DESAFIOS DA QUALIDADE DE ENSINO DAS UNIVERSIDADES E...
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DESAFIOS DA QUALIDADE DE
ENSINO DAS UNIVERSIDADES E
ESCOLAS TÉCNICAS DA ÁREA DA
SAÚDE
DESAFIOS DA QUALIDADE DE
ENSINO DAS UNIVERSIDADES E
ESCOLAS TÉCNICAS DA ÁREA
DA SAÚDE
A desigualdade na distribuição da população médica aparece
também nas variáveis regionais. O Norte e o Nordeste
apresentam uma razão de médicos/habitantes menor do que
a média nacional (1,09 e 1,3, respectivamente). A situação é
pior nos interiores do Norte e do Nordeste, onde a proporção
de médicos por mil habitantes é, na sequência, de 0,42 e 0,46.
Demografia Médica 2015: População médica cresce mais que a
geral, mas persistem desigualdades na sua distribuição
Seg, 30 de Novembro de 2015
• URGENTE: TCU permite criação de 2.460 vagas para cursos de medicina
• 21/07/2016
• BRASÍLIA - Nove meses depois de ter suspendido edital sobre novos cursos de medicina no país, o Tribunal de Contas da União (TCU) revogou a suspensão e permitiu a continuidade da ação do Ministério da Educação
(MEC) que visa à criação de 2.460 novas vagas para futuros médicos em universidades privadas. Uma medida cautelar da ministra do TCU Ana Arraes, de 9 de outubro de 2015, havia suspendido o edital diante das suspeitas de irregularidades na seleção das universidades. O plenário derrubou a cautelar nesta quarta-feira.
•
• PORTARIA Nº 197, DE 16 DE MAIO DE 2016 • • O Secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior, no uso da competência que lhe foi conferida pelo
Decreto nº 7.690, de 2 de março de 2012, tendo em vista o Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, e suas alterações, e a Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro de 2007, republicada em 29 de dezembro de 2010, do Ministério da Educação, resolve:
• Universidade Vale do Rio Doce • (Governador Valadares- MG) • Art. 1º Fica autorizado o curso superior de graduação MEDICINA, ministrado pela Instituição de Ensino Superior,
nos termos do disposto no artigo 35, do Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, alterado pelo Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007. Parágrafo único. A autorização a que se refere esta Portaria é válida exclusivamente para o curso ministrado no endereço citado na planilha anexa.
• Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. • MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA ANEXO (Autorização de Cursos) Nº de Ordem Registro e-MEC nº Curso Nº de vagas
totais anuais Mantida Mantenedora Endereço de funcionamento do •
• CURSO 1. 200909036 MEDICINA (Bacharelado) 100 (cem)
• UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE • FUNDACAO PERCIVAL FARQUH Universidade Vale do Rio Doce • Universidade em Governador Valadares, Minas Gerais • A Universidade Vale do Rio Doce, mais conhecida por Univale, é uma instituição de ensino superior de direito privado
- filantrópico de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasi
Escola de Medicina nº 270
Reforma Curricular Diretrizes Curriculares do Programa Mais Médicos:
Ênfase no ensino em Unidade Emergência
Novos cenários de aprendizados
Ênfase no ensino em Unidade Básica
Desafios:
Estrutura de ensino nas unidades extra-hospitalares
Aprendizado do trabalho em equipe multidisciplinar
Levar a qualidade e experiência da área hospitalar para UBS
Treinar os tutores destes novos atores da saúde publica
Currículo: Elementos essenciais
CURRÍCULO
Contexto: • Necessidades loco-regionais • Bases legais • PPC
Resultados esperados • Competências/Capacidades
Seleção
Gestão do programa educacional
Avaliação do Currículo
Programa Educacional (NDE)
Cenários de prática
(hospitais 2ários e 3ários, UBS, creches,
residências, comunidade,…)
Sistema de Avaliação do Estudante
Feedback e reflexão sobre processo
Estratégias Educacionais
Grade: Obrigatório e Eletivo
Conteúdo
Facilitadores da aprendizagem
Pirâmide de Miller com
profissionalismo
Cru
ess,
Cru
ess,
Ste
iner
t 2
01
5
Conhecimento factual: ME, escrita, oral
Conhecimento contextualizado: ME, escrita, oral
Avaliação de desempenho IN VITRO: OSCE, CSA com paciente simulado
Avaliação de desempenho IN VIVO: Vídeo, beira do leito, Mini-CEX, portfólio
Saber
Saber como
Demonstrar
FAZER
Ser
Avaliação continuada IN VIVO:
Revisão de prontuários, auditorias, registro de más práticas
Demonstra
atitudes, valores e
comportamento
da profissão
O que ensinar/aprender?
