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O QUE É O BISC? A pesquisa Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), iniciada em 2008, é o resultado de uma parceria entre a Comunitas e um conjunto selecionado de empre-sas. Realizada anualmente, tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento, o aper-feiçoamento da gestão e a avaliação dos investimentos sociais corporativos no Brasil.

Abrangência da pesquisaO BISC busca dimensionar todos os recursos, financeiros e em bens e serviços, aplica-dos pela empresa em projetos e atividades de interesse social, incluindo: • apoio a projetos sociais, ambientais e culturais;• construção de infraestrutura social, inclusive aquelas realizadas em decorrência da

instalação e funcionamento das empresas; e• apoio permanente ou eventual a organizações formalmente constituídas.

Ações que beneficiem exclusivamente os colaboradores da empresa e suas famílias, doações a comitês políticos e indivíduos, bem como as realizadas com recursos doados por terceiros, não são consideradas no BISC.

Além dos investimentos voluntários, a pesquisa busca captar separadamente as apli-cações sociais realizadas por imposição legal, atos administrativos ou decisão judicial, incluindo obrigações decorrentes de licenciamento ambiental e Termos de Ajusta-mento de Conduta.

Universo pesquisadoEm 2015, a pesquisa abrangeu 325 organizações, assim distribuídas*:

*Neste universo estão incluídas as empresas que fazem parte do Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG).

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APRESENTAÇÃOCom esta publicação, antecipamos a divulgação dos principais resultados do BISC de 2016. Mesmo em uma conjuntura econômica recessiva, os valores destinados à área social permaneceram em um patamar elevado, chegando a R$ 2,6 bilhões. O esforço empreendido pelo grupo pesquisado para manter esse desempenho se revela também na proporção dos investimentos no lucro bruto das empresas, que passou de 0,70% em 2014 para 0,89% em 2015. Com esse resultado, o Brasil está um pouco acima do padrão internacional – nos Estados Unidos, por exemplo, entre as empresas pesquisadas pelo CECP, esse percentual foi de 0,84%. Na edição anterior do BISC, foram destacadas as demandas das lideranças empresariais por mu-danças na condução dos investimentos sociais, para adaptá-los à conjuntura econômica, às novas exigências do mundo dos negócios, às oportunidades geradas pelas novas tecnologias e às pressões crescentes da sociedade. Neste ano, a pesquisa explorou o que foi feito nessa direção e identifi -cou os novos esforços empreendidos pelas empresas para aprimorar sua atuação nesse campo, bem como capacitar as equipes que cuidam da área. Os resultados, ora apresentados, evidenciam que as iniciativas adotadas já se refl etem na qualidade das práticas sociais. Isso pode ser evidencia-do na autoavaliação realizada pelo grupo, cuja pontuação é a melhor de todo o período analisado: 8,7, numa escala de 0 a 10.

O BISC 2016 busca subsidiar a refl exão e os debates acerca das possibilidades de conexão dos investimentos sociais privados à “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, aprova-da em 2015 pelos 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas. O intuito é identi-fi car o que já é feito pelas empresas em áreas correlatas e quais os desafi os a serem enfrentados. Os dados apontam para um cenário otimista e isso nos deixou muito animados. Os projetos sociais e ambientais em curso podem contribuir para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sus-tentável estabelecidos na Agenda 2030, e as empresas estão dispostas a explorar as possibilidades de trabalhar nesta direção.

O compromisso da Comunitas é ajudá-las nessa empreitada. Para tanto, estabelecemos uma par-ceria de cooperação técnica com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com o apoio da Rede Brasil do Pacto Global, essa parte da pesquisa que trata dos ODS também se estendeu para empresas que participam do Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG), com vistas à ampliação do alcance dos resultados apresentados. Para termos uma ideia da dimensão dessa associação, a somatória dos investimentos sociais do grupo de empresas do CBPG com o grupo do BISC atingiu a casa dos R$ 3 bilhões, em 2015.

É importante mencionar que para a elaboração do desenho do questionário desta edição, a equipe do BISC se articulou com especialistas de outras instituições, como a Agenda Pública, o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) e a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresa-rial (CBVE), Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), e o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS). A todas essas organizações, os nossos sinceros agradecimentos.

