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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 12 - nº 110 - Dezembro/2011 Distribuição Gratuita Destaques: Perdão e Esquecimento Comemoração do Natal – Passado, Presente e Futuro IV Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e Sua Obra

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PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 12 - nº 110 - Dezembro/2011Distribuição Gratuita

Destaques:Perdão e Esquecimento

Comemoração do Natal – Passado, Presente e Futuro

IV Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e Sua Obra

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A maioria das pessoas procura o Centro Espírita em busca de solução para proble-mas dos mais variados: familiares, sentimentais, fi nanceiros, enfermidades, saudade dos entes queridos que desencarnaram.

Muitas vezes a ajuda não foi correspondida com o resultado esperado diante das crenças que seguem ao longo da vida ou também pelas pessoas da sua intimidade.

A Casa Espírita é então procurada, na esperança de que os Espíritos operem as modifi cações desejadas.

A Casa Espírita está sempre de portas abertas a quem quer que seja e dispõe-se a amparar, consolar, renovar esperanças e instruir através das reuniões públicas. Compreende-se que o irmão necessitado que ali chega, vem assistido pelos mento-res espirituais, que auxiliam no seu reajuste.

Poderá benefi ciar-se do passe magnético, cujos recursos o levarão a melhoria. Os trabalhadores da Casa Espírita deverão esclarecer, sem jamais distorcer as infor-mações, mostrando que a recuperação depende da análise e observação íntima do necessitado e da sua mudança moral, libertando-se dos sentimentos inferiores como o ódio, o orgulho, a vaidade, o egoísmo e construindo novos rumos através da com-preensão e aplicação dos ensinamentos de Jesus.

O convite para o trabalho na Casa Espírita é bálsamo renovador para aquele que chega necessitado. Importante perceberem que sua melhoria está no serviço que dedique ao próximo. Para executar tarefas não é necessário que frequente cursos, mas sim, estude. Poderá iniciar, por exemplo, o trabalho na sala do passe, servindo a água no início, onde receberá as orientações necessárias daqueles que já estão na tarefa há mais tempo. É preciso que esteja presente ao menos uma vez por semana nas reuniões públicas, nas quais normalmente são realizados os estudos das obras básicas da Doutrina. Paralelamente, recomenda-se a leitura de obras sobre o passe. Sugerimos o livro “Passe e Passista” de Roque Jacintho. Os trabalhadores acompa-nharão o novo tarefeiro com a devida atenção, procurando esclarecer suas dúvidas a respeito do livro, do trabalho e quaisquer outras indagações pertinentes.

Para que todo o benefício que o necessitado procure na Casa Espírita possa atin-gir o resultado esperado, é preciso que ele próprio se esforce, mantendo disciplina e persistência, além de sua própria fé.

Na oportunidade do trabalho, o indivíduo que estava com seu sistema nervoso abalado, consegue desligar-se do esgotamento e visualiza novas formas de reagir e superar as adversidades. Adquire novos hábitos, amplia o entendimento e busca a harmonia, na medida em que compreende que a melhoria vem de dentro para fora. Percebe a necessidade do aprendizado e da prontidão em servir ao próximo, que aliadas à reforma íntima, darão sustentação na caminhada evolutiva.

Com o tempo perceberá que a Casa Espírita não é apenas uma Casa de Reabili-tação, mas uma escola para o espírito que é eterno. No livro “Nosso Lar”, psicogra-fado por Chico Xavier, o espírito André Luiz nos relata que depois de adquirir relativo equilíbrio, iniciou o trabalho auxiliando na limpeza do chão, e, ainda no mesmo livro, consta que o trabalho, além de atender aos que necessitam, nos regenera e ilumina.

Jesus nos deixou o exemplo vivo da caridade, do amor ao próximo, nos convidan-do para o trabalho. O Mestre não dispensa nossa colaboração, nos orienta para o reerguimento, comprendendo o verdadeiro sentido de nossas vidas.

Esta máxima do Evangelho completa nossa breve reflexão: “Fora da caridade não há salvação”.

Equipe Seareiro

EditorialPublicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 12 - nº 110 - Dezembro/2011Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refl etem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Grandes Pioneiros: José Petitinga - Primeira parte - Pág. 3Kardec em Estudo: Visitas Espíritas Entre Pessoas Vivas - Pág. 7Tema Livre: Quem Disse que é Fácil? - Pág. 8Mensagem: Amparo do Céu - Pág. 8Contos: Perdão e Esquecimento - Pág. 9Aconteceu: IV Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e Sua Obra - Pág. 10; Tarde do Chá - Pág. 11Canal Aberto: Alegra-te - Pág. 11Homenagem: Comemoração do Natal – Passado, Presente e Futuro - Pág. 12Clube do Livro: Renascendo do Ódio - Pág. 13Atualidade: Sofrimentos Opostos - Pág. 15Família: O Que os Jovens Pensam - Pág. 16Pegadas de Chico Xavier: Evangelho e Bom Humor - Pág. 17Livro em Foco: Revelação - Pág. 17Cantinho do Verso em Prosa: Divina Surpresa - Pág. 18Calendário: Dezembro - Pág. 19

Direção e RedaçãoRua dos Marimbás, 220

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Conselho EditorialCladi de Oliveira Silva

Fátima Maria GambaroniGeni Maria da SilvaReinaldo Gimenez

Roberto de Menezes PatrícioRosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

RevisãoConselho Editorial

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433

Diagramação e ArteD´Artagnan Propagandawww.dartagnan.com.br

Imagem da CapaConcepção artística a partir de

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ImpressãoVan Moorsel, Andrade & Cia Ltda

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Tiragem12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Grandes Pioneiros

O relógio marcava 12 horas de um belo domingo no Esta-do da Bahia. O dia 2 de dezembro de 1866 trazia para o lar do senhor Manoel Antonio de Senna e de sua esposa, dona Maria Florentino de Senna, o reencarne de um menino, que recebeu o nome de José Florentino de Senna.

Esse acontecimento se deu na fazenda Sítio da Pedra, à margem direita do Rio Paraguaçu, termo de Monte Cruzeiro, Comarca de Amargosa, no Estado da Bahia.

José Florentino teria uma grande tarefa no curso de sua existência terrena: semear a palavra de Jesus em tempos árduos para a Doutrina Espírita.A família do senhor Manoel Antonio cresceu e José Flo-rentino teve como irmãos: Emygdia Laura de Senna,Joanna Cancionilla de Senna, Eugênio Alves de Senna eValeriana Alice de Senna. Mas, somente José Florentinodespertaria um dia para a sua reminiscência espiritual. O menino José, enquanto criança, levava a existência com muita responsabilidade. Tinha seus momentos de brincadei-ras próprios da infância, mas queria ser útil. Sabia que pre-cisava ajudar a família. E, mal terminando o curso primário, com apenas onze anos, interessou-se pela carreira comercial.Começou a trabalhar numa drogaria e loja de ferragens per-tencente ao senhor Francisco Torquato Barreto, na cidadede Nazaré, próxima à sua terra natal. A dedicação no desenvolvimento dos assuntos relacionados ao bom anda-mento dos negócios levou-o, em breve tempo, a cuidar de toda a parte contábil da casa comercial. O jovem Josédemonstra com isso, sua condição de autodidata, pois,sem recursos, teve de abandonar os estudos superiores.Passou a ler obras sobre assuntos diversos e importantes,que cada vez mais abriam seu campo mental. Interessando-se pela política e pelos movimentos cívicos sobre o abolicionismo e tudo o que se relacionava com a República, procurava alicerçar-se nas conversações, para que seus argumentos fossem úteis. Assim, passou a tomar

partido nessas duas áreas, escrevendo para os jornais da época. Em pouco tempo seus artigos em defesa dessas cau-sas granjeou a simpatia dos leitores.

Tornou-se conhecido e polêmico, não só pela sua maneira severa em favor do abolicionismo, como, também, pela sua postura diante dos partidos contrários a liberdade dos es-cravos. Seu trabalho profi ssional estava sendo prejudicado, pois a grande maioria era composta de monarquistas con-servadores, portanto, não admitiam qualquer mudança que viesse comprometer seus interesses políticos e monetários.

Pensando em poupar-se e, também, causar menos aborre-cimentos aos pais e aos irmãos, resolveu usar o pseudônimo de Petitinga. Com o passar do tempo, fi cou conhecido pela população e em todos os meios como “José Petitinga”. Esse acontecimento o levou a adotar o sobrenome, substituindo Florentino de Senna por Petitinga, fato esse registradonuma declaração pública, feita em cartório.

