Desconstruindo interfaces, uma análise conceitual de 12 cases digitais

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    Luis Rocha

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    Contedo sobre designO ms de maio tambm estar recheado de bom contedo nowww.revistawebdesign.com.br . Acesse e confira mais um projetoexclusivo desconstrudo, bate-papo com Felipe Memria sobreparmetros de qualidade de interfaces e dicas de leitura sobre bibliotecas de padres.

    EDITORIAL

    O valor da interfaceAs homepages so o patrimnio mais valioso do mundo. So

    investidos milhes de dlares em um espao com menos de ummetro quadrado.

    Sbias e profticas palavras publicadas logo na introduo do livroHomepage: Usabilidade, escrito pelos especialistas Jakob Nielsene Marie Tahir. Quase dez anos aps a sua publicao, a obra setornou um clssico do segmento web.

    Guardadas as devidas propores nanceiras, eles estavam nocaminho certo ao fazer tal a rmao. S para se ter uma ideia, averba alocada na criao e no desenvolvimento do Portal Brasil,que durou cerca de um ano para car pronto, foi de 11 milhes dereais (http://tinyurl.com/77-editorial-1) .

    Por falar neste projeto, ele um dos 12 cases analisados na matriaDesconstruindo interfaces (pginas 32 a 45). Nossa fonte de

    inspirao acabou surgindo atravs de algumas consultas feitas justamente obra de Nielsen e Tahir. Assim, decidimos criar umaverso adaptada ao mundo do design de interfaces.

    Por falar em livros, biblioteca um termo que vem logo cabea.E tambm, porque no, remete a edio deste ms! Isso porquepreparamos uma reportagem apontando as vantagens no uso de bibliotecas de padres de interfaces (pginas 52 a 57).

    Com isso, nossa esperana que o contedo desta edioenriquea ainda mais o seu cotidiano de produo e estimule aformao de um discurso crtico na rea. Boa leitura!

    Grande abrao,

    Luis [email protected]

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    E-mail etc. 06E-mails, Twitter, Direito na web

    Fique por dentro 08 Notcias, Blog do ms, Mtricas,Internacional, Agenda, Livros

    PORTFLIOSPortflio Agncia 12fullDesign

    Portflio Freelancer 16Rafael Curi

    Portflio Ilustrador 18Raphael Sonsino

    Portflio Lente Digital 20 Freddy Thorvaldsen

    Portflio Fontes de Inspirao 22 Pedro Moura

    Tecnologia em focoCONCEITUAL 62 Design de interfacespara CMSsTUTORIAL 64Papervision 3D no Flash- Parte 3/3

    CAPA

    Desconstruindo interfaces 32Inspirados no livro Homepage: Usabilidade, de Jakob Nielsen e Marie Tahir,preparamos um especial adaptado ao universo do design de interfaces,atravs da anlise conceitual de 12 projetos lanados recentemente

    OPINIO

    gil sem perder a qualidade46Na correria de prazos curtos e a necessidade de atender a todas asdemandas, como garantir um fluxo gil de produo sem perder a qualidade

    da execuo criativa?

    REPORTAGEM

    Biblioteca de padres de interfaces 52Conhea algumas das principais vantagens de sua aplicao no processo deproduo de interfaces digitais e interativas

    ESTUDO DE CASO

    O acervo ldico de Niemeyer 58Diretores do estdio carioca Caos! Vdeo&Design destacam as principais

    etapas na criao da nova verso do site deste renomado arquiteto

    COLUNASIlustrao 66Carolina Vigna-Mar

    Marketing 68Ren de Paula Jr.

    Internacional 70Julius Wiedemann

    Webdesign 72Luli Radfahrer

    ENTREVISTA

    Sob o impacto da gerao YO consultor Sidnei Oliveira

    apresenta as principaiscaractersticas e influncias nasestratgias de comunicao

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    Os links citados nesta edio esto reunidos na pgina principal do site darevista. Acesse www.revistawebdesign.com.br.

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    ENTREVISTA

    Busca constante eousada por novasexperincias, domniotecnolgico, per l questionador erealizao simultneade tarefas. Essas so

    algumas das principaiscaractersticas dessa gerao nascida entre 1980 e 1999.