Finalmente, gostaríamos de destacar que o nosso trabalho é viabiliza-do graças ao apoio das organizações participantes, das lideranças que se dispõem a dialogar nas entrevistas com os pesquisado-res da Comunitas e, especialmente, das equipes que se dedicam a levantar e sistematizar as informações solicitadas. A todos, os nossos profundos agradecimentos.

REGINA CÉLIA ESTEVES DE SIQUEIRADiretora-presidente da Comunitas

Finalmente, gostaríamos de destacar que o nosso trabalho é viabiliza-do graças ao apoio das organizações participantes, das lideranças que se dispõem a dialogar nas entrevistas com os pesquisado-

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INVESTIMENTOS SOCIAIS: O QUE FAZEMOS?

9 Recursos investidos voluntariamente 9 Incentivos fiscais utilizados 9 Atividades desenvolvidas 9 Aplicações sociais obrigatórias

INVESTIMENTOS SOCIAIS: O QUE HÁ DE NOVO?

9 Inovação na gestão 9 Melhoria na qualidade 9 Alinhamento aos negócios

INVESTIMENTOS SOCIAIS: CONTRIBUIÇÕES PARA A AGENDA 2030 DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

9 A perspectiva dos ODS na atuação das empresas 9 O potencial de integração dos investimentos sociais aos ODS

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SUMÁRIO

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INVESTIMENTOS SOCIAIS: O QUE FAZEMOS?

Evolução dos investimentos sociais

Em que pese a conjuntura econômica brasileira altamente desfavorável, os investi-mentos sociais do grupo BISC em 2015 mantiveram-se no mesmo patamar de anos an-teriores: R$ 2,6 bilhões.

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6 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Comparação entre os investimentos sociais de 2014 e 2015

A manutenção do padrão dos investimentos sociais não foi generalizada. Ao contrário, apenas uma minoria de empresas (36%) conseguiu ampliar os recursos investidos e responde por esse resultado.

Evolução dos investimentos sociais realizados diretamente pelas empresas versus institutos

A evolução dos investimentos sociais também não foi homogênea entre as empresas e seus institutos. Enquanto nas primeiras houve um crescimento dos recursos da ordem de 28%, nos institutos observou-se uma queda de 19%, entre 2014 e 2015. Mudanças na composição do grupo e dificuldades dos institutos em manter suas fontes próprias de financiamento contribuíram para tal resultado.

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Investimentos sociais – participação na receita e lucros das empresas

Apesar da maioria das empresas ter reduzido os seus investimentos sociais, o esforço empreendido para evitar quedas ainda maiores pode ser observado na destinação de uma parte crescente da sua receita e lucros à atuação social: a mediana da participação dos investimentos no lucro líquido, por exemplo, passou de 2,18% em 2014 para 3,09% em 2015.

Comparação do padrão de investimento social: BISC e CECP

É a relação dos investimentos sociais com os lucros brutos que permite a melhor com-paração entre o padrão de investimentos das empresas que participam do BISC e da pesquisa do CECP. Em 2015, os resultados obtidos no Brasil retornaram a um padrão superior ao benchmarking internacional. No país a participação dos investimentos no lucro bruto foi da ordem de 0,89%, e, nos Estados Unidos, de 0,84%.

*Sobre o Committee Encourage Corporate Philantropy (CECP), visite: http://cecp.com

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8 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Participação dos incentivos fiscais nos investimentos sociais

A crise econômica brasileira repercutiu de forma especialmente acentuada na capaci-dade das empresas em utilizar os incentivos fiscais. Assim é que, em 2015, eles apresen-taram uma queda de 32% em relação aos valores aplicados no ano anterior. Os recursos incentivados foram reduzidos a R$ 480 milhões e, com isso, caiu para 18% sua parti-cipação no total dos investimentos sociais do grupo. Esse é o pior resultado em todo o período analisado pelo BISC.

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“Respectivamente, Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência e Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica, instituídos pela lei federal nº 12.715/2012 e implantados pelo Ministério da Saúde. Tanto o Pronas quanto o Pronon incentivam ações e serviços desenvolvidos por entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos no campo da oncologia e da pessoa com deficiência. Pessoas físicas e jurídicas que doam a esses programas têm deduções fiscais no imposto de renda.”

