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DESOBSESSÃO E MEDIUNIDADE EXPLICADAS

Capa: Equipe O ClarimProjeto gráfico: Equipe O ClarimRevisão: Lúcia Helena Lahoz Morelli

Todos os direitos reservados© Casa Editora O Clarim(Propriedade do Centro Espírita O Clarim)Rua Rui Barbosa, 1070 — Centro — Caixa Postal 09CEP 15.990-903 — Matão-SP, BrasilFone: (16) 3382-1066 — Fax: (16) 3382-1647CNPJ: 52.313.780/0001-23Inscrição Estadual: 441.002.767.116www.oclarim.com.br | [email protected]/casaeditoraoclarim

FICHA CATALOGRÁFICA

Rubens Omar BaranowskiDesobsessão e Mediunidade Explicadas1ª edição: agosto/2015 – 6.000 exemplaresMatão/SP: Casa Editora O Clarim320 páginas – 14 x 21 cm

ISBN – 978-85-7357-141-7 CDD – 133.9

Índice para catálogo sistemático:

133.9 Espiritismo133.901FilosofiaeTeoria133.91 Mediunidade133.92 Fenômenos Físicos133.93 Fenômenos Psíquicos

Impresso no BrasilPresita en Brazilo

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Dedico este livro:

À minha amada esposa Lúcia.

E agradeço:

Ao meu grande amigo Nestor Benatti pelo incentivo nesta obra.

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Sumário

1a Parte - Médiuns e mediunidades .......................................... 11

Capítulo I - Introdução ..................................................................... 13

Capítulo II - Mecanismo de contato ...............................................19

Capítulo III - Antiga, sim, porém muito atual ................................ 25

Capítulo IV - Tipos de mediunidades e adestramento mediúnico .................................................................. 29

Capítulo V - Fluidos ........................................................................... 35

V(a)- Fluidos espirituais: ............................................................37V(b)- Fluidos do perispírito: ......................................................37V(c)- Fluido vital: .........................................................................38

Capítulo VI - Os nossos corpos ........................................................41

VI(a)- O corpo mental ................................................................ 41VI(b)- O corpo perispirítico ou perispírito .............................42VI(c)- O corpo vital ou duplo etérico ......................................42

Capítulo VII - Centros de forças ou chacras .................................45

VII(a)- Coronário ......................................................................... 46VII(b)- Frontal ............................................................................. 46VII(c)- Laríngeo ........................................................................... 47

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VII(d)- Cardíaco ........................................................................... 48VII(e)- Esplênico .......................................................................... 49VII(f)- Gástrico ............................................................................. 49VII(g)- Genésico .......................................................................... 50

Capítulo VIII - Classificação da mediunidade pelos seus efeitos e a influência moral do médium ........................................ 53

VIII(a)- Psicografia .......................................................................53VIII(b)- Desdobramento ............................................................53VIII(c)- Psicofonia ........................................................................ 54VIII(d)- Psicometria ................................................................... 54VIII(e)- Vidência .......................................................................... 54VIII(f)- Audiência .......................................................................... 54VIII(g)- Intuição .......................................................................... 54VIII(h)- Escrita direta .................................................................. 55VIII(i)- Voz direta .......................................................................... 56VIII(j)- Materialização .................................................................. 56VIII(k)- Transporte ....................................................................... 56VIII(l)- Bicorporalidade ............................................................. 56VIII(m)- Levitação ........................................................................ 56VIII(n)- Sematologia ................................................................... 56VIII(o)- Transfiguração ................................................................ 57VIII(p)- Bilocação ....................................................................... 57VIII(q)- Tiptologia ........................................................................ 57

Capítulo IX - O processo mediúnico e a sintonia ........................61

Capítulo X - As dificuldades do animismo: os prós e os contras..........................................................................................69

Capítulo XI - Efeitos físicos ...............................................................79

XI(a)- Tiptologia e sematologia ................................................ 81XI(b)- Materialização, transfiguração e bilocação ................ 84

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XI(c)- Levitação, bicorporalidade e voz direta ...................... 85XI(d)- Transporte ......................................................................... 87

Capítulo XII - Efeitos morais ............................................................89

XII(a)- Psicografia ........................................................................ 89XII(a1)- A psicografia mecânica ........................................ 90XII(a2)- Psicografia semimecânica .................................... 91XII(a3)- Psicografia intuitiva .............................................. 91

XII(b)- Desdobramento ............................................................. 92XII(b1)- Inconsciente .........................................................93XII(b2)- Semiconsciente .................................................... 94XII(b3)- Consciente ............................................................ 94XII(b4)- Voluntário ............................................................... 94XII(b5)- Provocado .............................................................. 95

XII(c)- Psicofonia ......................................................................... 95XII(d)- Psicometria ...................................................................... 96XII(e)- Vidência ............................................................................ 97XII(f)- Audiência .........................................................................99XII(g)- Intuição ...........................................................................100

