DESEMPENHO DA VALE EM 2015 · O custo unitário do frete de minério de ferro, excluindo o impacto...
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3
Desempenho da Vale em 2015
Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2016 – A Vale S.A. (Vale) obteve um sólido desempenho
operacional, alcançando diversos recordes anuais de produção em 2015, tais como: (a)
oferta anual de minério de ferro de 345,9 Mt; (b) produção de Carajás de 129,6 Mt; (c)
produção de níquel de 291.000 t; (d) produção de cobre de 423.800 t.
A receita bruta totalizou US$ 26,047 bilhões em 2015, significando uma redução de US$
12,189 bilhões em comparação com 2014, em função de menores preços de finos de minério
de ferro (US$ 8,614 bilhões), pelotas (US$ 2,030 bilhões), níquel (US$ 1,394 bilhões) e
outros. A redução na receita em função da queda nos preços foi parcialmente mitigada por
maiores volumes de venda (US$ 2,060 bilhões).
A receita bruta trimestral totalizou US$ 5,986 bilhões no 4T15, uma redução de US$ 632
milhões em relação ao 3T15, como resultado de menores preços de finos de minério de ferro
(US$ 739 milhões), níquel (US$ 112 milhões) e outros, parcialmente mitigados por maiores
volumes de venda (US$ 325 milhões).
Os custos e despesas, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 18,846 bilhões em 2015,
reduzindo em US$ 5,908 bilhões em relação a 2014. Ocorreram as seguintes reduções no
ano de 2015 em comparação ao de 2014: (a) de custos em US$ 4,223 bilhões (20%); (b) de
SG&A1 e outras despesas em US$ 1,260 bilhão (65%); (c) de P&D
2 em US$ 257 milhões
(35%); (d) de despesas pré-operacionais e de parada em US$ 168 milhões (19%).
Os custos e despesas trimestrais, líquidos de depreciação, somaram US$ 4,595 bilhões no
4T15, praticamente em linha com os US$ 4,649 bilhões registrados no 3T15. Os custos
foram elevados em US$ 65 milhões (2%), principalmente devido ao aumento de volumes de
vendas dos segmentos de negócios de Ferrosos e Metais Básicos. SG&A e outras despesas
reduziram-se em US$ 105 milhões (63%), principalmente devido ao efeito positivo não
recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos3 (ARO) registrados no
4T15. P&D reduziu-se em US$ 2 milhões (2%) e as despesas pré-operacionais e de parada
foram reduzidas em US$ 12 milhões (7%) no 4T15 em comparação 3T15.
O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica para os finos de minério de ferro ex-
royalties alcançou o marco mais baixo da indústria de minério de ferro: US$ 11,9/t no 4T15
contra US$ 12,7/t no 3T15. A redução do custo caixa C1 foi alavancada principalmente pela
depreciação do Real (BRL) e pelas iniciativas de redução de custos em curso.
1 Despesas gerais e administrativas
2 Pesquisa e Desenvolvimento
3 Provisão para fechamento de mina e de outros ativos
4
O EBITDA ajustado foi de US$ 7,081 bilhões em 2015, 47% inferior ao de 2014,
principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o EBITDA
negativamente em US$ 14,005 bilhões. Os maiores volumes de vendas e menores custos e
despesas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no EBITDA em US$
1,237 bilhão e US$ 6,746 bilhões, respectivamente. A margem EBITDA ajustada foi de
27,7% em 2015.
O EBITDA ajustado trimestral foi de US$ 1,391 bilhão no 4T15, 26% inferior ao do 3T15,
principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o EBITDA
negativamente em US$ 943 milhões. Maiores volumes de vendas e menores custos4 e
despesas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no EBITDA em US$ 57
milhões e US$ 334 milhões, respectivamente. A margem EBITDA ajustada foi de 23,6% no
4T15.
O EBITDA ajustado do trimestre foi positivamente impactado pelo efeito one-off do ARO
mencionado acima (US$ 331 milhões) e negativamente impactado por decisões e/ou eventos
registrados em trimestres anteriores com efeitos no 4T15, como: (a) hedge contábil de
bunker oil nos finos de minério de ferro (US$ 134 milhões); (b) ajuste do preço provisório de
cobre (US$ 60 milhões); (c) ajuste de preço provisório de minério de manganês (US$ 28
milhões); (d) pela baixa contábil de estoque de materiais de metais básicos (US$ 31
milhões).
Os investimentos totalizaram US$ 2,193 bilhões no 4T15 e US$ 8,401 bilhões em 2015,
significando uma redução de US$ 3,578 bilhões em comparação com 2014. Os
investimentos na execução de projetos totalizaram US$ 1,366 bilhão e US$ 5,548 bilhões no
4T15 e em 2015, respectivamente, enquanto os investimentos na manutenção das
operações existentes somaram US$ 827 milhões e US$ 2,853 bilhões no 4T15 e em 2015,
respectivamente. Os investimentos totais no ano excederam a última previsão em US$ 200
milhões, em função da execução melhor do que esperada do projeto S11D e de sua logística
associada.
A venda de ativos totalizou US$ 3,525 bilhões em 2015: US$ 1,316 bilhão proveniente da
venda de doze navios VLOCs (very large ore carriers) para armadores chineses; US$ 1,089
bilhão da venda de 36,4% das ações preferenciais da MBR; US$ 900 milhões de mais uma
transação de goldstream; e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia. No 4T15, a Vale
vendeu quatro navios VLOCs com capacidade de 400.000 t para o ICBC Financial Leasing
em uma transação de US$ 423 milhões.
O prejuízo líquido foi de US$ 12,129 bilhões em 2015 contra um lucro líquido de US$ 657
milhões em 2014. A redução de US$ 12,786 bilhões no lucro líquido deveu-se principalmente
4 Efeito líquido em custos após ajustes para maiores volumes
.
5
aos maiores impairments registrados em 2015 e ao efeito negativo nos resultados financeiros
da depreciação ponta a ponta de 47% do real (BRL) contra o dólar norte-americano (USD)
em 2015. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,689 bilhão em 2015, contra um lucro
básico recorrente de US$ 4,419 bilhões em 2014.
Os impairments de ativos e de investimentos5 e o reconhecimento de contratos onerosos
totalizaram US$ 9,372 bilhões em 2015. O aumento no valor dos impairments de US$ 8,189
bilhões em relação a 2014 deveu-se principalmente à redução mais significativa nas
premissas de preço usadas para os testes de impairment.
O prejuízo líquido trimestral foi de US$ 8,569 bilhões no 4T15 comparado a um prejuízo
líquido de US$ 2,117 bilhões no 3T15. A redução de US$ 6,452 bilhões deveu-se
principalmente aos impairments, os quais foram parcialmente mitigados pelo efeito nos
resultados financeiros de variação cambial. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,032
bilhão no 4T15, contra um prejuízo básico recorrente de US$ 961 milhões no 3T15.
A dívida bruta totalizou US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015, registrando um
pequeno aumento em comparação aos US$ 28,675 bilhões de 30 de setembro de 2015,
porém mantendo-se em linha com os US$ 28,807 bilhões de 31 de dezembro de 2014. Após
o pagamento de dividendos no valor de US$ 1,5 bilhão em 2015, a dívida líquida totalizou
US$ 25,234 bilhões contra US$ 24,685 bilhões em 31 de dezembro de 2014 e US$ 24,213
bilhões em 30 de setembro de 2015. A posição de caixa em 31 de dezembro de 2015
totalizou US$ 3,619 bilhões. O prazo médio da dívida foi de 8,1 anos com um custo médio de
4,47% por ano.
O EBITDA do segmento de Minerais Ferrosos decresceu em 15% no 4T15 devido aos
menores preços realizados, apesar dos maiores volumes e reduções em custos e
despesas
O EBITDA Ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 5,899 bilhões em 2015,
47,9% abaixo do registrado em 2014, principalmente como resultado de menores
preços de vendas (-US$ 11,414 bilhões), que foram parcialmente compensados por
aumento real de competitividade de US$ 3,477 bilhões tais como: (a) iniciativas
comerciais e de marketing (US$ 680 milhões); (b) maiores volumes de vendas (US$
1,599 bilhão); (c) favoráveis renegociações de contratos de afretamento (US$ 300
milhões); (d) iniciativas em andamento de corte de custos (US$ 898 milhões).
O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos no 4T15 foi de US$ 1,409 bilhão, ficando
US$ 243 milhões abaixo do US$ 1,652 bilhão alcançado no 3T15, principalmente
como resultado dos menores preços realizados de venda (US$ 782 milhões), que
5 Em coligadas e joint ventures .
6
foram parcialmente compensados por maiores volumes de venda (US$ 62 milhões),
menores despesas6 (US$ 245 milhões) e menores custos
7 (US$ 188 milhões).
O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da
Vale, uma vez que toda exposição remanescente de bunker oil registrada neste
programa foi liquidada no 4T15. O programa de hedge accounting da Vale para os
finos de minério de ferro teve um impacto negativo de US$ 134 milhões no 4T15 e de
US$ 412 milhões em 2015.
O fluxo de caixa conforme mensurado pelo EBITDA ajustado8 menos investimentos
em projetos de capital e manutenção, foi de US$ 363 milhões no 4T15.
O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-
ROM) reduziu-se em US$ 10,9/t, passando de US$ 56,0/t no 3T15 para US$ 45,1/t
no 4T15, enquanto o preço CFR/FOB em base úmida (wmt) de finos de minério de
ferro (ex-ROM) foi reduzido em US$ 9,3/t, passando de US$ 46,5/t no 3T15 para
US$ 37,2/t no 4T15, após o ajuste de umidade e o efeito do menor preço das vendas
FOB em 32% do total do volume de vendas.
A qualidade do produto medida pelo conteúdo de Fe melhorou de 63,5% no 3T15
para 63,7% no 4T15, principalmente devido aos ramp-ups das minas de N4WS e
N5S e dos projetos Itabiritos.
O custo unitário do frete de minério de ferro, excluindo o impacto do hedge
accounting, foi de US$ 14,1/t no 4T15, ficando US$ 2,3/t abaixo dos US$ 16,4/t
registrados no 3T15.
Os custos caixa e despesas unitários de finos de minério de ferro entregues na
China (ajustados pela qualidade e umidade e após excluir o efeito positivo não-
recorrente de ajustes de ARO) diminuíram de US$ 34,2/t no 3T15 para US$ 32,0/t
no 4T15 em base seca.
Os investimentos correntes de finos de minério de ferro foram de US$ 178 milhões
(US$ 2,3/ wmt) no 4T15, ficando US$ 0,8/ wmt abaixo do 3T15.
S11D alcançou 80% de avanço físico na mina e usina, 57% na ferrovia e porto, e
81% no ramal ferroviário.
6 A redução em despesas deveu-se, principalmente ao efeito positivo não-recorrente de ajustes de Obrigações para
Desmobilização de Ativos (ARO).
7 Efeito líquido em custos, após ajuste de impactos de volume.
8 Considera o EBITDA ajustado, excluindo o efeito positivo não-recorrente de ajustes de Obrigações para Desmobilização de
Ativos (ARO).
7
O EBITDA do segmento Metais Básicos diminuiu como resultado dos menores preços
de níquel e cobre
As receitas de venda alcançaram US$ 1,458 bilhão no 4T15, ficando US$ 103
milhões acima do 3T15, devido a maiores volumes que foram parcialmente
compensados por menores preços da LME de níquel e cobre.
Os preços realizados foram impactados negativamente em US$ 60 milhões por
ajustes de preço provisório de cobre.
O EBITDA ajustado foi de US$ 111 milhões no 4T15, ficando US$ 82 milhões abaixo
do 3T15, principalmente como resultado: (a) de menores preços (US$ 158 milhões),
incluindo o efeito negativo mencionado acima de ajustes de preço provisório de
cobre; (b) do efeito negativo da baixa de estoques de materiais no 4T15 (US$ 31
milhões).
O EBITDA ajustado foi impactado pelo EBITDA negativo de VNC de –US$ 107
milhões no 4T15.
O EBITDA de Salobo ficou em linha com o 3T15 em US$ 75 milhões, a despeito de
menores preços de cobre como resultado do recorde de produção de 42.000 t no
4T15.
Salobo deve atingir a sua capacidade nominal de produção no 2S16, à medida que a
chuva diminua e que as frentes de lavra da mina com maior teor sejam acessadas.
O EBITDA do segmento de Carvão diminuiu como resultado de efeitos não-recorrentes
em custos e menores preços
O EBITDA ajustado de carvão foi de -US$ 149 milhões no 4T15 contra -US$ 129
milhões no 3T15, principalmente como resultado de menores preços e maiores
custos na Austrália.
Os custos em Moçambique no 4T15 ficaram em linha com o 3T15, após o ajuste de
efeitos para maiores volumes, enquanto os custos na Austrália aumentaram no 4T15
devido à baixa de custos no desenvolvimento de mina.
Moatize II alcançou 99% de avanço físico com investimentos de US$ 196 milhões,
enquanto o Corredor Logístico Nacala alcançou 97% de avanço físico com
investimentos de US$ 259 milhões no 4T15.
8
O EBITDA do segmento de Fertilizantes apresentou melhoras em 2015 devido,
principalmente, a menores custos e despesas
O EBITDA ajustado de Fertilizantes aumentou para US$ 567 milhões em 2015
quando comparado aos US$ 278 milhões em 2014. O aumento de US$ 289 milhões
deveu-se, principalmente ao efeito positivo de variações no câmbio e às iniciativas
comerciais e de corte de custos.
O EBITDA ajustado de Fertilizantes diminuiu para US$ 117 milhões no 4T15 contra
os US$ 197 milhões registrados no 3T15, principalmente devido aos menores
volumes de vendas (US$ 86 milhões) como resultado da sazonalidade do mercado.
Em 2015, conseguimos com sucesso reduzir custos e despesas, progredimos com a
implementação dos nossos projetos de capital essenciais e avançamos com o nosso plano
de desinvestimentos mantendo nossa posição de dívida bruta estável.
Apesar de todos os esforços, nossas realizações foram ofuscadas pela ruptura da barragem
de rejeitos da Samarco no início de novembro de 2015. Temos trabalhado diligentemente
com a Samarco desde o início e continuaremos totalmente comprometidos com o suporte às
regiões e comunidades afetadas, bem como com a sua recuperação socioambiental.
Reconhecemos os desafios adicionais trazidos pelo declínio dos preços das commodities e
seu impacto direto na nossa geração de fluxo de caixa. No entanto, estamos confiantes na
nossa habilidade de ultrapassar esses tempos mais difíceis com base em nossa disciplina
operacional e na coragem para executar as ações estratégicas que se fizerem necessárias.
Indicadores financeiros selecionados
US$ milhões 2015 2014 2013 2012 2011
Receita operacional bruta 26.047 38.236 47.486 48.753 62.345
Receita operacional líquida 25.609 37.539 46.767 47.694 60.946
EBIT ajustado 2.734 8.497 17.576 14.430 28.748
Margem EBIT ajustado (%) 10,7 22,6 37,6 30,3 47,2
EBITDA ajustado 7.081 13.353 22.560 19.178 33.730
Margem EBITDA ajustado (%) 27,7 35,6 48,2 40,2 55,3
Lucro líquido (prejuízo) (12.129) 657 585 5.197 22.652
Lucro líquido básico (1.698) 4.419 12.269 10.365 23.015
Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação)
(0,33) 0,86 2,38 2,03 4,39
Dívida bruta total 28.853 28.807 29.655 30.546 23.143
Caixa e equivalente 3.619 4.122 5.324 6.078 3.531
Dívida líquida total 25.234 24.685 24.331 24.468 19.612
Dívida bruta/EBITDA ajustado (x) 4,1 2,2 1,3 1,6 0,7
Investimentos 8.401 11.979 14.233 16.196 16.252
9
Indicadores financeiros selecionados US$ milhões 4T15 3T15 4T14
Receita operacional bruta 5.986 6.618 9.226
Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072
EBIT ajustado 320 834 856
Margem EBIT ajustado (%) 5,4 12,8 9,4
EBITDA ajustado 1.391 1.875 2.187
Margem EBITDA ajustado (%) 23,6 28,8 24,1
Lucro líquido (prejuízo) (8.569) (2.117) (1.849)
Lucro líquido básico (1.032) (961) (251)
Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) (0,20) (0,19) (0,05)
Investimentos 2.193 1.879 3.747
10
Receita Operacional
A receita operacional bruta em 2015 totalizou US$ 26,047 bilhões, o que significou uma
redução de 31,8% em comparação aos US$ 38,236 bilhões registrados em 2014. A
diminuição na receita de vendas ocorreu, principalmente, devido a menores preços de venda
de finos de minério de ferro (US$ 8,614 bilhões), pelotas (US$ 2,030 bilhões) e níquel (US$
1,394 bilhão), os quais foram parcialmente mitigados por maiores volumes de venda de
minério de ferro e pelotas (US$ 1,869 bilhão) e metais básicos (US$ 666 milhões).
A receita operacional bruta no 4T15 totalizou US$ 5,986 bilhões, significando uma redução
de 9,5% em comparação com o 3T15. A diminuição na receita de vendas ocorreu,
principalmente, devido a menores preços de venda (US$ 956 milhões), que foram
parcialmente mitigados por maiores volumes de venda (US$ 325 milhões).
As tabelas abaixo mostram a receita operacional bruta por destino e por segmento de
negócios, com os seguintes destaques:
A receita operacional bruta por destino em 2015 permaneceu em linha com 2014 e
as vendas para a Ásia representaram 51,3% do total de vendas.
A contribuição na receita operacional bruta por segmento de negócios foi marcada
por: (a) aumento da participação do segmento de metais básicos e fertilizantes para
23,7% e 9,2% em 2015 e de 20,1% e 6,8% em 2014, respectivamente; (b)
diminuição da participação do segmento de ferrosos para 64,6% em 2015 em
comparação com 68,4% em 2014.
Receita operacional bruta por destino US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
América do Norte 450 409 642 2.008 7,7 2.771 7,2
EUA 168 188 278 855 3,3 1.368 3,6
Canadá 279 206 361 1.123 4,3 1.393 3,6
México 3 15 3 31 0,1 10 -
América do Sul 964 1.289 1.769 4.807 18,5 7.308 19,1
Brasil 871 1.191 1.645 4.396 16,9 6.624 17,3
Outros 93 98 124 411 1,6 684 1,8
Ásia 3.189 3.550 4.798 13.371 51,3 19.590 51,2
China 2.180 2.556 3.091 9.096 34,9 12.65 33,1
Japão 460 498 848 1.959 7,5 3.627 9,5
Coreia do Sul 186 171 300 790 3,0 1.555 4,1
Outros 363 325 559 1.526 5,9 1.751 4,6
Europa 1.144 1.114 1.556 4.663 17,9 6.697 17,5
Alemanha 355 332 442 1.437 5,5 2.111 5,5
Itália 111 104 130 461 1,8 849 2,2
Outros 678 678 985 2.765 10,6 3.737 9,8
Oriente Médio 170 227 288 969 3,7 1.266 3,3
Resto do mundo 69 29 173 230 0,9 605 1,6
Total 5.986 6.618 9.226 26.04 100,0 38.236 100,0
11
Receita operacional bruta por área de negócio
US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
Minerais ferrosos 3.883 4.367 6.213 16.82 64,6 26.14 68,4
Minério de ferro - finos 2.956 3.290 4.593 12.38 47,5 19.439 50,8
ROM 14 27 42 111 0,4 233 0,6
Pelotas 806 908 1.308 3.717 14,3 5.424 14,2
Manganês 4 24 92 101 0,4 226 0,6
Ferroligas 10 3 51 82 0,3 218 0,6
Outros 93 115 127 428 1,6 600 1,6
Carvão 108 127 201 526 2,0 739 1,9
Carvão Metalúrgico 98 115 181 480 1,8 661 1,7
Carvão Térmico 10 12 20 47 0,2 78 0,2
Metais básicos 1.458 1.355 1.948 6.172 23,7 7.694 20,1
Níquel 782 785 1.064 3.412 13,1 4.468 11,7
Cobre 413 368 556 1.728 6,6 2.122 5,5
PGMs 96 59 152 404 1,6 564 1,5
Ouro 122 115 115 477 1,8 418 1,1
Prata 8 7 11 31 0,1 37 0,1
Outros 37 22 50 119 0,5 85 0,2
Fertilizantes 513 747 607 2.386 9,2 2.585 6,8
Potássio 33 47 45 147 0,6 169 0,4
Fosfatados 387 588 432 1.818 7,0 1.904 5,0
Nitrogenados 76 92 108 355 1,4 411 1,1
Outros 17 20 22 66 0,3 101 0,3
Outros 24 22 257 143 0,5 1.078 2,8
Total 5.986 6.618 9.226 26.047 100,0 38.236 100,0
12
Custos e despesas
DESEMPENHO ANUAL
Os custos e despesas diminuíram para US$ 22,875 bilhões em 2015 contra US$ 29,042
bilhões registrados em 2014, principalmente devido: (a) ao impacto de variação cambial no
CPV e no SG&A (US$ 4,9 bilhões); (b) a iniciativas de redução de custo (US$ 1,8 bilhão); (c)
ao efeito positivo não recorrente da transação de goldstream registrado no 1T15 (US$ 0,2
bilhões) e ao efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de
Ativos (ARO)9 registrado no 4T15 (US$ 0,3 bilhão); (d) à redução em despesas excluindo os
efeitos positivos não recorrentes já mencionados acima (US$ 0,7 bilhão). Estas reduções
foram parcialmente compensadas por maiores volumes realizados (US$ 1,0 bilhão) e pelo
impacto negativo decorrente de perdas do programa de hegde accounting de bunker oil para
finos de minério de ferro (US$ 0,4 bilhão).