O ano de 1895 foi um ano de grandes transformações na vida de José Petitinga. Seu nome era sempre citado em todos os meios sociais. Tanto o aplaudiam em seus textos diretos, ou então apareciam os monarquistas raivosos que passavam a ironizar o pseudônimo dizendo que “petitinga, era o nome que o povo da região dava ao peixe de água doce, que não servia nem para matar a fome, de tão vulgar que era”. Mas, José Petitinga não ligava para os mexericos monarquistas, e continuou seu trabalho, tornando-se exímio orador político e mais tarde orador espírita. Zeloso com a cultura fazia de seu português exuberante beletrista. Surgiram, então, seus primeiros versos e, justamente em 1895, veio a público o primeiro livro de poesias, intitulado “Harpejos Vespertinos”.

Logo em seguida editou mais dois livros: “Madressilvas” e “Tonadilhas”. Essas obras mereceram muitos elogios do jornal “República Federal” e do “Jornal do Comércio”, do Rio de Janeiro, sendo que esse considerou “Tonadilhas” como o melhor livro de poesias editado naquele ano, em todo o Brasil. Críticos ilustres da época, como Silvio Romero, Múcio Tei-

xeira, Teotônio Freire, Abílio César Borges e outros elogiaram e divulgaram a beleza dos poemas esuas métricas bem cuidadas. O interessante,também, era que Petitinga, no final de cada poesia,colocava a data e local das viagens que fazia,como orador, pelos estados do Brasil e pelo interiorda Bahia: Alagoinhas, Amargosa, Bom Jardim,Bom Jesus da Lapa, Canavieiras, Carinha,Chapada das Mangabeiras, Comandatuba, Ilhéus, Itaparica, Juazeiro, Olivença, Remanso, Rio Branco, Rio Grande, São Miguel, Serra do Sincorá,Tape ra e Va rgem Grande . Em Go iás : Conceição do Norte, Duro, Margem do Palmeira, Natividade e Ribeirão do Inferno. E em Minas Ge-rais, em Morrinho. Todas essas viagens, cercadas do carisma de Petitinga, foram de grande sucesso, pelo conteúdo de suas teses elucidativas em torno do abolicionismo.

No mesmo ano de 1895, no dia 11 de fevereiro, Petitinga contraiu matrimônio com dona Francisca Laura de Jesus. A felicidade desse consórcio fez

Foto atual de Amargosa. O nome desta cidade teve origem na caça das pombas de carne amarga que faziam parte da fauna local, e que atraia caçadores da

região, através do convite: “vamos às amargosas”.

Primeira parte

Espíritas Amor e EsperançaÓrgão divulgador do Núcleo de Estudos

Foto atual de Amargosa. O nome desta cidade teve origem na caça das pombas de carne amarga que faziam parte da fauna local, e que atraia caçadores da

região, através do convite: “vamos às amargosas”.

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crescer a família Petitinga, onde sete integrantes da Es-piritualidade reencarnaram com os nomes: Antonieta, como primogênita e, mais ou menos num espaço de um ano entre uns e outros, seguiram-se: Alice, Arquibal-do, Astrogildo, Astrolábio, Al-merindo e Cordélia.

Petitinga exercia a função de guarda-livros (contador) na Empresa Viação do São Francisco, onde trabalhou por muitos anos nesse mes-mo cargo, até a empresa vir a pertencer ao Estado, nos governos de Luis Viana, José Marcelino e Araujo Pinho. Por diversas vezes assumiu in-terinamente a direção dessa empresa, com o apoio total

de seus proprietários, enquan-to particular, e depois, com a mesma confi ança dos admi-nistradores públicos, quando foi estatizada. Mas, Petitinga não modifi cou em nada a sua responsabilidade como fi el fun-cionário, cumprindo com seus deveres na empresa. Por isso, o respeito e o carinho de todos para com ele, desde o mais simples operário até a Direto-ria.

Petitinga deixou esse emprego espontaneamente, no ano de 1912, quando do primeiro governo do doutor J. J. Seabra. Mas, antes desse acontecimento, Petitinga, como grande defensor da Proclamação da República, escrevia ardorosamente no jornal “O Republicano” seus destemidos artigos pró republicanos. Porém, a sua estréia, pro-priamente dita, foi no Jornal “7 de Janeiro”, da conhecida e respeitada cidade de Itaparica. Daí em diante seguiu-se o rumo jornalístico desse ousado escritor. Seus leitores encontravam suas matérias nos jornais: “O Regenerador”, da cidade de Nazaré; a “Gazeta de Amargosa”, “Neto do Diabo”, Duende”, “Tentâmem”, “Gazeta da Tarde”, “ O “Cidade do Juazeiro”, “Palinuro”, “Crisálida”, “Correio de Alagoinha”, “Correio de São Francisco”, “Folha de Juazeiro”, “Diário da Bahia”, sendo, também, o fundador do “Jornal A Ideia”.

Ainda jovem, começou a se interessar pelos ditames reencarnatórios. Interessava-se pelas leituras que fazia, para ter maiores conhecimentos nos diversos rumos culturais. Po-rém, a Doutrina reencarnacionista ele só veio a conhecer no ano de 1887. Isso aconteceu quando, trabalhando na área do comércio, na cidade de Nazaré das Farinhas, precisou viajar a negócios junto com o amigo, doutor Flávio Guedes de Araújo. Em meio à viagem, Petitinga notou que Flávio estava absorto na leitura de um livro, que nem prestava mais atenção na conversação em que ambos se envolviam. Em dado momento, Petitinga curioso, perguntou:

— Perdoe-me, amigo Flávio, mas que livro é esse que você lê com tanta atenção?— Este é “O Livro dos Espíritos”, trazendo valiosos esclarecimentos sobre a nossa vida

de encarnados e desencarnados.Petitinga ouvindo a resposta, falou com certa ironia:— Mas isso não é coisa para deixar ou tornar os seres malucos?— Pois você mesmo irá constatar o que digo. Como sentença à sua descrença, você

vai ler este livro durante a viagem, e depois aceitarei a sua aprovação ou não, a respeito do precioso conteúdo que ele traz.

A expressão de Petitinga se modifi cava a cada página lida. E, como previra o amigo Flávio, no término da leitura, ao raiar do dia, a mesma luz irradiou-se no coração de Petitinga. Emo-cionado, entregando o livro ao amigo, apenas sussurrou:

Silvio Romero

Múcio Teixeira

Abílio César Borges

Jornal “O Republicano”

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e

pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - CNPJ: 03.880.975/0001-40

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Jornal “O Republicano”

Silvio Romero

Múcio Teixeira

Abílio César Borges

— Era isto que me faltava para entender Deus.

A Doutrina Espírita trouxe a Petitinga outra forma de realizar seus ideais. Com a Procla-mação da República e decepcionado pelas deturpações no idealis-mo democrático, pelos participantes do gover-no estabelecido no país, voltou-se inteiramente a estudar o Espiritismo.

Petitinga tornou-se um grande defensor dos ideais espíritas. Seus artigos eram esclare-cedores, suas oratórias traziam consolo aos co-

rações afl itos e também a ele, pois, no dia 28 de agosto de 1903, sua esposa, dona Francisca Laura, partiu de retorno à pátria de origem. Petitinga já havia passado por esses momentos dolorosos de separações, porque, dos sete fi lhos que tivera com sua esposa, três deles retornaram à Espiri-tualidade. Porém, Alice, Antonieta, Arquibaldo e Astrogildo serviram-lhe de apoio para suportar mais esse doloroso tran-se de sua vida.

Tempos depois, Petitinga aceitou ser transferido para Jua-zeiro, para facilitar mais o seu trabalho comercial, função que sempre exercera. Ali seu talento jornalístico evoluiu. Colabo-rou e dirigiu os órgãos de publicidade, na cidade e região, e encantou os leitores do antigo jornal da capital, “Diário da Bahia”, com seus comentários polêmicos sobre assuntos políticos, em defesa do povo. Mas, a sua cultura e pródiga inteligência animavam a todas as áreas sociais, tanto que o famoso político baiano da época, o senhor César Gama, declarou-se admirador de Petitinga, pelos seus conhecimen-tos linguísticos, dizendo para as “altas rodas” jornalísticas:

— Se quiserem discutir latim, falem comigo, mas se qui-serem falar de português, é com o Petitinga.

A vida seguia seu curso e José Petitinga veio a conhecer a jovem que o levou as segundas núpcias. Com aceitação dos fi lhos, no dia 11 de fevereiro de 1906, efetuou-se o ca-samento com a senhora Maria Luiza Campos, na cidade de Juazeiro.

