de artes marciais).

Assim e com o apoio da Asso-ciação de Moradores de Amoreira, entidade responsável pela escola pri-mária, o Sensei Pedro Félix leciona a antiga arte marcial japonesa do Nin-jutsu. Mas muitas pessoas da nossa freguesia embora saibam que há al-guns anos que é lecionada esta antiga arte marcial ainda não sabe a história do Ninjutsu.

Vamos então situar-nos num Japão feudal. Homens, mulheres e crianças fugiam da guerra entre clãs, quando as suas aldeias e bens eram destruí-dos, e os seus entes queridos eram mortos. Refugiavam-se nas monta-nhas em múltiplas províncias. Duas das mais conhecidas são Iga e Koga. Aí travaram conhecimento com mui-tas pessoas de muitas províncias e com muitas profissões. Trocaram conhecimentos em variadas áreas: astrologia, agricultura, jardinagem, artes marciais de vários tipos, entre muitas outras. Fundiram esses co-nhecimentos em diversas áreas, e treinando em segredo desenvolveram uma arte marcial, uma arte de guerra, uma arte de sobrevivência, o Nin-jutsu, mais conhecida pela arte dos Ninjas, ou Shinobi (Guerreiros das sombras).

Os Samurais seguiam uma condu-ta muito rígida, o BUSHIDO. Samu-rai que não cumprisse essa conduta ou de alguma forma a desrespeitasse, era submetido a um ritual, o SEPU-KO ou HARAKIRI, ritual do suicí-dio.

O Sensei Félix refere que “na nos-sa escola temos cinco ideais que de-vemos ter sempre em mente não só no Dojo, como durante a nossa vida e perante as adversidades a que so-mos submetidos, e saber aplicá-los em qualquer circunstância: Alegria, Amizade, Lealdade, Harmonia e Respeito”

Algumas noções do espírito Ninja:

Ninja Seishin: É a essência do Ninja que tem o poder de empregar o corpo e o espírito, a mente e o cora-ção. A esta força é unida a paciência que um verdadeiro Ninja deve desen-volver treinando duramente. O resul-tado dará a capacidade de suportar qualquer insulto e assim poder pre-valecer sobre tudo aquilo que queira

fazer dano.

NintaiSheishin: O verdadeiro significado de Nin, é yaba-shin que representa a perseverança e o espírito de sacrifício, não só do treino, mas também perante as dificuldades da vida.

“Mas um verdadeiro Ninja deve recordar sempre e em cada momen-to, que nunca colocará o fio (lâmina) da espada diante dos sentimentos e do próprio coração”, avança Sensei Félix.

Depois de um pouco de história, afinal quem é o Sensei Pedro Félix? É o representante português da Fede-ração Japonesa de Ninjutsu, vamos tentar conhecê-lo um pouco:

Como surgiu o gosto pelas ar-tes Marciais?

Na minha família sempre houve o gosto por desportos de combate. O meu pai fez boxe e os meus tios Boxe e Kickboxing, e cheguei a praticar esse tipo de desportos. Mas o gran-de impulso era de ver na televisão, .

Nun

o Lo

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xonados por este estilo. O SenseiJuan e os seus instrutores receberam-nos com uma harmonia e humildade, e por isso mesmo decidimos continuar a pertencer a este grupo. Anos pas-saram, as caminhadas para Espanha continuaram sempre com muita von-tade até que me foi feito o convite. Falei com alguns dos meus alunos, que são mais do que apenas alunos, somos companheiros, e amigos, um grande suporte para mim em vários aspetos e decidimos avançar.

O que diria a quem quisesse experimentar o Ninjutsu?

Apenas diria que o Ninjutsu leva-do com seriedade, pode ser encarado como um modo de vida. Procurámos tornar as pessoas em guerreiros com a força necessária para encararem as dificuldades da vida com honestida-de, alegria e claro muito respeito. Os treinos são na antiga escola primária na Amoreira, às terças e quintas-fei-ras para adultos, das 19h00 às 21h00, e aos sábados, das 16h00 às 17h00, para crianças, e ainda das 17h00 às 19h00 para os adultos.

