Despreendimento

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Objetivo: estudar na teoria, e identificar em nós tais características, e o que ser feito. Reforma Íntima

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Objetivo: estudar na teoria, e identificar em nós tais características, e o que ser feito.

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DESPRENDIMENTO

X

AVEREZA, CIÚME

E

VAIDADE

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Desprendimento Desprender-se é a atitude de desistir de algo, desligar-se,

desapegar-se. v.t. Soltar; separar (o que estava preso), desatar, despregar.

Fig. Desapego a coisas materiais e preocupações egoísticas; abnegação, altruísmo. Fig. Independência com relação a coisas, situações ou pessoas. Bras. Folcl. Ato de a alma abandonar o corpo, nas sessões de caboclo.

Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. Mateus 19:21

E o jovem ouvindo essa palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.”22

Não estava, porém, pronto para aceitar Seu princípio de abnegação. Preferiu suas riquezas a Cristo. Desejava a vida eterna, mas não queria receber na alma aquele amor desinteressado que, somente, é vida, e com coração triste saiu da presença de Cristo.(559)

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Apego aos bens terrenos

Jesus quis mostrar que a riqueza devido às suas atrações, às tentações que traz consigo e a fascinação que exerce, é uma prova muito arriscada, mais perigosa que a miséria e por isso é um obstáculo à salvação.

As palavras de Jesus vai além da questão do dinheiro em si, mas traz em si, o sentido do verdadeiro cristão. Jesus termina confortando seus discípulos, dizendo que haveria recompensa por eles optarem por buscar a Deus em primeiro lugar e, por consequência, se tornarem “os últimos” aqui na terra em privilégios (19.30). Pg.10 (Jesus, o Rico e a Vida Eterna)

O apego aos bens terrenos um forte entrave ao nosso adiantamento moral e espiritual , e o apego ao dinheiro e a bens materiais pode levar-nos a nos tornar aváros.

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Homem Avaro

Avareza: desejo exagerado por bens materiais.

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O homem avaro é egoísta

O homem avaro é egoísta nega ajuda a todos que lhe pedem

auxílio;

Assim perde as oportunidades de servir e até mesmo de ouvir

quem nos venha pedir socorro.

“O avaro possui:

A dureza de coração, apego aos bens externos;

Pratica a violência, a fraude, o embuste e a traição, a fim de conseguir o

que ansiosamente deseja. Escraviza o homem a atitudes de inferioridade.” Do egoísmo ao amor! http://www.catequisar.com.br/texto/materia/fe/97.htm

O avaro centraliza sua preocupação na aquisição do dinheiro ou nas

diversas formas de enriquecimento.

O objetivo principal da existência é o dinheiro

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Educar...!?

É comum os pais desejar amealhar patrimônio para assegurar uma

vida tranquila a seus filhos. Pode ser bom, por um lado e ruim por

outro: reforçar o sentimento material nas crianças desde a tenra

idade.

Isso é educar equivocadamente!

Os Espíritos nascem na Terra para aprender as lições de que

necessitam, no entanto eles não são da Terra. Ao término da

jornada, não levaremos nada de material ( que da Terra), apenas

virtudes, conhecimentos e méritos de boas ações praticadas.

Estes são o nosso verdadeiro patrimônio – BOM

Patrimônio indesejado – o mal praticado, as injustiças cometidas

ou impedidas – que representam uma pesada carga para nossa

consciência.

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Patrimônio material Embora o patrimônio

material seja importante, a

herança deve consistir nas

lições de vida reta e nos

exemplos de solidariedade

e compaixão.

A riqueza muda de mãos...

Se a Providência Divina

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decidir que os herdeiros devem experimentar a prova da miséria, eles a experimentarão.

Tudo pertence a Deus, o homem é mero usufrutuário... Os bens materiais são instrumentos neutros em sua essência (p.93).

Sucesso material é efêmero e enganoso É válido e necessário estudar, trabalhar e esforça-se para viver bem. Só não vale a pena perde o foco e inverter valores. Ensine a seu filho a valorizar todos os bens que possui a família

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Educar verdadeiramente Educar verdadeiramente os filhos:

“Diga-lhe que deve estudar e ser um excelente profissional.

Oriente-o para ser responsável e jamais se converter em um peso

para os semelhantes. Diga-lhe da prudência e o ensine a ser

moderado em gastos, desfrutes e paixões.

Mostre-lhe que é sublime prestar serviços desinteressados...cuidar

de idosos, enfermos.

Mas também o eduque para ser bondoso e solidário”.

Assim você contribuirá para que seu filho se torne um ser humano

de qualidade.

Se a vida mais tarde resolve experimentá-lo, ele terá méritos e valores

para se sair bem. Não achará que a riqueza diz do valor de um homem e

não imaginará sem valia para enfrentar as dificuldades materiais.