Essa reconstrução familiar deu a Petitinga muita seguran-ça, e com todo cabedal que o Espiritismo lhe forneceu, achou por bem criar um grupo de divulgação correta da Doutrina, e aí ele fez surgir, em Juazeiro, o “Grupo Espírita Caridade”. Mais tarde, convivendo com a população necessitada de recursos materiais e espirituais, construiu um amplo abrigo, com seis casas para os incapacitados de trabalhar, por do-enças e pela idade avançada. Todos recebiam assistência, benefi ciados pelos recursos medicamentosos da natureza, que Petitinga soube aproveitar. Com as longas viagens que fazia pelo rio São Francisco, atendendo à sua profi ssão, aprendera a usar os remédios tira-dos da fl ora medicinal. Tudo lhe foi ensinado pelos sertanistas locais, com experiências maravilhosas, que Petitinga aperfeiçoou e colocou em prática, ajudando aos doentes que não tinham a quem recorrer, pela falta de socorro médico nos

locais mais afastados dos centros urbanos. Porém, tudo isso foi destruído tempos depois, por uma inundação do rio São Francisco, causada por chuvas torrenciais.

José Petitinga continuou seu trabalho assistencial no Gru-po Espírita Caridade. Com os conceitos adquiridos na Dou-trina, seu ânimo era sempre renovado e, a cada imprevisto, reagia com mais vontade em vencer as difi culdades. Uma entidade espiritual, através do médium Floris de Campos Neto, assinando Ignotus e, revelando-se protetor de Petitinga, escrevia páginas de incentivo a ele, para que seus elevados desejos de paz e amor se fortalecessem.

José Petitinga desenvolvia sua verbe poética sempre intuído pelo Plano Espiritual Superior. E, homenageando Allan Kardec, ainda em Juazeiro, pelo centenário de seu nascimento, fez vibrantes versos em louvor ao Codifi cador da Doutrina Espírita. Aqui transcrevemos apenas dois versos, por ser muito longo, mas essa poesia inteira está no livro, “José Petitinga – o Apóstolo da Unificação”, do autor Archi-baldo Petitinga Filho, neto de José Petitinga. Eis os versos:

A Terra inda vibrava aos mágicos fulgoresD’esse foco de luz chamado — a Convenção;A França inda escutava a voz dos oradoresQue o povo despertara em nome da Razão;E a Europa estremecia aos marciais clangores Das hostes varonis do audaz Napoleão.

Como uma águia-real de forte envergaduraQue fendesse a amplidão com as asas colossais,Das nuvens dirigindo o vôo para a planura,Onde dormem na sombra os lobos e os chacais,Enchendo de terror, de espanto e de amarguraA imensa legião dos fracos animais.

E não poderíamos deixar de transcrever o último e be-líssimo verso, dedicado a Kardec, por esse divulgador da Doutrina Espírita, em tempos tão árduos:

Do mais puro amor foi o santo missionário;A vida consumiu lutando pela Luz,E seguiu neste mundo o mesmo itinerárioQue d’antes percorrera o Cândido Jesus,Antes de ser levado ao cimo do calvárioE pregado por nós nos braços de uma cruz!

Havia na cidade de Juazeiro o jornal “Folha do São Fran-cisco”, que, em várias edições, publicava artigos escritos por José Petitinga. Pelas teses comentadas por ele, sempre com trechos do Evangelho, fez aumentar os leitores do referido jornal, tão clara era a sua redação sobre a passagem do Mestre à Terra.

Em certa ocasião, comentando a parábola do semeador, a qual intitulou de “Pro Veritate”, trouxe a explicação de Jesus, “em semear, sem a preocupação do terreno onde fossem espalhadas as sementes”. Com isso, como sempre, várias discussões ressoaram em todos os locais onde o jornal era distribuído. Mas, nada abatia o ânimo desse trabalhador da seara bendita. Ele costumava afi rmar que essas controvér-sias faziam as pessoas raciocinar. E, no início dessa mesma matéria ele escreveu:

Receba mensalmente obrasselecionadas de conformidadecom os ensinamentos espíritas.

Informe-se através:E-mail: [email protected](11) 2758-6345Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP

CHICO

O Livro dos Espíritos - Editora FEB

Espíritas Amor e EsperançaÓrgão divulgador do Núcleo de Estudos

O Livro dos Espíritos - Editora FEB

a - SP

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“Quando começamos a escrever estes artigos, não nos preocupou a ideia de que seriam lidos, e muito menos a de que alguém daria crédito às nossas afi rmações; um só pen-samento nos dominava: tirar a luz de sob o alqueire e colocá-la num lugar que pudesse alumiar a todos”.

Ele também esclarecia a vinda de Allan Kardec, o Codi-fi cador, dissertando: “A lógica unida ao raciocínio e o fi rme propósito de fazer a humanidade progredir, fez com que Allan Kardec liderasse o movimento espírita, trazendo à luz o Evan-gelho. Com esses pensamentos, novos horizontes foram abertos para a fi losofi a, a ciência e a religião. A humanidade terrena passou a compreender melhor o Plano Espiritual com referência ao destino de cada ser no desenvolver a vida na matéria física”.

A fama de José Petitinga como “Espírita Operante”, al-cançava a todos os arredores da Bahia. Em Juazeiro, ele semeou a mancheias a Doutrina do Cristo, levando um gru-po de senhores, incentivados pelos exemplos caritativos de Petitinga, a fundarem em Juazeiro, o Clube Comercial de Juazeiro, com a fi nalidade assistencial e educativa, para a população local. Seriam administradas aulas de português e escrituração mercantil. Essa ideia partiu do senhor José Mercê dos Santos, entusiasmado pelos ideais cristãos de José Petitinga, liderando, com esse propósito, o grupo de jornalistas, escritores e poetas; favorecendo os carentes de cuidados médicos e dando maiores atenções à educação e outros fatores essenciais à vida humana. A primeira instituição a ser favorecida por eles foi a “Santa Casa de Misericórdia de Juazeiro”. E as doações arrecadadas pelos integrantes do Clube Comercial foram entregues a José Petitinga, para que ele fosse o intermediário, como padrinho eleito dessa obra assistencial. Petitinga, a princípio, relutou em aceitar o convite dizendo não ser seu o mérito e sim dos integrantes do Clube. Mas, diante da insistência do grupo, ele não só se fez presente ao ato da entrega do donativo, como, emocio-nado, brindou a todos com uma bela poesia de sua autoria

intitulada:

Ave Cáritas

Senhores! Consenti que em nome da pobreza,A que vós estendeis a protetora mão,Venha um pobre falar neste momento augusto,Lançando a vossos pés a flor da gratidão..................É a síntese do Bem, a santa medianeiraQue leva a nossa prece ao trono do Senhor...É a esposa fiel do Cristo e simbolizaA Paz universal, a Liberdade e o Amor

Destacamos apenas dois versos dessa belíssima poesia de Petitinga em louvor à Caridade.

O roteiro desse trabalhador incansável em defesa da Ver-dade Cristã prosseguia célere. Suas palestras, suas obras e poesias tinham grande repercussão em todos os meios públicos. Entre os espíritas havia divergências, pois Peti-tinga pregava a união de todos, sem privilégios. Porém, os dirigentes de grupos, aqueles que haviam iniciado algum trabalho doutrinário, julgavam-se os donos do movimento e não queriam abrir mão dos cargos que executavam.

Diante dessas controvérsias, Petitinga se aborreceu e, aproveitando seu desligamento da Empresa Viação do São Francisco, resolveu aceitar o convite para retornar a Salva-dor, onde deveria trabalhar na União Fabril da Bahia, como guarda-livros. E foi exatamente o que fez. Deixou Juazeiro com tristeza, pelos amigos que ali deixava. Mas sentia-se feliz, por ter semeado a “Terceira Revelação”, cujos frutos tinham começado a surgir, pela profunda visão Espírita, à luz do Evangelho de Jesus.

Final da primeira parte.

Eloísa

• Grandes Espíritas do Brasil - Zeus Wantuil, Editora FEB, 1ª ed., 1969.

• José Petitinga - Apóstolo da Unifi cação - Archibaldo Petitinga Filho, Editora Ponto & Vírgula Publicações, 1ª ed., 2005.

• Revista Reformador, Editora FEB, 1966.• Seareiros da Primeira Hora - Ramiro Gama, Editora Eco, 1ª ed.,

1979.• Imagens:

• http://1.bp.blogspot.com/-L4fHd-8gjrw/TcF22PijCHI/AAAAAAAACRs/YKqwQgf46mY/s1600/OgAAALQa5qCl7avNKH7USZxSrixVqXVHUauYfLtZQT_OhR79-uLTKn9

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• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/ff/Silvio_Romero.jpg• http://3.bp.blogspot.com/-Wv1LI14cmB0/TehUJlf73xI/AAAAAAAAAaQ/

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Cidade de Juazeiro, BahiaCidade de Juazeiro, Bahia

O período do sono é necessário para a recomposição das energias do corpo físico, mas o espírito, este não necessita tanto de descanso.