Os custos não serão mais impactados pelo programa de hedge accounting uma vez que os
contratos de derivativos de bunker oil foram liquidados no 4T15. Após a dedução dos efeitos
não recorrentes já mencionados acima e o impacto do programa de hedge accounting de
bunker oil para finos de minério de ferro, os custos e despesas diminuíram em US$ 6.0
bilhões, representando uma redução de 20,7%.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
Os custos e despesas diminuíram para US$ 5,579 bilhões no 4T15 em relação aos US$
5,671 bilhões registrados no 3T15, principalmente devido: ao efeito positivo não recorrente
do ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (US$ 331 milhões) e ao impacto da
variação cambial no CPV e no SG&A (US$ 210 milhões). Tais reduções foram parcialmente
compensadas por maiores volumes de venda (US$ 282 milhões) e pelo aumento em outras
despesas operacionais (US$ 154 milhões).
Custos e despesas US$ million 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Custos 5.119 5.040 6.892 20.513 25.064
Despesas 460 631 1.324 2.362 3.978
Custos e despesas totais 5.579 5.671 8.216 22.875 29.042
Depreciação 984 1.022 1.242 4.029 4.288
Custos e despesas sem depreciação 4.595 4.649 6.974 18.846 24.754
9 A revisão anual das provisões de fechamento de mina e de outros ativos gerou um impacto positivo, como resultado da vida
útil de algumas minas e da revisão de escopo dos trabalhos necessários para o fechamento dos ativos.
13
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV)
DESEMPENHO ANUAL
O CPV10
foi de US$ 20,513 bilhões em 2015, significando uma redução de US$ 4,6 bilhões
em comparação com os US$ 25,064 bilhões registrados em 2014, a despeito do aumento em
volumes de venda de finos de minério de ferro, pelotas e metais básicos em 2015. No ano de
2015 em comparação com o de 2014, houve redução dos seguintes custos: de Minerais
Ferrosos em US$ 3,041 bilhões, Fertilizantes em US$ 510 milhões, Metais Básicos em US$
318 milhões e Carvão em US$ 214 milhões.
Após ajustados pelos efeitos de volumes de venda, os custos caíram US$ 5,5 bilhões em
2015 contra 2014. As reduções de custos ocorreram principalmente devido à depreciação do
BRL contra o USD (US$ 4,2 bilhões) e ao resultado positivo das iniciativas de redução de
custos (US$ 1,8 bilhão), especialmente no segmento de Minerais Ferrosos, suportado pela
redução do frete de finos de minério de ferro e pelotas, pelos ramp-ups da mina de N4WS,
da extensão de N5S e dos projetos de Vargem Grande Itabiritos e de Conceição Itabiritos I e
II.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O CPV11
foi de US$ 5,119 bilhões no 4T15, aumentando US$ 79 milhões em comparação
com os US$ 5,040 bilhões registrados no 3T15, devido ao aumento dos volumes de venda
de finos de minério de ferro e de metais básicos no 4T15.
Após ajustados pelos efeitos de volumes de venda, os custos caíram US$ 203 milhões no
4T15 em relação ao 3T15. As reduções de custo ocorreram, principalmente, devido à
depreciação do BRL contra o USD (US$ 186 milhões) e ao resultado positivo das iniciativas
de redução de custos em finos de minério de ferro (US$ 153 milhões), que foram
parcialmente compensadas pelo aumento de custos em outros segmentos de negócios.
Maiores detalhes no desempenho de custos podem ser encontrados na seção “O
desempenho dos segmentos de negócios”.
10
A exposição cambial do CPV em 2015 foi composta por: 49% em reais, 34% em dólares americanos, 13% em dólares
canadenses, 1% em dólares australianos e 3% em outras moedas.
11 A exposição cambial do CPV no 4T15 foi composta por: 45% em reais, 37% em dólares americanos, 13% em dólares
canadenses, 2% em dólares australianos e 3% em outras moedas.
14
CPV por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
Ferrosos 2.846 2.813 4.278 11.75 57,3 14.80 59,0
Metais básicos 1.551 1.406 1.718 5.863 28,6 6.181 24,7
Carvão 296 239 285 977 4,8 1.191 4,8
Fertilizantes 386 536 492 1.763 8,6 2.273 9,1
Outros 40 46 119 151 0,7 619 2,5
CPV total 5.119 5.040 6.892 20.51 100,0 25.064 100,0
Depreciação 875 861 1.122 3.529 3.857
CPV, sem depreciação 4.244 4.179 5.770 16.984 21.207
Despesas
DESEMPENHO ANUAL
As despesas totais diminuíram para US$ 2,362 bilhões em 2015 comparadas aos US$ 3,978
bilhões alcançados em 2014, principalmente devido a: (a) redução de outras despesas12
(US$ 851 milhões); (b) SG&A (US$ 447 milhões); (c) P&D (US$ 257 milhões). Após
deduzidos os efeitos da transação de goldstream no 1T15 e o efeito positivo não recorrente
de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões
registrado no 4T15, as despesas caíram em US$ 1,1 bilhão, representando uma redução de
26.5%.
O SG&A foi de US$ 652 milhões em 2015, representando uma diminuição de 40,7% contra o
US$ 1,099 bilhão alcançado em 2014. As despesas com SG&A, líquidas de depreciação,
diminuíram US$ 357 milhões em 2015 em comparação com 2014, devido à depreciação do
real (BRL) e do dólar canadense (US$ 179 milhões) e, também, à simplificação da estrutura
corporativa (US$ 178 milhões).
Despesas com P&D alcançaram US$ 477 milhões em 2015, representando uma redução de
35,0% em relação aos US$ 734 milhões registrados em 2014. Despesas com P&D foram
concentradas, principalmente, em minério de ferro e pelotas (US$ 128 milhões) e níquel
(US$ 103 milhões).
Despesas pré-operacionais e de parada alcançaram US$ 1,027 bilhão em 2015,
representando uma queda de 5,6% em relação ao US$ 1,088 bilhão registrado em 2014. A
queda nas despesas pré-operacionais de VNC, S11D e Vargem Grande Itabiritos13
foi
parcialmente compensada pelo aumento de Long Harbour e Nacala.
12
Inclui os efeitos positivos não recorrentes de US$ 230 milhões da transação de goldstream registrada no 1T15 e de US$
331 milhões do ajuste no ARO registrado no 4T15. 13
O projeto de Vargem Grande foi concluído em 2014.
15
Outras despesas operacionais14
caíram para US$ 767 milhões em 2015, ficando 27,4%
abaixo do US$ 1,057 bilhão em 2014.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
As despesas totais caíram para US$ 460 milhões no 4T15 quando comparadas aos US$ 631
milhões alcançados em 3T15, principalmente devido ao efeito positivo não recorrente de
ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões,
que foi parcialmente compensado pelo aumento verificado em outras despesas operacionais
(US$ 154 milhões) e SG&A (US$ 36 milhões).
O SG&A foi de US$ 167 milhões no 4T15, representando um aumento de 27,5% em relação
aos US$ 131 milhões alcançados no 3T15 e uma diminuição de 45,4% em comparação com
os US$ 306 milhões alcançados no 4T14. As despesas com SG&A, líquidas de depreciação,
aumentaram US$ 29 milhões no 4T15 contra o 3T15, apesar do impacto positivo da
depreciação do real (BRL) e do dólar canadense (US$ 5 milhões), principalmente devido: (a)
ao ganho na reversão da provisão para devedores duvidosos no 3T15 (US$ 10 milhões); (b)
ao impacto do acordo coletivo de trabalho nas funções corporativas e de vendas localizadas
no Brasil (US$ 4 milhões); (c) maiores despesas nos contratos globais de serviços de TI
(US$ 3 milhões); (d) à suspensão de contratos corporativos na Austrália (US$ 2 milhões).
Despesas com P&D alcançaram US$ 119 milhões no 4T15, ficando em linha com os US$
121 milhões do 3T15, e caíram 49,4% em relação aos US$ 235 milhões do 4T14. Despesas
com P&D foram concentradas, principalmente, em minério de ferro e pelotas (US$ 27
milhões) e níquel (US$ 30 milhões).
Despesas pré-operacionais e de parada alcançaram US$ 238 milhões no 4T15, ficando
10,5% abaixo dos US$ 266 milhões registrados no 3T15, e representando uma redução de
18,5% em relação aos US$ 292 milhões alcançados no 4T14. As menores despesas com
VNC foram as principais responsáveis pela redução ocorrida no 4T15 em comparação com o
4T14.
Outras despesas operacionais aumentaram para US$ 267 milhões no 4T15, ficando 136,3%
acima dos US$ 113 milhões do 3T15, principalmente devido à baixa de ativos e liquidação de
sinistros, e representando uma redução de 45,6% em relação aos US$ 491 milhões do 4T14.
14
Após deduzir os efeitos da transação de goldstream no 1T15 e o efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações
para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões registrado no 4T15.
16
Despesas US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
SG&A sem depreciação 129 100 247 519 876
SG&A 167 131 306 652 27,6 1.099 27,6
Administrativas 150 132 292 603 25,5 1.019 25,6
Pessoal 55 56 118 267 11,3 436 11,0
Serviços 33 26 53 113 4,8 196 4,9
Depreciação 38 31 59 133 5,6 223 5,6
Outros 24 19 62 90 3,8 164 4,1
Vendas 17 (1) 14 49 2,1 80 2,0
P&D 119 121 235 477 20,2 734 18,5
Despesas pré-operacionais e de parada¹
238 266 292 1.027 43,5 1.088 27,4
VNC 93 97 141 394 16,7 549 13,8
Long Harbour 47 65 42 278 11,8 125 3,1
S11D 14 11 15 52 2,2 29 0,7
Moatize 14 25 10 62 2,6 16 0,4
Outros 70 68 84 241 10,2 369 9,3
Outras despesas operacionais² (64) 113 491 206 8,7 1.057 26,6
Despesas totais 460 631 1.324 2.362 100,0 3.978 100,0
Depreciação 110 161 120 501 431
Despesas sem depreciação 350 470 1.204 1.861 3.547
¹ Inclui US$ 67 milhões de depreciação no 4T15, US$ 83 milhões no 3T15, US$ 61 milhões no 4T14, US$ 314 milhões em 2015 e US$ 209 milhões em 2014.
2 Inclui os efeitos positivos não recorrentes de US$ 230 milhões da transação de goldstream registrada no 1T15 e
de US$ 331 milhões do ajuste de ARO registrado no 4T15.
17
Lucros antes de juros, impostos,
depreciação e amortização15
DESEMPENHO ANUAL
O EBITDA ajustado foi de US$ 7,081 bilhões em 2015, 47% menor do que os US$ 13,353
bilhões registrados em 2014, principalmente em função de menores preços de vendas de
minerais ferrosos (-US$ 10,734 bilhões) e dos metais básicos (-US$ 2,195 bilhões). Menores
custos e despesas compensaram parcialmente o impacto de menores preços em US$ 6,746
bilhões. A margem do EBITDA ajustado foi de 27,7% em 2015.
O EBITDA ajustado foi impactado pelos seguintes efeitos one-off: (a) ganhos na transação
de goldstream registrada no 1T15 (US$ 230 milhões); (b) o ajuste nas Obrigações para
Desmobilização de Ativos (ARO)16
que reduziu despesas no 4T15 (US$ 331 milhões); (b) o
hedge accounting relacionado a custo de frete que aumentou os custos de finos de minério
de ferro (-US$ 412 milhões).
O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting já que
todos os contratos de combustível de navio (bunker oil) registrados em tal programa foram
concluídos no 4T15.
O EBIT ajustado foi de US$ 2,734 bilhões em 2015, 67,8% menor do que em 2014.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O EBITDA ajustado foi de US$ 1,391 bilhão no 4T15, 25,8% menor do que no 3T15,
principalmente como resultado de menores preços de venda na maioria de nossas
commodities o que impactou o EBITDA negativamente em US$ 943 milhões. Menores custos
e despesas compensaram parcialmente o impacto de menores preços em US$ 334 milhões.
A margem do EBITDA ajustado foi de 23,6% no 4T15.
O EBITDA ajustado do trimestre foi positivamente impactado pelo efeito one-off do ARO
mencionado acima (US$ 331 milhões) e negativamente impactado por decisões e/ou eventos
registrados em trimestres anteriores com efeitos no 4T15, como: (a) hedge contábil de
bunker oil nos finos de minério de ferro (US$ 134 milhões); (b) ajuste do preço provisório de
cobre (US$ 60 milhões); (c) ajuste de preço provisório de minério de manganês (US$ 28
15
Receita líquida menos custos e despesas, líquidos de depreciação, mais dividendos recebidos.
16 A revisão anual para a provisão de fechamento de minas e outros ativos gerou um impacto positivo como resultado da
extensão do tempo de vida de algumas minas e uma revisão no escopo dos trabalhos necessários para o fechamento de
ativos.
18
milhões); (d) pela baixa contábil de estoque de materiais de metais básicos (US$ 31
milhões).
O EBIT ajustado foi de US$ 320 milhões no 4T15, ficando 61,6% menor do que no 3T15.
EBITDA ajustado US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Receita operacional bruta 5.986 6.618 9.226 26.047 38.236
Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072 25.609 37.539
CPV (5.119) (5.040) (6.892) (20.513) (25.064)
Despesas com vendas, gerais e administrativas (167) (131) (306) (652) (1.099)
Pesquisa e desenvolvimento (119) (121) (235) (477) (734)
Despesas pré-operacionais e de parada (238) (266) (292) (1.027) (1.088)
Outras despesas operacionais 64 (113) (491) (206) (1.057)
EBIT ajustado 320 834 856 2.734 8.497
Depreciação, amortização e exaustão 984 1.022 1.242 4.029 4.288
Dividendos recebidos 87 19 89 318 568
EBITDA ajustado 1.391 1.875 2.187 7.081 13.353
EBITDA ajustado por segmento US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2.015 2.014
Minerais ferrosos 1.409 1.652 1.702 5.899 11.321
Carvão (149) (129) (204) (508) (669)
Metais básicos 111 193 582 1.388 2.521
Fertilizantes 117 197 75 567 278
Outros (97) (38) 32 (265) (98)
Total 1.391 1.875 2.187 7.081 13.353
19
Lucro líquido
DESEMPENHO ANUAL
A Vale reportou um prejuízo líquido de US$ 12,129 bilhões em 2015 contra um lucro líquido
de US$ 657 milhões em 2014. A queda de US$ 12,786 bilhões foi causada principalmente
por: (a) menor EBITDA (-US$ 6,272 bilhões); (b) maior impairment em ativos, contratos
onerosos e investimentos17
(-US$ 8,189 bilhões) e (c) maiores perdas em variações
monetárias e cambiais (-US$5,280 bilhões). Esta redução foi parcialmente compensada por
impostos diferidos maiores (US$ 5,638 bilhões) e menores despesas financeiras (US$ 1,681
bilhão).
O lucro líquido básico ficou negativo em US$ 1,698 bilhão em 2015 devido: (a) ao impacto de
um EBITDA menor (-US$ 6,272 bilhões); (b) as perdas financeiras em derivativos18
(-US$
975 milhões) e (c) a perda em equivalência patrimonial das empresas coligadas (-US$ 439
milhões). Os impactos negativos no lucro líquido básico foram parcialmente compensados
pelos impostos diferidos (US$ 5,489 bilhões).
Os impairments de ativos e de investimentos19
e o reconhecimento de contratos onerosos
totalizaram US$ 9,372 bilhões em 2015. O aumento no valor dos impairments foi
principalmente devido à redução mais significativa nas premissas de preço usadas para os
testes de impairment.
Os impairments em ativos e o reconhecimento de contratos onerosos (excluindo impairments
em investimentos) totalizaram US$ 8,926 bilhões em 2015 e foram principalmente causados
pelo impacto: (a) da queda no preço de minério de ferro no Sistema Centro-Oeste e a
consequente revisão do plano de produção (US$ 522 milhões em ativos e US$ 357 milhões
em contratos onerosos); (b) da decisão de não se reiniciar as plantas de pelotização no
Sistema Norte (US$ 55 milhões); (c) dos menores preços de carvão e da revisão de planos
de mineração nas minas de carvão na Austrália (US$ 635 milhões); (d) dos menores preços
de carvão e do aumento nos custos de logística em Moçambique (US$ 2,403 bilhões); (e)
menores preços de níquel Nova Caledônia (US$ 1,462 bilhão) e em Newfoundland e
Labrador (US$ 3,460 bilhões); (f) das menores expectativas na recuperação dos valores
investidos no projeto de potássio de Rio Colorado (US$ 548 milhões). Estes valores de
impairment foram parcialmente compensados por reversões de impairments, causadas pelo
impacto de: (a) uma recuperação da produção de níquel de Onça Puma (US$ 252 milhões);
(b) uma depreciação do BRL contra o USD que beneficiou as operações de fosfatados no
Brasil (US$ 391 milhões).
17
De subsidiárias e joint ventures
18 Composto principalmente de commodities e bunker oil
19 De subsidiárias e joint ventures
20
Impairment de ativos US$ milhões
Total de impairments em
2015 (US$ milhões)
Reconhecimento de contratos
onerosos em 2015
Valor do ativo depois do
impairments Dez 31, 2015
Minerais ferrosos
Minério de ferro Sistema Centro-Oeste
522 357 -
Plantas de pelotização 55 - -
Outros 58 - -
Carvão
Ativos em Moçambique 2.403 - 1.729
Ativos na Austrália¹ 635 - 74
Metais básicos
Vale Nova Caledônia (VNC) 1.462 - 3,725
Vale Newfoundland e Labrador (VNL)
3.460 -
2.353
Onça Puma (252) - 2,331
Outros 62 - -
Fertilizantes
Ativos de fosfato (391) - 3.842
Projeto Rio Colorado (PRC) 548 - 20
Outros 7 - -
Total 8.569 357 14.000 1 Incluindo ativos intangíveis de US$ 81 milhões.
Os impairments em investimentos de subsidiárias e joint ventures totalizaram US$ 446
milhões, composto por US$ 132 milhões relacionados à Samarco e US$ 314 milhões
relacionados à Teal Minerals, uma joint venture da Vale e ARM, com participação na
operação de cobre de Lubambe. Os impairments nos investimentos da Samarco mencionado
acima se referem à parte da Vale nos dividendos e royalties já declarados, mas não pagos.
Impairment em investimentos US$ milhões
Total de impairments em 2015
(US$ milhões)
Valor depois do impairments Dez 31, 2015
Minério de ferro
Samarco 132 -
Metais básicos
Teal Minerals 314 -
Total 446 0
O resultado financeiro líquido registrou uma perda de US$ 10,801 bilhões em 2015 contra
uma perda de US$ 6,069 bilhões em 2014. Os principais componentes do resultado
financeiro líquido foram: (a) despesas financeiras (-US$ 1,112 bilhão); (b) receita financeira
(US$ 268 milhões); (c) perdas nas variações monetárias e cambiais (-US$ 7,480 bilhões); (d)
perdas nos swaps de moeda e taxa de juros (-US$ 1,502 bilhão); (e) perdas com outros
derivativos (-US$ 975 milhões), composto principalmente de perdas com derivativos de
bunker oil de US$ 742 milhões.
21
Em 2015, a depreciação de 47% do BRL em relação ao USD levou a uma perda de US$
8,666 bilhões dos quais US$ 7,164 bilhões vieram da exposição da posição líquida de US$
16,720 bilhões de passivos denominados em USD no e de ativos denominados em USD
registrados principalmente no balanço da Vale S.A. (empresa controladora), e a uma perda
de US$ 1,502 bilhão da marcação a mercado de transações de swap implementadas para
converter instrumentos de dívida em USD. Em 2014, a depreciação do BRL em relação ao
USD, da ordem de 13%, causou uma perda de US$ 2,802 bilhões.
No final de 2014, a legislação fiscal brasileira foi alterada pela Lei no 12.973/13, que entrou
em vigor em 2015. Nos termos da legislação alterada, as receitas de controladas no exterior
passaram a ser reconhecidas pelo regime de competência para fins tributários brasileiros.
Impostos adicionais serão aplicáveis no Brasil até a taxa societária brasileira padrão de
imposto de 34%. Em conformidade com a legislação brasileira, com base nos prejuízos
fiscais sofridos em controladas no exterior e em projeções econômicas e financeiras, US$
2,952 bilhões foram registrados como ativos fiscais diferidos no 3T15.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
A Vale reportou um prejuízo líquido de US$ 8.569 bilhões no 4T15 contra um prejuízo líquido
de US$ 2,117 bilhões no 3T15. O aumento da perda de US$ 6,452 bilhões foi ocasionado
principalmente pelos impairments em ativos, contratos onerosos e investimentos citados
anteriormente de US$ 9,372 bilhões, que foi parcialmente compensado por ganhos na
variação cambial e monetária de US$ 5,290 bilhões. O lucro líquido básico ficou negativo em
US$ 1,032 bilhão no 4T15 depois de excluídos os efeitos one-off, devido principalmente a um
menor resultado de despesas financeiras de US$ 246 milhões e as perdas financeiras em
derivativos20
de US$ 289 milhões.
