Deslizamentos - Geologia

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  • 7/23/2019 Deslizamentos - Geologia

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    Instituto Federal de Ciencia e Tecnologia do Cear

    Geologia Aplicada Engenharia Civil

    Professor Dr. Marcos Porto

    Tibrio Vieira Sampaio

    Ocorrncias de Deslizamentos no Brasil e no Mundo

    Introdu!"o

    Os Deslizamentos de encostas tm aumentando consideravelmente nas ultimas dcadas,

    principalmente nos centros urbanos dos pases denominados emergentes. Tal fato est relacionado

    ao crescimento desordenado e a construo de casas em zonas de risco. Os deslizamentos

    constituem riscos da natureza, ue provocam conseuncias graves como o bloueio de vias de

    circulao, o soterramento de casas , alterao da paisagem urbana e, principalmente, a ocorrncia

    de vitimas fatais.

    !i"#amn e Timberla#e $%&'() falam ue as causas dos acidentes esto sendo alteradas, dadaue sua origens podem se dever a acontecimentos naturais, mas, atualmente, devem*se a

    +acontecimentos sociais e polticos, freuentemente evitveis.

    # Estudo de Casos

    #. Favela do $ritador

    - avela do /ritador compreende uma e0tensa poro de encosta de morro, cu"a vertente,

    ocupada predominantemente por populao de bai0a renda, est voltada para o 12rrego do 1apivari

    na poro central da cidade de 1ampos do 3ordo. - encosta no formato de uma rampa de alta

    declividade natural e com detal4es erosivos formando algumas grotas ou anfiteatros restritos de

    drenagem, apresentando amplitude5 topogrficas de at %66 m.

    7a rea do 8orro do /ritador, as situa9es de risco de acidentes de escorregamentos podem

    ser subdivididas em uatro categorias, segundo relat2rio do :;To movimentos demassa deflagrados pela convergncia das aguas pluviais em direo ao ei0o central de

    drenagem no fundo do vale.

    -cidentes decorrentes de escorregamentos planares de porte mdio a grande, em por9es de

    ruptura de declive associados a taludes de corte de alturas e0cfessivas, em trec4os da poro

    mdia e inferior das encostas.

    >egundo 1arval4o $?66@), o /airro /ritador sofreu grande interferncia antr2pica devido =

    ocupao desordenada e a e0istncia de uma pedreira ue e0istiu entre os anos de %&?' e

    %&AB. - e0trao 8ineral por meio de e0plosivos, bem como a ausncia de um pro"eto

    ambiental para minerao, ue contemplasse medidas mitigat2rias e compensat2rias sobre a

    ao de impacto geraram no terreno do entorno da rea de e0trao diversas trincas, fissurase eros9es, comprometendo sua estabilidade fsica e capacidade ocupacional.

    Csta Ocupao desordenada agravou ainda mais a situao de risco atravs de seus

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    diversos aspectos, tais como desmatamento e supresso vegetal, ausncia de sistemas de

    saneamento, drenagem deficitria e movimentao de solos.

    -lm dos escorregamentos ue ocorreram em anos anteriores, a encosta apresenta

    evidencias de moviemtao bastante preocupantes. 7o ms de 3aneiro do ano ?666, com a

    ocorrncia de uma precipitao de mais de 66 mm em apenas uatro dias, ocorreu na area

    um grande desmoronamento ocasionando a desocupaode mais de @66 resisdencias. 1om a

    conseuente gerao de desabrigrados.

    #. %erra da Prata & Paran

    - partir de -nlises de campo, pEde*se constatar ue a elevada pluviosidade em

    con"unto com as caractersticas geol2gicas, geomorfol2gicas e pedol2gicas da regio,

    desencadeou um processo intenso de movimentos de massa, resultando em alguma

    altera9es no ambiente natural ue tambm afetou diretamente a populao dei0ando

    grandes pre"uzos socio*economicos.

    >olo, roc4a e material composto, assim como parte da vegetao foram arrastados

    vertente abai0o pelo e0cesso de gua, aliado = fora da gravidade, considerando ue nessa

    rea as vertentes so significativamente ingrimes. - paisagem do local foi modificada,ficando visveis, entre outras< o assoreamento, desvio e alargamento do canal fluvialF

    alterao na profundidade e vazo dos corpos dGaguaF alterao na geometria e declividade

    do terreno e na cobertura vegetal.

    >ob o ponto de vista de discusso conceitual e classificao dos movimentos

    ocorridos, a consulta ao referencial teorico*especifico, referente = tematica abordada, em

    con"unto com as observa9es de campo, indicaram uma combinao de processo em ue,

    eventualmente, um foi responsvel por deflagrar outro. Diante dos indices pluviometricos

    significativos registrados em apro0imadamente ? 4oras 4ouve o comprometimento da

    estabilidade das encostas, sobretudo nas cabeceiras de frenagem, com vertentes ingrimes. O

    solo pouco desenvolvido, saturado deslizou, concomitantemente, ou em processos

    sucessivos de desprendimentos e rolamentos de blocos, praticamente preenc4endo o fundo

    do vale, no alto mdio curso e parte da planicie de inudao, formando grandes dep2sitos

    coluvios*aluvionares atuais.

    #.' $ada(hshan & Afeganist"o

    Devido ao alto nvel pluviomtrico na regiso, a provncia de /ada#4s4an, ue fica

    na regio mais remota e montan4osa do -feganisto e faz fronteira com o Ta"iuisto, 14ina

    e ;uisto, sofreu um grande deslizamente de massa no dia @ de maio de ?6%, cerca de @66

    casas foram soterradas e outras A66 foram atingidas por uma +avalanc4e de lama e pedra,de acordo no o "ornal //1. Cstima*se ue o deslizamento dei0ou mais de ?666 mortos.

    #.) %(ardu * Afeganist"o

    - regio do norte do ;auisto, foi afetada pelas c4uvas torrenciais ue atingiram o

    pas nauele ano, ?6%6, deslizamentos de pedras atingiram a famosa provincia de Hilgil*

    /altistan, tirando a vida de (' pessoas.