Ao dormirmos, o corpo físico “desacelera”, mas o espírito pode continuar as suas atividades, ou seja, o corpo físico fica na cama dormindo e o espírito poderá sair daquele am-biente e ir fazer o que mais quiser.

Falamos que ele irá fazer o que quer, porque nem sem-pre o espírito sai para fazer o bem, para ouvir os Espíritos Superiores ou para se reunir com outros espíritos com bons propósitos.

Há uma lei que é a da afi nidade, ou seja, procuramos es-tar juntos daqueles que nos são afi ns, que têm os mesmos gostos e os mesmos costumes; que gostam de frequentar os mesmos lugares.

Se, durante o dia, na hora em que estamos despertos, não procuramos realizar nada de bom, levando a vida so-mente no aproveitamento das sensações físicas, na hora do sono, o nosso espírito também irá procurar locais e outros espíritos que queiram a mesma coisa.

Não há milagres na emancipação da alma. Somos o que somos, encarnados ou não.

Mas, se procurarmos o esforço para, enquanto estiver-mos acordados, fazer sempre o Bem, respeitando o pró-ximo, na hora em que adormecermos, poderemos ir nos encontrar com espíritos amigos, desta encarnação ou de reencarnações passadas. Nestes encontros, poderão sur-gir ideias novas, soluções para problemas que nos afl ige, permuta de boas vibrações para o refazimento físico ou es-piritual. Estas reuniões acontecem como quando estamos acordados e nos reunimos com os amigos e parentes queri-dos para conversas amigáveis.

Isto também nos faz lembrar que, durante o sono, pode-mos nos encontrar com entes queridos que já desencarna-ram e que muitas saudades deixaram em nosso coração.

Embora desencarnados, eles também não nos esquece-ram e, quando podem, recebem autorização dos Espíritos Superiores para vir durante o nosso sono, para nos ajudar. Então, quando eles estão equilibrados, podem nos visitar e conversar conosco. Muitas vezes isto acontece e, ao acor-darmos, não nos lembramos de nada, mas fi cou em nosso íntimo um bem estar que não sabemos dizer de onde veio.

Acordamos tranquilos, bem dispostos e, sem saber de onde, conseguimos muitas vezes, resolver questões que nos preocupavam. É que fi cou a intuição guardada em nos-sa mente das sugestões de nossos amigos espirituais.

Para que possamos ter uma noite feliz em reencontros, é preciso que, durante o dia, enquanto estamos acordados, façamos o esforço de praticar os ensinamentos de Jesus, de modifi carmos os nossos sentimentos, para adquirirmos a afinidade com o Bem e com o Amor.

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec, tradução de Guillon Ribeiro, Editora FEB, 76ª ed., 1995.Imagem: http://www.iipc.org.br/images/fotos/iipc_bilocacao.jpg

Questão 417: — Podem Espíritos encarnados reunir-se em certo número e formar assembléias?

“Sem dúvida alguma. Os laços, antigos ou recentes, da amizade costumam reunir desse modo diversos Espíritos, que se sentem felizes de estar juntos.”

Pelo termo “antigos” se devem entender os laços de amizade contraída em existências anteriores. Ao despertar, guardamos intuição das idéias que haurimos nesses colóquios, mas fi camos na ignorância da fonte donde promanaram.

O Livro dos Espíritos

Capítulo “Da Emancipação da Alma”

Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livros psicografados por Chico Xavier, romances de diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas. Distribuição permanente de edifi cantes mensagens.

Praça Presidente Castelo BrancoCentro - Diadema - SP - Telefone (11) 4055-2955Horário de funcionamento: 8 às 19 horasDe Segunda a Sábado

Sabemos que enfrentar difi culdades é circunstância penosa. Os obstáculos surgem e parecem vir acompa-nhados por outros inconvenientes.

Como nos preparar para resolvê-los? Não há uma recei ta adequada à cada cr iatura e a s i tuaçõesdivergentes. A escola da vida nos ensina que pri-meiramente devemos confi ar na providência e amparo de Deus. Seja lá qual for a sua crença, não haverá de ser tão primitiva a ponto de não existir ou não acreditar em nada. Como não formular uma concepção da vida, a existência de um Criador? Entendendo essa primeira luz, haveremos de procurar serenidade e esperança, sem prescindir de resignação e paciência. A boa vontade será a mola propulsora facilitando-nos a luta benéfi ca, na qual buscaremos saúde, concórdia, harmonia, paz e felicidade.

Prevenir é o melhor, pois evita aborrecimentos maiores. Zelar pelo bom humor, buscar novos conhecimentos, atualizar-se, conversar, participar de palestras educativas. “Quem canta seus males espanta” é um ditado antigo e funcional, já que, al iviando a tensão, daremos condições propícias ao nosso cérebro, para encarar os problemas de forma mais amena.

A refl exão que busca equacionar a situação só será proveitosa se isolarmos o lado pernicioso da questão. Seja qual for a difi culdade, o importante é saber enfrentá-la e superá-la com serenidade e moderação, não permitindo que nossos impulsos venham a agravar ainda mais, desviando-nos da solução.

Realmente não é fácil, mas com esforço é possível. Vale tentar.

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Tema Livre

A vida te busca a cada minuto do dia, a fi m de que o Sol do Amor, que desce do Mais Alto, ilumine o teu coração e o lugar em que te encontras.

Não creias que o Senhor aguarda iniciativa tua, para ir ao encontro d’Ele.

Jesus vem ao teu encontro mesmo antes de O compreenderes, assim como o sol, a cada alvorecer vem espalhar as sombras da noite que se esvai.

Antes de buscares o céu, o céu te busca o coração.

Quando pois, te decidires a tomar caminhos que te parecem novos – lembra-te de que tais caminhos já se encontram feitos, criados do Alto para a Terra, onde te encontras.

Não precisarás, por certo, aguardar Jesus, porque o Mestre Divino já te conhece de há muito e te visita há tanto tempo.

Deverás, contudo, buscar identificar Jesus a amparar-te, a fim de não prosseguires sofrendo fazendo uma caminhada de cego, pisando num Reino de Luz à tua própria volta.

Cresças, espiritualmente, para que conheças esse mundo de plena paz e felicidade que te pertence e te espera.

Não sofras tanto, quando podes ter serenidade dentro de ti.Paz.

Roque Jacintho

Nereide

Existia um mosteiro onde viviam monges que não podiam ter contato com as pessoas do mundo. Ficava isolado em montanhas altas. Eles também não tinham permissão para falarem, nem entre si.

Por uma situação muito necessária, dois monges precisaram sair do mosteiro e ir até a cidade, mas receberam orientações rígidas de não falar e nem tocar em nin-guém.

Ambos seguiram em silêncio até a cidade e realizaram o trabalho a que foram incumbidos.

Ao retornarem, após uma grande chuva, depararam-se com uma senhora de muita idade que não conseguia atra-vessar a enxurrada de água e lama.

O monge mais novo, ao ver a necessidade de socorrer a senhora, atravessou a enxurrada, colocou a senhora nas costas e levou-a a um lugar seguro. O monge mais velho fi cou espantado com a atitude de seu companheiro, mas não tinha permissão de falar.

Seguiram ambos para o mosteiro.Durante o caminho, o monge mais velho encarava o

monge mais novo com um ar de censura, pois ele havia desobedecido as orientações.

Depois de três horas de caminhada, o monge mais velho, não suportando aquela situação, falou:

— Por que você carregou aquela mulher, desobedecendo as ordens?

Respondeu o monge mais novo:— Eu carreguei aquela mulher por dois minutos, pois ela

precisava de ajuda, mas você, faz três horas que a está carregando em seu pensamento.

* * *Algumas situações que ocorrem, às vezes são

aumentadas pela nossa mania de ficar remoendo o acontecido. Perdoamos somente de boca, mas não de coração, pois não esquecemos o acontecido. Isto é o que chamamos de guerra mental, ou seja, ficamos “discutindo” mentalmente com as pessoas envolvidas e, com isso, sobrecarregamos o nosso espírito de péssimas energias.

Os espíritos infel izes, ao verem que estamos ligados a situações com sentimentos de rancor ou raiva, também nos acompanham, pois reconhecem em nós o que

eles também levam dentro de si. É a lei da afi nidade.De tanto nos ligarmos a situações mal resolvidas e por

negarmos o perdão ao nosso semelhante, de repente, vemos a nossa vida fi car conturbada, cheia de pequenos problemas que não conseguimos resolver, pois estamos com a mente entulhada de pensamentos que não nos são úteis ou não nos ligam a nada de bom.