O resultado financeiro líquido registrou um ganho de US$ 353 milhões no 4T15 contra uma
perda de US$ 7,176 bilhões no 3T15. Os principais componentes do resultado financeiro
líquido foram: (a) despesas financeiras (-US$ 326 milhões); (b) receitas financeiras (US$ 80
milhões); (c) ganhos nas variações monetárias e cambiais sobre a dívida denominada em
USD (US$ 173 milhões); (d) ganhos nos swaps de moeda e taxa de juros (US$ 715 milhões)
como resultado da marcação a mercado do total de dívida da Vale causado pelo aumento no
Credit Default Swap (CDS) da Vale; (e) perdas em outros derivativos (-US$ 289 milhões),
compostas principalmente de perdas com derivativos de bunker oil no total de US$ 212
milhões.
Diferentemente da depreciação de 28% do BRL em relação ao USD no 3T15 que causou
uma perda de US$ 6,221 bilhões, a apreciação de 2% do BRL contra o USD no 4T15 levou a
um ganho de US$ 970 milhões. Deste total, US$ 255 milhões vieram da diferença de US$
20
Composta principalmente de bunker oil e commodities
22
17.402 bilhões de passivos denominados em USD e de ativos denominados em USD21
no
balanço financeiro da Vale (empresa controladora) e US$ 715 milhões da marcação a
mercado de transações de swap implementadas para converter instrumentos de dívida em
USD.
Resultado de equivalência patrimonial
DESEMPENHO ANUAL
O resultado de equivalência patrimonial registrou uma perda de US$ 439 milhões em 2015,
contra um resultado positivo de US$ 505 milhões obtido em 2014. As principais contribuições
para o resultado de equivalência patrimonial negativo foram dadas pela CSP (US$ 307
milhões) e pela Samarco (US$ 167 milhões) devido ao impacto da depreciação do BRL na
dívida denominada em USD dessas empresas, e pela Teal Minerals (US$ 129 milhões).
Contribuições positivas para a equivalência patrimonial vieram das usinas de pelotização em
Tubarão (US$ 106 milhões), da Aliança Geração Energia (US$ 50 milhões), VLI (US$ 46
milhões), MRS (US$ 43 milhões) e da MRN (US$ 40 milhões).
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O resultado de equivalência patrimonial registrou uma perda de US$ 37 milhões no 4T15
contra um resultado negativo de US$ 349 milhões no 3T15. As principais contribuições
negativas para a equivalência patrimonial foram provenientes da Teal Minerals (-US$ 99
milhões) e da CSA (-US$ 20 milhões). As contribuições para o resultado de equivalência
patrimonial vieram das usinas de pelotização de Tubarão (US$ 26 milhões), da Aliança
Geração Energia (US$ 24 milhões), da MRN (US$ 20 milhões), da VLI (US$ 14 milhões) e da
MRS (US$ 11 milhões).
21
O ganho de US$ 216 milhões incluiu o impacto da apreciaç ão do BRL em: (a) a dívida denominada em USD registrada
como resultado financeiro (US$ 134 milhões); (b) outros ativos e passivos (US$ 82 milhões).
23
Lucro líquido básico milhões de US$ 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Lucro líquido básico (1.032) (961) (251) (1.698) 4.419
Itens excluidos do lucro líquido básico
Impairment em ativos e investimentos (9.372) - (378) (9.372) (1.152)
Ganho (perda) no valor justo dos ativos de longo prazo
(29) (48) (167) 61 (167)
Imposto de renda diferido - Subsidiárias no exterior
- 2.990 - 2.990 -
Debêntures participativas 252 75 62 963 (315)
Variação cambial 255 (5.025) (1.186) (7.164) (2.119)
Variação monetária (82) (92) (71) (316) (81)
Swaps de moedas e taxas de juros 715 (1.196) (524) (1.502) (683)
Fair value de instrumentos financeiros (80) 29 17 (69) (115)
Ganho (perda) na venda de investimentos - - - 97 (61)
Ganho (perda) de variação cambial na equivalência patrimonial
- - - - (159)
Efeitos no imposto sobre impairments 1.164 - 70 1.164 (57)
Imposto sobre os itens excluídos (360) 2.111 579 2.716 1.147
Lucro líquido (prejuízo) (8.569) (2.117) (1.849) (12.129) 657
Resultado financeiro US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Despesas financeiras (326) (352) (502) (1.112) (2.936)
Juros brutos¹ (229) (239) (259) (891) (1.148)
Contingências fiscais e trabalhistas (19) 10 (22) (59) (91)
Outros² 43 15 (56) 386 (1.014)
Despesas financeiras (REFIS) (121) (138) (165) (547) (683)
Receitas financeiras 80 92 55 268 401
Derivativos 426 (1.799) (1.087) (2.477) (1.334)
Swaps de moedas e taxas de juros 715 (1.196) (524) (1.502) (683)
Outros (bunker oil, commodities, etc) (289) (603) (563) (975) (651)
Variação cambial 255 (5.025) (1.186) (7.164) (2.119)
Variação monetária (82) (92) (71) (316) (81)
Resultado financeiro líquido 353 (7.176) (2.791) (10.801) (6.069)
¹ A capitalização de juros sobre o imobilizado em construção totalizou US$ 193 milhões no 4T15, US$ 195 milhões no
3T15, US$ 96 milhões no 4T14, US$ 761 milhões em 2015 e US$ 588 milhões em 2014.
² Outras despesas financeiras incluem a marcação a mercado das debêntures participativas que foi de US$ 253 milhões no
4T15, US$ 75 milhões no 3T15, US$ 62 milhões no 4T14, US$ 964 milhões em 2015 e -US$ 315 milhões em 2014.
24
Efeitos da volatilidade do câmbio
no desempenho financeiro da Vale
DESEMPENHO ANUAL
Em 2015, o real (BRL), de ponta a ponta, depreciou 47% em relação ao dólar Americano
(USD) passando de BRL 2,66/USD, em 30 de dezembro de 2014, para BRL 3,90/USD, em
30 de dezembro de 2015. Considerando a média trimestral, a taxa de câmbio foi depreciada
em 42%, de uma média de BRL 2,35/USD em 2014, para uma média de BRL 3,34/USD em
2015.
Apesar da Vale informar seu desempenho financeiro em USD, a depreciação do BRL
impacta seus resultados, pois a moeda funcional da empresa controladora Vale S.A. é o
BRL.
A depreciação, de ponta a ponta, do BRL em relação ao USD e a outras moedas produziu
principalmente perdas não caixa de US$ 8,666 bilhões no nosso lucro antes do imposto de
renda em 2015, causadas pelos seguintes impactos.
• Da diferença nos passivos denominados em USD e outras moedas e nos ativos
denominados em USD e outras moedas (contas a receber, caixa etc) – a qual sofreu uma
perda de US$ 7,164 bilhões em 2015, registrada nas demonstrações financeiras como
“Variações monetárias e cambiais”.
• Dos derivativos de forward e swaps usados para reduzir a volatilidade do nosso fluxo de
caixa em USD. Em 2015, as mudanças na marcação a mercado do valor e liquidação dos
swaps cambiais de BRL e outras moedas para USD causaram uma perda não recorrente
de US$ 1,502 bilhão.
A depreciação média anual do BRL também gerou efeitos positivos nos nosso fluxo de
caixa. Em 2015, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto o nosso
CPV foi 49% denominado em BRL, 34% em USD e 13% em dólares canadenses (CAD).
Cabe lembrar ainda que cerca de 75% dos nossos investimentos foram denominados em
BRL. A depreciação do BRL e de outras moedas em 2015 diminuiu o nosso CPV e
despesas em US$ 4,862 bilhões.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
No 4T15, o real (BRL), de ponta a ponta, apreciou 1,7% em relação ao dólar americano
(USD) passando de BRL 3,97/USD, em 30 de setembro de 2015, para BRL 3,90/USD, em
30 de dezembro de 2015. Considerando a média trimestral, a taxa de câmbio foi depreciada
25
em 8,7%, de uma média de BRL 3,54/USD no 3T15, para uma média de BRL 3,84/USD no
4T15.
A apreciação, de ponta a ponta, do BRL em relação ao USD e a outras moedas produziu
principalmente ganhos não caixa de US$ 970 milhões no nosso lucro antes do imposto de
renda no 4T15, causadas pelos seguintes impactos:
• Da diferença nos passivos denominados em USD e outras moedas e os ativos
denominados em USD e outras moedas (contas a receber, caixa etc) – a qual sofreu um
ganho de US$ 255 milhões no 4T15, registrada nas demonstrações financeiras como
“Variações monetárias e cambiais”.
• Dos derivativos de forward e swaps usados para reduzir a volatilidade do nosso fluxo de
caixa em USD. No 4T15, as mudanças na marcação a mercado do valor e liquidação dos
swaps cambiais de BRL e outras moedas para USD causaram um ganho não recorrente
de US$ 715 milhões.
A depreciação média trimestral do BRL também gerou efeitos positivos nos nosso fluxo de
caixa. No 4T15, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto o nosso
CPV foi 45% denominado em BRL, 37% em USD e 13% em dólares canadenses (CAD).
Cabe lembrar ainda que cerca de 75% dos nossos investimentos foram denominados em
BRL. A depreciação do BRL e de outras moedas no 4T15 diminuiu o nosso CPV e despesas
em US$ 210 milhões.
26
Investimentos
Os investimentos totalizaram US$ 8,401 bilhões em 2015, sendo compostos por US$ 5,548
bilhões em execução de projetos e US$ 2,853 bilhões em investimentos correntes na
manutenção das operações. Os investimentos foram reduzidos em US$ 3,578 bilhões em
2015 quando comparados aos US$ 11,979 bilhões gastos em 2014. O investimento anual
excedeu o guidance anteriormente dado por US$ 200 milhões, como resultado de uma
execução melhor do que esperada do projeto S11D e de sua logística associada.
No 4T15, os investimentos realizados pela Vale totalizaram US$ 2,193 bilhões compostos
por US$ 1,366 bilhão em execução de projetos e US$ 827 milhões em investimentos
correntes.
Investimento total por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
Minerais ferrosos 1.087 1.099 2.382 4.946 58,9 7.140 59,6
Carvão 464 333 555 1.539 18,3 2.336 19,5
Metais básicos 533 370 608 1.556 18,5 1.604 13,4
Fertilizantes 97 55 122 257 3,1 320 2,7
Energia 10 16 59 78 0,9 160 1,3
Aço 3 6 15 22 0,3 222 1,8
Outros - - 8 3 - 195 1,6
Total 2.193 1.879 3.749 8.401 100,0 11.979 100,0
Execução de projetos
Os investimentos da Vale em execução de projetos foram reduzidos de US$ 7,920 bilhões
em 2014 para US$ 5,548 bilhões em 2015, com a conclusão de projetos, a otimização de
escopo e o impacto positivo da depreciação do BRL.
Os segmentos de minerais ferrosos e de carvão representaram, respectivamente, cerca de
65% e 32%,do total investido na execução de projetos no 4T15.
Execução de projetos por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
Minerais ferrosos 894 878 1.523 3.878 69,9 4.836 61,1
Carvão 431 311 510 1.472 26,5 2.184 27,6
Metais básicos 16 10 149 54 1,0 462 5,8
Fertilizantes 13 11 27 45 0,8 63 0,8
Energia 9 16 56 77 1,4 155 2,0
Aço 3 6 15 22 0,4 222 2,8
Total 1.366 1.232 2.279 5.548 100,0 7.920 100,0
27
MINERAIS FERROSOS
Cerca de 85% dos US$ 894 milhões investidos no segmento de minerais ferrosos no 4T15
referem-se às iniciativas de crescimento no negócio de minério de ferro, especificamente ao
projeto S11D e sua expansão de logística associada (US$ 760 milhões).
Área de montagem entre o Sistema 4 e a casa de transferência 01
O projeto S11D (incluindo mina, usina e logística associada – CLN S11D) alcançou 67% de
avanço físico consolidado no 4T15, sendo composto por 80% de avanço físico na mina e 57%
na logística. O ramal ferroviário alcançou 81% de avanço físico e as obras civis de fundação
na expansão do porto alcançaram 99% de avanço físico. A capacidade da ferrovia existente
aumentou para 147 Mtpa com a duplicação de 59 km e a conclusão de 8 segmentos.
EFC (Estrada de Ferro Carajás) expansão da ferrovia - Ponte sobre o rio Cajuapara
O projeto Cauê Itabiritos, com capacidade nominal de 7 Mtpa de sinter feed e 16 Mtpa de
pellet feed está em processo de ramp-up e com os tie-ins em estágio final. O projeto foi
28
entregue dentro do prazo e do orçamento, com investimentos totais de US$ 926 milhões e
avanço físico de 95% até o fim do trimestre.
A 5ª linha de Brucutu concluiu seu ramp-up no 3T15, as plantas de Conceição I e Vargem
Grande Itabiritos concluíram seus ramp-ups no 4T15. Conceição Itabiritos II teve seu start-up
no 2T15, progredindo conforme planejado.
CARVÃO
A Vale investiu US$ 196 milhões no projeto de Moatize II e US$ 259 milhões em sua logística
associada – o Corredor Nacala no 4T15.
O projeto de Moatize II alcançou 99% de avanço físico no 4T15 com o comissionamento do
handling system e os testes com carga em uma linha da CPP (Coal Preparation Plant)
iniciados. As duas linhas estão programadas para completar os testes com carga até março.
A revitalização das seções brownfield da ferrovia foi concluída no 4T15. Já o Corredor
Logístico de Nacala (CLN) transportou e embarcou com sucesso 523.000 toneladas de
carvão no porto de Nacala e realizou quatro embarques até janeiro de 2016.
Descrição e status dos principais projetos
Projeto Descrição Capacidade (Mtpa)
Status
Projetos de minerais ferrosos
Carajás Serra Sul S11D
Desenvolvimento da mina e usina de processamento, localizadas na Serra Sul de Carajás, Pará
90 Entrega dos eletrocentros da mina e da planta em andamento
Linha de transmissão que liga Carajás a Canaã foi energizada
CLN S11D Duplicação de 570 km da estrada de ferro, incluindo a construção de um ramal ferroviário com 101 km.
Aquisição de vagões, locomotivas e expansões on-shore e off-shore no terminal marítimo da Ponta da Madeira.
(80)a Obras civis de fundação da
ampliação do porto em andamento – estaqueamento no berço norte off-shore 99% concluído.
Duplicação da ferrovia alcançou 41% de avanço físico
Ramal ferroviário alcançou 81% de avanço físico
CSPb Desenvolvimento de uma planta de
placas de aço em parceria com Dongkuk e Posco, localizada no Ceará.
1.5 Montagem das estruturas metálicas alcançou 97% de avanço físico
Obras civis alcançaram 99% de avanço físico
Projetos de carvão
Moatize II Nova mina e duplicação da CHPP de Moatize, assim como da infraestrutura relacionada, localizadas em Tete, Moçambique.
11 Montagem eletromecânica alcançou 99% de avanço físico
Comissionamento das correias transportadoras foi iniciado
Testes na linha da CHPP foram iniciados
29
Indicadores de progresso22
Capex de manutenção das operações existentes
Os investimentos na manutenção das operações foram reduzidos de US$ 4,059 bilhões em
2014 para US$ 2,853 bilhões em 2015.
Em uma comparação trimestral, os investimentos na manutenção das operações
aumentaram devido à sazonalidade. Os investimentos somaram US$ 827 milhões no 4T15,
aumentando US$ 180 milhões quando comparados com o 3T15. Os segmentos de metais
básicos e de minerais ferrosos somaram 62% e 23%, respectivamente, do total investido na
manutenção das operações no 4T15.
Os investimentos correntes das operações do segmento de minerais ferrosos incluíram, entre
outros: (a) substituição e aquisição de novos equipamentos (US$ 94 milhões); (b) melhorias
nos padrões atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 23 milhões); (c)
manutenção, melhorias e expansão das barragens de rejeitos (US$ 17 milhões); (d) melhoria
22
Na tabela a seguir, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas
estejam incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de
Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex do ano é revisada a penas uma vez por ano.
a Capacidade l íquida adicional.
b Relativo à participação da Vale no projeto.
Projeto Capacidade
(Mtpa)
Data de start-up
estimada
Capex realizado (US$ milhões)
Capex estimado (US$ milhões) Avanço
físico 2015 Total 2016 Total
Projetos de minerais ferrosos
Carajás Serra Sul S11D
90 2S16 1.163 4.655 921 6.405c 80%
CLN S11D 230 (80)b
1S14 a 2S18
1.814 4.467 1.372 7.850d 57%
CSPa 1,5 1S16 - 1.055 188 1.224
e 97%
Projetos de carvão
Moatize II 11 1S16 558 1.942 105 2.068f 99%
a Relativo à participação da Vale no projeto.
b Capacidade l íquida adicional.
c Capex original orçado de US$ 8,089 bilhões.
d Capex original orçado de US$ 11,582 bi lhões.
e Capex original orçado de US$ 2,734 bilhões; Do capex original - US$ 1,491 bilhão será financiado diretamente pelo projeto CSP.
f Capex original de US$ 2,068 bilhões somados de US$ 0,45 bi lhões de material rodante
30
operacional (US$ 20 milhões). Manutenção de ferrovias e portos que servem nossas
operações de mineração no Brasil e na Malásia totalizou US$ 65 milhões.
Os investimentos correntes em finos de minério de ferro, excluindo investimentos correntes
em plantas de pelotização, somaram US$ 178 milhões no 4T15, equivalentes a US$ 2,3/wmt
de volume vendido no 4T15, representando uma redução de 25,8% em relação aos US$
3,1/wmt no 3T15 refletindo otimizações no escopo, impacto positivo da depreciação do BRL
e efeito de maiores volumes.
Os investimentos correntes das operações de metais básicos foram dedicados
principalmente: (a) à melhoria operacional (US$ 371 milhões); (b) a melhorias nos padrões
atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 69 milhões); (c) à substituição e
aquisição de novos equipamentos (US$ 48 milhões); (d) à manutenção, melhoria e expansão
das barragens de rejeitos (US$ 21 milhões).
Os investimentos correntes no segmento de metais básicos referentes à melhoria
operacional ficaram 52,9% acima do 3T15. Este aumento resultou, principalmente, de
maiores pagamentos de serviços realizados em Long Harbour no 4T15, de acordo com a
sazonalidade típica e com o orçamento de 2015. Long Harbour alcançou um marco
importante no 4Q15, quando começou a operar exclusivamente com o feed de Voisey’s Bay.
Para 2016, o orçamento de investimentos correntes do segmento de metais básicos ficou
aproximadamente 25% abaixo do orçamento do ano de 2015.
Investimento realizado por tipo - 4T15
US$ milhões Minerais Ferrosos
Carvão Metais
Básicos Fertilizant
es TOTAL
Operações 114 14 419 54 601
Pilhas e Barragens de Rejeitos 17 3 21 7 48
Saúde & Segurança 19 1 65 8 92
Responsabilidade Social Corporativa 10 - 5 10 25
Administrativo & Outros 35 15 7 4 61
Total 194 33 517 83 827
Investimento em manutenção realizado por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
Minerais ferrosos 193 221 859 1.068 37,4 2.305 56,7
Carvão 33 22 46 67 2,3 153 3,8
Metais básicos 517 360 459 1.502 52,6 1.144 28,2
Fertilizantes 83 44 95 212 7,4 258 6,4
Energia 1 - 3 1 0,1 5 0,1
Outros - - 8 3 0,1 197 4,8
Total 827 647 1.470 2.853 100,0 4.061 100,0
31
Gestão de portfólio
A Vale vendeu quatro navios VLOCs (very large ore carriers) com capacidade de 400.000
toneladas para a ICBC Financial Leasing no 4T15. A transação totalizou US$ 423 milhões.
As vendas de ativos somaram US$ 3,525 bilhões em 2015, com US$ 1,316 bilhão
proveniente da venda de 12 navios VLOCs para empresas chinesas, US$ 1,089 bilhão da
venda de 36,4% das ações preferenciais MBR, US$ 900 milhões de outra transação de
goldstream e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia.
Responsabilidade social corporativa
Os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 366 milhões no
4T15, dos quais US$ 269 milhões foram destinados à proteção e conservação ambiental e
US$ 97 milhões dedicados a projetos sociais.
32
Indicadores de Endividamento
A dívida bruta totalizou US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015, ficando levemente
superior aos US$ 28,675 bilhões em 30 de setembro de 2015, principalmente em função: (a)
da distribuição de dividendos no montante de US$ 500 milhões em outubro; (b) do impacto
na variação cambial do BRL na dívida denominada em USD23
. Estes impactos foram
compensados parcialmente pelos recursos de caixa no valor de US$ 423 milhões oriundos
da venda de navios no 4T15. A dívida bruta permaneceu em linha com os US$ 28,807
bilhões em 31 de dezembro de 2014. A dívida líquida aumentou em US$ 1,021 bilhão se
comparado ao 3T15, totalizando US$ 25,234 bilhões, baseada numa posição de caixa de
US$ 3,619 bilhões em 31 de dezembro de 2015.
Posição da dívida
Após transações de swap de moedas e juros, a dívida bruta da Vale em 31 de dezembro de
2015 foi composta por 24% de dívidas a taxas de juros flutuantes e 76% a taxas de juros
fixas, sendo que 93% de nossa dívida estavam denominados em dólares norte-americanos.
