Design história engenho

4
Design Pedagógico do Módulo Tópico: Engenho Canavieiras O objeto “Engenho” retrata a rotina de trabalho num Engenho de Açúcar no Brasil durante o período colonial no século XVII, pelo sistema de plantation (latifúndio, monocultura, trabalho escravo) exportador que movimentou a economia colonial. O açúcar, durante todo o período tratado e mesmo no período imperial, foi um dos principais produtos da economia exportadora. O presente objeto de aprendizagem destina-se principalmente à 5ª série do Ensino Fundamental (10 – 12 anos) da disciplina de História do Brasil Colonial e tem por finalidade esboçar sob a forma de animações a estrutura do Engenho, com suas instalações (Casa Grande, Moenda, etc) e as relações de trabalho na produção açucareira. Pode-se explorar aspectos como a complexidade do espaço do latifúndio, onde grande parte de seus moradores tinha o engenho como o ‘mundo conhecido’. A questão do trabalho em si pode se contrapor ao mundo atual – que posição os negros da colônia e os de hoje ocupam no mercado de trabalho? Quem tinha melhores condições de trabalho e quem era melhor remunerado? Qual o papel da qualificação para os senhores e como isso é encarado no momento atual?

description

HISTÓRIA ENGENHO NO BRASIL COLONIAL

Transcript of Design história engenho

Page 1: Design história engenho

Design Pedagógico do Módulo

Tópico: Engenho Canavieiras

O objeto “Engenho” retrata a rotina de trabalho num Engenho de Açúcar

no Brasil durante o período colonial no século XVII, pelo sistema de plantation

(latifúndio, monocultura, trabalho escravo) exportador que movimentou a

economia colonial. O açúcar, durante todo o período tratado e mesmo no

período imperial, foi um dos principais produtos da economia exportadora.

O presente objeto de aprendizagem destina-se principalmente à 5ª série

do Ensino Fundamental (10 – 12 anos) da disciplina de História do Brasil

Colonial e tem por finalidade esboçar sob a forma de animações a estrutura do

Engenho, com suas instalações (Casa Grande, Moenda, etc) e as relações de

trabalho na produção açucareira. Pode-se explorar aspectos como a

complexidade do espaço do latifúndio, onde grande parte de seus moradores

tinha o engenho como o ‘mundo conhecido’. A questão do trabalho em si pode

se contrapor ao mundo atual – que posição os negros da colônia e os de hoje

ocupam no mercado de trabalho? Quem tinha melhores condições de trabalho

e quem era melhor remunerado? Qual o papel da qualificação para os

senhores e como isso é encarado no momento atual?

O conhecimento desse conteúdo é relevante no momento em que se

pode explorar uma das causas que originaram a desigualdade social em nosso

país, a escravidão negra e suas implicações nos modos de se produzir riqueza

e desigualdade ao mesmo tempo. Pode-se debater a respeito da idéia colonial

do escravo-mercadoria, da “inferioridade negra” e suas implicações no Brasil

contemporâneo, em que existe racismo velado e onde os negros somente um

século após a Abolição estão começando a transpor a defasagem social que os

acompanha desde a escravidão.

Ao abranger também os trabalhadores livres, o objeto desmistifica a

idéia de que no Brasil Colônia só havia senhores e escravos, dando

visibilidade, então, às camadas intermediárias que dividem os mais ricos dos

mais pobres.

Page 2: Design história engenho

Escopo do Módulo

O objeto consiste basicamente na estrutura do Engenho e as pessoas

que nela vivem e/ou trabalham. Abrangem as relações de trabalho, a descrição

das ocupações dos trabalhadores e o mecanismo do funcionamento do

Engenho para fazer açúcar.

Não se ocupa das relações políticas nem dá ênfase à diversidade

cultural existente no Engenho, tão pouco de sua ligação com outras partes da

colônia como cidades ou portos. Alguns sites foram encontrados acerca do

tema. Eis eles:

http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/eng_colonial.html

http://paginas.terra.com.br/arte/mundoantigo/colonial/engenhos.htm

Interatividade

Por se tratar de um objeto com público alvo de 10 a 12 anos, ele dá

apenas noções iniciais dos conceitos propostos para o conteúdo de Brasil

Colônia, como o trabalho escravo dentro da plantation e a importância do

açúcar. Como esse assunto será revisto de forma mais complexa durante o

ensino médio, é importante que os alunos já estejam familiarizados com esses

conceitos e em seu real contexto e significado para o entendimento nos moldes

coloniais.

O objeto consiste numa “planta” com as estruturas do Engenho – capela,

Casa Grande Senzala, plantações de cana e alimentos, moenda, fornalha –

cada uma com a descrição das atividades ali desempenhadas. Há também

uma “lista” de trabalhadores daquele Engenho (senhor, escravo da moenda,

escravo da fornalha, escravo da roça, mestre do açúcar e feitor). A partir

dessas descrições espera-se que o aluno consiga associar os trabalhadores a

seus respectivos trabalhos, “arrastando-os” da “lista” até seus locais de

trabalho.

O computador proporciona a movimentação dessas engrenagens do

sistema de trabalho, por seus recursos ele dá uma visão mais ampla do

conjunto das relações e da interdependência dessas funções para se atingir o

objetivo. Esse objetivo é fazer com que o Engenho funcione perfeitamente.

Dependendo das possibilidades de programação pode-se mostrar como cada

Page 3: Design história engenho

um desempenhava o trabalho. Após colocar todos os personagens em seus

lugares o utilizador do objeto será convidado a escrever um texto acerca das

relações de trabalho observadas no decorrer da utilização do mesmo.

Atividade

A utilização do objeto poderá ser individual ou em grupo, dependendo da

estrutura da escola em que se for trabalhar. Com a utilização desse objeto o

aluno visualizará o funcionamento do Engenho, possibilitando a ele melhor

compreensão e fixação do tema abordado.

Equipe História – UNIFRA

Conteúdo Pedagógico:

Paula Simone Bolzan Jardin

Dílson Vargas Peixoto

Fabiula S. Martins

Equipe de Apoio Técnico

Alex Marin

Fabrício Bohrer

Rafael Diel

Henrique Telles Neto

Vitor Bertoncelo