A recomendação evangélica do perdão e do esquecimento é para o nosso bem.

“Orai e vigiai”.Vigiar os nossos pensamentos para que não divaguem e

orar para ocupá-los com o que é bom.Adolpho

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Contos

Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas2ª, 3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniões

Terapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas

Rua dos Marimbás, 220Vila Guacuri - São Paulo - SP - Tel.: (11) 2758-6345

LIVROS ESTUDADOSO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Céu e o Inferno – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Léon Denis; Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque Jacintho

O Evangelho Segundo o Espiritismo; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;

DIA

Livro de mensagens de Emmanuel*

Domingo

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

Realizou-se num clima fraterno o IV Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e sua Obra, nos dias 10 e 11 de setembro em Pedro Leopoldo e Belo Horizonte – MG, com a participação de espíritas de várias partes do Brasil e também do exterior.

A alegria cristã tomou conta dos participantes que lotaram o Minascentro – BH; muitos se emociona-ram com as apresentações artísticas e as palestras também foram muito produtivas, enaltecendo a obra do Grande Médium e servidor do Cristo, Francisco Cândido Xavier.

Foram distribuídas 2,5 toneladas de mensagens, que levamos de São Paulo para todos os interessados em distribuí-las gratuitamente. Muitos agrupamentos por este Brasil afora tem, neste trabalho singelo, uma forma edifi cante de divulgar a Doutrina Espírita.

A visita a Pedro Leopoldo tem um roteiro programado pela AME de Pedro Leopoldo – MG, chamado Caminhos de Luz, que é imperdível. Nele inclui-se o Centro Espírita Luiz Gonzaga fundado em 29/10/1928 pelo nosso Chico, onde ele psicografou sua primeira obra, Parnaso de Além-Túmulo; a fábrica de tecidos (tecelagem onde ele trabalhou), que funciona até hoje; a Escola Estadual São José (onde Chico estudou); a Praça Chico Xavier (existe ali um busto do médium); o açude do Capão, onde Emmanuel apareceu pela primeira vez a Chico, e onde está sendo construído o Memorial Chico Xavier; o Centro Espírita inaugurado a pedido de Chico. Meimei,

A Casa de Chico Xavier, onde ele residiu com sua família até o ano de 1959, hoje totalmente reformada e preservada em suas linhas originais, é um centro de referência à vida e obra do Grande Médium. Um lugar em que podemos encontrar todas as obras psicografadas pelo médium e também 200 biografi as que falam sobre a sua vida, rica de exemplos a serem seguidos.

Finalmente, a visita à Fazenda Modelo, onde Chico trabalhou como funcionário público, durante toda sua vida, e que sempre pertenceu ao Ministério da Agricultura. Hoje, a Universidade Federal de Minas Gerais está reformando todos os espaços. No porão da casa da sede (já está reformada), Chico recebeu, através da psicograf a, os livros: “Paulo e Estevão”, “Há Dois Mil anos”, “50 Anos Depois”, “Ave Cristo” e “Renúncia”, ditados por Emmanuel. Esse local transformou-se em Espaço Cultural

Chico Xavier. Existe ainda previsão de reforma na área do escritório onde ele trabalhava. Imperdível andar pela “catedral” (estrada na fazenda, rodeada de bambus, que, quando vista de fora, aparenta mesmo uma catedral). Por ali Chico fazia caminhadas diárias, para estar em contato direto com a natureza.

Para os espíritas que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer esses “Caminhos de Luz”, onde nosso Chico nasceu e viveu até os 49 anos de idade, fi ca aqui a sugestão para se desfrutar de um clima espiritual mara-vilhoso e conhecer mais sobre a vida desse verdadeiro cristão.

O IV Encontro teve o encerramento na Casa de Chico no domingo, 11 de setembro, às 18 horas, num clima de pura fraternidade. Momentos inesquecí-veis que serão guardados para sempre em nossos corações, reconhecidos e gratos, pelo o que este amado médium e servidor do Cristo nos deixou.

Equipe Seareiro

Aconteceu

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Diante dos momentos difíceis que por hora estejamos a passar, por mais tormentosos que sejam, não tenhamos dúvidas de uma coisa: jamais estaremos sozinhos.

Ampliemos o nosso olhar e enxergaremos a quantidade de bênçãos que Deus nos oferece a cada instante. Estamos vivos, temos o conhecimento libertador da Doutrina Espírita que nos consola e nos conduz ao caminho do amor, seguindo as diretrizes do Cristo.

Então, ante o desespero, a revolta, o desânimo, procure-mos elevar o nosso pensamento ao Amigo de todas as horas, que é Jesus. Ele está oculto em nosso coração, cabe a nós buscá-Lo por meio da oração sincera, da prática da caridade,

do trabalho no bem...Pelos verdes campos da vida, assim como as ovelhas

rebeldes e perdidas, passamos o tempo a pastar e sem sairmos do lugar. Ouçamos a voz do Bom Pastor que à terra boa nos conduzirá para a glória da perfeição.

Não devemos nos deixar levar pelas vibrações de sentimentos inferiores; busquemos força e coragem na causa primeira de todas as coisas, que é Deus para que não venhamos a sofrer.

Não alimentemos os lobos vorazes do imediatismo, do materialismo, da insensatez, mudemos a nossa postura mental e sejamos fiéis aos desígnios do Eterno.

E assim disse-nos o Amigo Jesus:“Alegra-te! Tem bom ânimo que eu sou contigo!”

Carlo Augusto Sobrinho – Rio de Janeiro – RJ

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

Num dia de primavera realizamos com alegria e confraternização, em nossa nova sede social em construção, a nossa “Tarde do Chá” no dia 9 de outubro de 2011.

Revimos amigos, fi zemos novos amigos, em meio aos variados e deliciosos sabores de chá e quitutes.

A alegria, sempre presente, se acentuava nas realizações de vários sorteios, de peças elaboradas pelas companheiras e companheiros da casa.

Em nome de nosso especial amigo Fabiano de Cristo, agradecemos a todos que colaboraram adquirindo os convites e suas presenças, possibilitando a continuidade da obra de

Equipe Seareiro

Encerramento

do IV Encontro

Nacional Amigos

de Chico Xavier

e Sua Obra na

Casa de Chico

Xavier

nossa sede.

Jesus, por inúmeras vezes foi tentado a responder ou agir por algo de que pudesse ser incriminado, ou que O compro-metesse perante o rei e os sacerdotes do Templo, lembramos que quando indagado sobre o pagamento de tributos, disse:

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.Como cidadãos, com deveres e direitos, estamos intera-

gindo na sociedade, cumprindo as leis civis e governamen-tais, nas bases da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O trabalho digno nos proporciona qualidade de vida, na saúde, na moradia, no lazer. A constituição da família amplia nossas responsabilidades, nos levando a reparar e valorizar com mais propriedade o sacrifício da nossa ascendência. É o “Dai a César”, com deveres, tributos, mas agora com a conquista dos direitos, muito embora nem sempre bem interpretados, a saber, que nossos direitos terminam onde começam os direitos do próximo.

Na época do Cristo, amar ao próximo como a si mesmo era inconcebível, pois os mais fracos tinham apenas deveres e eram tidos como escravos, expostos aos mais graves sacrifícios, sem o menor respeito humanitário.

Depois da vinda do Mestre, o ensinamento exemplifi cado por Ele tornou-se um marco incontestável e teve continuida-de na divulgação da Boa Nova pelos apóstolos, crescendo no decorrer do tempo com esclarecimentos mais amplos e precisos através da Codifi cação da Doutrina Espírita por Allan Kardec; quando o brilho da renovação pelo aprendizado e busca do aprimoramento atingiu mentes de todos os matizes,

marcando uma época que se estende, não mais como na Inquisição. Hoje, a divulgação faz-se mais presente nos mais variados canais de comunicações e a busca pelo entendi-mento e mudança compreende esforço e opção individual.

Onde está o “Dai a Deus o que é de Deus”, quando o materialismo atrai as mentes de forma dominadora? Onde a lembrança do nascimento de Jesus? No passado perce-bíamos que as decorações, os assuntos, de certa forma, compreendiam a importância da festa, ou pelo menos lem-bravam do Aniversariante. Hoje, é o comércio desenfreado, os banquetes dos mais variados e exagerados, regados a bebidas alcoólicas. Para quem é essa festa? Qual a fi nali-dade? Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo XVI, temos: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e des-prezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (Lucas, capítulo XVI, v. 13.)”. E constatamos na frase de Jesus:

“De que vale ao homem conquistar todos os tesouros da Terra e perder sua alma?”