    Sob o impacto da gerao Y

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    Sidnei OliveiraConsultor, autor e palestrante, expert em con itos de geraes, gerao Y, desenvolvimento de novos talentos e redes sociais.Site: www.sidneioliveira.com.br

    Twitter: @sidneioliveira

    Para entendermos melhor todas as transformaes vividas porestes jovens e o seu impacto na concepo de estratgias de comu-nicao, conversamos com o consultor Sidnei Oliveira, que autordos livros Gerao Y: era das conexes, tempo dos relacionamen-tos e Gerao Y: o nascimento de uma nova verso de lderes.Con ra o resultado a seguir.

    WD Dentre as principais caractersticas desta gerao nascidaa partir de 1980, voc destaca a simultaneidade na realizao detarefas e o per il questionador. Alm destas, quais seriam as outras

    caractersticas fundamentais na hora de se de inir um per il resu-mido desta gerao?SIDNEI possvel observar tambm a grande intimidade com tec-nologia. Mesmo em jovens que tm menos acesso aos equipamen-tos, observamos uma rpida assimilao e aprendizagem quandorecebem um equipamento moderno. Na linguagem popular, comose estes jovens j nasceram sabendo. Alm destas caractersticas,gosto de ressaltar que a gerao Y tem sede por experincias eousadia para experimentar.

    WD Voc dedicou um captulo exclusivo do livro Gerao Y: eradas conexes, tempo dos relacionamentos para apontar os princi-pais grupos, tribos e tipos pertencentes gerao Y. Em termos de

    relacionamento, quais so os maiores obstculos para se garantirum bom dilogo com e entre esses diferentes grupos? comumvermos jovens inseridos em mais de um determinado grupo?SIDNEI Diferente de jovens de outras geraes, a Y compostapor jovens mutantes que pertencem diversas tribos simulta-neamente. A chave est em entender o grupo de relacionamentoem que eles esto envolvidos no momento ou na experincia quedeseja realizar.

    Dependendo do grupo e do cenrio, no h abertura para di-logo, pois alguns grupos so absolutamente antagnicos (exemplo:pagodeiros e emos). Contudo, possvel localizar, com facilidade, jovens que frequentam ambos os grupos. O paradoxo uma grandemarca desta gerao.

    WD No post Salado do Baguete e o Y das agncias (http://tinyurl.com/77-ent-1), Jonatas Abbott apresenta algumas argumentaescrticas sobre as possveis classi icaes existentes sobre a geraoY e ressalta que elas so totalmente iguais aos jovens de poderaquisitivo de qualquer tempo. Diante de sua experincia na rea, oque podemos classi icar de verdades e de mitos quando falamosdesta gerao?SIDNEI Sempre vejo alguns artigos cticos sobre a existncia ou node uma gerao realmente diferente. Quero esclarecer que exis-tem inmeros estudos que comprovam que os jovens nascidos a

    partir de 1980 tm um comportamento muito mais dinmico queos jovens de outras geraes, principalmente por conta de todo ocontexto tecnolgico, social e cultural criado e desenvolvido inten-samente nos ltimos 20 anos.

    Este fenmeno atinge todas as classes sociais e no apenas osde poder aquisitivo. No Brasil, o conceito de poder aquisitivo est setransformando juntamente com a ampliao do crdito ao consu-midor, por isso no representa mais alta renda.

    Hoje, os desejos dos jovens so relativamente uniformes. O quese altera a marca, a qualidade e a forma de pagamento que um pro-duto ser adquirido pelo jovem consumidor. Se o jovem mais ricoir comprar um iPhone de $ 1.500 vista, o da classe D, que ganhaum salrio mnimo, ir desejar e comprar o HIPHONE por 200 em

    dez vezes no carto no site ComprenaChina.com.Isso signi ca que ambos tm os mesmos desejos e caractersticas

    e iro se comportar de formas muito semelhantes. Este fenmeno jfoi observado por grandes comerciantes que tm dedicado especialateno as chamadas classes C e D.

    Recentemente, ouvi o depoimento de um diretor de RH de umagrande empresa. Ele contou que o presidente havia decidido noparticipar mais do encerramento dos programas de trainees (ativi-dade que cumpriu nos ltimos 15 anos).

    Sua justificativa foi que antes ele podia cumprimentar os trai-nees colocando-se disposio e dizendo que a porta de sua salaestaria sempre aberta. Agora, os trainees da gerao Y esto indoem sua sala de verdade e fazendo muitas sugestes de gesto da

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    empresa. A concluso do diretor de RH foi que jovens so iguais em

    todas as geraes, mas que esta Y tem realmente algo diferente...

