Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL Bruno Alves Garcia Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no município de São Gabriel - RS. RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRILAR OBRIGATÓRIO São Gabriel 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

CAMPUS SÃO GABRIEL

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

Bruno Alves Garcia

Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no

município de São Gabriel - RS.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRILAR OBRIGATÓRIO

São Gabriel

2012

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Bruno Alves Garcia

Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no município de

São Gabriel - RS.

Relatório de estágio obrigatório

apresentado ao Curso de Engenharia

Florestal, da Universidade Federal do

Pampa (UNIPAMPA), RS, como

requisito parcial para obtenção do

grau de Engenheiro Florestal.

Orientadora: Profa. Msca. Daniela Silva Lilge

São Gabriel

2012

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Bruno Alves Garcia

Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no município de

São Gabriel - RS.

Relatório de estágio obrigatório

apresentado ao Curso de Engenharia

Florestal, da Universidade Federal do

Pampa (UNIPAMPA), RS, como

requisito parcial para obtenção do

grau de Engenheiro Florestal.

Área de concentração: Tecnologia da Madeira

Relatório defendido e aprovado em: 12/11/2012.

Banca examinadora:

______________________________________________________

Profa. Msca. Daniela Silva Lilge

Orientadora

Engenheira Florestal – UNIPAMPA

______________________________________________________

Prof. Dr. Eduardo Pagel Floriano

Engenheiro Florestal – UNIPAMPA

______________________________________________________

Profa. Dra. Nirlene Fernandes Cechin

Engenheira Florestal – UNIPAMPA

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, que se fez presente nos momentos mais difíceis

dessa caminhada, guiando-me e ajudando-me para que tudo desse certo no final.

A Profa . Daniela Silva Lilge que aceitou me orientar aos 45 do segundo tempo

e, que mesmo assim, confiou em mim e ajudou-me com o seu conhecimento.

Aos meus pais não irei agradecer, pois faltaria espaço e palavras para

descrever o quanto sou grato por tudo, então somente dedico a eles este trabalho e

o resto de minhas conquistas enquanto viver.

Aos meus amigos e colegas de graduação, em especial ao Alex David Pereira

Machado, Rafael Machado da Silva e o Cássio de Oliveira pelo convívio, amizade,

compreensão e estudos.

A minha namorada Rayssa Garay Medina, pela paciência, confiança e pelo

amor em mim depositado.

E a todos aqueles que de alguma forma contribuíram ou torceram pela

concretização deste trabalho. Muito Obrigado!

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RESUMO

O Estágio Curricular Obrigatório foi realizado na madeireira Reck, uma empresa do

ramo de desdobro madeireiro, situada no município de São Gabriel-RS, que trabalha

com o processamento e a comercialização da madeira de Eucalyptus spp. e Pinus

spp. O Estágio teve início no dia 1 de abril de 2012 e término no dia 1 de junho de

2012, totalizando 240 horas de atividades. O presente trabalho teve por objetivo a

determinação do rendimento e da eficiência da madeireira. Para determinação do

rendimento foi feita a cubagem de 450 toras inteiras de Eucalyptus spp, com casca,

antes do desdobro principal e secundário e após, com as peças já com suas

dimensões finais. Para determinação da eficiência foi levada em consideração uma

média de desdobro, de 90 toras de Eucalyptus spp por dia e o número total de

funcionários envolvidos nas operações de desdobro, que são seis. Os resultados

obtidos foram de 40% para o rendimento e de 3 m³/op./dia para a eficiência dos

valores apresentados na bibliografia consultada. Esses resultados foram atribuídos

ao baixo padrão tecnológico da serraria. Portanto, recomenda-se que seja feita uma

substituição das serras simples por serras de maior nível de automação e que seja

feita também a substituição do carro porta toras, por um carro de sistema hidraulico.

Palavras-chave: madeireira; rendimento; eficiência; desdobro principal; desdobro

secundário.

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ABSTRACT

The traineeship mandatory was made in Reck timber, a branch company of the

sawmill, located in the municipality of São Gabriel-RS, which works with the

processing and marketing of Eucalyptus spp and Pinus spp. The stage began on

April 1, 2012 and ending on June 1, 2012, totaling 240 hours of activities. This stage

was aimed at determining the performance and efficiency of timber. For yield

determination was made whole cubage of 450 logs of Eucalyptus spp, with shell,

before the sawing main and secondary and with the pieces already in their final

dimensions. To determine the efficiency was taken into account an average of

sawing logs of 90 Eucalyptus spp per day and the total number of employees

involved in the operations of sawing, who are six. The results obtained were 40% for

yield and 3 m³/worker/day, both below the literature cited. These low results were

attributed to the low technological standard of the sawmill. Therefore, it is

recommended that we make a simple replacement of saws saws higher level of

automation.

Keywords: timber, yield, efficiency.

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Lista de Figuras

FIGURA 1 - Localização da área de estudo no município de São Gabriel-RS.... 20

FIGURA 2 - Serra fita simples e carro porta toras................................................. 21

FIGURA 3 - Serra circular simples......................................................................... 22

FIGURA 4 - Destopadeira...................................................................................... 23

FIGURA 5 - Plaina................................................................................................. 24

FIGURA 6 - Plaina moldureira............................................................................... 25

FIGURA 7 - Trituradeira........................................................................................ 26

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Sumário

1. INTRODUÇÃO............................................................................................ 09

2. OBJETIVOS................................................................................................ 09

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................... 09

3.1. Serraria.................................................................................................... 09

3.2. Desdobro da madeira.............................................................................. 12

3.3. Serras utilizadas em serrarias................................................................. 14

3.4. Rendimento e eficiência em serrarias..................................................... 17

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................... 19

5. RESULTADOS OBSERVADOS................................................................. 28

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................... 29

7. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO........................................................................ 29

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 31

ANEXO I.....................................................................................................

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1. Introdução

O estagio curricular obrigatório foi realizado na madeireira Reck, uma

empresa do ramo da serraria que trabalha a mais de oito anos com o

processamento e a comercialização da madeira de Eucalyptus spp e Pinus spp no

município de São Gabriel - RS.

O estagio teve inicio no dia 1 de abril de 2012 e termino no dia 1 de junho de

2012, totalizando 240 horas de atividades. Essas atividades consistiram em um

acompanhamento diário, pelo turno da tarde, do processo de desdobro da madeira

de Eucalyptus spp e Pinus spp, desde a sua chegada ao pátio da empresa, assim

como das demais atividades desenvolvidas na serraria.

As atividades de acompanhamento tiveram por objetivo determinar o

rendimento e a eficiência da madeireira e fornecer sugestões para incrementar os

mesmos.

2. Objetivo Geral

Acompanhar as atividades de uma serraria de pequeno porte no município de

São Gabriel - RS.

2.1. Objetivos específicos

Acompanhar as atividades de desdobro madeireiro na serraria;

Avaliar o rendimento da serraria;

Determinar a eficiência da serraria.

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3. Revisão bibliográfica

3.1. Serraria

Para uma serraria ter um bom desempenho econômico é importante que sua

localização seja a mais adequada possível e todo o seu planejamento posterior seja

a partir desta localização. O melhor local para se instalar uma serraria deve ser

estudado com antecedência sendo importante se realizar um planejamento

adequado objetivando diminuir o custo com mão-de-obra, com o transporte e com a

produção e, ao mesmo tempo obter um alto rendimento e produtos de alta qualidade

e competitivos no mercado (VITAL, 2008).