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Desapego do bens terrenos Não devemos desprezar a fortuna ou os

bens terrestres. Pois esta atitude seria

descuido e indiferença. O Homem não tem

o direito de dilapidar o bem a ele confiado.

O desapego dos bens terrenos consiste

em apreciar a fortuna em seu justo valor.

Saber servir-se dela para os outros e

não só para si, em não sacrificar nesta

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vida os interesses da vida futura em perdê-la sem reclamar, se é da vontade de Deus retirá-la de vós.

Devemos agir com prudência e responsabilidade com tudo que o Pai nos confiar. Pois do contrário estaríamos agindo com mediocridade despojando irresponsavelmente dos bens (fortuna) a nós confiados.

A fortuna é dada por Deus, e Ele a dá a quem parece capaz de geri-la em proveito de todos, portanto, o rico tem uma missão, que ele pode tornar bela e proveitosa para si.

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Ciúme

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O nosso apego aos objetos e às pessoas tem, no ciúme, uma das suas formas de

manifestação. O zelo demasiado, o cuidado excessivo, a valorização descabida

aos nossos pertences chega às raias da preocupação, do desequilibro, do

desassossego, nas reações do indisfarçável ciúme.

um estado febril de intranquilidade, que pode nos tirar o sono muitas vezes.

O ciúme anda próximo da inveja. Ambos são expressões da cobiça, e se

manifestam no nosso desejo de posse ou na nossa condição possessiva,

ambiciosa, egoísta.

Quando o ciúme se refere às pessoas do nosso relacionamento, é indício da

paixão, do amor ainda condicionante, dominante, restritivo, exclusivista.

Ninguém pertence a outrem.

O ciúme impõe condições, é um fantasma criado pela nossa imaginação, que

pode estar mal informada ou até deformada, e que precisa ser realimentada co a

confiança, a fé, o otimismo, a esperança, a alegria, a dedicação e desprendimento.

SENTIMOS CIÚMES?

Procuremos serenamente indagar o porque dos nossos ciúmes. Com que sentido

deixamos nos envolver por eles? Será por carência, ou por insegurança? Por

apego ou desespero? OU POR QUAL MOTIVO SENTIMOS CIÚMES??

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Ciúme Patológico

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Falta de controle e insegurança total Em questões de ciúme, a linha divisória entre imaginação, fantasia,

crença e certeza frequentemente se torna vaga e imprecisa.

No ciúmes as dúvidas se transformam em ideias supervalorizadas ou

francamente delirantes.

Depois das ideias de ciúme, a pessoa é compelida a verificação

compulsória de suas dúvidas.

Atitudes:

Verifica onde a pessoa está, com telefonemas, visitas surpresas,

detetives;

Examina correspondências, carteiras, roupas, celulares etc;

Enfim toda tentativa de aliviar sentimentos, além de

reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o

mal-estar da dúvida...

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Sempre buscando “provas”

Os ciumentos estão constantemente em busca de evidências e confissões que confirmem suas suspeitas, mas, ainda que confirmada pelo (a) companheiro(a), essa inquisição permanente traz mais dúvidas ainda ao invés de paz.

O ciumento sempre quer ais explicações e detalhes da “traição” e jamais dá a conversa ou confissão encerrada. Sempre continuará a torturante inquisição, uma vez que nunca se dá por satisfeito.

Os portadores de ciúme patológico fazem visitas ou telefonemas surpresas, para tentarem confirmarem suas suspeitas.

Os companheiros(as) desses pacientes vivem dissimulando elogios e presentes recebidos ou omitindo fatos e informações na tentativa de minimizar os graves problemas de ciúme, o que geralmente pioram o quadro.

Sentem um grande desejo de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do companheiro(a);

Preocupação excessiva com relacionamentos anteriores

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Afinal, o que é ciúmes?

O ciúmes é uma emoção humana extremamente comum, senão universal,

podendo ser difícil a distinção entre o ciúme normal e o patológico.

Ciúme seria um conjunto de emoções desencadeadas por sentimentos de

alguma ameaça à estabilidade ou qualidade de um relacionamento íntimo

valorizado.

Definições- tem em comum 3 elementos:

Ser uma reação frente a uma ameaça percebida;

Haver um rival real ou imaginário;

A reação visa eliminar os riscos da perda do objeto amado.

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Ciúme sempre existiu com diferentes facetas

A maneira como o ciúme é visto tem variações importantes nas diferentes culturas e épocas. Assim, no século XIV relacionava-se a paixão, devoção e zelo à necessidade de preservar algo importante, sem as conotações pejorativas de possessividade e desconfiança.

Nas sociedades monogâmicas o ciúme se associa à honra moral sendo até um instrumento de proteção familiar.

Imperativo biológico ou uma adaptação à necessidade de ciência da paternidade- Tínhamos a ênfase à fidelidade feminina e a aceitação da infidelidade masculina.