Essencial
Ideal
Avançado
Competência em medicina
“Desempenho/performance observável de um profissional de saúde, integrando vários componentes tais como
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes. Considerando que competências são observáveis, elas podem ser medidas e
avaliadas para assegurar a sua aquisição.”
FRANK et al. Competency-based medical education: theory to practice. Medical Teacher, 32, 638-45, 2010.
RESIDÊNCIA MÉDICA
Total de residentes matriculados: 637
QUADRO DE VAGAS E BOLSAS
Grupo Programa Vagas cred Bolsas MS Bolsas SES (2016)
Bolsas total Previsão de vagas 2017
Acesso Direto Anestesiologia 14 4 10 14 10
Acesso Direto Cirurgia Geral 18 3 15 18 18
Acesso Direto Clínica Médica 38 8 24 32 32
Acesso Direto Dermatologia 4 0 4 4 4
Acesso Direto Genética Médica 2 1 1 2 2
Acesso Direto Infectologia 5 2 3 5 4
Acesso Direto Medicina de Emergência 4 4 0 4 4
Acesso Direto Medicina de Família e Comunidade 6 0 5 5 5
Acesso Direto Medicina do Trabalho 3 1 2 3 3
Acesso Direto Medicina Nuclear 6 0 4 4 4
Acesso Direto Medicina Preventiva e Social 10 4 1 5 4
Acesso Direto Neurocirurgia 3 0 3 3 3
Acesso Direto Neurologia 8 3 4 7 7
Acesso Direto Obstetrícia e Ginecologia 13 2 11 13 13
Acesso Direto Oftalmologia 15 0 10 10 10
Acesso Direto Ortopedia e Traumatologia 9 3 6 9 9
Acesso Direto Otorrinolaringologia 8 4 4 8 6
Acesso Direto Patologia 4 2 3 5 4
Acesso Direto Patologia Clínica/Medicina Laboratorial 2 2 1 3 2
Acesso Direto Pediatria 27 0 20 20 20
Acesso Direto Psiquiatria 8 3 6 9 8
Acesso Direto Radiologia e Diagnóstico por Imagem 10 3 7 10 10
Acesso Direto Radioterapia 2 0 2 2 2
RESIDENCIA MÉDICA UNICAMP
Total de residentes médicos matriculados: 637
Candidatos 2948 323 vagas (2016)
PROGRAMA DE VAGA ESPECIAL RESIDENCIA EM DERMATOLOGIA
• LIGADA A DEMANDA EM LOCAIS SEM
ESPECIALISTA
• GARANTIA DE BOLSA DE MESTRADO NO
LOCAL DE ORIGEM
• TEMPO DE TRABALHO MÍNIMO EM
LOCAL DE CONVENIO IGUAL AO
PERIODO DE RESIDENCIA
Programa Área de concentração/profissão Vagas cred Bolsas MS Previsão de vagas 2017
Saúde Área da Criança e do Adolescente - Enfermagem 4 4 4
Área da Criança e do Adolescente - Fonoaudiologia 2 2 2
* Área da Criança e do Adolescente - Nutrição 2 2 2
Área do Adulto e do Idoso - Enfermagem 4 4 4
Área do Adulto e do Idoso - Fonoaudiologia 2 2 2
* Área do Adulto e do Idoso - Nutrição 2 2 2
Saúde Mental Enfermagem 2 2 2
Fonoaudiologia 1 1 1
Psicologia 7 7 7
Terapia Ocupacional 5 5 5
Física Médica Medicina Nuclear 1 1 1
Radiodiagnóstico 2 2 2
Radioterapia 2 2 2
36 36 36
RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL UNICAMP
E os médicos já formados ou especializados ?
• Desatualização rápida
• Pouco estímulo a reciclagem
• Má remuneração no serviço público
• Falta de responsabilidade do agente formador
com o egresso
PROFISSIONAIS TÉCNICOS
QUAL É O PAPEL DAS UNIVERSIDADES NO
MAIS MÉDICOS?
SUPERVISÃO MAIS MÉDICOS
FCM UNICAMP
SUPERVISORES (TUTORES) 61
MÉDICOS SUPERVISIONADOS 587
MUNICÍPIOS 167
E OS MAIS SAÚDE? • DENTISTAS
• FISIOTERAPEUTAS
• ENFERMEIRAS
• FONOTERAPEUTAS
• PSICOLOGOS
• T.O.s
• EDUCADORES FÍSICOS
• Etc......
