Despedidas em Belém e Velho do Restelo

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Despedidas em Belém & O Velho do Restelo Os Lusíadas Por: P. A., E. M.J., M. C.O. Ppt de apoio a apresentação oral

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Despedidas em Belém &

O Velho do Restelo

Os Lusíadas

Por: P. A., E. M.J., M. C.O.

Ppt de apoio a apresentação oral

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Leitura do TextoCanto IV

Despedidas em Belém – Estofes 84 – 93O Velho do Restelo – Estrofes 94 – 104

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IntroduçãoDespedidas em Belém

(estrofes 84 – 86)Estrofe 84:o Localização da acção é no porto da ínclita Ulisseia (Belém,

Lisboa)o Preparação das naus o Caracterização dos marinheirosEstrofe 85:o Descreve os vestuários dos navegadoreso Descrição das nauso Naus prometem levar os marinheiros à imortalidadeEstrofe 86:o Preparação espiritual dos marinheiros (oração e pedido de

auxílio)o Estão a preparar a alma para a morte

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DesenvolvimentoDespedidas em Belém

(estrofes 87 – 92)Estrofe 87:o Os navegadores saem da igreja de Nossa Sra. de Belém,

com muita ansiedade.Estrofe 88:o Descrição da multidão no dia da partida, entre eles havia os

parentes, os amigos, e todos já estão tristes e com saudade.o Vinham os navegadores com os religiosos, a rezarem.Estrofe 89:o O povo não acreditava no sucesso desta viagem, já que

pensavam que nunca mais, os iam ver. (Estavam “perdidos”)

o Homens, mães, esposas, e irmãs estavam tristes de “de já nos não tornar a ver tão cedo”

Estrofe 90:o Uma mãe, triste, amargurada tenta persuadir o filho a ficar,

e não partir na viagem. (chantagem psicológica)

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DesenvolvimentoDespedidas em Belém

(estrofes 87 – 92)

Estrofe 91:o Uma esposa, está muito triste ao ver que o seu esposo vai

partir por mares tão perigosos. A vida do esposo não é só dele, ele tem uma responsabilidade pela vida dos dois.

o Ela está mais zangada que triste porque vai ficar desamparada e sozinha enquanto o esposo vai navegar.

Estrofe 92:o Está toda a gente a chorar e muito triste. o Passa para um plano mais geral e hiperboliza-se as

emoções – os montes se emocionam.

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ConclusãoDespedidas em Belém

(estrofe 93)

Estrofe 93: o Os navegadores estavam com a vista baixa porque não

queriam olhar e enfrentar a multidão a chorar para não ficarem ainda mais tristes e, quem sabe, desistirem da viagem.

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Despedidas em Belém Figuras de Estilo

Estrofe

figura de Estilo Exemplo

84 Perífrase “Porque a gente marítima e a de Marte”

86 Perífrase “ Que sempre as nautas ante os olhos anda/ Pera o sumo Poder, que a etérea Corte”“Depois de aparelhados, desta sorte / aparelhámos a alma pera a morte”

85 Personificação e Comparação

“Elas prometem, vendo os mares largos / De ser no Olimpo estrelas como a de Argos”

87 Perífrase “Partimo-nos assi do santo templo / Que nas praias do mar está assentado” (Igreja) “Que o nome tem da terra, pera exemplo / Donde Deus foi em carne ao mundo dado.”

87 Anáfora “ Que nas praias do mar está assentado,/ Que o nome tem da terra, pêra exemplo,”

87 Apóstrofe “ Certifico-me, ó Rei, que, se contemplo”

89 Enumeração “Mães, Esposas, Irmãs, que o temeroso”

90 Apóstrofe “ Qual vai dizendo: - “ó Filho, a quem eu tinha”

90 Dupla Adjectivação

“ Que em choro acabará, penoso e amaro”

90 Anáfora “ Porque me deixas, mísera e mesquinha?/ Porque de mim te vás, ó filho caro”

91 Apóstrofe/ Dupla Adjectivação

“ Qual em cabelo:” “ó doce e amado esposo”

91 Aliteração e Pergunta Retórica

“Quereis que com as velas leve o vento?”

92 Personificação “A branca areia as lágrimas banhavam,/ Que em multidão co elas se igualavam.”

93 Sinédoque “A Mãe, nem a Esposa” Nomes singulares, a representarem o plural, porque estão a representar a todas.

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Leitura do TextoCanto IV

Despedidas em Belém – Estofes 84 – 93O Velho do Restelo – Estrofes 94 – 104

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IntroduçãoO Velho do Restelo

Estrofe 94:o Descrição do Velho e onde ele se situa (Restelo, entre

a multidão)o Descrição da sua fúria que é hiperbolizada. o Ele está aborrecido e prepara-se para falar.o O velho do Restelo olha para os navegadores com um

olhar desapontado e abana a cabeça de um lado ao outro como a dizer que não.