Cabe urgente e séria análise dessas opções que fazemos hoje, pois refl etirão um futuro bastante comprometedor para nossos descendentes. Há anos mantemos mentiras, mostran-do para as crianças um clima de frio e neve, muito diferente da nossa realidade tropical. Seduzimos sua ingenuidade com uma fi gura que poderia até ser aceitável como brincadeira e folclore, não fosse a pretensão de distanciar as mentes

Homenagem

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do verdadeiro motivo da festa. Prometemos presentes em forma de barganha pelo bom comportamento e avaliação escolar, quando tais atitudes não passam de meros deveres na formação do ser.

Ninguém poderá alegar que não sabia, nada justifi cará nossa omissão. Nossa consciência, que hoje se apresenta aparentemente adormecida, surgirá amanhã tal qual fera in-domável, portadora do nosso descaso e dos nossos abusos em ignorar nossa origem e transcendência. Quando, domi-nados por impulsos, promovemos o escândalo e semeamos a dor, sabemos que o fruto desse desequilíbrio virá, pois o mal retorna a quem o praticou. Inicialmente em forma de ansiedade, inquietação, que somatizam desajustes físicos e espirituais, estendendo-se para futuras existências, nas quais se defrontará com os danos e armadilhas impostos às suas vítimas.

Àqueles que se sentem sensibilizados, investiguemos qual ação, pensamento ou palavra agradariam o Aniversariante, que deu sua própria vida por nós frisando:

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.Recebê-Lo no nosso coração, no mais íntimo de nossa

essência, sinceramente, representa o presente agradável a Deus.

Ao enxergar um irmão marginalizado e tentar amenizar seu sofrimento, às vezes com um simples sorriso, provavelmente

nos lembraremos das palavras de Jesus que nos disse:“O que fi zerdes a um destes pequeninos, a mim o fareis”.Perceber o momento de buscar a paz, promover o perdão,

lutar pela harmonia familiar, fortalecendo-se nas palavras do Mestre:

“O homem bom traz coisas boas do bem que carrega em seu coração, e o homem mau revela coisas malignas da maldade que carrega em seu coração. E, ao abrir seu coração, a boca fala”.

“Ponha-te de acordo, sem demora, com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e seja posto no cárcere. Em verdade te digo, que dali não sairás antes de teres pago o último centavo”.

Natal, aqui na Terra, representa o nascimento de Jesus. Lembremos e homenageemos o Mestre, agora e sempre, sob os cânticos de glória a potencializarem nosso verdadeiro propósito em seguir seu Evangelho de Luz e Paz, Sabedoria e Amor.

Que nossas mentes e corações proclamem e saúdem:— Te recebo, Jesus, no meu coração, neste dia em que

renovo meus propósitos e fortaleço meu espírito, para que o Senhor resplandeça Vossa Luz através de mim, iluminando a todos! Agora e sempre!

LuanaImagem: http://rodrigoguedes.files.wordpress.com/2010/12/gerard-van-honthorst-adoration-of-the-shepherds-nascimento-de-jesus-cristo.jpg

Clube do Livro

Rosangela

“Busca e Acharás”, pelos espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografado por

Chico Xavier.

Só a autoria espiritual dispensaria maiores comentários a respeito da seriedade

da obra.

O que mais poderíamos querer nós, leitores simpatizantes, iniciantes ou adeptos do Espiritismo,

ante o recebimento de obra tão fiel aos princípios da doutrina, através do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves

(Jô)”? Inicia-se com uma prece de André Luiz, ditada em 1976.

A cada tópico, no total de 48, nossos autores nos presenteiam com mensagens, algumas em forma de verso, mas

todas, sempre nos incentivando, alertando e esclarecendo sobre o verdadeiro significado da Vida e da Verdade.

Como modestamente disse Emmanuel, são “pequenos textos de apoio fraterno”. Sim, pequenos textos com grande

conteúdo.

Se fizéssemos o que diz uma só frase, já estaríamos conseguindo eliminar muitas impurezas de nosso coração e,

consequentemente, adquirindo um pouco de virtude.

Aproveitemos tudo que nos vêm do Alto, através das mensagens e obras literárias.

Buscar sempre, junto a Deus, mas quando recebermos as suas bênçãos, tenhamos prudência para saber usá-las,

sabiamente, sem desperdiçar as oportunidades concedidas.

Uma ótima leitura!

Atualidade

A perda total das forças pela desnutrição severa causa sofrimento silencioso e inimaginável, conforme relata a Or-ganização Médicos Sem Fronteiras (MSF) – Especial 2010.

A MSF é uma organização não governamental, criada na França em 1971. Trabalha com absoluta independência em relação a orientações políticas ou religiosas, acreditando que todos os seres humanos têm direito aos cuidados básicos de saúde, independentemente de nacionalidade, credo, raça ou condição social. Valores humanitários envolvem o trabalho em regiões onde a assistência médica é pouca ou indisponí-vel, atendendo os mais variados casos de fome, epidemias, catástrofes naturais, confl itos armados e exclusão social, seja na área clínica ou cirúrgica. Dentre eles destacaremos para breve refl exão o atendimento às crianças em estado crítico de desnutrição.

A desnutrição aguda severa apresenta emagrecimento extremo e pode levar à morte. As crianças menores de cinco anos de idade são as mais afetadas, assim como mulheres grávidas, ou que amamentam, e idosos. Surgem a falta de energia e a fadiga, devido o corpo permanecer muito tempo sem alimentação. Relatam os médicos que a criança com des-nutrição severa perde completamente as forças, mantendo apenas o piscar de olhos. Com a perda das forças, deixam de se mexer, de falar e perdem até a vontade de comer. Seu estômago se atrofi a, perdendo a sensação de fome e até de sede. Ficam desidratadas, expostas a várias doenças e a pele se abre em feridas pelo ressecamento. O músculo atrofi ado dói a qualquer movimento. O tubo digestivo, por exemplo, é atacado por fungos, fazendo com que engolir seja uma experiência tão dolorosa quanto chupar um limão com a boca cheia de aftas.

Para a recuperação da criança que atinge esses quadros, são necessários cuidados médicos intensivos e alimentos especiais. A MSF desenvolveu o leite terapêutico, que as crianças recebem em doses, geralmente por sonda nasal, pois não conseguem comer. Após uma semana de cuidados especiais a recuperação é fantástica, como relatam os médicos. A criança volta a reagir a estímulos externos e pode-se considerar que sua vida está salva.

Grande parte deste texto é reprodução fi el do MSF – URGENTE – 2010 - Etiópia (Leste da África), visando levar ao conhecimento e refl exão esse trabalho dignifi cante dos médicos ao lado desses nossos irmãos, cujo sofrimento nos abala profundamente.

Por outro lado, em corpos humanos, situados próximos ou

distantes da região africana, notamos o conjunto de músculos do aparelho digestivo, muito ativos, proporcionando ativi-dade incessante ao organismo, que é encharcado com as mais diversas guloseimas e excessos. Esse processo pode causar a dilatação do estômago, a digestão demorada, a fermentação excessiva e a combustão que gera a energia, combustível que necessitamos para manter a vitalidade, dis-pensando grande parte da gordura prejudicial, que se alojará nas artérias, causando obstrução com danos muitas vezes irremediáveis. Nesses casos também haverá sensação de sono e indisposição até para conversar. Notemos que os extremos, falta e excessos, se assemelham porque desequi-libram nossa saúde.

No caso da Etiópia e outras regiões que sofrem com a fome, a escassez impera, mas o Pai socorre através de corações amorosos e mãos operosas, alertando-nos para o respeito à vida e à dignidade humana, a verdadeira Caridade na oportunidade de servir ao próximo. Na alimentação excessiva há os distúrbios físico, hormonal e psíquico, mas cada pessoa deve fazer a análise íntima, re-vendo nas quantidades excessivas de alimento a necessidadede orientação através da medicina convencional e trabalhar em conjunto no tratamento do egoísmo, que age como “micróbio” sutilmente destruidor. Todos nós, normalmente, ingerimosmaior quantidade de alimentos do que o necessário. Não hájulgamento, nem discriminação nesta reflexão, apenas compar-tilhamos os fatos que nos atingem direta ou indiretamente, mas que certamente nos atingem, porque somos irmãos na eterna caminhada, e cada um fará o esforço da mudança individu-

al, renovando aspirações; cada um dará conta do uso que fez do abençoado corpo que recebeu para trilhar na escola terrena, atentando para o bom senso e moderação.

Jesus nos disse que tudo o que fi zermos a um irmão necessitado, a Ele mesmo es-taremos atendendo.

Temos como exemplo recente a Madre Teresa de Calcutá, que serviu ao próximo por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus, sem nunca se queixar, socorrendo sem limites ou fronteiras.

