Desenvolvimento da linguagem oral - … · O QUE É? •Existem diferentes tipos de Transtornos de...
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Transcript of Desenvolvimento da linguagem oral - … · O QUE É? •Existem diferentes tipos de Transtornos de...
CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAUDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Profa. Juliana M. Ricardo Fonoaudióloga/Psicopedagoga e
Screener - CRF-a : 6-4253 17 Dezembro de 2016
- Transtornos da Linguagem Oral
Modulo VI
O QUE É?
• Existem diferentes tipos de Transtornos de Linguagem, embora seja frequente a presença de comorbidades, tanto entre si, como entre transtornos psicológicos.
CAUSAS
• Fatores Orgânicos: genéticos, neurológicos, degenerativos, lesionais ou anatômicos
• Fatores Ambientais
• Fatores Emocionais
DISTÚRBIOS
• Distúrbio Articulatório (Dislalia)
• Ceceio
• Língua Presa
• Disartria
• Apraxia
• Fissuras Labiopalatinas
• Disfluência
DISTÚRBIO ARTICULATÓRIO
• Ocorre quando a aquisição dos sons da fala pela criança está atrasada ou desviada
DISTÚRBIO ARTICULATÓRIO
• A gravidade do distúrbio articulatório varia sobre a inteligibilidade da fala até uma fala completamente ininteligível
ATENÇÃO
• Alterações na respiração, inadequação da mastigação e deglutição, hábitos orais inadequados (uso prolongado da chupeta e mamadeira, onicofagia e sucção de dedo)....
...podem causar prejuízos anatômicos e funcionais no sistema orofacial da criança, alterando os movimentos adequados e necessários para a produção correta dos fonemas.
DISTÚRBIO ARTICULATÓRIO
• má articulação e consequente dificuldade para que os outros a entendam;
• omissões, distorções ou substituições dos sons da fala;
• inconsistência na coocorrência de sons (isto é, a criança pode produzir fonemas corretamente em algumas posições nas palavras, mas não em outras).
ETIOLOGIA
• Fatores Orgânicos: má-oclusão dentária, malformações congênitas do aparelho fonador, hipoacusias, deficiência mental, paralisia facial, afasia, respiração bucal;
ETIOLOGIA
• Fatores Funcionais: causas ambientais, uso prolongados de chupeta e mamadeira, problemas emocionais, vícios de articulação.
ETIOLOGIA • Perda auditiva
• Anormalidades orofaciais
• Fissuras labiais e/ou palatinas
• Neurológica
• Retardo intelectual
• Processos fonológicos alterados
• Ambiental
• Emocional
CECEIO
• É uma distorção na fala em decorrência de uma alteração na postura da língua que se projeta entre os dentes ou se apóia nestes.
• Ceceio anterior
• Ceceio lateral
LÍNGUA PRESA
• Anquiloglossia
• Acontece quando a pequena membrana que fica abaixo da língua (conhecida como “freio”) é menor do que o normal, impedindo o órgão de se movimentar livremente
SINTOMAS
• Problemas para sugar o leite da mãe durante a amamentação
• Espaço entre os dentes inferiores da frente
• Problemas na fala
• Problemas pessoais ou sociais
https://www.youtube.com/watch?v=2WSYwHofAeE
DEPOIMENTO
DISARTRIA
• Alteração de fala decorrente de distúrbio no controle muscular do mecanismo de fala resultante de lesão periférica ou central do sistema nervoso;
• Compromete a comunicação oral devido a paralisia, fraqueza ou incoordenação da musculatura de fala;
• Afeta a velocidade, força, alcance, ritmo ou precisão dos movimentos da fala;
• Afeta os seguintes sistemas:
- respiração
- fonação
- ressonância
- articulação
- prosódia
DISARTRIA
DIAGNÓSTICOS
• ELA
• Esclerose múltipla
• Miastenias grave
• Degeneração córtico-basal
• Parkinson
• Doenças progressivas
• Doenças degenerativas
• Avc
https://www.youtube.com/watch?v=4qClIIfacS0
DISARTRIA
• Não apresenta distúrbio motor;
• Dificuldade no planejamento do pensamento;
• Faz ensaios para falar;
APRAXIA
• Síndrome do Sotaque Estrangeiro
• Afasia
https://www.youtube.com/watch?v=4qClIIfacS0
SINDROME DO SOTAQUE ESTRANGEIRO
APRAXIA INFANTIL
• Essa desordem na infância é definida como uma categoria diagnóstica atribuída a crianças cujos erros de fala diferem daqueles encontrados em crianças com atraso no desenvolvimento da fala e se assemelham aos erros de adultos com apraxia adquirida (SHRIBERG et al., 1997).