Sociedades modernas o ciúmes é visto de forma positiva (aceito) como sinal de amor e cuidado

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Ciúme mórbido ou patológico O conceito de ciúme mórbido ou

patológico, também chamado de

Síndrome de Otelo, em referência

ao romance shakespeariano

escrito em 1964 compreende

várias emoções e sentimentos

irracionais e perturbadores,

acompanhados de

comportamentos inaceitáveis ou

bizarros .

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Síndrome de Otelo devido ao romance shakespeariano escrito em 1964, “Otelo – O Mouro de Veneza”, o ciúme nesta belíssima obra é considerado como “o mostro dos olhos verdes”. Na história o protagonista Otelo compreende várias emoções e pensamentos irracionais e perturbadores, além de comportamentos inaceitáveis.

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Ciúme patológico No Ciúme Patológico várias emoções são experimentadas, tais como a ansiedade,

depressão, raiva, vergonha, insegurança, humilhação, perplexidade, culpa, aumento do desejo sexual e desejo de vingança. Haveria, clara correlação entre autoestima rebaixada, consequentemente a sensação de insegurança e, finalmente o ciúme. O portador de Ciúme Patológico é um vulcão emocional sempre prestes à erupção e apresenta um modo distorcido de vivenciar o amor, para ele um sentimento depreciativo e doentio. Essa pessoa com ciúme patológico seriam extremamente sensíveis, vulneráveis e muito desconfiados, com autoestima muito rebaixada e tendo como defesa um comportamento impulsivo, egoísta e agressivo.

As estatísticas policiais sobre as vítimas do Ciúme Patológico normalmente estão distorcidas, tendo em vista o fato das mulheres raramente darem queixa das agressões que sofrem por esse motivo.

O Ciúme Patológico pode até motivar homicídios e muitas dessas pessoas sequer chegam aos serviços médicos. Para Palermo (1997), a maioria dos homicídios seguidos de suicídio são crimes de paixão, ou seja, relacionados à ideias delirantes de Ciúme Patológico. São, geralmente, crimes cometidos por homens com algum problema psicoemocional, desde transtornos de personalidade, alcoolismo, drogas, depressão, obsessão, até a franca esquizofrenia.

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Ciúme patológico: cultivador da infelicidade

Ciúme cria quadros exagerados, fomentando a desconfiança;

Atesta a desconfiança, destrói relacionamentos – pois instaura um clima permanente de tensão.

Ciúme altera a correta visão dos fatos, dá importância superlativa a pequenos atrasos, desejos não atendidos, a falhas humanas: esquecimentos de datas e compromissos a dois etc.

Azeduma o ambiente, envenena a alma e desassossega o pensamento.

Coloca óculos escuros na visão mental.

HISTÓRIA: QUALQUER SEMELHANÇA NÃO É MERA COINCIDÊNCIA ...

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Vaidade

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Vaidade – apego aos bens terrenos

O vaidoso tem dificuldade em admitir quando erra, mesmo sendo isso evidente.

Ele não consegue perceber a grandeza que existe em admitir um equívoco. Que

é mais louvável retificar o próprio caminho do que persistir no erro.

A vaidade também dificulta o processo de perdoar. O vaidoso considera muito

importante a própria personalidade. Por conta disso, todas as ofensas que lhe

são dirigidas são gravíssimas. Já os prejuízos que causa aos outros são sempre

pequenos. Afinal, considera o próximo invariavelmente mais insignificante do

que ele próprio.

A criatura acometida de vaidade dá-se uma importância desmedida. Imagina

que os outros gastam horas refletindo sobre seus feitos. Por conta disso, sente-

se compelida a parecer cada vez mais evidente. Como todo vício moral, a

vaidade impede uma apreciação precisa da realidade. Quem porta esse defeito

não percebe que apenas se complica, ao cultivá-lo. Que seria muito mais feliz

ao viver com simplicidade.

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Reflita – cada um de nós

Você reconhece facilmente seu erros?

Elogia as virtudes e os sucessos alheios?

Quando se filia a uma causa, o faz por ideal ou para aparecer?

Admite quando a razão está com os outros?

Caso se reconheça vaidoso, tome cuidado com seus atos.

A vaidade é um peso a ser carregado ao longo do tempo

Simplifique sua vida, valorize o próximo, admita os próprios equívocos,

pois abrindo mão da vaidade sua vida será bem melhor e mais

prazerosa.

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Vaidade Física

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e assim vamos traçando para nós caminhos que nos levam a tristeza e a solidão, porque nos tornamos vazios dos sentimentos mais nobres porque perdemos tempo demais cultuando a beleza exterior e nos esquecemos de alimentar e cultivar em nossos corações a beleza de nossos bons sentimentos e ações.

