Devastação Do Cerrado

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CAMPUS - GOIÂNIA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOCIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL COORDENAÇÃO DE MEIO AMBIENTE ECOLOGIA APLICADA André Mello Fausto Aquino Karen Jaqueline Karyna Vasco

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Transcript of Devastação Do Cerrado

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CAMPUS - GOIÂNIACURSO SUPERIOR DE TECNOLOCIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL

COORDENAÇÃO DE MEIO AMBIENTE

ECOLOGIA APLICADA

André MelloFausto Aquino

Karen JaquelineKaryna Vasco

DEVASTAÇÂO DO CERRADO

1. Introdução

2. Bioma Cerrado

3. Aspectos sócioculturais no Cerrado

4.Desmatamento do Cerrado

5.Influencia do agronegócio na devastação do Cerrado

6.Queimadas

7.Mudança no clima e desmatamento do Cerrado

8.Uso sustentável do Cerrado

Introdução

O Cerrado é um dos biomas brasileiros

mais ameaçados em função de sua

conversão para usos alternativos do solo,

o que implica a perda de cobertura

vegetal nativa

Tanto o desmatamento quanto os incêndios florestais, ocasionam:

•alteração da paisagem,

•fragmentação dos habitats,

•extinção de espécies,

•invasão de espécies exóticas,

•erosão dos solos,

•poluição dos aqüíferos

•assoreamento dos rios

•desequilíbrio no ciclo de carbono

Políticas de ocupação e o desenvolvimento de tecnologias para o aproveitamento agropecuário do solo permitiram que, em poucas décadas, enormes áreas de vegetação nativa fossem suprimidas

Por outro lado, a consciência da riqueza ambiental e cultural do Cerrado vem aumentando a cada dia e o apelo para a sua proteção está presente em vários segmentos sociais.

BIOMA CERRADO

O Cerrado é a maior região de savana tropical da América do Sul, incluindo grande parte do Brasil Central, parte do nordeste do Paraguai e leste da Bolívia, sendo o segundo bioma brasileiro em extensão

Faz limite com outros quatro biomas brasileiros:

NORDESTE

NORTE

SUDESTE

SUDOESTE

•Ecótonos com biodiversidade extremamente alta e elevado endemismo de espécies.

•Ocupa aproximadamente 24% do território brasileiro, possuindo uma área total estimada em 2.036.448 km

• Abrange o Distrito Federal e dez stados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, somando aproximadamente 1.500 municípios.

Em função de sua extensão territorial, compreende um mosaico de vários tipos de vegetação, desde fisionomias campestres até florestais, como as matas secas e as matas de galeria.

A alta diversidade de ambientes se reflete em uma elevada riqueza de espécies, com plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas e cipós, totalizando 12.356 espécies que ocorrem espontaneamente e uma flora vascular nativa (pteridófitas e fanerógamas) somando 11.627 espécies

Existem cerca de 320.000 espécies de animais na região, sendo apenas 0,6% formada por vertebrados.

•Das 472 especies listadas na “Lista das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção” (IN MMA nº 6/2008), 132 estão presentes no bioma.

•Por essas razões, principalmente pela alta biodiversidade, é considerado como um dos biomas mais ricos, mas também um dos mais ameaçados do mundo.

Das 12 regiões hidrográficas brasileiras, seis têm nascentes no bioma:

. Entre as décadas de 1930 e 1960, a região foi palco de políticas como a “Marcha para Oeste”, do período Vargas, que teve a intenção de ampliar o mercado interno, incentivar a imigração, aumentar a produção agropecuária, entre outros fatores.

•construção de cidades como Goiânia, nos anos 30, e Brasília, nos anos 50, simbolizaram, de um lado o desejo nacional de modernização, e, de outro, a ocupação do interior

Até meados da década de 1980, a intervenção estatal foi grande :

•Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco),

•Programa de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Prodoeste),

•Programa de Desenvolvimento do Cerrado (Polocentro)

•Programa de Cooperação Nipo-Brasileiro para Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer)

CELEIRO DO MUNDO

ASPECTOS SOCIO-CULTURAIS

No bioma, existem populações tradicionais, como os povos indígenas e os quilombolas que contam, ambos, com um reconhecimento jurídico mais destacado.

GERAIZEIROS

QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU

RIBEIRINHOS

DESMATAMENTO

verificou-se num levantamento que os remanescentes de vegetação do Cerrado passaram de 55,73% em 2002 para 51,54% em 2008

Conforme o monitoramento realizado pelo Prodes/INPE, o total de desmatamento na Amazônia Legal nesse mesmo período (2002-2008) foi de 111.030 km². Apesar de ser um valor um pouco maior, deve-se ressaltar que a Amazônia ocupa o dobro da área do Cerrado, aproximadamente.

AGRONEGÓCIO

O crescimento econômico do País nos anos 70 proporcionou maior renda per capita, expansão demográfica, ampliação da produção, aumento da disponibilidade de alimentos para o consumo interno e para as exportações. A abertura de novas áreas foi considerada uma importante medida para a expansão da agricultura e da pecuária.

•Segundo o levantamento realizado por Sano et al. (2008), até 2002, do total desmatado do Cerrado, 54 milhões de hectares (ou 26,5%) estavam ocupados por pastagens cultivadas e 22 milhões de hectares (ou 10,5%) ocupados por culturas agrícolas

• Mais recentemente, observa-se o avanço da fronteira agropecuária nos estados ao norte do Bioma, como Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia.

QUEIMADAS

•No final da última  glaciação - os incêndios no Cerrado só ocorriam por causas naturais, em geral causados por raios.