Distribuição dos incentivos fiscais por tipo de incentivo utilizado

Os incentivos à cultura absorvem, tradicionalmente, a maior parcela dos valores uti-lizados, ou seja, mais de 40% do total incentivado. A maior novidade é o crescimento dos incentivos à saúde (Pronas e Pronon). Criados em 2012, três anos mais tarde eles responderam por 16% do total dos incentivos, ultrapassando o índice referente a ido-sos, crianças e adolescentes e ao esporte.

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10 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Foco da atuação social privada

A análise da distribuição dos recursos revela que o foco da atuação das empresas se mantém ao longo dos últimos anos. A maior parte dos investimentos sociais do grupo (48%) é destinada às áreas de educação e cultura e o público alvo é composto, priorita-riamente, por jovens, crianças e comunidades do entorno.

Investimentos em educação

O montante dos recursos investidos em educação foi da ordem de R$ 801 milhões, sen-do a maior parte (82%) aplicada pelos institutos empresariais. Tal resultado, ainda que bastante positivo, representa uma queda de 16% em relação ao total dos investimentos destinados à educação no ano anterior.

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Investimentos em cultura

Em cultura as empresas investiram R$ 308 milhões em 2015, bem menos do que os R$ 423 milhões aplicados em 2014. A maior parte desses recursos (71%) oriunda de in-centivos fiscais. A queda observada pode ser atribuída à redução de 33% dos recursos incentivados destinados à cultura e de 9% dos recursos investidos pelas empresas sem o uso dos incentivos.

Investimentos em saúde

A criação, em 2012, dos incentivos fiscais via Pronas e Pronon contribuiu para ampliar os investimentos sociais das empresas na área da saúde. Em 2011, eles eram da ordem de R$ 31 milhões, aumentando em 2015 para R$ 114 milhões, dos quais 65% provenien-tes desses novos incentivos. Assim, os dados do BISC indicam que o incentivo fiscal pode ser um instrumento importante para estimular os investimentos sociais privados.

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12 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Panorama dos programas de voluntariado

Os programas de voluntariado, considerados um caminho a ser fortalecido, são avalia-dos por 88% das empresas como bem ou muito bem-sucedidos. Destacam-se entre os principais achados:

Programas de voluntariado mais adotados pelas empresas:

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Parcerias com organizações sem fins lucrativos

Diretamente ou por meio de seus institutos, todas as empresas envolvem organizações sem fins lucrativos na execução de seus projetos sociais. Os dados abaixo revelam a dimensão desse trabalho conjunto:

Qualidade das experiências de parcerias

O resultado da autoavaliação realizada pelas empresas é positivo. Numa escala de 0 a 10, o indicador que reflete a qualidade das experiências de parcerias com terceiros é 8,2. A análise detalhada dos requisitos para o sucesso de um trabalho conjunto com organizações públicas ou privadas permitiu ao grupo identificar os pontos mais fortes e mais frágeis: entre os primeiros se destaca a competência dos parceiros selecionados, entre os segundos, a dificuldade de envolver e de capacitar os diversos atores envolvi-dos na avaliação.

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14 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Recursos aplicados em caráter obrigatório

Além dos investimentos sociais voluntários, 63% das empresas desenvolvem atividades sociais obrigatórias, sendo os recursos destinados às comunidades, em decorrência de exigências legais, da ordem de R$ 670 milhões, em 2015. Esse montante é 15% superior às aplicações sociais realizadas em 2014 e ainda está subestimado, uma vez que nem todas as empresas forneceram informações sobre os valores aplicados. Ademais, dois terços delas admitem que é difícil dimensionar tais valores e que outros recursos, espe-cialmente aqueles aplicados na área ambiental, podem não estar incluídos na pesquisa.

Investimentos voluntários + aplicações obrigatórias:

Distribuição dos recursos aplicados em caráter obrigatório

Os recursos investidos em decorrência de exigências legais estão concentrados basi-camente nas áreas de infraestrutura (43%), educação (25%) e geração de renda (14%). A pequena proporção destinada à área ambiental reforça a afirmação de que os recur-sos estão subestimados, porque essa é uma área que tradicionalmente absorve a maior parte das aplicações obrigatórias.

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INVESTIMENTOS SOCIAIS: O QUE HÁ DE NOVO?

Para adequar-se aos novos tempos, as empresas concentraram esforços na melhoria da qualidade dos investimentos sociais, buscando, para tanto, inovar na gestão e no desenho dos projetos, bem como na profissionalização das equipes que conduzem os investimentos sociais.