A vaidade física, nos escraviza e nos engana, dando-nos a impressão que a beleza exterior nos favorece dentro do núcleo em que vivemos

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Vaidade Física

A vaidade física exagerada é o que mais se vê. As pessoas andam

exagerando com relação a sua aparência e esquecem o primordial, que é a

saúde.

Culto ao corpo:

Automedicação: Remédios para emagrecer – descontroladamente – se

receita;

Malhação dia e noite – as pessoas estão virando mercadoria, um produto

Onde na verdade deveria se valorizar é o ser humano.

Não é a toa que se tem tanta gente doente, com as famosas dietas

milagrosas, pois causam dependência.

O que fazer?

Fazer exercícios regulares e moderados;

Alimente-se bem.

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Comer bem para viver melhor

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Explique e mostre que ser criança é mais importante do que a vaidade física

Devemos tomar muito cuidado com o que estamos programando para nosso corpo físico, pois nossas ações refletem em nosso corpo espiritual. O qual deve estar equilibrado.

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História de um pão ... A prática da caridade e os seus reflexos na benção da Reencarnação

Quando Barsabás, o tirano, demandou o reino da morte, buscou debalde reintegrar-se no grande palácio que lhe servira de residência.

A viúva, alegando infinita mágoa, desfizera-se da moradia, vendendo-lhe os adornos.

Viu ele, então, baixelas e candelabros, telas e jarrões, tapetes e perfumes, joias e relíquias, sob o martelo do leiloeiro, enquanto os filhos querelavam no tribunal, disputando a

melhor parte da herança.

Ninguém lhe lembrava o nome, desde que não fosse para reclamar o ouro e a prata que doara a mordomos distintos.

E porque na memória de semelhantes amigos ele não passava, agora, de sombra, tentou o interesse afetivo de companheiros outros da infância…

Todavia, entre estes encontrou simplesmente a recordação dos próprios atos de malquerença e de usura.

Barsabás entregou-se às lágrimas de tal modo, que a sombra lhe embargou, por fim, a visão arrojando-o nas trevas…

Vagueou por muito tempo no nevoeiro, entre vozes acusadoras, até que um dia aprendeu a pedir na oração, e, como se a rogativa lhe servisse de bússola, embora caminhasse às

escuras, eis que, de súbito, se lhe extingue a cegueira e ele vê, diante de seus passos, um santuário sublime, faiscante de luzes.

Milhões de estrelas e pétalas fulgurantes povoavam-no em todas as direções.

Barsabás, sem perceber, alcançara a Casa das Preces de Louvor, nas faixas inferiores do firmamento.

Não obstante deslumbrado, chorou, impulsivo, ante o ministro espiritual que velava no pórtico. Após ouvi-lo, generoso, o funcionário angélico falou sereno:

- Barsabás, cada fragmento luminoso que contemplas é uma prece de gratidão que subiu da Terra.

- Ai de mim – soluçou o desventurado – eu jamais fiz o bem.

- Em verdade – prosseguiu o informante -, trazes contigo, em grandes sinais, o pranto e o sangue dos doentes e das viúvas, dos velhinhos e órfãos indefesos que despojaste, nos

teus dias de invigilância e de crueldade; entretanto. tens aqui, em teu crédito, uma oração de louvor…

E apontou-lhe acanhada estrela, que brilhava à feição de pequenino disco solar.

- Há trinta e dois anos -disse, ainda, o instrutor -,deste um pão a uma criança e essa criança te agradeceu, em prece ao Senhor da Vida.

Chorando de alegria e consultando velhas lembranças, Barsabás perguntou:

- Jonakim, o enjeitado?

- Sim, ele mesmo -confirmou o missionário divino. -Segue a claridade do pão que deste, um dia, por amor, e livrar-te-ás, em definitivo, do sofrimento nas trevas.

E Barsabás acompanhou o ténue raio do ténue fulgor que se desprendia daquela gota estelar, mas, em vez de elevar-se às Alturas, encontrou-se numa carpintaria humilde da

própria Terra.

Um homem calejado aí refletia, manobrando a enxó em pesado lenho…

Era Jonakim, aos quarenta de idade.

Como se estivessem os dois identificados no doce fio de luz, Barsabás abraçou-se a ele, qual viajante abatido, de volta ao calor do lar…

Decorrido um ano, Jonakim, o carpinteiro, ostentava, sorridente, nos braços, mais um filhinho, cujos louros cabelos emolduravam belos olhos azuis.

Com a bênção de um pão dado a um menino triste, por espírito de amor puro, conquistara Barsabás, nas Leis Eternas, o prémio de renascer para redimir-se.

Irmão X (pseudónimo de Humberto de Campos)

in “Luz no Lar” psicografado por Francisco Cândido Xavier

Pequenas Notas Biográficas: Humberto de Campos

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abril/2013 Reforma Íntima