Que planos tem para o futuro?Num futuro próximo gostaria de

realizar estágios em Portugal com outras delegações estrangeiras, pois nunca se realizou nenhum em Portu-gal.

Será no nosso concelho?Gostava muito que assim fosse,

mas como responsável pela federa-ção em Portugal já organizei alguns eventos mas foi em Belver, onde tenho obtido maiores apoios a nível logístico.

Terminamos, dando um obrigado ao Sensei Pedro Félix e desejando continuação do bom trabalho que tanto tem dignificado a nossa fregue-sia.

POR NUNO LOPES

filmes do grande Bruce Lee. Aqueles movimentos, saltos e até os gritos me fascinavam, e eu sozinho sem que ninguém visse tentava imitar o que ele fazia. O fato de ele também ser franzino ainda me seduzia mais.

E como aparece o Ninjutsu na sua vida?

Eu conheci um colega que me fa-lou a primeira vez do Ninjutsu, mas nem ele sabia muito bem o que era. Então pesquisei sobre a história do Japão, onde falam de Ninjas e Samu-rais. Procurei pelo Ninjutsuem Portu-gal e descobri no Algarve uma asso-ciação de Ninjutsu. Entrei em contato com o Presidente que é também o Sensei (Mestre), Jorge Canelas. De-pois de várias conversas fui ao Algar-ve e comecei a treinar com o Sensei Canelas, e descobri o que realmente é o Ninjutsu. Foi com ele que evoluí até me tornar instrutor, e represen-tante da sua associação no distrito de Santarém. Sou graduado em 3º Dan nesta associação.

O Ninjutsué a arte marcial dos Ninjas, certo? Os Ninjas não eram assassinos?

Sim, Ninjutsu é conhecida como a arte marcial dos Ninjas ou Shino-bis, é o termo em japonês para Ninja.Desde sempre que se diz que os Nin-jas são assassinos implacáveis sem piedade, mas a história na sua reali-dade não diz isso. Os historiadores da época eram Samurais, então é lógico denegrir a imagem de um oponente tão forte. Na realidade os Ninjas apa-recem devido a situação de guerra que se vivia na época. Não passavam de agricultores, jardineiros, monges, que se refugiavam nas montanhas e fundiam os seus conhecimentos ape-nas para se defenderem. A conduta de uma Ninja era muito simples, de-fender a sua família, a sua aldeia e os seus bens.

Porque escolheu o Ninjutsu

e não outra arte marcial?Eu costumo dizer que não escolhi,

eu é que fui escolhido. Nas brincadei-ras de miúdo, lembro-me de comen-tarem que eu me escondia em lugares diferentes e de maneiras diferentes, tal como os ninjas. Aprendi a apre-ciar a natureza e a fazer alguns brin-quedos, tal como os Ninjas aprende-ram a usar a natureza para proveito próprio, fossem armas, camuflagem, etc. Acho que sem querer já fazia Ninjutsu.

Sei que também ensina crian-ças, é mais complicado ensinar crianças ou adultos?

Sim, também ensino crianças. A questão não é qual o mais difícil por-que aí depende do grupo em si e não se é adulto ou criança. Gosto muito do que faço e são duas formas de ensino muito diferentes, e principal-mente nas crianças, sabe muito bem ver a sua evolução. Não falo só na evolução técnica, mas sim na evolu-ção como pessoa. O chegar ao Dojo e cumprimentar todos os presentes, a forma como tratam o uniforme, o res-peito pelo espaço onde estão ao fazer uma vénia antes de pisar o tapete, pe-dir permissão para fazer determina-das coisas. São pormenores que va-mos vendo, e que sabem muito bem.

O Pedro neste momento está a representar uma Federação em Portugal, como se proporcionou o convite de ser o representante de algo único no país?