O prazo médio da dívida foi reduzido ligeiramente para 8,1 anos. O custo médio da dívida,
após as operações de hedge mencionadas anteriormente, aumentou para 4,47% ao ano em
31 de dezembro de 2015 em relação a 4,37% em 30 de setembro de 2015.
23
No 4T15, do início ao final do período o BRL apreciou 1,7% em relação ao dólar (USD).
33
O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM24
EBITDA ajustado/LTM
pagamento de juros, foi de 4,8x em 31 de dezembro de 2015 contra 5,3x em 30 de setembro
de 2015.
A alavancagem, medida pela relação da dívida bruta/LTM EBITDA ajustado, foi de 4,1x em
31 de dezembro de 2015. Embora a maior parte dos nossos acordos de financiamento não
contenham covenants financeiros, a Vale tem 21% do total da dívida no final de 2015 com
esta medida de alavancagem como um covenant financeiro em contratos com o BNDES e
outras agências de exportação e desenvolvimento. Como medida preventiva, a Vale
concretizou acordos, durante o último trimestre, para aumentar o limite superior do covenant
financeiro de dívida bruta por EBITDA ajustado de 4,5x para 5,5x até o final de 2016. Este
tipo de medida garante mais flexibilidade durante o período no qual a Vale finaliza seu ciclo
de investimento.
Indicadores de endividamento
US$ milhões 4T15 3T15 4T14
Dívida bruta 28.853 28.675 28.807
Dívida líquida 25.234 24.213 24.685
Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 4,1 3,6 2,2
LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 4,8 5,3 8,6
24
Últimos 12 meses.
34
O desempenho dos segmentos de
negócios
O EBITDA ajustado do segmento de minerais ferrosos diminuiu para 83.3% em 2015 contra
84,8% em 2014, enquanto o do segmento de metais básicos aumentou para 19,6% em
comparação com os 18,9% do ano anterior. A parcela do segmento de fertilizantes aumentou
para 8,0% se comparada à contribuição de 2,1% em 2014. A contribuição dos segmentos de
Carvão e Outros passou de -5,0% em 2014 para -7,2% em 2015 e de -0,7% em 2014 para -
3,7% em 2015, respectivamente.
A contribuição do segmento de minerais ferrosos no EBITDA ajustado foi de 101,3% no
4T15, seguido pelo segmento de fertilizantes, que contribuiu com 8,4%. O EBITDA ajustado
do segmento de metais básicos representou 8,0% do total, enquanto os segmentos de
Carvão e Outros contribuíram negativamente com -10,7% e -7,0% do EBITDA ajustado total,
respectivamente.
Informações dos segmentos ― 2015, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis
Receita operacional Despesas
US$ milhões Bruta Líquida Custos SG&A
e outras
P&D Pré-
operacional e de parada
Dividendos EBITDA
Ajustado¹
Minerais ferrosos 16.821 16.562 (10.241) (380) (128) (169) 255 5.899
Minério de ferro - finos
12.382 12.330 (7.604) (398) (121) (124) 22 4.105
ROM 111 102 (50) 0 0 0 0 52
Pelotas 3.717 3.600 (2.121) 9 (4) (24) 225 1.685
Outros 428 368 (291) 8 (3) (2) 8 88
Mn & ferroligas 183 162 (175) 1 0 (19) 0 (31)
Carvão 526 526 (839) (140) (22) (61) 28 (508)
Metais básicos 6.170 6.163 (4.296) 44 (111) (412) 0 1.388
Níquel2 4.693 4.693 (3.393) (154) (103) (411) 0 632
Cobre3 1.478 1.470 (903) 198 (8) (1) 0 756
Fertilizantes 2.386 2.225 (1.469) (37) (82) (70) 0 567
Outros 143 133 (139) (160) (134) 0 35 (265)
Total 26.047 25.609 (16.984) (673) (477) (712) 318 7.081
¹ Excluindo efeitos não-recorrentes.
² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel 3 Incluindo subprodutos das operações de cobre
Informações dos segmentos – 2015, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis.
35
Informações dos segmentos ― 4T15, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis
Receita operacional Despesas
US$ milhões Bruta Líquida Custos SG&A
e outras
P&D¹ Pré-
operacional e de parada
Dividendos EBITDA
Ajustado¹
Minerais ferrosos 3.883 3.830 (2.497) 120 (27) (61) 44 1.409
Minério de ferro - finos
2.956 2.945 (1.924) 128 (26) (50) 22 1.095
ROM 14 13 (4) - - - - 9
Pelotas 806 780 (453) (7) (1) (5) 22 336
Outros 93 79 (71) (4) - (1) - 3
Mn & ferroligas 14 13 (45) 3 - (5) - (34)
Carvão 108 108 (260) (9) (4) (12) 28 (149)
Metais básicos 1.458 1.458 (1.131) (95) (32) (89) - 111
Níquel2 1.107 1.107 (892) (74) (30) (89) - 22
Cobre3 351 351 (239) (21) (2) - - 89
Fertilizantes 513 481 (319) (14) (22) (9) - 117
Outros 24 22 (37) (63) (34) - 15 (97)
Total 5.986 5.899 (4.244) (61) (119) (171) 87 1.391 1 Excluindo efeitos não-recorrentes.
² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel 3 Incluindo subprodutos das operações de cobre
Informações dos segmentos – 4T15, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis.
36
Minerais ferrosos
O EBITDA Ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 5,899 bilhões em 2015, 47,9%
abaixo do registrado em 2014, principalmente como resultado de menores preços de vendas
(-US$ 11,414 bilhões), que foram parcialmente compensados por aumento real de
competitividade de US$ 3,477 bilhões tais como: (a) iniciativas comerciais e de marketing
(US$ 680 milhões); (b) maiores volumes de vendas (US$ 1,599 bilhão); (c) favoráveis
renegociações de contratos de afretamento (US$ 300 milhões); (d) iniciativas em andamento
de corte de custos (US$ 898 milhões).
Iniciativas comerciais, de marketing e operacionais atingiram US$ 680 milhões, impactando
positivamente as vendas em 2015. As iniciativas foram principalmente: (a) o incremento na
média do prêmio negociado de finos de minério de ferro; (b) o incremento no preço realizado
dos contratos de vendas FOB realizados; (c) a mudança no portfólio de produtos; (d) o
incremento na qualidade dos produtos.
Variação EBITDA
37
Minério de ferro
DESEMPENHO ANUAL
EBITDA
O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro foi de US$ 4,105 bilhões em 2015, ficando
49,2% menor do que em 2014 e impactando negativamente o EBITDA ajustado em US$
3,971 bilhões, principalmente em razão de menores preços de vendas.
O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da Vale
uma vez que a exposição a contratos de bunker oil foi liquidada no 4T15. O programa de
hedge accounting teve um impacto negativo de US$ 412 milhões no EBITDA ajustado de
2015.
RECEITA E VOLUMES DE VENDAS
A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e Run of Mine
(ROM), totalizou US$ 12,330 bilhões em 2015, ficando 36,1% abaixo de 2014. A queda se
deve, sobretudo, aos preços menores de venda de minério de ferro (US$ 8,549 bilhões), em
parte compensados pelos maiores volumes de vendas, os quais contribuíram com US$ 1,578
bilhão na receita em comparação com 2014.
Os principais fatores que contribuíram para o aumento do volume de vendas de finos de
minério de ferro de 255,9 Mt em 2014 para 276,4 Mt em 2015 foram a oferta anual recorde
de 345,9 Mt de finos de minério de ferro (incluindo compra de terceiros) e o aumento da
aquisição de minério de ferro de terceiros (12,5 Mt). As vendas de ROM atingiram 14,1 Mt
em 2014.
O preço25
médio realizado CFR/FOB do minério de ferro foi de US$ 44,6 por tonelada métrica
em 2015, significativamente menor do que os US$ 75,4 realizados em 2014.
CUSTOS E DESPESAS
Os custos dos finos de minério de ferro alcançaram US$ 7,604 bilhões (ou US$ 8,720 bilhões
incluindo depreciação) em 2015 contra US$ 9,532 bilhões em 2014. Após deduzidos os
efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 1,023 bilhão) e variação cambial (-US$ 1,442
bilhões), os custos reduziram-se em US$ 1,510 bilhão na comparação com 2014. Isto
ocorreu, principalmente devido às iniciativas recorrentes de redução de custos e ao ramp-up
das minas de N4WS e extensão N5S, Conceição Itabiritos II e Vargem Grande Itabiritos.
25
O preço realizado CFR/FOB wmt é o preço médio ponderado das vendas CFR e FOB da Vale.
38
O custo operacional total no porto (mina, planta, ferrovia e porto, excluindo royalties) foi de
US$ 3.825 bilhões. O custo caixa foi apurado descontando do CPV: (a) os custos do frete de
minério de ferro (US$ 2.825 bilhões); (b) depreciação (US$ 1,116 bilhão); (c) minério de ferro
adquirido de terceiros (US$ 210 milhões); (d) hedge de bunker oil contabilizado como “hedge
accounting” (US$ 412 milhões). O custo operacional por tonelada métrica (excluindo ROM e
royalties) em 2015 foi de US$ 14,4/t, significativamente inferior aos US$ 20,8/t de 2014.
SG&A26
e outras despesas diminuíram significativamente para US$ 398 milhões, ficando
68,4% menor do que em 2014, após o ajuste para os efeitos não recorrentes de Obrigações
para Desmobilização de Ativos (ARO) de US$ 322 milhões.
Despesas pré-operacionais² diminuíram para US$ 124 milhões, ficando 25,5% abaixo de
2014, como resultado do ramp-up N4WS, extensão N5S, Conceição itabiritos II e Vargem
Grande.
A margem EBITDA ajustado dos finos de minério de ferro (excluindo ROM e minério de
terceiros) foi de US$ 14,7/t em 2015
DESEMPENHO TRIMESTRAL
EBITDA
O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro no 4T15 foi de US$ 1,095 bilhão, ficando
US$ 127 milhões abaixo do US$ 1,222 bilhão alcançado no 3T15, principalmente em função
de menores preços de vendas (-US$ 738 milhões), os quais foram parcialmente
compensados por maiores volumes de vendas (US$ 125 milhões), menores custos de SG&A
(US$ 258 milhões) e, ainda, em decorrência do impacto dos efeitos não recorrentes de
Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) de US$ 322 milhões em outras despesas.
O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da Vale,
uma vez que toda a exposição aos contratos de bunker oil foi liquidada no 4T15. O programa
de hedge accounting teve impacto negativo de US$ 134 milhões no EBITDA ajustado de
2015.
RECEITA E VOLUMES DE VENDAS
A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro totalizou US$ 2,945 bilhões no
4T15, ficando 10,1% abaixo do 3T15 devido aos menores preços de vendas. A receita de
venda de Run of Mine (ROM) foi de US$ 13 milhões no 4T15.
A produção própria de minério de ferro da Vale, excluindo o minério de ferro adquirido de
terceiros e a produção atribuível à Samarco, foi de 85,4 Mt no 4T15, ficando 2,4Mt acima do
26
Líquido de depreciação.
39
4T14 e representando um recorde de produção para um quarto trimestre. O bom
desempenho operacional ocorreu em razão dos ramp-ups de N4WS e da extensão da mina
de N5S, de Conceição Itabiritos II e de Vargem Grande Itabiritos.
O volume de vendas de finos de minério de ferro alcançou 79,2 Mt no 4T15, ficando 12,3%
acima do 3T15 e 6,2% acima do 4T14, suportado: (a) pela produção de 85,4 Mt; (b) pela
aquisição de 3,1 Mt de minério de ferro de terceiros; (c) pela dedução de 11,6 Mt de finos de
minério de ferro utilizado na produção de pelotas; (d) pelo consumo de 3,9 Mt do estoque; (e)
pela dedução de 1,6 Mt de vendas de ROM.
As vendas CFR de finos de minério de ferro aumentaram de 44,9 Mt no 3T15 para 53.6 Mt
no 4T15, representando 68% das vendas no 4T15. Este aumento pode ser explicado pelo
maior volume de vendas para a China, que são principalmente negociadas em base CFR.
Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Minério de ferro - finos 2.945 3.278 4.568 12.330 19.301
ROM 13 24 42 102 215
Pelotas 780 883 1.270 3.600 5.263
Manganês e Ferroligas 13 26 131 162 392
Outros 79 101 105 368 526
Total 3.830 4.312 6.116 16.562 25.697
Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Minério de ferro - finos 79.213 70.530 74.603 276.393 255.877
ROM 1.627 3.546 3.552 12.269 14.075
Pelotas 10.837 11.961 12.686 46.284 43.682
Manganês 568 448 828 1.764 1.879
Ferroligas 12 3 36 69 150
PREÇOS REALIZADOS
As vendas de minério de ferro no 4T15 foram distribuídas em três sistemas de precificação:
(a) 47% baseadas nos preços trimestrais, mensais e diários correntes, incluindo as vendas a
preços provisórios que foram liquidadas dentro do trimestre; (b) 42% baseadas em preços
provisionados com liquidação pelo preço no momento da entrega (que ainda não tinham sido
liquidadas no final do trimestre); (c) 11% relacionadas a preços passados (trimestre
defasado).
O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM)
caiu em US$ 10,9/t, passando de US$ 56,0/t no 3T15 para US$ 45,1/t no 4T15 e ficando
US$ 1,6/t menor do que a média do índice Platts IODEX 62% de US$ 46,7/t no 3T15.
40
O preço CFR/FOB wmt de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM), caiu em US$ 9,3/t
passando de US$ 46,5/t no 3T15 para US$ 37,2/t no 4T15 após o ajuste pelo efeito das
vendas FOB, que somaram 32% do total de vendas e de umidade.
A realização de preço no 4T15 foi impactada pelos seguintes motivos:
Preços provisórios no final do 3T15 de US$ 51,5/t, que mais tarde foram reajustados
com base no preço de entrega do 4T15, impactaram negativamente os preços do
4T15 em US$ 1,0/t contra um negativo de US$ 0,7/t no 3T15 curva do IODEX com
tendência de queda no 4T15.
Preços provisórios estabelecidos no final do 4T15 de US$ 41,0/t contra a média
IODEX de US$ 46,7/t no 4T15, impactaram negativamente os preços no 4T15 em
US$ 2,4/t contra um impacto negativo de US$ 1,1/t no 3T15.
Contratos com preços defasados (lagged) no trimestre, precificados a US$ 56,6/t,
baseados nos preços médios de jun-jul-ago, impactaram positivamente os preços no
4T15 em US$ 1,1/t contra o impacto positivo de US$ 0,2/t no 3T15.
No 4T15, as vendas de minério de ferro de 33,3 Mt, ou 42% do mix de vendas da Vale, foram
registradas sob o sistema de preços provisional, fixado no final do 4T15 em US$ 41/t. Os
preços finais destas vendas serão determinados e registrados no 1T16.
A diminuição no preço do bunker oil reduziu os custos de frete, logo impactando
positivamente a liquidação dos preços FOB no 4T15 em US$ 1,0/t contra uma redução de
US$ 1,3/t no 3T15. Os preços do bunker oil impactaram os preços de venda FOB, uma vez
que a diminuição nos preços do bunker oil levou a uma dedução inferior ao preço de
referência IODEX CFR usado para determinar o preço FOB.
41
Realização de preços – finos de minério de ferro
Preço médio de vendas US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Minério de ferro - Metal Bulletin 65% index 50,09 62,11 82,90 62,12 105,82
Minério de ferro - Platts's 62% IODEX 46,65 54,90 74,28 55,50 96,70
Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt)
45,10 56,00 75,50 54,60 92,70
Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB
37,18 46,48 61,21 44,61 75,43
ROM 7,99 6,77 11,82 8,31 15,28
Pelotas CFR/FOB 71,98 73,80 100,11 77,78 120,48
Manganês 7,04 52,14 111,11 56,44 118,15
Ferroligas 750,00 836,67 1.083,33 904,16 1.125,83
CUSTOS E DESPESAS
Os custos de minério de ferro totalizaram US$ 1,924 bilhão (ou US$ 2,183 bilhões incluindo
depreciação) no 4T15. Os custos reduziram-se em US$ 131 milhões quando comparados
com os do 3T15 após a dedução dos efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 280
milhões) e das variações cambiais (-US$ 63 milhões). O decréscimo foi causado,
principalmente, por menores custos de frete (-US$ 122 milhões), menores custos de
materiais (-US$ 17 milhões) e menores custos de energia (-US$ 9 milhões).
Os custos de energia (eletricidade, óleo diesel e gás) das nossas operações atingiram US$
118 milhões no 4T15 contra US$ 112 milhões no 3T15. Custos com combustível, mais
42
especificamente, na forma de óleo diesel totalizaram US$ 108 milhões no 4T15 em relação
aos US$ 92 milhões do 3T15. A realização de custos aumentou US$ 13 milhões no 4T15,
após a exclusão dos efeitos de maiores volumes (US$ 10 milhões) e variação cambial (-US$
7 milhões). A queda dos preços de petróleo teve um impacto positivo limitado nos custos
com combustíveis, uma vez que os preços do diesel no Brasil não estão diretamente
correlacionados aos preços internacionais do petróleo.
Os custos de frete marítimo, que foram integralmente contabilizados como custos dos
produtos vendidos, atingiram US$ 757 milhões no 4T15, demonstrando uma queda de US$
122 milhões quando comparados com os do 3T15 após o ajuste pelos maiores volumes de
vendas (US$ 143 milhões), em função de menores taxas de afretamento e menores preços
de bunker oil.
O custo unitário de frete de minério de ferro por tonelada métrica foi de US$ 14,1/t no 4T15,
ficando US$ 2,3/t abaixo dos US$ 16,4/t registrados no 3T15. A redução de US$ 2,3/t está
explicada pelo impacto positivo de menores preços de bunker oil em nossos contratos de
afretamento e maior exposição ao mercado spot. A variação nos preços de bunker oil foi de
US$ 296.6/t no 3T15 para US$ 235,0/t no 4T15.
O impacto das posições abertas de hedge de bunker oil contabilizadas como “hedge
accounting” no custo unitário de frete da Vale foi de US$ 2,5/t, com a execução de contratos
derivativos de bunker oil de 472.500 toneladas de um total de 472.500 toneladas em
contratos que estavam em aberto no final de setembro de 2015, totalizando um impacto no
EBITDA de US$ 134 milhões. O EBITDA deve aumentar no próximo ano sendo que não
haverá impactos do hedge accounting em 2016. Para maiores detalhes, consultar a seção “O
impacto de Hedging do Bunker Oil no Desempenho Financeiro da Vale” na página 53.
O custo do minério de ferro de terceiros alcançou US$ 44 milhões nos 2,8 Mt vendidos no
4T15. Em uma base por tonelada métrica, o custo do minério de ferro adquirido de terceiros
caiu de US$ 17,7/t no 3T15 para US$ 15,9/t no 4T15. Outros custos operacionais totalizaram
US$ 160 milhões, uma redução dos US$ 177 milhões registrados no 3T15.
43
CPV MINÉRIO DE FERRO - 3T15 x 4T15
Principais variações
US$ milhões 3T15 Volume Variação Cambial
Outros Variação total
3T15 x 4T15 4Q15
Pessoal 185 20 (14) 4 10 195
Serviços contratados e materiais
274 31 (17) (8) 6 280
Energia (Eletricidade, diesel & gás)
112 12 (9) 3 6 118
Aquisição de produtos
40 9 - (5) 4 44
Manutenção 205 22 (19) 28 31 236
Frete martiimo 736 143 - (122) 21 757
Bunker oil hedge 109 21 - 4 25 134
Outros operacionais 177 22 (4) (35) (17) 160
Custos totais antes de depreciação e amortização
1.838 280 (63) (131) 86 1.924
Depreciação 269 30 (18) (22) (10) 259
Total 2.107 310 (81) (153) 76 2.183
CUSTO CAIXA C1
O custo caixa total C1 FOB no porto (mina, planta, ferrovia e porto, após royalties) foi de US$
906 milhões após a exclusão da depreciação de US$ 259 milhões. O custo de minério de
ferro adquirido de terceiros foi de US$ 44 milhões, o custo com frete foi de US$ 757 milhões
e o efeito do bunker oil hedge accounting foi de US$ 134 milhões.
O custo caixa C1 FOB no porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro excluindo
ROM e royalties foi de US$ 11,9/t no 4T15 contra US$ 12,7/t no 3T15, representando uma
redução de US$ 0,8/t impulsionada pela depreciação do BRL em relação ao USD. O custo
caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro foi reduzido passando
de R$ 45,2/t no 3T15 para R$ 45,6/t no 4T15 (ou R$ 44,9/t após a exclusão do efeito
negativo de R$ 55,5 milhões do Acordo Coletivo de Trabalho assinado com os nossos
empregados no Brasil).
As despesas com minério de ferro, excluindo depreciação e o efeito positivo do ARO
(Obrigações para Desmobilização de Ativos) de US$ 322 milhões, foram de US$ 270 milhões
no 4T15 contra os US$ 218 milhões registrados no 3T15. As despesas aumentaram em US$
62 milhões quando comparadas com o 3T15, após o ajuste dos efeitos de variação cambial (-
US$ 10 milhões). As despesas com P&D foram de US$ 26 milhões, mesmo valor do 3T15.
As despesas pré-operacionais e de parada, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 50
milhões, ficando US$ 27 milhões acima do dos US$ 23 milhões gastos no 3T15, devido
principalmente às despesas de parada no sistema sudeste em função do acidente na
barragem da Samarco.
