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DETERMINAÇÃO DA POROSIDADE DE TORTA A PARTIR DA CURVA DE DESAGUAMENTO C. L. P. DIAS 1 ; L. M. SILVA 1 ; C. E. S. VALADÃ0 2 ; S. C. AMARANTE-' (I) Aluno de Doutorado -- Curso de Pós-Graduação cm Engenharia Metalúrgica e de Mi nas Universidade Federal de Minas Gerais-- Rua Espírito Santo 35 - Sala 306- Bairro Centro CEP. 30160-030- Belo Horizonte - MG - Brasil charlestondias GIJ, ig.com.br; lamac minasG1lig.com.br (2) Grupo de Tratamento de Minérios -- Departamento de Engenharia de Minas Universidade Federal de Minas Gerais-- Rua Espírito Santo 35 - Sala 702- Bairro Centro CEP. 30160-030 - Belo Horizonte - MG - Brasil [email protected] (3) Gerência de Tecnologia Mineral - Minerações Brasileiras Reunidas Avenida de Ligação 3580 CEP 34000-000 Nova Lima - MG- Bras il sca«Dmbr.com.br A porosidade de torta (volume de vazios/volume de torta) e resistência específica da torta são normalmente importantes parümetros na filtragem que podem influenciar decisivamente nas características de desaguamento deste meio poroso. No teste de folha, utilizado em laboratório para estudos relacionados ú filtragem a vúcuo, dois métodos polkm ser utilizados para calcular a porosidade de torta: a) considerar o valor de espessu ra de torta (saturada ou não); b) utilizar o valor da massa de torta saturada, obtido a partir da curva de desaguamento. O objctivo desse trabalho é determinar, cm ensaios de filtragem em laboratório, a porosidade de torta, utilizando-se os dois mdodos. citados acima, considerando-se a influência: do nível de vácuo, do pH da polpa c da adição de um reagente floculantc. As amostras minerais utilizadas apresentam grande predominância de hcmatita c representam produtos das instalações de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero (MG). Os testes de filtragem foram realizados utilizando montagem de teste de folha que permite a determinação de massa de filtrado, em cada segundo, por meio de uma balança interligada a um computador. Os resultados indicaram de forma geral que: a) os valores de porosidade determinados pelo método que utiliza a massa saturada foram maiores que aqueles determinados utilizando a espessura de torta; b) o método de determinação da porosidade por meio da massa saturada mostrou-se mais sensível a pequenas variações na porosidade; c) pequenas variações da porosidade foram observadas variando-se o pH da polpa e o vácuo; d) o tipo de método usado para a determinação da porosidade pode influir significativamente sobre o resultado alcançado. Palal'ras-chave: porosidade. resistência espccí fica da torta, filtragem, desaguamento. Área Temática: Tratamento de Minérios 169

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DETERMINAÇÃO DA POROSIDADE DE TORTA A PARTIR DA CURVA DE DESAGUAMENTO

C. L. P. DIAS 1; L. M. SILVA 1

; C. E. S. VALADÃ02; S. C. AMARANTE-'

(I) Aluno de Doutorado -- Curso de Pós-Graduação cm Engenharia Metalúrgica e de Mi nas Universidade Federal de Minas Gerais-- Rua Espírito Santo 35 - Sala 306- Bairro Centro

CEP. 30160-030- Belo Horizonte - MG - Brasil charlestondias GIJ, ig.com.br; lamac minasG1lig.com.br

(2) Grupo de Tratamento de Minérios -- Departamento de Engenharia de Minas Universidade Federal de Minas Gerais-- Rua Espírito Santo 35 - Sala 702- Bairro Centro

CEP. 30160-030 - Belo Horizonte - MG - Brasil [email protected]

(3) Gerência de Tecnologia Mineral - Minerações Brasileiras Reunidas Avenida de Ligação 3580