(Risos) Eu conheci esta Federação através de um amigo meu, o Leonel, ele já tinha conhecimento da sua existência há mais tempo do que eu. Andámos muito tempo a falar em ir ao nosso país vizinho, porque é lá a sede, e conhecer o seu Fundador, o Sensei Juan Hombre. Falámos com o Sensei, e eu, o Leonel e um outro ami-go, o Eduardo, fomos a um estágio de inverno. Tudo em plena natureza tal como imaginávamos e ficámos apai-

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REPORTAGEM

“GOSTO DE CONVIVER COM AS PESSOAS, GOSTO MUITO

DE ESTAR AQUI”

Nasceu em 1948, é atualmente o espaço de mercearia mais antigo de Rio de Moinhos, o seu pro-

prietário chama-se João António Ai-res, mas hoje em dia é Maria Emília Aires, com o apoio da sua família, que toma conta deste espaço bastante acarinhado por muitos.

A história é antiga, a mercearia de João António Aires nasceu pelas mãos dos seus pais. Na altura, o ob-jetivo era ter o filho a trabalhar por cá: “o João estava em Lisboa, traba-lhava num armazém e a minha sogra queria que ele regressasse à terra. Já nesta altura, o patrão dele queria que ele fosse para os Açores trabalhar, foi então que se concretizou o regresso a Rio de Moinhos”, conta ao Rio-moinhense Maria Emília Aires. “Na altura, existiam muitas lojas na nossa terra, não haviam os supermercados e tudo se vendia”, recorda.

O espaço é desde 1948 o mes-mo, apenas expandiu com o passar dos anos. Contudo há características emblemáticas nesta pequena loja que têm sido constantes ao longo dos tempos, tais como os seus armários bem antigos, a diversidade de pro-dutos e a simpatia que Maria Emília nunca perdeu mesmo com o passar dos anos.

Com as novas tecnologias, a mer-cearia teve de acompanhar o desen-volvimento que lhe foi imposto. A entrada da máquina de faturação re-presentou um verdadeiro desafio para João e Maria.

“Ao princípio não foi fácil, mas

agora já está tudo bem. O João afas-tou-se devido à máquina e eu apren-di”, confessa.

Desde há muitos anos que é pos-sível encontrar neste espaço, de tudo um pouco, os produtos habituais de mercearia, os hortícolas e as frutas frescas, algumas roupas, jogos de cama, edredons, etc.

Apesar das dificuldades do país, Maria Emília avança que “a loja sus-tenta-se, dá para pagar aos fornece-dores. Vendemos bastante e temos clientes habituais de há muitos anos”.

Desde algum tempo, que a mer-cearia conta com a colaboração de toda a família, nomeadamente de Ana Pires, a neta mais velha dos pro-prietários, que destaca a importância da fidelização dos clientes à loja: “os clientes é que fazem em casa. Quan-do fechamos por momentos, as pes-soas preocupam-se. Esta loja dá dinâ-mica e animo à rua”.

Sobre a afluência de clientes ao es-paço, Ana adianta que “a loja é mais movimentada durante a manhã e so-bretudo nas épocas festivas e quando chega a fruta e a hortaliça”. “Quem toma as decisões é a minha avó, ela é bastante autónoma nos serviços da loja”, remata.

Quanto aos objetivos futuros, Maria Emília refere que quer fazer algumas melhorias ao nível do chão e dos armários, mas o mais impor-tante é “manter a casa aberta até que consiga, a ideia é deixar o espaço aos meus filhos e aos netos. Até lá gosto de conviver com as pessoas, gosto muito de estar aqui”.

Horário:Dias utais das 9h00 às 13h00 e das

15h00 às 20h00 Sábado: das 9h00 às 13h00

POR JOANA MARGARIDA CARVALHO

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Ana Pires e Maria Emília apoiam-se para manter a loja aberta

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REPORTAGEM

CAFÉ “DUAS BICAS” CONTA COM NOVA GERÊNCIA

Marta Alexan-dra Simões Lopes tem 30 anos, é casada e tem dois

filhos. Nasceu em Coimbra, mas é natural de Ribeira de Alge, freguesia que pertence ao concelho de Figueiró dos Vinhos. Antes de viver nos arre-dores de Abrantes a sua residência foi em Portalegre, a terra da sua mãe. Foi em 2013 que escolheu Rio de Moi-nhos para educar os seus filhos.