Rocha (2002) aponta que é necessário realizar uma série de estudos no local

onde a serraria será implantada, como o capital disponível para realizar o

empreendimento, um estudo sobre a matéria-prima que será utilizada (espécie,

quantidade disponível, dimensões das toras, entre outros), disponibilidade de

operários e seus conhecimentos técnicos, padrão de vida e salários. Além disso,

deve ser realizado um levantamento topográfico do local onde a serraria será

instalada e o nivelamento do terreno, buscando aproveitar toda inclinação que seja

favorável a alguma atividade que será desenvolvida. O autor relata que após todos

esses procedimentos é escolhido, através de uma avaliação, o melhor local dentro

da área para se instalar a serraria.

O mesmo autor afirma que a melhor maneira para que as dependências da

serraria fiquem é em linha reta, com isso haverá uma economia de trabalho.

Conforme o autor, uma serraria bem planejada conta com um pátio de toras, um

local destinado para o maquinário, um local onde a madeira serrada é classificada e

ocorre a secagem da mesma e um local para armazenamento da madeira serrada.

Conforme Vital (2008), um pátio de toras deve ter dimensões para suportar o

máximo de toras possíveis e não um valor médio, pois a serraria não pode correr o

risco de ficar sem matéria-prima devido a algum imprevisto. É necessário que esteja

previsto um estoque de toras caso as vias de transporte estejam inviabilizadas

durante uma parte do ano. O autor relata que é importante realizar um rodízio das

toras para evitar ataques de fungos e insetos. Além disso, o pátio deve ser

suficientemente afastado do galpão para diminuir o risco de incêndios e as pilhas de

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toras afastadas entre si. Para o autor, o pátio de toras não deve apresentar

declividade acima de 5%, deve ter uma boa drenagem, estar em nível um pouco

superior ao da serraria e ter uma boa ligação com rodovias. Além disso, as toras não

devem estar em contato direto com o solo para evitar a biodegradação por fungos,

insetos ou outros organismos.

As toras são transportadas para as serrarias principalmente por carregadores

frontais, vagonetas, empilhadeiras, pontes rolantes e guindastes. Caso as serrarias

possuam seu pátio de toras na água, o transporte poderá ser realizado por canais

(VITAL, 2008).

Para Rocha (2002) o local onde se encontrará o maquinário para o desdobro

não deve possuir colunas interiores e ser disposto no mesmo nível do pátio de toras

ou levemente mais baixo. O prédio do maquinário é composto por setor do

maquinário principal, setor do maquinário secundário, sala para afiação, casa de

força separada da indústria, escritório e uma sala para vestiário e uma para

refeitório.

Segundo Vital (2008) o pátio de madeira serrada é onde a madeira

permanece após o desdobro até ser comercializada. É onde esta é seca ao ar livre e

estocada. O local deve ter uma área para classificação da madeira serrada, outra

para empilhamento e secagem e um local para armazenagem de madeira seca e de

melhor qualidade. O local escolhido deve ter boa circulação de ar, deve estar em um

nível pouco maior que o restante da serraria, o eixo maior do depósito deve estar na

direção do vento, boa comunicação com rodovias, ser plano e seco.

Após a definição dos equipamentos para a produção, deve ser definida a

disposição de cada um na serraria, devendo os equipamentos estar dispostos em

linha reta. Devem ser definidas: a distância entre os equipamentos, que é

determinada pelo comprimento da tora a ser serrada e das peças serradas, sendo a

distância mínima o dobro do comprimento da tora; a distribuição dos equipamentos

facilitando o manuseio e o transporte das peças dentro de cada operação; a área

coberta após a definição da distância e da distribuição dos equipamentos; a seção

de manutenção das serras, de acordo com os equipamentos que serão utilizados

para o desdobro; o piso da serraria, se possível sendo um nível acima para que os

resíduos se acumulem no porão da serraria; e o pátio de toras deve ser colocado o

mais próximo possível da máquina de desdobro principal (ROCHA, 2002).

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3.2. Desdobro da madeira

Segundo Ponce (1993), desdobro é o processo no qual as toras são

convertidas em produtos úteis de madeira, mediante aplicação de um ou mais

processos mecânicos, que as transformam em peças menores, dando-lhes forma,

tamanho e superfície requeridos para cada um de seus usos.

Menezes (1998), afirma que o desdobro é um processo eficiente e proveitoso

que permite obter maior volume de material útil e valioso da tora através de

processos mecânicos, de forma a satisfazer especificações de qualidade, dimensões

e acabamento.

É muito importante que antes de se aplicar as técnicas de desdobro, seja feito

um preparo das toras. Este preparo envolve uma série de operações que são

realizadas no pátio de toras, como o traçamento, o descascamento e a classificação,

entre outras. Apesar deste preparo ser de fundamental importância para a correta

condução das operações de desdobro na serraria, trata-se de operações realizadas

exclusivamente no pátio de toras, considerando-se a operação de desdobro

somente o traçamento ou destopo das toras no pátio (ROCHA, 2002).

O método de desdobro utilizado é uma das variáveis de especial importância

no rendimento em madeira serrada. Na prática, vários fatores contribuem para a

escolha desse método: o tipo de serras, a qualidade e as dimensões das toras, a

demanda do mercado, a habilidade do operador/equipamento, a capacidade do

equipamento e a mão de obra disponível (FAGUNDES, 2003).

Para Rocha (2000), os métodos de desdobro são tão importantes que é

necessário fazer um planejamento e uma avaliação econômica, onde se deve levar

em conta o custo da mão de obra, da matéria-prima e dos equipamentos, a fim de se

atingir os melhores resultados econômicos.

Nas operações de desdobro de toras, na forma de madeira serrada, são

utilizadas determinadas técnicas. Essas técnicas são aplicadas, de acordo com as

características relacionadas à matéria prima, ao maquinário e as formas de

desdobro e podem ser classificadas em: técnicas convencionais ou técnicas

modernas. Para o autor, o processo convencional de desdobro de toras é um

processo muito lento, onde a trajetória da tora e das peças serradas, dentro da

serraria, é pouco automatizada, em função da variabilidade da matéria prima, o que

resulta em baixa produção e eficiência (ROCHA, 2002).

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O mesmo autor afirma que as técnicas convencionais de serraria são

utilizadas no desdobro de madeiras de custo elevado e com muita variabilidade, em

termos de espécies e diâmetros, normalmente se tratando de madeira nativa. Desta

forma, é justificado o uso destas técnicas, pois a baixa produção é compensada com

o alto custo do produto final.

Já o desdobro da madeira através de técnicas modernas, implica num

processo rápido. A trajetória da tora e das peças serradas dentro da serraria é

realizada com grande automatização e por isso, exige homogeneidade da matéria

prima, gerando alta produção com elevada eficiência. Tais técnicas são utilizadas

para o desdobro de madeiras de baixo custo e homogêneas, ou seja, madeira de

plantios florestais. Desta forma, o baixo custo também do produto final é

compensado pela elevada produção da indústria (ROCHA, 2002).

Além das técnicas de desdobro da madeira existem também sistemas de

desdobro da madeira que podem ser classificados em função de determinadas

características. Conforme Vital (2008), quanto aos anéis de crescimento e raios

lenhosos, o desdobro pode ser tangencial ou radial. Quanto ao eixo longitudinal da

tora pode ser paralelo ao eixo ou paralelo à casca. Já quanto à continuidade dos

cortes, estes podem ser sucessivos ou em sanduíche, simultâneos ou alternados em

relação ao eixo longitudinal.