    WD Em um dos seus ltimos artigos, A juventude uma religioa que todos acabam se convertendo (http://tinyurl.com/77-ent-2),voc ressalta que o adulto de hoje, que precisou fazer um curso deps-graduao para aprender planejamento estratgico, no pode

    icar omisso diante deste cenrio. No mais o tempo de se sur-preender por um menino estar aprendendo a fazer planejamentoestratgico com nove anos de idade. Pensando nisso, quais seriamas consequncias diretas que a gerao Y trouxe para o planeja-mento estratgico de comunicao de grandes marcas? E o quemudou na forma como esta gerao enxerga o consumo de pro-dutos e servios?

    SIDNEI A gerao Y a primeira gerao profundamente estimulada

    ENTREVISTA

    A gerao Y quer realmente um contatoverdadeiro com a empresaque consome o produto

    hiPhone

    Dispositivo mvel fabricado na China, vendidocom o sugestivo slogan No iPhone, melhorque iPhone. Trata-se de uma cpia pirata dopopular iPhone, criado pela Apple.Fonte: Wikipdia (http://tinyurl.com/77-ent-7) e

    livro Os chineses

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    por informaes. Este fato transforma completamente a forma de

    comunicao que pode produzir resultados satisfatrios.O jovem dificilmente consome por marca nos dias de hoje. A

    principal razo para o consumo est nas recomendaes recebidasatravs de suas redes de relacionamentos. Isto cria uma pressoenorme para que as grandes marcas se posicionem nas redes derelacionamentos tambm. Contudo, este ainda um territrio com-pletamente novo para todos (jovens e empresas) e as verdadesainda esto sendo descobertas.

    Esta gerao valoriza a coerncia e a transparncia e, comotem acesso irrestrito pela internet, espera que as grandes empresasmantenham canais abertos de comunicao. E no estou falandode canais como as centrais de relacionamentos feitas por URAs econtact centers terceirizados.

    A gerao Y quer realmente um contato verdadeiro com aempresa que consome o produto. Ele valoriza a experincia de rela-cionamento que, se no for satisfatria, pode determinar a rupturano canal de consumo com um depoimento negativo na rede quepode atingir dimenses inacreditveis. Veja o exemplo envolvendoa UNITED AIRLINES com um passageiro, que resultou em um vdeocom mais de oito milhes de acessos.

    WD Na reportagem Um quinto da gerao Y j che ia equipes(http://tinyurl.com/77-ent-4), publicada pelo Estado, icamossabendo de alguns resultados de estudo da empresa de consulto-ria Hay Group. Por exemplo: 18% dos entrevistados, entre cinco mil jovens nascidos a partir dos anos 80, j possuem cargo de che ia.

    Em relao s outras geraes (belle epoque, baby boomers e gera-o X), o que muda no per il do chefe, at ento representado pelas

    iguras tradicionais, quando comparamos com os atuais jovens emaltos cargos na hierarquia das empresas?SIDNEI Este talvez o maior e mais visvel aspecto da chegada dagerao Y no ambiente corporativo, pois o conflito est aconte-cendo de forma totalmente aberta e direta.

    Vivemos em um tempo de ampliao na expectativa de vidadas pessoas. Isso est alterando a dinmica na vida pro ssional des-tas geraes. O jovem da gerao Y chega s empresas e encontra baby boomers e X ainda sentindo-se jovens e produtivos e poucodispostos a abrir espao.

    Quando esta realidade alterada por circunstncias quase

    sempre ligadas a uma elevada quali cao do jovem, que assumeuma posio de liderana na hierarquia, o que tenho encontrado um ambiente de profundos con itos, muitas vezes silenciosos, maspresentes e negativos para a empresa. Harmonizar estas relaesest entre os maiores desa os que os departamentos de recursoshumanos das empresas esto encontrando atualmente.

    WD Falando ainda sobre o choque de geraes, possvel apon-tar as principais convergncias e as diferenas em termos de ati-tude, postura pessoal e pro issional, viso de mundo entre outrascaractersticas?SIDNEI A primeira impresso que se tem de que as geraes esto

    vivendo um tempo de ruptura total, onde os mais velhos no enten-dem os jovens de hoje, que por sua vez consideram os mais velhoscomo absolutamente lentos e desconectados da realidade atual.