O primeiro contato com a nossa aldeia foi um pouco antes de vir mo-rar para cá. O motivo esteve relacio-nado com o facto de não ter vagas na pré-escola do seu filho mais velho, perto da sua zona de residência, que na altura era na Encosta da Barata. O Agrupamento Escolar indicou o Cen-tro Escolar de Rio de Moinhos como uma possível solução. E assim foi, a Marta matriculou o Tiago na nossa Escola que o acolheu muito bem e também ele se adaptou bastante bem, ao ponto de não querer uma nova mudança. Para satisfazer as necessi-dades do filho, Marta mudou-se de malas e bagagem para a nossa loca-lidade.

O desafio de reabrir o café “Duas Bicas” foi muito bem pensado, pois a sua prioridade sempre foi os seus filhos e o cuidar bem da rotina deles. Quando a antiga proprietária deste estabelecimento mostrou necessi-dade de fechar portas, houve vários

clientes que sugeriram e incentiva-ram a Marta a reabri-lo, sendo que é jovem e muito simpática. Mas o facto de estar sozinha a educar dois filhos, pois o marido por força dos tempos está emigrado, e o tempo que neces-sita para as funções de mãe a tempo inteiro é bastante, conciliar as duas coisas seria arriscado, não fazendo nenhuma das duas bem. Foi então que a sua mãe, que vivia em Abran-tes, e que tem sido o seu “braço direi-to”, se disponibilizou mais uma vez, para apoiar Marta. Assim sendo, tam-bém se mudou para a nossa freguesia para melhor executar essa tarefa.

Como ambas já têm bastante ex-periência neste ramo, porque os avós de Marta tinham um restaurante e os sogros um café, esta atividade não era grande novidade e foi de fácil adaptação. Marta já frequentava o café e este já tinha clientes fixos, o

caminho foi perceber as necessidades de cada um deles.

Atualmente, a gerente pretende cativar novos clientes, melhorando os vários serviços da casa, nomea-damente apostar num forno para que o pão seja quente a qualquer hora do dia. Por sua vez, às terças-feiras, que é o dia de folga do espaço, a casa abre portas até às 11h00 para vender pão.

Quando o café “Duas Bicas” fe-chou bastou uma “noite em branco” de trabalho para repor o stock e na manhã seguinte o espaço abriu com nova gerência, para agradar os seus clientes. O objetivo é que os mesmos continuem a sua rotina diária de ali comprarem o seu pão quente, be-berem os seus cafés e passarem um bom bocado no final de um dia de trabalho.

POR CATARINA ASSUNÇÃO

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O café “Duas Bicas”, localizado na Rua das Conheiras, mudou de gerência no verão passado e o Riomoinhense foi conhecer a sua nova proprietária

que também é uma residente recente na nossa freguesia.

Marta Lopes e a sua mãe felizes com o novo desafio

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Em junho de 1986 foi fundado o Rancho Folclórico “Os Molei-ros” da Casa do Povo.

Na tentativa de não deixar desaparecer as tradições da Ri-beira de Rio de Moinhos, como outrora foi seu nome. O rancho folclórico recupera em todas as

suas atuações, as tradições e os costumes da nossa terra.

Atualmente,o grupo tem 22 dançarinos, 6 tocadores e 2 cantores. Na sua maioria os jovens dançam com orgulho no traje que representam. Mas nem sempre foi assim, o rancho já passou por várias dificuldades e transformações ao nível de recursos humanos e mate-riais. Os elementos vão crescendo e por vezes procu-ram outras atividades para os seus tempos livres. Ao longo dos anos, as músicas e danças foram mantidas e sempre inspiradas nos costumes e nas profissões do antigamente.

