Descrição Sucinta Do Caso Hans Atualizado (1111)

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Psicanalise

Transcript of Descrição Sucinta Do Caso Hans Atualizado (1111)

Descrio sucinta

Nos anos de 1909, surge o primeiro estudo de Freud relacionado uma criana. Era um menino de 5 anos, nascido em 1903, filho de uma ex-paciente de Freud e um intelectual, Max Graf. Freud no entanto, no foi o analista ativo do caso, a convite do prprio, o pai do menino o analisou e reportava a Freud todos os acontecimentos observados, e em seguida, o pai da Psicanlise o fazia recomendaes quanto ao caso. Mais tarde, Max permitiu que Freud publicasse o caso de seu filho.Hans, o nome que Freud deu ao menino Herbert Graf, nasceu em um perodo cultural conservador, em que no haviam outros meios de transporte alm de bondes puxados por cavalos.O menino era admirador de animais, gostava de passear de mos dadas com sua me e nestes momentos, observava com ateno os cavalos, aos quais foram mais tarde objetos comparativos em relao sexualidade. Esses passeios foram se tornando cada vez mais raros depois do nascimento de Hanna, quando Hans ainda tinha 3 anos, este acontecimento foi, sem dvidas, um desencadeador da investigao do meninos quanto a sexualidade.O sono do menino passou a ficar cada vez mais perturbado, j no dormia com facilidade como quando sua me cantava para ele, ela o deixou de fazer quando Hanna nasceu e agora ocupava os perodos noturnos com preparos para a recm nascida. E quando o menino perdia o sono se ocupava a prestar ateno aos movimentos fora de seu quarto, e como de costume brincava com seu faz-pipi.Como tentativa de aproximar os irmos, a zelosa e preocupada me de Hans o convidava a assistir os banhos de Hanna. Essa observao o levou a especular as razes pela qual Hanna no tinha pipi.At ento, o menino associava a ideia de que todos tinham um pipi ou algo parecido, at objetos inanimados como seus brinquedos, ento concluiu que se sua irm ainda no tinha um pipi, por que ainda iria crescer. Em suas especulaes, Hans conclui que seu pai tem um faz pipi e se aterroriza ao saber que sua me no o tem. Nas associaes, a criana passa a observar que os cavalos tinham um faz pipi maior que o de seu pai, e isso o intriga.Alm dessas especulaes, Hans precisou lidar com as repreenses de sua me, quando ela cuidadosamente a ss falava que brincar com seu faz pipi era feio e vergonhoso. Com o tempo, o menino passou a se sentir ameaado e com vergonha.Hans, j com 3 anos e 9 meses, passara a relatar sobre seus sonhos, e em um destes, relata sobre o fato de ter ficado bem a ss com Maria (uma menina um pouco mais velha que morava numa cidade que a famlia visitava durante as viagens a Gmunden), a nfase a este sonho, colocou o pai a analisar o desejo do menino em estar a ss com a me e tambm a curiosidade em relao a sexualidade.Um dia, sua me o convida a passear, e aquilo o excitava tanto que o fazia brincar com seu faz pipi, mesmo sabendo que sua me poderia brigar. No entanto, o ato interrompido quando um cavalo enorme, como seu pai, escorrega e cai. Hans se apavora, pensando que se o cavalo to grande e belo caiu, seu pai poderia cair. No dia seguinte, a me faz o mesmo convite, e durante a caminhada o menino cai aos prantos com medo de que os cavalos o mordesse, sua me o pergunta se ele estava brincando com seu faz pipi,Todos esses acontecimentos, a queda do grande cavalo, seus sonhos e a voz de ameaa de sua me, o fazem cair em um estado psicolgico de fobia, fobia de cavalos. Depois disso, os sintomas de Hans pioravam, j no queria mais sair de casa, j no dormia mais. Ento, o pai do menino Hans, Max procura Freud de maneira diferente, j no era mais um estudo terico, era uma demanda de seu filho. Freud recebeu o pai com ateno, j que at ento no havia recebido crianas como pacientes, e por isso no sabia qual tratamento poderia ser aplicado.O pai traz a Freud os relatos fieis de seu filho, suas angustias, suas ansiedades, e fala que Hans chamava tudo isso de sua bobagem, assim como Freud havia recomendado. O professor continuou a dar apoio ao caso.Max passa a esclarecer Hans sobre a sexualidade e deixa claro ao menino que seres femininos no tinham pipi nenhum, assim como ele constatou ao observar Hanna. Os esclarecimentos amenizaram a angustia do menino.A me de Hans permitia que o menino dormisse entre os pais, na tentativa de que o menino perdesse suas fobias. O dipo ento visto, quando o menino passa ento a desejar sua me, junto com seus mimos e suas carncias, rivalizando assim com o pai.

