Dez Mandamentos - Lição 4 - Não Farás Imagens de Esculturas - Subsídios

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LIÇÃO 4 – Não farás imagens de esculturas (Ex 20.4-6; Dt 4.15- 19) SUBSÍDIOS PARA OS PROFESSORES DA EBD-ADEJA ESBOÇO INTRODUÇÃO 1. Homus Religiosus (INTERAGINDO). I – DOUTRINA DE DEUS 1. A soberania de Deus. (p. 40, 2° §; DEVER) 2. A transcendência de Deus. (III.3, SOARES) 3. A imanência de Deus. (III.3) 4. A misericórdia de Deus. (II.2,3; p. 46, 3°§, p. 48, SOARES, JOYNER) II – A ADORAÇÃO A DEUS (III.1; WYCLIFFE, p. 47) 1. Deus é espírito e é invisível. (III.2, SOARES, JOYNER) 2. A adoração é em espírito e em verdade. (Jo 4.24; JOYNER) 3. O acesso direto a Deus (Hb 10.19; INTRODUÇÃO). 4. Jesus é o único mediador entre Deus e o homem (I Tm 2.5; INTERAÇÃO). III – A IDOLATRIA (I) 1. Etimologia de ídolo (eidolon), de imagem (péssel) e de semelhança (temunah) (I.1-3). 2. Uma agressão ao senhorio e à soberania de Deus (I.2, ZUCK).

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Lições bíblicas

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LIÇÃO 4 – Não farás imagens de esculturas (Ex 20.4-6; Dt 4.15-19)

SUBSÍDIOS PARA OS PROFESSORES DA EBD-ADEJA

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

1. Homus Religiosus (INTERAGINDO).

I – DOUTRINA DE DEUS

1. A soberania de Deus. (p. 40, 2° §; DEVER)

2. A transcendência de Deus. (III.3, SOARES)

3. A imanência de Deus. (III.3)

4. A misericórdia de Deus. (II.2,3; p. 46, 3°§, p. 48, SOARES, JOYNER)

II – A ADORAÇÃO A DEUS (III.1; WYCLIFFE, p. 47)

1. Deus é espírito e é invisível. (III.2, SOARES, JOYNER)

2. A adoração é em espírito e em verdade. (Jo 4.24; JOYNER)

3. O acesso direto a Deus (Hb 10.19; INTRODUÇÃO).

4. Jesus é o único mediador entre Deus e o homem (I Tm 2.5; INTERAÇÃO).

III – A IDOLATRIA (I)

1. Etimologia de ídolo (eidolon), de imagem (péssel) e de semelhança

(temunah) (I.1-3).

2. Uma agressão ao senhorio e à soberania de Deus (I.2, ZUCK).

3. Etimologia de zeloso (qanna). Adoração exclusiva a Deus. (II.1; p. 46, 2°§)

4. Idolatria não é só no paganismo, o culto aos santos também é. Além disso, o

materialismo também é. Tudo o que substitui ou distrai a adoração que é

devida somente a Deus. (IV.3)

5. Por que o homem tende a prestar culto às imagens? As pseudo-dádivas

concedidas por “santos” ou “anjos”. (I Co 10.20)

6. A doutrina católica sobre o culto às imagens: latria, doulia e hiperdoulia.

(IV.1, CHAMPLIN)

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7. Mariolatria. (IV.4; TIAGO SILVA)

8. As pseudo bases bíblicas para o culto às imagens. (II Mc 15.14)

9. Judeus não cultuavam a Arca da Aliança ou a Serpente de Bronze, quando

essa serpente passou a ser adorada, o rei Ezequias mandou destruí-la. (IV.2)

10. A movimentação financeira por trás do culto às imagens. (IV.SUBSÍDIO)

11. Ídolos X objetos de decoração. (CONCLUSÃO; p. 44, 2° §, p. 45, 2° §)