De acordo com Rocha (2002), o desdobro principal é realizado com

equipamentos pesados e demandam uma grande quantidade de energia, onde sua

principal função é reduzir o tamanho das toras em peças de fácil trabalhabilidade as

quais serão serradas novamente em operações secundárias. Segundo o autor, no

desdobro principal, as toras podem ser transformadas em blocos, semi-blocos,

pranchões, pranchas, tábuas ou quando realizado o destopo ainda no pátio de toras,

toras de comprimento menor. Normalmente, neste desdobro as serras são

classificadas como serras alternativas ou de quadro, serras de fita, serras circulares

e serras destopadeiras.

O desdobro secundário é realizado logo após o desdobro principal. É nessa

etapa que as peças têm o seu tamanho reduzido ou até mesmo adquirem seu

tamanho final. As serras circulares são as mais utilizadas para o desdobro

secundário. Em algumas operações, é comum o uso de serras fitas de pequeno

porte. As operações de desdobro secundário são dividas em: resserragem, onde a

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espessura da peça que saiu do desdobro principal é diminuída, geralmente feita por

serras circulares duplas; refilo ou canteagem, que é realizado para diminuir a largura

das peças; destopo, onde as peças ganham seu comprimento final com a retirada de

defeitos das extremidades das peças; e o reaproveitamento, que é a operação de

desdobro de peças já consideradas resíduos (ROCHA, 2002).

3.3. Serras utilizadas em serrarias

As serras utilizadas em serrarias podem ser classificadas como serras

principais ou serras secundárias ou auxiliares.

As serras alternativas ou de quadro, são as que possuem as lâminas de corte

fixadas em um quadro de metal ou madeira, impossibilitado de realizar movimentos

alternativos, pelo qual passa a tora que será desdobrada. A velocidade da lâmina

varia de zero, nas extremidades do percurso, até o máximo na metade do percurso.

Isso faz com que a velocidade da máquina e do corte tenha um limite durante o

percurso (VITAL, 2008).

A serra colonial, conforme Rocha (2002) é composta por um quadro de

madeira onde se encontram as lâminas fixadas, e um carro que conduz a madeira

em direção as lâminas para o desdobro. As serras coloniais geralmente desdobram

a madeira apenas em pranchões, por isso são comuns em serrarias mais antigas.

A serra francesa é parecida com a serra colonial, porém é um modelo mais

aperfeiçoado (VITAL, 2008). As peças principais são as mesmas nas duas serras.

Esta serra é utilizada no desdobro de toras, cujo diâmetro é menor do que as

desdobradas em serras coloniais. As toras são fixadas no carro porta-toras, sendo

normalmente utilizados um carro na entrada da serra e outro na saída. As serras de

quadro apresentam a vantagem de produzirem cortes com maior exatidão que as

circulares e de fita, e com o custo de mão-de-obra mais baixo.

A serra alternativa horizontal diferencia-se das demais pelo fato de o

movimento do quadro ser no sentido horizontal. Esta serra possui uma única lâmina

e a tora é presa no carrinho que se movimenta horizontalmente em direção a esta

lâmina. A serra alternativa horizontal pode ser encontrada atualmente em serrarias

artesanais e centenárias, onde foi utilizada no desdobro de toras com diâmetro de

1,5 m (ROCHA, 2002). A serra alternativa Tissot é uma serra dotada de movimento

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alternativo vertical. Possui apenas uma lâmina e a peça para ser desdobrada

aproximando-se externamente ao quadro (ROCHA, 2002).

A serra fita é composta por uma lâmina contínua de aço dentada que se apoia

em duas polias, uma no nível superior ao do piso da serraria e outra abaixo ou no

mesmo nível horizontal, denominadas de volantes. Na serra fita vertical, a força

motriz é aplicada no volante inferior, à medida que a tora é impulsionada contra a

serra, pois este é mais pesado e move a lâmina da serra para baixo. A principal

vantagem em relação às serras circulares é que possuem uma menor espessura de

corte, com isso há uma menor perda de madeira na hora do corte em forma de

serragem (VITAL, 2008).

Nas pequenas serrarias, a serra fita simples é a mais utilizada no desdobro

principal. A serra fita simples consiste de uma serra e um carro porta toras,

realizando apenas um corte a cada avanço do carro, e realizando o recuo morto

(não realiza corte no retorno do carro porta toras). O carro porta toras geralmente

possui de três a quatro garras que fixam a tora e a levam de encontro a serra. As

serras fitas simples podem ser adaptadas para realização de diversos cortes, com

variação do ângulo de corte (ROCHA, 2002).

A serra fita de corte duplo realiza um corte no avanço do carro e outro no

recuo, dispondo de dentes nas duas bordas. Esta serra tem a vantagem de não

realizar o recuo morto do carro porta toras. Porém, tem como desvantagem a afiação

da serra, a qual é difícil de ser realizada por não ser encontrado com facilidade

dispositivos adaptados para este tipo de serra (ROCHA, 2002).

Conforme Rocha (2002), a serra fita geminada ou dupla possui duas serras,

de frente uma pra outra, permitindo a execução de dois cortes simultâneos. Esta

serra é mais utilizada em serrarias de grande porte.

Com duas serras fitas simples, dispostas uma atrás da outra, Vital (2008)

descreve a serra fita TANDEM, onde a primeira serra é fixa e a segunda, que se

encontra logo atrás, é móvel, deslocando-se para obter a bitola desejada do corte.

Esta serra é recomendada para a obtenção de pranchões, semiblocos ou até blocos.

A serra fita quádrupla consiste em dois pares de serras simples (ROCHA,

2002), sendo que um par é disposto com as duas serras, uma de frente para outra.

Esta serra possibilita um corte quádruplo, resultando em um semibloco com dois

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pranchões ou duas tabuas, e Em toras que o diâmetro é pequeno a peça final já em

tabuas ou peças mais finas.

Logo após o lançamento da serra fita vertical, foi lançada a serra fita

horizontal. Porém, a serra fita vertical na maioria das operações tem uma maior

versatilidade e possui uma maior capacidade de produção que a serra fita horizontal.

Atualmente, há uma grande fabricação de serra fita horizontal principalmente para

serem utilizadas em serrarias móveis ou para resserragem. Por este motivo, as

serrarias mais modernas contam com pelo menos uma serra fita horizontal (VITAL,

2008).

A serra fita de resserra ou reaproveitamento é muito utilizada no desdobro

secundário (ROCHA, 2002), sendo que a serra fita com braço radial e a serra fita

horizontal, são as mais utilizadas para o reaproveitamento de costaneiras.

Apresentando uma grande variedade de diâmetros, as serras circulares são

de grande importância dentro de uma serraria. Além disso, possuem uma variedade

de espessura de disco, número de dentes e formato dos dentes. Pode-se considerar

que quanto maior o diâmetro do disco da serra, maior sua espessura. São

fabricados ainda discos para uso especial no desdobro de toras com espessura

maior e discos de pequena espessura para serviços mais leves (GONÇALVES,

2000).

As serras circulares podem ser classificadas quanto ao seu tipo com dentes

fixos e dentes postiços. As serras de dentes fixos são confeccionadas com aço

carbono pelo processo de estampagem, que defini o formato do dente. Já as serras

de dentes postiços possuem vários modelos que são fabricados para aplicações

especiais, sendo as mais usuais as serras de dentes soldados (GONÇALVES,

2000).

Como as serras circulares podem atingir maiores velocidades, podem ser

utilizadas na configuração de dois eixos, permitindo a redução das dimensões dos

discos da serra e, por conseguinte, a diminuição na geração de serragem e perda de

madeira. As serras circulares atuam com grande eficiência na canteagem e destopo

das peças, onde a espessura dos discos pode ser menor provocando uma menor

geração de resíduos (ROCHA, 2002).