Inovação na gestão dos investimentos sociais

Cerca de 60% das empresas e dos institutos declararam ter promovido inovações na gestão dos investimentos sociais, focando as mudanças nas atividades de planejamen-to, administração, controle interno, avaliação e comunicação. Entre os diversos exem-plos de novas estratégias adotadas por esse grupo, destacam-se:

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16 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Integração interna na condução dos investimentos sociais

Abandonando a postura anterior de manter a condução dos investimentos sociais dis-tante das demais áreas de negócios, atualmente as empresas cuidam de promover a sinergia das diversas equipes. Em 63% delas já há uma recomendação explícita da di-reção para essa integração e os esforços empreendidos nessa direção se manifestam na variedade de unidades que estão mais próximas das equipes que cuidam do social:

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Inovação no desenho dos projetos sociais

As empresas (53%), mais do que os seus institutos (33%), estão repensando o desenho de seus projetos sociais e buscando adotar novas metodologias, que associem custos me-nores a uma maior adequação à realidade das comunidades atendidas e aproximação dos negócios. A seguir alguns exemplos das iniciativas adotadas pelo grupo para rever os seus projetos:

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18 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Profissionalização das equipes que cuidam do social

A maioria das empresas (69%) e dos institutos (55%) investiu na capacitação das equipes que cuidam do social, adotando, para tanto, distintas iniciativas. Entre elas, destacam--se o apoio à participação dos colaboradores em cursos realizados por outras organiza-ções e a promoção de cursos internos.

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Áreas prioritárias para investir na profissionalização das equipes que cuidam do social

Apesar dos esforços empreendidos na profissionalização das equipes, as empresas con-sideram que é necessário continuar investindo nesta direção. Vale mencionar que a maioria delas destacou a importância de aprofundar o conhecimento dos seus colabo-radores nas áreas de políticas públicas e de negócios sociais, o que revela a tendência de fortalecimento das duas frentes de atuação.

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Avanços na qualidade das práticas sociais

Os resultados dos esforços para a melhoria da qualidade dos investimentos sociais já podem ser percebidos na evolução dos indicadores do BISC. As notas médias têm me-lhorado a cada ano: numa escala de 0 a 10, passou de 7,5, em 2011, para 8,7, em 2015. O maior avanço foi obtido no processo de elaboração e desenho dos projetos, enquanto o maior desafio ainda é a avaliação dos resultados.

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Resultados decorrentes das inovações na condução dos investimentos sociais

As empresas já estão colhendo os frutos dos esforços empreendidos para inovar na condução dos investimentos sociais e na profissionalização das suas equipes. Além da melhoria dos indicadores de qualidade dos projetos, destacam-se entre os inúmeros resultados obtidos:

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22 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Estágio do processo de alinhamento dos investimentos sociais aos negócios

O alinhamento dos investimentos sociais aos negócios avança rapidamente entre os participantes do BISC. Mais da metade das empresas e dos institutos já formalizou o processo adotado na seleção e na gestão dos projetos alinhados. Avaliar o retorno dessa atuação permanece o maior desafio.

O alinhamento nas empresas:

O alinhamento nos institutos:

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Proporção de recursos investidos em projetos alinhados aos negócios

A proporção dos investimentos destinados a projetos alinhados aos negócios revela a consolidação dessa estratégia: mais de 60% das empresas destinam a maior parte dos seus recursos para o financiamento de projetos já alinhados.

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24 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

Alinhamento dos investimentos sociais a causas sociais que mobilizam os stakeholders

Identificar os anseios dos stakeholders e ter em conta suas demandas faz parte da es-tratégia de alinhamento dos investimentos sociais aos negócios. Na percepção dos gestores, eles privilegiam as atividades de desenvolvimento comunitário e educação. Tal resultado explica a tendência das empresas de concentrarem o foco dos seus proje-tos alinhados nessas duas frentes de atuação.

Causas sociais que mobilizam os stakeholders:

LÍDERES DA EMPRESA

COLABORA-DORES CLIENTES ACIONISTAS FORNECE-

DORES COMUNIDADES LÍDERESCOMUNITÁRIOS

ORGANIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS

Desenvolvimentocomunitário

Educação

Meio ambiente

Saúde

Assistência social

Geração de renda

Combate à pobreza e à fome

Defesa de direitos

Igualdade de gênero

Não sabe

Obs.: destacadas somente as atividades assinaladas por 25% ou mais empresas

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INVESTIMENTOS SOCIAIS: QUAL A SUA CONTRIBUIÇÃO

PARA A AGENDA 2030 DE DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL?