CONCLUSÃO

1. Tolerância religiosa, seus limites. (LUTZER)

MARK DEVER

I.1 - De acordo com a Bíblia e, especificamente, com Êxodo, Deus não é passivo. As

circunstâncias não determinam o seu plano, ao contrário, seu plano determina as

circunstâncias. Amigo, essa é a história de toda a Bíblia. Por isso, tantas coisas

incomuns acontecem — desde a promessa de dar um filho para um casal estéril com

cem anos de idade até a de Deus se fazer carne e morrer na cruz pelos pecados do

mundo. Poucas vezes, a Bíblia lida com o provável. Do início ao fim, a grande história

das Escrituras apresenta o propósito soberano de Deus realizado de forma

surpreendente. Portanto, o Senhor trabalha soberanamente na vida de Moisés e de

Faraó. E supõe-se que testemunhemos isso, assim, ouviremos as suas promessas para

nós, creremos nelas e lhe obedeceremos, sabendo que Ele cumprirá tudo que prometeu.

Deus opera com soberania para salvar seu povo particular;

Ao diferenciar seu povo dos Egípcios;

Ao diferenciar seu povo de todos os povos da Terra;

Na verdade, Êxodo desafia diretamente a noção de que Deus faz tudo por causa

da raça humana. O homem não é o propósito supremo da criação, mas sim a glória de

Deus! Façamos mais um rápido passeio pelo livro a fim de garantir que você apreenda

esse ponto principal. Podemos dizer que o livro inteiro tem o intuito de estabelecer a

própria fama de Deus! Você vê isso em todas as passagens. Acho que você, se ainda não

tinha percebido isso, mudará a forma de ler Êxodo, e talvez toda a Bíblia.

Essa é a mensagem de Exodo: o Senhor — Jeová — é maior que todos os outros

deuses. Deus trabalhou soberanamente para salvar um grupo especial de pessoas a fim

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de que observemos sua grandeza. Ele não é apenas outra projeção das esperanças do

homem ou de ideais filosóficos. O Senhor age no tempo e no espaço, portanto, podemos

ver seu poder e adorar sua majestade.

Deus trabalha soberanamente para salvar um povo particular para a sua glória.

Ele fez isso e ainda faz hoje. Isso é o que Ele faz na igreja!

EZEQUIAS SOARES

I.2,3 - Um Deus pessoal

Não é possível conciliar panteísmo e cristianismo. O Deus revelado na Bíblia é pessoal,

transcendente e imanente. O que é a imanência? E o relacionamento do Criador com o

mundo criado, principalmente com o ser humano e a sua história.

A transcendência denota que Deus é um Ser não pertencente à criação, que transcende a

toda matéria e a tudo que foi criado. Ele é independente e está, nesse sentido, separado

da criação, haja vista existir antes da fundação do mundo.

II.1 - Espiritualidade. Este termo não é a mesma coisa que a qualificação “espiritual”;

está relacionado com o substantivo “espírito”; no caso do salvo, relaciona-se ao Espírito

Santo. A Palavra de Deus afirma: “Deus é Espírito” (Jo 4.24). Seu Ser, portanto, não se

compõe de matéria. Jesus disse que “espírito não tem carne nem ossos” (Lc 24.39). Um

espírito é uma substância !material, invisível e indestrutível.

E mudaram a gloria do Deus incorruptivel em semelhanca da imagem de homem

corruptivel, e de aves, e de quadrupedes, e de repteis (Rm 1.23).

O qual e imagem do Deus invisivel, 0 primogenito de toda a criacao (Cl 1.15).

Ora, ao Rei dos seculos, imortal, invisivel, ao unico Deus seja honra egloria para todo 0

sempre. Amem! (ITm 1.1 7).

O termo grego traduzido por “imortal” (I Tm 1.17), em nossas versões portuguesas da

Bíblia, é aphthartos, que literalmente significa “incorruptível”. O adjetivo em questão

foi traduzido dessa mesma forma na versão inglesa Young’s Literal Translation of the

Holy Bible e também aparece em Romanos 1.23.