O mesmo autor relata que as serras circulares, quando utilizadas para o

desdobro principal, não apresentam grande influência no rendimento. Porém,

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quando utilizadas para realizar cortes múltiplos, implicam em uma maior geração de

serragem. Uma característica importante das serras circulares diz respeito a

velocidade periférica, a qual tem importância no rendimento, permitindo a

capacidade de corte do equipamento.

A serra circular simples consiste em apenas um disco de serra na mesa,

sendo esta bastante utilizada na operação de refilo. A serra circular dupla ou

geminada consiste em dois discos da mesa, onde uma das serras pode ser móvel,

permitindo a mudança de bitola, sendo utilizada, também, na operação de

canteagem. A serra circular múltipla possui mais de dois discos permitindo vários

cortes simultâneos (ROCHA, 2002).

Rocha (2002) ainda diz que os equipamentos de perfilagem, conhecidos

como perfiladores, são utilizados em operações de desdobro primário, tendo como

principal vantagem que a costaneira retirada da peça é transformada em cavaco

imediatamente.

3.4. Rendimento e eficiência em serrarias

De acordo com Rocha (2002), existem vários parâmetros que podem servir de

base para os gestores da serraria avaliarem o seu desempenho, dos quais,

nomeadamente o rendimento e a eficiência, revelam com relativa transparência se

as operações no empreendimento estão sendo executadas corretamente.

O rendimento de uma serraria é a relação entre o volume de toras

desdobradas e o volume de madeira serrada num período ou turno (ROCHA, 1999;

LATORRACA, 2004).

Gomide (1974) cita que em coníferas um rendimento de 55% a 65% é

considerado normal, enquanto que em folhosas esse mesmo rendimento varia entre

45% e 55%. A razão desta diferença deve-se ao fato das coníferas apresentarem

tronco menos tortuoso, com menos defeitos e terem o alburno sempre utilizável.

Segundo Tsoumis (1991), o rendimento de conversão da madeira roliça em

madeira serrada bruta está em torno de 30% a 70% e o resto resulta em serragem,

costaneiras, pequenas ripas, etc. Entretanto, de acordo com Rocha (2002), o

rendimento pode variar em termos gerais de 55% a 65% para coníferas e de 45% a

55% para folhosas.

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No trabalho de Scanavaca Jr. e Garcia (2003), foi observado um rendimento

médio de 42,53% com amplitude de 12,64% a 83,53% em toras de Eucalyptus

urophylla aos 19 anos de idade, processadas em serra de fita vertical simples.

Oliveira et al. (2003) encontraram rendimento médio de 49,28% com

amplitude de 34,78% a 90,43% em toras de quinze diferentes espécies nativas, em

três serrarias do município de Jaru no estado de Rondônia, utilizando serra de fita

vertical simples no desdobro principal e serras variadas no desdobro secundário das

toras.

Nascimento, Dutra e Nuwazawa (2006), objetivando quantificar os resíduos

de uma indústria madeireira no município de Moju, estado do Pará, observaram

rendimento médio de 36,50% com amplitude de 32,30% a 41,20%, em toras de

madeira de três espécies nativas.

Acosta (1999), cita rendimentos entre 45% e 60% nas serrarias argentinas,

processando madeira de Eucalyptus grandis em serra de fita vertical simples.

Para Tsoumis (1991), o rendimento de madeira serrada é influenciado por

vários fatores que envolvem a espécie (diâmetro da tora, comprimento, conicidade e

defeitos), máquinas de desdobro (linha de serragem, condição e manutenção dos

equipamentos, variação da serragem), modelos de corte (dimensões da madeira

serrada), habilidades e experiência dos operadores das máquinas, tornando assim

indispensável a determinação do rendimento em serrarias.

A eficiência expressa a relação entre o volume de toras serradas por período

ou turno e o número de operários envolvidos em todas as operações de desdobro

(ROCHA, 1999). Porém, os resultados obtidos após os cálculos de determinação do

rendimento e da eficiência demonstraram que o rendimento da serraria encontra-se

em 40% e a eficiência em 3 m³/op./dia, ambas abaixo da bibliografia consultada.

Segundo Latorraca (2004), a avaliação da eficiência está em desuso

atualmente, devido à automação, onde o processo é controlado por poucos ou

apenas um operador, através de comandos eletrônicos. Porém, o autor afirma que,

em serrarias de pequeno e médio porte, onde o grau de automação é baixo, tal

informação é importante para as tomadas de decisão do remanejamento do número

de operários utilizados em cada atividade, além de se saber a produtividade de cada

operário por ciclo de trabalho, o que possibilita uma avaliação custo/benefício de

cada operário.

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No cálculo da eficiência na serraria é usado o volume de toras para que o

diâmetro da tora e o rendimento não influenciem no resultado obtido (ROCHA,

2002). Porém, para o autor, a eficiência é afetada por alguns fatores como uso de

coníferas ou de folhosas (madeira mais leve ou mais pesada, com baixa ou alta

densidade, fuste mais retilíneo ou menos etc.); layout da serraria; uniformidade da

matéria-prima e produtos (padronização); características e condições do maquinário;

disponibilidade de energia; grau de mecanização e automatização da serraria.

Batista e Carvalho (2007) conduziram uma pesquisa com o objetivo de avaliar

o desempenho de uma serraria de pequeno porte estudando o tempo gasto na

produção, rendimento e eficiência no desdobro de Eucalyptus spp. Os autores

encontraram valores de rendimento e eficiência correspondentes a 44,86% e 4,96

m3/operário/turno, respectivamente.

Rocha (2002) cita alguns exemplos de eficiência em serrarias de diversas

partes do mundo: alta mecanização e automação na América do Norte:

22m³/operário/turno; serrarias comuns e portáteis na América do Norte:

4,8m³/operário/turno; Suécia: em média 2,8m³/ operário/turno.

4. Atividades Desenvolvidas

O estudo foi realizado na madeireira Reck, situada no município de São

Gabriel-RS que fica localizada na Rua Francisco Chagas, nº 551, Bairro Santo

Antônio. A madeireira está situada nas coordenadas geográficas de 30° 21' 02,36”

Sul e 54° 20' 00,53” Oeste e possui elevação de 126 metros acima do nível do mar

(FIGURA 1).

Page 20: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

20

FIGURA 1- Localização da área de estudo no município de São Gabriel-RS

Fonte: Google earth, 2009.

A madeireira Reck é uma empresa do ramo da serraria que trabalha a mais

de oito anos com o processamento e a comercialização da madeira de Eucalyptus

spp e Pinus spp.

A empresa está na Avenida Francisco Chagas, número 551 no bairro Santo

Antônio e foi fundada no dia 13 de dezembro do ano de 2004, pelo seu presidente

José Dilamar Valcarenghi Reck.

É considerada uma das maiores e mais bem estruturada serraria do

município, apesar de ser classificada como indústria de pequeno porte devido a

quantidade de madeira desdobrada por turno/m³.

A madeireira funciona nos turnos da manhã e da tarde, de segunda a sexta e

apenas pelo turno da manhã no sábado, contando com 19 funcionários fixos de

carteira assinada.

Com este estudo procurou-se quantificar e avaliar o tempo gasto na produção

de madeira, o rendimento em madeira serrada e a eficiência dos operários de uma

serraria de pequeno porte, visando avaliar a eficiência operacional e o desempenho

da mesma.