Capítulo XIII - O médium passista .................................................105

Capítulo XIV - Mediunidade de cura ............................................ 109

2a Parte - Construindo um grupo mediúnico ....................... 117

Capítulo XV - Formação ................................................................. 119

Capítulo XVI - O esclarecedor ou operador do grupo ........... 135

Capítulo XVII - Os guias ou mentores espirituais do grupo ...157

Capítulo XVIII - Os espectadores ..................................................165

Capítulo XIX - Dormindo em serviço ..........................................171

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Capítulo XX - O grupo mediúnico e a obsessão ........................175

Capítulo XXI - O atendimento .......................................................181

3a Parte - Esclarecimentos ....................................................... 185

Capítulo XXII - “Aneurisma” ......................................................... 189

Capítulo XXIII - “Tô sabendo, mano” ........................................... 195

Capítulo XXIV - “Maria” .................................................................. 203

Capítulo XXV - “Minha melhor amiga” ........................................ 211

Capítulo XXVI - “Zé das Trevas” .................................................... 217

Capítulo XXVII - “Tô morto, eu sei que tô” ................................ 225

4a Parte - Desobsessão .............................................................235

Capítulo XXVIII - O grupo mediúnico (de fato) ........................ 237

Capítulo XXIX - A armadura impenetrável ................................. 243

Capítulo XXX - Parasita ...................................................................249

Capítulo XXXI - Círculo vicioso ..................................................... 255

Capítulo XXXII - Faça você mesmo o seu próprio “demônio” .......................................................................... 263

Capítulo XXXIII - Um caso diferente ............................................ 285

Capítulo XXXIV - Não adianta disfarçar, eu a conheço por dentro .........................................................................................309

Capítulo XXXV - Epílogo ................................................................ 317

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1a Parte - Médiuns e mediunidades

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Capítulo I

Introdução

Há muito tempo que eu percebo, nas reuniões mediúnicas

em que dou assistência, certas dúvidas nos trabalhadores em rela-

ção ao trato da mediunidade, como faculdade inerente a cada ser

humano. Dúvidas essas que chegam mesmo a perturbar o anda-

mento dos trabalhos.

A maioria dos trabalhadores espíritas encarnados não possui o

conhecimento básico do processo, como também, e por incrível que

pareça, alguns não têm sequer interesse em ler O Livro dos Médiuns

de Kardec. Ou mesmo, quando o leem, não o entendem ou o enten-

dem parcialmente, e com sacrifício. Talvez pelas particularidades da

linguagem adotada pelos tradutores do livro, ou por sua forma de ex-

planação, o entendimento, para essas pessoas, torna-se inacessível, ou

elas se sentem impossibilitadas de entender a leitura, mesmo estudan-

do em grupo.

Longe de querer tentar melhorar O Livro dos Médiuns, mas vi-

sando somente tentar explanar a mediunidade da forma mais simples

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possível, e evitando ao máximo usar termos complicados ou “chi-

ques”, pretendo, com este livro, facilitar a vida de quem trabalha com

a mediunidade nos Centros Espíritas ou Espiritualistas (os que não

seguem a Doutrina Espírita), mostrando as coisas de um ponto de

vista mais prático e de forma bem mais simples. Vejamos o que diz a

questão número 567 do L.E. (O Livro dos Espíritos) que, diga-se de

passagem, exprime a maioria das dificuldades nos trabalhos mediúni-

cos. Vamos a ela:

567. Costumam os espíritos imiscuir-se em nossos prazeres

e ocupações?

Poucas pessoas, quando leem esse livro, se apercebem das reais

implicações dessa questão extremamente pertinente aos trabalhos medi-

únicos. Observe principalmente o conteúdo da pergunta: Se os espíritos

imiscuem-se, ou seja, se eles se metem, se eles interferem em nossas

atividades, sejam elas prazerosas ou dedicadas ao dever. Observe, ago-

ra, a resposta:

R- “Os espíritos vulgares costumam. Esses os rodeiam cons-

tantemente e com frequência tomam parte muito ativa no que fazeis,

de conformidade com suas naturezas. Cumpre assim aconteça, por-

que, para serem os homens impelidos pelas diversas veredas da vida,

necessário é que se lhes excitem ou moderem as paixões”.

A Alta Espiritualidade respondeu da forma mais clara pos-

sível a Kardec. Vamos examinar em partes: “Os espíritos vulga-

res costumam…”.

Mas… O que são espíritos vulgares? Vulgar significa banal,

comum, corriqueiro ou mesmo ordinário. Ou seja, espíritos vulga-

res representam a maioria esmagadora dos espíritos de nosso planeta.