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Ser espírito, por conseguinte, não implica impessoalidade, e sim qualidade de perene,

imperecível. O Senhor Jesus disse que Deus tem voz e forma, mas isso é

incomparavelmente infinito: “Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer”

(Jo 5.37).

I.1. A PROVIDENCIA DIVINA

O termo “providência” não aparece nas Escrituras Sagradas, porém a doutrina é bíblica.

Ela consiste na atividade de Deus para preservar a sua criação até ao seu destino final.

Isso implica governo, soberania e preservação, haja vista ser Ele o Criador de todas as

coisas. O Universo lhe pertence: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas;

glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).

Deus é o único soberano do Universo e tem o controle de tudo: “E ele é antes de todas

as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl I.17). Esses aspectos, por si só,

afastam qualquer idéia panteísta ou deísta.

Preservação é o cuidado divino em conservar e manter todas as coisas criadas. Isso

inclui o homem, os demais seres viventes e toda a natureza: “Abres a mão e satisfazes

os desejos de todos os viventes” (SI 145.16). Deus cuida de todos os viventes, desde a

estrutura mais simples até a mais complexa. O que seria do mundo sem a vontade

preservadora de Deus?

Tu so es Senhor, tu fizeste 0 ceu, 0 ceu dos ceus e todo 0 seu exercito, a terra e tudo

quanto nela ha, os mares e tudo quanto neles ha; e tu os guardas em vida a todos, e 0

exercito dos ceus te adora CNe 9.6).

OTodo-Poderoso é, por conseguinte, o Criador e o Mantenedor do Univer- so. Ele está

no controle de tudo e sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3),

como Paulo asseverou em Atos 17.24-27:

O Deus que fez 0 mundo e tudo que nele ha, sendo Senhor do ceu e da terra, nao habita

em templos feitos por maos de homens. Nem tampouco e servido por maos de homens,

como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo e quem da a todos a vida, a

respiracao e todas as coisas; e de um so fez toda a geracao dos homens para habitar

sobre toda a face da terra, determinando os tempos ja dantes ordenados e os limites da

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sua habitacao, para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, 0 pudessem

achar, ainda que nao esta longe de cada um de nos.

I.4 - Misericórdia, graça e longanimidade. Estes três atributos são correlatos, porém

distintos entre si; manifestam a bondade de Deus. Misericórdia é o termo teológico para

compaixão; trata-se da disposição de Deus para so- correr os oprimidos e perdoar os

culpados. A graça é o favor imerecido de Deus para com o pecador; é a bondade para

quem apenas merece o castigo. Já a longanimidade é a demonstração de paciência; é ser

lento para 1rar-se; retardar a ira.

Passando, pois, 0 Senhor perante a sua face, clamou: JEOVA, 0 SENHOR, Deus

misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficencia e verdade; que

guarda a beneficencia em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressao, e 0

pecado; que ao culpado nao tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os

filhos e sobre os filhos dos filhos ate a terceira e quarta geracao (Ex 34.6,1).

Misericordioso e piedoso e 0 SENHOR; longanimo e grande em benignidade (Sl 103.8).

Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, para com os

homens, nao pelas obras de justica que houvessemos feito, mas, segundo a sua

misericordia, nos salvou pela lavagem da regeneracao e da renovacao do Espirito Santo,

que abundantemente ele derramou sobre nos por Jesus Cristo, nosso Salvador CTt 3.4-

6).