Page 21: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

21

Durante o período de estágio, foi feito um acompanhamento diário dos

processos de desdobro da madeira, por sessenta dias, no período da tarde, assim

como das demais atividades desenvolvidas na serraria a fim de fornecer sugestões

para o melhor rendimento e a eficiência das atividades desenvolvidas na empresa.

A matéria prima utilizada na madeireira é, basicamente, a madeira de

Eucalyptus spp que chega na serraria na forma de toras para que seja realizado os

desdobros primário e secundário, e a madeira de Pinus spp que chega na serraria

na forma de tabuas para a realização apenas do desdobro secundário.

Todos esses processos de desdobro da madeira são realizados por seis

funcionários e pelos mais variados tipos de máquinas que compõem a madeireira

Reck.

O desdobro primário é realizado por uma serra fita simples, auxiliada por um

carro porta toras (FIGURA 2), de forma a transformar as toras em peças de mais

fácil trabalhabilidade e determinar a espessura das mesmas.

FIGURA 2 - Serra fita simples e carro porta toras. Fonte: Autor.

Page 22: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

22

Após o desdobro principal, a madeira serrada é levada para o desdobro

secundário, que é realizado pela serra circular simples (FIGURA 3), para que sejam

feitos os dois cortes mais externos que retiram as costaneiras e determinam a

largura das peças.

FIGURA 3 - Serra circular simples. Fonte: Autor.

Após o desdobro secundário da madeira na serra circular simples, as peças

são levadas para destopadeira (FIGURA 4), para que seja realizado o bitolamento

das peças em vários comprimentos.

Page 23: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

23

FIGURA 4 - Destopadeira. Fonte: Autor.

Após a realização dos desdobros primário e secundário algumas peças, são

submetidas a processos de acabamento realizados pela plaina (FIGURA 5), para

retirada das imperfeições da superfície da madeira, deixando-as lisas.

Page 24: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

24

FIGURA 5 - Plaina. Fonte: Autor.

Outro equipamento muito utilizado na serraria é a plaina moldureira (FIGURA

6), para dar molde a madeira de Pinus spp que chega na serraria na forma de

tábuas.

Page 25: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

25

FIGURA 6 - Plaina moldureira. Fonte: Autor.

Por fim, os restos de madeiras não aproveitáveis na serraria são submetidos

a um processo de trituração na trituradeira (FIGURA 7), transformando a madeira em

cavacos, que posteriormente são vendidos para geração de energia juntamente com

os resíduos de madeira (serragem).

Page 26: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

26

FIGURA 7 - Trituradeira. Fonte: Autor.

O processo de determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck

foi feito a partir da metodologia adotada por Machado (2011), de forma que foi

realizada a cubagem de 450 toras inteiras de Eucalyptus spp, com casca, antes do

desdobro principal e secundário e após, com as peças já com suas dimensões

finais.

A cubagem das toras inteiras foi realizada medindo a circunferência das duas

extremidades da peça, com o auxílio de uma fita métrica, para o cálculo do diâmetro

médio, que foi calculado através da seguinte equação:

Onde:

d = diâmetro da tora (m);

C = Circunferência média (m).

Page 27: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

27

Após foi medido o comprimento das toras para determinação do seu volume.

O cálculo de determinação do volume de cada uma das toras foi realizado, usando a

seguinte equação:

Onde:

V = Volume (m³);

C = Comprimento da tora (m).

Após o desdobro das toras, com as peças já com suas dimensões finais, foi

determinado o volume de madeira serrada, , pela seguinte equação:

Onde:

Vi = volume individual de cada peça (m³);

L = largura da peça (m);

E = espessura da peça (m);

C = comprimento da peça (m).

Após encontrar o volume individual de cada tora, foi encontrado o volume total

de madeira bruta através da soma dos volumes de todas as toras avaliadas. O

mesmo processo foi adotado para madeira serrada.

A medição do volume das toras inteiras, em relação ao volume de madeira

serrada, foi realizada para verificar o quanto de resíduo é perdido ao decorrer de

todo o processo de desdobro da madeira, de forma a influenciar no rendimento da

empresa.

O rendimento foi calculado pela relação do volume de madeira serrada

durante todo o dia de trabalho e o volume de toras utilizadas para obter essa

madeira, conforme a fórmula abaixo.

Page 28: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

28

Onde:

R: Rendimento em %;

M: Volume de madeira serrada em m³;

T: Volume de toras utilizado para encontrar M em m³ (T=V).

A eficiência foi calculada pela relação do volume de toras que são

desdobradas em um dia de trabalho pela serraria e o número de funcionários

envolvidos em todas as operações de desdobro da madeira, conforme a fórmula:

Onde:

E: Eficiência em m³/op./dia;

T: Volume de toras desdobradas no turno em m³;

O: Número de operários que trabalham no processo de desdobro.

5. Resultados Observados

Com base no desdobro de 450 toras de Eucalyptus spp, ao longo de uma

semana, pode-se totalizar um volume de 91, 67 m³ de madeira bruta e um volume

de 36, 61 m³ de madeira serrada, obtendo-se assim um rendimento de 40%. O

rendimento obtido encontra-se abaixo do rendimento citado por Gomide (1974) e

Rocha (2002), cujo valor está entre 45% a 55% para folhosas em serrarias de

pequeno porte. Os valores estão abaixo dos rendimentos encontrados em estudos

realizados por Batista e Carvalho (2007), que compreendem valor de 44, 86%,

Scanavaca Jr. e Garcia (2003), que mencionam um valor de 42, 53% e Oliveira et al.

(2003), que citam o valor de 49,28%.

Com relação à eficiência, obteve-se um valor de 3 m³/op./dia, levando em

consideração uma média de desdobro de 90 toras de Eucalyptus spp por dia, que

totaliza um volume médio de 18, 3333 m³ e levando em consideração o número total

de funcionários envolvidos nas operações de desdobro, que são seis. Os resultados

em relação à eficiência da serraria ficaram abaixo do encontrado por Batista e

Page 29: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

29

Carvalho (2007), que foi de 4,96 m³/op./dia, abaixo da eficiência encontrada por

Batista (2006), que também foi de 4, 96 m³/op./dia para serrarias de pequeno porte e

abaixo da encontrada por Rocha (1999), em serrarias norte-americanas de mesmo

nível de automação, que foi em média de 4,8 m³/op./dia.

6. Conclusões e Recomendações

Após o término do estágio pode-se concluir que a madeireira Reck é uma

serraria bem estruturada, contando com variados tipos de serras e equipamentos,

além de contar com funcionários capacitados a realizarem as atividades de

desdobro da madeira.

Os exemplos citados demonstram a fundamental importância de se avaliar a

eficiência para que a serraria tenha um melhor desempenho nas operações de

desdobro.

Com o acompanhamento de todo o processo de desdobro e com o

aprendizado em disciplinas ao longo da graduação, pode-se atribuir o baixo

rendimento e eficiência da serraria ao baixo padrão tecnológico da mesma. Portanto,

recomenda-se que seja feita uma substituição das serras simples por serras de

maior nível de automação e que seja feita a substituição do carro porta toras por um

carro com sistema hidráulico.

A forma de armazenagem do produto final é realizada da melhor forma

possível, através de empilhamento que proporciona uma secagem natural das peças

sem causar danos às mesmas.

7. Avaliação do Estágio

O estágio realizado foi de extrema importância para minha formação

acadêmica, pois tive a oportunidade de conhecer como funciona uma empresa do

ramo de desdobro madeireiro, além de acompanhar todo o processo de desdobro da

madeira, desde a chegada da matéria prima até a obtenção do produto final.