Como garantir qualidade da docência em tempos de expansão de escolas
médicas?
Aprendi na prática, observando meus professores “...não existia a parte pedagógica, então, a gente acabou aprendendo na vida, como? Você pega os exemplos de professores que eu tive que eu gostei, o jeito que eles faziam, e aqueles que eu tive que eu não gostei do que eles faziam e, daí, você tenta fazer aquilo que você achou ser bom para o seu desenvolvimento; então foi bem na prática, na vivência” (docente 6)
Neman F.; Fereira K.L.; Castilho, F.S. Docência médica: trabalhando a informalidade. Science in Health, 6(1): 22-9, 2015
Aprendi na pós-graduação, mas não foi suficiente.
“No doutorado você tem aulas didática então eles te orientam a dar aula quais são os ponto pertinentes em você tem que focar qual postura você tem quer, mais foi observando meus professores antigos e tomando alguns como exemplos e seguindo o exemplo e basicamente foi isso. Eu não tive nenhum curso formal pra ser docente e a prática do dia a dia me auxiliou” (docente 4).
Neman F.; Fereira K.L.; Castilho, F.S. Docência médica: trabalhando a informalidade. Science in Health, 6(1): 22-9, 2015
< 25%
26-50%
51-75%
76-100%
12 4
4 3
Amaral E e cols. Perfil da Docência em Escolas Médicas de SP.
Colaborativo ABEM SP. Abril 2016
% TÍTULO MÍNIMO DE DOUTOR nas Escolas
Quem ensina Medicina em São Paulo?
Segundo coordenadores dos cursos de
Medicina no Estado de São Paulo:
• Perfil do professor de Medicina.
• Percepções sobre características
relacionadas a docência
45 escolas
23 respostas
Amaral E, Caramori J, Cesaretti M. Perfil da Docência em Escolas Médicas de SP.
Colaborativo ABEM SP. Abril 2016
0 10 20 30 40 50 60
Mensalistas
Por horas aula
Ambos
% de Escolas Médicas Amaral E e cols. Perfil da Docência em Escolas Médicas de SP.
Colaborativo ABEM SP. Abril 2016
Regime de contratação nas Escolas Médicas
Docência efetiva
• A maioria dos docentes recebe pouco ou nenhuma qualificação docente, mesmo aqueles em papéis de gestão acadêmica.
• Conhecer as habilidades necessárias para ser um educador efetivo pode alavancar a qualificação da educação médica.
Srinivasan, M. et al. Acad Med, Vol. 86, p. 1211, 2011.
Motivação intrínseca
Motivação extrínseca
Conhecimentos
Habilidades
Atitudes
Competências necessárias para docência qualificada
Administração
Pesquisa
Extensão/
Assistência
Extensão/ Assistência
Ensino
Áreas de atuação docente
< 20%
21-40%
41-60%
61-80%
81-100%
8 3
4
2 6
Amaral E e cols. Perfil da Docência em Escolas Médicas de SP.
Colaborativo ABEM SP. Abril 2016
Busca por atividades de desenvolvimento /
capacitação profissional
Instância ou unidade que promove desenvolvimento docente nas
Escolas Médicas de SP:
Coordenação do Curso
Núcleos de Apoio Pedagógi
co
Reitoria de
Graduação
Pós graduaçã
o externas a IES ND
E
Amaral EM e cols. Perfil da Docência em Escolas Médicas de SP.
Colaborativo ABEM SP. Abril 2016
Oportunidades de desenvolvimento/capacitação
profissional para a docência ofertadas aos
profissionais das Escolas Médicas de SP
PG Ensino na Saúde = 43%
Cursos de especialização = 48%
Workshops/iniciativas na própria IES =70%
Congressos ou encontros da ABEM = 70%
Amaral E e cols. Perfil da Docência em Escolas Médicas de SP.