RUSSEL JOYNER

II.1,2 - ESPÍRITO

Os samaritanos eram considerados sectários pelos judeus do primeiro século, e inimigos

a serem evitados. Forçados a abandonar a idolatria, os samaritanos elaboraram uma

interpretação própria do Pentateuco, consagrando o monte Gerizim como o seu local de

adoração. Além disso, rejeitavam o restante do Antigo Testamento. Jesus, na sua

conversa com a mulher samaritana, desfez esse grave erro: "Deus é Espírito, e importa

que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4-24)- De acordo com

essa declaração, a adoração está limitada a nenhum local específico, posto que tal , fato

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refletiria um conceito falso da natureza divina. A adoração teria de estar em

conformidade com a natureza espiritual de Deus.

A Bíblia não define "espírito"; limita-se a oferecer algumas descrições. Deus, como

espírito, é imortal, invisível e eterno, digno de nossa honra e glória para sempre (1 Tm

1.17). Como espírito, Ele habita na luz, da qual os seres humanos são incapazes de

aproximar-se: "A quem nenhum dos homens viu nem pode ver" (1 Tm 6.16). Sua

natureza espiritual é-nos de difícil entendimento, pois ainda não o temos visto conforme

Ele é. E, à parte da fé, somos incapazes de compreender o que não experimentamos.

Nossa percepção sensorial não nos oferece nenhuma ajuda para discernirmos a natureza

espiritual de Deus. Ele não está preso à matéria. Adoramos aquEle que é bem diferente

de nós, mas que deseja dar-nos o Espírito Santo como antegozo do dia em que o

veremos conforme Ele é (1 Jo 3.2). Então, poderemos aproximar-nos da sua presença,

porque a nossa mortalidade será anulada, e nos vestiremos da gloriosa imortalidade (1

Co 15.51-54).

I.4 - GRACIOSO E MISERICORDIOSO

Os termos "graça" e "misericórdia" representam dois aspectos do caráter e da atividade

de Deus que, embora distintos, são correlatos entre si. Experimentar a graça divina é

receber uma dádiva que não podemos adquirir por conta própria, e da qual não somos

merecedores. Experimentar sua misericóridia significa ser preservado do castigo a que

se faz jus. Deus é o juiz supremo que detêm o poder para determinar, em última análise,

a punição a quem merece. Quando Ele nos perdoa o pecado e a culpa, experimentamos

a sua misericórdia. Quando recebemos o dom da vida, experimentamos a sua graça. A

misericórdia divina remove o castigo, ao passo que a sua graça coloca algo positivo no

lugar do negativo. Embora mereçamos o castigo, Ele nos dá a paz e restaura-nos

integralmente (Is 53.5; Tt 2.11; 3.5).

"Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade" (SI

103.8). Posto que precisemos ser trazidos da morte para a vida, esses aspectos de Deus

são amiúde mencionados juntamente nas Escrituras com a finalidade de demonstrar seu

inter-relacionamento (Ef 2.4,5; cf. Ne 9.17; Rm 9.16; Ef 1.6).

III.2 - ROY ZUCK

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O segundo mandamento. Este preceito (w. 4-6) proibe a representacao do Senhor por

qualquer tipo de idolo ou semelhanca, pois representa-Lo e limitar o Deus transcendente

e inefavel e confundir o Criador com a criacao. Curvar-se e adorar (literalmente,

“servir”) tal imagem constitui fracasso em reconhecer e reagir corretamente a soberania

do Senhor. O motivo para se obedecer a esta exigencia e duplo e esta expresso na forma

de formula abreviada de maldicao e bencao. Os que praticam a idolatria aborrecem o

Senhor (v. 5), ao passo que os que nao a praticam sao os que o amam (v. 6). No

contexto do concerto, estes verbos sao muito instrutivos, pois “aborrecer” significa

rejeitar e “amar” significa escolher.52 Os idolatras, pelo proprio ato da idolatria,

rejeitam o verdadeiro Deus quando Ele escolhe revelar-se, e escolhem uma invencao da

sua própria imaginacao. Por outro lado, os que o amam (escolhem), ou seja, lhe

obedecem (v. 6), tornam-se recebedores do seu amor reciproco, o seu hesed. A lealdade

ao Senhor por parte do povo-servo ocasionara a resposta de compromisso leal e infalivel

a eles.