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Discurso do VelhoO Velho do Restelo

Estrofe 95:o Não existe fama nem honra mas só vaidade.o As pessoas que sofrem mais nestas viagens são os que ficam para

trás e lamentam mais do que os navegadores.Estrofe 96:o O velho diz que, com esta viagem, muitos navegadores vão estar

com a alma inquieta, e promovem-se adultérios.o O povo português não vai ganhar nenhuma fama e/ou glória com

esta viagem.Estrofe 97:o Com esta viagem, irão acontecer muitas mortes e desastreso Não haverá fama, histórias, triunfos, nem palmas ou vitórias com

esta navegação.Estrofe 98:o A nova geração é insana, pecadora e desobediente.o O reino desperdiça as tristes vidas dos navegadores.Estrofe 99:o O povo está a perseguir uma estúpida fantasia.o Ele pensa que as pessoas deviam estimar a sua vida em vez de

desprezá-la.

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Discurso do VelhoO Velho do Restelo:

Estrofe 100:o Ele pensa que a religião (a fé Cristã) devia ser espalhada

no Norte de África, pois ficaria mais perto, fácil e baratoEstrofe 101:o Portugal deveria ignorar um inimigo próximo (os Mouros),

para poder controlá-lo com mais facilidadeo O povo não deveria ir buscar inimigos de longe.

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Discurso do VelhoO Velho do Restelo:

Estrofe 102:o O povo não têm juízo e toma estas decisões irracionais.o A viagem nunca dará fama, nem memória ou glória.o Maldiz o inventor do primeiro barco que supostamente

merece estar no inferno.o Ele diz que os descobrimentos só trarão problemas.Estrofe 103 e 104:o O velho relaciona a ousadia dos Portugueses com figuras

mitológicas: Prometeu e Ícaro, que ousaram ir além dos seus limites para conquistar o fogo e o ar e foram severamente castigados.

o Em conclusão, o descontentamento do ser humano é uma “Estranha condição” que pode conduzir á desgraça.

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O Velho do Restelo:Figuras de Estilo

Estrofe

Nome da figura de Estilo

Exemplo

94 Sinédoque “Que ficava nas praias, entre a gente” Praias; plural para representar uma parte.

94 Hipérbole “Que nós no mar ouvimos claramente”

95 Apóstrofe “-Ó glória de mandar ó vã cobiça”

96 Anáfora “Chamam-te ilustre, chamam-te subida!”

96 Enumeração “De fazendas, de reinos e de impérios!”

97 Perguntas retóricas Estrofe 97

97 Anáfora/Enumeração “Que famas lhe prometerás? Que histórias? / Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?”

98 Apóstrofe “Mas ó tu, geração daquele insano”

98 Dupla Adjectivação “Da quieta e da simples inocência”99 Dupla Adjectivação “Já que à bruta crueza e feridade”102 Perífrase “Nas ondas velas pós em seco lenho!” - barco100 Perguntas retóricas Estrofe inteira103 Exclamação …104 Exclamação …

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Canto IVEstrofes 84 a 104Versos decassilábicosRima é cruzada e emparelhada – abababcc Estrofes são oitavas

Estrutura Externa

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Despedidas em BelémPlano da História de PortugalEste episódio não pertence a uma categoria específica, mas como expressa emoções como a tristeza e a revolta aproximam-se da categoria lírica.

O Velho do ResteloPlano da Intervenção do Poeta (segundo António José Saraiva, a voz do Velho é a voz do próprio Camões – que apesar de engrandecer a viagem de Gama também a critica, dando espaço àqueles que prefeririam outra opções expansionistas).

Estrutura Interna

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Despedidas em Belém:• As naus estão para desembarcarem do Rio Tejo, em

Belém, para a longa viagem à Índia a data é 8 de Junho, 1497.

Vasco da Gama foi o comandante das naus e desta viagem.

O Velho do Restelo: A personagem “Velho do Restelo” deu origem a uma

expressão idiomática usada para descrever uma pessoa muito conservadora e que não gosta de mudanças.

Informações históricas e outras

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Narrador:O Narrador é Vasco da Gama e está a contar a história ao Rei de Melinde. O narrador é participante porque Vasco da Gama também partiu de Belém. O narrador é subjectivo porque ele descreve os navegadores, os que ficam, as naus, e o Velho do Restelo.

Narratário: O narratário é o Rei de Melinde, porque Vasco da Gama está a contar-lhe a história.

Informações Sobre Narração

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1. Porque é que numa epopeia, Camões apresenta “O Velho do Restelo”?

2. E “Despedidas em Belém”?

3. De que forma é que o narrador difere neste episódio?

Questões para reflectir:

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Bibliografia:Pinto Pais, A. Os Lusíadas, Luís de Camões – Edição escolar, Areal Editores, 5ª ed.

Cabral, A. S. Camões épico – Introdução à leitura de “Os Lusíadas”, Edições Sebenta.