Colaborativo ABEM SP. Abril 2016
Whitcomb (2003)
“Há uma opinião generalizada de que os professores mais
comprometidos e envolvidos na educação dos estudantes ...
devem ser apoiados e reconhecidos, tanto profissional
quanto financeiramente”
PARA PERMITIR A VALORIZAÇÃO E RETENÇÃO DOS
BONS DOCENTES
PARA VALORIZAR OS PAPÉIS COMPLEMENTARES
EXIGIDOS DA INSTITUIÇÃO ACADÊMICA
PARA APROXIMAR A INSTITUIÇÃO ACADÊMICA DE
SEU “CONTRATO SOCIAL”
Por que é necessário ampliar o conceito de
mérito científico que inclua ensino
55 Morahan & Fleetwood, 2008
Steinert, Y.; Macdonald, M.E. Medical Education, 49, p. 773–782, 2015
O ensino não é financeiramente compensador. Por que muitos médicos ainda dedicam tempo a ensinar? percebido como parte integrante de sua identidade profissional
permite retribuir seus ex-professores por seu próprio treinamento
possibilidade de contribuir para o desenvolvimento da próxima geração de médicos
experimentado como pessoalmente energizante e gratificante
permite aprender
Novos critérios para promoção FCM/UNICAMP -
2012
57
Valorização de diferentes perfis–
docência, clínica e pesquisa +
administração
Professor Associado na subárea liderança educacional
• Forte reputação regional e/ou nacional.
• Líder na educação ou na área clínica.
• Deve ter desenvolvido métodos de ensino, currículos ou
programas educacionais inovadores, política educacional,
instrumentos de avaliação.
• Produção acadêmica demonstrada por publicações ou
materiais educacionais desenvolvidos pelo docente e
adotados por outros, regional ou nacionalmente.
PÓS-GRADUAÇÃO
EM SAÚDE
Pós-Graduação-Desafios
• Melhorar o ensino da ferramentas pedagógicas do Mestrado
• Diminuir a distância entre a bancada e a pratica
• Integração com as outras áreas de saberes da universidade
• Implementar os mestrados profissionais
• Fugir das amarras do Sistema Capes
Mestrado Profissional “Assistência ao Paciente Oncológico” abre
inscrições para alunos regulares e especiais Enviado por Imprensa FCM em ter, 26/07/2016 - 13:37
Estão abertas até dia 02 de agosto as inscrições para alunos especiais cursarem disciplinas do Mestrado
Profissional “Assistência ao Paciente Oncológico” na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.
Para alunos regulares de mestrado profissional, as inscrições podem ser feitas entre os dias 07 e 10 de
agosto de 2016. As disciplinas também serão abertas para interessados em aulas específicas, desde que os
alunos regulares e especiais não preencham o total das vagas.
As disciplinas com inscrições abertas são: Metodologia de investigação científica; Epidemiologia,
fisiopatologia e prevenção do câncer; Protocolos de tratamento quimioterápicos e farmacoeconomia; Bases
moleculares do câncer; Anatomofisiologia da fala, respiração e deglutição; Faringoestomatologia;
Reabilitação oral do paciente com câncer; Uso do laser em cavidade oral; Noções fundamentais de psicologia
aplicada à oncologia e Sociologia do câncer.
Consulte a página do programa (www.fcm.unicamp.br/fcm/assistencia-ao-paciente-oncologico) para
informações mais detalhadas sobre as disciplinas.
POR QUE AVALIAMOS?
Eu
ensinei o
Totó a
assoviar
Não
escuto ele
assoviar
Eu disse que
ensinei. Nao
disse que ele
aprendeu...
Matriz de Avaliação (Blueprinting)
O QUE o estudante deve ser capaz de fazer?
Competências gerais/Capacidades Conhecimento
Habilidades Atitudes
COMO ele vai aprender? Oportunidades
Prática Clínica em diferentes cenários
Conferências interativas Seminários Simulação
COMO ele será avaliado?
Sistema Avaliação Métodos múltiplos
Adequação método x objetivo educacional
AVALIAÇÕES SERIADAS
• PERMITEM CORREÇÃO METODOLOGICA
• CORRIGE FALHAS NA FORMAÇÃO DURANTE
O APRENDIZADO
• MODIFICA AS INSTITUIÇÕES COM MAL
DESEMPENHO
• SÃO FINANCEIRAMENTE + CARAS
AVALIAÇÕES TERMINAIS
• PUNEM OS ALUNOS/CLIENTES
• NÃO CORRIGE FALHAS NA FORMAÇÃO DURANTE
O APRENDIZADO
• NÃO MODIFICA AS INSTITUIÇÕES COM MAL
DESEMPENHO
• AUMENTA A PROLIFERAÇÃO DE “CURSINHOS”
SE VOCE ACHA CARO FORMAR
UM BOM PROFISSIONAL É
PORQUE NÃO FAZ IDÉIA
QUANTO CUSTA PARA A
SOCIEDADE UM
INCOMPETENTE
OBRIGADO