•No final do Pleistoceno  -  ocorreram mudanças na vegetação, como o aumento da disponibilidade de material combustível. Aliado à maior quantidade desse, os primitivos caçadores faziam uso do fogo, possivelmente ocasionando a freqüência de incêndios.

• O período do médio Holoceno - redução de áreas florestais e ocorrência de grandes incêndios com baixa freqüência.

• Final do Holoceno - chegada de índios horticultores e caçadores, o fogo foi utilizado na caça e na  prática da agricultura itinerante. Com a presença humana, o regime de fogo mudou, aumentando sua freqüência, ocorrendo a cada 5 a 10 anos com concentração das queimadas no início e no meio da estação seca.

•Brasil Central - Chegada dos colonizadores, há aproximadamente 400 anos, o fogo para renovação das pastagens passa a ser o uso predominante para preparação da terra, acarretando o  aumento na  freqüência de queimadas no Cerrado. 

Nos dias atuais, a frequente ocorrência de incêndios no bioma Cerrado  ocasiona diferentes danos para: 

a vegetação e a fauna (biodiversidade);

a paisagem;

o solo,as águas e o ar (ciclagem de nutrientes);

as instalações agrícolas e os cultivos;

a saúde humana.

A dimensão e a intensidade dos impactos causados pelo fogo no Cerrado são moduladas por diferentes fatores que podem ser agrupados em quatro classes:

•fatores climáticos (incontroláveis): ocorrência de raios, de geadas, de veranicos, de baixa umidade, de seca prolongada, de ventos 32 moderados/fortes;

• fatores vegetacionais (parcialmente manejáveis): presença de camada contínua de capim (combustível fino), acúmulo de combustíveis (histórico de queima), competição entre os estratos herbáceo e arbóreo, heterogeneidade espacial da vegetação, ocorrência de espécies e comunidades resistentes e sensíveis ao fogo, presença de espécies invasoras;

•fatores edáficos (parcialmente manejáveis): reduzida matéria orgânica (isolante térmico) concentração de biomassa subterrânea, disponibilidade de abrigos (p. ex. tocas de tatus termiteiros) presença de espécies fossoriais, hipógeas, topografia plana ou acidentada;

• fatores culturais (parcialmente manejáveis): uso do fogo como instrumento de manejo, percepção dos impactos ambientais do fogo, percepção do papel ecológico do fogo, cuidados na prevenção do fogo, técnicas de controle do fogo.

•Em agosto de 2009, foram detectados 7.412 focos de queima, sendo que para o mesmo período em 2010 foram detectados 28.608 focos de queima

•Os dados do INPE revelam ainda que o total de focos de queima no Cerrado para o mês de agosto desse ano foi de 14.629 focos, com maior participação dos Estados do Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Bahia. Isso demonstra que 55% dos focos registrados para agosto ocorreram em áreas de Cerrado.

lei n 11.516 de 28 de agosto de 2007

10 de abril de 1989/Decreto no 97.635

Mudança no clima e desmatamento do cerrado

•A mudança do clima ocorre em função da variabilidade climática natural bem como da contribuição antrópica“

•A maior parte da variação na temperatura vem da contribuição antrópica. Cerca de 90%, segundo pesquisas.''

•A Nações Unidas estabelece como obrigação para todas as Partes formular, implementar, publicar e atualizar regularmente programas que incluam medidas sobre a mudança do clima.

•Para uma resposta internacional efetiva e apropriada, os países devem agir de acordo com as responsabilidades comuns, mas diferenciadas de acordo com as respectivas capacidades e condições sociais e econômicas

•O setor de oferta de energia teve, entre 1970 e 2004, a maior parcela de aumento (145%) das emissões globais de gases de efeito estufa, com os países desenvolvidos contribuindo com a maior parcela

•Entre 1988 a 1994, o Cerrado contribuiu com aproximadamente 188,47 milhões de toneladas de  CO2 por ano, ou seja, 26% das emissões líquidas de CO2  do setor de mudança do uso da terra e florestas.

•É relevante registrar também que a mudança  no uso da terra resulta em perda ou ganho de carbono''

•Se os níveis atuais de desmatamento do Cerrado forem mantidos, o bioma passa a assumir papel de maior destaque nas emissões nacionais de gases de efeito estufa

•Levando em conta o estoque de carbono existente, as ações nacionais voluntárias de mitigação da mudança do clima no Cerrado constituem uma importante contribuição do Brasil, a qual se soma a diversas outras iniciativas.

USO SUSTENTÁVEL DO CERRADO

USO SUSTENTAVEL DO CERRADO

•Manejo dos recursos vegetais já disponíveis na vegetação, sem a necessidade de desmatamento;

• aproveitamento das frutas nativas,plantas secas para o artesanato, flora medicinal, coleta de sementes e produção de mudas nativas, manejo da fauna e apicultura.

•Interesse das populações em cultivar espécies com maior valor econômico: Barú (Dipteryx alata), Cagaita (Eugenia dysenterica), Araticum (Annona crassiflora), Guariroba (Syagrus oleracea) e Pequi (Caryocar brasiliense).

Pequi

BARÚ

Bibliografia:

•Plano de Ação para Preservação e Controle do Desmatamento e das Queimadas do Cerrado, em :http://www.mma.gov.br/

•IBGE. SIDRA. Banco de Dados Agregados. 2008. Dispónivel:www.ibge.gov.br

•IBGE. Censo Agropecuário. IBGE. Rio de Janeiro - RJ. 2006

•Programa de qualificação em agroextrativismo. Dispónivel: http://www.ecodata.org.br/agroextrativismo/