Aspectos importantes do caso

Nascimento de Hanna; Investigao e especulaes sobre a sexualidade; Masturbao Paixes por animais e atribuio de sentido sexual objetos inanimados; Suposies sobre homossexualidade; Sonhos com contedo interpretados como erticos; Diferenciao entre os sexos; Associaes dos rgos sexuais dos cavalos, aos rgos de humanos. Apaixonamentos tanto em relao me, quanto s suas amigas; Complexo de dipo; Complexo de castrao e fobias de animais; O dio em relao me; Associao do cavalo branco, grande e admirado figura do pai; A importncia do esclarecimento do pai ao filho quanto a sexualidade; Toda interveno foi realizada por aconselhamento de Freud.

Identificao da queixa

Quando o pai de Hans chega a Freud, ele traz diversas queixas para que o professor pudesse ajudar o filho em suas angustias. Hans j no dormia mais, e quando dormia no era sono profundo, tinha medo de sair nas ruas, extrema fobia de cavalos e animais de grande porte.Hans apresentava comportamentos ciumentos em relao a Hanna e sentimento de rejeio em relao a me, o menino estava adoecido e para o pai a precocidade e a intensidade dos sintomas, era muito alarmante.

Identificao da demanda paterna

O pai de Hans notara o quanto o garoto temia cavalos brancos, e a ideia de poder sair de casa e se deparar com um deles era insuportvel para seu filho que evitara o evento o mximo que podia. A criana no era capaz alguns dias de dormir com xito por medo e isso preocupavam os pais de Hans que levaram seu caso at Freud sabendo que o filho precisara urgente de analise. O pai acreditava que a sua esposa alimentava as neuroses de Hans por quase sempre ceder aos caprichos dele quando queria algo e que talvez tambm por esse motivo o menino estivera adoecendo.

A Escuta Clinica

A escuta clinica, fundamental em qualquer anlise. No caso de Hans, o menino teve uma escuta privilegiada, acompanhada pelo pai e ainda por Freud.Hans vive atormentado por um dipo perturbador; Tem desejos em ter a me s pra ele e isso lhe causa ansiedade, sentimentos de culpa e medo. Vive em ambivalncia porque ao mesmo tempo que ama o pai,quer o destru-lo para ter a me s para si. A maneira que encontra para diminuir sua ansiedade masturbando-se, mas ao mesmo tempo lhe provoca ainda mais medo de ser pego por saber que no certo ficar mexendo em seu pipi, trazendo tambm uma intensa tenso. Sobre bebs e vaginas o menino se tornava ainda mais curioso e ansioso porque a explicao que lhe davam no correspondia com a lgica observada pelo garoto que era muito esperto e inteligente para sua idade. Como pode Hanna ser trazida por uma cegonha? E porque o pipi dela to pequeno? Suas curiosidades o causava ansiedade. Sempre que os pais o surpreendiam manipulando seu membro o garoto era chamado ateno para que no o fizesse, e isso intensificava ainda mais o medo da castrao j que certa vez sua me lhe disse que se continuasse mexendo ficaria sem o seu pipi. A fobia de Hans funcionou como um deslocamento do seu medo da castrao para algo mais distante e que fosse mais difcil de atingi-lo.Ele desenvolveu o medo de cavalos brancos por uma juno de coisas: A ameaa da castrao,um evento que um cavalo caira e que sentiu muito medo,o desejo de ficar a ss com Maria e a prpria voz de sua me. Esses pequenos fatos o fez desenvolver a fobia por cavalos.O cavalo para Hans era como seu pai: Forte, grande e ameaador e podia castrar-lhe a qualquer instante .