CONCLUSÃO – ERWIN LUTZER

E muito provavel que seus vizinhos e companheiros de trabalho acreditem que nao

importa a qual deus você faca suas preces pois, no final das contas, toda deidade e a

mesma deidade embutida em um nome diferente. De acordo com relatorio levantado

pela pesquisa Barna em 1993-94, quase dois de cada tres adultos afirmam que a escolha

de uma fe religiosa sobre outra e irrelevante, porque todas as religioes ensinam as

mesmas licoes basicas de vida.

X - Aqui estao tres maneiras possiveis de relacionar Cristo com os desafios de outras

religioes: Primeiramente' existe o pluralismo — a afirmacao direta de que temos de

aceitar todas as religioes como iguais. Cristo e so um homem, um profeta, um entre

varias opcoes, e nao necessariamente uma opção melhor entre outras. 0 pluralismo

insiste que ate a palavra tolerância cheira a fanatismo, a insinuacao de que temos de

“tolerar” aqueles que sao diferentes de nos. Nao devemos apenas tolerar as religioes

diferentes; devemos conceder a elas o mesmo respeito que damos a nossa. Nesse

cenario Cristo e interpretado de forma generica, mas Ele sempre e despojado de sua

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deidade (a menos que suas afirmacoes sejam interpretadas com o sentido de que todos

somos divinos). Este pluralismo (ou universalismo) afirma, sem competencia, que

nenhuma religiao tem o direito de julgar a outra. Sem respeito mutuo, tolerância sem

criticas e aceitacao incondicional da “rica” heranca dos outros, não ha base para a

unidade. A superioridade conduz ao preconceito, o qual deve ser exposto, desdenhado e

subsequentemente arrancado pelas raizes.

Uma segunda instancia mais comum e o inclusivismo — abertura as outras religioes que

comecou com o iluminismotdo seculo XIII. Cristo,1 - de acordo com essa perspectiva,

ainda pode ser incomparavel, mas Ele nao tem a exclusiva possessao da verdade. As

outras religioes também sao uma expressao do divino, embora sua forma seja menos

clara que aquela que nos esta especificada no Novo Testamento. Os liberais sempre

procuram demonstrar o valor espiritual das outras religioes. O Concilio Mundial de

Igrejas ressalta que somente pelo dialogo religioso entre as diversas religioes do mundo

sera possivel ver a totalidade da revelacao de Deus. So a ignorancia e a estreiteza de

mentalidade limitaria a revelacao de Deus ao cristianismo, a religiao dominante no

ocidente. Desde o Vaticano II, essa marcha em direcao ao inclusivismo também tem

sido observada na Igreja Catolica. Anteriormente, cria-se com todo fervor que a

salvacao so era possivel pela Igreja, ou seja, a Igreja Catolica. Mas agora que os

protestantes sao chamados de “os irmaos separados”, um texto do concilio diz que a

Igreja Romana nao deve mais ser identificada como a igreja exclusiva de Jesus Cristo i

“os que ainda nao receberam o Evangelho estao relacionados com a Igreja de varias

maneiras”^ Curiosamente, agora que a porta da salvacao foi aberta para os protestantes,

também abriu-se para os adeptos de outras religioes. Sabe-se que o papa Joao Paulo I

rezava com hindus, budistas e representantes de outras crencas.

-Em terceiro lugar, ha o exclusivismo, que sustenta que Deus se revelou somente em

Cristo; portanto, todas as outras religioes sao imperfeitas, desencaminhadoras e falsas.

Pode-se dizer que Elias, o poderoso profeta do Antigo Testamento, era exclusivista.

Quando ele teve uma disputa com os profetas de Baal e ficou comprovado que eles

eram falsos, Elias apanhou 400 deles e matou-os no ribeiro de Quisom.