CEP 34000-000 Nova Lima - MG- Brasil sca«Dmbr.com.br

A porosidade de torta (volume de vazios/volume de torta) e resistência específica da torta são normalmente importantes parümetros na filtragem que podem influenciar decisivamente nas características de desagua mento deste meio poroso. No teste de folha , utilizado em laboratório para estudos re lacionados ú filtragem a vúcuo, dois métodos polkm ser utilizados para calcular a porosidade de torta: a) considerar o valor de espessu ra de torta (saturada ou não) ; b) utili za r o valor da massa de torta saturada, obtido a partir da curva de desaguamento. O objctivo desse trabalho é determinar, cm ensaios de filtragem em laboratório, a porosidade de torta, utilizando-se os doi s mdodos. citados acima, considerando-se a influência: do nível de vácuo, do pH da polpa c da adição de um reagente floculantc. As amostras minerais utilizadas apresentam grande predominância de hcmatita c representam produtos das instalações de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero (MG). Os testes de filtragem foram reali zados utili zando montagem de teste de folha que permite a determinação de massa de filtrado, em cada segundo, por meio de uma balança interligada a um computador. Os resultados indicaram de forma geral que: a) os valores de porosidade determinados pelo método que utili za a massa saturada foram maiores que aqueles determinados utilizando a espessura de torta; b) o método de determinação da porosidade por meio da massa saturada mostrou-se mais sensível a pequenas variações na porosidade; c) pequenas variações da porosidade foram observadas variando-se o pH da polpa e o vácuo; d) o tipo de método usado para a determinação da porosidade pode influir significativamente sobre o resultado alcançado.

Palal'ras-chave: porosidade. resistência espccí fica da torta, filtragem, desaguamento.

Área Temática: Tratamento de Minérios

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INTRODUÇÃO

A filtragem de polpas contendo parcela significativa de finos representa um desafio para Indústria Mineral. A determinação da porosidade de torta pode ser de suma importância para a avaliação do desempenho da filtragem. Puttock et ai. (1986) determinaram a porosidade de tortas de alumina trihidratada considerando a massa seca e a massa saturada. Os valores obtidos para a porosidade para as três amostras foram muitos próximos aos valores determinados por porosimetria de mercúrio. Besra et al. (2000), utilizando cilindro graduado, determinaram a porosidade, cm leito seco sem compactação e com compactação, para três minerais: caolim, calei ta e quartzo. Os valores obtidos por este método foram comparados com a porosidade da torta determinada experimentalmente por meio de ensaios de filtragem. Os valores de porosidade de torta determinados por testes de filtragem para calcita e caolim foram mais próximos daqueles obtidos com o leito compactado. Os resultados para quartzo, no entanto, foram mais próximos da porosidade determinada por meio leito não compactado. Sis e Chander (2000), estudando polpa de alumina, verificaram que tanto a resistência específica da torta e a porosidade da torta podem variar de acordo com o reagente auxiliar de filtragem utilizado. A porosidade usualmente decresce com o aumento da resistência específica da torta. A filtragem compreende duas importantes etapas: a) formação da torta que é caracterizada por um fluxo de apenas um fluido (água) através da torta em formação. Nesta etapa há um aumento continuo na espessura da torta; b) secagem da torta que é caracterizada por um fluxo de dois fluidos (ar e água) através da torta formada. Nesta etapa o ar começa a ocupar o espaço do líquido desaguado. As etapas de formação e secagem estão ilustradas na curva de desaguamento de torta mostrada na figura O I.

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50

Sólido

Fltrado

100

Curva de Desaguamento

Formação

150 200

Túmpode lcnnaçilo

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250

TempO(sJ

Secagem

Soc.gem de-

Fi Irado

300

Sat.nçeo lrf~ ....

VaZio fillradO • 0

350

Figura O l - Curva de desaguamento de torta mostrando as etapas de formação c secagem.

O objetivo principal deste trabalho é determinar a porosidade de torta, em ensaios de filtragem em laboratório, utilizando-se os dois métodos, citados anteriormente, e considerando-se a influência: da adição de um reagente floculante, do valor de pH da polpa, do nível de vácuo.

DESENVOLVIMENTO

A amostra mineral utilizada é proveniente do processamento de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero (MG). Esta amostra foi caracterizada em termos químicos, mineralógicos e granulométricos. As principais características e composição química da amostra são mostradas na tabela I e 11, respectivamente.

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\ I

> 148 J..lm (%)

13,69

Tabela 1- Características da amostra

<52 J..lrn (%)

<9 J..lm (%)

Massa Especifica (g!cm3

)

Indice de Blainc (cm2/g)

70,50 21,31 4,67 2693

Tabela 11 -Composição química da amostra

Fe (%) Si02 (%) AI203(%) Mn(%) P(%) 64,7 2,12 2,38 0,335 0,074

A difração de Raio X indicou um predomínio de hematita, aparecendo, em pequena quantidade, quartzo c magnetita.

Os ensaios de filtragem foram realizados por meio do Funil de Büchner, conforme montagem mostrada na figura 02, que tem como característica alimentação de polpa por cima. O funil de Büchner, com 115 mm de diâmetro. é fixado em um suporte e conectado a um frasco de filtrado por meio de uma mangueira de silicone. O frasco de filtrado encontra-se posicionado sobre uma balança eletrônica conectado ao sistema computacional para aquisição de dados. Os testes foram realizados em porcentagem de sólido em massa de 65% e meio filtrante constituído por tecido de monofilamento de poliamida.