Foi possível também tomar conhecimento dos mais variados tipos de

equipamentos e máquinas utilizados em uma serraria de pequeno porte. Entretanto

Page 30: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

30

após a realização do estágio e do conhecimento adquirido com o mesmo,

recomenda-se aos acadêmicos que se interessam por essa área de tecnologia da

madeira, a procurarem à madeireira Reck ou qualquer outra madeireira que trabalhe

com o processo desdobro da madeira, para realizarem um estágio, pois é a melhor

forma de se obter um conhecimento prático e colocar em prática o conhecimento

teórico aprendido em sala de aula.

Page 31: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

31

8. Referências bibliográficas

ACOSTA, M. S. Experiencia argentina en la producción y utilización de la madera de eucalipto, panorama a 1999. In: WORKSHOP: TÉCNICAS DE ABATE, PROCESSAMENTO E UTILIZAÇÃO DA MADEIRA DE EUCALIPTO, 1999, Viçosa. Anais... Viçosa: UFV, Departamento de Engenharia Florestal, SIF, IEF, 1999. p.1-27. BATISTA, D. e CARVALHO, A. M. Avaliação do desempenho operacional de uma serraria através do estudo do tempo, rendimento e eficiência. Scientia Florestalis. Piracicaba, n. 75, p 31-38, 2007. BATISTA, D. C. Avaliação do desempenho operacional de uma serraria através do estudo do tempo, rendimento e eficiência: Estudo de caso em Piraí - R. J. 2006. 64p. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2006. FAGUNDES, H. A. V. Produção de Madeira Serrada e Geração de Resíduos do Processamento de Madeira de Florestas Plantadas no Rio Grande do Sul. 2003. 173p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

GOMIDE, J. L. Serraria. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, Imprensa Universitária, 1974. 119p. GONÇALVES, M. T. T. Processamento da madeira. Bauru: SP, 2000. 242 p.

LATORRACA, J. V. F. Processamento mecânico da madeira. Seropédica: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2004. 116p. MENEZES, L. F.; Desdobro, Secagem e Beneficiamento da Madeira de Eucalipto- Experiencia da Flosul. In: Seminário Internacional sobre Produtos sólidos de madeira de alta tecnologia, 1998, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: SIF/UFV/DEF, 1998. p 261-265. NASCIMENTO, S.M.; DUTRA, R. I. J. P.; NUMAZAWA, S. Resíduos de indústria madeireira: caracterização, consequências sobre o meio ambiente e opções de uso. Holos Environment, Rio Claro, v.6, n.1, p. 08- 21, 2006. OLIVEIRA, A.D.; MARTINS, E. P.; SCOLFORO, J. R. S.; REZENDE, J. L. P.; SOUZA, A. N. Viabilidade econômica de serrarias que processam madeira de

Page 32: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

32

florestas nativas: o caso do município de Jaru, estado de Rondônia. Cerne, Lavras, v.9, n.1, p.001-015, 2003. PONCE, R. H. Novas Tecnologias de Desdobro e Beneficiamento de Madeira: a busca da Caracterização de peças de madeira produzidas em serraria... Ciência Florestal, v.6., n.1,. Curitiba, 1993. p 310-314. ROCHA, M. P. Desdobro primário da madeira. Série Didática Fupef, Curitiba, n.02, p.1-61, 1999. ROCHA, M. P. Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Eucalyptus dunnii Maiden como fontes de matéria prima para serrarias. 2000. 185p. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade do Paraná, Curitiba, 2000. ROCHA, M. P. Técnicas de planejamento em serrarias. Série Didática FUPEF, Curitiba, n. 02/01, 121 p., 2002. SCANAVACA JR. L.; GARCIA, J. N. Rendimento em madeira serrada de Eucalyptus urophylla. Scientia Forestalis, Piracicaba, n.63, p.32-43, 2003. TSOUMIS, G. Science and technology of wood: structure, properties, utilization. New York: Chapman e Hall. 1991. 494 p. VITAL, Benedito. Rocha. Planejamento e operações de serrarias. Viçosa, MG, Ed. UFV, 2008, 211p.

Page 33: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

33

ANEXO I - Diâmetro médio (cm), Volume de madeira bruta (m³) e Volume de

madeira serrada (m³) das 450 toras de Eucalyptus spp. utilizadas para

determinação do rendimento e da eficiência da madeireira Reck, no município de

São Gabriel – RS.

Tora Diâmetro Médio (cm) Volume (m³) Volume Madeira Serrada (m³)