O Novo Testamento mantem esta tradicao de exclusividade, com a diferenca de que os

seguidores de outras religioes nao sao mais sujeitos as penalidades civis.

O exclusivismo, eu poderia acrescentar, nao esta em conflito com a liberdade religiosa.

A liberdade de adotar qualquer religiao que a pessoa queira (ou nao queira nenhuma),

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deve ser um direito em todos os paises, especialmente naqueles que foram influenciados

pela fe crista. Como veremos mais tarde, uma definicao adequada do exclusivismo

significa que, ao mesmo tempo que reconhecemos e respeitamos a liberdade religiosa,

nao comprometemos nossas conviccoes. Tambem nao as combinamos com outras

religiões ou filosofias. Sc ha um Deus verdadeiro, nossas opcoes sao limitadas.

Estas tres possibilidades geram outras Variacoes. Por exemplo, ha o seletivismo dizendo

que nao temos de seguir uma religiao, mas compilar nossa propria lista particular de

crencas apreciadas.

Nossa geracao cada vez mais quer tirai- a religiao do ambito .do discurso racional e

relega-la a area das preferencias e opinioes pessoais! (...)Os deuses do movimento da

Nova Era sempre sao, quase a qualquer custo, tolerantes com as preferencias sexuais, o

feminismo e os prazeres hedonisticos. (...)

Permita-me deixar claro que a tolerancia pode ser definida de duas maneiras legitimas.

Como mencionado no primeiro capitulo a tolerancia lesal e o direito que cada um tem

de acreditar em qualquer crença (ou em nenhuma) que se queira acreditar. Tal tolerancia

e muito importante em nossa sociedade, e nos, como cristaos, devemos manter nossa

conviccao de que ninguem jamais deve ser coagido a crer no que cremos. A liberdade

religiosa nao so deve ser mantida nas democracias ocidentais, mas tambem promovida

em outros paises.

Segundo, existe a tolerancia social, o^ompromisso de respeitar todas as pessoas mesmo

que discordemos frontalmente de sua religiao e ideias. Quando nos envolvemos com

outras religioes e questoes morais na feira ideologica, deve ser com cortesia e bondade.

Temos de viver em paz com todos os individuos, mesmo com os de conviccoes

divergentes, ou com os que nao tem nenhuma crenca. Nao precisamos mais de cristãos

farisaicos que julguem piamente os outros, sem admitir com humildade que todos

somos criados a imagem de Deus. A tolerancia, como a paciencia, e fruto do Espirito

Santo.

Mas a tolerancia da qual falo — se preferir, nosso icone nacional — e algo bastante

diferente. Trata-se de uma tolerancia desprovida de critica que evita o debate energico

na busca da verdade. Esta nova tolerância insiste que nao temos direito de discordar de

uma agenda social liberal; nao devemos defender nossas perspectivas de moralidade,

religiao e respeito pela vida humana. Esta tolerancia respeita ideias absurdas, mas

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castiga qualquer um que acredite em absolutos ou que reivindique ter descoberto

alguma verdade. Alguem disse que essa tolerancia inclui todos os pontos de vista. Esta e

a tolerancia apenas para aqueles que marcham no passo da multidao tolerante.

Voce ouviu falar do “politicamente correto", a doutrina baseada em um novo direito

americano — j) direito de nunca ser ofendido. Se suas opinioes batem de frente contraia

agenda liberal oficial! e melhor permanecer quieto ou sera acusado de “violencia

verbal”. Leis estao sendo feitas para proibir todo discurso que seja ofensivo a um grupo

minoritario. Desnecessario e dizer que os grupos contra o aborto sao uma ofensa para

muitas pessoas; da mesma forma sao aqueles que nao acreditam na agenda

homossexual; assim sao os que acreditam em Cristo como o único caminho que nos

conduz a Deus.