44
O custo caixa unitário (ajustado por qualidade e umidade, excluindo minério de terceiros,
ROM e o efeito positivo do ARO) entregue na China foi reduzido de US$ 34.2/t no 3T15 para
US$ 32,0/t no 4T15.
Evolução do custo caixa de finos de minério de ferro, frete e despesas
Custos e despesas de finos de minério de ferro entregues na China
45
Custo unitário de finos de minério de ferro e frete
4T15 3T15 4T14 2015 2014
Custos (US$ milhões)
Custos, sem depreciação e amortização 1.924 1.838 2.831 7.604 9.532
Custos de minério adquirido de terceiros 44 40 89 210 443
Custos de frete marítimo 757 736 1.037 2.825 3.325
Bunker oil hedge 134 109 - 412 -
Itens não recorrentes - - 48 - 48
Custos FOB no porto (ex-ROM e adquirido de terceiros)¹
989 953 1.657 4.157 5.716
Custos FOB no porto (ex-ROM, adquirido de terceiros e royalties)
906 868 1.534 3.825 5.079
Volumes de vendas (Mt)
Volume total de minério de ferro vendido 80,8 74,1 78,2 288,7 270,0
Volume adquirido de terceiros 2,8 2,3 3,2 11,1 12,2
Volume total de ROM vendido 1,6 3,5 3,6 12,3 14,1
Volume vendido de minério próprio da Vale (ex-ROM)
76,4 68,3 71,4 265,3 243,7
% de Vendas CFR 68,0% 64,0% 64,2% 64,1% 57,4%
% de Vendas FOB 32,0% 38,0% 35,8% 35,9% 42,6%
Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t)
11,9 12,7 21,5 14,4 20,8
Frete
Volume CFR (Mt) 53,6 44,9 47,9 177,1 146,9
Custo unitário de frete de minério de ferro (US$/t) 16,6 18,8 21,7 18,3 22,6
Custo unitário de frete de minério de ferro (ex- bunker oil hedge) (US$/t)
14,1 16,4 21,7 16,0 22,6
Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro ajustados por qualidade entregue na China US$/t 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t)
11,9 12,7 21,5 14,4 20,8
Custo de frete de finos de minério de ferro (ex-bunker oil hedge)
14,1 16,4 21,7 16,0 22,6
Despesa¹ & royalties de finos de minério de ferro 4,6 4,4 11,0 4,9 9,7
Ajuste de umidade de minério de ferro 2,6 2,8 4,7 3,0 4,8
Ajuste de qualidade de minério de ferro -1,1 -2,1 0,9 -1,9 0,9
Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro entregue na China (US$/dmt)
32,0 34,2 59,8 36,4 58,9
¹ Líquido de depreciação, excluindo o efeito positivo não-recorrente do ARO
Custos e despesas de finos de minério de ferro em Reais R$/t 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Custos 45,6 45,2 54,5 47,9 50,1
Despesas¹ 12,9 10,8 16,0 12,2 22,6
Total 58,5 56,0 70,5 60,1 72,7
¹ Líquido de depreciação
46
Pelotas
DESEMPENHO ANUAL
O EBITDA ajustado das pelotas em 2015 foi de US$ 1,685 bilhão, ficando 43,5% menor do
que os US$ 2,981 bilhões em 2014. A redução de US$ 1,296 bilhão deveu-se,
principalmente, a menores preços de vendas (US$ 1,986 bilhão) os quais foram parcialmente
mitigados por maiores volumes de vendas (US$ 204 milhões), menores custos (US$ 163
milhões) e variação cambial (US$ 551 milhões).
A receita líquida das vendas das pelotas foi de US$ 3,600 bilhões em 2015, representando
uma redução de 31% em relação a 2014, principalmente devido à queda nos preços de
vendas, que passaram de US$ 124,48/t em 2014 para US$ 77,80 em 2015. Os preços de
vendas impactaram negativamente em 2015 a receita em US$ 1,986 bilhão em comparação
com 2014. Os volumes de vendas aumentaram para 46,28 Mt contra 43,68 Mt em 2014,
como resultado do ramp-up da planta de Tubarão VIII.
Os custos de pelotas atingiram US$ 2,121 bilhões em 2015 (ou US$ 2,436 bilhões com
encargos de depreciação). Após o ajuste para os efeitos de volumes (US$ 119 milhões) e
variação cambial (-US$ 540 milhões), os custos reduziram-se em US$ 162 milhões em
comparação com 2014. A queda deveu-se, principalmente, a menores custos de
arrendamento (-US$ 63 milhões), menores custos de combustíveis (-US$ 57 milhões) e
menores custos de materiais (-US$ 45 milhões).
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O EBITDA ajustado de pelotas no 4T15 foi de US$ 336 milhões, contra os US$ 382 milhões
no 3T15. O EBITDA ajustado foi impactado negativamente pelos preços de venda (-US$ 18
milhões), menores volumes de vendas (-US$ 32 milhões) e os maiores custos (-US$ 20
milhões) no 4T15 quando comparado ao 3T15. Os impactos negativos foram parcialmente
compensados pela variação cambial (US$ 22 milhões) e dividendos recebidos das plantas
pelotizadoras (US$ 22 milhões).
A receita líquida de pelotas alcançou US$ 780 milhões no 4T15, reduzindo-se em US$ 103
milhões contra US$ 883 milhões registrados no 3T15. A redução deveu-se, principalmente, a
menores preços de vendas (que diminuíram de US$ 73,8 por tonelada no 3T15 para US$
72,0 por tonelada no 4T15) e à queda de 1,2 Mt no volume de vendas para 10,8 Mt no 4T15
de um total de 12,0 Mt no 3T15. O volume de vendas foi reduzido em 1,8 Mt no 4T15 quando
comparado ao 4T14.
47
A produção de pelotas alcançou 10,4 Mt no 4T15, ficando 1,8 Mt abaixo do 3T15 devido a
paradas por manutenção planejadas.
Os preços CFR/FOB de pelotas foram reduzidos em US$ 1,8/t, passando de US$ 73,8 /t no
3T15 para US$ 72,0/t no 4T15 por tonelada métrica, enquanto o preço de referência de
minério de ferro Platts IODEX (CFR China) diminuiu em US$ 8,3/t no trimestre.
A queda do preço realizado da Vale foi menor do que a queda do Platts IODEX médio devido
ao maior prêmio de pelotas e ao impacto positivo do sistema de precificação.
As vendas CFR de 2,4 Mt no 4T15, representaram 23% do total das vendas de pelotas,
ficando 0,7 Mt menores do que as do 3T15. Vendas em base FOB diminuíram de 8,9 Mt no
2T15 para 8,5 Mt no 4T15.
O custo de pelotas totalizou US$ 453 milhões (ou US$ 524 milhões, considerando a
depreciação) no 4T15. Os custos aumentaram em US$ 20 milhões quando comparados ao
3T15 após serem ajustados pelos efeitos de menores volumes (-US$ 53 milhões) e variação
cambial (-US$ 22 milhões).
O aumento nos custos de pelotas deve-se, principalmente, a maiores custos de manutenção
(US$ 9 milhões) e maiores custos de arrendamento (US$ 7 milhões). Despesas pré-
operacionais e de parada totalizaram US$ 5 milhões no 4T15, ficando em linha com o 3T15.
A margem EBITDA de pelotas ex-Samarco foi de US$ 31,0/t no 4T15, ficando US$ 0,9/t
abaixo do 3T15, principalmente devido aos menores preços de vendas (-US$ 18 milhões).
Pellets - EBITDA ex-Samarco 4T15 3T15
US$ million US$/wmt US$ million US$/wmt
Receita Bruta / Preço Realizado 806 74,4 908 75,9
Receita Líquida / Preço Realizado 780 72,0 883 73,8
Dividendos recebidos (plantas de pelotização arrendadas) ex-Samarco
22 2,0 - -
Custo (Minério de ferro, arrendamento, frete, suporte, energia e outros)
(453) -41,8 (508) -42,5
Despesas (SG&A, P&D e outros) (13) -1,2 7 0,6
EBITDA ex-Samarco 336 31,0 382 31,9
48
Manganês e ferroligas
DESEMPENHO ANUAL
O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas em 2015 foi de US$ 31 milhões,
ficando US$ 126 milhões menor do que em 2014, principalmente em função de menores
preços (US$ 98 milhões), menores volumes (US$ 73 milhões) e maiores custos (US$ 46
milhões) que foram parcialmente compensados por variações cambiais (US$ 82 milhões) e
reduções de despesas (US$ 9 milhões).
A receita líquida de manganês diminuiu de US$ 222 milhões, em 2014, para US$ 100
milhões, em 2015, em função de menores preços (US$ 108 milhões) e menores volumes de
vendas (US$ 14 milhões). Em 2015, a produção de minério de manganês totalizou 2,441 Mt,
ficando acima do valor de 2014.
A receita líquida de ferroligas diminuiu em 2015 para US$ 62 milhões, em relação aos US$
170 milhões de 2014, principalmente devido ao efeito de menores volumes vendidos (US$
118 milhões) e menores preços. Em 2015, a produção de ferroligas foi de 99.000 t, ficando
significativamente abaixo de 2014.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas no 4T15 foi negativo em US$ 34
milhões, ficando US$ 23 milhões abaixo dos US$ 11 milhões negativos no 3T15,
principalmente devido ao impacto do preço provisionado de outros trimestres (-US$ 28
milhões) sendo parcialmente compensado pela variação cambial (US$ 2 milhões) e por
maiores volumes de vendas (US$ 1 milhão).
A receita líquida de manganês diminuiu para US$ 4 milhões em comparação com os US$ 23
milhões no 3T15 devido aos menores preços de venda. No 4T15, a produção de manganês
alcançou 651.000 t, contra 644.000 t no 3T15 e 723.000 t no 4T14.
A receita líquida de ferroligas foi de US$ 9 milhões, aumentando US$ 6 milhões em
comparação com os US$ 3 milhões registrados no 3T15, devido aos maiores volumes. A
produção de ferroligas diminuiu para 20.000 t no 4T15 dos 21.000 t registrados no 3T15.
Perspectiva de mercado – Minério de ferro
Os preços de minério de ferro ficaram em média de US$ 55/t em 2015, 42% abaixo do que
em 2014. A redução de preços deveu-se, principalmente, a uma sobre oferta de minério de
ferro em meio a uma produção de aço mais baixa do que esperada na China e no resto do
mundo.
49
O preço de minério de ferro diminuiu 15% dos US$ 54,90/t do 3T15 para US$ 46,65/t do
4T15, dado que a produção de aço diminuiu enquanto a oferta de minério de ferro aumentou
dada a sazonalidade típica.
De acordo com a World Steel Association (WSA), a produção mundial de aço totalizou 1.622
Mt em 2015, uma diminuição de 2,8% em relação a 2014. A produção chinesa totalizou
803,8 Mt, uma diminuição de 2,3% ano-a-ano. Esta foi a primeira diminuição da produção
anual desde 1981, como o país continua sua transição para uma economia mais dependente
de consumo e serviços domésticos.
O PIB da China cresceu 6,9% em 2015, desacelerando principalmente como resultado do
declínio nos investimentos em ativos fixos, que cresceu apenas 10% em 2015 em relação a
um crescimento de 15,7% em 2014. A demanda por aço chinês diminuiu, levando as
siderúrgicas a confiarem mais no mercado externo para manter seus níveis de produção. As
exportações líquidas de aço acabado atingiu um recorde de 100 Mt, subindo 25,5% ano-a-
ano em 2015.
As exportações crescentes da China impactaram a produção de aço em outras regiões como
o Oriente Médio, o Sudeste Asiático e a Europa, onde a produção contraiu-se 0,5%, 3,6% e
1,8% ano-a-ano, respectivamente, e, em certa medida Índia. O excesso de oferta com os
elevados volumes de exportação da China levou a preços mais baixos de aço em todo o
mundo.
A oferta transoceânica de minério de ferro totalizou aproximadamente 1.410 Mt em 2015, um
aumento de 30 milhões de toneladas, ou cerca de 2% ano-a-ano, como resultado da
produção adicional das grandes mineradoras de minério de ferro, especialmente do Brasil e
da Austrália. Brasil, Austrália, África do Sul e Peru aumentaram as suas exportações para a
China, enquanto todas as outras regiões em conjunto exportações reduzidas em 62 milhões
de toneladas, representando uma redução de 39% ano-a-ano.
2016 ainda deve ser um ano desafiador para os produtores de minério de ferro como
nenhum grande estímulo se espera do governo chinês para estimular investimentos. A
demanda por aço e produção deve permanecer estável, apresentando desafios adicionais
para os produtores de minério de ferro de custo mais alto.
50
Volume de vendas de minério de ferro e pelotas por destino mil toneladas métricas 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
Américas 8.549 10.760 11.590 41.187 12,3 44.071 14,1
Brasil 7.346 9.363 10.078 35.665 10,6 37.623 12,0
Outros 1.203 1.397 1.512 5.522 1,6 6.448 2,1
Ásia 65.574 59.597 62.563 229.28 68,4 208.536 66,5
China 52.898 46.512 46.411 179.470 53,6 156.692 50,0
Japão 7.782 8.548 7.505 29.499 8,8 27.229 8,7
Outros 4.894 4.537 8.648 20.299 6,1 24.615 7,8
Europa 15.006 13.014 13.209 53.385 15,9 49.042 15,6
Alemanha 5.471 5.219 4.660 21.991 6,6 19.075 6,1
França 1.474 1.497 2.103 5.814 1,7 6.242 2,0
Outros 8.061 6.298 6.446 25.580 7,6 23.725 7,6
Oriente Médio 2.095 2.401 2.337 9.745 2,9 8.694 2,8
Resto do mundo 453 265 1.141 1.360 0,4 3.291 1,0
Total 91.677 86.037 90.841 334.946 100,0 313.634 100,0
Indicadores financeiros selecionados - Minerais ferrosos US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Receita líquida 3.830 4.312 6.116 16.562 25.697
Custos¹ (2.497) (2.447) (3.792) (10.241) (13.063)
Despesas¹ 120 (153) (504) (380) (1.289)
Despesas pré-operacionais e de parada¹ (61) (32) (48) (169) (221)
Despesas com P&D (27) (28) (117) (128) (329)
Dividendos recebidos 44 - 47 255 526
EBITDA ajustado 1.409 1.652 1.702 5.899 11.321
Depreciação e amortização (388) (402) (548) (1.669) (1.930)
EBIT ajustado 977 1.250 1.107 3.975 8.865
Margem EBIT ajustado (%) 25,5 29,0 18,1 24,0 34,5
¹ Excluindo depreciação e amortização
Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro (excluindo minérios de terceiros) 4T15 3T15 4T14 2015 2014
EBITDA ajustado (US$ milhões) 1.040 1.180 1.060 3.912 7.759
Volume vendido (Mt) 76,432 68,261 71,394 265,313 243,650
EBITDA ajustado (US$/t) 13,61 17,29 14,84 14,75 31,85
Indicadores financeiros selecionados - Pelotas (excluindo Samarco) 4T15 3T15 4T14 2015 2014
EBITDA ajustado (US$ milhões) 336 382 526 1.539 2.579
Volume vendido (Mt) 10,837 11,961 12,686 46,284 43,682
EBITDA ajustado (US$/t) 31,00 31,94 41,46 33,24 59,04
Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro e pelotas 4T15 3T15 4T14 2015 2014
EBITDA ajustado (US$ milhões) 1.376 1.562 1.586 5.451 10.338
Volume vendido (Mt) 87,269 80,222 84,080 311,598 287,332
EBITDA ajustado (US$/t) 15,77 19,47 18,86 17,49 35,98
51
A Vale promoverá mudanças em seus critérios de alocação a partir de 2016. Estas
mudanças não modificarão os níveis absolutos dos números, mas irão alterar a alocação de
custos e despesas por natureza ou segmento de negócios. O principal impacto dessas
mudanças será na alocação dos custos entre (a) no SG&A; (b) no ICMS; e (c) nos custos de
distribuição dentro das unidades de negócio. A seguir estão os impactos:
a) SG&A
Atualmente uma quantidade desproporcional de despesas de SG&A da Vale no Brasil é
atribuída à divisão de minerais ferrosos, principalmente para os finos de minério de ferro.
Após a reavaliação da alocação do SG&A em todos os segmentos de negócios, foi tomada a
decisão da utilização de diferentes critérios de alocação a partir do 1Q16.
b) ICMS
O ICMS é um imposto de valor agregado do Brasil. A Vale está exposta a diferentes regimes
fiscais de ICMS nos estados onde as operações estão localizadas. Geralmente, o ICMS é
creditado na aquisição de bens e serviços e é realizado com base nas vendas de produtos
para o mercado interno. As negociações de créditos são feitas com os governos e terceiros.
Historicamente, a Vale tem acumulado créditos de ICMS sem poder usá-los totalmente, dado
que as exportações do Brasil estão isentas da taxa de ICMS.
Em vista da acumulação contínua de ICMS sem uso, a Vale prejudica periodicamente os
créditos fiscais excessivos e registra as perdas em “outras despesas”.
A fim de refletir o caráter regular dos impairments créditos fiscais do ICMS, a Vale irá alocá-
los em Custo dos Produtos Vendidos (CPV) em uma base regular a partir do 1T16,
aumentando o CPV, porém, ao mesmo tempo, diminuindo o montante de “outras despesas”.
As mudanças mencionadas acima não irão alterar os níveis absolutos de custos e despesas
para os finos de minério de ferro (ou pelotas), sendo apenas uma realocação de montantes
absolutos das despesas para custos.
52
c) CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO
Atualmente, a Vale informa todos os custos de distribuição como custos caixa C1 FOB no
Brasil. No entanto, uma maior percentagem destes custos de distribuição está sendo
incorrida no exterior com a implantação da usina de pelotização em Omã, com o centro de
distribuição na Malásia e a utilização cada vez mais frequente dos portos na China para a
blendagem de minério de ferro.
De forma a ajustar essas mudanças recentes em sua cadeia de suprimentos, a Vale
reclassificará os custos de distribuição incorridos em Omã, Malásia, China e em outras
instalações fora do Brasil, alocando-os como um item separado, sob a designação de
“custos de distribuição”. Os custos de frete e de distribuição serão reportados
separadamente.
Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro
ajustado por qualidade entregue na China – Após as
mudanças de alocação na contabilidade gerencial
US$/t 1T15 2T15 3T15 4T15 2015
Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-
royalties), FOB (US$/t) 18,6 16,1 13,1
12,1 14,6
Custo de frete de finos de minério de ferro (ex-
bunker oil hedge) 17,2 16,8
16,4
14,1
16,0
Custos de distribuição 0,4 0,5 0,3 0,5 0,4
Despesa¹ & royalties de finos de minério de ferro 4,6
4,2
3,6
3,9
4,1
Ajuste de umidade de minério de ferro 3,4
3,1
2,8
2,5
2,9
Ajuste de qualidade e condições comerciais de
minério de ferro2
(1,3) (2,0) (2,1) (1,1) (1,6)
Custo unitário + despesas de finos de minério
de ferro entregue na China (US$/dmt) 42,9 38,7 34,1 32,0 36,3
¹ Líquido de depreciação.
53
IMPACTO DO HEDGE DE BUNKER OIL NO
DESEMPENHO FINANCEIRO DA VALE
O efeito total dos preços de bunker oil no desempenho financeiro da Vale depende do
hedge de bunker oil feito pela Vale. Tão logo ficou clara a queda estrutural nos preços de
petróleo, a Vale interrompeu a contratação de novos contratos de hedge de bunker oil,
mas ainda é impactada pelas posições em aberto de hedge. Entretanto, os custos não
serão mais impactados em 2016 já que todas as posições em aberto de bunker oil
registradas como hedge accounting foram encerradas.
Os hedges de bunker oil são contabilizados da seguinte maneira:
a) O hedge relativo à exposição de bunker oil de nossas vendas FOB e domésticas é
contabilizado como despesa financeira, marcado a mercado a cada trimestre e
registrado como resultado financeiro.
b) O hedge relativo à exposição de bunker oil de nossas vendas CFR é registrado
como hedge accounting, sendo marcado a mercado a cada trimestre e registrado
em Outros resultados abrangentes e, por conseguinte, afeta o CPV somente na
data real de encerramento do derivativo.
Mais especificamente, o impacto das posições de hedge no resultado da Vale pode ser
sumarizado conforme abaixo:
a) Impacto nas demonstrações de resultado (DRE) relacionado à parcela do
programa de hedge accounting:
Impacto do hedge oil no desempenho financeiro da Vale
Conceito Impacto Atual Drivers do impacto futuro
Tipo de contrato de frete
Hedge accounting
Impacto das posições de derivativos
abertas no DRE
Impacto incorrido na DRE do 1T15
Tipo de instrumento
Posições abertas de derivativos
bunker oil (milhões toneladas)
Preço de exercício (US$/t)
CFR Sim Impacto no CPV
US$ 2,5/t (US$ 134 milhões) de
aumento do CPV do minério de ferro
NA 0 NA
FOB Não Impacto nas
despesas financeiras
US$ 242 milhões de diminuição nos
resultados financeiros
Forward 2.206 508
Zero Cost Collar
2.042 314 - 385
54
No 4T15: Os custos de frete aumentaram US$ 2,5/t devido ao
encerramento dos contratos de derivativos no 4T15, ocasionando o
aumento do CPV.