    Evidentemente estas divergncias sempre aconteceram entre asgeraes. O fato novo que os con itos atuais esto mais potencializados,principalmente pelo ritmo de vida que surgiu com as novas tecnologias.

    Como mencionei em meu ltimo artigo, todos desejam ser jovens pelo maior tempo possvel e at o aumento da expectativade vida, provocado tambm por avanos da cincia, contribui paraa intensidade nos conflitos, pois existem mais geraes lutandopor um lugar no mundo. Os mais velhos sentem-se produtivos emseus postos atuais, por isso no abrem espao para os mais jovensocuparem estas posies. Claro que esta situao no se sustenta

    United Airlines

    O msico canadense Dave Carroll (www.davecarrollmusic.com/ubg/) , da banda Sons of Maxwell, gravou um clipe cha-mado United Breaks Guitar e o postou no YouTube (http:// tinyurl.com/77-ent-3) . O objetivo era criticar, de forma bem-humorada, os danos causados em sua guitarra no transportee no descarregamento realizado pela United Airlines, almdo posterior descaso da empresa. O protesto virtual acabouvirando um hit nos EUA.Fonte: Blog ideavertising (http://tinyurl.com/77-ent-8)

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    ENTREVISTA

    por muito tempo.

    O que necessrio um novo modelo de relacionamento entreas geraes, onde os mais velhos substituam o papel de executivos/operadores, guardies dos processos e zeladores dos resultados,para assumir uma nova carreira - a de lder educador - conhecidocomo mentor (mentoring), deixando todo o esforo executivo paraa gerao mais jovem, que tem mais energia e mais habilidades parao atual contexto tecnolgico.

    Esta conscientizao tambm deve acontecer com os jovens dagerao Y, que mesmo tendo mais habilidades, precisam reconhecerque isto apenas fruto de um cenrio de superestimulao a que foramsubmetidos desde a primeira infncia. E isso no os torna especiais.

    Eles precisam entender que so e precisam ser mais preparadospara o novo ambiente hipercompetitivo e que, alm de todo conhe-

    cimento tcnico e toda informao que conseguem absorver, preci-sam acessar um tipo muito especial de conhecimento - o tcito -, queapenas os mais velhos possuem, fruto de todas as experincias acu-muladas em suas vidas.

    O caminho a negociao de interesse entre as geraes. E estanegociao precisa acontecer com maior rapidez.

    WD No artigo Cybertalentos (http://tinyurl.com/77-ent-5), Cesar Paza irma que, diante das novas ferramentas tecnolgicas, os pro issio-nais das reas de capital e recursos humanos foram bene iciadosna hora de se buscar novos talentos pelo mercado. Em sua opinio,quais so os parmetros fundamentais para que as empresas pos-sam manter e motivar os talentos da gerao Y?

    A principal razo parao consumo est nasrecomendaes recebidasatravs de suas redes derelacionamentos

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    SIDNEI A realidade de cada empresa dificulta a apresentao defrmulas infalveis que deem resultados reais. O caminho a ver-dadeira ateno para o fenmeno (gerao Y) e a abertura de canaisde comunicao de acordo com a realidade de cada empresa.

    Primeiramente, as avaliaes de clima precisaram ser analisa-das com mais profundidade e levadas mais a srio nas empresas. Agerao Y est muito focada em sua rede de relacionamentos, o queinclui os colegas com quem trabalha.

    Outra questo muito importante para motivar e manter os talen-tos reavaliar a relao do jovem com seu lder/gestor imediato.

    Este o elo mais frgil atualmente e certamente um dos principaismotivos para que um jovem se desligue de uma empresa.

    Este jovem valoriza muito, muito mesmo, a relao que tem comseu chefe. Se for positiva, ele permanece e acredita que pode evo-luir; se for negativa, ele se esforar para se colocar em outra reali-dade. E, neste caso, no se trata de estabelecer uma relao pater-nalista ou franciscana entre o chefe e o jovem. O que a gerao busca um mentor que se preocupe com seu desenvolvimento eque apresente desa os estimulantes, que levem este jovem a cres-cer e alcanar rapidamente uma posio mais desa adora na pr-pria organizao.