CHAMPLIN

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III.6 – Adoração e Veneração

A Igreja Católica Romana faz muita questão de distinguir entre «adorar.. e «venerar»,

afirmando que os seus adeptos não adoram, mas somente veneram as imagens de

escultura. Mas isso é fugir da questão, pois as Escrituras não nos ordenam que

veneremos as imagens de escultura. Na realidade, para todos os efeitos práticos,

«adorar» e «venerar.. são sinônimos perfeitos. Quem adora, venera; e quem venera,

adora. Na linguagem religiosa, o termo é usado para indicar a devoção, o serviço e a

honra que prestamos a Deus, em público ou individualmente. Os templos evangélicos

são lugares de adoração, e as formas de culto divino, seguidas pelas diversas

denominações cristãs, são formas de adoração. O verbo «adorar» pode ser usado tanto

transitivamente, «adorar a Deus.., como intransitivamente, «participar da adoração».

Visto que a adoração inclui todos os seus elementos constitutivos por exemplo, louvor,

oração e pregação, e visto 'que também envolve várias questões associadas, como

templos, música, hinos, o número de vocábulos hebraicos e gregos envolvidos nesse ato

é muito elevado e diversificado. Nosso estudo estará alicerçado sobre o exame de cinco

termos gregos básicos, embora devamos mencionar ao menos o sentido de certas

palavras hebraicas mais importantes, como «prostrar-se», «fazer um idolo» , «servir»,

«inclinar-se», No hebraico, a primeira dessas palavras é usada por cerca de cento e

setenta e duas vezes nos vários livros do Antigo Testamento. Abaixo damos o esboço do

artigo:

TIAGO VIDAL DA SILVA

Olhando por uma outra vertente, o Concílio convocado por Cirilo de Alexandria tinha

como principal objetivo combater a heresia denominada nestorianismo2, o que de certo

modo foi alcançado.

Maria depois de 400 anos de penumbra sai do Concílio de Éfeso, que durou apenas 10

dias (de 22 a 31 de julho de 431) com uma história, uma missão, uma doutrina, um

culto, um lugar eminente na corte celeste, Rainha dos Céus, dos Anjos e de todos os

Santos, Mãe da Igreja, Mãe de Deus (SILVA, 2006, p. 17).

Sob o título de “Mãe de Deus”, todos os outros hipocorísticos dedicados aos deuses

pagãos passam a fazer referência a Maria (Rosa de Ouro, Rainha do Universo, etc.).

Fiores e Meo (1995, p.900) nos declaram que “a força mitológico-simbólico de Maria é

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tal que ela polariza em si uma encruzilhada de mitos”. Deste ponto de vista, ratifica-se o

fato de que o culto mariano foi integrando-se gradativamente na religiosidade do povo

cristão e que será somente a partir do século IV que a figura de Maria vai assumir

dimensões maiores dentro do Cristianismo.

NOTAS

Assunção de Maria 1950 - Pio XII

Perpétua virgindade - séculoVII

Imaculada Conceição - 1854 - Pio IX

Mãe da Igreja - Concílio Vaticano II 1962-65- Paulo VI

Medianeira - não é dogma

Corredentora - não é dogma

Rainha do Céu - Encíclica de 1954 - Pio XII

BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA de Estudo Defesa da Fé: questões reais, respostas precisas, fé solidificada. Rio

de Janeiro: CPAD, 2010.

DEVER, Mark. A mensagem do Antigo Testamento: uma exposição teológica e

homilética. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

HIGGINS, John R. A Palavra inspirada de Deus. In: HORTON, Stanley M. (ed.).

Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD.

HOFF, Paul. O Pentateuco. São Paulo: Editora Vida, 1983.

MERRIL, Eugene H. Uma teologia do Pentateuco. In: ZUCK, Roy B. (ed.). Teologia do

Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SOARES, Esequias. Teologia: a doutrina de Deus. In: GILBERTO, Antonio (ed.).

Teologia Sistemática Pentecostal. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.