Não haverá impacto no EBITDA 1T16 e nos trimestres subsequentes.
b) Impacto nas demonstrações de resultado (DRE) da parcela do programa que não
é hedge accounting:
No 4T15: foi reconhecido, no resultado financeiro do 4T15, um
impacto negativo de US$ 242 milhões, decorrente das perdas
realizadas nos contratos encerrados no período e da marcação a
mercado das posições de derivativos em aberto em 31 de
dezembro de 2015.
No 1Q16 e nos trimestres subsequentes: os resultados financeiros
serão impactados pelas variações das marcações a mercado das
posições de derivativos em aberto ao final de cada trimestre e
pelos ganhos ou perdas relativos aos contratos de derivativos
encerrados no trimestre.
55
Ruptura da barragem de rejeitos da
Samarco
Em 5 de novembro de 2015, uma das barragens da Samarco (Fundão) colapsou
inesperadamente, lançando 32 Mm3 de rejeitos arenosos e atingindo várias comunidades,
incluindo a comunidade do distrito de Bento Rodrigues, onde viviam cerca de 600 pessoas. A
ruptura da barragem resultou em 17 fatalidades, com duas pessoas ainda desaparecidas, e
causou extenso dano às propriedades e ao meio ambiente das regiões afetadas nos Estados
de Minas Gerais e Espírito Santo.
Imediatamente após a ruptura da barragem de rejeitos, junto com a Defesa Civil, o Corpo de
Bombeiros, a Polícia Militar e outras autoridades, a Samarco providenciou primeiros
socorros, comida, água, estadia, assistência social e suporte financeiro para centenas de
famílias e indivíduos afetados. Até o presente momento, a Samarco: (a) finalizou a
recuperação de todas as sete pontes impactadas pela ruptura da barragem; (b) acomodou
todas as 369 famílias que perderam suas casas; (c) distribuiu 2.907 cartões de suporte
financeiro para os residentes das cidades afetadas (75% do total das famílias afetadas); (d)
providenciou atendimento psicossocial para 1.185 famílias; (e) distribuiu 553 milhões de litros
de água potável e 59 milhões de litros de água mineral. Tanto a Vale quanto a BHP Billiton,
acionistas da Samarco, têm se envolvido ativamente no suporte à Samarco durante esta
crise.
Além das ações civis, a Samarco tem monitorado a região afetada e realizado trabalhos de
emergência para conter movimentos adicionais de rejeitos, reforçando as estruturas das
barragens para garantir a segurança da região.
Além de cooperar com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, Polícia Federal e
Ministério Público Federal, a Samarco, em conjunto com seus acionistas, também contratou
uma firma especializada para conduzir uma investigação externa. Dada a complexidade do
evento, ainda não é possível definir uma data para a divulgação.
Com o fim de avaliar os impactos ambientais e socioeconômicos da ruptura da barragem e
auxiliar no desenvolvimento de um plano de remediação, a Samarco contratou duas
empresas externas: uma consultoria de classe mundial em engenharia, meio ambiente e
emergências ambientais e outra empresa de reputação internacional especializada em
serviços ambientais, de saúde e segurança e sociais. O plano de remediação elaborado
também incluirá ações para recuperação da atividade econômica regional.
Os impactos da ruptura da barragem nas atividades da Samarco levaram à imediata
56
paralisação de suas atividades de mineração no Estado de Minas Gerais. A operação da
Vale no Complexo de Mariana, próximo à área de mineração da Samarco, também foi
impactada negativamente pela destruição da principal correia transportadora.
Consequentemente, a produção da Vale na região de Mariana foi 3 Mt menor no 4T15 (cujas
perdas foram parcialmente compensadas pelo aumento de produção em outras minas) e,
provavelmente, será 9 Mt menor em 2016 (cujas perdas serão parcialmente compensadas
pelo aumento de produção em outras minas). A Vale também interrompeu as vendas de
ROM para a planta de processamento da Samarco em Minas Gerais.
Como consequência do rompimento da barragem de Fundão, a Samarco incorreu em
despesas, baixa de ativos e reconheceu provisões para remediação, que afetou seu balanço
patrimonial e demonstração de resultado. A Vale reconhece os resultados da Samarco pelo
método de equivalência patrimonial e, portanto, os impactos do rompimento da barragem da
Samarco no balanço patrimonial e na demonstração de resultado estão limitados à
participação da Companhia no capital social da Samarco, de acordo com a legislação
societária brasileira. O investimento da Vale na Samarco foi reduzido para zero e nenhum
passivo foi registrado nas demonstrações contábeis da Vale. O rompimento da barragem não
teve efeito no fluxo de caixa da Vale no exercício findo em 31 de dezembro de 201527
.
Em função do evento, a Vale S.A foi citada na ação civil pública ajuizada na 12ª Vara Federal
de Belo Horizonte pela União, pelos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e outras
instituições. A ação, contra a Samarco S.A (“Samarco”) e seus acionistas, BHP Billiton Brasil
Ltda. (“BHP”) e Vale requisitou: (a) a indisponibilidade das licenças das três rés para a lavra
de minério, sem contudo limitar as suas atividades de produção e comercialização e (b) a
remediação dos danos causados pela ruptura da barragem. Foi atribuído à causa o valor de
R$ 20,2 bilhões. A Vale tem adotado as medidas necessárias para assegurar seu direito de
defesa.
Para mais detalhes sobre efeitos contábeis favor recorrer às Demonstrações Financeiras da Vale de 31 de dezembro de
2015, nota 4.
57
Metais Básicos
DESEMPENHO ANUAL
O EBITDA ajustado de metais básicos foi de US$ 1,388 bilhão em 2015, representando uma
redução de US$ 1,133 bilhão dos US$ 2,521 bilhões registrados em 2014. A redução deveu-
se, principalmente, aos menores preços dos metais básicos (US$ 2,195 bilhões) e maiores
custos (US$ 137 milhões), que foram parcialmente compensados por variações cambiais
favoráveis (US$ 594 milhões) e maiores volumes (US$ 498 milhões).
RECEITA E VOLUMES DE VENDA
A receita bruta de metais básicos e seus subprodutos totalizaram US$ 6,172 bilhões em
2015 contra os US$ 7,694 bilhões em 2014. A redução foi ocasionada, principalmente, por
menores preços de níquel (US$ 1,394 bilhão) e de cobre (US$ 641 milhões), que foram
parcialmente compensados por maiores volumes de venda de níquel (US$ 338 milhões) e de
cobre (US$ 246 milhões).
A produção de níquel atingiu novo recorde anual de 291.000 t, ficando 16.000 t acima de
2014, como resultado da maior produção em VNC e Onça Puma. A produção de cobre,
devido ao ramp-up de Salobo, atingiu 423.800 t, ficando 44.100 t acima de 2014 e batendo
um novo recorde anual. A produção de ouro atingiu uma produção recorde de 420.100 onças
troy (oz) em 2015, representando um recorde histórico, com o avanço do ramp-up de Salobo.
CUSTOS E DESPESAS
Os custos de metais básicos foram de US$ 4,296 bilhões (ou US$ 5,863 bilhões incluindo
depreciação). Após o ajuste pelos efeitos de volume (US$ 168 milhões) e variações cambiais
(-US$ 594 milhões), os custos aumentaram US$ 137 milhões em relação a 2014. A principal
razão do aumento de custo foi a crescente alocação de despesas pré-operacionais de VNC
ao CPV.
SG&A e outras despesas, excluindo depreciação, apresentaram resultado positivo em US$
44 milhões em 2015 devido ao efeito positivo de US$ 230 milhões da transação de
goldstream registrada no 1T15. SG&A e outras despesas, excluindo os efeitos positivos de
seguros em 2014 (US$ 276 milhões) e da transação de goldstream no 1T15, ficaram estáveis
em 2015 se comparadas a 2014.
Despesas pré-operacionais e de parada, excluindo depreciação, totalizaram US$ 412
milhões, ficando US$ 117 milhões abaixo de 2014, principalmente como reflexo de menores
despesas em VNC (US$ 129 milhões) e em Salobo (US$ 15 milhões), que foram
parcialmente mitigadas por maiores despesas em Long Harbour (US$ 26 milhões).
58
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O EBTIDA ajustado foi de US$ 111 milhões no 4T15, diminuindo US$ 82 milhões em relação
ao 3T15, principalmente como resultado dos menores preços (US$ 158 milhões), pela baixa
contábil de materiais relacionados com a construção inicial de Onça Puma e Salobo de -US$
31 milhões que foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas (US$ 93
milhões) e variação cambial favorável (US$ 30 milhões) no 4T15. O EBITDA ajustado foi
impactado negativamente pelo EBITDA de VNC de -US$ 107 milhões e pelos ajustes de
preço provisório de cobre de -US$ 60 milhões.
RECEITAS E VOLUMES DE VENDAS
A receita bruta das vendas de níquel totalizou US$ 782 milhões no 4T15, ficando em linha
com o 3T15. O impacto negativo de menor preço realizado de níquel no 4T15 (US$ 112
milhões) foi compensado por maiores volumes de vendas (US$ 109 milhões). Os volumes de
vendas foram de 84 kt no 4T15, ficando 12 kt acima do 3T15.
A receita bruta das vendas de cobre totalizou US$ 413 milhões no 4T15, aumentando 12,2%
em relação ao 3T15, principalmente como resultado de maiores volumes (US$ 54 milhões).
Os volumes de vendas totalizaram 108 kt no 4T15 em relação às 94 kt no 3T15.
A receita bruta das vendas de PGMs (metais do grupo da platina) totalizou US$ 96 milhões
no 4T15, aumentando 65,5% em relação ao 3T15, em função dos maiores volumes de
vendas de 140 koz no 4T15 contra 83 koz no 3T15. Os volumes de vendas de PGMs
aumentaram com Sudbury operando sem a grande parada de manutenção ocorrida no
terceiro trimestre.
A receita bruta das vendas de ouro totalizou US$ 122 milhões no 4T15, ficando 6,1% acima
do 3T15 como resultado dos maiores volumes de 114 koz no 4T15, contra 105 koz no 3T15.
Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Níquel 782 785 1.064 3.412 4.468
Cobre 413 368 556 1.728 2.122
PGMs 96 59 152 404 564
Ouro 122 115 115 477 418
Prata 8 7 11 31 37
Outros 37 22 50 120 85
Total 1.458 1.355 1.948 6.172 7.694
PREÇO REALIZADO DE NÍQUEL
O preço realizado de níquel foi de US$ 9.310/t, ficando US$ 127/t abaixo da média do preço
de níquel na LME de US$ 9.437 no 4T15.
59
Os produtos de níquel da Vale são divididos em duas categorias, níquel refinado (pelotas,
powders, catodos, FeNi, Utility Nickel™ e Tonimet™) e intermediários (concentrados, matte,
NiO e NHC).
Os produtos refinados de níquel possuem mais níquel contido, obtendo tipicamente um
prêmio sobre a média do preço LME, enquanto os produtos intermediários de níquel
apresentam menos pureza já que eles são apenas parcialmente processados. Por essa
diferença, os produtos intermediários são vendidos com desconto. O montante do desconto
irá variar de acordo com a quantidade de processamento que ainda se faz necessária, a
forma do produto e o nível de impurezas. O mix de produtos vendidos também é um
importante fator na realização de preço do níquel. As vendas de níquel refinado
representaram 87% do total de vendas de níquel no 4T15; com vendas de intermediários
representando o restante. Essa foi a mesma proporção do 3T15.
O preço realizado de níquel diferiu da média do preço LME no 4T15 baseado nos seguintes
impactos:
Prêmio para produtos acabados de níquel refinado com média de US$ 313/t, com um
impacto agregado no preço realizado de US$ 270/t;
Desconto para produtos intermediários de níquel com média de US$ 2.943/t, com um
impacto agregado no preço realizado de -US$ 397/t.
Realização de preço - níquel
PREÇO REALIZADO DE COBRE
O preço realizado de cobre foi de US$ 3.824/t, ficando US$ 1.068/t abaixo da média do preço
de cobre na LME de US$ 4.892/t no 4T15. Os produtos de cobre da Vale são formas
60
intermediárias de cobre, predominantemente na forma de concentrado que é vendido com
desconto em relação ao preço LME. Estes produtos são vendidos a preços provisórios
durante o trimestre, sendo os preços finais determinados em um período futuro, geralmente
de um a quatro meses adiante28
.
O preço realizado de cobre diferiu da média do preço LME no 4T15 baseado nos seguintes
impactos:
Ajustes de precificação do período atual: marcação a mercado das faturas ainda em
aberto no trimestre baseada em preços de cobre na curva de preço futuro29
ao fim do
trimestre (-US$ 317/t).
Ajustes de preço de períodos anteriores: variação entre o preço utilizado nas faturas
finais (e na marcação a mercado das faturas de trimestres anteriores ainda em
aberto ao final do trimestre atual) e os preços provisórios usados nas vendas dos
trimestres anteriores (US$ -239/t).
TC/RCs, penalidades, prêmios e descontos para produtos intermediários (-US$
512/t).
Realização de preço – cobre
O impacto total do sistema de preço provisório (marcação a mercado de faturas em aberto e
diferenças entre preços provisórios e finais) nas receitas das vendas foi de US$ 60 milhões
como resultado líquido de: (a) ajuste de preço do período atual para a marcação a mercado
28
Em 31 de dezembro de 2015 a Vale tinha 81.229 toneladas de cobre precificado provisoriamente baseado na curva de
preço futuro da LME de US$ 4.710/t, sujeito a precificação final nos próximos meses.
29 Inclui um pequeno montante de faturas finais que foram precificadas provisionalmente e finalizadas no próprio trimestre.
61
das faturas ainda em aberto no final do trimestre com base na curva de preço futuro (-US$
317/t em 108 kt30
de volume de vendas, resultando em -US$ 34 milhões); e (b) ajustes de
preço de períodos anteriores com base na variação entre o preço usado na fatura final e os
preços provisórios usados em trimestres anteriores (-US$ 239/t em 108 kt de volume de
vendas, resultando em -US$ 26 milhões).
Preço médio realizado US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Níquel - LME 9.437 10.561 15.799 11.807 16.867
Cobre - LME 4.892 5.259 6.624 5.494 6.862
Níquel 9.310 10.866 15.420 11.684 16.426
Cobre 3.824 3.892 5.842 4.353 6.015
Platina (US$ por onça troy) 818 1.005 1.225 1.020 1.262
Ouro (US$ por onça troy) 1.064 1.095 1.190 1.123 1.193
Prata (US$ por onça troy) 10,00 13,49 14,16 12,63 19,42
Cobalto (US$ por lb) 8,55 14,54 9,34 9,95 10,67
DESEMPENHO DE PRODUÇÃO
A produção de níquel alcançou o recorde de 82.700 t no 4T15, 15,4% acima do 3T15, como
resultado de maior produção de níquel acabado nas operações do Canadá, Indonésia, Nova
Caledônia e Brasil.
A produção de cobre alcançou o recorde trimestral de 112.500 t no 4T15, 13,4% acima do
3T15, como resultado de maior produção nas operações do Canadá e do ramp-up de Salobo
II.
A produção de ouro alcançou o recorde trimestral de 117.500 oz no 4T15, 17,6% acima do
3T15, como resultado do contínuo ramp-up de Salobo.
Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Operações de Níquel & Subprodutos
Níquel 84 72 69 292 272
Cobre 43 32 37 148 156
Ouro ('000 oz) 15 15 20 79 103
Prata ('000 oz) 582 374 574 1.655 1.431
PGMs ('000 oz) 140 83 168 519 577
Cobalto (metric ton) 1.433 468 1.311 3.840 3.188
Operações de Cobre & Subprodutos
Cobre 65 62 58 249 197
Ouro ('000 oz) 99 90 76 346 248
Prata ('000 oz) 178 154 182 648 458
30
A produção de cobre inclui 43 k t nas operações de níquel do Norte Atlântico e 65 kt nas operações de cobre do Atlântico
Sul.
62
CUSTOS E DESPESAS
Os custos alcançaram US$ 1,131 bilhão no 4T15 (ou US$ 1,551 bilhão incluindo
depreciação). Após o ajuste para os efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 168
milhões) e variação cambial (-US$ 30 milhões), os custos diminuíram US$ 45 milhões contra
o 3T15, principalmente em função da maior diluição de custos fixos em Sudbury (US$ 42
milhões).
CPV METAIS BÁSICOS - 3T15 x 4T15
Principais variações
US$ milhões 3T15 Volume Exchange
Rate Others
Total Variation 3Q15 x 4Q15
4Q15
Pessoal 205 37 (7) (7) 23 228
Serviços contratados e materiais
218 39 (7) (7) 25 243
Energia (Eletricidade, diesel & gás)
137 25 (4) (4) 17 154
Aquisição de produtos
106 - - (15) (15) 91
Manutenção 236 43 (8) (8) 27 263
Outros operacionais 136 24 (4) (4) 16 152
Custos totais antes de depreciação e amortização
1.038 168 (30) (45) 93 1.131
Depreciação 368 2 (11) 61 52 420
Total 1.406 170 (41) 16 145 1.551
As despesas de SG&A e Outras despesas, excluindo depreciação, foram de US$ 95 milhões
no 4T15, sendo impactadas negativamente pela baixa contábil de inventários de materiais
no 4T15 (US$ 31 milhões).
As despesas pré-operacionais e de parada, excluindo depreciação, totalizaram US$ 89
milhões, permanecendo US$ 8 milhões abaixo do 3T15 e refletindo principalmente menores
despesas em VNC (US$ 7 milhões) e Long Harbour (US$ 2 milhões).
63
Performance por operação
Os detalhes dos componentes do EBITDA de Metais Básicos por operação estão detalhados
abaixo.
Desempenho do EBITDA de Metais Básicos – 4T15
US$ millions Atlântico
Norte PTVI VNC Sossego Salobo
Onça
Puma Outros
1
Total
Metais
Básicos
Receita Líquida 729 177 84 103 248 64 53 1,458
Custos2 (490) (145) (113) (83) (156) (55) (89) (1,131)
SG&A e outras despesas (11) 2 (10) (3) (17) (19) (36) (95)
P&D (18) (5) (3) (3) - (0) (3) (32)
Pré-operacional & parade (23) (65) - - (1) (89)
EBITDA 187 28 (107) 14 75 (10) (76) 111
Vendas de Ni (kt) 43 23 10 - - 7 2 84
Vendas de Cu (kt) 43 - - 23 42 - - 108 1 Inclui os off- takes de PTVI e VNC, vendas intercompany , compras de níquel de terceiros e o centro corporativo de metais básicos
2 Custos sem créditos de subprodutos
Metais básicos – EBITDA por operação
Metais básicos – EBITDA por tonelada por operação
EBITDA
Os detalhes do EBITDA ajustado de Metais Básicos por operação são os seguintes:
(a) O EBITDA das operações do Atlântico Norte foi de US$ 187 milhões, aumentando
em US$ 48 milhões em comparação com o 3T15, principalmente como resultado de
menores custos e despesas (US$ 81 milhões) e maiores volumes (US$ 66 milhões),
e por terem sido parcialmente compensados por menores preços (US$ 91 milhões).
US$ milhões 4T15 3T15 4T14
Operações do Atlântico Norte1 187 139 435
PTVI 28 57 91
VNC (107) (115) (118)
Onça Puma (10) 12 5
Sossego 14 36 58
Salobo 75 77 71
Outros2 (76) (14) 40
Total 111 193 582
1 Inclui operações no Canadá e no Reino Unido
2 Inclui off- takes de PTVI e VNC, vendas intercompany e compra de níquel acabado, recei tas da transação de goldstream e o centro
corporativo de metais básicos
US$ million 4T15 3T15 4T14
Operações do Atlântico Norte1 2.179 1.961 5.764
PTVI 1.231 2.543 4.483
Onça Puma (1.405) 2.291 1.000
Sossego 614 1.397 2.191
Salobo 1.790 2.099 2.240 1 Inclui operações no Canadá e no Reino Unido
64
(b) O EBITDA de PTVI foi de US$ 28 milhões, diminuindo US$ 29 milhões em
comparação com o 3T15, principalmente como resultado de menores preços (US$
30 milhões) enquanto custos e despesas permaneceram estáveis no 4T15 em
relação ao 3T15.
(c) O EBITDA de VNC foi de -US$ 107 milhões, aumentando US$ 8 milhões em
comparação ao 3T15, principalmente como resultado de menores custos e despesas
(US$ 13 milhões).
(d) O EBITDA de Onça Puma foi de -US$10 milhões, diminuindo em US$ 22 milhões em
comparação com o 3T15, como resultado de maiores despesas (US$ 25 milhões),
que foram principalmente associadas com o efeito não-recorrente da baixa contábil
de US$ 16 milhões relacionada aos estoques de materiais comprados durante a
construção.
(e) O EBITDA de Sossego foi de US$ 14 milhões, diminuindo em US$ 22 milhões,
principalmente como resultado dos maiores custos e despesas (US$ 22 milhões),
relacionados a 10,2% de queda de produção em função de menores teores de cobre
e a uma baixa de estoques no valor de US$ 2 milhões.
(f) O EBITDA de Salobo foi de US$ 75 milhões, diminuindo US$ 2 milhões em
comparação com o 3T15, principalmente como resultado do efeito não-recorrente da
baixa contábil relacionada aos estoques de materiais comprados durante a
construção (US$ 13 milhões) e menores preços de venda (US$ 3 milhões). Esses
impactos negativos foram parcialmente compensados por maiores volumes de
vendas (US$ 17 milhões) e impactos positivos de variação cambial (US$ 12
milhões).