    WD No post A cartolina da gerao Y (http://tinyurl.com/77-ent-6),

    publicado no blog A Quinta Onda, o autor destaca como as novastecnologias esto inseridas no processo de educao dos jovens.Levando-se em considerao este novo cenrio, o que precisotransformar nos modelos atuais de educao para atrair e estimulara formao desses novos per is de jovens?SIDNEI preciso promover uma ampla transformao na formacomo as aulas so realizadas. Hoje, o que vejo so professoresque acreditam que modernizaram suas aulas com a adoo dePowerPoint e tarefas por e-mail. Isso no nada mais que a auto-matizao da antiga lousa e das lies de casa no caderno.

    necessria uma real transformao, que contemple o jovemsuperestimulado com total intimidade da tecnologia e completa

    ENTREVISTA

    exposio s informaes. preciso modificar os mtodos deensino de modo a promover as habilidades de pesquisas e a cons-truo de um raciocnio cognitivo mais re nado.

    Um exemplo: os erros gramaticais. No mundo atual e futuro,cada vez mais os corretores ortogr cos dos programas iro auxi-liar na construo de textos, por isso os professores deveriam pro-mover suas aulas de forma a privilegiar a interpretao cognitiva,pois o entendimento e a construo do pensamento abstrato nopodem ser automatizados.

    Evidentemente, a desconstruo de um modelo sedimentado

    durante os ltimos 100 anos no simples e precisar do envolvi-mento de muitos educadores, que devem buscar inspiraes parao novo modelo em experincias de autoaprendizado que muitos jovens alcanam, principalmente, quando o tema tecnologia. Este um dos grandes desa os que a gerao Y e a prxima, chamada deZ, trazem para a sua prpria formao.

    WD Boa parte da gerao Y estar atingindo os 30 anos de idadeem 2010 e iniciando uma nova etapa em suas vidas. Neste pro-cesso evolutivo da sociedade, o que podemos esperar da prximagerao que ir suceder a gerao Y? E quais sero os principaisdesafios em se manter um relacionamento ativo e saudvel entreessas geraes?

    SIDNEI Em 2010, os primeiros jovens da gerao Y estaro atingindoos 30 anos de idade, o que significa que, nos prximos dez anos,veremos cada vez mais as caractersticas desta gerao determi-nando os destinos da sociedade. Eles tero como desa o lidar coma gerao Z, que possui as mesmas caractersticas, mas de formaainda mais intensa e profunda.

    Os conflitos de geraes sero em menor intensidade do queestamos observando atualmente, pois eles encontraro um cen-rio j alterado pela prpria gerao Y. No entanto, os desa os edu-cacionais e de comunicao se intensi caro e, assim como hoje, acomunicao e a negociao transparente de expectativas sero aschaves para um bom relacionamento.

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    CAPA

    Desconstruindointerfaces

    Uma anlise conceitual de 12 cases digitais

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    A pesar de ter sido lanado em 2001,o livro Homepage: Usabilidade - 50websites desconstrudos (www.useit.com/homepageusability) , de JakobNielsen e Marie Tahir, ainda ummaterial til nos estudos sobre as diretrizes de usabilidade na web.Inspirados pelo modelo de anlise feito por Nielsen e Tahir,

    decidimos lanar uma verso adaptada ao universo do design deinterfaces, atravs da desconstruo de 12 projetos: 10 de agncias

    digitais do pas; um internacional (mas com participao signi ca-tiva de brazucas); e outro desenvolvido no mbito governamental.

    Mas antes de revelarmos o resultado deste trabalho, vamosconhecer os parmetros utilizados ao se avaliar a qualidade deuma interface. Eles mudam de acordo com o mtodo de avalia-o utilizado, com os objetivos do produto. O prprio conceito dequalidade muito di cil de delimitar. Para um site de e-commerce,por exemplo, qualidade pode ser medida pelo nmero de produtoscomprados, pela taxa de processos de compra que foram inicia-dos e nalizados sem abandono de carrinho. Isso no se aplicariaa uma campanha de publicidade on-line, que busca apenas divul-gar um produto ou uma marca, explica Mauro Pinheiro (www.fei-ramoderna.net), professor assistente do departamento de Desenho

    Industrial da Universidade Federal do Esprito Santo (UFES).Apesar dessas limitaes, o professor descreve alguns princ-

    pios que podem ser levados sempre em considerao. O primeirodiz respeito facilidade de uso. Com algumas excees de produtosmuito segmentados, toda interface deve ser de fcil aprendizado,fcil de usar. A interface visa a permitir a utilizao de um sistema deinformao, seja ele voltado para: fazer compras, consumo de not-cias, jogos e passatempos ou mera exposio de uma marca. Deveser possvel identi car as opes de navegao, os mecanismos deinterao e poder - com pouco tempo de uso - prever resultados decada interao. Idealmente, mesmo quem nunca usou aquele tipode produto, deve ser capaz de aprender a us-lo em pouco tempo.