A cada ano a pesquisa BISC explora um tema diferente, de forma a ampliar o conhe-cimento sobre questões menos conhecidas, ou analisadas, no campo da atuação so-cial corporativa. Em 2016, a atenção voltou-se para as possibilidades de integração dos investimentos sociais privados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A oportunidade dessa análise deve-se aos desafios lançados na Cúpula das Nações Uni-das, em setembro de 2015, na qual os 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas aprovaram o documento “Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. Proposta para ser implementada a partir de 2016, trata-se de um plano de ação que parte do reconhecimento de que a erradicação da pobreza, em todas as suas formas e dimensões, é o maior desafio global do desenvol-vimento sustentável. Na Agenda estão estabelecidos 17 ODS, cujo alcance requererá

ATENÇÃO: neste capítulo estão incorporadas as informações das empresas que participam do Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG). Somados os investimentos sociais dos dois grupos de organizações (BISC e CBPG) os recursos atingem

o patamar de R$ 3 bilhões.

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uma parceria global com o engajamento de todos, incluindo governos, sociedade civil, setor privado, academia, mídia, e ONU.

Para o desenvolvimento dessa parte da pesquisa, a Comunitas buscou integrar os seus esforços com outras instituições que se dedicam a apoiar a implementação dos Obje-tivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Para tanto, formalizou uma parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que é uma refe-rência na visão integrada da implementação dos ODS, visando a cooperação técnica entre as duas instituições; e dialogou com especialistas da Agenda Pública e do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Fundação Getúlio Vargas, para a elabora-ção do questionário; articulou com o Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresa-rial (CBVE) a inserção de questões que associam o voluntariado às perspectivas dos ODS. Por fim, com o apoio da Rede Brasil do Pacto Global, estendeu essa parte da pes-quisa para empresas que participam do seu Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG), ampliando o alcance dos resultados.

Certificados, índices e princípios adotados pelas empresas

As empresas pesquisadas já têm uma tradição em aderir a iniciativas, nacionais ou internacionais, que garantam os compromissos com questões relacionadas à susten-tabilidade. A maioria delas adota formalmente os seguintes princípios, certificados e outros:

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A perspectiva dos ODS na gestão dos negócios

Os resultados do BISC indicam que há possibilidades efetivas das empresas incorpora-rem a perspectiva dos ODS na sua gestão de negócios. Cerca de um terço delas já está trabalhando nessa direção e 43% pretendem fazê-lo no futuro.

A perspectiva dos ODS na atuação social das empresas

Em relação à condução dos investimentos sociais privados, o cenário também é de otimismo. Cerca de um terço das empresas já busca incorporar a perspectiva dos ODS na sua agenda de atuação e, entre as que ainda não o fizeram, a maioria está aberta a explorar essa possibilidade. Cabe, pois, ajudá-las nessa empreitada, estando a Comuni-tas disposta a contribuir para tal mobilização.

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Motivos para incorporar os ODS na atuação social

O que move o grupo é a percepção dos impactos positivos dos ODS sobre o planeta (57%), o reconhecimento de que o setor privado pode contribuir para esse desafio glo-bal e a importância atribuída pela sociedade ao tema (48%). Nesse sentido, fica o alerta de que as empresas se envolverão mais à medida que a sociedade estiver mobilizada e pressionar mais pela adesão do setor.

O processo de incorporação da perspectiva dos ODS

No processo de adoção da perspectiva dos Objetivos de Desenvolvimento Susten-tável, as empresas tem a percepção que avançaram mais nos projetos relacionados aos ODS 17 (parcerias), ao ODS 12 (consumo responsável) e ao ODS 8 (emprego digno e crescimento econômico): 23% delas já possuem projetos nessas áreas conectados à Agenda 2030.

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Proporção de empresas que possuem, ou não, projetos conectados a cada um dos 17 ODS:

Para orientar as empresas a responderem à questão da conexão dos investimentos sociais às perspectivas dos ODS, recomendou-se no BISC

que elas observassem se os objetivos e metas dos seus projetos sociais se coadunavam com as metas previstas para os 17 ODS; se na implementação

dos projetos foram considerados os impactos (positivos e negativos) nas diversas dimensões incorporadas nos ODS; e, se a empresa se preocupou em

estimular parcerias para a realização dos projetos.