Desde sempre levamos as danças e os trajes para as várias localidades do nosso país, onde somos bem recebidos e acarinhados. Deixamos na memória da-queles que nos vêem os nossos trajes, são eles: os ma-rítimos, as lavadeiras das ribeiras, o feitor da Quinta do Azinhal, os trajes domingueiros e de trabalho no campo. A dança mais tradicional do nosso grupo é o “Fado de Moleiro”. É um fado dedicado aos moleiros da nossa terra. Uma música que nos distingue pela maneira como é cantada e dançada.

O nosso festival anual, habitualmente realizado no mês de maio, é sempre um momento muito importan-te para o grupo. Mostra a vitalidade e o crescimento

DESDE 1986 A TRANSMITIR A TRADIÇÃO DE RIO DE MOINHOS

do mesmo, num espírito de partilha social e associati-va. Este convívio e troca de culturas fazem enriquecer o grupo e dão a conhecer as raízes e as tradições da nossa terra.

Somos um rancho ribatejano e pretendemos de futuro crescer aos mais vários níveis na competição folclórica. O principal objetivo é manter vivas as tra-dições e a amizade que se promove entre todos.

É muito importante para nós a participação de toda a comunidade nas nossas iniciativas e atividades. Ajuda-nos a levar por diante este projecto que por al-guns é respeitado e valorizado.

POR LILIANA CARVALHO,diretora técnica do grupo

ASSOCIATIVISMO

RANCHO FOLCLÓRICO “OS MOLEIROS”

Há 29 anos que o Rancho Folclórico “Os Moleiros” da Casa do Povo de Rio de Moinhos representa a cultura folclórica da nossa região pelo país.

Rui

And

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Sinal da Cruz Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso

Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Fi-lho e do Espírito Santo. Amén

Pai NossoPai Nosso, que estais nos céus, santificado seja o

vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feito à vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos, a quem nos te-nha ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amén.

Avé MariaAvé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco,

bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fru-to do vosso ventre Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, rogais por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amén

Salvé RainhaSalvé Rainha Mãe de Misericórdia, vida, doçura

e esperança nossa salvé! A vós bradamos, os degre-dados filhos de Eva, a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advoga-da nossa, esses olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria, rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos de alcançar as promessas de Cris-to, Amén.

Consagração a Nossa SenhoraÓ Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço to-

do(a) a vós, e em prova da minha devoção para con-vosco, Vos consagro neste dia e para sempre, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração

ORAÇÕES DE QUEM SE DIZ IGREJA(CONTINUAÇÃO DO ARTIGO ANTERIOR)

e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou vosso(a), ó incomparável Mãe, guardai-me e defen-dei-me como propriedade vossa. Lembrai-vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa. Ah, guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.

CredoCreio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador

do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e in-visíveis. Creio em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstan-cial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus, e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez Homem. Também por nós foi cruxi-ficado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo. Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Fi-lho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelosprofetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só baptismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há-de vir. Amén.

Acto de ContriçãoMeu Deus, porque sois infinitamente bom e eu vos

amo de todo o coração, pesa-me de vos ter ofendi-do e, com o auxilio da Vossa divina graça, proponho firmemente emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia. Amén.

Padre Nuno Miguel, Pároco

ADN CRISTÃO (II)

CRÓNICA

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FESTIVIDADES

REMOINHOS D´ÁGUA PROMOVE MAGUSTO

No passado dia 14 de n o v e m -bro, pelas 15h00, o salão da Casa do Povo de

Rio de Moinhos foi o palco de um Magusto, organizado pela Asso-ciação Juvenil Remoinhos d´Água.

A ação contou com atuação do músico Diego Miguellis, com as castanhas assadas e a boa jeropi-ga. Durante a tarde, foi constante a boa disposição tanto da parte da organização como da parte da população que aderiu ao festejo. Apesar da população não ter aderi-do como o esperado, as castanhas saíram com bastante frequência.

Após o festejo realizou-se um pe-tisco entre a organização e os seus sócios.