O custo unitário nas Operações do Atlântico Norte diminuiu no 4T15 em função dos maiores
volumes de vendas, maior entrega de subprodutos e a diluição de custos fixos. O custo caixa
em Onça Puma foi impactado positivamente pela depreciação do BRL. Sossego apresentou
aumento de custos em função de menores teores de cobre.
65
Metais básicos – custo caixa unitário das vendas, líquidos dos créditos de subprodutos1
Conforme anteriormente divulgado, a operação de VNC estava sujeita a um teste de
produção que deveria ter sido alcançado em 31 de dezembro de 2015, de acordo com o
acordo de acionistas entre a Vale e a Sumic Nickel Netherlands B.V., (Sumic) uma joint
venture entre a Sumitomo Metal Mining Co., Ltd. e Mitsui & Co.., Ltd,. Ainda que VNC tenha
alcançado um novo recorde de produção no quarto trimestre produzindo 9.600 t de níquel, a
operação não alcançou o patamar requerido pela Sumic para permanecer como acionista em
VNC. Em relação ao teste que tinha um patamar a ser alcançado para a produção de óxido
de níquel e para a produção total de níquel, VNC alcançou 93% do nível requerido de óxido
de níquel e 77% da produção total de níquel. A Sumic irá sair de VNC em 31 de março de
2016 e a Vale irá pagar um valor de US$ 135 milhões em março de 2017 por sua
participação acionária. A Vale irá, então, controlar 95% das ações de VNC. Um valor
adicional de US$ 218 milhões é devido à Sumic em março de 2017 pelo financiamento da
dívida que eles providenciaram à VNC.
Perspectiva de mercado – Metais Básicos
Os preços de metais básicos foram impactados negativamente no quarto trimestre, refletindo
a desaceleração do crescimento da produção industrial e dos gastos de consumidores na
China.
NÍQUEL
O preço de níquel na LME diminuiu durante o 4T15, principalmente em função do
enfraquecimento da demanda na China, que resultou em contínua diminuição da produção
de aço inoxidável. A média dos preços de níquel na LME foi de US$ 9.437/t no trimestre,
representando uma queda de 10,6% em relação ao 3T15 e uma queda de 40,3% em relação
ao 4T14. Os estoques de níquel nas maiores bolsas de metais aumentaram de 478kt no fim
do 3T15 para 493kt ao fim do 4T15, em função da adição de estoques à SHFE.
Os embarques de minério das Filipinas para a China diminuíram 1,7 Mt (18%) no 4T15 em
relação ao 4T14 enquanto os estoques de minério diminuíram 1,2 Mt durante o quarto
US$ / t 4T15 3Q15 4Q14
NÍQUEL
Operações do Atlântico Norte (níquel) 3.582 6.242 5.267
PTVI (níquel) 6.326 6.157 7.990
Onça Puma (níquel) 7.710 8.596 13.831
COBRE
Sossego (cobre) 2.840 2.301 3.668
Salobo (cobre) 1.571 1.520 2.218 1 Números do Atlântico Norte incluem custos de refine em Clydach e Acton enquanto PTVI inclui apenas os custos de suas operaçõe s
66
trimestre, indicando menor produção de NPI. As importações líquidas de níquel acabado na
China permaneceram relativamente altas, com 91kt de importação no 4T15 em relação às
exportações de 2,7kt no mesmo período em 2014. Já as importações líquidas de ferro-níquel
no 4T15 também foram altas, com 28kt de níquel contido em relação aos 20kt no 4T15.
Ao mesmo tempo em que persiste a incerteza sobre a duração da fraqueza atual dos preços,
mais da metade das operações de níquel hoje têm fluxo de caixa negativo em razão dos
preços atuais. Espera-se que a oferta mundial diminua em 2016 em função da queda de
produção de NPI e da queda esperada de produção de níquel refinado fora da China,
conforme os produtores se tornem incapazes de sustentar prejuízos. A expectativa de
demanda relativamente estável junto à redução de produção poderá impactar os preços
positivamente conforme o mercado se movimenta rumo a um déficit em 2016.
COBRE
O preço de cobre na LME diminuiu no 4T15, com média de US$ 4.892/t. Os preços
declinaram 7% em relação ao 3T15 e 26% em relação ao 4T14. Os estoques nas três
grandes bolsas de metais diminuíram durante o trimestre, com total de estoques terminando
o trimestre em 484kt em relação aos 520kt no início do período. Importações de concentrado
de cobre na China foram fortes, aumentando 11% no ano enquanto importações de cobre
refinado diminuíram ligeiramente (-0,6%) no mesmo período. Mais de 100kt em cortes de
produção relacionados aos preços foram anunciados no quarto trimestre, com a postergação
de vários projetos, incluindo projetos de expansão em minas importantes na América Latina.
No entanto, durante o mesmo período novas unidades de cobre foram adicionadas à oferta,
resultando em um aumento líquido ano a ano e levando o mercado a uma sobre oferta em
2015. Em 2016, com demanda relativamente estável, espera-se que o mercado permaneça
sobre ofertado.
Indicadores financeiros selecionados - Metais Básicos US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Receita líquida 1.458 1.347 1.953 6.163 7.692
Custos¹ (1.131) (1.038) (1.205) (4.296) (4.587)
Despesas¹ (95) 7 15 44 89
Despesas pré-operacionais e de parada¹ (89) (97) (136) (412) (530)
Despesas com P&D (32) (26) (45) (111) (143)
EBITDA ajustado 111 193 582 1.388 2.521
Depreciação e amortização (484) (437) (563) (1.840) (1.791)
EBIT ajustado (373) (244) 19 (452) 730
Margem EBIT ajustado (%) (25,6) (18,1) 1,0 (7,3) 9,5
¹ Excluindo depreciação e amortização
67
Carvão
DESEMPENHO ANUAL
O EBITDA ajustado do negócio de Carvão foi -US$ 508 milhões em 2015, se comparado a -
US$ 669 milhões em 2014. O aumento de US$ 161 milhões foi causado principalmente pela
parada definitiva das operações de Integra e Isaac Plains, por menores despesas e pela
desvalorização do dólar australiano, que foram parcialmente compensadas por menores
preços.
A receita bruta de carvão metalúrgico diminuiu para US$ 480 milhões em 2015, em
comparação com os US$ 661 milhões em 2014. A diminuição de US$ 181milhões ocorreu
devido a menores preços (US$ 108 milhões) e menores volumes de venda (US$ 73 milhões)
em 2015 como resultado da parada definitiva das operações de Integra e Isaac Plains. A
receita bruta da venda de carvão térmico caiu para US$ 46 milhões em 2015 contra US$ 78
milhões em 2014, principalmente como resultado de menores preços (US$ 12 milhões) e
menores volumes de venda (US$ 20 milhões).
O volume de vendas de carvão metalúrgico alcançou 5,6 Mt em 2015, diminuindo em 716 kt
em comparação com 2014, enquanto o volume de vendas de carvão térmico atingiu 892 kt
em 2015, diminuindo 260 kt em relação a 2014, como resultado de parada definitiva das
operações de Integra e Isaac Plains.
Os custos de carvão alcançaram US$ 839 milhões (ou US$ 977 milhões incluindo
depreciação) em 2015, diminuindo US$ 232 milhões em comparação com US$ 1,071 bilhão
registrado em 2014. Após o ajuste para os efeitos de menores volumes (US$ 134 milhões) e
para a depreciação do dólar australiano (US$ 84 milhões), os custos diminuíram em US$ 14
milhões.
As despesas de carvão, excluindo depreciação, reduziram-se em US$ 142 milhões do total
de US$ 365 milhões em 2014 caindo para US$ 223 milhões em 2015. A diminuição ocorreu
principalmente devido ao menor ajuste de estoques de carvão térmico em Moçambique.
Desempenho anual por operação
Os destaques por operação são os seguintes:
Austrália
O EBITDA ajustado das operações na Austrália foi negativo em US$ 28 milhões em
2015 contra US$ 191 milhões negativos em 2014. O aumento de US$ 163 milhões
em relação a 2014 decorreu principalmente da parada definitiva das operações não
68
rentáveisde Integra e Isaac Plains e da melhor performance operacional de
Carborough Downs, que foi parcialmente compensado por menores preços, pela
baixa de ativos e de gastos de desenvolvimento de mina.
O fluxo de caixa livre das operações na Austrália foi de US$ 24 milhões em 2015,
após a dedução dos eventos não caixa de baixa de ativos.
Os custos sem depreciação na Austrália totalizaram US$ 256 milhões em 2015,
representando uma diminuição de US$ 261 milhões quando comparados a 2014.
Após o ajuste dos efeitos de menores volumes (-US$ 134 milhões) e depreciação do
dólar australiano (-US$ 84 milhões), os custos diminuíram US$ 43 milhões com a
parada definitiva das operações de Integra e Isaac Plains e as iniciativas de
reduções de custo em Carborough Downs.
Moçambique
O EBITDA ajustado das operações em Moçambique foi negativo em US$ 508
milhões em 2015 em linha com os US$ 506 milhões negativos em 2014. O impacto
negativo de menores preços de vendas foi compensado por menores despesas.
Os custos sem depreciação em Moçambique totalizaram US$ 583 milhões em 2015,
representando um aumento de US$ 29 milhões, que foi decorrente da remoção de
estéril durante a parada para manutenção no 3T15 e de maiores custos de
manutenção, que foram parcialmente compensados por menores custos logísticos.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O EBITDA ajustado do negócio de Carvão foi de -US$149 milhões no 4T15, se comparado
aos –US$ 129 milhões no 3T15. A diminuição de US$ 20 milhões foi causada principalmente,
por menores preços e maiores custos na Austrália.
A receita bruta de carvão metalúrgico diminuiu para US$ 98 milhões no 4T15, se comparada
aos US$ 115 milhões no 3T15. A diminuição de US$ 17 milhões ocorreu devido a menores
preços (US$ 11 milhões) e menores volumes de venda (US$ 6 milhões) no 4T15 como
resultado de movimentação de longwall em Carborough Downs. A receita bruta da venda de
carvão térmico caiu para US$ 10 milhões no 4T15 dos US$ 12 milhões no 3T15,
principalmente como resultado de menores preços (US$ 1 milhão) e menores volumes de
venda (US$ 1 milhão).
O volume de vendas de carvão metalúrgico alcançou 1,3 Mt no 4T15, diminuindo em 90 kt
em relação ao 3T15 como resultado da já mencionada movimentação de longwall em
Carborough Downs. A redução foi parcialmente compensada por maiores volumes de vendas
69
em Moçambique. O volume de vendas de carvão térmico foi de 226 kt no 4T15, ficando 17 kt
menor do que no 3T15 como resultado da priorização de transporte de carvão metalúrgico.
Os custos de carvão alcançaram US$ 260 milhões (ou US$ 296 milhões incluindo
depreciação) no 4T15, aumentando US$ 53 milhões em comparação com os US$ 207
milhões registrados no 3T15. Após ajustar para os efeitos de menores volumes na Austrália
(-US$ 23 milhões) e de maiores volumes em Moçambique (US$ 28 milhões), os custos
aumentaram em US$ 48 milhões, principalmente como resultado do efeito não recorrente da
baixa de gastos de desenvolvimento de mina na Austrália.
As despesas de carvão, excluindo depreciação, diminuíram em US$ 24 milhões, passando
de US$ 49 milhões no 3T15 para US$ 25 milhões no 4T15. A diminuição ocorreu
principalmente devido ao impacto positivo de uma reinvindicação de seguro na Austrália.
Desempenho trimestral por operação
Os destaques por operação são os seguintes:
Austrália
O EBITDA ajustado das operações australianas foi de -US$ 33 milhões no 4T15 em
comparação com os -US$ 4 milhões no 3T15. A diminuição de US$ 29 milhões em
relação ao 3T15 ocorreu, principalmente, devido ao efeito não recorrente da baixa de
gastos de desenvolvimento de mina em Carborough Downs mencionado acima.
Os custos líquidos de depreciação nas operações australianas alcançaram US$ 84
milhões no 4T15, aumentando em US$ 25 milhões contra o 3T15. Após o ajuste
pelos efeitos de menores volumes (-US$ 23 milhões), os custos aumentaram em
US$ 48 milhões como resultado da já mencionada baixa de gastos em Carborough
Downs.
O fluxo de caixa livre para as operações na Austrália totalizou US$ 8 milhões no
4T15.
Moçambique
O EBITDA ajustado de Moçambique foi de -US$ 144 milhões no 4T15 em
comparação com os -US$ 125 milhões registrados no 3T15. A diminuição de US$ 19
milhões em relação ao 3T15 ocorreu, principalmente, em razão dos menores preços.
Os custos em Moçambique líquidos de depreciação alcançaram US$ 176 milhões no
4T15, aumentando US$ 28 milhões em relação ao 3T15 como resultado de maiores
volumes de vendas.
70
Perspectiva de mercado – carvão metalúrgico
Os preços de premium hard coking coal low vol FOB Australia diminuíram 8,9% no trimestre,
passando de US$ 89/t no 3T15 para US$ 81/t no 4T15, enquanto os preços de PCI
diminuíram 2,8%, passando de US$ 71/t no 3T15 para US$ 69/t no 4T15.
A demanda transoceânica chinesa diminuiu 22% para 48 Mt em 2015 quando comparada a
62 Mt em 2014, o que foi parcialmente compensado pelo aumento de 14% na demanda da
Índia que passou de 40Mt em 2014 para aproximadamente 46Mt em 2015. A redução de 4%
na importação global de carvão metalúrgico em 2015 contribuiu para pressionar ainda mais o
preço do carvão metalúrgico.
Os produtores australianos se beneficiaram do baixo custo de frete, e aumentaram a oferta
de carvão metalúrgico no mercado do Atlântico. Dados preliminares mostram que a Austrália
exportou aproximadamente 186 Mt de carvão metalúrgico em 2015, ficando um pouco abaixo
de 2014, enquanto as exportações dos Estados Unidos alcançaram 38Mt, representando
uma queda de 28% em relação a 2014. O mercado aguarda maiores cortes na oferta, com
consolidações dos produtores norte-americanos, enquanto a depreciação nas moedas dos
países exportadores de carvão contribui para desacelerar as reduções de oferta fora dos
EUA.
A demanda tende a permanecer fraca e cortes adicionais na oferta serão necessários para
balancear o mercado em 2016.
Desempenho do segmento de carvão
Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Carvão metalúrgico 98 115 181 480 661
Carvão térmico 10 12 20 47 78
Total 108 127 201 526 739
Preço médio realizado US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Carvão metalúrgico 73,75 81,22 99,72 85,55 104,37
Carvão térmico 44,19 48,24 64,52 52,42 67,65
Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Carvão metalúrgico 1.329 1.419 1.815 5.614 6.330
Carvão térmico 226 243 310 891 1.152
Total 1.555 1.662 2.125 6.505 7.482
71
Indicadores financeiros selecionados - Carvão US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Receita líquida 108 127 201 526 739
Custos¹ (260) (207) (249) (839) (1.071)
Despesas¹ (9) (17) (164) (140) (309)
Despesas pré-operacionais e de parada¹ (12) (25) (10) (61) (38)
Despesas com P&D (4) (7) (10) (22) (18)
Dividendos recebidos 28 - 28 28 28
EBITDA ajustado (149) (129) (204) (508) (669)
Depreciação e amortização (41) (80) (36) (192) (120)
EBIT ajustado (218,0) (209,0) (268,0) (728,0) (817,0)
Margem EBIT ajustado (%) (202) (165) (133) (138) (111)
¹ Excluindo depreciação e amortização
72
Fertilizantes
DESEMPENHO ANUAL
O EBITDA ajustado do negócio de Fertilizantes aumentou para US$ 567 milhões em 2015
dos US$ 278 milhões em 2014. O aumento de US$ 289 milhões em relação a 2014 ocorreu
principalmente: (a) pelo positivo impacto do câmbio (US$ 248 milhões); (b) pelas iniciativas
de corte de custos (US$ 83 milhões); (c) pelos ganhos no preço realizado em razão das
iniciativas comerciais (US$ 74 milhões); (d) pelas reduções de despesas31
(US$ 45 milhões).
Este aumento foi parcialmente mitigado: (a) pela inflação32
(US$ 79 milhões); (b) pelos
menores volumes (US$ 37 milhões); (c) pelas maiores despesas com P&D33
(US$ 23
milhões); (d) por menores preços de mercado (US$ 22 milhões).
A receita bruta de vendas de potássio totalizou US$ 147 milhões em 2015, diminuindo em
US$ 22 milhões em 2015 em relação a 2014. Os volumes de venda diminuíram de 475 kt em
2014 para 463 kt em 2015, devido a menores teores na mina, impactando a produção. Os
preços realizados diminuíram de US$ 356/t em 2014 para US$ 318/t em 2015, junto com a
redução dos preços internacionais de potássio.
A receita bruta das vendas de produtos fosfatados totalizou US$ 1,818 bilhão em 2015, US$
86 milhões abaixo do registrado em 2014, como resultado de menores volumes de venda
(US$ 39 milhões) e menores preços realizados (US$ 47 milhões), que foram impactados pela
redução dos preços internacionais.
A receita bruta das vendas de nitrogenados totalizou US$ 355 milhões em 2015 em relação
aos US$ 411 milhões em 2014, como resultado de menores volumes de vendas (US$ 28
milhões) e menores preços de vendas (US$ 28 milhões).
Apesar da redução nos volumes de venda em 2015, o segmento de fertilizantes aumentou
sua participação no mercado brasileiro.
Os custos de fertilizantes, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 1,469 bilhão em 2015
(ou US$ 1,763 bilhão com depreciação), diminuindo US$ 416 milhões em comparação com
2014. Após a exclusão dos efeitos de menores volumes (-US$ 60 milhões) e variação
cambial (-US$ 343 milhões), os custos diminuíram US$ 13 milhões, uma vez que as
iniciativas de corte de custos (US$ 83 milhões) foram parcialmente mitigadas pela inflação
(US$ 70 milhões).
31
SG&A e outras despesas, despesas pré operacionais e de parada, após o ajuste do efeito da variação cambial.
32 Inclui US$ 96 milhões de inflação nos custos, -US$ 26 milhões da diminuição do preço de mercado da amônia e do enxofre
e US$ 9 milhões de inflação nas despesas.
33 Após o ajuste do efeito da variação cambial.
73
O SG&A e outras despesas, líquidos de depreciação, diminuíram para US$ 37 milhões em
2015 comparado aos US$ 94 milhões em 2014, devido à depreciação do real (BRL) (US$ 19
milhões) e à inciativas de redução de despesa (US$ 30 milhões), que foram parcialmente
mitigadas pela inflação (US$ 9 milhões). Despesas com P&D totalizaram US$ 82 milhões em
2015, um aumento de 14% dos US$ 72 milhões registrados em 2014, principalmente devido
às maiores despesas no estudo do projeto Kronau. Despesas pré-operacionais e de parada
totalizaram US$ 70 milhões em 2015, uma diminuição de US$ 15 milhões em relação a 2014,
principalmente como resultado da redução nas despesas de parada (US$ 17,5 milhões).
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O EBITDA ajustado do negócio de Fertilizantes diminuiu para US$ 117 milhões no 4T15 dos
US$ 197 milhões no 3T15. A diminuição dos US$ 80 milhões em relação ao 3T15 deveu-se,
principalmente, por menores volumes (US$ 86 milhões), de acordo com a sazonalidade usual
do mercado.
A receita bruta de vendas de potássio alcançou US$ 33 milhões no 4T15, diminuindo em
US$ 14 milhões no 4T15 em relação ao 3T15. Os volumes de venda diminuíram de 155 kt no
3T15 para 114 kt no 4T15, devido à sazonalidade típica do mercado. Os preços realizados
diminuíram de US$ 302/t no 3T15 para US$ 293/t no 4T15, junto com a redução dos preços
internacionais de potássio.
A receita bruta das vendas de produtos fosfatados totalizou US$ 387 milhões no 4T15, US$
201 milhões abaixo do registrado no 3T15 como resultado de menores volumes de venda.
Os volumes de venda diminuíram devido à sazonalidade típica do mercado.
A receita bruta das vendas de nitrogenados totalizou US$ 76 milhões no 4T15 em relação
aos US$ 92 milhões no 3T15, como resultado de menores volumes de vendas.
Os custos de fertilizantes, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 319 milhões no 4T15 (ou
US$ 386 milhões com depreciação), diminuindo US$ 125 milhões em comparação com o
3T15. Após a exclusão dos efeitos de menores volumes (-US$ 130 milhões) e variação
cambial (-US$ 19 milhões), os custos aumentaram em US$ 24 milhões, principalmente como
resultado da capacidade ociosa (US$ 10 milhões), ajustes de estoque (US$ 6 milhões) e
maior imposto com frete (US$ 3 milhões).
O SG&A e outras despesas, líquidos de depreciação, aumentaram para US$ 14 milhões no
4T15 comparado aos US$ 5 milhões no 3T15. Despesas com P&D totalizaram US$ 22
milhões no 4T15, em linha com os US$ 23 milhões registrados no 3T15. Despesas pré-
operacionais e de parada totalizaram US$ 9 milhões no 4T15, uma diminuição de US$ 20
milhões em relação ao 3T15, principalmente como resultado da redução nas despesas de
parada.