1 19,37 0,0662 0,0251

2 25,37 0,0851 0,0444

3 24,51 0,0861 0,0349

4 24,86 0,0890 0,0344

5 23,08 0,0859 0,0347

6 23,55 0,0899 0,0343

7 21,80 0,0758 0,0345

8 24,35 0,0877 0,0350

9 21,80 0,0757 0,0346

10 20,85 0,0886 0,0342

11 19,58 0,0655 0,0340

12 24,19 0,0958 0,0339

13 24,67 0,0924 0,0341

14 21,17 0,0854 0,0348

15 22,44 0,0953 0,0337

16 20,85 0,0852 0,0336

17 25,15 0,0952 0,0333

18 21,96 0,0851 0,0327

19 24,83 0,0850 0,0330

20 23,40 0,0850 0,0332

21 23,24 0,0849 0,0331

22 19,10 0,0748 0,0333

23 20,05 0,0848 0,0329

24 24,83 0,0947 0,0334

25 22,60 0,0847 0,0328

26 19,73 0,0646 0,0326

27 22,92 0,0845 0,0325

28 21,49 0,0845 0,0372

29 24,51 0,0944 0,0323

30 24,19 0,0843 0,0322

31 24,35 0,0568 0,0242

32 25,15 0,0821 0,0224

33 23,87 0,0698 0,0301

34 24,83 0,0775 0,0459

35 23,24 0,1213 0,0853

Page 34: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

34

36 23,24 0,0697 0,0055

37 25,15 0,0941 0,0221

38 20,85 0,0801 0,0217

39 23,24 0,0702 0,0173

40 23,50 0,0546 0,0158

41 23,54 0,0442 0,0172

42 23,57 0,0689 0,0235

43 23,61 0,0910 0,0222

44 23,64 0,0598 0,0172

45 23,67 0,0672 0,0154

46 23,71 0,0512 0,0270

47 23,74 0,0725 0,0308

48 23,78 0,1017 0,0235

49 23,81 0,0886 0,0231

50 23,84 0,0946 0,0196

51 23,88 0,0196 0,0247

52 23,91 0,0458 0,0172

53 23,94 0,0496 0,0172

54 23,98 0,1210 0,0352

55 24,01 0,0602 0,0098

56 24,05 0,0820 0,0185

57 24,08 0,0619 0,0193

58 24,11 0,0562 0,0270

59 24,15 0,0708 0,0153

60 24,18 0,1296 0,0534

61 24,22 0,0666 0,0154

62 24,25 0,0745 0,0193

63 24,28 0,1173 0,0309

64 24,32 0,0678 0,0411

65 24,35 0,0602 0,0270

66 24,39 0,0984 0,0360

67 24,42 0,1242 0,0590

68 24,45 0,1099 0,0411

69 24,49 0,0636 0,0270

70 24,52 0,0989 0,0401

71 24,55 0,1008 0,0413

72 24,59 0,1027 0,0425

73 24,62 0,1046 0,0437

74 24,66 0,1066 0,0448

75 24,69 0,1085 0,0460

76 24,72 0,1104 0,0472

77 24,76 0,1123 0,0484

Page 35: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

35

78 24,79 0,1142 0,0496

79 24,83 0,1162 0,0508

80 24,86 0,1181 0,0519

81 24,89 0,1200 0,0531

82 24,93 0,1219 0,0543

83 24,96 0,1239 0,0555

84 25,00 0,1258 0,0567

85 25,03 0,1277 0,0578

86 25,06 0,1296 0,0590

87 25,10 0,1315 0,0602

88 25,13 0,1335 0,0614

89 25,17 0,1354 0,0626

90 25,20 0,1373 0,0638

91 25,23 0,1392 0,0649

92 25,27 0,1412 0,0661

93 25,30 0,1431 0,0673

94 25,33 0,1450 0,0685

95 25,37 0,1469 0,0697

96 25,40 0,1488 0,0709

97 25,44 0,1508 0,0720

98 25,47 0,1527 0,0732

99 25,50 0,1546 0,0744

100 25,54 0,1565 0,0756

101 25,57 0,1585 0,0768

102 25,61 0,1604 0,0779

103 25,64 0,1623 0,0791

104 25,67 0,1642 0,0803

105 25,71 0,1661 0,0815

106 25,74 0,1681 0,0827

107 25,78 0,1700 0,0839

108 25,81 0,1719 0,0850

109 25,84 0,1738 0,0862

110 25,88 0,1757 0,0874

111 25,91 0,1777 0,0886

112 25,95 0,1796 0,0898

113 25,98 0,1815 0,0910

114 26,01 0,1834 0,0921

115 26,05 0,1854 0,0933

116 26,08 0,1873 0,0945

117 26,11 0,1892 0,0957

118 26,15 0,1911 0,0969

119 26,18 0,1930 0,0980

Page 36: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

36

120 26,22 0,1950 0,0992

121 26,25 0,1969 0,1004

122 26,28 0,1988 0,1016

123 26,32 0,2007 0,1028

124 26,35 0,2027 0,1040

125 26,39 0,2046 0,1051

126 26,42 0,2065 0,1063

127 26,45 0,2084 0,1075

128 26,49 0,2103 0,1087

129 26,52 0,2123 0,1099

130 26,56 0,2142 0,1110

131 26,59 0,2161 0,1122

132 26,62 0,2180 0,1134

133 26,66 0,2200 0,1146

134 26,69 0,2219 0,1158

135 26,73 0,2238 0,1170

136 26,76 0,2257 0,1181

137 26,79 0,2276 0,1193

138 26,83 0,2296 0,1205

139 26,86 0,2315 0,1217

140 26,89 0,2334 0,1229

141 26,93 0,2353 0,1241

142 26,96 0,2373 0,1252

143 18,14 0,0396 0,0134

144 22,44 0,0609 0,0272

145 24,51 0,0698 0,0301

146 24,86 0,0775 0,0459

147 23,08 0,1213 0,0853

148 23,55 0,0697 0,0055

149 21,80 0,0541 0,0221

150 24,35 0,0801 0,0217

151 21,80 0,0702 0,0173

152 20,85 0,0546 0,0158

153 19,58 0,0442 0,0172

154 24,19 0,0689 0,0235

155 24,67 0,1099 0,0222

156 21,17 0,0598 0,0172

157 22,67 0,0672 0,0154

158 22,69 0,0512 0,0270

159 22,71 0,0725 0,0308

160 22,74 0,1017 0,0235

161 22,76 0,0886 0,0231

Page 37: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

37

162 22,78 0,0946 0,0196

163 22,80 0,0196 0,0247

164 22,83 0,0458 0,0172

165 22,85 0,0496 0,0172

166 22,87 0,1210 0,0352

167 22,89 0,0602 0,0098

168 22,92 0,0820 0,0185

169 22,94 0,0619 0,0193

170 22,96 0,0562 0,0270

171 22,98 0,0708 0,0153

172 23,01 0,1296 0,0534

173 23,03 0,0666 0,0154

174 23,05 0,0745 0,0193

175 23,07 0,1173 0,0309

176 23,10 0,0678 0,0411

177 23,12 0,0602 0,0270

178 23,14 0,0984 0,0360

179 23,16 0,1242 0,0590

180 23,19 0,1099 0,0411

181 23,21 0,0636 0,0270

182 23,23 0,0920 0,0374

183 23,25 0,0930 0,0382

184 23,27 0,0941 0,0390

185 23,30 0,0951 0,0398

186 23,32 0,0961 0,0407

187 23,34 0,0971 0,0415

188 23,36 0,0981 0,0423

189 23,39 0,0991 0,0431

190 23,41 0,0678 0,0411

191 23,43 0,0602 0,0270

192 23,45 0,0984 0,0360

193 23,48 0,1242 0,0590

194 23,50 0,0957 0,0442

195 23,52 0,0964 0,0448

196 23,54 0,0971 0,0454

197 23,57 0,0978 0,0461

198 23,59 0,0985 0,0467

199 23,61 0,0992 0,0473

200 23,63 0,0999 0,0480

201 23,66 0,0678 0,0411

202 23,68 0,0602 0,0270

203 23,70 0,0984 0,0360

Page 38: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

38

204 23,72 0,0724 0,0289

205 23,75 0,0681 0,0254

206 23,77 0,0638 0,0219

207 23,79 0,0595 0,0185

208 23,81 0,0553 0,0150

209 23,84 0,0985 0,0467

210 23,86 0,0992 0,0473

211 23,88 0,0928 0,0421

212 23,90 0,0975 0,0454

213 23,93 0,1023 0,0486

214 18,14 0,1070 0,0519

215 22,44 0,1118 0,0551

216 24,51 0,1165 0,0583

217 24,86 0,1213 0,0616

218 23,08 0,0595 0,0185

219 23,55 0,0553 0,0150

220 21,80 0,0977 0,0450

221 21,53 0,0987 0,0457

222 20,89 0,0997 0,0463

223 20,25 0,0902 0,0394

224 19,61 0,0893 0,0387

225 18,97 0,0684 0,0380

226 19,89 0,0875 0,0373

227 19,62 0,0866 0,0365

228 19,34 0,0858 0,0358