Definio e relevncia do Psicodiagnstico Interventivo

No caso de Hans, o Psicodiagnstico Interventivo, no foi realizado da maneira convencional. O observador foi o prprio pai que reportava a Freud suas observaes, para que o psicanalista pudesse fazer as interpretaes e assim, pudesse prescrever estratgias para a melhora do garoto.No entanto, Barbieri (2009 apud Arzeno 2005) O psicodiagnstico interventivo utiliza de tcnicas de mediao durante todo o processo que desde a entrevista inicial at a devolutiva empregado intervenes junto ao paciente e sua famlia de modo que possa intervir de forma positiva em seu funcionamento.O Psicodiagnstico Interventivo permite um aprofundamento na dinmica do paciente envolvendo todo o contexto em que o mesmo se encontra inserido. De acordo com Donatelli (2005), a Psicologia Clnica desenvolveu-se no sculo XIX, quando o paradigma vigente era o positivismo lgico, ou seja, existia a ideia de que havia uma verdade sobre os fenmenos, passvel de ser conhecida por meio de determinados procedimentos utilizados pelo pesquisador de forma isenta e neutra. As primeiras prticas psicodiagnsticas desenvolveram-se nesse contexto (idem).Para Cunha apud (DONATELLI, 2005, p. 19): As sementes da avaliao psicolgica, que hoje constitui uma das funes do psiclogo, foram lanadas numa fase que abrangeu o fim do sculo XIX e o incio do sculo XX, poca que marcou a inaugurao do uso dos testes psicolgicos. Historicamente, portanto, justifica-se a imagem que o leigo formou do psiclogo, como um profissional que usa testes, j que testlogo o que ele foi, na metade do sculo XX. Segundo Ancona-Lopez (1995), o psicodiagnstico como processo de interveno ser possvel apenas se o psiclogo se abrir para a co-participao do cliente e acreditar que o mesmo pode compartilhar os conhecimentos que se forem configurando durante o processo. Tal atuao caracterizada pelo fato de o psiclogo partilhar suas impresses sobre (e com) o cliente, levando-o a partilhar do processo e a abandonar a postura passiva de sujeito a ser conhecido. Com isso o psiclogo manter sua escuta voltada para as possibilidades de interveno (idem).Ainda de acordo com a autora, a interveno acontece medida que no se desprezem os apontamentos que naturalmente ocorrem ao psiclogo durante os encontros, quando ele compartilha com o cliente, durante as sesses de psicodiagnstico a maneira como ele percebido, as impresses e as reflexes que possibilita. Quando possvel captar o estilo do cliente, sob que formas ele estabelece relaes com o mundo, e se ele puder ser esclarecido sobre isso, novas probabilidades de autoconhecimentos certamente se abriro para ele. Os apontamentos s so interventivos na medida que no se repetirem as situaes da vida cotidiana do cliente. De acordo com Yehia (apud ANCONA-LOPEZ, 1995), a situao de psicodiagnstico torna-se uma situao de colaborao de capacidade em que ambas as partes aprenderem, observarem, compreenderem constitui a base imprescindvel para o trabalho. Tanto os psiclogos como os pais procuram compreender o que est sendo vivenciado, tarefa do psiclogo compreender a pergunta (idem). A mesma autora traz o compreender como participar de um significado comum, de suas limitaes e abertura para o mundo.Ainda de acordo com autora citada acima,Tanto o psiclogo como o cliente esto contribuindo com peas diferentes para chegar constituio de uma imagem comum; O psiclogo, a partir das conversas com os pais e do conhecimento da criana, pode sugerir alternativas de ao para os pais,tambm aps a anlise da dinmica familiar, o psiclogo pode dar sugesto de alternativas para os pais.Por meio do psicodiagnstico interventivo possvel que se obtenha maiores conhecimentos sobre aspectos mais ntimos do sujeito, interpretaes e sentidos que d a determinadas experincias vivenciadas por ele atravs da convivncia com o outro podero ser usados como informaes importantes em possveis intervenes viveis a cada caso (Barbieri, 2009).Desse modo a ideia do Psicodiagnstico Interventivo visa englobar todas as partes que compem o paciente, com o intuito de conhecer a dinmica familiar, a escola e no somente isso, envolver a famlia em alguns atendimentos grupais divididos ao longo do processo, para que pais partilhem suas vivncias para que haja uma troca mtua de experincias, tornando- os participativos no processo.Para Hans, o psicodiagnstico, mesmo realizado de forma controvrsia, teve efeito significativo e foi fundamental para o desenvolvimento psquico do menino.