Reagentes utilizados: um floculante comercial fracamente aniônico (Fionex 9076/Fioeger); modificadores de pH NaCI (PA) e HCl (PA).

O ponto de carga zero (PCZ) da amostra (pH 7,8) foi determinado pelo método de Mular e Roberts.

Computador

Funil

Válvula do funil

Filtrado

Balança

Figura 02- Montagem de filtragem com funil de Büchner.

A porosidade média da torta foi calculada por meio de dois métodos. No primeiro método foram consideradas as dimensões fisicas da torta (área e espessura) e a massa da torta seca segundo Grace ( 1953). A porosidade calculada através da massa da torta seca e sua espessura é dada por:

onde:

E= a porosidade média da torta; p5 = massa específica do sólido (g.cm·3r, wd =massa seca da torta (g), A= área d seção transversal ao fluxo de filtrado (cm2) e L= espessura da torta (cm).

No segundo método foram utilizados os valores da massa da torta saturada c a massa da torta seca, de acordo com Puttock et ai. ( 1986). A massa da torta saturada é definida como a massa da torta no tempo de formação, neste instante o volume de líquido na torta é considerado como sendo igual ao volume de vazios.

A porosidade média pode ser calculada neste caso por:

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E= Ps(m-1) p,+pJm-1) (

2)

onde:

w m=-' (3)

w"

p 1 = massa específica do filtrado (g.cm.3), w , = massa da torta saturada (g) e wd =massa da torta seca (g).

A massa da torta saturada w, é dada por:

I 00. w,,

onde:

UMTF = umidade da torta no tempo de formação, obtida por meio da curva de desaguamento (%).

A resistência específica da torta foi também determinada experimentalmente através da seguinte fórmula:

a

onde:

2aA 2 f1P

JI C (5)

a = resistcncia específica da torta (m.kg-1); A = área de filtragem (m2

); ~p = vácuo aplicado (Pa); ~l = viscosidade do filtrado (s.N.m-2

); c =concentração de sólidos na suspensão (kg.m-3); a = coeficiente angular da

reta tfV cm função de V (s.nf\

A saturação da torta foi determinada através da seguinte fórmula:

( 1- E ).Ps .UM 1 . w1 SJ%) = * 100 (6)

Ep1w"

onde: S1(%) = saturação da torta no instante t, UM1 = umidade da torta no instante t ('%) e W1 = massa total da torta no instante t (g) .

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Determinação da porosidade em presença de floculantc

O efeito da dosagem de floculant e sobre porosidade utilizando-se os dois métodos é mostrado na figura 03. Observa-se um aumento da porosidade, considerando-se os dois métodos utili zados. No entanto. o segundo método, que utiliza o valor medido da espessura, apresentou valores menores para a porosidade medida quando comparados com o outro método. Este efeito poderia ser explicado pela redução da espessura da torta durante a secagem (menor volume de vazios) e/ou pela maior dificuldade na avaliação experimental da espessura de torta.

A influência do floculante na saturação da torta c no tempo de formação (saturação igua l a I 00%) é mostrada na figura 04. Observa-se que houve uma redução da saturação com aumento da dosagem de floculantc, este fato se deve provavelmente ao aumento da porosidade em tortas tloculadas.

Verifica-se também que houve uma translação da curva saturação devido à redução nos tempos de formação de tortas (indicados na fi gura 04 logo acima do eixo das abscissas) para polpas floculadas.

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1,00 .

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... o 0,40 a..

0,30 0.36 0.39

0,20

0,10

0,00

o 15 30 45 60 75 90 Aoculante (g/t)

Figura 03 - Efeito da dosagem de floculante sobre a porosidade utilizando os dois métodos de cálculo de porosidade (vácuo 6,10xl04Pa (l8po1Hg), 65% de sólidos em massa, pH 7,6).

Saturação da Torta

100,0 ...---6---+----Q--------~~------------.

-BJal'lC"O

- a- fbc:ulonte 45 glt

- o - fbcul!lnt» 60 g /t

90,0 - -6-Fbcullnt:e 90g/t

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oCII o. 80,0 Cll ... ;:, ... Cll

U)

70,0

60,0 3 2,0 74,0 119.0 293 .o

o 100 200 300 400 500

tempo (s)

Figura 04 - Influência do floculante na saturação da torta (vácuo 6,10xl04Pa (18 poiHg), 65% de sólidos em massa).