No decorrer da noite festejou-se o aniversário de dois elementos da Associação Remoinhos d´Água com um bolo surpresa. Este mo-mento juntou os membros da Casa do Povo, da associação e da popu-lação presente, onde se cantaram

os parabéns em conjunto.Por fim, os aniversariantes ofe-

receram uma fatia de bolo aos presentes, terminando assim um dia de festa e de convívio entre os jovens, sendo a Casa do Povo um ponto de atração neste dia.

TEXTO E FOTOS PORMICAELA GONÇALVES

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nossa freguesia Rio de Moinhos. As redes sociais e os órgãos de co-municação da informação são os meios que me permitem ter uma li-gação a Rio de Moinhos e ao con-celho de Abrantes.

POR FILIPE MORAIS

Chamo-me Fi-lipe Morais, tenho 48 anos, nasci e cres-ci em Rio de Moinhos até aos 21 anos, f r e g u e s i a

onde tenho os meus pais e muitos amigos.

Casei e fui viver para o Cana-dá em 1989. A minha esposa já estava a residir neste país. Desde da minha chegada tem sido um desafio super estimulante. Tirei o curso profissional em informática, chamado Micro-Computers and Networks e laboro numa compa-nhia área. Conheço bem a região do Quebec e a parte francesa do Canadá. Nós por cá falamos fran-cês como primeira língua e inglês também.

Este país tem uma qualidade fenomenal e tem muitos recursos naturais. Mesmo depois de estar a residir há 26 anos por cá, conti-nuo a ter uma saudade infinita da minha família e dos meus amigos que residem em Rio de Moinhos. É extremamente difícil viver lon-ge dos que mais amamos. Quando tenho uma oportunidade volto ao nosso país para os visitar o que não é nada fácil.

Quanto a quadra de Natal, infe-lizmente não tenho família direta a residir por cá. O meu sogro fale-ceu o ano passado e a minha sogra encontra-se num lar de idosos com

alzheimer. Normalmente, passa-mos o Natal com o tio da minha esposa e os seus filhos. O meu coração está sempre dividido por-que não tenho os meus pais perto de mim. As saudades são tantas que acompanho sempre com mui-ta emoção tudo o que se passa na

“É EXTREMAMENTE DIFÍCIL VIVER LONGE DOS QUE MAIS AMAMOS”

CARTA DE UM FILHO DA TERRA PARA TODOS OS RIOMOINHENSES…

CARTA

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SAÚDE E BEM ESTAR

Ao escrever este artigo reuni todos os es-forços no sentido de ser o mais rigoroso e atualizado possível. Tenho alguma for-mação em educação física e anatomia, mas não pretendo, nem devo substituir

as suas consultas médicas regulares, mas antes que as complemente. O seu médico é a única pessoa habili-tada, com competência para fazer avaliações críticas, diagnosticar problemas, receitar medicamentos e dar conselhos necessários para o seu bem-estar.

A melhor definição do que é o coração é sem dúvi-da de uma bomba muscular que suga e expele sangue para todo o organismo. As doenças cardiovasculares são consideradas uma epidemia dos tempos modernos e são responsáveis, segundo dados de 2004 por 18 mi-lhões de mortos por ano em todo o mundo, das quais 4100 em Portugal. É minha intenção incentivá-lo a criar uma melhor qualidade de vida com pequenas alterações positivas.

Os portugueses levam vidas cada vez mais sedentá-rias, um estudo da Comissão Europeia conclui que 66% dos portugueses nunca praticou atividades físicas, no entanto o nosso organismo foi concebido para se sub-meter a exercício físico regular. Vamos referenciar al-guns “inimigos” do coração que criam sempre debate aceso entre a classe médica, mas com base no que se sabe atualmente são fatores que afetam o coração: ex-cesso de peso, colesterol, hipertensão, tabagismo, etc.

Relativamente ao excesso de peso, noutros tempos uma silhueta magra era sinal de doença, de refeições pobres e pouco dinheiro, agora estamos na era de gran-des doses de batatas fritas, bolos cheios de açúcar, be-bidas açucaradas, pacotes de pipocas, etc.

Tente fazer uma alimentação saudável e exercício físico. Alguns investigadores estão a testar o potencial de diversas hormonas para inibir o apetite, no entanto não está disponível no mercado qualquer medicamento milagroso para emagrecer.