74
Perspectiva de mercado - Fertilizantes
O segmento de fertilizantes registrou mais um trimestre de fraca demanda, como resultado
de preços inferiores aos esperados das commodities agrícolas. A demanda no Brasil foi
prejudicada ainda pela depreciação do real (BRL) frente ao dólar (USD) e a escassez de
crédito para os agricultores. A demanda na Índia foi impactada negativamente pelo consumo
de estoques.
Os mercados de fosfato e nitrogênio permaneceram fracos, com reduções de oferta não
correspondentes com a lentidão da demanda. Menor demanda de fosfato também reduziu a
demanda por enxofre e amônia, matérias-primas mais relevantes para a produção de
nitrogênio e produtos fosfatados. Em geral, as condições nesses segmentos devem
estabelecer um nível de preços mais baixos para os mercados de nitrogênio e fosfato.
O mercado do potássio permanece com excesso de oferta com a demanda ainda fraca. No
entanto, apoiado pelos contratos anuais acordados com os compradores chineses no início
de cada ano, os preços dos fertilizantes potássicos permaneceu relativamente elevado para
as condições atuais de mercado, o que levou os compradores a esperarem para as novas e
futuras negociações de preços.
No curto prazo, o consumo pode permanecer fraco, especialmente no Brasil, já que
compradores de fertilizantes continuam a adiar compras com a expectativa de uma
recuperação do mercado de crédito e maiores preços das commodities agrícolas. O mercado
do potássio pode voltar ao equilíbrio no curto prazo com cortes de produção e nenhuma
capacidade adicional instalada em 2015. O fosfato pode também melhorar com cortes de
produção.
CPV FERTILIZANTES - 3T15 x 4T15
Principais variações
US$ milhões 3T15 Volume Exchange
Rate Others
Total Variation 3Q15 x 4Q15
4Q15
Pessoal 73 (18) (6) 1 (23) 50
Serviços contratados e materiais
269 (69) (8) (9) (86) 183
Energia (Eletricidade, diesel & gás)
56 (16) (3) - (19) 37
Manutenção 23 (4) (1) - (5) 18
Outros operacionais 23 (23) (1) 32 8 31
Custos totais antes de depreciação e amortização
444 (130) (19) 24 (125) 319
Depreciação 93 (25) (6) 5 (26) 67
Total 537 (155) (25) 29 (151) 386
75
Desempenho do segmento de fertilizantes
Receita operacional liquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Potássio 33 47 45 147 169
Fosfatados 387 588 432 1.818 1.904
Nitrogenados 76 92 108 355 411
Outros 17 20 22 66 101
Total 513 747 607 2.386 2.585
Preço médio realizado US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Potássio 293,08 302,42 371,90 318,32 355,79
Fosfatados
MAP 496,45 505,21 550,70 511,70 542,44
TSP 394,48 391,50 448,41 398,05 428,98
SSP 212,88 197,17 217,14 204,45 212,61
DCP 514,90 536,10 584,94 554,88 591,51
Rocha fosfática 81,73 78,02 88,77 82,55 70,88
Nitrogenados 490,89 497,96 627,91 554,11 604,41
Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Potássio 114 155 121 463 475
Fosfatados
MAP 266 348 249 1.081 1.040
TSP 113 317 112 744 749
SSP 317 740 367 1.847 2.091
DCP 119 118 118 459 493
Rocha fosfática 811 769 935 3.193 3.259
Outros Fosfatados 68 74 71 330 271
Nitrogenados 154 185 172 641 680
Indicadores financeiros selecionados - Fertilizantes US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Receita líquida 481 698 569 2.225 2.415
Custos¹ (319) (444) (411) (1.469) (1.885)
Despesas¹ (14) (5) (29) (37) (95)
Despesas pré-operacionais e de parada¹ (9) (29) (34) (70) (85)
Despesas com P&D (22) (23) (20) (82) (72)
EBITDA ajustado 117 197 75 567 278
Depreciação e amortização (67) (99) (88) (310) (419)
EBIT ajustado 50 98 (13) 257 (141)
Margem EBIT ajustado (%) 10,4 14,0 (2,3) 11,6 (5,8)
¹ Excluindo depreciação e amortização
76
INDICADORES FINANCEIROS
SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS
EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS
Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão
disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da Vale, no website da Companhia,
www.vale.com/ Investidores/Resultados Trimestrais e Relatórios/Demonstrações Contábeis –
Vale.
TELECONFERÊNCIA / WEBCAST
No dia 25 de fevereiro, quinta-feira, serão realizadas duas conferências telefônicas e
webcasts. A primeira, em português, ocorrerá às 10 horas, horário do Rio de Janeiro. A
segunda, em inglês, às 12 horas do Rio de Janeiro, às 10 horas em Nova Iorque, às 15 horas
em Londres e às 23 horas em Hong Kong.
Acesso às conferências telefônicas/webcasts:
Conferência em português:
Participantes que ligam do Brasil: (55 11) 3193-1001 / (55 11) 2820-4001
Participantes que ligam dos EUA: (1 888) 700-0802
Participantes que ligam de outros países: (1 786) 924-6977
Código de acesso: VALE
Conferência em inglês:
Participantes que ligam do Brasil: (55 11) 3193-1001 / (55 11) 2820-4001
Participantes que ligam dos EUA: (1 866) 262-4553
Participantes que ligam de outros países: (1 412) 317-6029
Código de acesso: VALE
A instrução para participação nesses eventos está disponível no website da Vale,
www.vale.com/investidores. Uma gravação da teleconferência/ webcast estará disponível no
website da Vale durante o período de 90 dias posteriores ao dia 25 de fevereiro de 2016.
Esse comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Vale sobre eventos ou resultados futuros. Todas
as declarações quando baseadas em expectativas futuras, e não em fatos históricos, envolvem vários riscos e incertezas. A
Vale não pode garantir que tais declarações venham a ser corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relacionados a:
(a) países onde temos operações, principalmente Brasil e Canadá, ( b) economia global, (c) mercado de capitais, (d) negócio
77
de minérios e metais e sua dependência à produção industrial global, que é cíclica por natureza, e (e) elevado grau de
competição global nos mercados onde a Vale opera. Para obter informações adicion ais sobre fatores que possam originar
resultados diferentes daqueles estimados pela Vale, favor consultar os relatórios arquivados na Comissão de Valores
Mobiliários – CVM, na Autorité des Marchés Financiers (AMF), na U.S. Securities and Exchange Commissio n – SEC e no The
Stock Exchange of Hong Kong Limited, e em particular os fatores discutidos nas seções “Estimativas e projeções” e “Fatores
de risco” no Relatório Anual - Form 20F da Vale.
78
ANEXO 1 - INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
SIMPLIFICADAS Demonstração de resultado US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Receita operacional bruta 5.986 6.618 9.226 26.047 38.236
Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072 25.609 37.539
Custo dos produtos vendidos (5.119) (5.040) (6.892) (20.513) (25.064)
Lucro bruto 780 1.465 2.180 5.096 12.475
Margem bruta (%) 13,2 22,5 24,0 19,9 33,2
Despesas com vendas, gerais e administrativas (167) (131) (306) (652) (1.099)
Despesas com pesquisa e desenvolvimento (119) (121) (235) (477) (734)
Despesas pré-operacionais e de parada (238) (266) (292) (1.027) (1.088)
Outras despesas operacionais 64 (113) (491) (206) (1.057)
Ganho (perda) na venda de ativos (29) (48) (167) 61 (167)
Impairment (8.926) - (378) (8.926) (1.152)
Lucro operacional (8.635) 786 311 (6.131) 7.178
Receitas financeiras 80 92 55 268 401
Despesas financeiras (326) (352) (502) (1.112) (2.936)
Ganho (perda) com derivativos 426 (1.799) (1.087) (2.477) (1.334)
Variações monetárias e cambiais 173 (5.117) (1.257) (7.480) (2.200)
Equivalência patrimonial (37) (349) 31 (439) 505
Resultado de alienação de participação em joint ventures e coligadas
- - 31 97 (30)
Impaiment nos investimentos (446) - (31) (446) (31)
Resultado antes de impostos (8.765) (6.739) (2.449) (17.720) 1.553
IR e contribuição social correntes (152) (100) 363 (389) (1.051)
IR e contribuição social diferido 74 4.603 106 5.489 (149)
Lucro líquido das operações continuadas (8.843) (2.236) (1.980) (12.620) 353
Loss attributable to noncontrolling interest 274 119 131 491 304
Lucro líquido (atribuídos aos acionistas da controladora)
(8.569) (2.117) (1.849) (12.129) 657
Lucro por ação (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)
(1,66) (0,41) (0,36) (2,35) 0,13
Lucro por ação diluído (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)
(1,66) (0,41) (0,36) (2,35) 0,13
Resultado de participações societárias US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %
Minerais ferrosos 44 (65,0) 86 26 (5,9) 652 129,1
Carvão 3 (9,0) 5 (3) 0,7 32 6,3
Metais básicos (99) (10,0) (10) (132) 30,1 (36) (7,1)
Logística - - - - - 13 2,6
Siderurgia (21) (282,0) (3) (414) 94,3 (92) (18,2)
Outros 36 17,0 (47) 84 (19,1) (64) (12,7)
Total (37) (349,0) 31 (439) 100,0 505 100,0
79
Balanço patrimonial US$ milhões 31/12/2015 30/09/2015 31/12/2014
Ativo
Ativo circulante 15.473 17.701 20.234
Caixa e equivalentes de caixa 3.591 4.397 3.974
Investimentos financeiros 28 65 148
Instrumentos financeiros derivativos 121 158 166
Contas a receber 1.476 2.028 3.275
Partes relacionadas 70 343 579
Estoques 3.528 3.808 4.501
Tributos antecipados sobre o lucro 900 904 1.581
Tributos a recuperar 1.404 1.364 1.700
Outros 311 746 670
Ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada
4.044 3.888 3.640
Ativo não circulante 10.653 10.857 7.180
Partes relacionadas 1 23 35
Empréstimos e convênios a receber 188 194 229
Depósitos judiciais 882 838 1.269
Tributos a recuperar sobre o lucro 471 417 478
Tributos diferidos sobre o lucro 7.904 7.982 3.976
Tributos a recuperar 501 527 401
Instrumentos financeiros derivativos 93 133 87
Outros 613 743 705
Ativos fixos 62.366 70.467 89.075
Ativos Total 88.492 99.025 116.489
Passivo
Passivos circulante 10.545 10.226 10.737
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 3.365 3.482 4.354
Salários e encargos sociais 375 455 1.163
Instrumentos financeiros derivativos 2.076 1.422 1.416
Empréstimos e financiamentos 2.506 3.030 1.419
Partes relacionadas 475 141 306
Tributos sobre o lucro - Programa de refinanciamento 345 330 457
Tributos a recolher e royalties 250 261 550
Tributos sobre o lucro a recolher 241 217 353
Obrigações com benefícios de aposentadoria 68 69 67
Obrigações para desmobilização de ativos 89 81 136
Transações resgatáveis com não-controladores - 135 -
Outros 648 323 405
Passivos relacionados a ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada
107 280 111
Passivos não circulante 42.243 44.298 49.431
Instrumentos financeiros derivativos 1.429 2.808 1.610
Empréstimos e financiamentos 26.347 25.645 27.388
Partes relacionadas 213 76 109
Obrigações com benefícios de aposentadoria 1.750 1.881 2.236
Provisões para processos judiciais 822 858 1.282
Tributos sobre o lucro - Programa de refinanciamento 4.085 3.992 5.863
Tributos diferidos sobre o lucro 1.670 2.896 3.341
Obrigações para desmobilização de ativos 2.385 2.648 3.233
Debêntures participativas 342 603 1.726
Participação resgatável de acionistas não controladores - - 243
Operação de ouro 1.749 1.785 1.323
Outros 1.451 1.106 1.077
Total do passivo 52.788 54.524 60.168
Patrimônio líquido 35.704 44.501 56.321
Total do passivo e patrimônio líquido 88.492 99.025 116.489
80
Fluxo de caixa US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Fluxo de caixa das atividades operacionais:
Lucro líquido (prejuízo) de operações continuadas
(8.843)
(2.236)
(1.980)
(12.62
1) 353
Ajustes para reconciliar o lucro líquido provenientes de atividades operacionais continuadas:
Depreciação, exaustão e amortização 984 1.022 1.242 4.029 4.288
Redução ao valor recuperável de ativos não circulantes 9.372 - 409 9.372 1.183
Perda na mensuração ou venda de ativos não circulantes 29 48 167 (158) 167
Items dos resultados financeiros (2.007) 6.801 - 7.628 -
Outros 642
(4.365) 1.820
(5.013)
3.029
Variação dos ativos e passivos:
Contas a receber 985 343 107 1.671 2.546
Estoques (73) (331) (63) (304) (535)
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 491 422 503 740 1.013
Salários e encargos sociais (79) 53 53 (603) (77)
Tributos ativos e passivos, líquidos - (37) (701) (357) 312
Transação de goldstream - - - 532 -
Outros (166) (91) (369) (426) 705
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 1.335 1.629 1.188 4.491 12.984
Fluxos de caixa das atividades de investimento:
Adições em investimentos (12) (8) (24) (66) (244)
Aquisição de subsidiária - - - (90) -
Adições ao imobilizado e intangível (2.190) (1.870) (3.449) (8.371) (11.813)
Recursos provenientes da alienação de bens do imobilizado e de investimentos
423 472 - 1.456 1.246
Dividendos e juros sobre capital próprio recebidos de joint ventures e coligadas
87 19 89 318 568
Recebimentos da transação de goldstream - - - 368 -
Outros resgatados (aplicados) (36) 76 466 226 275
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (1.728) (1.311) (2.918) (6.159) (9.968)
Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento:
Empréstimos e financiamentos:
Adições 1.045 1.066 962 4.995 2.341
Pagamentos
(1.012) (928) (842)
(2.826)
(1.936)
Pagamentos aos acionistas:
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas
(500) - (2.100) (1.500) (4.200)
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas não controladores
(3) - (55) (15) (66)
Outras transações com não controladores - 1.089 - 1.049 -
Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento
(470) 1.227
(2.035) 1.703 (3.861)
Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa (863) 1.545
(3.765) 35 (1.022)
Caixa e equivalentes no início do período 4.397 3.158 7.882 3.974 5.321
Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes
57 (306) (143) (418) (325)
Caixa e equivalentes de caixa no final do período 3.591 4.397 3.974 3.591 3.974
Pagamentos efetuados durante o período:
Juros de empréstimos e financiamentos (305) (381) (324) (1.462) (1.560)
Tributos sobre o lucro (162) (47) (197) (527) (504)
Tributos sobre o lucro - REFIS (86) (89) (111) (384) (494)
Derivativos recebidos (pagos), líquido (275) (167) (319) (1.202) -
Transações que não envolveram caixa:
Adições ao imobilizado com capitalizações de juros 193 195 184 761 588
81
ANEXO 2 – VOLUMES DE VENDAS,
PREÇOS E MARGENS
Volume vendido - Minérios e metais mil toneladas métricas 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Minério de ferro - finos 79.213 70.530 74.603 276.393 255.877
ROM 1.627 3.546 3.552 12.269 14.075
Pelotas 10.837 11.961 12.686 46.284 43.682
Manganês 568 448 828 1.764 1.879
Ferroligas 12 3 36 69 150
Carvão térmico 226 243 310 891 1.152
Carvão metalúrgico 1.329 1.419 1.815 5.614 6.330
Níquel 84 72 69 292 272
Cobre 108 94 95 397 353
Ouro ('000 oz) 114 105 97 425 351
Prata ('000 oz) 761 528 757 2.303 1.889
PGMs ('000 oz) 140 83 168 517 577
Cobalto (tonelada métrica) 1.433 468 1.311 3.840 3.188
Potássio 114 155 121 463 475
Fosfatados
MAP 266 348 249 1.081 1.040
TSP 113 317 112 744 749
SSP 317 740 367 1.847 2.091
DCP 119 118 118 459 493
Rocha fosfática 811 769 935 3.193 3.259
Outros Fosfatados 68 74 71 330 271
Nitrogenados 154 185 172 641 680
Preços médios US$/tonelada métrica 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt)
45,10 56,00 75,50 54,60 92,70
Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB
37,18 46,48 61,23 44,61 75,43
ROM 7,99 6,77 11,82 8,31 15,28
Pelotas CFR/FOB (wmt) 71,98 73,82 100,11 77,78 120,48
Manganês 7,04 52,14 111,11 56,44 118,15
Ferroligas 750,00 836,67 1.083,33 904,16 1.125,83
Carvão térmico 44,19 48,24 64,52 52,42 67,65
Carvão metalúrgico 73,75 81,22 99,72 85,55 104,37
Níquel 9.309,52 10.865,8 15.420,2 11.684,3 16.426,4
Cobre 3.823,90 3.891,78 5.842,10 4.352,94 6.015,47
Platina (US$ por onça troy) 817,60 1.004,75 1.224,87 1.020,14 1.261,87
Ouro (US$ por onça troy) 1.064,48 1.094,81 1.189,96 1.064,48 1.192,51
Prata (US$ por onça troy) 10,00 13,49 14,16 12,63 19,42
Cobalto (US$ por lb) 8,55 14,54 9,34 9,95 10,67
Potássio 293,08 302,42 371,90 318,32 355,79
Fosfatados
MAP 496,45 505,21 550,70 511,70 542,44
TSP 394,48 391,50 448,41 398,05 428,98
SSP 212,88 197,17 217,14 204,45 212,61
DCP 514,90 536,10 584,94 554,88 591,51
Rocha fosfática 81,73 78,02 88,77 82,55 70,88
82
Margens operacionais por segmento (margem EBIT ajustada) % 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Minerais ferrosos 25,5 29,0 18,1 24,0 34,5
Carvão (201,9) (164,6) (133,3) (138,4) (110,6)
Metais básicos (25,6) (18,1) 1,0 (7,3) 9,5
Fertilizantes 10,4 14,0 (2,3) 11,6 (5,8)
Total¹ 5,4 12,8 9,4 10,7 22,6
¹ excluindo efeitos não recorrentes
83
Anexo 3 – reconciliação de informações "NÃO-GAAP" e informações correspondentes em IFRS
(a) EBIT ajustado¹ US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072 25.609 37.539
CPV (5.119) (5.040) (6.892) (20.513) (25.064)
Despesas com vendas, gerais e administrativas (167) (131) (306) (652) (1.099)
Pesquisa e desenvolvimento (119) (121) (235) (477) (734)
Despesas pré-operacionais e de parada (238) (266) (292) (1.027) (1.088)
Outras despesas operacionais 64 (113) (491) (206) (1.057)
EBIT ajustado 320 834 856 2.734 8.497
¹ Excluindo efeitos não recorrentes
(b) EBITDA ajustado O termo EBITDA se refere a um indicador definido como lucro (prejuízo) antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A Vale utiliza o termo EBITDA ajustado para refletir que este indicador exclui ganhos e/ou perdas na venda de ativos, despesas não recorrentes e inclui os dividendos recebidos de coligadas. Todavia, o EBITDA ajustado não é uma medida definida nos padrões IFRS e pode não ser comparável com indicadores com o mesmo nome reportados por outras empresas. O EBITDA ajustado não deve ser considerado substituto do lucro operacional ou medida de liquidez melhor do que o fluxo de caixa operacional, que são determinados de acordo com o IFRS. A Vale apresenta o EBITDA ajustado para prover informação adicional a respeito da sua capacidade de pagar dívidas, realizar investimentos e cobrir necessidades de capital de giro. O quadro a seguir demonstra a reconciliação entre EBITDA ajustado e fluxo de caixa operacional, de acordo com a sua demonstração de fluxo de caixa:
Reconciliação entre EBITDA ajustado x fluxo de caixa operacional US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
EBITDA ajustado 1.391 1.875 2.187 7.081 13.353
Capital de giro:
Contas a receber 985 343 107 1.671 2.546
Estoque (73) (331) (63) (304) (535)
Fornecedor 491 422 503 740 1.013
Salários e encargos sociais (79) 53 53 (603) (77)
Transação de goldstream - - - 532 -
Outros (414) (78) (257) (517) (167)
Ajuste para itens não-recorrentes e outros efeitos (112) 29 (332) (470) (477)
Caixa proveniente das atividades operacionais 2.189 2.313 2.198 8.130 15.656
Tributos sobre o lucro (162) (47) (197) (527) (504)
Tributos sobre o lucro - REFIS (86) (89) (111) (384) (494)
Juros de empréstimos e financiamentos (305) (381) (324) (1.462) (1.560)
Pagamento de debêntures participativas (26) - (60) (65) (112)
Recebimentos (pagamentos) de derivativos, líquido
(275) (167) (318) (1.201) (179)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais
1.335 1.629 1.188 4.491 12.807
(c) Dívida líquida
Reconciliação entre dívida bruta e dívida líquida US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Dívida bruta 28.853 28.675 28.807 28.853 28.807
Caixa¹ 3.619 4.462 4.122 3.619 4.122
Dívida líquida 25.234 24.213 24.685 25.234 24.685
¹ Incluindo investimentos financeiros.
(d) Dívida total / LTM EBITDA
84
ajustado
US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
Dívida Total / LTM EBITDA ajustado (x) 4,1 3,6 2,2 4,1 2,2
Dívida Total / LTM Fluxo de Caixa Operacional (x) 6,4 6,6 2,2 6,4 2,2
(e) LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014
LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros (x)
4,8 5,3 8,6 4,8 8,6
LTM Lucro operacional / LTM Pagamento de juros (x)
(4,3) 2,0 4,7 (4,3) 4,7