ConcettaImagem: http://4.bp.blogspot.com/_vllfRs26VWI/TDdVtm_wkzI/AAAAAAAAAEg/9H-UwPsF7Vw/s1600/CORACAO_NA_MAO.jpg

Pedimos sua ajuda para dar continuidade à construção da sede do nosso Núcleo de Estudos.Precisamos de qualquer tipo de colaboração, desde materiais de construção a apoio financeiro.O óbolo da viúva é sempre bem-vindo!

A nova sede fica na rua dos Marimbás, 220 - V ila Guacuri - São Paulo - SP

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Por volta do ano de 2005, uma pesquisa coordenada por professores da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) indagou sobre o que os jovens de nível escolar médio pensavam sobre o mundo atual.

Entre as questões abordadas nos ateremos ao papel da moral nas relações sociais.

Elaborada uma estatística para apurar qual a instituição social mais confi ável, a família ganhou disparado. Por outro lado, a instituição religiosa não se apresentou como digna de confi ança dos jovens, o que sur-preendeu os pesquisadores, em face do retorno da religiosidade nos dias atuais.

No quesito “valores”, a esta-tística apresentou pais e amigos como maiores influenciadores dos valores dos jovens, segundo a opinião destes.

Os jovens se sentem ameaça-dos, pouco crendo na harmonia das relações sociais. Daí, os pes-quisadores acharem sentido no recolhimento dos jovens ao seio da família e dos amigos. Seguin-do a mesma linha, este, também, o motivo pelo qual a maioria considerou a moral mais impor-tante que arte, ciência, política e religião.

Sobre o papel da moral, explica a pesquisa que “seu princi-pal propósito é apresentar princípios e regras que pacifi quem as relações interpessoais, que coloquem o respeito e a justiça como valores maiores”.

Destacamos, neste item sobre a moral, um dado conclu-dente da pesquisa:

Os jovens elegeram a moral “como essencial para a socie-dade, com particular destaque para a justiça, a honestidade e a humildade”. Acreditam que “os pobres e negros são os que mais sofrem preconceitos, que a pior coisa é sofrer in-justiça e que os fenômenos da violência, da má preparação profi ssional, da crise econômica e do racismo são grandes obstáculos para se viver uma vida plena.”

A pesquisa apurou ainda que os jovens desacreditam das instituições públicas (políticas e religiosas), buscando o es-paço privado (família e amigos).

Dois pontos merecem atenção:Como separar a moral da religião?Nossos jovens não estão sendo preparados adequadamen-

te para entender religião como ligação com Deus. A instituição, em si, é constituída por homens e, como tal, é falível. No en-tanto, a ligação pura do homem com Deus é a força propulsora

das manifestações de Amor e Justiça. Não essa justiça que conhecemos, envolvida por interesses pessoais e, por isso, não confi ável, mas, nos referimos à Justiça exemplifi cada pelo Cristo: Fazer ao próximo o que gostaria fosse feito para si.

Como não atribuir aos preceitos cristãos o respeito; a acei-tação de todas as raças; o enxergar o semelhante como um igual, nosso irmão perante o Pai Maior?

A religião está inserida nos ideais destes jovens, sem que o percebam.

Infelizmente, a prática equi-vocada no meio religioso, por interesse ou ambição e a falta da razão na explicação dos ensi-namentos divinos, contribui para que os jovens não a vejam com bons olhos, se desinteressem, ou mesmo, a ignorem.

O outro ponto: A família.Vimos quão importante seu

papel na vida de seus tutelados.É a célula-máter, o núcleo de

sustentação e preparação para o mundo, o qual se confi gurou tão violento aos olhos dos jovens en-trevistados.

Essa confi ança, ora constata-da na instituição familiar, nos conscientiza da responsabilidade que nos cabe sobre o que estamos criando para o futuro.

À família cabe acompanhar e estimular os jovens à prática do Bem. Evitar que se envolvam em situações perigosas a pretexto de deixá-los “se virar” para saberem se defender. Verifiquemos, sim, de que meios se utilizam para tal.

Personalidade. Quantos pais se orgulham ao afi rmar res-guardarem a personalidade de seus rebentos! Não nos iluda-mos, a colheita virá e poderá ser amarga; auxiliemos perse-verando na corrigenda de suas imperfeições, lembrando que por mais pueris nos pareçam, sempre serão imperfeições e devem ser corrigidas na base. Há um ditado antigo que vale ao caso: “Cortemos o mal pela raiz.”

“... ensinar equilíbrio, quando o desequilíbrio já se instalou, signifi ca, na maioria das vezes, trabalho fora de tempo ou auxílio tarde demais.” Emmanuel.

Ajamos antes, mas se a hora passou... mesmo assim, não desista! Com fé e amor, sempre conseguiremos amenizar as situações.

Os jovens precisam de apoio, mas, sobretudo, freios para não desembestarem quais animais sem rédeas pelos campos afora.

Precisam se sentir seguros. Seus corações nos pedem. Como iniciar?

Família

Uma sugestão seria a família iniciar a prática do culto do Evangelho no Lar junto com seus fi lhos.

Não poderíamos deixar de citar, também, esta lição de Emmanuel: “O sentimento é a base de todas as civilizações. Preconiza-se uma educação pela inteligência concedendo-se liberdade aos impulsos naturais do homem. A experiência fracassaria. É ocioso acrescentar que me refi ro aqui à moral religiosa, que deverá inspirar a formação do caráter e do ins-tituto da família e não ao sectarismo do círculo estreito das Igrejas terrestres, que costumam envenenar, aí no mundo,

o ambiente das escolas públicas, onde deverá prevalecer sempre o mais largo critério de liberdade do pensamento. Falo do lar e do mundo íntimo dos corações”.

Avante, com o auxílio do Evangelho de Jesus!Neves

Bibliografia: Emmanuel – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, Editora FEB, 25ª ed., 2005.Família – Francisco Cândido Xavier / Espíritos Diversos, Editora CEU, 4ª ed., 1986.Pátio-Revista Pedagógica – Yves de La Taille e Elizabeth Harkot de La Taille, Editora Artmed, ano IX, nº 36, nov 2005/jan 2006.Imagem: http://www.babyboomercaretaker.com/images/Generation-Gap-For--Grandparent-Raising-Teens.jpg

Chico Xavier sempre recomendou a prática do culto do Evangelho no Lar.Em certa ocasião, um amigo queixou-se a ele de que, na noite consagrada ao culto do Evangelho em sua casa, era um

verdadeiro transtorno: o telefone não parava de tocar, os meninos se atritavam, problemas elétricos provocavam princípio de incêndio nos aparelhos domésticos... Ele pedia uma orientação. Deveria mudar o dia do culto? Após escutá-lo, Chico respondeu:

— Meu fi lho, mantenha o dia do culto e, nos demais dias da semana, reúna informalmente a família para orar. Faça um culto informal nos outros seis dias da semana, pois não há espírito ob-sessor que seja tão persistente.

Chico era assim: qualquer assunto, por mais sério ou importante que fosse, sempre amenizava com um gracejo respeitoso e bom humor, para que todos abandonassem o mau humor, abrindo um sorriso. Ele próprio gostava muito de sorrir e contar os “causos” que a todos divertia. Uma lição para que nós, por mais graves que sejam os nossos problemas, não deixemos que o mau humor tome conta de nós.

Vitório

Pegadas de Chico Xavier

Imagem: http://3.bp.blogspot.com/_6czw_bTVaU4/TTi2dmpBuJI/AAAA-AAAAAtY/QoTLPjEgXdI/s400/chico_1ar.jpgLivro em Foco

Revelar as lições de Jesus, de forma a chegar ao coração de todos os leito-res, é sempre o que buscam os mais famosos escritores.

“Jair Presente, o poeta juvenil, cujas produções lhe retratavam, acima de tu-do, a graciosa mocidade”. É o início ao prefácio do livro, pelo nosso Emmanuel, grande conhecedor do coração deste jovem escritor, que soube harmonizar, na poesia, o humor e a simplicidade da vida humilde do campo, descrevendo em seus versos um lindo romance, que sem qualquer pretensão, chegou aos corações de quem o leu.

É surpreendente!Não lhe escapa nenhuma oportunidade de revelar, em seus versos,

lições como: regeneração, perdão, cólera, carnaval, defesa dos animais e tantos outros, que, se cumpridos, fortalecerão o nosso desenvolvi-mento moral.

Espírito Jair PresenteEditora GEEM

F i Câ did X i

Jair Presente não poupa a indicação dos no-mes de seus personagens, que dá, realmente, a “graciosidade da mocidade”, conforme indica Emmanuel.

...“Depois gritou: Deus me livreDeste ódio que não sai.Bernardino, meu amigo,Vem a mim! Eu sou seu pai!”...