    Em seguida, aparecem os aspectos referentes universali-

    dade de acesso. J no mais tolervel que existam sistemas queexcluem pessoas com necessidades especiais. Temos tecnologia,conhecimento e talento su cientes para que isso no ocorra mais.Sistemas que no tem acessibilidade para 100% dos usurios poss-veis no podem ser considerados com boa qualidade. Ao contrrio,demonstram incompetncia e falta de qualidade.

    O terceiro, e mais subjetivo, como ressalta Mauro, est relacio-nado com a linguagem. Cada produto tem um pblico espec co,que por mais abrangente que seja, demanda uma linguagem pr-pria para uma comunicao efetiva. Isso traduzido no s gra -camente, mas em cada elemento do discurso que apresentado:texto, imagem, som, todos os elementos trabalham no sentido deconstruir essa linguagem. Mas nem sempre vemos produtos com

    uma abordagem correta dessas questes. Muitas vezes seguem ummodismo, sem ter viso crtica, e pecam por no usar uma lingua-gem adequada ao pblico ao qual se destinam.

    J em relao aos erros mais comuns cometidos nesta rea, Maurodestaca, por exemplo, a falta de foco na ao pretendida. Muitasvezes, algumas interfaces pecam pelo excesso de elementos e opesde navegao. Embora em alguns casos isso seja uma estratgia, namaioria das vezes causa mais rudo do que ajuda. Isso ocorre mesmocom grandes produtos: a Amazon um caso exemplar de excesso

    de opes na interface. Mas, no por acaso, uma vez iniciado efetiva-mente o processo de compras, as opes de navegao so reduzidasao mnimo. Ali, eles voltam a ter um foco bem claro: nalizar o processode compra. Mas nem sempre isso levado em considerao nos pro-dutos interativos. Apresentar muitas informaes no necessaria-mente melhor. Em muitos casos, vale a mxima: less is more .

    Outro lapso muito comum envolve a aplicao de determinadasoluo sem viso crtica sobre a sua adequao ao problema.Incomoda-me o uso indiscriminado do Flash, por exemplo. umaferramenta muitas vezes mal utilizada, que gera mais problemasdo que bene cios. Normalmente, os sites em Flash so mal imple-mentados, ficando inacessveis para pessoas com necessidadesespeciais, alterando comportamentos que so padro na web ou

    substituindo elementos de navegao do browser por elementosprprios, mais di ceis ou mesmo impossveis de usar. Costumo seravaliador de sites e assustador ver a quantidade de sites inacess-veis, que corrompem comportamentos que deveriam ser espera-dos na web, sem necessidade. O mesmo tem acontecido com o usoindiscriminado de AJAX, Javascript e DHTML. Repetem-se soluessem a menor crtica, para seguir um modismo, argumenta.

    Para nalizar, o professor lembra que, atualmente, os sistemasde informao demandam uma soluo multiplataforma. No basta funcionar neste ou naquele browser, tem que funcionar emtelefones celulares, sejam eles de tela de toque ou no. O iPad, daApple, uma nova plataforma e outras viro. Esse um dado queno d para ignorar. Apesar disso, assustador ver quantos produ-

    tos so dependentes de uma plataforma ou uma soluo espec-ca. A no ser que a estratgia seja segmentar o produto, sistemas

    de informao que no sejam multiplataforma demonstram faltade qualidade. Tm que funcionar em diferentes condies de uso,nem que seja sacri cando determinadas caractersticas do sistema. possvel trabalhar com verses, sem comprometer o acesso aocontedo. A soluo mais simples, muitas vezes, a mais adequada,mas muitos produtos ainda ignoram essa prtica. Repito: temos tec-nologia, conhecimento e competncia su cientes para fazer direito.Desconsiderar essa questo atualmente um erro grave.

    Conhecidas algumas das principais caractersticas envolvidasna anlise de interfaces, confira nas prximas pginas os conheci-mentos compartilhados na descrio de cada case. Boa leitura!