Determinação da porosidade em função da variação do pH

A resistência específica e porosidade cm função do pH são mostradas na figura 05. Observa-se que praticamente não houve uma variação da porosidade medida pelos dois métodos cm relação ao pH. Entretanto as tortas apresentaram menores resistência específica próximo ao ponto de carga zero (pH=7,8) e a porosidade medida pela massa saturada foi maior que a porosidade medida através da espessura para toda a faixa de pH da polpa testada.

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1,00E+11 .----------------------------,. 0,50

õi i! .§. 7.50E+10

o 0,44 o 0,45 o o.•s + 0 ,45 D 0,44

o 7,77E+10

~ {!

o 7,07E+10 J 0,40 -8 . !E ~ • : 5,00E+10

~ .. jj .. ~

• 0.35

o 6,34E+10

• 0,36 o 5,81E+10 • 0.36

• 0.35 0.35

"' 0,30 o resistência especlu o porosidade através da fl"''SSB aeuurada • porosidade através da osPMaura

2.50E+1o L----~--------~:=====;:::======---1 0,25

o 6 8 10 12

pH

~ B l

Figura 05 - Influência do pH sobre a porosidade e resistência específica (vácuo 6,10xi04Pa (18 polHg), 65% de sólidos cm massa).

Determinação da porosidade em função da influência do vácuo

A figura 06 mostra os resultados de porosidade e resistência especifica de torta em função do vácuo aplicado. Observa-se que houve tanto um aumento da resistência específica da torta, quanto um pequeno decréscimo na porosidade da torta medida através da massa saturada com o aumento do vácuo aplicado. Este decréscimo na porosidade pode estar indicando que houve uma redução do volume de vazios devido a maior compactação da torta. A porosidade medida pela massa saturada foi maior que a porosidade medida utilizando-se a espessura para os três níveis de vácuo utilizados.

7,00E+10

õi i! .§. . ~ . 'O . ~ 5,00E+10 u !. • • ~ l! ~ .!1! .. ~

3,00E+10

0,50

D 0,45 0.45 D 0,44 o 6.02E+10

D 0,43

I 0,40 • 'O

~

~ • 0,35 + 0.35 ...

• 0,36 • 0,38 o 4,S6E+10

o 3,79E+10 0,30

a porosidade auaves d& rroaaa uturada o resistência eSpedlco ~

I • porosidade allavu da .. _._...,.. da 1orta I 0.25

30 10 15 20

Vácuo (poiHg)

25

Figura 06 - Influência do vácuo na porosidade e na resistência específica da torta, para uma suspensão com 65% em massa c pll 7,6.

A influência do vácuo na umidade e na resistência de torta é mostrada na figura 07. Com o aumento do vácuo observou-se que houve um decréscimo da umidade e da porosidade da torta medida pela massa saturada. O decréscimo da umidade pode ser explicado pela diminuição do volume de vazios que poderia estar sendo ocupado pela água em vácuos menores. A porosidade detem1inada através da espessura não apresentou variações em relação ao vácuo.

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14 ,-------------------------------------------------, 0,50

o 0,45

13

o 12.46

" -g 12 .. 0 ,35

:'2 E ::>

11

l O

10 12 14 16 18

o 0,44

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o 11,91

o 0.43

.. 0,35

o 11 .50

0.45

0.40

0 ,35

0,30

E:~:de a t rave~~ rmssa s atu~:l 0 25

I: ~~~sdade atra~:s da esp~ss ura d:-t:rt~ 0 20

20 22 24 26 28

Vá cuo (poiHg)

Figura 7 -- lnflu~ ncia do vúcuo na umidade c na porosidade da to rta, para uma suspensão com 65% em massa e pH 7,6.

CONCLUSÜES

Os resu ltados dos testes de filtragem indicam de form a geral que: a) os valores de poros idade determinados pelo método que utili za a massa saturada foram maiores que aqueles determinados utili zando a espessura de to rta ; b) o método de determinação da porosidade por meio da massa saturada mostrou-se mais sensível a pequenas variações na poros idade; c) pequenas variações da porosidade fo ram observadas vari ando-se o pH da polpa c o vácuo.

Deve-se, finalmente, ressaltar que o tipo de método usado para a determinação da poros idade pode influir signifi cativamente sobre o resultado alcançado. Neste caso, em pat1icular, a determinação foi realizada considerando-se a massa da torta no tempo de formação (torta saturada) para um dos métodos, e para o outro a espessura da torta ao final do t~:mpo de secagem, ou seja, os resultados obtidos não foram si milares.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a CA PES pela 13olsa de Doutorado concedida a C.L.P.Dias c a Minerações Brasileiras Reunidas -- MBR pelo apoio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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