O colesterol - o nome desta doença começa por sur-gir em 1950 nos jornais americanos, mas foram preci-sos mais de 20 anos para o resto do Mundo tomar cons-ciência da sua importância, uma alimentação rica em gordura saturada é sinónimo de demasiado colesterol na circulação sanguínea. Existem dois tipos principais de colesterol, o “mau” (LDL) que favorece a obstrução

das artérias, colesterol “bom” (HDL) que encaminha as “LDL” para o fígado a fim de serem eliminadas. Não se esqueça de consumir gorduras saudáveis que se encon-tram em alimentos como o peixe gordo, frutos secos e azeite bem como a prática muito exercício físico.

Hipertensão arterial – atualmente mais de um quar-to da população portuguesa adulta sofre de hiperten-são arterial elevada, é reconhecida como o maior fator de risco cardiovascular e como em geral não provoca sintomas muitas vezes designada como “assassino si-lencioso”. Algumas alterações alimentares, prática de exercício físico, perder peso e deixar de fumar (o taba-co é especialmente nocivo para o coração). Mais uma vez insistimos no exercício físico porque ao praticá-lo está a queimar substâncias químicas que aumentam a sensação de bem-estar. E já agora caros leitores não os quero assustar, mas se porventura fumarem não se esqueçam que está provado cientificamente que os fu-madores têm 70% mais probabilidades de morrer de doença cardíaca.

Termino como comecei este meu artigo. Após a refle-xão apresentada sobre os “inimigos do coração” salien-to a necessidade de uma avaliação prévia à prática de exercício físico que é tão importante. Além disso devo referir mais uma vez que este artigo não pretende subs-tituir o diagnóstico e cuidados médicos necessários.

A prática do desporto e uma alimentação saudável são fatores fundamentais para uma melhor qualidade de vida.

POR MÁRIO PERNADAS

DR

POR FAVOR CUIDEDO SEU CORAÇÃO

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PENSAR SOBRE

RECOLHA POR BÁRBARA BRETES

QUAL A MELHOR PRENDA QUEPODERIA RECEBER NESTE NATAL?

LÚCIA FERREIRAPucariça

TELMA ROSAPucariça

LÚCIA PEDROPucariça

JOSÉ PEDRO Rio de Moinhos

Hoje em dia, quando falamos no Natal imediatamente associamos aos pre-sentes e ao consumismo. Por isso, este Natal se tivesse que escolher a melhor prenda para receber não escolhia bens materiais, mas sim as coisas únicas da vida, saúde, amor, liberdade e ser feliz.

O que gostaria de receber como prenda de Natal seria ganhar o euro milhões, ia facilitar a realização de alguns sonhos e planos para a minha vida pessoal e profissional. Com esse dinheiro certamente fundaria uma ONG para cuidar de crianças abandonadas ou vítimas de abuso. Acho que o que realmente faz a diferença na nossa vida, é fazer a diferença na vida dos outros.

Neste Natal podia desejar um presente material, mas nos dias de hoje esses miminhos são para os mais jovens. Desejo então muita saúde, amor, trabalho para mim e para os que me são queridos. Para o mundo desejo muita paz e um Feliz e Santo Natal para todos.

Neste natal gostaria de continuar a contar com a presença e o carinho dos meus familiares e amigos. Saúde e paz para todos é o que mais importa. Vai ser uma noite, espero eu, junto da minha família e as prendas vão ser apenas mais uma tradição a juntar ao bacalhau e às couves. Depois a missa do galo onde se juntam os amigos. Desejo a todas um Feliz Natal de 2015!

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Pontos de distribuição do Riomoinhense:- Casa do Povo de Rio de Moinhos;- Junta de Freguesia e correios.

Faça-se sócio, pense no seu futuro e ajude quem neste momento precisa.

Tel: 241 881 308 Email: [email protected]

SAD: Serviço Apoio DomiciliárioCD: Centro de Dia - 9h às 17h

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