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A contribuição dos investimentos sociais para os ODS

O potencial de contribuição dos investimentos sociais para os ODS é significativo. Analisando seus principais projetos (78) as empresas identificaram que eles podem contribuir, especialmente, para a educação de qualidade (39% dos projetos em curso); saúde de qualidade (16%); e emprego digno e crescimento econômico (14%).

Proporção dos projetos em curso que podem contribuir para os ODS:

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A abordagem multisetorial dos programas de voluntariado

A maior parte das empresas (77%) promove parcerias multissetoriais por meio de seus programas de voluntariado. Tal abordagem vai ao encontro da perspectiva dos ODS, e sinaliza a importância de se explorar o potencial de conexão do trabalho voluntário à Agenda 2030.

Proporção de empresas com programas de voluntariado que contemplam parcerias multissetoriais:

A atuação das empresas junto a seus fornecedores

74% das empresas buscam comprometer seus fornecedores com causas sociais e de-senvolvem um elenco de atividades que podem ser utilizadas para mobilizá-los em prol do alcance dos ODS. Até o momento, dentre as iniciativas adotadas, destacam-se a promoção de encontros para debater o assunto e a divulgação de material informativo (50%). As demais poderiam ser ampliadas e contribuiriam, também, para envolvê-los na Agenda 2030.

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Dificuldades para integrar a perspectiva dos ODS aos investimentos sociais

As dificuldades de integrar os investimentos sociais aos ODS são destacadas pelas or-ganizações, e os maiores desafios a serem enfrentados, na visão do grupo, são: engajar as diversas unidades da empresa; garantir recursos financeiros para investir em novos projetos alinhados aos ODS e alcançar a escala necessária; definir indicadores e produ-zir as informações indispensáveis à avaliação dos resultados.

Fatores que dificultam incorporar a perspectiva dos ODS:

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Benefícios gerados pela integração dos investimentos sociais aos ODS

A percepção predominante é a de que os benefícios, que podem ser obtidos com o ali-nhamento dos projetos sociais aos ODS, são mais relevantes do que as dificuldades a serem enfrentadas. Assim é que a maioria das empresas considera quase todos os itens apresentados na listagem como de retorno alto, ou muito alto, cabendo destacar a im-portância atribuída ao alinhamento da atuação social da empresa a uma agenda pú-blica e global, a visibilidade dos compromissos da empresa com a sustentabilidade e a valorização da sua reputação.

Benefícios que podem ser obtidos com a adoção da perspectiva dos ODS:

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34 BISC Benchmarking do Investimento Social Corporativo

COMO USAR O BISC PARA ANALISAR E APRIMORAR OS INVESTIMENTOS SOCIAIS DA EMPRESAA pesquisa pode ser utilizada para: identificar padrões de comportamento; subsidiar as empresas parceiras nas decisões sobre seu orçamento social; acompanhar e avaliar a evolução dos seus investimentos ao longo do tempo; e divulgar a atuação do setor privado nesse campo.

Para tanto, a Comunitas busca divulgar os resultados do BISC em diversas modalidades: nesta publicação, denominada de "Destaques", em que são apresentados alguns dos prin-cipais achados da pesquisa; em um relatório anual com a análise de todas as informações levantadas e das entrevistas realizadas; e em um relatório personalizado, que é enviado para cada participante e permite à empresa ter uma visão geral da evolução de seus investimentos, ao longo dos últimos anos, e comparar sua atuação com a de seus pares.

Veja outros exemplos do que é possível fazer:

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DIRETORA-PRESIDENTERegina Célia Esteves de Siqueira

COORDENAÇÃO GERAL DA PESQUISA BISCAnna Maria T. Medeiros Peliano

EQUIPE DA PESQUISAPatricia LoyolaDanielle Comar

Bruna M. Celestino Palhuzi

ELABORAÇÃO DO DOCUMENTOAnna Maria T. Medeiros Peliano

EDIÇÃO/REVISÃODayane Reis

Bruna M. Celestino Palhuzi

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃODaniela Jardim e Rene Bueno - www.danielajardim.com

Parceiros

Parceria estratégica

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