229 19,07 0,0849 0,0351

230 18,79 0,0540 0,0344

231 18,52 0,0531 0,0337

232 18,24 0,0522 0,0329

233 23,08 0,0875 0,0372

234 23,55 0,0875 0,0371

235 21,80 0,0874 0,0370

236 21,53 0,0873 0,0369

237 20,89 0,0873 0,0368

238 20,25 0,0872 0,0367

239 21,85 0,0871 0,0366

240 22,07 0,0871 0,0365

241 22,28 0,0870 0,0364

242 22,49 0,0870 0,0363

243 22,71 0,0869 0,0362

244 22,92 0,0868 0,0361

245 23,13 0,0868 0,0360

Page 39: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

39

246 23,35 0,0867 0,0359

247 23,56 0,0866 0,0358

248 23,77 0,0866 0,0357

249 23,99 0,0865 0,0356

250 24,20 0,0864 0,0355

251 24,41 0,0864 0,0354

252 24,63 0,0863 0,0353

253 24,84 0,0962 0,0352

254 21,80 0,0862 0,0351

255 21,53 0,0861 0,0350

256 20,89 0,0861 0,0349

257 20,25 0,0860 0,0348

258 19,61 0,0859 0,0347

259 18,97 0,0859 0,0346

260 24,20 0,0858 0,0345

261 24,41 0,0857 0,0344

262 24,63 0,0857 0,0343

263 24,84 0,0856 0,0342

264 24,71 0,0955 0,0341

265 20,89 0,0855 0,0340

266 20,25 0,0854 0,0339

267 19,61 0,0854 0,0338

268 19,50 0,0853 0,0337

269 18,73 0,0852 0,0336

270 18,28 0,0852 0,0335

271 36,63 0,1070 0,0519

272 43,77 0,2118 0,0551

273 42.18 0,1165 0,0583

274 42,33 0,1213 0,0616

275 38,67 0,1260 0,0648

276 49,02 0,1308 0,1681

277 49,02 0,3355 0,1713

278 46,47 0,3402 0,0746

279 40,10 0,2450 0,1778

280 43,29 0,3497 0,0811

281 39,95 0,3545 0,0843

282 42,97 0,4592 0,0876

283 41,38 0,4118 0,0551

284 39,15 0,3165 0,0583

285 41,06 0,3454 0,0781

286 38,67 0,1473 0,0795

287 45,84 0,3493 0,0808

Page 40: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

40

288 59,52 0,8513 0,4822

289 48,22 0,7533 0,3835

290 62,43 0,8553 0,4849

291 50,93 0,8573 0,3863

292 47,75 0,3593 0,0876

293 47,92 0,3613 0,0890

294 41,70 0,2633 0,0904

295 38,20 0,1653 0,0917

296 36,29 0,1673 0,0931

297 36,45 0,1070 0,0519

298 35,97 0,1118 0,0551

299 34,05 0,1165 0,0583

300 36,58 0,1213 0,0616

301 36,13 0,1260 0,0648

302 33,10 0,1308 0,0681

303 32,94 0,1355 0,0713

304 35,17 0,1402 0,0746

305 35,97 0,1450 0,0778

306 35,17 0,1497 0,0811

307 37,01 0,1545 0,0843

308 36,92 0,1592 0,0876

309 34,85 0,1070 0,0519

310 33,10 0,1118 0,0551

311 35,81 0,1213 0,0616

312 37,56 0,1276 0,0659

313 38,36 0,1347 0,0708

314 32,63 0,1418 0,0757

315 36,13 0,1489 0,0805

316 34,85 0,1561 0,0854

317 36,13 0,1632 0,0903

318 32,79 0,1070 0,0519

319 33,10 0,1118 0,0551

320 32,50 0,1165 0,0583

321 32,17 0,1213 0,0616

322 31,84 0,1260 0,0648

323 31,51 0,1308 0,0681

324 31,18 0,1355 0,0713

325 30,85 0,1402 0,0746

326 30,52 0,1450 0,0778

327 30,19 0,1497 0,0811

328 29,86 0,1545 0,0843

329 29,53 0,1592 0,0876

Page 41: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

41

330 29,20 0,1640 0,0908

331 28,88 0,1687 0,0941

332 28,55 0,1070 0,0519

333 28,22 0,1118 0,0551

334 27,89 0,1165 0,0583

335 27,56 0,1213 0,0616

336 26,78 0,1260 0,0648

337 26,39 0,1308 0,0681

338 25,99 0,1355 0,0713

339 25,60 0,1402 0,0746

340 25,21 0,1450 0,0778

341 24,81 0,1497 0,0811

342 24,42 0,1545 0,0843

343 24,03 0,1592 0,0876

344 42,33 0,1640 0,0908

345 38,67 0,1687 0,0941

346 49,02 0,2735 0,0973

347 49,02 0,3782 0,1006

348 46,47 0,2260 0,0648

349 40,10 0,1308 0,0681

350 43,29 0,1355 0,0713

351 39,95 0,1402 0,0746

352 42,97 0,1450 0,0778

353 41,38 0,1497 0,0811

354 39,15 0,1545 0,0843

355 41,06 0,3592 0,0876

356 38,67 0,2640 0,0908

357 45,84 0,3687 0,0941

358 59,52 0,8735 0,0973

359 48,22 0,1782 0,1006

360 62,43 0,9829 0,1038

361 50,93 0,4877 0,1071

362 51,16 0,5924 0,1103

363 51,75 0,5972 0,1136

364 52,35 0,6019 0,1168

365 52,94 0,6067 0,2201

366 53,54 0,6114 0,2332

367 54,13 0,5162 0,1266

368 54,73 0,5209 0,1298

369 55,32 0,6256 0,1331

370 55,92 0,7304 0,1363

371 56,51 0,6351 0,1396

Page 42: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

42

372 57,11 0,8399 0,1428

373 57,71 0,8446 0,1461

374 58,30 0,7494 0,1493

375 58,90 0,6541 0,1526

376 59,49 0,9589 0,1558

377 58,16 0,8636 0,1591

378 58,45 0,7683 0,3623

379 58,73 0,7731 0,3656

380 59,02 0,9899 0,5469

381 59,30 0,8062 0,3355

382 59,59 0,7471 0,1670

383 59,87 0,8786 0,1770

384 59,52 0,9114 0,3903

385 48,22 0,4812 0,1091

386 62,43 0,9228 0,6961

387 50,93 0,8987 0,3335

388 52,39 0,8194 0,3700

389 51,23 0,7502 0,3781

390 50,07 0,7813 0,3490

391 48,92 0,6148 0,2125

392 47,76 0,7071 0,2613

393 46,61 0,6407 0,3917

394 45,45 0,6708 0,2740

395 44,29 0,7606 0,1905

396 43,14 0,6274 0,3803

397 41,98 0,6317 0,2940

398 40,83 0,5594 0,1558

399 39,67 0,4715 0,0522

400 38,51 0,5118 0,0551

401 37,36 0,4681 0,0254

402 36,20 0,3638 0,0219

403 35,05 0,1953 0,0185

404 33,89 0,2274 0,0380

405 32,73 0,1118 0,0551

406 31,58 0,1212 0,0618

407 30,42 0,1473 0,0801

408 29,27 0,1734 0,0984

409 28,11 0,0609 0,0272

410 26,95 0,0698 0,0301

411 25,80 0,0775 0,0459

412 24,64 0,1213 0,0853

413 23,49 0,0697 0,0055

Page 43: Determinação do rendimento e eficiência da madeireira Reck no ...

43

414 22,33 0,0541 0,0221

415 21,17 0,0801 0,0217

416 20,02 0,0702 0,0173

417 37,36 0,0546 0,0158

418 36,20 0,2442 0,0172

419 35,05 0,2689 0,0235

420 33,89 0,1099 0,0222

421 32,73 0,3598 0,0172

422 31,58 0,0672 0,0154

423 30,42 0,0512 0,0270

424 36,27 0,2725 0,0308

425 37,38 0,1017 0,0235

426 38,49 0,3886 0,0231

427 39,59 0,3946 0,0196

428 40,70 0,4296 0,0247

429 41,81 0,3458 0,3172

430 42,92 0,2496 0,3172

431 44,02 0,4210 0,4352

432 44,94 0,6602 0,4398

433 46,01 0,8820 0,5485

434 47,09 0,6619 0,6593

435 48,16 0,7562 0,4037

436 49,23 0,6708 0,5353

437 50,31 0,8296 0,4534

438 51,38 0,9266 0,4454

439 52,46 0,9845 0,3794

440 20,02 0,1173 0,0309

441 37,36 0,2678 0,0512

442 36,20 0,2602 0,0671

443 35,05 0,1984 0,0463

444 33,89 0,1342 0,0590

445 32,73 0,1099 0,0411

446 31,58 0,0636 0,0270

447 26,50 0,1173 0,0309

448 24,39 0,1701 0,0348

449 22,28 0,2217 0,0387

450 20,17 0,2781 0,0423

Total 91,6650 36,6123