Deusa Bast

5
Deusa Bast - A Deusa Gata Dizia a lenda que a Deusa Leoa Sekmet, após ter dizimado parte da humanidade, fora apaziguada e se transformara numa gata mansa. A terrível leoa bebedora de sangue se transformou em Bast, a gata bebedora de leite. A Deusa egípcia com cabeça de gato, Bast, era uma divindade estritamente solar até a chegada da influência grega na sociedade egípcia, quando se tornou também uma Deusa lunar devido aos gregos que a associaram a Artemis. Datando da 2a. Dinastia (em torno de 2890-2686), Bast foi retratada orginalmente como uma gata do deserto selvagem e também como uma leoa e só foi associada a felinos domesticados por volta de 1000 a.C. Ela foi comumente equiparada a Sekhmet, a Deusa Leoa de Memphis, Wadjet e Hathor. Bast era a "Filha de Rá", uma designação que a colocou no mesmo patamar de Deusas como Maat e Tefnut. Adicionalmente, Bast era considerada um dos "Olhos de Rá" enquanto o outro olho era atribuído a sua irmã Sekmete. Bast é freqüentemente representada como uma gata ou como uma Deusa com corpo de mulher de cabeça de gata, portando um sistro, um Ankh, ou um bastão de papiro. Quase nunca é mostrada em aspecto humano total. Conhecida primeiramente como A Gata Selvagem ao longo das margens do Nilo, ou A Gata do Deserto, Bast a princípio não era representada como uma gata doméstica, forma que lhe fora atribuída em períodos mais recentes. Para os egípcios os gatos representavam o Sol, a Rainha e também a Lua. Encontramos inúmeras representações do gato sagrado do Deus Rá comendo a serpente das sombras. Em razão disso, Bast passou a ser considerada a Deusa protetora do Faraó, além de a Grande Vingadora. Em anos mais recentes, Bast foi associada a outros Netjer (Deuses egípcios antigos), como Het-Heret (Hathor) e Aset (Íris). A associação a estas duas Deusas lhe foram

Transcript of Deusa Bast

Page 1: Deusa Bast

Deusa Bast - A Deusa Gata

Dizia a lenda que a Deusa Leoa Sekmet, após ter dizimado parte da humanidade, fora

apaziguada e se transformara numa gata mansa. A terrível leoa bebedora de sangue se

transformou em Bast, a gata bebedora de leite.

A Deusa egípcia com cabeça de gato, Bast, era uma divindade estritamente solar até a

chegada da influência grega na sociedade egípcia, quando se tornou também uma Deusa

lunar devido aos gregos que a associaram a Artemis. Datando da 2a. Dinastia (em torno

de 2890-2686), Bast foi retratada orginalmente como uma gata do deserto selvagem e

também como uma leoa e só foi associada a felinos domesticados por volta de 1000 a.C.

Ela foi comumente equiparada a Sekhmet, a Deusa Leoa de Memphis, Wadjet e Hathor.

Bast era a "Filha de Rá", uma designação que a colocou no mesmo patamar de Deusas

como Maat e Tefnut. Adicionalmente, Bast era considerada um dos "Olhos de Rá"

enquanto o outro olho era atribuído a sua irmã Sekmete.

Bast é freqüentemente representada como uma gata ou como uma Deusa com corpo de

mulher de cabeça de gata, portando um sistro, um Ankh, ou um bastão de papiro. Quase

nunca é mostrada em aspecto humano total.

Conhecida primeiramente como A Gata Selvagem ao longo das margens do Nilo, ou A

Gata do Deserto, Bast a princípio não era representada como uma gata doméstica, forma

que lhe fora atribuída em períodos mais recentes.

Para os egípcios os gatos representavam o Sol, a Rainha e também a Lua. Encontramos

inúmeras representações do gato sagrado do Deus Rá comendo a serpente das sombras.

Em razão disso, Bast passou a ser considerada a Deusa protetora do Faraó, além de a

Grande Vingadora.