PREVALÊNCIA
• A prevalência da apraxia infantil é de 1-2 a cada 1000 crianças,
• A proporção entre meninos e meninas é de 1:9, respectivamente. (SHRIBERG et al., 1994).
Apesar de ser mais comum em meninos, quando manifestada em meninas as alterações tendem a ser mais severas (SOUZA et al. 2009).
APRAXIA INFANTIL
• Acredita-se que 5% da população de pré-escolares que apresentam alterações fonológicas severas sejam crianças com apraxia de fala;
• A principal manifestação é a dificuldade na programação do gesto articulatório, ou seja, na organização dos movimentos das estruturas envolvidas na produção da fala.
DEFINIÇÃO
• De uma maneira geral, a apraxia da fala pode ser definida como um transtorno da articulação no qual há comprometimento da capacidade de programar voluntariamente a postura dos órgãos fonoarticulatórios e a sequência dos movimentos musculares para a produção de fonemas e palavras (SOUZA e PAYÃO, 2008).
APRAXIA INFANTIL
• O indivíduo apráxico, na intenção de se
comunicar, sabe quais palavras deseja emitir,
entretanto, não é capaz de realizar a
programação postural das estruturas
fonoarticulatórias em uma sequência
adequada para a articulação dos sons.
DIFERENCIANDO
1 - Primeiro é o contraste entre a execução voluntária e involuntária da fala
2 - Segundo é a variabilidade de erros
FISSURAS
• Fissuras labiopalatina (lábio leporino) são anomalias faciais congênitas decorrentes da não junção dos processos faciais embrionários.
• As fissuras labiais ocorrem por volta da 6° semana de vida embrionária.
• As fissuras palatinas ocorrem por volta da 9° semana de vida embrionária.
FISSURAS A - Fissura Labial Esquerda Pré-forame Incompleta B - Fissura Labial Bilateral Pré-forame Incompleta C - Fissura Labial Esquerda Pré-forame Completa D - Fissura Labial Bilateral Pré-forame Completa E - Fissura Labial Esquerda Transforame Completa F - Fissura Labial Bilateral Transforame Completa G - Fissura Palatina Pós-forame Completa H - Fissura Palatina Pós-forame Incompleta
https://www.youtube.com/watch?v=xLjp1C_iiOg
CAUSAS E TRATAMENTO
https://www.youtube.com/watch?v=xLjp1C_iiOg
FALA DO FISSURADO
https://www.youtube.com/watch?v=l5LrglNe7Kw
DEPOIMENTO
GAGUEIRA
• A gagueira é uma interrupção na fluência verbal caracterizada por repetições ou prolongamentos, audíveis ou não, de sons e sílabas.
• A identificação envolve o julgamento de quem escuta.
GAGUEIRA DO DESENVOLVIMENTO
• Ou Gagueira do Desenvolvimento Persistente (PDS).
• A gagueira do desenvolvimento surge antes da puberdade, geralmente entre dois e cinco anos de idade, (idiopática).
GAGUEIRA ADQUIRIDA
• Também chamada de gagueira neurogênica, ocorre após um dano cerebral bem definido, ocasionado por um derrame, uma hemorragia intracerebral ou um traumatismo craniano.
• É um fenômeno raro que tem sido observado após lesões em uma grande variedade de áreas cerebrais (Grant et al., 1999; Ciabarra et al., 2000).
DISFLUÊNCIA
• Existem 4 tipos:
- A não fluência normal
- A gagueira
- A disprosódia orgânica
- A taquilalia
NÃO FLUÊNCIA VERBAL
• São repetições esporádicas de palavras;
• Prolongamento de sons uma vez ou outra;
• Ocasionalmente pode ocorrer uma posição articulatória fixa;
• Não há medo de falar;
• Sequencia, duração e ritmo não estão alterados;
GAGUEIRA
• Frequência alterada;
• Há prolongamentos, repetições e posições articulatórias fixas;
• Esforço motor visível durante a fonação;
• Tensão nos músculos articulatórios;
• Há medo de falar;
• Interjeições: ah, bem, aí, tá, .....