Etapas do Psicodiagnstico

Triagem Entrevista com os Pais Entrevista com a criana Momento Ldico Devolutivas

Ao Psicodiagnstico de Hans, os passos convencionais no foi possvel aplicveis, j que o prprio pai aplicou a interveno aos cuidados de Sigmund Freud.

Discusso das hipteses

No caso de Hans, diversas hipteses foram levantadas com fins em interpretar e suscitar no menino, a perda de seus temores e angustias. As hipteses levantadas permitiram ao psicodiagnstico do mesmo, caminhos de interpretar suas questes de existncia e ainda sobre sua sexualidade.Quando o pai de Hans vai a Freud, ele traz informaes que levam o analista a inferir certos dados. A possibilidade da associao dos cavalos com as figuras paternas, por exemplo, leva-nos a pensar as razes sobre as quais o menino acha caracteres dos seres humanos em comum com as de cavalos. Hans considerava igualdades nos rgos sexuais, e por isso associava imagem do grande cavalo branco autoridade de seu pai. Em meio vivencia de seu Complexo de dipo, as figuras dos cavalos o aterrorizavam, justamente pelo fato dessas figuras representarem seus pais e provveis castraes, isso ilustra o medo da mordida na mo (a mesma mo que ele estava brincando com seu pnis), a fobia dos cavalos e a possibilidade de entrarem no quarto a noite e o flagrarem no ato de brincar com o pnis, o que era constantemente repreendido pelo pais e o causava medo de ser punido.Hans, ao caminhar na rua com a me, teve medo mas sabendo das consequncias mesmo assim se masturbou, quando conversava com a me. Era de fato, um momento de prazer para ele. O momento de prazer do menino, foi subitamente interrompido pela queda do cavalo to admirado por ele, seguido pela voz castradora de sua me. Em seus pensamentos, seus desejos e suas respectivas consequncias, o colocaram em conflito de interesses, colocando em uma angustia interminvel. A queda do cavalo havia o remetido a uma provvel queda de seu pai, e a voz ameaadora de sua me possibilidade de que sua brincadeira com o pnis, resultaria na perca do mesmo. Devolutiva - Aspectos gerais

Normalmente, a devolutiva no psicodiagnstico acontece formalmente com os solicitantes, normalmente os pais. Mas, como o isolado caso de Hans, a devolutiva no aconteceu da maneira formal. Freud, associado ao pai de Hans, apresentou hipteses que mais tarde foram trabalhadas e resolvidas com o menino. Como era o caso de seu complexo de dipo, que mais tarde fora sucumbido, a hiptese de que os cavalos representava as figuras castradoras paternais, e que mais tarde fora desfeita e os cavalos passaram a ser apenas grandes animais. Nos estudos, o caso de Hans foi estudado tendo como foco principal a descoberta da sexualidade, e que suas angustias giravam em torno das descobertas e associaes, alm de seus receios. Durante toda a analise informal de Freud para com o menino, o estudioso analisou sua nova relao com suas questes sexuais. Hans, em meio a curiosidade normal para uma criana de sua idade, acaba por neurotizar e ficar em sofrimento, passar por angustias precoces e s tempos mais tarde pde ento, compreender a realidade, dada sem fantasias, e assim libertar-se de suas fobias e sucumbir seus complexos. bem verdade que ningum pode inferir com indubitabilidade, que Hans foi totalmente curado de suas neuroses, j que neurticos todos so. Mas afirmar que aps a interveno de Max e Freud, a criana pde continuar seu curso, isso o prprio Hans reconheceu quando, com 19 anos, achou as anotaes de Freud e seu pai, e demora a reconhecer quem foi aquela criana.