Em anos mais recentes, Bast foi associada a outros Netjer (Deuses egípcios antigos),

como Het-Heret (Hathor) e Aset (Íris). A associação a estas duas Deusas lhe foram

Page 2: Deusa Bast

atribuídas devido aos seus atributos (música, sensualidade, fertilidade e artes). Por este

motivo, o papel de Bast começou a mudar, e se estendeu também para a protetora das

mulheres, crianças e famílias. Neste momento, o papel do gato no Egito Antigo também

começou a mudar para um parceiro mais doméstico, o que conferiu um estigma mais

suave a Bast. Depois, em tempos helenos, o nome Bast foi associado a Ísis: (Ba-Aset)

Ba = alma/Aset = Ísis (Bast = alma de Ísis).

O culto a Bast já era praticado na 1a. Dinastia. Ela hora homenageada com longas

procissões à luz de tochas e com mistérios sagrados, como a Deusa da Magia e

Tecelagem, Aquela que não nasceu, mas gerou a si mesma. Os egípcios celebravam o

banquete de Bast com músicas alegres, dança e bebida numa esta de alegria e prazer

total, onde seus adoradores balançavam um sistro durante a celebração para homenageá-

la.

Os gregos compararam Bast com Diana e Ártemis e Hórus com Apolo; por isso Bast foi

incluída posteriormente nos mitos de Osíris-Íris como sua filha (essa associação, porém,

nunca foi feita antes da chegada da influência helênica ao Egito). Ela é considerada a

mãe do Deus com cabeça de Leão Mihos (que também foi adorado em Bubástis, com

Thoth). Bast também está ligada a Sekmet, e em tempos modernos, Bast e Sekmet

passaram a ser

Deusas gêmeas, faces de uma mesma moeda. As lendas dizem que Thot teria

apaziguado a voracidade sangüínea de Sekmet, dando-lhe cerveja para beber em vez de

sangue (outras versões dizem que ele lhe deu leite). Sekmete então se transforma em

Bast, a Deusa dos festivais, da sensualidade e da bebedeira. Juntas, as irmãs gêmeas

formam o conceito do "Yin/Yang" da religião egípcia: Bast como a força positiva de

natureza amorosa e apaziguadora, e Sekmet como a força destrutiva e sanguinária.

O fogo estava associado a Bast e Sekmet. Enquanto Sekhmet representava o aspecto

negativo-devorador do fogo do deserto (o Sol), como o olho de Rá que queima e

Page 3: Deusa Bast

executa, Bast representava os aspectos regeneradores do Sol, como o olho de Rá que

aquece e traz fertilidade. Bast não era apenas uma divindade associada ao Sol, mas

também à Lua, isso porque ela é uma Deusa egípcia vinda do Oriente (leste) e tanto o

Sol quanto a Lua nascem no leste e morrem no oeste. A Deusa Bast, por seu parentesco

com a Lua, insere-se no mundo unitário do Grande feminino. O gato com olhos

brilhantes é um animal lunar, daí a relação de Bast com a cor verde e as mulheres

grávidas.

Além de estar ligada ao fogo, ela também estava ligada aos grandes volumes de água.

Era tida como o céu noturno e aquela que abre os caminhos, levando consigo a chave

dos Deuses da fertilidade, a chave dos porões do útero, do mundo interior, da morte e do

renascimento.

Outra face popular de Bast, é a sua forma terrestre, um gato preto sentado. Quando ela

assume essa forma, passa a assumir o nome de Bastet. É também conhecida como Pasht

(em seu aspecto escuro). É identificada com Ártemis e Diana, além de ser o gentil olho

do Sol, a Senhora do Leste. Gatos lhe eram sagrados e embalsamados quando morriam.