• Repetições de sílabas: sa-sa-sapo
• Repetições de sons: p-p-p-pato
• Repetições de palavras: eu, eu, eu fui ao parque
• Repetições de frases: eu ia, eu ia, eu ia dizer isso
GAGUEIRA
• Revisão de frase: eu ia, eu fui, eu fui ao parque
• Frases incompletas: eu ia, depois que cheguei lá voltei
• Palavras quebradas: eu f– ui para casa
• Sons prolongados: s s s s sai de perto
GAGUEIRA
DIFERENCIANDO
O que é fala normal e gagueira?
• Frequência de interrupção por minuto
• Número de palavras disfluentes no discurso
FATORES ANORMAIS
• Esforço físico durante a fonação
• Estado de ansiedade, tensão e medo, em relação à fala
• Querer e não querer falar
• Suor exagerado, alteração cardíaca
• Evita o contato visual durante a fala
• Altera sua vida social
FENÔMENOS FISIOLÓGICOS
Alteração da respiração
Movimentos anormais de olhos
Tremores nas mãos
Alterações musculares e na transpiração
Alterações nas ondas cerebrais e bioquímicas
FENÔMENOS FISIOLÓGICOS
• Distorções faciais
• Movimentos com o corpo
• Tremor nos lábios
• Anormalidades vocais
• Adiamentos
• Disfarces
• Repetições surdas
CRENÇAS
• Algo dentro dele impede de falar fluentemente
• Pais severos criam filhos gagos
• Todo gago é nervoso e
precisa relaxar
• Gagueira é emocional
MEDO DE FALAR
• Caráter do interlocutor
• Conteúdo da mensagem a ser transmitida
• Medo de certas palavras e suas posições na frase
• Medo de certas características acústicas ou motoras dos fonemas
• Medo de certas situações sociais
FASES DO DESENVOLVIMENTO
• Fase I: início entre 2 a 6 anos
• Fase II: dos 4 anos até a idade adulta
• Fase III: dos 8 anos até a idade adulta
• Fase IV: dos 10 anos até a idade adulta
https://www.youtube.com/watch?v=XTIAwoxCR_I
REPORTAGEM
• Encontra em:
- Afásicos
- Disártricos
- Esquisofrênicos
- Apráxicos
- Parkinsons
- Alcoolismo
DISPROSÓDIA ORGÂNICA
DISPROSÓDIA ORGÂNICA
• Desorganização da fala ou linguagem, associada a problemas neurológicos;
• Pode estar alterado o ritmo, a velocidade e a entonação;
• Não há ansiedade ou medo de falar;
• O ritmo é mais rápido que o normal
• Fala desorganizada
• Sequencia de sons alterada
• Conteúdo falado pode ficar incompreensível
• Não há consciência do problema
TAQUILALIA
ttps://www.youtube.com/watch?v=Lv5p7pMvn5g
TAQUILALIA
TAQUILALIA
https://www.youtube.com/watch?v=7ow17z9oNDs
• Articulação mais rápida que o normal
• Atropela as palavras
• Hesitações
• Disfluências
• Alterações de linguagem
• Dificuldade de encontrar as palavras
• Discurso confuso
TAQUIFEMIA
• Histórico familiar de disfluência ou distúrbio de linguagem
• Distúrbio fonológico
• Dificuldade de leitura e escrita
• Atraso de linguagem
• Atraso no desenvolvimento motor
• Desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade
TAQUIFEMIA
REFERÊNCIAS
• CARDOSO, B.V.A.S. Apraxia de desenvolvimento: aspectos diagnósticos. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, v. 14, n. 1, p. 39-50, 2002 .
• METTER, E.J. Relação cortical dos distúrbios da fala. In: METTER, E.J. Distúrbios da fala: avaliação clínica e diagnóstico. Rio de Janeiro: Enelivros, 1991. p. 179-83.
• MAC-KAY, A.P.M.G. Dispraxia e disartria. In: MAC-KAY, A.P.M.G; ASSÊNCIO- FERREIRA, V.J.; FERRI-FERREIRA; T.M.S. Afasias e demências: avaliação e tratamento fonoau-diológico. São Paulo: Livraria Editora Santos, 2003. p. 81-7.
• ORTIZ, K.Z. Alterações da fala: disartrias e dispraxias. In: FERREIRA, L.P.; BEFI-LOPES, D.M.; LIMONGI, S.C.O. Tratado de fonoaudiologia. São Paulo: Editora Roca, 2004. p. 304-14.
Juliana M. Montes Ricardo Fonoaudióloga/Psicopedagoga
e Screener - CRF-a: 6-4253
Fone: Clinica Despertar (27)3227-2164