“Coronel MinervinoEra rico fazendeiro,Segundo a fala do povoGuardava muito dinheiro.”

Segue assim, tão brilhante romance em forma de versos, onde nosso coração busca ler, até com brevidade, para conhecer os caminhos a que se di-rigem seus personagens, bem como todo o apren-dizado adquirido, servindo-nos de belos exemplos.

Convidamos à leitura, com plena certeza de agradabilíssimo lazer e intenso aprendizado.

Jair Presente, obrigado pelo “presente” que nos concedeu.

Vano

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Cantinho do Verso em Prosa

Dezembro, mês do aniversário de nosso querido Mestre Jesus, época onde até os corações mais áridos são contaminados pela fraternidade e pelo amor.

Durante este mês abrimos nossos olhos e corações ao mundo, nos comovendo com situações cotidianas, às quais antes não observávamos, e infelizmente, após este período, fechamos novamente nossos olhos e nossos corações ao próximo.

Queridos companheiros, não deixemos de querer o bem ao nosso semelhante, em nenhum momento, e não subestimemos a força de nossa fé e de nossa prece, sempre acolhidas por nossos benfeitores espirituais.

A prece, ferramenta tão simples e sincera que nosso Mestre Jesus nos ensinou, é a oportunidade que temos de nos aproximar do Plano Espiritual e receber a bênção e a Luz de nosso Senhor, a acompanhar os nossos passos.

Não podemos deixar de agradecer a Jesus por toda sua misericórdia, e especialmente neste mês de celebração, contaminar os nossos semelhantes, próximos ou não a nós, com o amor e a fé em Jesus e a estabelecer esta ligação de paz e amparo, através da prece sincera e justa, acompanhando esta nossa trajetória terrestre.

Marco

Imagem: http://3.bp.blogspot.com/_P34f5oOa7cM/SUwyEfivfKI/AAAAAAAAJqs/dlPplpQsB5Y/s400/Jesus-acolhedor-full.jpg

Alma fraterna e boa,Se o impulso da prece te abençoa,Quando queiras orar,Buscando segurança no Senhor,Faze em qualquer lugarO teu louvor ou a tua petição!...

A Terra inteira é um temploAberto à inspiraçãoQue verte das Alturas,Mas, se quiseres encontrarO Mestre que procuras,Atende, alma querida!...Desce ao vale de lágrimas da vida,À imensa retaguardaOnde o consolo tarda...Ouve a dor da penúria e o pranto da viuvez,Volve à sombra das margens do caminhoE estende o braço forteAos que vagam sem norte,Na saudade do lar que se desfez!...

Escuta aos que se vãoÀ noite, ao frio e ao vento,Sem poderem contar o próprio sofrimento,Famintos de carinho e compreensão...

Pára e abraça a criançaQue o desprezo consomeE a doença extermina,Pára e acalenta a nudez, a febre e a fomeDessa fl or pequenina!Ouve o choro do enfermo que não temSenão pó, lama e lágrimas por leitoE, à guisa de aposento, um canto estreitoNa terra de ninguém.

Atentamente, anota em torno os bradosDe quem conhece a mágoa no apogeu,Os tristes corações despedaçadosQue a calúnia venceu...

Vai onde exista afl ição,Oferecendo a cada sofredorUma bênção de amor,E, ai, surpreenderás um divino clarãoQue, dúlcido, irradiaPaz, bondade, alegria...Em meio dessa luz,Escutarás Jesus,Enternecidamente,A dizer-te, no fundo da alma crente:

— Alma querida, vem!...Ouço-te a voz na prece, em qualquer parte;Devo, entanto, esperar-teNa seara do bem.Chamaste-me, decerto.Para saber que Deus ama e compreende em ti...Buscavas-me tão longe e aguardo-te tão perto...Alma boa, eis-me aqui!...

Maria Dolores

O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que

atende a portadores do Pênfi go (Fogo Selvagem) e tam-

bém a 150 crianças, precisa de doações para comprar:

os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser gené-

ricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo

para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral);

fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços

umedecidos e álcool gel 70%.

Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE, através dos seguintes bancos:

• Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6• Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1• Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9Maiores informações:• Telefone (34) 3318-2900• [email protected]

Francisco Cândido Xavier - Pelo Espírito de Maria Dolores - 1971 - FEB.Bibliografia: Antologia da Espiritualidade - FEB.

1935 desencarna Charles Richet, em Paris, criador da Metapsíquica e sábio francês pesquisador de fenômenos medi-

Humberto de Campos, Rio de Janeiro, escritor, deputado estadual, membro da Academia Brasileira de Letras (1920), ditou diversas obras espíritas, através do médium Chico Xavier, algumas com o pseudônimo ”Irmão X”. Leia sua biograf a em nossa revista “Seareiro” de 2004 <http://www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/

1874 nasce Manuel Viana de Carvalho em Icó, Ceará, um dos maiores espíritas;

no ano de 1898, em Por to Alegrepublicou a sua primeira obra literária,intitulada “Facetas”, prefaciada pela poetisa Carmem Dolores, pseudônimo da escritora Emília Bandeira de Melo. O livro mereceu os melhores elogios da crítica. Posteriormente publicou “Colori-dos e Modulações”, também muito bem recebido pela Imprensa e pelos homens de letras. Não satisfeito com as ativida-des desenvolvidas, criou ainda os jornais “Combate” e “Lábaro”, o primeiro desti-nado a contestar os argumentos do clero católico que nessa época desencadeava uma campanha difamatória contra o Es-piritismo, através do órgão “Cruzeiro do Sul”; a segunda publicação destinada a difundir o Espiritismo. Em 1917, no Rio de Janeiro, desenvolveu intensa cam-panha contra as fraudes e trapaças dos pseudo-espíritas. Em 1926, quando ser-

via em Aracaju, adoeceu gravemente, vi-timado por um tipo grave de beri béri. Era o Comandante interino do 28º Batalhão de Caçadores no posto de Major. Diante da gravidade do seu estado de saúde, os médicos resolveram encaminhá-lo para o Hospital de São Sebastião, em Salvador. Foi conduzido de maca até o navio “Íris”. Nas proximidades da praia de Amaralina, às 6h30min da manhã, do dia 13 de ou-

1761 nasce Joanna Angélica em Salvador, BA. É uma das encarnações conhecidas de Joanna de Ângelis, que foi abadessa no convento da Lapa.

1847 a família Fox transfere-se para Hydesville, passando a morar na casa que seria palco dos memoráveis fenômenos de efeitos físicos estudados por Allan Kardec.

1855 Allan Kardec recebe a revelação mediúnica de que Zéfi ro era seu Espírito

1963 fundado o Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicofísicas - IBPP, São Paulo, por Hernani Guimarães Andrade (Araguari, 31 de maio de 1913 – Bauru, 25 de abril de 2003), pesquisador espírita brasileiro que procurou demonstrar cientifi camente a existência dos fenômenos paranormais, da transcomunicação instrumental,

1884 nasce Maria Máximo, Portugal, es-pírito edifi cante, inteligente e generoso que a todos acolhia e confortava, espa-lhando a esperança, alegria e estimulando a fé. Entre suas realizações, destaca-se a fundação, em 1937, do Centro Espírita “Ismênia de Jesus”, em Santos – SP que, desde então, continua a produzir frutos.

Por força de compromissos espirituais Maria Máximo viu-se portadora de me-diunidade afl orada e percebeu logo que essa ferramenta de trabalho não lhe vie-ra de graça. Era preciso fazer jus para mantê-la ativa e em progresso. Veja em nosso “Seareiro” sua biografi a <http://www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/se-

1859 nasce Lázaro Luiz Zamenhof, na Polônia, o criador do Esperanto. Leia artigo sobre o Esperanto e Zamenhof em nossa revista “Seareiro” de 2007 <http://www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/

a Sociedade Espírita San-to Agostinho, por Jesus Gonçalves, no Hospital-Colônia para Hansenianos na Colônia-Asilo de Pirapitingui, em Itu – SP, que atualmente recebe o nome de

1903 desencarna Augusto Elias da Silva, no Rio de Janeiro, fundador da revista Reformador e um dos fundadores da

1872 nasce Francisco Valdomiro Lorenz, na República Checa, espírita, médium notável, esperantista, sendo o primeiro diretor de esperanto da FEB.

1906 nasce Yvonne do Amaral Pereira, em Santa Teresa de Valença (Rio das Flores), RJ, médium e prestimosa colabo-radora do Movimento Espírita. Algumas de suas obras: “Memórias de um Suicida”, “Nas nito” e “Sublimação”.Telas do Infi

Comemora-se o nascimento de Jesus, o Espírito mais perfeito que Deus conce-deu à Terra para servir de modelo aos homens.

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