Ela carrega um sistro e uma cesta e normalmente se veste de verde. Deusa do Fogo, da

Lua, do parto, do amor, da sexualidade, do êxtase, da fertilidade, do prazer, da alegria,

da música, da dança, da proteção contra as doenças de todos os animais que lhe são

sagrados (especialmente os gatos). Domina a intuição, a cura e o matrimônio.

Bast é a Deusa egípcia protetora de gatos, mulheres e crianças. Ela é a Deusa do

Amanhecer e do Nascimento. Também é a Deusa da Lua e possuidora de Utchat (o olho

do seu irmão Hórus).

O CULTO À DEUSA DEUSA BASTET

BASTET, a deusa gata da mitologia egípcia. Protetora dos gatos, das mulheres, da

maternidade, da cura. Era guardiã das casas e feroz defensora dos seus filhos,

Page 4: Deusa Bast

representando o amor maternal. Tem também grande ligação com a Lua, porque a luz e

a magia da Lua influência a todos os felinos. Bastet é uma das esposas de Rá (deus Sol),

com quem foi mãe de Nefertum e Mihos. É representada como uma Gata Preta, com um

brinco e um colar ou uma mulher com cabeça de gato segurando um sistro, instrumento

musical sagrado.

Os antigos egípcios representavam os seus deuses com aspecto humanos e cabeça de

animal. Cada deus tem seu animal sagrado associado e digno de adoração, como se

fosse a própria divindade. E tal como os humanos os animais eram também

mumificados para assim poderem ser preservados no além. Os gatos eram tão sagrados

no antigo Egito, que quem matasse um gato era condenado à pena de morte.

Considerado um ser divino, ao ponto que quando um deles morria de morte natural, as

pessoas da casa raspavam as sobrancelhas em sinal de luto.

O Templo de Bastet era em Bubastis (cidade do Delta do Nilo), cujo nome em egípcio

"Per-Bast" (significa: "a casa de Bastet"), mantinha gatos sagrados que eram

embalsamados em grandes cerimônias quando morriam, porque eram considerados

como encarnação da deusa.

Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou “Ailuros”, palavra grega para “gatos” e a palavra

egípcia para o gato era “Mau”.

Bastet foi uma das divindades mais veneradas no Antigo Egito. Nas festas dedicadas a

Bastet, as ruas enchiam-se de música, de dança, brincadeiras, com muita comida, muitos

doces, mel e vinho. As sacerdotisas de Bastet desciam o rio Nilo, anunciando as

festividades em homenagem à deusa usando uma espécie de sino de metal, os snujs. A

bailarina purificava o ambiente ao dançar com os snujs espantando os maus espíritos.

O símbolo do GATO PRETO era utilizado pelos médicos egípcios para anunciar a sua

capacidade de cura.

CORRESPONDÊNCIAS:

Invoque Bast para: alegria, fertilidade, proteção, expansividade, força, saúde, prazer,

sexualidade, amor, proteção contra maus espíritos, proteção de animais.

Page 5: Deusa Bast

Símbolos: sistro, Lua, Sol, Ankh, Olho de Hórus

Dia: domingo

Cores: verde, laranja, dourado, amarelo

Aroma: açafrão

ALTAR PARA DEUSA BASTET

Deusa Bastet protetora dos lares e da família.

Faça um altar dentro de casa e coloque uma imagem da deusa Bastet e em volta coloque

fotos de seus gatos e de sua família (também de seus outros animais de estimação).

Sempre que quiser, pode acender uma vela de cor verde ou branca. Peça sempre a

proteção e o amor maternal de Bastet, porque ela tem o poder de se transformar em

ferocidade quando algum de seus filhos é atacado.

ORAÇÃO DE UMA DEUSA AOS DEUSES EGÍPCIOS

"Em nome de Rá, Ísis, Osíris, Hórus, Ptah, Thot, Tum, Nut, Anubis, Hathor,

Eu sou BASTET, a deusa dos mistérios da natureza".

ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Sacerdotisa, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia. http://adeusainterior.blogspot.com.br/2011/03/deusa-bast-deusa-gata.html