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Isso mesmo, a maioria de nós, encarnados ou não, somos espíritos

ainda de muito baixa elevação moral. Basta se aperceber a revolta,

ocasionada por orgulho, de quem é assim chamado. Somos vulgares

e comuns, como a maioria das pessoas que habitam este mundo de

provas e expiações. Continuando: “(…) Esses os rodeiam constan-

temente e com frequência tomam parte muito ativa no que fazeis, de

conformidade com suas naturezas”.

A Espiritualidade diz a Kardec: “os rodeiam constantemente”.

Quem rodeia a quem constantemente? Ora, são os espíritos vulgares

que rodeiam os encarnados e que frequentemente influenciam cada

encarnado, de forma muito ativa, em tudo o que faz.

Mas agora é que fica interessante: A Espiritualidade Superior,

também diz: “(…) de conformidade com as suas naturezas”. Então,

se os espíritos têm uma determinada natureza, boa ou má, séria ou

leviana, atraem para si espíritos conformes à sua natureza. Assim, se

fizermos algo com má intenção ou leviandade, atrairemos maus espí-

ritos – e entenda-se, aqui, por “maus espíritos” aqueles ainda apega-

dos ao mal por se encontrarem atrasados em seus conhecimentos e em

sua moral. Se nos dedicarmos a alguma tarefa com afinco, seriedade

e boas intenções, espíritos de grande elevação irão se aproximar de

nós e, com isso, os vulgares se afastarão pela simples presença desses

espíritos elevados, garantindo, assim, um bom trabalho. Mas o que

isso tem a ver com mediunidade? Ora, tudo.

Nem é necessário que seja em um centro espírita: basta que

um grupo de amigos se reúna com a intenção de se comunicar com o

Plano Espiritual. Mas… qual a causa dessa reunião? Se ela for digna;

se houver uma séria propensão a manter um trabalho de socorro e

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caridade aos desencarnados que sofrem; se existir seriedade inques-

tionável quanto à verdadeira motivação interior de cada integrante do

grupo; se antes de iniciar os trabalhos todos orarem com fervor ao Pai

Celestial e também à Alta Espiritualidade, que em verdade é a sua

mensageira, pedindo orientação e, principalmente, proteção – nesse

caso, podem ter certeza de que esse grupo, mesmo iniciante, terá a

necessária assistência espiritual o tempo todo.

Mas não se iluda, caro leitor. Caso a motivação dos compo-

nentes desse grupo seja a mera curiosidade; caso não haja a seriedade

devida, nem preocupação em auxiliar o desencarnado sofredor; ou

mesmo se o desejo íntimo foi obter comunicações fúteis, pode ter cer-

teza de que espíritos zombeteiros, malévolos ou até mesmo trevosos

estarão ao lado de cada membro desse grupo. Principalmente ao lado

daqueles que se dizem médiuns ostensivos e não o são. E, acredite,

esses espíritos dominarão esse pequeno grupo com muita facilidade e

será muito difícil desvencilhar-se deles depois.

Então, conforme reza muito bem essa questão do L.E., as ver-

dadeiras intenções não são as que estão no semblante da pessoa ou no

que ela diz, mas sim as que estão no fundo de seu coração, que é o que

realmente conta para o Plano Espiritual.

Este pequeno compêndio de mediunidade de forma alguma

pretende se tornar um tratado sobre o assunto, mesmo porque O Li-

vro dos Médiuns já ocupa esse posto e dificilmente poderá, algum

dia, ser destituído dele. Mas pode dar aos iniciantes, e mesmo aos

“veteranos”, um rumo para que possam formar seus grupos de ajuda

aos desencarnados.

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A mediunidade deriva disso: a pessoa dotada desse dom, de for-

ma ostensiva, é um mediador. Um mediador entre o Plano Espiritual

e o plano material. E isso é coisa bem antiga, muito mais antiga que

o Espiritismo. Kardec apenas enumerou e organizou os ensinamentos

dos espíritos, durante mais ou menos 12 anos de sua vida atarefada.

Tal organização tomou então a forma de uma doutrina, hoje seguida

por inúmeras pessoas em praticamente todo o globo. Uma vez tendo

as suas leis e os seus procedimentos organizados, a Doutrina Espírita,

apesar de relativamente recente (1857), torna-se também uma filo-

sofia de vida originada do Plano Espiritual. Tudo o que provém da

mediunidade torna-se, então, a partir da Doutrina Espírita, mais claro

e confiável.

A comunicação com o Plano Espiritual não é coisa “inventada”

por Kardec. Existe desde que o hominídeo se tornou um ser humano,

ou seja, quando a espécie humana passou a ter os seus corpos ani-

mados por espíritos dotados de livre-arbítrio. As religiões, de uma

forma ou de outra, afirmam tais comunicações. De onde você acha

que Moisés tirou os Dez Mandamentos? Foi o primeiro ato mediúnico

oficialmente registrado. Já pensou nisso?